EFICIÊNCIA DE FUNGICIDAS DE DIFERENTES GRUPOS QUÍMICOS NO
CONTROLE DE FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA1
EBONE, André2; DEL FRARI, Bianca Knebel2; PATIAS, Diogo3; STEFANELLO,
Marlon Tagliapietra4; SERAFINI, Pablo Tuzi2; MINUZZI, Simone Gripa2; GAI,
Rafael Pegoraro4; BALARDIN, Ricardo Silveiro5.
1
Trabalho de Iniciação Científica _UFSM
Curso de Agronomia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil
3
Curso de Agronomia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai, campus Santiago (URI),
Santiago, RS, Brasil
4
Programa de Pós Graduação em Agronomia, PPGAgro, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil.
5
Professor de Fitopatologia do Departamento de Defesa Fitossanitária, UFSM, Santa Maria, RS,
Brasil.
E-mail: [email protected];
2
RESUMO
O experimento realizado no município de Itaara – RS, utilizou a cultivar BMX Potência RR, com o
objetivo de avaliar a eficiência dos fungicidas. Os tratamentos foram aplicados em estádio
R1>18DAA1>15DAA2, sendo eles: T1: Testemunha; T2: Piraclostrobina + Epoxiconazol; T3:
1
Epoxiconazol + Piraclostrobina + Fluxapyroxad (0,8 L.ha- de P.C.); T4: Epoxiconazol +
1
Piraclostrobina + Fluxapyroxad (1L.ha- de P.C.); T5: Piraclostrobina + Fluxapyroxad; T6: Metconazole
+ Piraclostrobina; T7: Azoxistrobina + Ciproconazol; T8: Picoxistrobina + Ciproconazol; T9:
Trifloxistrobina + Protioconazol. Os baixos volumes pluviométricos foram suficientes ao
estabelecimento do patógeno. O experimento demonstrou eficientes controles em relação à
testemunha. Os maiores valores de produtividade foram observados nos tratamentos 3, 4 e 9
-1
-1
(Epoxiconazol + Piraclostrobina + Fluxapyroxad nas doses de 0,8 L.ha de P. C. e 1 L.ha de P. C.);
e Trifloxystrobim + protioconazol, respectivamente), devido às eficiências de controle e
consequentemente a manutenção do potencial produtivo da cultura. Não observou-se fitotoxicidade.
Palavras-chave: Phakopsora pachyrhizi; Triazóis; Estrobilurinas; Carboxamidas.
1. INTRODUÇÃO
A soja é uma cultura de grande importância para a economia brasileira, visto que o
Brasil é o segundo maior produtor mundial do grão. Na safra 2011/12 , este cultivo ocupou
uma área de aproximadamente 25,0 milhões de hectares, totalizando uma produção de
66,39 milhões de toneladas de grãos (CONAB, 2012). As doenças causadas por fungos,
bactérias, nematóides e vírus, limitam a produtividade máxima da cultura e causam perdas
anuais de 15 a 20% até quase 100% da produção (EMBRAPA, 2005).
A principal doença que atinge a cultura da soja é a ferrugem asiática, causada pelo
fungo Phakopsora pachyrhizi. Foi identificada pela primeira vez no Brasil na safra de
2000/2001 (YORINORI, 2002). Segundo Navarini et al. (2007), as condições favoráveis são
molhamento foliar prolongado (10 horas por dia), temperatura noturna entre 18 e 24°C e
chuvas frequentes, a partir disso poderá se desencadear um rápido estabelecimento e a
disseminação da doença.
1
Os sintomas podem surgir em qualquer momento do ciclo de desenvolvimento da
cultura, porém tem se apresentado de modo mais frequente nas plantas próximas ou em
plena floração. Os primeiros sintomas da ferrugem são caracterizados por pequenos pontos
cloróticos e após de coloração bronzeada ou parda (lesões com tamanho em torno de 0,5
mm²) que podem escurecer a medida que envelhecem. Individualmente, com o passar do
tempo, essas lesões aumentam de tamanho, podendo atingir até 1,2 mm².
