REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA
ISSN 1519-5228
Volume 13 - Número 2 - 2º Semestre 2013
IMUNOLOGIA DAS VACINAS BACTERIANAS EM TELEÓSTEOS: REVISÃO
Paulo Fernandes Marcusso1; Silas Fernandes Eto2; Dayanne Carla Fernandes3; Rogério Salvador4
RESUMO
O crescimento da aquicultura é maior do que qualquer outro sistema de produção animal, para tanto
foi necessário intensificar a produção que favoreceu o surgimento de enfermidades diversas e, entre
elas, as bacterianas, com destaque para as infecções causadas por Aeromonas spp., Flavobacterium
columnare, Edwardsiella tarda e Streptococcus sp. Essas infecções bacterianas são agressões
biológicas ao organismo dos peixes que responde através do processo inflamatório na tentativa de
diluir, circunscrever e isolar ou destruir o agente agressor, seja através da resposta imune celular ou
da resposta imune humoral desenvolvimento de vacinas. O resumo traz as principais descobertas
das respostas imunes celular e humoral em peixes teleósteos.
Palavras-chave: Bacterioses, Teleósteos, Patologia, Inata, Adaptativa.
IMMUNOLOGY OF BACTERIAL VACCINES IN TELEOST: REVIEW
ABSTRACT
The growth of aquaculture is higher than any other animal production system, therefore it was
necessary to intensify production which favored the emergence of various diseases, and among
them, the bacterial infections, particularly infections caused by Aeromonas spp., Flavobacterium
columnare, Edwardsiella tarda and Streptococcus sp. These bacterial infections are biological
warfare to the body of the fish that responds through the inflammatory process in an attempt to
dilute, encapsulate and isolate or destroy the offending agent, either through the cellular immune
response and the humoral immune response. The summary outlines the main findings of cellular
and humoral immune responses in teleost fish.
Keywords: Bacterioses, Teleosts, Pathology, Innate, Adaptive.
50
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos ocorreu expansão
significante da aqüicultura mundial, com a e
intensificação dos sistemas de exploração
(SCHRECK, 1996; FAO, 1999). Segundo
relatório de 2008 do Departamento de Pesca e
Aquicultura, da Organização das Nações Unidas
para Alimentação e Agricultura, o crescimento
da aqüicultura é maior do que qualquer outro
sistema de produção animal, registrando taxa
média de crescimento de 7% ao ano entre os
anos de 1950 a 2006.
No Brasil tal crescimento superou a
média mundial apresentando taxa média de
crescimento de 21,1% ao ano, e o país for
apontado como mercado estratégico para o
desenvolvimento sustentável, produção de
alimentos
e
ampliação
de
fronteiras
inexploradas (FAO, 2006).
A intensificação dos sistemas de
produção
favorece
o
surgimento
de
enfermidades diversas e, entre elas, as
bacterianas, com destaque para as infecções
causadas por Aeromonas spp., Flavobacterium
columnare, Edwardsiella tarda e Streptococcus
sp. (MORAES e MARTINS, 2004).
O
desenvolvimento
de
vacinas
bacterianas, tem como prospecto a minimização
das infeções bacterianas e o uso indiscriminado
de antibióticos diminuindo os riscos de
resistência microbiana.
Infecções bacterianas
inflamatório em teleósteos
e
processo
As infecções bacterianas são agressões
biológicas ao organismo dos peixes que
respondem através do processo inflamatório na
tentativa de diluir, circunscrever e isolar ou
destruir o agente agressor (GARCIA LEME,
1989; KUMAR et al., 2004). Uma das suas
principais características é a mobilização
adequada e em tempo hábil, de leucócitos da
microcirculação para o foco inflamado onde se
acumulam (GARCIA LEME, 1989).
Nos mamíferos inflamação aguda tem
duração relativamente curta, perdurando por
minutos, horas, por um ou dois dias, e se
caracteriza por vasodilatação arteriolar, capilar e
venular; aumento de permeabilidade vascular e
instituição de edema; aumento da viscosidade
sangüínea e marginação leucocitária, diapedese,
quimiotaxia, acúmulo de leucócitos no foco
lesado e fagocitose por células competentes
(GARCIA LEME, 1989; KUMAR, 2004;
MORAES e MORAES, 2009). Este quadro
pode sofrer pequenas variações em função do
tipo de tecido afetado, do agente causal, da
intensidade da agressão e do nível de
especificidade da resposta (GARCIA LEME,
1989). Independente da natureza do estímulo
que a tenha iniciado, a inflamação aguda é
estereotipada, isto é, obedece a um padrão
semelhante de desenvolvimento (GARCIA
LEME, 1989).
