PREFEITURA MUNICIPAL DE BOA VISTA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL SENADOR DARCY RIBEIRO PROJETO NA RECREAÇÃO TAMBÉM SE FORMA CIDADÃO BOA VISTA/RR FICHA INFORMATIVA Escola Local da Experiência Escola: Municipal Senador Darcy Ribeiro Endereço: Av. Santo Antônio, s/n, Jardim Equatorial II CEP: 69300-000 Fone: 95 627 8402 Fax: Município: Boa Vista UF: RR E-mail: 1- Caracterização do espaço físico/geográfico 1.1.condições gerais do prédio: muito bom 1.2.número de salas de aula: 10 salas 1.3.localização em relação ao perímetro urbano e rural – urbano 1.4.localização em relação ao centro do município. Periferia Obs.: A escola é um prédio que está em boas condições de funcionamento, pois é uma escola nova com apenas 02 (dois) anos de funcionamento. Atende atualmente 633 alunos em 10 (dez) salas de aula. 2- Caracterização da comunidade onde está inserida. 2.1 recursos sócioeconômicos e culturais: 2.2 outras características. – população de baixa renda Obs.: A escola está situada em um bairro periférico, não tendo portanto atrações culturais. Quanto aos recursos sócioecômicos, a população é de baixa renda e na sua maioria não tem como comprovar seus rendimentos, os poucos que conseguem são assalariados. A comunidade possui apenas comércios de pequenos porte, como bares e mercearias. 3- Caracterização do entendimento: 3.1 situação atual da relação entre oferta e a procura de vagas: a) em geral a procura foi maior do que a oferta b) por período – 3º perí odo c) no ensino fundamental d) nas séries iniciais (1ª a 4ª ) 3.2 período de funcionamento manhã: 7:30 às 11:50 tarde: 13:30 às 17:50 noite: 19:30 às 21:45 3.3 Números de alunos: a) em geral: 633 b) por período: 247 c) no ensino fundamental: 386 (1ª a 4ª/aceleração/EJA) d) nas séries iniciais: (1ª a 4ª) : 313 3.4 Número de professores: a) em geral: 24 b) 1ª série: 04 c) 2ª série: 03 d) 3ª série: 02 e) 4ª série: 01 f) aceleração: 02 Obs.: Fora o EJA e o Pré-escolar 3.5 Número de classes: a) em geral: 22 classes b) por período: 08 classes ( 1, 2, 3 períodos) c) no ensino fundamental: 14 classes d) nas séries iniciais: 10 classes 1ª série: 04 classes 2ª série: 03 classes 3ª série: 02 classes 4ª série: 01 classe EJA: 02 classes e) de aceleração: 02 classes 1ª/2ª - 01 classe 2ª/3ª - 01 classe 4- Mecanismos de participação da comunidade. a) condições de funcionamento da A.P.M. 01 presidente: Rosa Maria Goldin 01 vice-presidente: 01 tesoureiro: Gleison de Vasconcelos Freitas Conselho Fiscal: Marli Pereira da Silva Suplente do Conselho Fiscal: Célia Lima Peixoto b) condições de funcionamento do conselho da escola: A escola não possui conselho c) outros: 5- Outras características da escola: A escola possui 01 sala de vídeo, 01 sala de leitura, 01 secretaria, 01 sala dos professores, 01 sala de diretor, 01 copa, 01 pátio e refeitório. Obs.: O prédio da escola nos intervalos, feriados, sábado e domingo, também está a disposição da comunidade onde é realizado as aulas: de karatê. FICHA INFORMATIA PROFESSOR/CANDIDATO DADOS PESSOAIS: NOME: END. RESIDENCIAL: CEP: FONE: MUNICÍPIO: Luciana Lyra Loureiro Rua C 35, Q 64, C 06 Conjunto Paraná. 69.300.000 ( 095 ) 627.5864 Boa Vista UF: RR DADOS PROFISSIONAIS: ESCOLA: Escola Municipal de Ensino Fundamental Senador Darcy Ribeiro. ENDEREÇO: Av. Santo Antônio, S/N, Jardim Equatorial II FONE: ( 095 ) 627.8402 CEP: 69.300.000 MUNICÍPIO: Boa Vista UF: RR CARGA HORÁRIA: 30 H REMUNERAÇÃO MENSAL: R$ 360,00 1- FORMAÇÃO: 1.1 – NÍVEL MÉDIO CURSO: INSTITUIÇÃO: DATA DE INÍCIO: DATA DE CONCLUSÃO: 2- Magistério Instituto de Educação do Amazonas 05/03/1991 30/11/1993 ATIVIDADES PROFISSIONAIS 2.1- ATIVIDADES REFERENTE AO TRABALHO INSCRITO: SÉRIE: 3 PERÍODO: Vespertino NÚMERO DE ALUNOS: 27 ALUNOS COM DEFASAGEM IDADE/SÉRIE: 11 alunos com 10 anos. 06 alunos com 11 anos. 01 aluno com 14 anos. 2.3 -HISTÓRICO DA EXPÊRIENCIA DOCENTE EM CLASSE DE 1ª A 4ª SÉRIES: A experiência está voltada para alunos da 3ª série do ensino fundamental. As atividades foram desenvolvidas diariamente, faltando 45 minutos antes do encerramento das aulas. Devido a uma série de dificuldades encontradas, a experiência começou em abril e será desenvolvida até o final do ano letivo de 2000 quando será reavaliada. 