MOGI DAS CRUZES E SUZANO
28/09/2014 16h54 - Atualizado em 28/09/2014 16h59
Começa a safra dos frutos na
palmeira juçara em Mogi das
Cruzes
Frutos serão colhidos até o fim de outubro.
Produção não foi prejudicada pelo clima
Do G1 Mogi das Cruzes e Suzano
A safra dos frutos na Palmeira Juçara começa em Mogi das Cruzes. Os produtores estão
otimistas pois a produção não foi prejudicada pelo clima feito nos últimos meses. Os frutos serão
colhidos até o fim de outubro.
O agricultor Geraldo Pinto tem um sítio de 63 hectares em que ele plantou quase dois mil pés de
palmeira juçara. A propriedade dele fica no Distrito de Taiaçupeba que é uma boa região para o
plantio por ficar no meio da floresta. “A qualidade este ano está boa por causa da temperatura
que ajudou, então tudo vem de acordo com o tempo, se o tempo vem bom as frutas vem bonita”,
diz o agricultor.
Geraldo não corta a palmeira para a extração do palmito, pois isso mataria a árvore. Ele vende
apenas os frutos por R$ 5 o quilo. Nesta safra devem ser colhido cerca de 300 quilos pelo
produtor. “Palmeira é nativa, não tem gasto, então este dinheiro é o meu lucro, o valor está bom
demais”, ressalta.
Quem faz a colheita na propriedade de Geraldo é o Marcos Prado, que é funcionário do Parque
das Neblinas há seis anos. Ele trabalha equipado com facão, peconha, cinturão e mosquetão. Ele
escala a árvore de quase oito metros para colher os frutos. E afirma nunca ter caído na hora da
colheira. “Só tem perigo as vezes te ter uma caixa de abelha. É o único perigo”, ressalta.
A mercadoria é levada para o Parque das Neblinas. Mantido pela iniciativa privada, ele tem um
programa para estimular a preservação ambiental e gerar oportunidade de negócios para os
agricultores que trabalham nas áreas próximas. No total 4 produtores recebem sementes
selecionadas por biólogos. Juntos ele devem colher este ano quase uma tonelada de frutos
“A gente faz o beneficiamento dos frutos, utiliza parte da poupa que também é entregue para os
proprietários, e a gente faz a troca das sementes entre as propriedades por conta de uma
variabilidade genética”, diz a bióloga do Parque das Neblinas Michele Martins.
Nem todos os frutos são coletados. Uma parte fica para a alimentação dos animais que vivem na
mata. “É importante porque a gente tem a questão os remanescentes florestais que são
extremamente importante para a manutenção da própria palmeira, e essa palmeira é uma espécie
chave na Mata Atlântica, ela alimenta mais de 70 espécies nativas que levam as sementes para
outras áreas”, explica Michele.
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Começa a safra dos frutos na palmeira juçara em Mogi das