No local correspondente ao ponto escuro observa-se uma minúscula protuberância,
normalmente na face inferior do folíolo de soja, sendo esta o início da formação da estrutura
de frutificação do fungo (urédia ou pústula). Progressivamente, esta estrutura, de coloração
hialina, vai adquirindo uma coloração castanho-clara a castanho-escura, onde em sua
extremidade se abrirá um pequeno poro para liberação dos uredosporos (YORINORI et al.,
2004). De acordo com Navarini et al. (2007), o P. pachyrhizi pode provocar amarelecimento
e desfolha. YANG et al. (1991) ressaltam que quanto mais cedo ocorrer a queda das folhas,
menor será o tamanho do grão e, devido a isso, maior a perda de rendimento e de
qualidade.
O custo da ferrugem asiática no Brasil, desde as primeiras epidemias até a safra de
2007/08, foi calculado em aproximadamente US$ 10,1 bilhões, incluindo as perdas em
produção, arrecadação e o custo com o controle dessa doença (Consórcio Antiferrugem,
2008). Desta forma, é preciso reduzir os danos e dificultar o estabelecimento e
desenvolvimento da doença. Existem algumas estratégias para minimizar o dano causado
pela ferrugem asiática, como citado por Yorinori & Wilfrido (2002), a utilização de cultivares
mais precoces, semeadas no início da época recomendada para cada região; evitar o
prolongamento do período de semeadura; vistoriar lavouras; observar se há condições de
temperatura (14 a 28ºC) e umidade alta favorável ao patógeno. Contudo, atualmente o
manejo químico destaca-se como a alternativa mais eficiente de controle, com a aplicação
de fungicidas em parte aérea na cultura (REIS & BRESOLIN, 2004).
Os grupos de fungicidas recomendados para o controle de ferrugens são os triazóis
(tebuconazol, ciproconazol, propiconazol, miclobutanil), as estrobilurinas (azoxistrobina,
piraclostrobina,
trifloxistrobina,
picoxistrobina)
e
as
carboxamidas
(oxicarboxim,
fluxapyroxad) (BUTZEN et al., 2005). Conforme Butzen et al. (2005), o êxito no controle
químico de P. pachyrhizi depende de uma combinação de fatores, como quando é realizada
a aplicação, utilização de fungicidas com longo período residual e boa cobertura do alvo.
Além disso, não deve haver atrasos na aplicação do fungicida, pois esse pode ser
determinante para o sucesso no controle químico deste patógeno, já que a doença possui
uma alta taxa de progresso fazendo do momento de aplicação o fator decisivo para a
eficiência deste método de controle (PINTO et al. , 2012). Assim, o presente trabalho teve
2
como objetivo avaliar a eficiência de fungicidas de diferentes grupos químicos no controle de
Phakopsora pachyrhizi na cultura da soja.
2. METODOLOGIA
O experimento foi realizado na safra agrícola de 2011/2012, na Estação
Experimental do Instituto Phytus, Núcleo de Pesquisa, no município de Itaara - RS. A cultivar
de soja utilizada foi BMX Potência RR, na população de 32 plantas. m-2 com espaçamento
de 0,5 m entre linhas e implantada no sistema de plantio direto na palha usando uma
adubação de base 250kg.ha -1 da fórmula comercial 05-25-20 (Nitrogênio-Fósforo-Potássio).
Os tratos culturais e o manejo fitossanitário durante a condução do experimento
seguiram as práticas recomendadas pela pesquisa para a cultura da soja no estado do Rio
Grande do Sul.
Tabela 1 - Tratamentos aplicados na cultura da soja (cv. BMX Potência RR), para o controle de
Phakopsora pachyrhizi. Itaara/RS, 2012.