2.4 – OUTRAS EXPERIÊNCIAS DOCENTES: Para ajudar a solucionar outras dificuldades encontradas, utiliza-se também o vídeo, leitura e dramatização de fábulas, festividades nas datas comemorativas e relaxamento ao som de uma música suave com alongamento dos músculos. 2.5 – ATIVIDADES EXTRA-DOCÊNCIA LIGADAS ÀS QUATRO PRIMEIRAS SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL. • aluno participa do Karatê aos sábados na escola. Para isso é necessário que o aluno tenha boas notas e bom comportamento. Esse projeto é uma parceria que envolve a escola e a comunidade. A criança melhora seu comportamento e suas notas visando uma vaga no karatê SUMÁRIO I- SÍNTESE DO PROJETO ................................................................. 09 II- DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO ANTERIOR AO PROJETO............ 10 III- APRESENTAÇÃO............................................................................. 11 IV- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................... 12 V- OBJETIVOS DO PROJETO.............................................................. 13 VI- CONTEÚDOS TRABALHADOS NO PROJETO........................... 15 VII- DESENVOLVIMENTO DAS AÇÕES............................................. 16 VIII- ETAPAS DE CADA JOGO............................................................. 18 IX- AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS............................................... 30 X- REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.................................................. 31 XI- DOCUMENTAÇÃO COMPROBATÓRIA..................................... 32 SÍNTESE Visto que o jogo não pertence à vida “comum” e é uma forma de obter conhecimento consistente e duradouro, o Projeto “Na recreação também se forma cidadão” virá comprovar como é possível desenvolver os conhecimentos através de brincadeiras. Esse projeto parte da dificuldade encontrada nos intervalos e na continuidade das aulas .Conforme exposto é composto por jogos diversificados. Esses jogos são confeccionados com sucatas trazidas pelas crianças onde recebem na sala de aula as orientações para produção do trabalho. A forma de trabalho é a mais simples e divertida, pois há uma união do grupo. Os jogos favorecem a parceria pois os mesmos só podem ser utilizados em duplas ou grupos. DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO ANTERIOR AO PROJETO Na Escola Municipal Senador Darcy Ribeiro era comum, nos intervalos de 20 minutos, que as crianças brincassem de forma descontrolada. Sem motivo aparente, viviam aos empurrões e trocando tapas entre os colegas, quanto maiores em idade, mais praticavam peraltice. Notava-se também que nesses momentos as oportunidades de formarem grupos ( panelinhas) cresciam a cada dia. Isso não era legal, pois prejudicava muito o trabalho em grupo na sala de aula. Outro problema foi o interesse precoce dos alunos, principalmente as meninas, na busca do prazer manifestada acerca da sexualidade. Muitas vezes, por terem pouco conhecimento sobre as mudanças físicas que ocorrem na puberdade não conseguem controlar seus impulsos podendo ocasionar inúmeros problemas para a família e a escola. Após o recreio todos reclamavam. Cansados, suados e tensos era quase que impossível continuar o trabalho na sala. Diante dessa realidade viu-se a necessidade de fazer algo para mudar este quadro. APRESENTAÇÃO Liderar um grupo de crianças não é fácil, principalmente quando os recursos são escassos. É no intervalo da aula que gera alguns conflitos