Ministério do Meio Ambiente Carlos Minc Baumfeld Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Rômulo José Fernandes Barreto Mello Diretoria de Unidades de Conservação de Uso Sustentável e Populações Tradicionais Paulo Fernando Maier Sousa Coordenação Geral de Reservas Extrativistas e de Desenvolvimento Sustentável Érika Fernandes Pinto Comissão de Sistematização Alberto Cantanhede Lopes Carlos Alberto Pinto dos Santos Francisco da Rocha Guimarães Neto José Alberto de Lima Ribeiro Josenilde Ferreira Fonseca Manoel Cunha Maria Aparecida Ferreira Patrícia Mangabeira Sandra Regina Pereira Gonçalves Organização Final do Texto Érika Fernandes Pinto Silvio de Souza Junior 2 SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO............................................................................... 4 2. PROGRAMAÇÃO ............................................................................... 8 3. RESULTADO FINAL ......................................................................... 9 3.1. 3.2. 3.3. 3.4. 3.5. 3.6. 3.7. 3.8. 3.9. 3.10. 3.11. 3.12. 3.13. 3.14. ARTICULAÇÃO POLÍTICA/ INSTITUCIONAL E GESTÃO PARTICIPATIVA .......10 CONSELHOS ....................................................................................................................11 PLANOS DE MANEJO.....................................................................................................11 FISCALIZAÇÃO...............................................................................................................12 LICENCIAMENTO...........................................................................................................12 PESQUISA.........................................................................................................................12 GESTÃO DE CONFLITOS...............................................................................................13 PESCA ...............................................................................................................................13 INFRA-ESTRUTURA DAS RESERVAS EXTRATIVISTAS ........................................14 POLÍTICAS PÚBLICAS E CADEIAS PRODUTIVAS...............................................14 CAPTAÇÃO DE RECURSOS ......................................................................................15 CONSOLIDAÇÃO TERRITORIAL.............................................................................16 EDUCAÇÃO E INFORMAÇÃO AMBIENTAL..........................................................17 FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO ................................................................................17 4. PROPOSTAS PRIORITÁRIAS ....................................................... 19 4.1. 4.2. 4.3. 4.4. 4.5. 4.6. 4.7. 4.8. 4.9. 4.10. 4.11. 4.12. 4.13. 4.14. ARTICULAÇÃO POLÍTICA/ INSTITUCIONAL E GESTÃO PARTICIPATIVA .......19 CONSELHOS ....................................................................................................................20 PLANOS DE MANEJO.....................................................................................................20 FISCALIZAÇÃO...............................................................................................................20 LICENCIAMENTO...........................................................................................................20 PESQUISA.........................................................................................................................21 GESTÃO DE CONFLITOS...............................................................................................21 PESCA ...............................................................................................................................21 INFRA-ESTRUTURA DAS RESERVAS EXTRATIVISTAS ........................................21 POLÍTICAS PÚBLICAS E CADEIAS PRODUTIVAS...............................................21 CAPTAÇÃO DE RECURSOS ......................................................................................22 CONSOLIDAÇÃO TERRITORIAL.............................................................................23 EDUCAÇÃO E INFORMAÇÃO AMBIENTAL..........................................................23 FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO ................................................................................23 5. RESULTADO DOS GRUPOS TEMÁTICOS ................................ 25 5.1. 5.2. 5.3. 5.4. GRUPO DE GESTÃO PARTICIPATIVA........................................................................26 GRUPO DE GESTÃO DE CONFLITOS..........................................................................27 GRUPO DE POLÍTICAS PÚBLICAS E CADEIAS PRODUTIVAS..............................28 GRUPO DE CONSOLIDAÇÃO TERRITORIAL ............................................................34 ANEXOS 3 1. APRESENTAÇÃO Com o objetivo de promover a troca de experiências entre as Reservas Extrativistas (Resex) Costeiro-Marinhas do Brasil; a articulação entre representantes das populações tradicionais das Resex; o fortalecimento de redes sociais; e debater e estabelecer propostas para a implementação e gestão dessas unidades de conservação (UC), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) promoveu o I Encontro Nacional das Reservas Extrativistas Costeiro-Marinhas. O evento foi realizado no Município de Bragança, Estado do Pará, no período de 26 a 30 de outubro de 2009, com o apoio do Ideflor – Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará/Governo Estadual e da Caurem - Central das Associações de Usuários das Resex Marinhas do Pará. O Encontro contou com a participação de servidores do ICMBio, representantes comunitários das Reservas Extrativistas Costeiro-Marinhas Federais e de instituições relacionadas com as temáticas e demandas dessas reservas. Na primeira parte do Encontro foram realizadas as seguintes mesas temáticas: consolidação territorial, políticas públicas e cadeias produtivas, gestão participativa e gestão de conflitos. Cada mesa contou com a participação de representantes institucionais e lideranças comunitárias, com apresentação de palestras institucionais sobre as temáticas, seguido de debate e questionamentos. A apresentação realizada na mesa de Consolidação Territorial foi “Consolidação Territorial de Unidades de Conservação”, ministrada pela Sra. Eliani Maciel Lima, coordenadora geral, responsável pelo Macroprocesso Consolidação Territorial, do ICMBio. Na mesa de Políticas Públicas, Cadeias Produtivas e Conflitos ocorreram as seguintes apresentações: “Ações Estruturantes do Ministério da Pesca e Aqüicultura à Pesca Artesanal” ministrada pelo Sr. Mauro Luiz Ruffino, Diretor de Ordenamento, Controle e Estatística da Aqüicultura e Pesca do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA); “Comercialização dos Produtos da Agricultura Familiar e do Extrativismo - Programa de Aquisição de Alimentos da Conab”, ministrada pelo Sr. José Américo Bolsão Viana, da Superintendência da Conab no Pará; e “Macroprocesso Populações Tradicionais – Fortalecimento das Comunidades, Produção e Uso, ministrada pelos Srs. Maurício Marcon e João da Mata, coordenadores de processos do ICMBio. 4 Figuras 01 e 02: Abertura do I Encontro Nacional das Reservas Extrativistas Costeiro-Marinhas. Fotos: Elisa Madi. A mesa de Gestão Participativa teve as seguintes apresentações: “Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Sócio-Biodiversidade Associada a Povos e Comunidades Tradicionais”, ministrada pela Sra. Kátia Barros, chefe do Centro Nacional de Populações Tradicionais 5 (CNPT/ICMBio); e “Plano de Manejo Participativo em Reservas Extrativistas e de Desenvolvimento Sustentável”, ministrada pelo Sr. Júlio Andrade, coordenador de processo do ICMBio. O resumo dessas apresentações constará na publicação, em elaboração, referente ao I Encontro Nacional das Reservas Extrativistas Costeiro-Marinhas. Figura 03: Mesa temática sobre consolidação territorial de unidades de conservação. Foto: Elisa Madi. Após as mesas, foram organizados grupos de trabalho sobre os mesmos temas: consolidação territorial, políticas públicas e cadeias produtivas, gestão participativa e gestão de conflitos. As equipes desses quatro grupos de trabalho elaboraram mais de 150 propostas, que são apresentadas no item 5 deste relatório final. Na última etapa do Encontro de Bragança, reuniram-se separadamente servidores do ICMBio e lideranças comunitárias das Resex. Os servidores do ICMBio debateram a situação de trabalho nas Resex e a implementação do Instituto, e elaboraram uma Carta com propostas e demandas, intitulada “Carta de Bragança”. Na reunião das lideranças foi debatida e formada uma Comissão composta por 8 membros titulares e respectivos suplentes, com a finalidade de sistematizar o resultado final do encontro e acompanhar os encaminhamentos das demandas, entre outras atribuições. Também foram propostas e aprovadas algumas moções. 6 A partir desses resultados e após o Encontro, a Comissão de Lideranças se reuniu em dois momentos junto a equipe do ICMBio para a sistematização do resultado final do evento1. As propostas dos grupos de trabalho foram organizadas, identificando-se as repetidas e agregando as complementares, e agrupadas em eixos temáticos. A comissão também indicou as propostas consideradas prioritárias para cada eixo temático. Como continuidade dessas ações será elaborado, em conjunto com o ICMBio, um plano de ação mais detalhado para execução durante o ano de 2010, incluindo prazos, recursos e informes de execução. Apresentamos na seqüência o resultado final do I Encontro Nacional de Reservas Extrativistas Costeiro-Marinhas e a lista das propostas de ações prioritárias. Em seguida constam os resultados de cada grupo de trabalho do Encontro. No anexo 1 apresentamos a Carta de Bragança dos Servidores do ICMBio. O anexo 2 apresenta o resultado da reunião das lideranças das Resex Costeiro-Marinhas, incluindo as moções aprovadas pelo grupo. O anexo 3 apresenta as instituições convidadas e contatadas para o encontro, enquanto que o anexo 4 apresenta a lista de participantes do evento. 