Reação
semelhante,
mas
menos
complexa, ocorre em peixes teleósteos,
havendo, também, o acúmulo de células no foco
lesado e fagocitose por células competentes.
Outros mecanismos de defesa envolvem a
produção de peptídeos para controle
microbiano, atividade de lisozima, sistema
complemento e outras proteínas sanguíneas
(COLONNA et al., 2006).
Em peixes a resposta inflamatória foi
avaliada por diversos autores que utilizaram
diversas metodologias e abordagens, nas mais
variadas espécies de peixes, o que dificulta o
conhecimento
exato
dos
mecanismos
envolvidos no processo inflamatório. Ellis et al.
(1976) por injeção de carvão coloidal,
analisaram as propriedades fagocíticas do tecido
linforreticular em Pleuronectes platessa,
destacando a importante atividade fagocítica dos
elipsóides do baço e discutindo a significância
da associação de estruturas linfóides no
contexto dos mecanismos de defesa dos peixes.
Finn e Nielssen (1971) estudaram a resposta
inflamatória em truta arco íris, por meio da
inoculação de solução composta por adjuvante
completo de Freund (ACF) e Staphylococcus
aureus, demonstrando a existência de
fenômenos vasculares como o aumento da
permeabilidade
vascular,
marginação
leucocitária, fagocitose por polimorfonucleares
e macrófagos. Claudiano (2013) demonstrou o
aumento de permeabilidade vascular em
Piaractus mesopotamicus inoculados com
estrepetococus inativados utilizando o azul de
Evans. Suzuki (1986) por meio da inoculação de
parafina líquida via i.p., destaca a atividade
fagocítica dos neutrófilos no exsudado
peritoneal de Cyprinus carpio e Oreochromis
51
niloticus. McArthur (1984) utilizou o Vibrio
alginolyticus, para monitorar a cinética de
aparecimento dos diferentes tipos celulares em
Pleuronectes platessa.
No Brasil, Matushima e Mariano (1996),
Martins (2000) e Martins et al. (2001)
demonstraram a resposta inflamatória induzida
pela carragenina na bexiga natatória de
Oreochromis niloticus, Piractus mesopotamicus
e no híbrido tambacu, respectivamente. Martins
et al. (2006) utilizaram novamente carragenina
na bexiga natatória de P. mesopotamicus, os
resultados em seis horas pós-inoculação,
demonstraram quantidades significantes de
trombócitos e macrófagos, acompanhados por
número pouco expressivo de granulócitos e
linfócitos.
Bozzo et al. (2007) estudaram a
composição celular do exsudato inflamatório na
bexiga natatória de pacu após a injeção de
tioglicolato, Aeromonas hydrophila inativada e
endotoxina (LPS) de E. coli, seis, 24 e 48 horas
após os estímulos. Os resultados demonstraram
que as células predominantes no foco da
inflamação
foram
os
trombócitos,
acompanhados de menor quantidade de
linfócitos, macrófagos e granulócitos, resultado
obtido
em
todas
as
avaliações,
independentemente da hora e do tipo de
estímulo inflamatório.
Resposta imune em teleósteos
Os peixes teleósteos apresentam sistema
imune inato desenvolvido, composto de
barreiras físicas, como a pele, e químicas, como
lisozimas séricas e do muco que recobre a pele e
as mucosas e envolve ovos embrionados
formando uma barreira de proteção contra
patógenos ambientais além da lisozima incluemse moléculas do sistema complemento, proteína
C-reativa, células fagocíticas como macrófagos,
neutrófilos e trombócitos (WATTS e
MUNDAY, 2001).