que refletem na sala. Este projeto “Na recreação também se forma cidadão”, foi elaborado pela professora Luciana Lyra Loureiro e da turma 3ª série com a intenção de suprir as dificuldades encontradas na classe decorrente dos intervalos, oferecendo um amplo sentido de cidadania. O projeto está dividido em cinco (05) partes. Na primeira delas abordamos a descrição de situações anteriores ao projeto. Na Segunda parte consta a objetividade do trabalho. Na terceira parte, abordamos todo o processo de desenvolvimento que parte das tarefas solicitadas aos alunos, a metodologia aplicada, desempenho e produção dos alunos. Na quarta parte, apresenta-se minuciosamente as etapas de cada jogo que conta desde a confecção, a utilização e rendimento dos mesmos. Na Quinta parte, está voltada para avaliação dos resultados com reflexões e documentação comprobatória. Desejamos que esse projeto seja um convite à reflexão da educação e um instrumento de trabalho na prática educativa realizada pela a escola e até por outras organizações. Cabe aos demais educadores aceitarem, questionarem, praticarem e até aprofundarem este projeto. Esperamos que a idéia desenvolvida seja uma forma de trabalho que contribua para o crescimento pessoal e social da criança e uma melhoria das relações nos diferentes ambientes dos quais participam. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A proposta desta experiência nasceu da idéia de encontrar e viabilizar uma solução prática para resolver os problemas causadores dos incidentes e acidentes ocorridos durante o recreio da Escola. Buscamos o embasamento deste trabalho em autores e obras que nos dão respaldo para prosseguir na luta para melhorar a hora do recreio. Como diz CAVALLARI : ‘’A recreação é o fato, ou momento, ou a circunstância que o indivíduo escolheu espontânea e deliberadamente, através do qual ele satisfaz ( sacia ) seus anseios voltados ao seu lazer.”(TRABALHANDO COM RECREAÇÃO p. 15 ) A experiência NA RECREAÇÃO TAMBÉM SE FORMA CIDADÃO nos mostrou que a convivência é necessária para a criança, pois “... A interação social é indispensável para que a criança desenvolva...”( PIAGET, apud KAMII ). A partir da convivência ocorrem mudanças nas crianças, pois quando a criança interagem com seus pares, possibilita um troca de aprendizagem de forma a promover uma assimilação de comportamentos e uma aquisição de conhecimentos. Sendo assim, nosso projeto está dentro da linha norteadora dos PCNs, pois a interdisciplinaridade está presente no desenvolvimento das ações no momento em que estão resolvendo problemas ( matemáticos, afetivos, disciplinares ); na aceitação de si e do outro ( pluralidade cultural, linguagem, ética etc ); no cuidado consigo e o meio em que vivem ( saúde, meio ambiente, ed. Física ) e na confecção dos trabalhos ( artes ). OBJETIVO DO PROJETO OBJETIVO GERAL: Criar um espaço de lazer no qual as crianças possam desenvolver as capacidades de: • Integrar e experimentar o mundo tendo uma compreensão sobre as pessoas e diversas situações, contribuindo de forma pessoal e independente com suas emoções e conhecimento sociais. • Compreender a cidadania como participação social e política, exercitando seus direitos e deveres políticos sociais e civis. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Descobrir atividades dinâmicas e desafiadoras que exijam participação ativa do grupo. • Brincar em diferentes tipos de brincadeiras expressando seus sentimentos, aliviando a tensão e os conflitos. • Estabelecer regras de uso de espaço e relacionamento entre os alunos, garantindo o bom andamento da brincadeira. • Aceitar o resultado, despertando o prazer e o empenho na sua participação. • Desenvolver atitudes de autoconfiança nas tomadas de decisões em relação a situação enfrentada. • Reconhecer nos obstáculos e desacertos o aspecto integrante no processo de formação. • Desenvolver