Tratamento
T1
T2
T3
T4
2
-1
Dose i. a. (mL, g.ha )
Testemunha
1
Piraclostrobina + Epoxiconazol + Adjuvante
66,5 + 25 + 0,50
1
40 + 65 + 40 + 0,50
1
50 + 81 + 50 + 0,50
Epoxiconazol + Piraclostrobina + Fluxapyroxad + Adjuvante
Epoxiconazol + Piraclostrobina + Fluxapyroxad + Adjuvante
T5
1
Piraclostrobina + Fluxapyroxad + Adjuvante
100 + 50,1 + 0,50
T6
1
40 + 75 + 0,50
T7
T8
T9
1
2
Metconazole + Piraclostrobina + Adjuvante
1
Azoxirobina + Ciproconazol + Adjuvante
60 + 24 + 0,60
1
Picoxistrobina + Ciproconazol + Adjuvante
1
Trifloxistrobina + Protioconazol + Adjuvante
60 + 24 + 0,60
60 + 70 + 0,40
-1
Dose do produto comercial (L.ha );
Momentos de aplicação dos tratamentos fungicidas: R1>>18 DAA1>>15 DAA2.
Foram realizadas três aplicações, sendo a primeira realizada no estádio fenológico
R1 (início do florescimento), a segunda 18 DAA1 (dias após a aplicação 1) e a terceira aos
15 DAA2 (dias após a aplicação 2). As aplicações foram realizadas com um pulverizador
costal pressurizado à CO2, equipado com pontas de pulverização XR110 02 à pressão
constante de 30 psi. A velocidade de caminhamento utilizado foi de 1,5 m.s-1 para um
volume de calda de 150 l.ha-1, tendo condições meteorológicas favoráveis no momento da
aplicação. O delineamento utilizado foi blocos ao acaso com nove tratamentos e quatro
repetições. Cada parcela possuiu uma área de 15m2. O alvo do experimento, o fungo
3
Phakopsora pachyrhizi, estabeleceu-se de maneira natural na cultura. Os parâmetros
avaliados foram fitotoxicidade aos 7 DAA1 e 7 DAA2), severidade antes da primeira
aplicação, aos 7 DAA3, 14 DAA3 e 21 DAA3, desfolha, produtividade e peso de 1000 grãos.
Equação 1: Após a avaliação das severidades nos tratamentos, foi possível gerar a área
abaixo da curva de progresso da doença (AACPD), através da fórmula abaixo:
n
AACPD = ∑ [((Yi+1 + Yi)*0,5)*(Ti+1 - Ti )]
i=1
Yi: severidade da doença na época de avaliação i (i= 1,...,n);
Yi+1: severidade da doença na época de avaliação i + 1;
Ti: momento da avaliação inicial (i);
Ti+1: momento da próxima avaliação (i + 1);
n = nº de avaliações;
Equação 2: A eficiência de controle foi obtida através do cálculo, abaixo representado, em
decorrência da ação dos fungicidas testados:
%E = (T – F / T) x 100
T = % de severidade na testemunha
F = % de severidade no tratamento com fungicida.
As avaliações consideraram todas as folhas das plantas da área útil da parcela,
sendo visualmente mensuradas as notas de severidade da doença baseadas na
porcentagem foliar atacada pelo patógeno. Após o término do ciclo da cultura, a colheita
deu-se na área útil da parcela experimental, onde as plantas foram cortadas manualmente e
trilhadas mecanicamente em um batedor de cereais estacionário. O volume de grãos foi
pesado e ajustado à umidade de 13% para obter o rendimento final de grãos. Os resultados
obtidos no experimento foram submetidos ao teste de comparação múltipla de médias
Tukey (5%). As análises foram efetuadas através do software PlotIt versão 3.2.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Apesar do volume de precipitações durante o ciclo da cultura ter se apresentado
abaixo da média histórica regional, o patógeno Phakopsora pachyrhizi obteve sucesso no
seu estabelecimento e promoveu a ocorrência da doença de maneira homogênea na área
experimental e em nível suficiente para discriminar os tratamentos quanto à sua eficácia de
controle bem como justificar o nível de dano observado no tratamento testemunha e nos
demais tratamentos com sintomas da doença.
4
A AACPD da ferrugem asiática demonstrou a evolução da doença nos diferentes
tratamentos (Tabela 2), apresentando o valor mínimo observado no T4 (Epoxiconazol +
Piraclostrobina + Fluxapyroxad + Adjuvante na dose 1 L.ha-1 de P. C.), não diferindo porém
do T3 (Epoxiconazol + Piraclostrobina + Fluxapyroxad + Adjuvante na dose 0,8 L.ha-1 de
P.C.). Considerando a evolução da doença expressa pela AACPD, observa-se o elevado
desempenho dos fungicidas testados, uma vez que todos os tratamentos apresentaram
eficiência de controle acima de 80% (Tabela 2).