A resposta imune inata ou inespecífica é
uma modalidade de resposta inflamatória
dirigida contra antígenos no primeiro contato. A
resposta imune adaptativa requer o contato
prévio com o antígeno, sendo específica e
dirigida contra ele na segunda exposição,
geralmente elimina a infecção e protege o
hospedeiro contra a reinfecção (FEARON e
LOCKSLEY, 1996). Porém, de acordo com
Zapata (1996), em peixes a resposta à segunda
exposição aos antígenos é demorada, os
mecanismos de defesa têm baixa afinidade,
pouca heterogeneidade e memória imunológica,
além da temperatura poder interferir em tais
processos.
O sistema imune adquirido dos peixes é
subdividido em resposta imune humoral e
celular, envolvendo os órgãos e tecidos linfóides
(primários
e
secundários),
células
apresentadoras de antígeno (APCs), linfócitos T
e B, imunoglobulinas e moléculas do sistema
complemento (ZAPATA et al., 1996; WATTS e
MUNDAY, 2001).
A
resposta
imune
humoral
é
representada por reações mediadas pela
produção de imunoglobulinas (Ig), constituídas
por uma molécula tetramérica, similar a Ig M de
mamíferos após a sensibilização prévia
(SCAPIGLIATI et al., 1999). A Ig M existe sob
duas formas alternadas, uma como receptor de
membrana para antígenos de superfície de
células B e outra como proteína solúvel
secretada como componente de fluídos
corporais (LITMAN et al., 1999). Além desta
existem outras três imunoglobulinas, a Ig D
(HIRONO et al., 2003), Ig Z (DANILOVA et
al., 2005) e Ig T (HANSEN et al., 2005), cujas
funções na resposta imune humoral de
teleósteos são pouco conhecidas.
Nos peixes os mecanismos ligados da
resposta imune celular são pouco estudados,
mas Grimholt et al. (1993) demonstraram a
existência de genes ligados a expressão de
molécula de MHC de classe I em peixes.
Aoyagi et al. (1999) evidenciaram uma reação
de hipersensibilidade tardia a enxertos primários
e secundários, demonstrando que ocorre a
ativação de tipos celulares funcionalmente
equivalentes às células T de mamíferos. Estes
relatos demonstram resposta imune celular em
peixes, mesmo que pouco desenvolvida.
Vias e inoculação e resposta imune
humoral em teleósteos
As vias de inoculação e a dose resposta
afetam não somente a produção de anticorpos,
mas a grau de maturação de afinidade dos
anticorpos produzidos (ABBAS et al., 2000).
52
Na década de 1970, os primeiros estudos
sobre a maturação da afinidade dos anticorpos
em teleósteos, mostrando que o grau de
afinidade não aumentava drasticamente ao
longo dos estímulos antigênicos como ocorria
em mamíferos, concluíram na época que o
repertório de anticorpos dos teleósteos era
limitado (RUSSELL et al., 1970; VOSS et al.,
1978).
No entanto, análises moleculares
demonstraram que o gene V dos teleósteos,
apresentava mutação somática na resposta ao
antígeno, a não detecção do grau de afinidade
dos anticorpos na década de 70 poderia estar
relacionado a os testes empregados na época
(YANG et al., 2006).
O grau de afinidade de anticorpos a
estímulos consecutivos no período de 27
semanas em teleósteos mostrou um aumento no
grau de afinidade parcial dos anticorpos na 5°
semana
aumentando
na
15°
semana,
confirmando o mecanismo de maturação e
afinidade dos anticorpos nos teleósteos (YEJ et
al., 2010).
Costa et al. (1998) confirma o aumento
da afinidade dos anticorpos da classe IgM em
truta arco-íris a estímulos antigênicos de
Streptococcus agalactie, analisado durante um
período de 37 semanas, com aumento da
afinidade e diminuição de reação cruzada dos
anticorpos IgM conforme os estímulos
consecutivos, obtendo em 5 semanas 50% de
especificidade para os epitopos antigênicos da
bactéria estudada.
Além da influência da via de inoculação
e da questão dose resposta, a capacidade de
responder a um imunógeno e o grau de
afinidade do anticorpo produzido, estão
estreitamente relacionados a fatores genéticos
individuais,
transmitidos
hereditariamente
(ABBAS et al., 2000).