no ato da brincadeira a concentração, companheirismo, afetividade, responsabilidade e socialização. • Criar um vínculo afetivo mútuo entre adultos e crianças, oportunizando a comunicação e integração social. • Manifestar de modo expontâneo comportamentos sociais. • Utilizar os materiais com zelo e ordem. • Descobrir e conhecer seu próprio corpo, sua potencialidade e limite, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a saúde e o bem estar. • Inteirar-se das demais manifestações culturais, valorizando as diversidade com atitudes de interesse, respeito e participação. CONTEÚDO Durante o desenvolvimento do projeto foram trabalhados os seguintes conteúdos: • Integração social. • Visão de mundo real. • Direitos e deveres. • Linguagem oral e gestual. • Resolução de problemas como fonte de prazer. • Elaboração de hipótese para soluções próprias. • Movimento perceptivo e motor. • Erro como processo de aprendizagem. • Individualidade e diversidade. • Comunicação e respeito recíproco. DESENVOLVIMENTO DAS AÇÕES Diante das situações já expostas, onde os alunos não conseguiam se entender nos intervalos, foi sugerido que os mesmos levantassem idéias para melhorar o relacionamento entre eles. Surgiram inúmeras idéias que na sua maioria era através de brincadeiras, a partir das diversificadas sugestões criamos o projeto “Na recreação também se forma cidadão”. Esse projeto parte de uma caixa de jogos compostas por uma diversidade de brinquedos, sendo eles: vareta, corda, boliche, peteca, elástico, pingue-pongue, velha, três dados, memória, baralho, dominó, cobrário, sinuca, quebra-cabeça, dama, vai-e-vem, pedrinha, disco voador, futebol de botão, tiro ao alvo, bolinha de gude. Os materiais para confecção dos brinquedos são na maioria sucateados com baixo custo e alto valor criativo, sendo uma proposta de mudança pois convida os alunos a se libertarem do vício do consumismo. Inicia-se a confecção dos jogos pedindo aos alunos que tragam de suas casas todos os tipos de sucatas possíveis. Da escola aproveita-se o material já existente como papel cartão, cola, tesoura, hidrocor, guache e outros. No quadro são sugeridos por todos quais os jogos que podem ser confeccionados. Todos os dias, 45 minutos antes de encerrar as aulas confecciona-se os jogos, esse período de confecção dura cerca de 20 a 25 dias e sempre quando há idéias novas retorna o período de confecção. Toda a confecção realizada na sala tem sempre orientações prazerosa e um diálogo constante entre o educador e as crianças. Ainda no processo de confecção é possível notar um grande interesse dos alunos ao ver seu educador não só orientando mas, também participando desta confecção. Cada brinquedo que compõe a caixa de jogos terá seu processo detalhado na quinta parte. Após a confecção a forma de apresentar os brinquedos para as crianças é importante pois participam com mais entusiasmo quando se sentem atraídas. É também de suma importância, sempre que possível, a participação do educador nas brincadeiras, a criança se sente feliz e prestigiada pois é um espaço para demonstrar um amor recíproco entre os dois, o desafio da criança e seu esforço será maior já que seu parceiro será adulto. Para garantir a continuidade é necessário assegurar no grupo o compromisso da presença, caso contrário, deverá colocar em pauta os motivos da ausência ou desistência, em seguida, com a união do grupo, conseguir o retorno. O ideal é que as crianças sempre tenham encanto pela caixa de jogos, é preciso que haja conscientização da sua importância. Esse trabalho de conscientização pode ser feito através de conversa informal, participação do educando e no rodízio brinquedos onde a cada dia fica determinados brinquedos a disposição das crianças, assim não corre o risco delas participarem apenas de um jogo todo dia. Para o material não se extraviar é importante que fique a cada semana