1 A primeira reunião foi realizada em Brasília após o evento de lançamento do Projeto GEF Mangue, e a segunda foi em São Luís, concomitante com a Oficina de planejamento do CNPT. 7 2. PROGRAMAÇÃO 1º DIA segunda-feira (26/09/09) 2º DIA terça-feira (26/09/09) 3º DIA quarta-feira (27/09/09) 4º DIA quinta-feira (28/09/09) 5º DIA sexta-feira (29/09/09) MANHÃ MANHÃ MANHÃ MANHÃ MANHÃ Chegada dos 8:00- Inicio 8:00 Visita técnica 8:00 Apresentações dos Retorno dos participantes em Resex grupos na plenária e participantes Belém 8:15-Mesas Temáticas Caeté-Taperaçu debate. Deslocamento para Bragança TARDE Deslocamento para Bragança (alguns participantes) 15:00 as 18:00 Registro dos participantes 12:30Almoço 12:30Almoço TARDE 14:00-Trabalhos grupos TARDE 12:30Almoço TARDE TARDE das Retorno dos em 14:00- Trabalhos em 14:00-Reunião grupos lideranças e gestores participantes 18:0017:0018:00Encerramento, aviso e Encerramento Encaminhamentos avaliação do dia avisos e avaliação do dia 18:00-Avaliação final Ambientação dos participantes com dinâmicas e trocas de experiências NOITE 18:00 – Abertura do Encontro NOITE NOITE 19:00 Jantar 19:00 Jantar 20:00 Atividade cultural 20:00 Atividade cultural 19:00- Mesa de autoridades NOITE NOITE 19:00 Jantar de Retorno dos encerramento participantes com exibição de fotos do evento 20:00 Atividade Cultural 20:30h – Jantar 21:30 Apresentação cultural Temas das Mesas e Grupos de Trabalho: 1- Consolidação Territorial; 2- Organização Social e Gestão Participativa; 3- Políticas Públicas e Cadeias Produtivas; 4- Gestão de Conflitos. 8 3. RESULTADO FINAL Durante o Encontro foram organizados quatro grupos de trabalho temáticos: consolidação territorial, políticas públicas e cadeias produtivas, gestão participativa e gestão de conflitos. O resultado de cada grupo é apresentado no item 5 deste documento. Ao todo foram elaboradas mais de 150 propostas. Apesar dos grupos serem temáticos, as propostas evidenciam que diversos aspectos são inerentes a todos os temas. Após o Encontro, a Comissão de Lideranças se reuniu em dois momentos, junto a equipe do ICMBio, para realizar a sistematização dos resultados dos grupos. As propostas dos grupos de trabalho foram inicialmente classificadas de acordo com o assunto e agrupadas por eixos temáticos. As demandas foram organizadas, identificando-se as repetidas e agregando as complementares. O resultado final, a seguir apresentado, contempla 117 propostas, organizadas em 14 eixos temáticos: Articulação Política/Institucional e Gestão Participativa; Conselhos; Planos de Manejo; Fiscalização; Licenciamento; Pesquisa; Gestão de Conflitos; Pesca; Infra-Estrutura das Reservas Extrativistas; Políticas Públicas e Cadeias Produtivas; Captação de Recursos; Consolidação Territorial; Educação e Informação Ambiental; e Formação e Capacitação. Ao final, a Comissão também indicou, dentre as propostas formuladas para um mesmo eixo temático, as consideradas prioritárias, apresentadas no item 4. Figura 4: Grupos de trabalho. Foto: Fábio Franco da Costa Fabiano. 9 3.1. ARTICULAÇÃO POLÍTICA/ INSTITUCIONAL E GESTÃO PARTICIPATIVA 3.1.1. Equiparar o papel social e o papel ambiental do ICMBio, com maior participação da população tradicional na tomada de decisão e cumprimento da missão institucional; 3.1.2. Reestruturar o CNPT enquanto centro de proteção, valorização e divulgação do conhecimento tradicional, incluindo a instauração do conselho do CNPT; 3.1.3. Viabilizar estruturação de setor específico no ICMBio Brasília para tratar das Resex; 3.1.4. Aproximar, integrar e viabilizar urgentemente assinatura de termo de cooperação entre ICMBio e Ministério da Pesca e Aqüicultura (MPA) para atuação nas Resex Costeiro-Marinhas; 3.1.5. Resgatar a gestão comunitária das Resex e trabalhar a forma de gestão integrada; 3.1.6. Implementar e sensibilizar a ouvidoria do ICMBio com capacidade de atender as demandas dos extrativistas e servidores - divulgar o número; 3.1.7. Transformar em patrimônio imaterial nacional o conhecimento tradicional da pesca artesanal; 3.1.8. Promover estratégias de planejamento conjunto e integrado; 3.1.9. Fortalecer grupos de apoio interno das comunidades com apoio de instituições públicas (exemplo da Resex Cururupu/MA); 3.1.10. Buscar a contratação de gestores que se identifiquem com a região em que vai trabalhar; Promover a participação da comunidade na escolha e/ou mudança dos gestores que vão trabalhar nas Resex; 3.1.11.Aproximar movimentos sociais e gestores das Resex e melhorar estratégia de apoio do movimento social para o fortalecimento das Resex no ICMBio; 3.1.12. Promover a mobilização dos movimentos sociais para definição de papéis e pressão social; 3.1.13. Promover a organização de movimento social forte e articulado, a nível nacional e local, bem como a articulação com outros movimentos sociais e ambientais; 3.1.14. Retomar agenda social e fortalecimento das articulações via CNPCT – Comissão Nacional para o Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais; 3.1.15. Ampliar o número de integrantes e oficializar a Comissão Nacional de lideranças para acompanhamento das demandas das Resex junto ao ICMBio; 3.1.16. Estabelecer um canal permanente de articulação interna (ICMBio sede, centros e UCs) em relação as políticas públicas setoriais; 10 3.1.17. Apoiar o fortalecimento institucional das organizações comunitárias; 3.1.18. Promover intercâmbios de experiências; 3.1.19. Implementar agenda de encontros das Resex costeiro-marinhas; 3.1.20. Promover a criação da Central de Associações de Usuários das Reservas Extrativistas Marinhas nos estados e nacional (Caurem); 3.1.21. Apoiar com projetos e recursos para a permanente mobilização social nas comunidades; 3.1.22. Incrementar a articulação e agenda conjunta com as demais organizações sociais do campo/cidade. 3.2. CONSELHOS 3.2.1. Fortalecer o controle social e papel dos conselhos das UCs, agilizando a formação e implementação dos Conselhos Deliberativos para que exerçam o papel previsto no SNUC e no Decreto 4.340, respeitando o tempo das comunidades; 3.2.2. Institucionalizar a avaliação anual da gestão das Resexs, em reunião dos Conselhos. 3.2.3. Instituir no conselho, via regimento interno, um comitê executivo para auxiliar a coordenação do conselho; 3.2.4. Definir papel dos conselhos no licenciamento e momento de manifestação; 3.3. PLANOS DE MANEJO 3.3.1. Fortalecer e acelerar processos de elaboração dos Planos de Uso e Manejo nas Resex, respeitando o tempo das comunidades; 3.3.2. Definir regras claras e valorizar as regras internas das comunidades nos Planos de Manejo e de Uso das Resex; 3.3.3. Estabelecer regras e zoneamento para a pesca de mergulho (caça submarina esportiva) e normatização da rede na pedra; 3.3.4. Elaboração dos planos de manejo participativo, com qualidade e redação adequada para compreensão por parte dos comunitários; 3.3.5. Promover zoneamento das Resex contemplando as diversas atividades existentes na área; 11 3.3.6. Envolver a comunidade e gestores no processo de seleção e contratação do consultor; 3.3.7. Buscar proibição de pesca predatória industrial na zona de amortecimento das Resex; 3.4. FISCALIZAÇÃO 3.4.1. Promover ações de fiscalização com estratégia “conscientizadora”; 3.4.2. Fortalecer papel dos pescadores na fiscalização; 3.4.3. Promover fiscalização dos empreendimentos nas Resex, no entorno e sobre a pesca industrial; 3.4.4. Encaminhar denúncias e chamar a fiscalização. Articulação Ibama e MPA; 3.4.5. Viabilizar, em articulação com o MPA, uso do Sistema de rastreamento de satélite (Preps) para fiscalizar embarcações acima de 8 metros; 3.4.6. Construir atividades de fiscalização de forma articulada com os Municípios, Estados e demais Ministérios – policias, batalhão ambiental, entre outros, para que as ações sejam adequadas às Resex; 3.4.7. Promover Agente Ambiental Voluntário. 3.5. LICENCIAMENTO 3.5.1. Promover o reconhecimento do saber local nos processos de licenciamento e a participação das comunidades nos processos de autorização para licenciamento; 3.5.2. Estabelecer processos de monitoramento e fiscalização de licenciamento dos empreendimentos pelo ICMBio; 3.5.3. Afinar os papéis de diferentes órgãos no processo de licenciamento; 3.6. PESQUISA 3.6.1. Promover estudos de capacidade suporte de todas as atividades existentes nas Resex, tais como pesca (diagnósticos e monitoramento pesqueiro), turismo, portos, aquicultura, maricultura, etc., bem como sobre cadeia produtiva da pesca, dos recursos estuarinos e marinhos; 3.6.2. Promover a valorização do conhecimento local nos estudos; e desenvolver pesquisa experimental nos centros especializados (CNPT e demais centros do ICMBio, Ibama, MPA e 12 outros) com vistas a referendar e incorporar esses conhecimentos tradicionais, para melhorar a legislação ambiental frente à questões como defeso, por exemplo; 3.6.3. Manifestar demandas de estudos nas Resex para a Embrapa Pesca e Aqüicultura; 3.7. GESTÃO DE CONFLITOS 3.7.1. Junto com o Ministério Público, promover audiências públicas sobre os conflitos nas Resex; 3.7.2. Apoiar e incentivar a criação de novas Resex e buscar agilidade na criação das Resex já demandadas; 3.7.3. Promover com urgência cadastramento dos beneficiários das Resex; 3.7.4. Promover cadastramento das atividades de turismo realizadas nas Resex; 3.7.5. Buscar integração entre as diferentes esferas de governo e buscar ações conjuntas entre instituições e organizações; 3.8. PESCA 3.8.1. Promover a valorização da pesca artesanal no MPA e a construção de políticas específicas para a pesca artesanal; 3.8.2. Demandar defeso da pescada amarela, gó, gurijuba e serra; 3.8.3. Potencializar acordos de pesca de isca viva (atum e outras) - especialmente nas áreas de Resex em criação, articular com MPA; 3.8.4. Integrar ações de monitoramento pesqueiro e divulgação dos resultados (articulação com o MPA); 3.8.5. Promover acordos de pesca em territórios que estão em processo de criação de Resex e entorno das já criadas; 3.8.6. Exclusão da pesca industrial na zona costeira (12 milhas). Articulação para mudança na legislação; 3.8.7. Seguro defeso embasado em acordos de pesca com diálogo entre resexs, Colônia, Ibama, MPA e outras organizações; 3.8.8. Criar conselho municipal de pesca; 13 3.8.9. Descentralizar pelo interior dos estados o MPA, de forma a realizar o cadastramento de forma mais ágil, realizar campanhas de cadastramento em conjunto com as comunidades organizadas das Resexs e desenvolver programa especifico para emissão de carteira em 30 dias. De preferência mais rápido possível. 