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LABORATÓRIO DE REDAÇÃO – 2013
2ª Fase/UECE
PROPOSTA 1
ARTIGO DE OPINIÃO
Brasil investe cerca de R$ 30 bilhões em ciência e tecnologia
A última plenária da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação discutiu a inserção do Brasil na nova
geografia da ciência e inovação global.
O painel “O Brasil no Mundo” foi aberto pelo embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, chefe da Secretaria de Assuntos
Estratégicos (SAE) da Presidência da República, que comentou a respeito da questão do reconhecimento e da importância da
ciência e tecnologia para o desenvolvimento econômico.
O embaixador também destacou a posição do Brasil no mundo, tanto do ponto de vista político como econômico.
Desenvolvimento é inovação
Para o embaixador, o desenvolvimento econômico é basicamente a introdução de inovações no processo produtivo.
Ele explicou que as inovações têm um papel fundamental na competitividade das empresas, sendo importante também
lembrar que o desenvolvimento é uma questão relativa, pois ninguém é desenvolvido sozinho.
“Você está sempre desenvolvido ou não em relação aos outros países, às outras sociedades. Isso depende naturalmente
da competitividade das empresas estatais ou privadas, não importa. A competitividade depende da inovação e do volume de
recursos aplicado no processo tecnológico”, salientou.
Ciências exatas
O Embaixador disse que os Estados Unidos aplicam 3% de US$ 15 trilhões em ciência e tecnologia, significando
US$ 450 bilhões de investimento na área. Já o Brasil investe cerca de 2% de R$ 1,5 trilhão, ou seja, R$ 30 bilhões em c&t.
Para ele, no entanto, todo o esforço em ciência e tecnologia ser redobrado, repensado, com a formação de engenheiros
para o País crescer e reduzir a taxa de desigualdades com outros países.
“Precisamos da formação de estudantes na área de ciências exatas, precisamos de professores de matemática para ampliar
o número de profissionais formados em exatas. Esse é um desafio que vamos enfrentar, para reduzir nossa distância em relação
a outros países”, ressaltou.
Desafios globais
Lídia Maria Serra Ribeiro, da Unesco, afirmou, por sua vez, que o Brasil tem crescido no cenário internacional e que é
preciso olhar o País como um caso de sucesso.
Para ela, temos 15 desafios globais, sendo alguns deles o papel da mulher na tomada de decisões; a construção de uma
sociedade do conhecimento sábia; a formação de massa crítica, a necessidade de se olhar para a construção de uma sociedade
do conhecimento no contexto global; o investimento em recursos humanos e a qualificação profissional.
Segundo Lídia, é necessário refletir em como mobilizar a ciência para a política pública e a política para a ciência, como
fonte de inspiração, além disso, questionar que tomadas de decisão, hoje, terão impactos futuros.
Ela acredita que precisamos ter uma visão comum de ciência e tecnologia, assim como indicadores corretos e políticas mais
integradas. Uma abordagem de ciência para o Brasil, com investimentos a longo prazo, também foi mencionada como desafio.
“Mais do que centros de excelência, precisamos de redes de excelência”, resumiu.
Inovação para o bem-estar
O presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Paulo Ernani Gadelha, destacou o papel da saúde na articulação de
questões relacionadas aos processos produtivos, de inovação e do desenvolvimento e o seu objetivo de promover o bem-estar
social. “A saúde tem uma forte presença no campo da inovação. Ela mobiliza de 8% a 10% do Produto Interno Bruto (PIB)
nacional e recruta cerca de 10% do trabalho qualificado, empregando mais de nove milhões de pessoas”.
Gadelha ressaltou também a importância da cooperação internacional e a visibilidade que o País tem no cenário mundial.
“O Brasil é considerado um País inovador. Está em uma faixa intermediária no ranking geral, mas esse avanço ainda não se reflete
na resolução de vulnerabilidades internas, como por exemplo, o Sistema Único de Saúde (SUS). A acessibilidade da população
não está sendo garantida e nem a sustentabilidade desse sistema”, explicou Gadelha.