na responsabilidade de duas crianças. Caberá a elas: pegar a caixa de jogos no lugar de sempre; repartir os jogos escolhidos; após usados, guardá-los na caixa verificando se está tudo organizado e levarem a caixa para o seu lugar, assim a criança terá espaço para mostrar sua responsabilidade e evita sobrecarregar apenas um. Alguns jogos já dispõem de regras básicas mas isso não impede que se abra espaço para as crianças criarem novas regras vindo a melhorar as brincadeiras. Diante de situações de conflitos decorrente de um mal-entendido, ou de dúvidas cabe ao educador ajudar os integrantes a superarem esses problemas. O bom de tudo é que além de divertir a criança de um modo expontâneo em que ela brinca simplesmente porque gosta de brincar sem a preocupação de produzir também será possível trabalhar a interdiciplinaridade pois os jogos oferecem condições de explorarem o português, matemática, ética, educação – física. Quando a criança brinca com baralho, vareta ou boliche, há a necessidade que faça contagem. No cobrario, memória ou 03 dados é possível a realização da leitura e interpretação. Em jogos de vai-e-vem, elástico, corda e disco voador, o esforço do corpo – físico é maior. Esta forma de trabalho não é cansativa ao educador, pois o mesmo também é um participante e não só dirigente. As brincadeiras oferecem condições das crianças realizarem a sós nos, intervalos, onde estarão concentrados em algo positivo. AS ETAPAS DE CADA JOGO VARETAS CONFECÇÃO: 41 palitos de churrasco pintados com tinta guache. Cada cor corresponde a uma pontuação ( azul-01 ponto; vermelho-02 pontos; amarelo03 pontos; verde –04 pontos; preto-10 pontos. ). COMO UTILIZAR: Com 02 a 04 participantes. Espalhados os palitos no chão, as crianças na ordem de jogado, decidida no par- ou - ímpar, vão tirando os palitos um a um. Se durante a retirada do palito escolhido, a criança mexer em outro palito, perderá a vez e outro participante jogará. A vareta preta é a única que poderá ajudar na retirada das outras. No final ganha quem tiver obtido o maior número de ponto. RENDIMENTO: Coordenação motora fina ( agilidade com as mãos ); socialização, destreza, cálculo matemático, atenção e concentração. CORDA CONFECÇÃO: 02 a 03 metros de corda ou fio elétrico. COMO UTILIZAR: Com 03 a 15 participantes. A ordem de começar será decidida no zerinho ou um. Cada criança deve pular no ritmo da música, cantada pelas demais, realizando o movimento que a música pede. Ganha quem realizar os comando sem interromper os salto na corda. RENDIMENTO: Coordenação motora ampla, controle da força muscular, ordenação, números pares e ímpares, expressão de pensamento, atenção, concentração, linguagem oral. BOLICHE CONFECÇÃO: 12 garrafas de plástico de refrigerante numerados de 01 a 06. O enfeite das garrafas fica a critério da criança. 01 bola feita de retalhos de pano envolvida com uma meia usada. COMO UTILIZAR: Com 02 a 04 participantes. Fica 06 garrafas para cada lado a uma certa distância. Cada participante tem o direito de arremessar 03 boladas alternadas nas garrafas do adversário. No final será somada as garrafas derrubadas. Ganha quem obtiver mais ponto. RENDIMENTO: Coordenação motora ampla; coordenação viso - motora; controle da força muscular; calculo matemático; socialização; expressão de pensamento; atenção e concentração. PETECA DE JORNAL CONFECÇÃO: amassar meia folha de jornal fazendo uma bola achatada. Colocar a bola no centro da outra metade da folha e envolvê-la deixando as pontas para cima. Torcer a folha para apertar bem a bola e amarrar com um barbante. COMO UTILIZAR: jogar a peteca para cima batendo na base; jogar a peteca para o alto contando quantas vezes é possível batê-la sem que caia no chão; formar duas equipes que jogarão entre si, seguindo regras estabelecidas pelo grupo. RENDIMENTO: coordenação motora ampla; contagem; sociabilização; controle