3.9. INFRA-ESTRUTURA DAS RESERVAS EXTRATIVISTAS 3.9.1. Dotar as UCs e núcleos de gestão integrada (NGIs) de estrutura e recursos - escritório no interior da Resexs, implementação de instrumentos de comunicação, embarcações e veículos para atividades de rotina da unidade. 3.10. POLÍTICAS PÚBLICAS E CADEIAS PRODUTIVAS 3.10.1. Desenvolver estudos e fortalecer grupos de trabalho e fóruns que subsidiem a adequação da legislação em diferentes níveis regionais; 3.10.2. Estabelecer parceria do ICMBio com os Ministérios do Turismo (MTur) e da Cultura (Minc) para projetos de ecoturismo de base comunitária; 3.10.3. Estabelecer parceria ICMBio com Funasa, para viabilizar saneamento e água potável nas Resexs; 3.10.4. Incrementar ações junto à Conab para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA); 3.10.5. Promover infra-estrutura necessária ao processamento da produção e licenças adequadas à comercialização, obtenção de selo de inspeção sanitária (SIF) e envolvimento de Universidades e Centros de pesquisa na análise da qualidade dos produtos; 3.10.6. Conhecer e implementar a aplicação da legislação de gerenciamento costeiro no município; 3.10.7. Programas de Saúde. Viabilizar junto aos governos a implantação de barco-escola e ambulancha; 3.10.8. Incrementar ações junto ao MME e Comissões estaduais do Programa Luz para Todos; 3.10.9. Programa moradia para os extrativistas Incra; 3.10.10. Madeiras apreendidas pelo Ibama devem ser doadas para construção de barcos e moradias dos pequenos pescadores; 3.10.11. Garantir assistência técnica aos extrativistas; 14 3.10.12. Ajuste no contrato de telefonia, de modo a favorecer a população tradicional da UC: exemplo cartões gratuitos, impulsos mais baratos, etc; como contrapartida ao uso do território da UC. Incrementar ações junto ao Programa de Universalização da Telefonia – telefones públicos nas Resexs e permissão/implantação de rádios comunitárias; 3.10.13. Mitigação dos impactos das antenas na saúde e meio ambiente; 3.10.14. Investigação PF sobre carteiras para não pescadores; 3.10.15. Informar e promover o acesso ao crédito; 3.10.16. Estabelecimento de integração comercial entre as unidades para a comercialização direta ou indireta com os consumidores; intercâmbio entre as iniciativas comerciais existentes nas Resex. Estrutura de comercialização entre as Resexs para balancear a oferta e demanda entre elas; 3.10.17. Diminuir a dependência com desenvolvimento de modelos de gestão e de infra-estrutura (ex. barco frigorífico); 3.10.18. Desenvolver tecnologia de energia limpa (solar, eólica, etc) para Unidades sem acesso à energia elétrica e que necessitem de infra-estrutura de apoio à pesca, como fábrica de gelo (que também necessita de qualidade da água, gestão e licenciamento); 3.10.19. Promover a instalação de portos, ramais, trapiches e outras infra-estruturas náuticas de apoio ao extrativismo e pesca, devidamente licenciados; 3.11. CAPTAÇÃO DE RECURSOS 3.11.1. Usar urgentemente o dinheiro da Agenda Social para fazer o cadastro de beneficiários e elaborar os Planos de Manejo de Resex Costeiro-marinhas; 3.11.2. Viabilizar mecanismos para que compensação ambiental seja aplicada nas Resex e garantir o recurso da compensação ambiental dos empreendimentos no mar para as Resex Marinhas; 3.11.3. Demandar alteração do SNUC - Artigo 35 retirando o nome Categoria e, no Parágrafo Terceiro Artigo 36, retirar a “Categoria” de Unidade afetada para destinação dos recursos de compensação ambiental; 3.11.4. Promover articulação para negociar emendas parlamentares para as Resexs; 3.11.5. Criar fundo específico para Resex costeiro/marinhas visando melhorar sua implementação e gestão; Definir uma cota ou % do orçamento do ICMBio para um fundo de forma a garantir o básico para a implementação efetiva das RESEXS; 15 3.11.6. Disponibilizar informações sobre o orçamento do ICMBio a fim de viabilizar a participação comunitária nas decisões; 3.11.7. Abordar estratégias de arrecadação nos planos de manejo, desenvolver e viabilizar mecanismos e instrumentos para que as taxas de arrecadação das Resex sejam revertidas para as mesmas localmente; 3.11.8. Divulgar, debater e alterar a base legal e oficializar tabela de cobrança e taxa do MMA para as Resexs; 3.11.9. Viabilizar Programa a exemplo do Arpa nas Resex costeiras amazônicas; 3.11.10. Divulgar, através da Assessoria de Comunicação/ICMBio e da Coordenação Geral de Populações Tradicionais, editais que possam beneficiar as UC e as Resex; 3.11.11. Divulgar as ações do ICMBio para aumentar a participação orçamentária; 3.11.12. Demandar que a coordenação responsável por levantar os serviços ambientais prestados pelas UCs inclua as de uso sustentável nesses estudos e apresente os resultados; 3.11.13. Criar um fundo de aval socioambiental para permitir o empréstimo aos extrativistas, sendo formado tanto com recursos do poder público quanto pelo setor privado (passivos ambientais), ICMS ecológico, compensação ambiental, etc; 3.11.14. Buscar orçamento próprio para o ICMBio e buscar orçamento para as UCs e prioridade para as menos estruturadas; 3.11.15. Abordar estratégias de arrecadação nos planos de manejo, desenvolver e viabilizar mecanismos e instrumentos para que as taxas de arrecadação das Resex sejam revertidas para as mesmas localmente. 3.12. CONSOLIDAÇÃO TERRITORIAL 3.12.1. Priorizar a regularização fundiária das Resex marinhas, visto que o seu custo é mais baixo. Fazer um planejamento mínimo do custo de regularizar as Resex marinhas (levantamento fundiário). Realizar diagnóstico das ocupações irregulares e dos envolvidos; 3.12.2. Agilizar o processo de cessão de uso do SPU ao ICMBio e transformar as UC’s em áreas prioritárias para a delimitação da LPM – linha de preamar média; 3.12.3. Demandar suspensão da cessão de águas públicas na Zona de Amortecimento (ZA) para aquicultura e carcinicultura; 16 3.12.4. Fazer as demarcações e sinalizações, a fim de identificar os limites das Resex, contando com a participação das comunidades como estratégia de coibir invasões; Promover sinalização das áreas marinhas das Resex; articulação com Marinha do Brasil e recursos; 3.12.5. Inserir limites das Resex nas cartas náuticas e outros mapas; 3.12.6. Ajustar limites das Resex para que contemplem área de terra e de mar; 3.12.7. Aprofundar o conceito de território na criação e delimitação das Resex; 3.12.8. Garantir livre acesso de pescadores e pescadoras às praias, costa, mar, rios, lagos, lagoas, açudes, e outras áreas de extrativismo; Promover tombamento como patrimônio dos acessos tradicionais a praias, lagoas, etc. 3.13. EDUCAÇÃO E INFORMAÇÃO AMBIENTAL 3.13.1. Divulgar de todas as formas informações sobre Reservas Extrativistas - realizar campanhas de massa, criar programas na mídia aberta e demais meios de comunicação, produzir e difundir material informativo e agenda de eventos; 3.13.2. Estabelecer estratégia de divulgação interna e externa, rede de integração para troca de informações; rede de discussão e integração das Resex Costeiro-marinhas, canal de comunicação e transparência entre ICMBio e organizações comunitárias; 3.13.3. Divulgar instruções normativas do ICMBio que contemplam a valorização do conhecimento tradicional; 3.13.4. Estabelecer programa de educação continuada, com elaboração de um conteúdo mínimo e capacitação para gestão de conflitos; 3.13.5. Estabelecer parcerias (com prefeituras, universidades, ONGs, movimentos sociais, CNPT) para promover educação adaptada nas Resexs; Promover “Dia D” nas escolas para trabalharem o tema Resex; 3.13.6. Promover ações de Educação Ambiental nas Resex e no entorno. 3.14. FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO 3.14.1. Promover capacitação contínua dos extrativistas e suas organizações para o empoderamento com vistas à defesa dos territórios das comunidades; 17 3.14.2. Promover instrutores comunitários para ministrar cursos de capacitação; 3.14.3. Apoiar projetos de formação de lideranças; 3.14.4. Esclarecer as Resex (servidores, conselheiros, comunitários) sobre: estrutura do ICMBio, processo de transição institucional, conceito e diferenciação entre “beneficiários” e “usuários”, regularização fundiária, análise e resolução de conflitos, gestão participativa; 3.14.5. Definir procedimentos e política de reconhecimento e cadastramento de beneficiários das Resex; 3.14.6. Criar no âmbito da comissão da CNPCT estratégia para formação de lideranças, Fomentar e capacitar novas lideranças; 3.14.7. Reavaliar em conjunto com os comunitários o papel do agente ambiental voluntário e reimplantar o programa; Promover formação de “agentes gestores voluntários” (modelo adaptado a partir dos AAV); 3.14.8. Promover capacitação de conselheiros; e de gestores de Resex com a participação do movimento social. 18 4. PROPOSTAS PRIORITÁRIAS Das propostas apresentadas no item anterior, a Comissão de Sistematização e Comissão de Lideranças das Resex Costeiro Marinhas organizou as consideradas prioritárias em cada eixo temático, que são apresentadas abaixo. Figura 05: Comissão de sistematização em reunião em São Luís, Maranhão, por ocasião de evento do CNPT. Foto: Francisco da Rocha Guimarães Neto. 4.1. ARTICULAÇÃO POLÍTICA/ INSTITUCIONAL E GESTÃO PARTICIPATIVA 4.1.1. Equiparar o papel social e o papel ambiental do ICMBio, com maior participação da população tradicional na tomada de decisão e cumprimento da missão institucional; 4.1.2. Reestruturar o CNPT enquanto centro de proteção, valorização e divulgação do conhecimento tradicional, incluindo a instauração do conselho do CNPT; 4.1.3. Viabilizar estruturação de setor específico no ICMBio Brasília para tratar das Resex; 4.1.4. Aproximar, integrar e viabilizar urgentemente assinatura de termo de cooperação entre ICMBio e Ministério da Pesca e Aqüicultura (MPA) para atuação nas Resex Costeiro-marinhas; 19 4.1.5. Resgatar a gestão comunitária das Resex e trabalhar a forma de gestão integrada. 4.2. CONSELHOS 4.2.1. Fortalecer o controle social e papel dos conselhos das UCs, agilizando a formação e implementação dos Conselhos Deliberativos para que exerçam o papel previsto no SNUC e no Decreto 4.340, respeitando o tempo das comunidades; 4.2.2. Institucionalizar a avaliação anual da gestão das Resexs, em reunião dos Conselhos. 