Longevidade e comportamento de Conotrachelus humeropictus (Col.: Curculionidae) broca dos frutos do cacau e cupuaçu. Olzeno Trevisan1; Francisco F. Pereira²; Leandro E. Oliveira³ 1. Fiscal Federal Agropecuário, CEPLAC/RO - Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira, Ouro Preto do Oeste, Rondônia. [email protected] 2. Doscente do Curso de Agronomia. Universidade Federal de Bom Jesus – PI. [email protected] 3. Discente do Curso de Biologia - CEULJI/ULBRA Universidade Luterana de Ji-Paraná RO. O cacaueiro Theobroma cacao e cupuaçuzeiro Theobroma grandiflorum são fruteiras nativas da Amazônia de expressão econômico e passaram a ser atacadas por novas pragas. Dentre os insetos indesejáveis, a broca dos frutos Conotrachelus humeropictus é a mais temida, pode ocasionar perdas de até 100% dos frutos do cupuaçuzeiro e até 50% em cacaueiros. A larva passa por cinco instares dentro do fruto e completa o ciclo enterrandose no solo. O adulto possui hábito que dificulta sua localização durante o dia e ao se sentir ameaçado finge-se de morto jogando-se no chão. Entender o comportamento e a duração da fase adulta pode auxiliar nas estratégias de manejo da praga. Para avaliar a longevidade e o comportamento da praga foram coletados 100 insetos adultos e colocados em condições de laboratório (foto fase 12 horas e temperatura 28ºC + 5ºC e UR% 70% + 10%). Foram colocados 10 indivíduos por frasco plásticos de 500 mL cada. A avaliação iniciou em janeiro de 2010. O alimento fornecido foi rodelas de banana “plátano” três vezes por semana. Registrou-se a mortalidade mensal acumulada. O comportamento diário e noturno da população foi avaliado durante seis dias consecutivos: (diurno das 8: 00h às 11:00h e das 14:00h às 17:00h com 8:00h de observação) e (noturno das 18:00h á 1:00h também com 8:00h de observação). Os parâmetros avaliados foram: número de insetos parados, ativos, se alimentando, caminhando e em posição de copula ou copulando. Constatou-se que a mortalidade iniciou aos três meses e o último inseto foi avaliado até 22 meses, quando 99% da população estava extinta. Quanto à longevidade, 50% da população estavam vivas aos 12 meses. Pelo resultado aqui obtido infere-se que os insetos que emergem no campo podem viver por mais de dois anos e, essa constatação, deve ser considerada em programas de manejo da praga. Quanto ao comportamento, os insetos apresentaram maior atividade noturna para alimentação, cópula e locomoção. Palavras-chave: Amazônia, fruteiras, pragas.