muscular; expressão de pensamento; atenção e concentração. ELÁSTICO CONFECÇÃO: com o elástico de 3 a 4 metros onde suas pontas estarão amarradas. COMO UTILIZAR: com 2 a 3 dublas. As dublas realizam as seqüências dos obstáculos criados pelo grupo. A vitória será da dubla que realizar mais seqüência. RENDIMENTO: coordenação motora ampla (pular); sociabilização; cooperatividade; formação de pensamento e expressão; controle muscular; atenção e concentração. BARALHO CONFECÇÃO: cerca de 50 cartas com a numeração de 1 a 9 entre elas. COMO UTILIZAR: com 3 a 4 participantes que recebem 3 cartas, as demais ficam ao centro para serem pegas na seqüência. Será formado grupos de cartas onde o resultado eqüivale a 10. Ganha quem formar mais grupos. RENDIMENTO: avanço do cálculo matemático; sociabilização; formação de pensamento; atenção de concentração. DOMINÓ I CONFECÇÃO: 28 peças no papel cartão com figuras imprensar de um lado e escrita (nome/frase), impressas do outro lado. COMO UTILIZAR: com 4 participantes, onde cada um ficara com 7 peças. Inicia quem tirar a peça de partida, os demais participantes vão encaixando suas peças adequadamente. Ganha quem acabar primeiro todas as suas peças. RENDIMENTO: compreensão da leitura, sociabilização, desenvolvimento do pensamento e da expressão; atenção e concentração. DOMINÓ II CONFECÇÃO: 28 peças no papel cartão que correspondem de 0 a 6. Obs.: dominó tradicional. COMO UTILIZAR: com 4 participantes onde cada um ficará com 7 peças. Inicia quem tirar a peça maior. Todos devem encaixar as peças corretamente com objetivo de obter pontuações de 5 em 5. Ganha a dubla que fizer mais pontos. RENDIMENTO: cálculo matemático; pensamento lógico; socialização; atenção e concentração; desenvolvimento do pensamento e da expressão; companheirismo. COBRÁRIO CONFECÇÃO: traçar no quarto do papel cartão um percurso dividido em 35 partes numeradas, onde as ordens (jogue + uma X, fique sem jogar, avance uma casa, retorne 5 casas) devem ser alternadas. É necessário 1 dado e algum objeto para marcar a posição de cada participante. COMO UTILIZAR: com 2 a 5 participantes em duas ordem de jogada. Todos sairão do ponto de partida a caminho do ponto de chegada. O participante pula o número de casas que o dado indicar e realiza o comando que há na casa onde caiu. Quem chegar primeiro ao ponto de chegada, é o campeão. RENDIMENTO: compreensão da leitura; cálculo matemático; obediência dos comandos; atenção e concentração; sociabilidade. VAI E VEM CONFECÇÃO: 2 garrafas de 2 litros cortada ao meio. Pega-se as 2 partes superiores (boca) e une com fita gomada ao meio. Passa por dentro da garrafa 2 cordas de varal (2 metros cada), e nas quatro pontas amarra um pedaço de mangueira. COMO UTILIZAR: com dois participantes que deverão pegar nas mangueiras onde vão abrindo e fechando alternadamente os braços para que possa percorrer a garrafa. RENDIMENTO: atividade de massa muscular; aptidão; ritmo; socialização; expressão de pensamento. PEDRINHA CONFECÇÃO: 5 pedaços de tijolos no tamanho de uma moeda (R$ 0,50). Elas devem ser raladas para tirar as imperfeições. COMO UTILIZAR: com 2 a 5 participantes sentados no chão, eles realizam as seqüências de obstáculos criados por eles. O participante que mais realizar os obstáculos é visto como vencedor. RENDIMENTO: coordenação motora fina (agilidade sociabilização; ritmo; pensamento lógico; expressão oral. das mãos); FUTEBOL DE BOTÃO CONFECÇÃO: 11 pinchas (jogadores) para cada lado com identificação em cima; 1 botão pequeno (bola); 1 batedor (pedaço de régua); 2 caixas de remédio aberto na lateral (traves), um giz para traçar um campo no chão. COMO UTILIZAR: com 2 participantes onde os mesmos espalham seus jogadores conforme as suas vontades. Com o uso do batedor cada participante tem o direito de dar uma batida por vez nos jogadores (pinchas), em direção a bola (botão) com o