4.3. PLANOS DE MANEJO 4.3.1. Fortalecer e acelerar processos de elaboração dos Planos de Uso e Manejo nas Resex, respeitando o tempo das comunidades; 4.3.2. Definir regras claras e valorizar as regras internas das comunidades nos Planos de Manejo e de Uso das Resex. 4.4. FISCALIZAÇÃO 4.4.1. Promover ações de fiscalização com estratégia “conscientizadora”; 4.4.2. Fortalecer papel dos pescadores na fiscalização; 4.4.3. Promover fiscalização dos empreendimentos nas Resex, no entorno e sobre a pesca industrial. 4.5. LICENCIAMENTO 4.5.1. Promover o reconhecimento do saber local nos processos de licenciamento e a participação das comunidades nos processos de autorização para licenciamento; 4.5.2. Estabelecer processos de monitoramento e fiscalização de licenciamento dos empreendimentos pelo ICMBio. 20 4.6. PESQUISA 4.6.1. Promover estudos de capacidade suporte de todas as atividades existentes nas Resex, tais como pesca (diagnósticos e monitoramento pesqueiro), turismo, portos, aquicultura, maricultura, etc., bem como sobre cadeia produtiva da pesca, dos recursos estuarinos e marinhos; 4.6.3. Promover a valorização do conhecimento local nos estudos; e desenvolver pesquisa experimental nos centros especializados (CNPT e demais centros do ICMBio, Ibama, MPA e outros) com vistas a referendar e incorporar esses conhecimentos tradicionais, para melhorar a legislação ambiental frente à questões como defeso, por exemplo. 4.7. GESTÃO DE CONFLITOS 4.7.1. Junto com o Ministério Público, promover audiências públicas sobre os conflitos nas Resex; 4.7.2. Apoiar e incentivar a criação de novas Resex e buscar agilidade na criação das Resex já demandadas; 4.7.3. Promover com urgência cadastramento dos beneficiários das Resex. 4.8. PESCA 4.8.1. Promover a valorização da pesca artesanal no MPA e a construção de políticas específicas para a pesca artesanal; 4.8.2. Demandar defeso da pescada amarela, gó, gurijuba e serra. 4.9. INFRA-ESTRUTURA DAS RESERVAS EXTRATIVISTAS 4.9.1. Dotar as UCs e NGIs de estrutura e recursos - escritório no interior da Resexs, implementação de instrumentos de comunicação, embarcações e veículos para atividades de rotina da unidade. 4.10. POLÍTICAS PÚBLICAS E CADEIAS PRODUTIVAS 4.10.1. Desenvolver estudos e fortalecer grupos de trabalho e fóruns que subsidiem a adequação da legislação em diferentes níveis regionais; 21 4.10.2. Estabelecer parceria do ICMBio com os Ministérios do Turismo (MTur) e da Cultura (Minc) para projetos de ecoturismo de base comunitária; 4.10.3. Estabelecer parceria ICMBio com Funasa, para viabilizar saneamento e água potável nas Resexs; 4.10.4. Incrementar ações junto à Conab para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA); 4.10.5. Promover infra-estrutura necessária ao processamento da produção e licenças adequadas à comercialização, obtenção de selo de inspeção sanitária (SIF) e envolvimento de Universidades e Centros de pesquisa na análise da qualidade dos produtos. 4.11. CAPTAÇÃO DE RECURSOS 4.11.1. Usar urgentemente o dinheiro da Agenda Social para fazer o cadastro de beneficiários e elaborar os Planos de Manejo de Resex Costeiro-marinhas; 4.11.2. Viabilizar mecanismos para que compensação ambiental seja aplicada nas Resex e garantir o recurso da compensação ambiental dos empreendimentos no mar para as Resex Marinhas; 4.11.3. Demandar alteração do SNUC - Artigo 35 retirando o nome Categoria e, no Parágrafo Terceiro Artigo 36, retirar a “Categoria” de Unidade afetada para destinação dos recursos de compensação ambiental; 4.11.4. Promover articulação para negociar emendas parlamentares para as Resexs; 4.11.5. Criar fundo específico para Resex costeiro/marinhas visando melhorar sua implementação e gestão; Definir uma cota ou % do orçamento do ICMBio para um fundo de forma a garantir o básico para a implementação efetiva das Resexs; 4.11.6. Disponibilizar informações sobre o orçamento do ICMBio a fim de viabilizar a participação comunitária nas decisões; 4.11.7. Abordar estratégias de arrecadação nos planos de manejo, desenvolver e viabilizar mecanismos e instrumentos para que as taxas de arrecadação das Resex sejam revertidas para as mesmas localmente. 22 4.12. CONSOLIDAÇÃO TERRITORIAL 4.12.1. Priorizar a regularização fundiária das Resex marinhas, visto que o seu custo é mais baixo. Fazer um planejamento mínimo do custo de regularizar as Resex marinhas (levantamento fundiário). Realizar diagnóstico das ocupações irregulares e dos envolvidos; 4.12.2. Agilizar o processo de cessão de uso do SPU ao ICMBio e transformar as UC’s em áreas prioritárias para a delimitação da LPM – linha de preamar média; 4.12.3. Demandar suspensão da cessão de águas públicas na Zona de Amortecimento (ZA) para aquicultura e carcinicultura; 4.12.4. Fazer as demarcações e sinalizações, a fim de identificar os limites das Resex, contando com a participação das comunidades como estratégia de coibir invasões; Promover sinalização das áreas marinhas das Resex; articulação com Marinha do Brasil e recursos; 4.12.5. Inserir limites das Resex nas cartas náuticas e outros mapas. 4.13. EDUCAÇÃO E INFORMAÇÃO AMBIENTAL 4.13.1. Divulgar de todas as formas informações sobre Reservas Extrativistas - realizar campanhas de massa, criar programas na mídia aberta e demais meios de comunicação, produzir e difundir material informativo e agenda de eventos; 4.13.2. Estabelecer estratégia de divulgação interna e externa, rede de integração para troca de informações; rede de discussão e integração das Resex Costeiro-marinhas, canal de comunicação e transparência entre ICMBio e organizações comunitárias; 4.13.3. Divulgar instruções normativas do ICMBio que contemplam a valorização do conhecimento tradicional; 4.13.4. Estabelecer programa de educação continuada, com elaboração de um conteúdo mínimo e capacitação para gestão de conflitos. 4.14. FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO 14.1. Promover capacitação contínua dos extrativistas e suas organizações para o empoderamento com vistas à defesa dos territórios das comunidades; 4.14.2. Promover instrutores comunitários para ministrar cursos de capacitação; 23 4.14.3. Apoiar projetos de formação de lideranças; 4.14.4. Esclarecer as Resex (servidores, conselheiros, comunitários) sobre: estrutura do ICMBio, processo de transição institucional, conceito e diferenciação entre “beneficiários” e “usuários”, regularização fundiária, análise e resolução de conflitos, gestão participativa; 4.14.5. Definir procedimentos e política de reconhecimento e cadastramento de beneficiários das Resex. 24 5. RESULTADO DOS GRUPOS TEMÁTICOS Segue abaixo os resultados das oficinas dos grupos temáticos do I Encontro Nacional das Reservas Extrativistas Costeiro-Marinhas: Gestão Participativa; Gestão de Conflitos; Políticas Públicas e Cadeias Produtivas; e Consolidação Territorial. Figura 06: Grupo de trabalho em ação. Foto: Fabíola Abreu. Figura 07: Resultado parcial de um dos grupos de trabalho. Foto: Júlio Andrade. 25 5.1. GRUPO DE GESTÃO PARTICIPATIVA RESULTADO FINAL – GRUPO GESTÃO PARTICIPATIVA FRAQUEZAS PROPOSTAS 1. Buscar equiparar o papel social e o papel ambiental do ICMBio; 2. Agilidade na formação dos conselhos; 3. Divulgação de todas as formas, da causa extrativista; Falta de transparência nos processos de 4. Implementar e fortalecer os Conselhos Deliberativos licenciamento, revisão de limites, projetos, e para que exerçam o papel previsto no SNUC/DEC relação pesquisador – comunidade. 4340; 5. Implementar a ouvidoria do ICMBio com capacidade de atender as demandas dos extrativistas - divulgar o número; Desestimulo das comunidades; 6. Fragilidade das organizações comunitárias; 7. Falta de planejamento nas associações; 8. Lideranças distanciadas do objetivo das bases; Apoiar projetos de formação de lideranças nas Resex e RDS (no ICMBio); Criar no âmbito da comissão da CNPCT estratégia para formação de lideranças; Capacitação em associativismo e cooperativismo para usuários e beneficiários;Reavaliar em conjunto com os comunitários o papel do agente ambiental voluntário e re-implantar o programa; Não renovação das lideranças; Corrupção em algumas organizações comunitárias; Baixa escolaridade dos comunitários; 9. Consultor sem comunidade; envolvimento com a 10. 11. Falta de compromisso do poder público (inclui falta de compromisso do gestor, falta de 12. fiscalização, etc); Descrédito em relação lideranças e poder público; às associações, 13. Parcerias (com prefeituras, universidades, ONGs, movimentos sociais, CNPT); Institucionalização de avaliação anual da gestão da resex, em reunião do conselho; Instituir no conselho, via regimento interno, um comitê executivo para auxiliar a coordenação do conselho; Capacitação em gestão participativa, para gestores e comunitários; Envolver comunidade e gestores no processo de seleção e contratação do consultor. Falta de conhecimento dos gestores na implementação de processos participativos. Falta de recursos financeiros nas associações e colônias; Falta de recursos financeiros no ICMBio; 14. Articulação da Coordenação Geral de Populações Tradicionais com a Assessoria parlamentar para negociar emendas parlamentares para as Resexs; 15. Assessoria de comunicação/ICMBio deve divulgar editais que possam beneficiar as UC – A Coordenação Geral de Populações Tradicionais deve pesquisar para divulgar para as Resex; 16. Criar fundo específico para Resex costeiro/marinhas visando melhorar sua implementação e gestão; 17. Divulgação das ações do ICMBio para aumentar a participação orçamentária; 26 18. Que a coordenação responsável por levantar os serviços ambientais prestados pelas Resex apresente os resultados; 19. Disponibilizar informações sobre o orçamento do ICMBio a fim de viabilizar a participação comunitária nas decisões; 20. Divulgar instruções normativas do ICMBio que contemplam a valorização do conhecimento tradicional; 21. Pesquisa em centros especializados (CNPT e outros) para adequar a legislação ambiental ao conhecimento tradicional; Adequação da legislação ambiental às 22. Reestruturar o CNPT enquanto centro de proteção, especificidades e conhecimento tradicional nas valorização e divulgação do conhecimento Resex (defeso, meia tapagem, etc); tradicional, incluindo a instauração do conselho do CNPT; 23. Articulação entre centros, Ibama, MPA e extrativistas para pesquisa e monitoramento com vistas à avaliação e adequação da legislação ambiental; 24. Transformar em patrimônio imaterial nacional o conhecimento tradicional da pesca artesanal. 