Os valores observados para a variável desfolha nos tratamentos químicos diferiram
estatisticamente dos valores observados nas parcelas do tratamento testemunha. Isto
demonstra a influência da proteção dos ingredientes ativos sobre a manutenção dos tecidos
sadios da cultura. O menor nível de desfolha foi observado no tratamento 4 (Epoxiconazol +
Piraclostrobina + Fluxapyroxad + Adjuvante na dose 1 L.ha-1 de P.C.) (Figura 1). Pela
análise do coeficiente de correlação de Pearson, obteve-se um coeficiente positivo de
0,9517 entre os valores de AACPD e porcentagem de desfolha, o que possibilita inferir que
a doença possui um caráter agressivo à fisiologia do vegetal atacado, proporcionando
senescência e queda foliar precoce.
O rendimento de grãos variou de acordo com os tratamentos fungicidas, sendo que
todos os tratamentos diferiram estatisticamente da testemunha (Figura 2). Observou-se
maior produtividade, em valores absolutos, no T4 (Epoxiconazol + Piraclostrobina +
Fluxapyroxad + Adjuvante na dose 1 L.ha-1 de P. C.), que diferiu estatisticamente apenas
dos tratamentos 7 e 1 (Azoxirobina + Ciproconazol + Adjuvante e testemunha,
respectivamente).
TABELA 2: Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença (AACPD) a partir das avaliações de
severidade de Phakopsora pachyrhizi de acordo com os tratamentos aplicados na soja (BMX
Potência RR). Itaara/RS, 2012.
1
2
3
Trat.
Dose (mL, g/ha)
A
B
C
D
Média
p<0,05
Efic. (%)
T1
g
1.265,0 1.252,0 1.257,5 1.217,5 1.248,0
0,0
T2
66,5 + 25 + 0,50
93,2
97,3
94,2
89,2
93,5
e
92,5
T3
40 + 65 + 40 + 0,50
49,0
54,7
48,9
49,3
50,5
ab
96,0
T4
50 + 81 + 50 + 0,50
35,2
31,8
30,5
31,8
32,3
a
97,4
T5
100 + 50,1 + 0,50
66,8
73,4
60,3
62,4
65,7
bcd
94,7
T6
40 + 75 + 0,50
80,9
85,7
74,6
76,9
79,5
de
93,6
T7
60 + 24 + 0,60
128,1
109,6
120,3
116,8
118,7
f
90,5
T8
60 + 24 + 0,60
72,2
69,8
77,4
76,8
74,0
cd
94,1
T9
60 + 70 + 0,40
57,3
59,9
53,5
60,3
57,7
bc
95,4
CV(%)
3,96
1
-1
1-Testemunha; 2- Piraclostrobina + Epoxiconazol + Adjuvante (0,8 L.ha de P.C.); 3- Epoxiconazol +
-1
Piraclostrobina + Fluxapyroxad + Adjuvante (1,0 L.ha de P.C.); 4- Epoxiconazol + Piraclostrobina +
Fluxapyroxad + Adjuvante; 5- Piraclostrobina + Fluxapyroxad + Adjuvante; 6- Metconazole + Piraclostrobina +
Adjuvante; 7- Azoxirobina + Ciproconazol + Adjuvante; 8-Picoxistrobina + Ciproconazol + adjuvante; 9Trifloxistrobina + Protioconazol + Adjuvante.
5
2
-1
Adjuvante na dose do produto comercial (L.ha );
3
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey (p < 0,05).