O conhecimento sobre o sistema imune
de peixes, em relação às vias de inoculação,
órgãos e tecidos linfóides respondedores,
dinâmica do perfil hematológico, produção de
anticorpos, afinidade dos anticorpos produzidos,
frente aos estímulos antigênicos e a
transferência hereditária de genes específicos,
são escassos em relação aos estudos em
vertebrados superiores. Havendo a necessidades
de estudos aprofundados da dinâmica da
resposta imune humoral e celular em relação às
vias de inoculação e os órgão e tecidos linfóides
respondedores, com o objetivo de aumentar a
produção de anticorpos e sua avidez pelo
antígeno, aperfeiçoando os métodos de
vacinação, visando à produção de fenótipos
altamente resistente a inúmeros patógenos.
Métodos de vacinação em teleósteos
Diferentes métodos de vacinação têm
sido aplicados para a profilaxia de inúmeras
doenças em peixes (COMPANJEN et al., 2003).
A eficácia do uso da vacina no estímulo
antigênico em peixes, esta relacionada com as
vias de inoculação (VAN-DEBERG, 2004;
SANTOS et al., 2005; LIM e WEBSTER,
2006).
Cada via de inoculação gera uma
resposta imune específica em diferentes órgãos
e tecidos linfóides, podendo influenciar os
níveis de produção, classe e a especificidade do
anticorpo e nos perfis hematológicos e
bioquímicos (GATICA et al., 2004). Sabe-se
que a via intravenosa (i.v), induz uma potente
resposta imune no baço em mamíferos e em
aves, enquanto a via intramuscular (i.m) e
intraperitoneal (i.p) induz uma resposta imune
intensa nos linfonodos regionais e no baço, nos
casos dos mamíferos (RAY et al., 1997).
Neumann e Tripp (1986) testaram três
vias de inoculação em peixe gato (Catfish), a via
intraperitoneal (i.p), intramuscular (i.m) e intraesofágica na produção de anticorpos contra
antígeno bacteriano de Yersinia ruckeri, os
resultados demonstraram um aumento dos
títulos de anticorpos anti-yersinia do 15° ao 30°
após a inoculação, com diminuição dos títulos a
partir do 30° dia, a via (i.m) apresentou alta
sensibilidade ao antígeno, apesar da dose de
antígeno ser baixa para estimular uma resposta
por esta via, a via (i.p) obteve os maiores títulos
de anticorpos específicos em relação às outras
vias, entretanto a variável dose-resposta pode ter
influenciado nos resultados.
Corbeil et al. (2000) avaliaram as vias de
inoculação,
intramuscular,
intraperitoneal,
subcutânea e imersão em salmão na resposta
imune humoral e na proteção contra a uma
vacina de DNA recombinante contendo o gene
pIHNVwG uma glicoproteína de membrana
presente no vírus da necrose infecciosa
hematopoiética, os resultados deste estudo
53
demonstrou que a via intramuscular obteve
proteção de 100% na taxa de mortalidade e a via
intraperitoneal em segundo com taxas de 42.8%
de sobrevivência ao desafio. No mesmo estudo
não foi detectado a presença de anticorpos
neutralizantes, propondo que a resposta imune a
vacina é celular.
Firdaus-Nawi et al. (2011), investigaram
a inoculação Streptococcus agalactiae por via
oral em peixes, avaliando a histomorfometria do
tecido linfóide associado ao intestino (GALTs)
no 28° dia após a segunda inoculação do
antígeno, concluíram que a freqüência de
administração, ou seja, a questão dose resposta
interfere diretamente no estimulo dos (GALTs)
que é correlacionado com o aumento do número
de agregados de células linfóides no órgão no
grupo experimental que recebeu maior
quantidade de estímulos imunogênicos.
Palm et al. 1998, demonstraram que a
via de inoculação afeta a magnitude da resposta
imune humoral, compararam a via oral e
imersão na produção e anticorpos contra, Vibrio
anguillarurn, os resultados mostraram que
ambas as vias obtiveram títulos de anticorpos,
estatisticamente significativos, embora a via
oral tenha apresentado títulos de anticorpos,
maiores em relação ao método de imersão.
Os
parâmetros
hematológicos
e
imunológicos de tilápias do Nilo inoculadas por
via intraperitoneal, oral e por imersão, com
vacinas polivalentes de Aeromonas hudrophilia,
Pseudomonas aeroginosa e Enterococcus, foi
avaliado no 21° após a inoculação, os grupos
vacinados
apresentaram
aumento
do
hematócrito, leucócitos e eritrócitos totais, os
títulos de anticorpos produzidos pela via (i.p)
foram maiores em todos os períodos em relação
às outras vias (SILVA et al., 2009).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CORBEIL, S; KURATH, G; LAPATRA, S.E.