5.2. GRUPO DE GESTÃO DE CONFLITOS Tema Principais problemas e conflitos Atores envolvidos (governamentais e não governamentais) Falta de participação; Divergência no uso do espaço; Posição contra a resex por parte de alguns comunitários; Outros usuários que não seguem as regras da resex; Plano de utilização que não contempla certas atividades (não pesca); Poder público local Empresários Organização social Cooptação de lideranças comunitárias; Ministério da Pesca Professores Descrença da Encaminhamentos 1. Ampliar ações de educação ambiental para o entorno das resex 2. Estratégia de divulgação interna e externa, rede de integração para troca de informações 3. Programa de educação continuada/ elaboração de um conteúdo mínimo; capacitação para gestão de conflitos 4. Fortalecer e acelerar processos de elaboração dos planos de uso e manejo 5. Acelerar processos de formação de conselhos 6. Promoção de campanhas de massa pelas resex 7. Fiscalização conscientizadora 8. Planejamento conjunto e integrado 9. Valorizar as regras internas das comunidades 10. Resgate da gestão comunitária 11. Definir regras claras de plano de uso e manejo 27 comunidade nos projetos; Família pescadores/ pescadoras Ministério público Divergência de idéias e opiniões; Tema Falta de recurso 5.3. Falta de apoio da comunidade para o trabalho do icmbio; Falta de respeito com o tempo da comunidade no processo de contratação do consultor para apoiar ações de implementação da resex Principais problemas e conflitos Falta de recurso Atores envolvidos (governamentais e não governamentais) ICMBIO, MPA 12. Fortalecer grupos de apoio interno das comunidades com apoio de instituições públicas 13. Garantir livre acesso de pescadores e pescadoras à costa, mar, rios, lagos, lagoas e açudes. 14. Ajustar limites das resex: terra + mar 15. Envolver a comunidade e gestores no processo de contratação da consultoria para PM, devendo a seleção passar pelo aval da comunidade e gestores Encaminhamentos 16. Aproximar movimentos sociais e gestores 17. Viabilizar instrumentos de arrecadação 18. Viabilizar compensação ambiental paras resex 19. Orçamento para as UCs e prioridade para as menos estruturadas 20. Orçamento próprio para o ICMBIO GRUPO DE POLÍTICAS PÚBLICAS E CADEIAS PRODUTIVAS PROBLEMAS I Institucional ICMBio 1 Incerteza sobre quem no ICMBio sede é responsável por o que 2 Insegurança sobre o perfil e qualificação dos responsáveis no icmbio sede pelas questões afetas a Resex/Rds Oportunidades PROPOSTAS 1. Esclarecer as Resex sobre a estrutura ICMBio e o processo de transição 28 3 Processo de estruturação do ICMBio em macroprocessos tratar de modo igual situações desiguais (ex: Resex é diferente de parque) 2. Canal de comunicação e transparência icmbio e organizações comunitárias 4 Fragilidade na infraestrutura do ICMBio nas UC/ NGI 3. Dotar as UC e NGI de estrutura e recursos 5 Baixa capacidade do ICMBIO em acompanhar projetos – Carência de recursos humanos e financeiros 4. Definir uma cota ou % do orçamento do ICMBio para um fundo para garantir o básico para a implementação efetiva das resexs 6 Falta estrutura e equipamento específico para a rotina de todas as Resexs Costeiro-Marinhas para o ICMBIO 5. Aquisição e destinação de embarcações, quadriciclos para as atividades de rotina da unidade; demarcação da unidade a fim de identificar os limites. 7 O escritório fica fora da Resex 6. Escritório no interior da Resexs 8 Desarticulação ICMBio sede e ICMBio UC em relação as políticas setoriais II Implementação das Resexs para as Políticas Públicas 9 Falta de ordenamento pesqueiro / planos de manejo 8. Elaboração dos planos de manejo participativo e com qualidade 10 Insuficiência fiscalização 9. Construir de forma articulada com os municípios e estados e demais ministérios – policias, batalhão ambiental, entre outros, e que seja adequada às resexs (AAVs) 11 Impactos causados por Usina de cana e viveiros de camarão no entorno de Resexs 10. estabelecer processos de monitoramento / fiscalização e de licenciamento dos empreendimentos pelo ICMBio 12 Faltam estradas e algumas são fechadas pelos fazendeiros 7. Estabelecimento de canal permanente Incluir os Centros de articulação interna (ICMBio sede, e, em especial, o centros e UCS) em relação as políticas CNPT públicas setoriais 29 13 Baixa estrutura de comunicação nas resex III Legislação para Políticas Públicas 11. Implementação de rádios comunitárias e outros aparelhos/instrumentos de comunicação 14 Base legal não permite a aplicação dos recursos compensação nas UC uso sustentável 12. Alteração do SNUC, no Artigo 35 retirando o nome Categoria e, no Parágrafo Terceiro Artigo 36, retirar a “Categoria” de Unidade afetada para destinação dos recursos de compensação ambiental 13. Desenvolver estudos e fortalecer Gts e Foruns que subsidiem a adequação da legislação em diferentes niveis regionais e que garantam a compensação conforme legislação vigente 15 Recursos arrecadados nas resex não ficam nas mesmas 14. Divulgar, debater e alterar a base legal e oficializar tabela de cobrança e taxa do MMA para as Resexs 16 Desconhecimento e descumprimento de legislação para os municípios 15. Conhecer e implementar a aplicação MMA, Min da legislação de gerenciamento costeiro Defesa/SECIRM, no municipio (Lei 7661/1988, reg Dec 5300/2004 – GERCO) 16. Defeso da pescada amarela, gó, gurijuba e serra 17 Falta de legislação regional adequada para o caranguejo-uçá e outras espécies comerciais 18 Incluir os municípios na política de pesca IV Políticas Públicas 19 Baixa articulação com as políticas existentes CNPCT / agenda 19. retomada da agenda social e social e outros fortalecimento das articulações via órgãos e CNPCT autarquias afetas Baixo acesso aos recursos das políticas existentes CNPCT / agenda social e demais órgãos e autarquias federais e estaduais e municipais 20 Carta de Bragança, MPA, 17. Seguro defeso embasado em acordos … de pesca com diálogo entre resexs, Colônia, Ibama, MPA e outras organizações. 18. Criar conselho municipal de pesca 20. Estabelecimento de parceria entre o ICMBio e Ministério do Turismo: projetos de ecoturismo de base comunitária 30 20 Baixo acesso aos recursos das políticas existentes 20 Baixo acesso aos recursos das políticas existentes 20 Baixo acesso aos recursos das políticas existentes 20 Baixo acesso aos recursos das políticas existentes Baixo acesso aos recursos das políticas existentes 20 20 Baixo acesso aos recursos das políticas existentes 20 Baixo acesso aos recursos das políticas existentes Baixo acesso aos recursos das políticas existentes Baixo acesso aos recursos das políticas existentes 20 20 Pontos de cultura 21. Estabelecimento de parceria entre o ICMBio e Ministério da Cultura Editais Funasa 22. Estabelecimento de parceria entre o ICMBio e Funasa, para saneamento e água potável nas Resexs Mapa / Conab 23. Incrementar ações junto a Conab/PAA 24. Programas de Saúde Ministério da Saúde 25. Viabilizar junto aos governos a implantação dessa estrutura e serviço de barco-escola e ambulancha 26. Incrementar ações junto ao MME e MME – Luz para Comissões estaduais do Programa Luz todos para Todos MDA – Pronera 27. Assistência técnica, educação adaptada nas Resexs 28. Programa moradia para os extrativistas INCRA 20 Baixo acesso aos recursos das políticas existentes 20 Baixo acesso aos recursos das políticas existentes 20 Baixo acesso aos recursos das políticas existentes 31. Garantir assistência técnica aos extrativistas 20 Baixo acesso aos recursos das políticas existentes 32. Criar um fundo de aval socioambiental para permitir o empréstimo aos extrativistas, sendo formado tanto com recursos do poder público quanto pelo setor privado (passivos ambientais), ICMS ecológico, compensação ambiental, etc. 20 Baixo acesso aos recursos das políticas existentes 20 Baixo acesso aos recursos das políticas existentes 29. Programa ARPA nas resex costeiras amazônicas 30. Madeiras apreendidas pelo IBAMA devem ser doadas para construção de barcos e moradias dos pequenos pescadores 33. Ajuste no contrato de telefonia, de modo a favorecer a população tradicional da UC: exemplo cartões gratuitos, impulsos mais baratos, etc; como contrapartida ao uso do território da UC 34. Mitigação dos impactos das antenas na saúde e meio ambiente 31 20 Baixo acesso aos recursos das políticas existentes 21 Ausência de instrumento de cooperação entre ICMBIO e MPA 36. Viabilizar com urgência a assinatura de termo de cooperação entre ICMBIO e MPA (incluindo CIPAR, agenda, licenciamento, …) 22 Desinformação pelas comunidades sobre competências dos órgãos envolvidos com documentação da pesca 37. Produção e difusão de material informativo V Cadeias Produtivas 23 Burocracia do MPA dificulta os processos de documentação do(a) pescador(a) Ministério das Comunicações 35. Incrementar ações junto ao Programa de Universalização da Telefonia – telefones públicos nas Resexs e rádios comunitárias, negociar tarifas mais baratas MPA, PF 38. Descentralizar pelo interior dos estados o MPA, de forma a realizar o cadastramento de forma mais ágil, realizar campanhas de cadastramento em conjunto com as comunidades organizadas das Resexs e desenvolver programa especifico para emissão de carteira em 30 dias. De preferência mais rápido possível 39. Investigação PF sobre carteiras para não pescadores 24 25 Falta equipamentos e apetrechos de pesca Dependência dos atravessadores MDA, MPA, MAPA, BB, BASA, BNB, ICMBio, … CIPAR 40. Informar e promover o acesso ao crédito , Ibama doar madeiras apreendidas para construção de embarcações 41. Diminuir a dependência com desenvolvimento de modelos de gestão e de infra-estrutura (barco frigorífico) e estabelecimento de integração comercial entre as unidades para a comercialização direta ou indireta com os consumidores; intercâmbio entre as iniciativas comerciais existentes nas Resexs. 42. Criação de fundo de aval para os financiamentos. 