objetivo de fazer gol. RENDIMENTO: noções básicas de futebol; sociabilização; coordenação motora fina (agilidade das mãos); coordenação viso-motora (acertar ao alvo/gol); atenção e concentração. PINGUE-PONGUE CONFECÇÃO: 1 bola do desodorante de rolo; 2 pedaços de tabique/compensado moldado pelo adulto na forma de raquete; mesa do professor traçado com giz a área de jogo. COMO UTILIZAR: com 2 participantes. A criança dá um toque com a raquete na bola que cai primeiro em sua área e depois vai para o adversário. Este, espera que a bola toque uma vez em sua área e depois rebate. As crianças criam aos poucos regras para melhorar a partida. RENDIMENTO: coordenação motora grossa (arremessar); coordenação viso-motora (acertar o alvo); destreza; pontualidade; expressão de pensamento; socialização; contagem; atenção e concentração. SINUCA CONFECÇÃO: 12 caroços de tucumã numerado com tinta, um fundo de uma caixa de leite coberto com papel camurça verde; tacos com galho de árvore e 1 caroço de tucumã pintado de branco. COMO UTILIZAR: com 2 a 4 participantes, que deverão jogar na bola branca em direção das demais com o objetivo de encaixá-las dentro dos buracos que estão nos cantos da caixa. As bolas podem ser divididas por pares ou ímpares, que ganhará quem colar no buraco todas primeiro. Também podem ficar a escolha do jogador, que no final será feito a contagem para descobrir o vencedor. RENDIMENTO: cálculo matemático, coordenação motora fina (agilidade de braços); coordenação viso – motora (acertar o alvo); sociabilização; expressão de pensamento, atenção e concentração. BOLINHA DE GUDE CONFECÇÃO: bolinha de gude trazida de casa; caroço de tucumã ou bola de desodorante de rolo. COMO UTILIZAR: com 2 a 5 participantes. Todos devem jogar a bolinha de gude em direção a uma linha traçada no chão. Conforme a posição das bolinhas será a posição dos participantes. O primeiro arremessa a sua bolinha em direção do colega desejado, se tocar, ele ganha como brinde outra bolinha ou dar uma sardinha no braço do colega. As demais regras cabem aos participantes. RENDIMENTO: coordenação motora fina (agilidade das mãos), coordenação viso-motora (acertar o alvo); sociabilização; expressão do pensamento, atenção e concentração. DISCO VOADOR CONFECÇÃO: 1 prato de papelão colorido pela criança. COMO UTILIZAR: com 2 participantes; a criança lança para o parceiro, o mesmo deverá pegar no ar. RENDIMENTO: coordenação motora grossa (arremessar); coordenação visomotora (acertar o alvo); controle da massa muscular; sociabilização; expressão de pensamentos; atenção e concentração. JOGO DA VELHA CONFECÇÃO: 1 tabuleiro com o risco do traço do risco da velha; 5 tampas vermelhas de refrigerante e cinco tampas verde de refrigerante. COMO UTILIZAR: com 2 participantes que devem jogar suas tampas de forma alternadas com objetivo de fazer seqüência de 3 tampas no sentido horizontal, vertical ou inclinado. Ganha quem realizar primeiro a seqüência. RENDIMENTO: concentração. socialização; expressão de pensamento; atenção e QUEBRA-CABEÇA CONFECÇÃO: figura grande e colorida de revista colada em papel cartão e recortado em diversos tamanhos. COMO UTILIZAR: com 2 participantes que deverão juntar as peças para descobrir a figura. RENDIMENTO: curiosidade; sociabilização; coordenação viso – motora; expressão de pensamento. MEMÓRIA CONFECÇÃO: diversas fichas com figuras formando pares (figura com figura; figura com palavras; palavras com palavras) o tema fica a critério. COMO UTILIZAR: De 2 a 4 participantes que deverão pegar 2 fichas de cada vez, onde as mesmas se encontram embaralhadas viradas sobre a mesa. Ganha quem formar mais pares. RENDIMENTO: sociabilização; leitura e interpretação; expressão de pensamento; atenção e concentração. JOGO DOS 3 DADOS CONFECÇÃO: Três caixas quadradas e encapadas. Cada dado tem um comando. A primeira recebe a numeração de 1 a 6. A