O peso de mil grãos (Figura 1) também foi influenciado significativamente pela
aplicação dos tratamentos fungicidas, acompanhando o comportamento observado no
parâmetro rendimento de grãos, sendo que o maior incremento em relação à testemunha foi
observado no tratamento 4 (Epoxiconazol + Piraclostrobina + Fluxapyroxad + Adjuvante na
dose 1 L.ha-1 de P. C.) não diferenciando-se dos tratamentos 2, 3, 5 e 9 (Piraclostrobina +
Epoxiconazol + Adjuvante; Epoxiconazol + Piraclostrobina + Fluxapyroxad + Adjuvante na
dose 0,8 L.ha-1 de P.C.; Piraclostrobina + Fluxapyroxad + Adjuvante; e Picoxistrobina +
Ciproconazol + Adjuvante, respectivamente).
-1
* 1-Testemunha; 2- Piraclostrobina + Epoxiconazol + Adjuvante (0,8 L.ha de P.C.); 3- Epoxiconazol +
-1
Piraclostrobina + Fluxapyroxad + Adjuvante (1,0 L.ha de P.C.); 4- Epoxiconazol + Piraclostrobina +
Fluxapyroxad + Adjuvante; 5- Piraclostrobina + Fluxapyroxad + Adjuvante; 6- Metconazole + Piraclostrobina +
Adjuvante; 7- Azoxirobina + Ciproconazol + Adjuvante; 8- Picoxistrobina + Ciproconazol + Adjuvante; 9Trifloxistrobina + Protioconazol + Adjuvante.
** Colunas seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p < 0,05).
FIGURA 1: Comparativo entre as avaliações de peso de mil grãos (em gramas) e desfolha
(porcentagem) de acordo com os diferentes tratamentos aplicados na cultura da soja (cv. BMX
Potência RR), para o controle de Phakopsora pachyrhizi. Itaara/RS, 2012.
Na análise do coeficiente de correlação de Pearson, observou-se um coeficiente
negativo de -0,88866 entre os valores de desfolha e o peso de mil grãos, nos diferentes
tratamentos (Figura 1), o que demonstra que quanto mais efetivo o controle da ferrugem
asiática, menor será a perda de área foliar atacada, resultando na obtenção de valores
superiores de peso de mil grãos. Consequentemente, o rendimento de grãos será afetado
diretamente, visto que, há uma forte correlação positiva de 0,9832 (Coeficiente de
correlação de Pearson) entre estes parâmetros.
6
Durante o período de condução do ensaio não foram observadas reações de
fitotoxicidade da cultura aos fungicidas e doses testadas, evidenciando a seletividade destes
defensivos às plantas de soja.
*
-1
1-Testemunha; 2- Piraclostrobina + Epoxiconazol + Adjuvante (0,8 L.ha de P.C.); 3- Epoxiconazol +
-1
Piraclostrobina + Fluxapyroxad + Adjuvante (1,0 L.ha de P.C.); 4- Epoxiconazol + Piraclostrobina +
Fluxapyroxad + Adjuvante; 5- Piraclostrobina + Fluxapyroxad + Adjuvante; 6- Metconazole + Piraclostrobina +
Adjuvante; 7- Azoxirobina + Ciproconazol + Adjuvante; 8-Picoxistrobina + Ciproconazol + Adjuvante; 9Trifloxistrobina + Protioconazol + Adjuvante.
** Colunas seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p < 0,05).
FIGURA 2: Rendimento de grãos (Kg/ha) de acordo com os diferentes tratamentos aplicados na
cultura da soja (cv. BMX Potência RR), para o controle de Phakopsora pachyrhizi. Itaara/RS, 2012.
4. CONCLUSÃO
Os tratamentos fungicidas testados neste experimento foram eficientes no controle
da ferrugem asiática da soja, com percentuais de controle superiores a 80% em relação à
testemunha.
Os tratamentos 3, 4 e 9 (Epoxiconazol + Piraclostrobina + Fluxapyroxad + Adjuvante
na dose 0,8 L.ha-1 de P. C. e 1 L.ha-1 de P. C.,; e Trifloxistrobina + Protioconazol +
Adjuvante,
respectivamente),
apresentaram
os
melhores
percentuais
de
controle,
protegendo o potencial produtivo da cultura e proporcionando um reflexo positivo no
rendimento de grãos.
Os fungicidas e doses testadas neste ensaio não causam efeito de fitotoxicidade nas
plantas de soja.
7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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8
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