26 Falta de informação sobre o CIPAR e sua relação com as Resexs CIPAR 43. Agenda de eventos para divulgação 32 27 Falta de infra-estrutura para beneficiamento e armazenamento (fábrica de gelo) 28 Dificuldade de infra-estrutura para o escoamento da produção 29 CIPAR Dificuldade de comercialização por falta de confiabilidade no produto 31 Proibição da comercialização da massa do caranguejo VI Organizações Sociais Extrativistas 32 Fragilidade institucional das organizações (documentação, falta de conhecimentos administrativos ..) Faltam recursos para manter a associação (possui motor da voadeira mas conseguem colocar para funcionar) 45. Portos, ramais, trapiches, ...., devidamente licenciados. 46. Implementação da Resex, monitoramento e fiscalização; estrutura de comercialização entre as RESEXs para balancear a oferta e demanda entre elas. Diminuição da disponibilidade de pescado 30 33 44. Desenvolver tecnologia de energia limpa (solar, ...) para Unidades (fábrica MME, MPA, de gelo) sem acesso à energia elétrica e MAPA,... CIPAR, que necessitem de infra-estrutura de parcerias, … apoio à pesca + qualidade da água + gestão + licenciamento. estratégia de marketing com selo socioambiental, CIPAR 47. Obtenção de selo de inspeção sanitária e envolver Universidades e Centros de pesquisa na análise da qualidade dos produtos (Ex: selo sea sheapherd) 48. Infra-estrutura necessária ao processamento e licenças adequadas à comercialização 49. Apoio ao fortalecimento institucional das organizações comunitárias 50. Intercambio de experiências 51. Implementar agenda de encontros das resex costeiro-marinhas 34 Baixa integração / articulação entre as resex 52. Criação da Central de Associações de Usuários das Reservas Extrativistas Marinhas nos estados e nacional (CAUREM) 53. Usar comunitários para serem instrutores de cursos de capacitação 35 Forte pressão externo/interna para desmobilização social e cooptação de moradores 54. Apoio projeto/recursos para a permanente mobilização social nas comunidades 33 55. Dia D nas escolas para trabalharem o tema resex 35 Forte pressão externo/interna para desmobilização social e cooptação de moradores 36 Falta de interesse dos jovens 57. fomentar e capacitar novas lideranças 37 Falta uma política de divulgação das resexs 58. Criar programas na mídia aberta e demais meios de comunicação 38 Poucos representantes na Comissão Nacional de Acompanhamento das Demandas de Fortalecimento Resex 5.4. 56. Incrementar a articulação e agenda conjunta com as demais organizações sociais do campo/cidade Definição das lideranças 59. Ampliar o numero de integrantes da comissão nacional GRUPO DE CONSOLIDAÇÃO TERRITORIAL Foram apresentadas diversas proposições durante o debate do grupo. Ao final as proposições prioritárias foram selecionadas e as demais listadas, como segue abaixo. 5.4.1 Proposições Prioritárias • Capacitação dos técnicos que trabalham com as Resex e suas especificidades. Atores envolvidos: ICMBio. • Capacitação contínua dos extrativistas e suas organizações para o empoderamento com vistas à defesa dos territórios das comunidades. Atores envolvidos: ICMBio, MPA, MMA, MDA, Movimento dos Pescadores (as) e parceiros regionais e locais. • Fazer um planejamento mínimo do custo de regularizar as resex marinhas (levantamento fundiário). Atores envolvidos: ICMBio, Incra. • Usar urgentemente o dinheiro da Agenda Social para cadastro e Plano de Manejo de Resex Marinhas. Atores envolvidos: ICMBio. • Priorizar a regularização fundiária das Resex marinhas, visto que o seu custo é mais baixo. Atores envolvidos: ICMBio, SPU, MPA (pelos territórios de cidadania da pesca) 34 5.4.2 Demais Proposições Prioritárias • Transformar as UC’s em áreas prioritárias para a delimitação da LPM – linha de preamar média; • Agilizar o processo de cessão de uso do SPU ao ICMBio; • Garantir aos extrativistas o acesso às praias e áreas de extrativismo; • Fazer as demarcações e sinalizações com a participação das comunidades, como estratégia de coibir invasões; • Garantir que a marinha insira as Resex nas cartas náuticas conforme determina o SNUC; • Aprofundar o conceito de território na criação e delimitação das Resex; • Garantir o recurso da compensação ambiental dos empreendimentos no mar, para as Resex Marinhas. 35 ANEXO 1 CARTA DE BRAGANÇA DOS SERVIDORES DO ICMBio Os servidores do ICMBio reunidos em Bragança, no Estado do Pará, no dia 29 de outubro de 2009, por ocasião do I Encontro Nacional das Reservas Extrativistas Federais Costeiro-Marinhas, manifestam as seguintes considerações: 1. Considerando que a política de Macroprocessos do ICMBio foi instituída sem a discussão com o servidores do órgão; 2. Considerando a necessidade de lócus para pensar a complexidade das unidades de conservação; 3. Considerando a falta de informações e esclarecimentos aos servidores das unidades de conservação quanto ao novo funcionamento, responsabilidades e contatos dos responsáveis. E reivindicam: 1. Abertura concreta de diálogo e discussão da política de Macroprocessos; 2. Efetivação e divulgação da ouvidoria do ICMBio; 3. Realização de um encontro dos analistas das unidades de conservação, a ser realizado primeiramente nas coordenações regionais e, posteriormente, a nível nacional, para discutir como se dá esse novo funcionamento; 4. Que as coordenações regionais sejam estruturadas como unidades gestoras (UGs) para execução orçamentária e como ordenadoras de despesas na gestão de projetos; 5. Transparência na alocação dos recursos, utilizando-se para divulgação o site do ICMBio; 6. Garantia da participação de servidores e população tradicional na estruturação do Centro Nacional de Populações Tradicionais, principalmente na elaboração do regimento interno, conselho e alocação de recursos; 7. Que nos concursos (internos e externos) sejam priorizados as unidades de conservação com poucos servidores e o CNPT; 8. Retomada do colegiado de política de gestão de pessoas, considerando a representação das unidades de conservação e coordenações regionais; 36 9. Que a educação ambiental seja fortalecida na instituição; 10. Que cesse a migração das funções de Direção e Assessoramento Superior (DAS) das unidades de conservação para a sede do ICMBio, em Brasília; 11. Criação de um espaço de comunicação entre os servidores. Estas considerações e reivindicações foram resultadas de consenso entre os servidores, tendo sido apresentadas na plenária final do evento e encaminhada, posteriormente, ao Ministério Público do Trabalho, Asibama, Controladoria Geral da União, Ministério do Meio Ambiente e Presidência do ICMBio. Figura 08: Reunião dos analistas ambientais das Resex com a direção da DIUSP. Foto: Fábio Franco da Costa Fabiano. 37 ANEXO 2 I ENCONTRO NACIONAL DAS RESERVAS EXTRATIVISTAS COSTEIRAS E MARINHAS REUNIÃO DAS LIDERANÇAS EXTRATIVISTAS DO MOVIMENTO SOCIAL DURANTE O I ENCONTRO NACIONAL DAS RESEXS COSTEIRAS E MARINHAS Pauta: Comissão Nacional de Fortalecimento das RESEX Costeiras e Marinha. Relato da reunião: Cidinha comenta o histórico da formação da comissão na plenária. Chico Pescador comenta sobre o processo de fortalecimento do Movimento para a organização para poder trabalhar as demandas junto ao poder público Federal. Além disso, coloca que o movimento dos extrativistas das Reservas Extrativistas marinhas estava desorganizado. A idéia é dar um corpo para a comissão junto ao processo de fortalecimento do movimento dos extrativistas das Resex marinhas. Lindomar pergunta a platéia se todos querem formar a comissão para que ela funcione ativamente. Chico pescador propõe a elaboração de um Regimento Interno para a comissão. Josenilde de Cururupu reforça a importância da comissão comentando que ela tem que ser repensada e composta hoje. José Carlos de (Gurupi-Piriá) diz que já foi criada uma comissão e não estava sabendo de sua criação. Diz que pode ter sido por conta de problemas de comunicação. Chico pescador comenta que a comissão formada até o momento não decidiu nada até agora, que ela não existiu de fato. Beto comenta que a comissão deve ter independência do governo para que ela realmente funciona. Ao mesmo tempo o governo vai precisar desta comissão para fortalecer em seu processo de reestruturação institucional. Desta forma o ICMBio deve prever em seu orçamento recursos específicos para a comissão. Diz que existe uma briga interna dentro do movimento em função de colocar no discurso do GTA a questão do Mangue. Mas não é uma disputa, mas uma briga interna nossa para que os nossos direitos sejam atendidos. Marly pede questão de ordem e diz que o pescador é desrespeitado em todo o seu direito nos processos de tomadas de decisões. Marly traz a proposta de chamar a rede de Mãe d’água em homenagem aos extrativistas pescadores e pescadoras que pariram as primeiras reservas marinhas. Marly propõe uma segundo modelo. Que as cadeiras de extrativistas que comporão a comissão deve 38 ser por região. Chico apresenta a proposta inicial. Miguel do MOPEPA reivindica uma maior atenção ao movimento do Pará propondo mais um nome do movimento do Pará. Sandra reforça a reivindicação de Miguel. Carlinhos coloca que o modelo que esta sendo apresentado foi pensado especialmente para as Resexs Marinho Costeiras. Comenta ainda, que a comissão não deve ser muito grande com as representações do Movimento dos Pescadores de cada estado, mas que o Monape, por ser um movimento dos pescadores de âmbito nacional, representará os movimentos sociais da pesca de cada estado, e que deve ter o mínimo de recurso para pelo menos poderem se locomover em função da comissão. Miguel comenta que o modelo de comissão já veio pronta e que não adiantará em nada construir na plenária, pois a idéia já veio pronta. Beto do Monape comenta que a comissão Nacional não impede de cada Estado formar a sua comissão estadual. Fica encaminhada a seguinte proposta: Pará e Amapá: 4 representantes; Piauí, Maranhão, Ceara, Pernambuco e Paraíba: 2 representantes; Bahia, Alagoas e Sergipe: 2 representantes; Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo: 2 representantes; Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul: 2 representantes; Movimento Nacional dos Pescadores – MONAPE: 1 representante; Conselho Nacional dos Seringueiros – CNS: 1 representante; Grupo de Trabalho Amazônico – GTA:1 representante. Carlinhos propõem a divisão de grupos por cada região listada acima, para a discussão e indicação dos respectivos nomes que comporão a nova comissão. Após a reunião dos grupos para definição dos