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CONVERSÃO, 1
CCE 1849: “O pecado é uma falta contra a razão, a verdade,
a consciência recta; é faltar ao amor verdadeiro para com Deus
e para com o próximo por causa de um apego perverso a certos
bens. Fere a natureza do homem e atenta contra a solidariedade
humana. Foi definido como ‘uma palabra, um acto ou um desejo
contrários à lei eterna’ (Santo Agostinho)”.
CCE 1850: “O pecado é uma ofensa a Deus (...). O pecado
levanta-se contra o amor que Deus nos tem e afasta os nossos
corações d’Ele. Tal como o primeiro pecado, é uma desobediência, uma rebelião contra Deus pelo desejo de se tornar ‘como
deuses’ pretendendo conhecer e determinar o bem e o mal
(Gn 3, 5). O pecado é assim ‘amor de si mesmo até ao desprezo
de Deus’ (Santo Agostinho)”.
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CONVERSÃO, 2
Imediatamente depois do castigo que
seguiu o pecado original, Deus prometeu
ao homem a salvação. Os convites à
conversão enchem todo o AT e NT.
A pregação de Jesus Cristo inicia-se
com uma chamada à conversão:
“Arrependei-vos e acreditai no Evangelho”
(Mc 1, 15). Todo o contexto do NT
contém um chamamento à conversão.
Obedecendo ao mandato de Cristo (Lc 24,
47), os Apóstolos insistem reiteradamente
na necessidade de se converter, para se ser
baptizado e se receber o Evangelho.
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CONVERSION, 3
Algumas características da conversão no NT
- Está dirigida aos pecadores, inclusive aos pagãos (Lc 3, 13-14).
- Abarca toda a pessoa e inclui a totalidade da existência.
- No AT usa-se o termo “shuh” = “mudança de sentido”, no NT
usa-se “metanóia” = “mudança de mentalidade”.
- É livre: Deus não violenta a liberdade. Jesus faz preceder os seus
chamamentos pelo condicional: “Se quiseres...”.
- CCE 1889: “A primeira obra da graça do Espírito Santo é a
conversão (...). Movido pela graça, o homem volta-se para Deus
e afasta-se do pecado, acolhendo assim o perdão e a justiça do
alto”.
- Na pregação de Jesus, a conversão forma uma unidade dentro
do plano total de salvação: redenção e salvação tornam-se
possíveis mutuamente.
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CONVERSÃO, 4
1
A moral cristã é uma moral da graça, o que significa a
primazia da iniciativa divina sobre a acção humana.
2
As paixões são boas quando contribuem a fazer o bem
e más quando se empregam na execução do mal. As
más reforçam o mal e as boas potenciam o bem.
3
Para dominar as paixões (emoções ou impulsos da
sensibilidade), a pessoa deve exercitar-se numa vida
ascética. Quando o homem chega a dominá-las, é-lhe
mais fácil detectar o bem e o mal.
4
A vida moral não consiste em aniquilar as paixões, mas
em orientar-las rectamente.
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CONVERSÃO, 5
A confissão sacramental é, por desígnio
expresso por Jesus, o caminho normal
do perdão dos pecados para aqueles que
que crêem n’Ele. A sua instituição
encontra-se explicitamente no Evangelho
(Jn 20, 22-23).
A potestade de perdoar os pecados
denomina-se “o poder das chaves”.
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CONVERSÃO, 6
Desde meados do século II consta (Pastor de Hermas) que
a penitência se administrava só uma vez na vida (fervor das
primeiras comunidades, contínuas perseguições). Por volta
do século V começa a administrar-se com maior frequência (mas dureza na penitência). A prática actual data
pelo menos do Concílio IV de Latrão (1215).
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CONVERSÃO, 7
Disposições que há-de ter o pecador
para obter o perdão na confissão
(actos do penitente):
1. Exame de consciência.
2. Dor dos pecados (contrição, atrição).
3. Propósito de emenda: não
pactuar com o mal; estar disposto a
mudar de vida.
4. Confissão: individual, auricular e secreta, é o modo ordinário de
confessar-se na Igreja.
5. Satisfação ou penitência: oração ou
outra boa obra que impôs o confessor.
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A conversão do pecador