Fish DNA vaccine against infectious
hematopoetic necrosis virus: efficacy of various
routes of immunization. Fish & Shellfish
Immunology, v.10, p.711-723, 2000.
A coleção de obras aqui analisadas
ilustra a importância de novos estudos para
maior compreensão do sistema imune dos
peixes, tanto o inato, quanto o adaptativo. Ao
desvendar com mais exatidão o processo
inflamatório nos peixes será possível
desenvolver mecanismos ou fármacos que
atuem em seu controle.
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; POBER, J.
S. Cellular and molecular immunology. 4. ed.
Philadelphia: WB Saunders, 2000.
AOYAGI, K.; NAKANISHI, T.; XIA, C.
Specific cell-mediated immunity in fish.
Veterinary Immunology and Immupathology,
v.72, p. 101-109, 1999.
BOZZO, F. R., MORAES, J. R. E., MORAES,
F. R., PEREIRA, G., TAVARES-DIAS,
M., ONAKA, E. M. Kinetics of cellular
component in inflammatory response induced
by different stimuli in the swim bladder of pacu
Piarcatus mesopotamicus Holmberg, 1887
(Characidae). Journal of the World Aquaculture
Society, v.38, p.302-308, 2007.
COLONNA,
M.;
PULENDRAN,
B.;
IWASAKI, A. Dendritic cells at the host
pathogen interface. Nature Immunology, v.7(2),
p.117-120, 2006.
CLAUDIANO, G.S.; PETRILLO, T.R.;
MANRIQUE,
W.G.;
CASTRO,
M.P.;
LOUREIRO, B.A.; MARCUSSO, P.F., BELO,
M.A.A.; MORAES, J.R.E.; MORAES, F.R.
Acute aerocystitis in Piaractus mesopotamicus:
Participation of eicosanoids and proinflammatory cytokines Fish & Shellfish
Immunology, v34(5), p. 1057-1062, 2013.
COMPANJEN, A.R.; FLORACK, D.E.A.;
BASTIAANS, J.H.M.W.; MATOS, C.I.;
BOSCH,
D.;
ROUMBOUT,
J.H.W.M.
Development of a Cost Effetive Oral
Vaccination Method Against Viral Disease in
Fish 2003.
COSTA, G.; DANZ, H.; KATARIA, P.;
BROMAGE, E. A helistic view of the
dynamisms of teleost IgM: A case study of
Streptococcus iniae vaccinated rainbow trout
(Oncorhynchus mykiss). Developmental and
54
Coparative Immunology, v.33, p. 157-166,
1998.
DANILOVA, N.; BUSSMANN, J.; JEKOSCH,
K.; STEINER, L.A. The immunoglobulin
heavy-chain locus in zebrafish: identification
and expression of a previously unknown
isotype, immunoglobulin. Nature Immunology,
v.6 (3), p.295-302, 2005.
ELLIS, A. E. Lecocytes and related cells in the
plaice Pleuronectes platessa Journal of Fish
Biology, v.8, p.143-156, 1976.
FAO. The state of world fisheries and
aquaculture. Fao, Roma, p.122, 1999.
FAO. State of World Aquaculture, FAO
Fisheries Department. Rome, Italy. p.145, 2006.
FEARON, D.T.; LOCKSLEY, R.M. The
instructive role of innate immunity in the
acquired immune responses, Science, v.273,
p.50-53, 1996.
FINN, J.P. e NIELSEN, O. N. The effect of
temperature variation on the inflammatory
response of rainbow trout. The Journal
Pathology. 105: 257-268, 1971.
FIRDAUS-NAWI, M; NORAINI, O; SABRI,
W.Y; SITI-ZAHRAH, A; ZAMRI-SAAD, M;
LATIFAH, H. The Effects oral Vaccination of
Streptococcus agalactiae on Stimulating Gutassociated Lymphoid Tissues (GALTs) in
Tilapia
(Oreochromis
spp.)
Pertanika Journal of Tropical
Agricultural
Science, v.34 (1), p. 137-143, 2011.
GARCIA
LEME,
J.