representantes das cadeiras da comissão, ficou decidido e apresentado em plenária os seguintes representantes: Região Pará – Amapá Sandra Regina Pereira Gonçalves, RG 1911503 SEGUP - Titular; Patrícia Farias Ribeiro – RG 3623798 SEGUP - Suplente; José Carlos Tavares Silva – RG 2967924 SEGUP - Titular; 39 Marly Lúcia da Silva Souza – RG 022266 SEGUP – Suplente; Região Maranhão à Paraíba Josenilde Ferreira Fonseca – Resex Cururupu – MA RG 1707808 – Titular Lindomar Fernandes de Lima – Resex Prainha do Canto Verde – CE, RG 2005010062370 (Suplente); Região Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo Francisco da Rocha Guimaraes Neto – Resex Arraial do Cabo Titular RG – 088033535-7 IFP; Eraldo Teixeira da Cunha Resex Arraial do Cabo – suplente – RG – 05672052-7 IFP; Região de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul Maria Aparecida Ferreira – Resex de Garopaba/Imbituba e Cabo de Santa Marta, RG 035320009994; Aristides Avelino Raulino – Resex Pirajubaé RG 29669393; Região Sergipe Alagoas Bahia Carlos Alberto Pinto dos Santos – RG 0849687292 - Titular José Roberto Leite Santos – RG 0537340335 – Suplente Movimento Nacional dos Pescadores - MONAPE José Alberto de Lima Ribeiro, RG Conselho Nacional dos Seringueiros - CNS Presidente da instituição – Manoel Cunha - Titular Luís Carlos Araújo de Farias, RG 1544797 - Suplente 40 Grupo de Trabalho Amazônico - GTA José Rubens Pereira Gomes Alberto Cantanhede Lopes RG – 80433697-1; CPF 238.228.133 Zeca pede que coloque na moção a indignação dos extrativistas do Brasil sobre o fato que vem ocorrendo na Resex Baía de Iguape, da diminuição dos limites de forma arbitrária por interesses de grandes empreendimentos. Beto faz a leitura da moção em apoio a Resex Baía de Iguape em plenária para a aprovação. Relata que o que vem acontecendo em Baía de Iguape reflete a todas as reservas extrativistas, que o problema não é específico de Baía de Iguape, mas de todos os extrativistas. A representação suplente do Monape na comissão fica em aberto, com um prazo para a sua indicação pelo período de 30 dias a partir da data de hoje. Sendo assim, fica por encerrado a plenária da comissão e eu, Helio de Castro Lima Rodrigues, secretário desta plenária dou por encerrado esta ata, Bragança, 29 de outubro de 2009. Figura 09: Comissão de lideranças das reservas extrativistas costeiro marinhas. Foto: Fábio Franco da Costa Fabiano. 41 MOÇÃO DE REPÚDIO Nós Extrativistas reunidos em Bragança, estado do Pará, de 26 a 30 de outubro de 2009 no I ENCONTRO NACIONAL DAS RESERVAS EXTRATIVISTAS COSTEIRAS E MARINHAS, vimos por meio deste manifestar nosso repúdio à alteração dos limites na Reserva Extrativista de Iguape, no estado da Bahia, sem a consulta ao Conselho deliberativo e as comunidades extrativistas afetadas. Salientamos que as reservas extrativistas são frutos da luta das comunidades extrativistas e o seu objetivo maior é proteger os meios de vida e a cultura das populações extrativistas beneficiadas, através da gestão participativa. A forma como foi conduzido esse ato, ignorou todos os processos realizados anteriormente na unidade, que tem na gestão participativa o sua maior virtude. Esse tipo de processo abre precedente para que todas as Unidades de Conservação, sejam elas de uso sustentável ou de proteção integral, sejam modificadas por interesses escusos ignorando preceitos ambientais, sociais e legais. Exigimos que seja respeitada e considerada a comunidade e o Conselho Deliberativo nos processos decisórios da referida reserva extrativista, conforme predispõe a lei 9985 que institui o sistema nacional de conservação - SNUC. Exigimos que o ICMBio o órgão responsável pela gestão das Reservas Extrativista se manifeste em defesa das Reservas Extrativistas do Brasil, pedindo a revogação da medida provisória. Anexo abaixo a lista de presença das lideranças aqui representando as Resex Costeiras Marinha do Brasil. 42 MOÇÃO DE APOIO Nós Extrativistas reunidos em Bragança, estado do Pará, de 26 a 30 de outubro de 2009, no I ENCONTRO NACIONAL DAS RESERVAS EXTRATIVISTAS COSTEIRAS- MARINHAS, vimos por meio desta, solicitar do Ministério do Meio Ambiente que inclua as demais regiões do Brasil no processo de premiação e escolha do prêmio Chico Mendes, dando a oportunidade que extrativistas e organizações de outras Reservas Extrativistas possam concorrer ao prêmio. Salientamos que Chico Mendes fez de sua luta e vida um instrumento para viabilizar aos extrativistas da Amazônia a garantia do seu território e que essa luta propagou-se pelo Brasil através das Reservas Extrativistas Florestais e Marinhas, garantindo assim melhores condições de vida a povos e comunidades extrativistas de todas as regiões. Não podemos deixar de reconhecer a importância do Bioma Amazônico seja pela questão ambiental, seja pelo histórico do inicio dos embates nos seringais em prol das Resex, no entanto ressaltamos que as Reservas Extrativistas do Brasil, através de suas lideranças e organizações, têm buscado garantir que todos os extrativistas, sejam eles da Amazônia ou de outro Bioma, garantam os seus direitos sem distinção de Bioma, pois entendemos que o sentido da luta é o mesmo independente do local onde vivemos. Anexo abaixo a lista de presença das lideranças aqui representando as Resex Costeiras Marinha do Brasil. 43 MOÇÃO DE APOIO Nós Extrativistas reunidos em Bragança, estado do Pará, de 26 a 30 de outubro de 2009, no I ENCONTRO NACIONAL DAS RESERVAS EXTRATIVISTAS COSTEIRAS E MARINHAS, vimos por meio desta solicitar ao Ministério do Meio Ambiente e ao Instituto Chico Mendes, mais agilidade em todos os processos de criação e ampliação das Reservas Extrativistas e RDS em tramitação. Salientamos que processos parados sem justificativa ambiental ou Jurídica nos preocupam, pois demonstra um procedimento sem base legal que favorece a interesses que diferem da finalidade para a qual as Reservas Extrativistas e RDS foram instituídas. A transparência quanto aos processos em tramitação em todas as casas, bem como a informação quanto aos estágios de cada processo é necessária e garante aos extrativistas a oportunidade e o direito de participar e opinar sobre o seu andamento. Ressaltamos que os processos das Reservas extrativistas da Pesca Artesanal de Garopaba Imbituba e do Cabo de Santa Marta Grande em Santa Catarina; bem como a do Taim / Tauá-Mirim, em São Luís, Maranhão, devem ser prioridade, pois esses processos já foram objeto de todos os estudos, audiências e tramitações necessárias, necessitando apenas da decretação pelo Presidente da República. Anexos abaixo a lista de presença das lideranças aqui representando as Resex Costeiras Marinha do Brasil. 44 ANEXO 3 INSTITUIÇÕES CONVIDADAS E CONTATOS INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE Coordenações Regionais (CR) do ICMBio Servidores de Reservas Extrativistas Coordenadores Gerais e Coordenadores de Brasília MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMA Gerência de Biodiversidade Aquática e Recursos Pesqueiros - SBF/MMA Sra. Ana Paula Prates Diretoria de Extrativismo – DEX/SEDR/MMA Sra. Cláudia Calorio Departamento de Política para Combate ao Desmatamento - DAAM/MMA Sr. Mauro Pires MINISTÉRIO DA PESCA E AQUICULTURA - MPA Diretor de Ordenamento, Controle e Estatística de Aquicultura e Pesca Sr. Mauro Luis Ruffino Esplanada dos Ministérios, bloco D, sala 238, cep: 70.043-900 - Brasília/DF Coordenador de Pesca Artesanal - Ministério da Pesca e Aquicultura -MPA Sr. João Dias Machado Esplanada dos Ministérios, bloco D, cep: 70.043-900 – Brasília/DF. (61) 32183874 MOVIMENTOS SOCIAIS E LIDERANÇAS EXTRATIVISTAS Comissão de lideranças extrativistas para acompanhamento das demandas das Resex junto ao ICMBio 45 CNS - CONSELHO NACIONAL DOS SERINGUEIROS Sr. Manoel Cunha – Presidente MOVIMENTO NACIONAL DOS PESCADORES - MONAPE José Alberto de Lima Ribeiro MOVIMENTO DOS PESCADORES DO PARÁ - MOPEPA Coordenador Sr. Tomaz Maria Rua da Begonha, s/n, Brasília, Distrito de Outeiro, Belém/PA. Fone: (91) 91198156 [email protected] CONSELHO FEDERAL GESTOR DO FUNDO DE DEFESA DE DIREITOS DIFUSOS – CFDD SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO/ MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Sr. Nelson Campos – Secretário Executivo do CFDD Esplanada dos Ministérios, Ed. Sede do MJ, 5o. Andar, sala 505 e 503, cep: 70.064-900, Brasília/DF, fone (61) 20253488, 20259133, fax: 20253005; www.mj.gov.br/cfdd INSTITUTO AQUAMAZON Mutsuo Asano Filho Av. Almirante Wandenkolk, 1243, sala 1201, Umarizal, Belém/PA, 66.055-030 Fone: (91) 32228682 CAPITANIA DOS PORTOS DA AMAZÔNIA ORIENTAL Capitão dos Portos Sr. José Roberto Bueno Júnior Rua Gaspar Viana, 575, Reduto, Belém/PA. CEP: 66.010-060 Fone: (91) 32183950 CENTRO DE PESQUISA E RECURSOS PESQUEIROS DO LITORAL NORTE - CEPNOR Dr. Alex Garcia Cavalleiro de Macedo Klautau Av. Presidente Tancredo Neves, 2501, Campus da UFRA, Belém/PA. CEP: 66.070-530; Fone: (91) 32741237; Fax (91) 32741429 46 EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL Dr. Cláudio José Reis de Carvalho Travessa Dr. Enéas Pinheiro, s/n. Caixa Posta 48 – Belém/PA. CEP: 66.095-100 tel (91) 32041000. Fax: 32769845 SUPERINTENDÊNCIA DO IBAMA NO ESTADO DO PARÁ Sr. Paulo Baltazar Diniz Av. Conselheiro Furtado, 1303, cep: 66.035-350 – Belém/PA tel. (91) 33234500, fax. (91) 32231299 IBAMA - DIRETORIA DE USO SUSTENTÁVEL DA BIODIVERSIDADE E FLORESTAS DBFLO Sr. José Humberto Chaves IBAMA sede, bloco B, térreo, sala 1 - Brasília/DF tel. (61) 33161475; fax. (61) 33071548 IFPA - INSTITUTO FEDERAL DO PARÁ Dr. Edson Ary de Oliveira Fontes Travessa Mariz e Barros, 2220, Marco, Belém/PA. CEP: 66.093-090 Fone: (91) 32281719 INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA Superintendente Dr. Elielson Pereira da Silva Estrada da CEASA, s/n, Souza, Belém/PA. CEP: 66.610-903 Fone: (91) 32023821; fax: 32023859 MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDI – MPEG Dr. Nilson Gabbas Júnior Av. Magalhães Barata, 376 – São Braz. CEP: 66.040-170 Belém/PA – tel (91) 32193300. Fax: 32490466 MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL Procurador da República no Pará – Dr. Bruno Araújo Soares Valente Rua Domingos Marreiros, 690, Umarizal, Belém/PA. CEP: 66.050-210 47 Fone: (91) 32990100 SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE DO ESTADO DO