Guilherme Estrella, diretor de exploração e produção da Petrobras, fez um breve relato sobre a atual situação da companhia.
“A Petrobras é reconhecida nacional e internacionalmente como a companhia que desenvolveu, na frente de outras empresas do
mundo, tecnologia de produção em águas profundas”. Segundo ele, a decisão governamental para a constituição de um programa
tecnológico específico, que contemplasse a integração do meio acadêmico para o desenvolvimento de novos equipamentos e
tecnologias foi crucial para o sucesso do projeto.
Evolução brasileira
Luis Fernandes, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), afirmou que já se comemorou diversas vezes
a progressão do Brasil na produção científica mundial, com o fato de já sermos o 13º país em produção de artigos e revistas
indexadas internacionalmente, além do fato de termos passado de 0,4% da produção científica mundial para 2,2%, um valor
mais ou menos equivalente a nossa participação do PIB mundial.
PRÉ-VESTIBULAR
OSG.: 075808/13
LABORATÓRIO DE REDAÇÃO – 2013
2ª Fase/UECE
“É preciso situar a evolução do Brasil, na nova geografia da ciência, da inovação e do dinamismo econômico global.
O País está inserido no contexto do redesenho do mapa global da ciência e da inovação e da produção econômica. A premissa
básica desta discussão é o advento e o nosso reconhecimento à era do conhecimento. Ou seja, cada vez mais a ciência, e o
conhecimento aplicado à inovação estão no coração dos processos de geração de riqueza e agregação de valor no mundo. Isso
torna o tema de ciência, tecnologia e inovação estratégico para qualquer país que queira promover o seu desenvolvimento de
maneira sustentável”, ressaltou.
Proposta
Escreva um artigo de opinião, para ser publicado em um jornal de grande circulação na sua cidade, em que você defende
projetos de grandes investimentos nos órgãos encarregados pela pesquisa científica brasileira, para a resolução dos grandes
desafios globais, hoje. Identifique dois desses desafios e defenda seu ponto de vista.
PROPOSTA 2
ARTIGO DE OPINIÃO
Conceito de Energia Limpa
Energia limpa é aquela que não libera, durante seu processo de produção ou consumo, resíduos ou gases poluentes
geradores do efeito estufa e do aquecimento global. As fontes de energia que liberam quantidades muito baixas destes gases
ou resíduos também são consideradas fontes de energia limpa.
Principais fontes de energia limpa:
- Energia eólica - gerada a partir da força do vento;
- Energia solar - gerada a partir dos rais solares;
- Das Marés - gerada através da energia contida nas marés dos mares e oceanos;
- Biogás - biocombustível produzido a partir da mistura gasosa de dióxido de carbono com gás metano;
- Biocombustíveis - etanol (produzido a partir da cana-de-açúcar e milho), biogás (produzido a partir da biomassa), bioetanol,
bioéter, biodiesel, entre outros.
Importância
A produção e o consumo de energia de fontes limpas são de extrema importância para a proteção do meio ambiente
e da manutenção da qualidade de vida das pessoas. Como não geram gases do efeito estufa (ou geram muito pouco), não
favorecem o aquecimento global do planeta. Por outro lado, como não há queima de combustíveis fósseis, não há geração de
gases poluentes ou resíduos sólidos que podem prejudicar a saúde das pessoas. A energia limpa é também um importante fator
para se garantir o desenvolvimento sustentável do planeta.
Você sabia?
- Atualmente, cerca de 20% da energia gerada e consumida no mundo são provenientes de fontes limpas (dados 2011).
Disponível em: http://www.suapesquisa.com/energia/energia_limpa.htm
Proposta:
Escreva um artigo de opinião, para ser publicado em um jornal local, incentivando as universidades cearenses a investirem
mais nas pesquisas sobre as tecnologias de energia limpa, levando em consideração as características geomorfológicas de nosso
Estado. Apresente dois argumentos, pelo menos, que justifiquem seu ponto de vista.
Vinícius – 17/10/13 – REV.: RR
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07580913 - Caderno de Prop. de Redação - UECE nº 8