Hormones
and
Inflammation, CRC Press, Boca Raton, p.12-38,
1989.
GATICA, R.; SLEBE, J. C.; ULLOA, J.;
YÁÑEZ, A. J. Comparación de dos vías de
inoculación em La producción de anticuerpos
contra fructosa 1,6-bisfosfatasa em huevo de
gallina. Archivos de Medicina Veterinária, v.
36, n. 1, p. 49-58, 2004.
GRIMHOLT, U.I; HORDVIK, V.M.; FOSSE,
I.; OLSAKER, C.E., LIE, Y. Molecular cloning
of major histocompatibility complex class I
cDNAs from atlantic salmon (Salmo satar).
Immunogenetics, v.37, p. 469-473, 1993.
HANSEN, J.D.; LANDIS, E,D.; PHILLIPS,
R.B. Discovery of a unique Ig heavy chain
isotype (IgT) in rainbow trout: implications for
a distinctive B cell developmental pathway in
teleost fish. National Academy Science, v.102,
n.19, p.6919-6924, 2005.
HIRONO, I.; NAM, B.H.; ENOMOTO, J.;
UCHINO, K.; AOKI, T. Cloning and
characterization of a cDNA encoding Japanese
flounder Paralichthys olivaceus IgD. Fish &
Shellfish Immunology, v. 15(1), p.63-70, 2003.
LIM, C.; WEBSTER, C.D. Tilapia: Biology,
culture and nutrition. Na Imprint of the Haworth
Press, New York, p.678, 2006.
LITMAN, G.W.; ANDERON, M.K.; RAST,
J.P. Evolution of antigen biding receptors.
Annual Review of Immunology, v.17, p.109-147,
1999.
MARTINS, M.L. Efeito da suplementação com
vitamina C sobre a reação inflamatória em
Piaractus mesopotamicus Holmberg,1887.
Dissertação (Doutorado em Aqüicultura).
CAUNESP-Unesp-2000.
MARTINS, M. L., MORAES, F. R.,
FUJIMOTO, R. Y., ONAKA, E. M., BOZZO,
F. R., MORAES, J. R. E. Carrageenin induced
inflammation in Piaractus mesopotamicus
(Osteichthues: Characidae) cultured in Brazil.
Boletim do Instituto de Pesca, v.32, p.31-39,
2006.
MARTINS, M.L.; ONAKA, E.M.; TAVARESDIAS, M.; BOZZO, F.R.; MALHEIROS, E.B.
Características hematológicas do híbrido
tambacu, seis e 24 horas após a injeção de
substâncias irritantes na bexiga natatória.
Revista de Ictiologia, Corrientes, 9 (1-2): 25-31.
2001.
MATUSHIMA, E.R.; MARIANO, M. Kinetics
of the inflammatory reaction induced by
carrageenin in the swimbladder of Oreochromis
niloticus. Brazilian Journal of Veterinary
55
Research and Animal Science, v.33, n.1, p.5-10,
1996.
McCARTHUR, J.I.; FLETCHER, T.C.; PIRIE,
B.J.S.; DAVISON, R.J.L.; THOMSON, A.W.
Peritoneal inflammatory cells in plaice,
Pleuronectes platessa L.: effects of stress and
endotoxin. Journal of Fish Biology, v.25, p.6981, 1984.
MORAES, F.R.; MARTINS, M.L. Condições
pré-disponentes e principais enfermidades de
teleósteos em piscicultura intensiva. In:
CYRINO,
J.E.P.;
URBINATI,
E.C.;
FRACALOSSI, D.M.; CASTANGNOLLI, N.
(Ed) Tópicos especiais em piscicultura de água
doce tropical intensiva. São Paulo: TecArt, p.
343-386, 2004.
Efficacy of futunculosis vaccines in turbot,
Scophthalmus
maximus.
Evaluation
of
immersion, oral and injection delivery. Journal
of Fish Diseases, v.28, p.165-172, 2005.
SCAPIGLIATI, G.; ROMANO, N.; ABELLI,
L. Monoclonal antibodies in fish immunology:
identification, ontogeny and activity of T and B
– lymphocytes. Aquaculture, v.172, p.3-28,
1999.
SCHRECK,
C.B.