PARÁ - SEMA/PA Dr. Aníbal Pessoa Picanço Travessa Lomas Valentina, 2717 – Marco, Belém/PA. CEP: 66.095-770 [email protected] UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ – UFPA Prof. Dr. Carlos Edilson de Almeida Maneschy Campus da Universidade Federal do Pará Rua Augusto Correa, no. 1 – Prédio da Reitoria, 3o. Andar, cep: 66.075-110 Caixa Posta 479 – tel (91) 32017116. Fax: 32017675 IDEFLOR - INSTITUTO FLORESTAL DO PARÁ Diretor Geral - Sr. Jorge Alberto Gazel Yared SAGRI – SECRETARIA DE ESTADO DE AGRICULTURA Secretário de Estado - Sr. Cássio Alves Pereira SEPAQ - SECRETÁRIA DE ESTADO DE PESCA E AQUICULTURA Sra. Antônia do Socorro Pena da Gama SPU/PA - SUPERINTENDÊNCIA DO PATRIMÔNIO DA UNIÃO DO ESTADO DO PARÁ Sr. Neuton Miranda Sobrinho Rua Gaspar Viana, 125 – Bairro do Comércio – 66.010-060 - Belém/PA ADEPARA - AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO PARÁ Diretor Geral - Sr. Aliomar Arapiraca da Silva FCV - FUNDAÇÃO CURRO VELHO Superintendente - Sr. Valmir Carlos Bispo Santos 48 ANEXO 4 PARTICIPANTES DO ENCONTRO UF UC PARTICIPANTE MA CNPT CO Comissão CO Comissão SC Comissão PA Comissão PA PA CONAB CONAB Sandra Regina Pereira Gonçalves Karina Vilar Américo Bonsoviana PA Convidado Tomaz PA Convidado Alcides CR CR-Belém CR CR-Belém CR CR-Belém CR CR CR-Belém CR-Belém CR CR-Belém CR CR-Belém CR CR-Cabedelo CR CR CR DF DF CR-Florianópolis CR-Parnaíba CR-Rio de Janeiro DIUSP DIUSP Fabiano Gumier Costa Fernando Barbosa Peçanha Júnior Jully Anne Araujo Brizolla Eduardo Barros Walmir Pedro Mourão de Oliveira Raimundo Otávio da Silva Mendes Marisanta Farias Nóbrega Hélio DF DIUSP DF DIUSP DF DIUSP DF DIUSP DF DIUSP DF DF DIUSP DIUSP Kátia Regina Aroucha Barros Carlos Alberto Pinto dos Santos José Alberto de Lima Ribeiro Maria Aparecida Ferreira Sílvio de Souza Júnior Paulo Maier Maurício Marcon Rebelo da Silva João da Mata Nunes Rocha Júlio César Souza de Andrade Iaci Szajnweld de Menezes (Iaiá) Fábio Franco da Costa Fabiano Viviane Lasmar Pacheco Érika Fernandes Pinto CATEGORIA E-MAIL Servidor [email protected] Liderança – comissão Liderança – comissão Liderança – comissão Liderança – comissão [email protected] [email protected] m.br [email protected] [email protected] Liderança – MOPEPA Liderança – MOPEPA Servidor [email protected] Servidor [email protected] Servidor [email protected] Servidor Servidor [email protected] Servidor [email protected] Servidor [email protected] Servidor [email protected] Servidor Servidor Servidor Servidor Servidor Servidor [email protected] [email protected] [email protected] Servidor Servidor [email protected] Servidor [email protected] Servidor [email protected] Servidor Servidor [email protected] [email protected] 49 DF DF DF DIUSP DIUSP DIUSP DF DIUSP DF DF PA PA PA PA PA PA PA PA PA DF DF DF DF DIUSP DIUSP IDEFLOR IDEFLOR IDEFLOR IDEFLOR IDEFLOR IDEFLOR IDEFLOR IFPA Inst. Aquamazon MAP MAP MMA MMA Roseli da Silva Rocha Nadiane Munhoz Araújo Vânia Carvalho Marlene Brito Josinaldo Reis Flávia Figueira Sampaio Mauro Luis Rufino Elisa Furtado Madi Roberto Gallucci Mauro Pires PA MOPEPA Miguel Ferreira Pantoja [email protected] PA MOPEPA Valdenize Santos [email protected] PA MOPEPA / MARACANÂ Waldenize MPA Pará Rural Talita Vieira Aranha Denis Domingues Luiz Gutemberg de C Silva PA Pro RESEX Carla Michelle Lessa Eliani Maciel Lima Fabíola Assis Abreu Gustavo Stancioli Campos Pinho Victor Largura Singh Lídia Antônio Silva Servidor Servidor Servidor [email protected] [email protected] [email protected] Servidor [email protected] Servidor [email protected] IDEFLOR IDEFLOR IDEFLOR Convidado Convidado Convidado Convidado [email protected] [email protected] [email protected] Pró RESEX Mestre Lucindo - Marapanim Elizane Costa Brito DF Proecotur Samuel Coelho Rodrigues Convidado PE/PB RESEX Acaú-Goiana Edemburgo Muniz Cardoso liderança PE/PB RESEX Acaú-Goiana Luzia Brasilina Dias liderança [email protected] PE/PB RESEX Acaú-Goiana Patrícia Greco Campos Servidor [email protected] PA RESEX Araí-Peroba Adria Macedo dos Santos liderança Sem PA RESEX Araí-Peroba Ronaldo Ribeiro Pimenta liderança PA RESEX Araí-Peroba Marco Aurélio dos Santos Servidor PA RESEX Araí-Peroba Kelly Ferreira Cottens Servidor RJ RESEX Arraial do Cabo Alberto Pinheiro liderança [email protected] RJ RESEX Arraial do Cabo Eraldo Teixeira da Cunha liderança Sem [email protected] [email protected] m 50 RJ RESEX Arraial do Cabo RJ RESEX Arraial do Cabo PA RESEX Arraial do Cabo BA RESEX Baía de Iguape BA RESEX Baía de Iguape BA RESEX Baía de Iguape CE RESEX Batoque CE RESEX Batoque CE RESEX Batoque PA RESEX Bragança Álvaro Luiz Ahrends Braga Francisco da Motta G. Neto Francisco da Rocha Guimarães Neto Edson da Conceição Falcão José Roberto Leite Santos Carlos Antônio Santos de Oliveira Genival Gomes de Oliveira Sebastião Tertulino da Silva Marcel Regis Moreira da Costa Machado Manoel da Silva Ferreira SC RESEX Cabo Santa Marta Manoel Peppeler Limas liderança SC RESEX Cabo Santa Marta Maria Elizabeth Carvalho da Rocha Servidor [email protected] PA RESEX Caeté-Taperaçu Nelson Martins Silva liderança [email protected] PA RESEX Caeté-Taperaçu liderança [email protected] PA RESEX Caeté-Taperaçu Servidor [email protected] PA RESEX Caeté-Taperaçu PA RESEX Caeté-Taperaçu Adriane Reis PA RESEX Caeté-Taperaçu Oswaldo PA RESEX Caeté-Taperaçu Maria Edith Ribeiro da Silva BA RESEX Canavieiras Adelito Oliveira Avelino liderança BA RESEX Canavieiras Edson Goldman Pinto liderança [email protected] BA RESEX Canavieiras Sérgio Fernandes Freitas Servidor [email protected] BA RESEX Cassurubá BA RESEX Cassurubá BA RESEX Cassurubá PA PA Marly Lúcia da Silva Souza Fernando Pedro Marinho Repinaldo Maria Edite Ribeiro da Silva Servidor [email protected] [email protected] liderança liderança [email protected] Servidor [email protected] liderança liderança Servidor [email protected] Celimaria Gomes de Jesus Valdeque Rosentino Neves Joaquim Rocha dos Santos Neto liderança [email protected] liderança sem Servidor [email protected] RESEX Chocoaré-Mato Grosso Oscar do Rosário Furtado liderança [email protected] RESEX Chocoaré-Mato Grosso Luís Carlos Araújo de Farias liderança [email protected] 51 PA PA RESEX Chocoaré-Mato Grosso RESEX Chocoaré-Mato Grosso Sílvia Carla Galuppo Servidor [email protected] Thais Ferreira Xavier Servidor [email protected] liderança [email protected] liderança [email protected] Servidor [email protected] [email protected] Iracema Conceição do Carmo José Conceição de Jesus (Zeca) BA RESEX Corumbau BA RESEX Corumbau BA RESEX Corumbau Ronaldo Freitas Oliveira PA RESEX Curuçá / Carimbó Kelma PA RESEX Curuçá / Carimbó Walmir dos Santos PA RESEX Curuça Carimbó Sebastiana Guedes PA RESEX Curuça Carimbó Manoel Garcia Gomes PA RESEX Curuça Carimbó Aldair Andrade dos Santos PA RESEX Curuça Carimbó Antônio dos Santos MA RESEX Cururupu MA RESEX Cururupu MA RESEX Cururupu MA Josenilde Ferreira Fonseca Roberto Wagner Ferreira Louzeiro [email protected] liderança [email protected] liderança [email protected] Marcelo Silveira Servidor [email protected] RESEX Cururupu Francisco Carlos dos Santos Barros Servidor [email protected] MA/PI RESEX Delta Parnaíba Antônio Cardoso Silva liderança sem MA/PI RESEX Delta Parnaíba Antônio Júlio Marques Araújo liderança sem MA/PI RESEX Delta Parnaíba Deolindo Moura Neto Servidor [email protected] RESEX Gurupi Piriá Zacarias Monteiro da Silva PA RESEX Gurupi-Piriá José Carlos Tavares Silva PA RESEX Gurupi-Piriá PA RESEX Gurupi-Piriá PA RESEX Gurupi-Piriá SC SC RESEX Imbituba e Garopaba RESEX Imbituba e Garopaba Luiz Jorge de Oliveira Silva Otávio de A. Andrade Lima [email protected] liderança sem liderança sem Servidor [email protected] Cenilson Moraes Servidor Anastácio Silveira liderança sem Hilário Manoel Bento liderança sem 52 SC PA PA PA RESEX Imbituba e Garopaba RESEX Mãe Grande de Curuçá RESEX Mãe Grande de Curuçá RESEX Mãe Grande de Curuçá Enise Maria Bezerra Ito Servidor [email protected] Nazeazeno Ferreira Caxias liderança sem Marcelo Ferreira Costa liderança sem Rodrigo Silva Pinto Jorge Servidor [email protected] PA RESEX Mãe Grande de Curuçá Flávio Lúcio Braga Cerezo Servidor [email protected] PA RESEX Mãe Grande de Curuçá Paulo Henrique Borges de Oliveira Júnior Servidor [email protected] [email protected] RESEX Mãe Grande de Curuçá RESEX Mãe Grande de Curuçá Jorge Luiz Macedo da Rocha SP RESEX Mandira Carlos PA PA RESEX Maracanã RESEX Maracanã PA RESEX Maracanã Carlos Timm PA RESEX Maracanã RESEX Maracanã Auremar Walmir Corrêa Furtado SC RESEX Pirajubaé André Luiz de Sá liderança SC RESEX Pirajubaé Aristides Avelino Raulino liderança SC RESEX Pirajubaé Fabiana Bertoncini Servidor [email protected] RESEX Prainha do Canto Verde RESEX Prainha do Canto Verde RESEX Prainha do Canto Verde Lindomar Fernandes Lima Roberto Carlos de Lima Ribeiro Alexandre Caminha de Brito liderança [email protected] liderança [email protected] Servidor [email protected] PA RESEX São João da Ponta Pedro Ferreira de Lima liderança sem PA RESEX São João da Ponta Raimundo Monteiro de Moura liderança sem PA RESEX São João da Ponta Waldemar Londres Vergara Filho Servidor [email protected] [email protected]. PA RESEX São João da Ponta Iara Sommer Braga Servidor PA PA RESEX Soure RESEX Soure PA RESEX Soure Jeane Souriense Guedes Patrícia Farias Ribeiro Lisângela Aparecida Pinheiro Cassiano liderança liderança Servidor – organização PA PA CE CE CE [email protected] Kezian Lavan Servidor liderança liderança Servidor Geremias Corrêa [email protected] [email protected] [email protected] 53 PA RESEX Soure Eduardo Cavalcante de Macedo Servidor – organização – apoio transporte [email protected] MA RESEX Tauá-Mirim Alberto Cantanhede Lopes liderança [email protected] MA RESEX Tauá-Mirim Clóvis Amorim da Silva liderança sem PA RESEX Tracuateua liderança [email protected] PA RESEX Tracuateua liderança [email protected] PA RESEX Tracuateua Servidor [email protected] PA RESEX Tracuateua João Carlos Gomes da Silva Elaine de Jesus Lima Gomes Willian Ricardo da Silva Fernandes Cássia Rafaele da S. Gomes Séc. Pesca Bragança Adriana Batista Pedale Séc. Pesca do Estado Carlos Farias PA SPUIA UEPA/Bragança PA UEPA/UAEA Lélio Costa da Silva Sebastião Rodrigues Leonardo M de Lima Leandro [email protected] [email protected] [email protected] 54 55