Segunda tem as letras: D,M,T,S,F,L. A terceira possui as palavras cor, fruta, animal, pessoa, carro, lugar. COMO UTILIZAR: De 3 a 8 crianças. Os dados são jogados juntos e ao cair a criança deve falar o que se pede, por exemplo: caiu os dados indicando 3, M e pessoa, a criança falará rápido Márcia, Marisa e Milena. REMDIMENTO: socialização; expressão de pensamento; enriquecimento do vocabulário; atenção e concentração. DAMA CONFECÇÃO: 32 tampas de refrigerante e 1 tabuleiro dos tradicionais. COMO UTILIZAR: com 2 participantes, onde cada um possui 16 tampas, arrumando como de costume. RENDIMENTO: Sociabilização; expressão de pensamento; atenção e concentração. TIRO AO ALVO CONFECÇÃO: 15 latinhas de refrigerante pintadas, forradas ou enfeitadas pelas crianças. COMO UTILIZAR: Com 2 a 5 participantes. As latas devem estar arrumadas em forma de torres. A criança deve mirar e arremessar a bola em direção das latinhas com o objetivo de derrubar o maior número de latas possível. RENDIMENTO: coordenação motora ampla (arremessar); coordenação visomotora (acertar ao alvo); sociabilização; atenção e concentração; expressão de pensamentos. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS As crianças são capazes de demonstrar mais do que se espera e de realizar além do que é pedido. Todas transmitiram interesse e satisfação, touxeram de suas casas as sucatas. A cada jogo confeccionado mostravam-se felizes com o resultado declarando que nenhum professor havia feito isto. As idéias estão se expandindo, pois as crianças já confeccionavam os jogos agora em casa para brincarem com seus irmãozinhos ou coleguinhas. O intervalo começa a Ter valor. Já era possível notar que os comportamentos das crianças estavam melhores, aquela que, no início apenas, apenas corria, já era vista participando de alguma das atividades. Criança que tinha o hábito de trapacear ou que não aceitava o resultado aos poucos foi transformando novos conceitos participando das brincadeiras com lealdade e entendendo como se brinca de verdade. Em situação de perda, queda ou distração, em que era motivo de riso, a criança que se encontrava nessas situações e demonstrava-se chateado ao perceber que os colegas a caçoavam, aos poucos foi vencendo esses obstáculos entendendo e aceitando as brincadeiras de seus colegas, comportando-se de forma natural participando também daqueles momentos. É possível notar que os comportamentos, principalmente das meninas, já estavam voltados para o prazer do lazer e não mais da curiosidade da sexualidade. Os jogos tiveram repercussão positiva na sala de aula, pois as crianças passaram a expressar suas idéias com clareza e convicção, tomaram consciência do que realmente pensam e querem. Essa melhora foi percebida na língua portuguesa e na integração social. Os jogos colaboraram muito para o desenvolvimento do raciocínio, em calculo mental já era possível notar um avanço e prazer em pensar. Situações problemas estavam sendo aceitas agora como desafio e não mais como obrigação. Jamais se imaginava que esse projeto fosse trazer tanta repercussão apesar de saber que com os jogos somos capazes de criar um mundo imaginário no qual obtemos conhecimentos e os transportamos para o mundo real. REFERÊNCIAS BIBLBIOGRÁFICAS - CAVALLARI, Vinicius Ricardo. Paulo: Ícone, 1998. Trabalhando com recreação. São - KAMII, Constance , DECLARK, Geórgia. Reinventando a aritmética: implicações da teoria de Piaget - tradução: Elenisa Curt, Marina C.M. Dias e Maria do Carmo D. Mendonça – 9 ed. Campinas , SP: Papirus,1994. - LURIA, A. R. Desenvolvimento cognitivo: seus fundamentos culturais e sociais. – tradução: Fernando L. Gurgueira. – São Paulo: Ícone,1990. - MINICUCCI, Agostinho. Técnicas de trabalho em grupo. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1992. - RODRIGUES, Maria. O desenvolvimento do pré-escolar e o jogo. São Paulo: Ícone, 1992.