Immunomodulation:
endogenous factors. In: Iwama G, Nakanishi T,
editors. The fish immune system, organism,
pathogen and environment. London: Academic
Press, p.311-337, 1996.
MORAES, F. R.; MOREAS, J. R.E.
Nutracêutico na inflamação e cicatrização e
peixes de interesse zootécnico. In: TAVARESDIAS, M. (Org.) Manejo e sanidade de peixes
em cultivo. Macapá: Embrapa Amapá, p. 625723, 2009.
SILVA, B.C.; MARTINS, M.L.; JATOBÁ, A.;
BUGLIONE, C.C.; VIEIRA, F.N.; PEREIRA,
G.V.; JERÔNIMO, G.T.; SEIFFER, W.Q.;
MOURIÑO,
J.L.P.
Hematological
and
immunological response of Nile tilapia after
polyvalent vaccine administration by different
routes. Pesquisa Veterinária Brasileira, v. 29
(11), p. 874-880, 2009.
NEUMANN, D.A; TRIPP, M.R. Influence of
routes of administration on the humoral
response of channel catfish (Ictalurus punctatus)
to Yersinia ruckeri. Veterinary Immunology and
Immunopathology, v. 12, p. 163-174, 1986.
SUZUKI, K. Morphological and phagocytic
characteristics of peritoneal exudate cells in
tilapia, Oreochromis niloticus (Trewavas), and
carp, Cyprinus carpio L. Journal of Fish
Biology, v. 29, p. 349-364, 1986.
PALM, R.C.; LANDOLT, L.M.; BUSCHU,
A.R. Route of vaccine administration: effects on
the specific humoral response in rainbow trout
Oncorhynchus mykiss. Diseases of Aquatic
Organisms. v. 33, p. 157-166, 1998.
VAN-DENBERG, G.W. Oral vaccines for
finfish: Academic theory or commercial reality?
Animal Health Research Reviews, v.52, p.301304, 2004.
RAY, N.B.; EWALT, L.C.; LODMELL, D.L.
Nanogram quantities of plasmid DNA encoding
the rabies vírus glycoprotein protect mice
against lethal rabies virus infection. Vaccine,
v.15, p.892-895, 1997.
VOSS, E.W; GROBERG, W.J; FRYER, J.L.
Binding affinity of tetrameric coho salmon Ig
anti-hapten antibodies. Immunochemistry, v.15,
p.456, 1978.
RUSSELL, W.J.; VOSS, E.W.; SIGEL, M.M.
Some characteristic of anti-dinitrophenyl
antibody of the Gray snapper. Journal
Immunology, v.4, p. 105-262, 1970.
ZAPATA, A.G.; CHIBA, A.; VARAS, A. Cells
and Tissues of the Immune System of Fish. In:
IWAMA, G., NAKANISHI, T. The fish
immune system. London: Academic Press, p.162. 1996.
SANTOS, Y.; GARCIA – MARQUEZ, S.;
PERERIA, P.G.; PAZOS, F.; RIAZA, A.;
SILVA, R.; MORABIT, A.; UBEIRA, F.M.
WATTS, M.; MUNDAY, B.L.; BURKE, C.M.
cDNA sequences and organization of IgM
heavy chain genes in two holostean fish.
56
Developmental and Comparative Immunology,
v. 19, p. 153-164, 2001.
YANG, F.; WALDBIESER, G.C.; LOBB, C.J.
The nucleotide targets of somatic mutation and
the role of selection immunoglobulin heavy
chains of a teleost fish. Journal Immunology,
v.176, p.1655-1667, 2006.
YE, J.; KAATTARI, I.M.; KAATTARI, S.L.
The differential dynamics of antibody
subpopulation expression during affinity
maturations in a teleost. Fish & Shellfish
Immunology, p.1-6, 2010.
______________________________________
[1] Departamento de Patologia Veterinária, Faculdade de
Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual
Paulista, Unesp. Via Prof. Paulo Donato Castellane, Km
05, Jaboticabal, SP.CEP 14870-000. São Paulo, Brasil.
email: [email protected]
[2] Departamento de Patologia Geral, Campus Luiz
Meneghel, Universidade Estadual do Norte do Paraná,
Uenp. Rodovia BR 369, Km 54, Bandeirantes, PR. CEP
86.360-000. Paraná, Brasil.
57
Download

Artigo