Inclusão da deficiência na educação superior – caminhos possíveis
015006
Data: Abr/2015
CHIOMA OHAJUNWA; JUDITH MCKENZIE 1
Inclusão da deficiência na educação superior –
caminhos possíveis
O projeto DIVERSA almeja provocar reflexões sobre experiências desenvolvidas em diferentes
contextos socioculturais. Para tanto, convida pesquisadores de outros países a colaborarem
com estudos de caso e artigos para o site. O presente texto faz parte desses esforços, ao
apresentar os resultados obtidos pelo projeto DIRECT, conduzido pelo programa de estudos
sobre deficiência na Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul. Tal estudo teve como
objetivo descobrir como o tema se inseria nas grades curriculares e nas pesquisas realizados
nessa instituição.
A Organização Mundial da Saúde estima que aproximadamente 650 milhões de pessoas
apresentam deficiências, com a maioria delas, cerca de 80% da população identificada acima,
vivendo em países em desenvolvimento (Karr, 2011). Apesar disso, as deficiências ainda não
fazem parte das linhas de pesquisa regulares, como acontece com as questões raciais, de gênero
ou de etnia (Grech, 2011). O tema continua a ser relegado a linhas marginais, quando se trata de
aspectos do planejamento e elaboração de políticas.
Em resposta a essa discriminação e marginalização vivida por pessoas com deficiência, a
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência das Nações Unidas (UNCRPD2, 2006)
estipulou a necessidade de incluir o estudo deste assunto como parte de qualquer plano de
desenvolvimento sustentável. O artigo 24 da UNCRPD afirma que é necessário prover medidas
adequadas nos ambientes educacionais para maximizar o desenvolvimento acadêmico e social,
consistente com a meta de total inclusão, de forma a:
“Favorecer a atitude receptiva em relação aos direitos das pessoas com
deficiência e promover uma percepção positiva e maior consciência social,
para todas as crianças e em todos os níveis de educação, do respeito às
pessoas com deficiência” (UNCRPD, 2006).
Chioma Ohajunwa é coordenadora do projeto MOOC (Massive Open Online Course) para o programa de estudos sobre deficiência da
Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul.
1
Judith McKenzie é conferencista sênior no programa de estudos sobre deficiência na Universidade da Cidade do Cabo e doutora em
Estudos sobre Deficiência.
©Instituto Rodrigo Mendes. Licença Creative Commons BY-NC-ND 2.5. Site externo. A cópia, distribuição e transmissão dessa obra são
livres, sob as seguintes condições: Você deve creditar a obra como de autoria de Chioma Ohajunwa e Judith McKenzie e licenciada pelo
Instituto Rodrigo Mendes; é vedado o uso para fins comerciais; é vedada a alteração, transformação ou criação em cima dessa obra, a não
ser com autorização expressa do licenciante.
Todas as siglas citadas na bibliografia foram mantidas no original, em inglês, para que sejam mais facilmente identificadas [nota do
tradutor].
2
Inclusão da deficiência na educação superior – caminhos possíveis
015006
Data: Abr/2015
Países que assinaram a convenção receberam a responsabilidade de fazer políticas inclusivas e
alocar recursos em busca de alcançar esse intuito de tornar a deficiência aceita em todos os
setores da sociedade.
Atendendo a essa exigência, o governo da África do Sul tem criado várias políticas que
promovem as metas da UNCRPD, consagrando os direitos das pessoas com deficiência à
participação igualitária na sociedade em que se vive. Essas políticas incluem a Proposta de
Estratégia Nacional Sul-Africana Integrada para a Deficiência (INDS; elaborada pelo Gabinete
do Vice-Presidente, 1997), o Ato para Equidade de Emprego (EEA; elaborada pelo Ministério do
Trabalho Sul-Africano, 1998) e Proposta para Educação 6 sobre as Necessidades Educativas
Especiais e Construção de uma Educação Inclusiva e Sistema de Treinamento (elaborada pelo
Ministério da Educação Sul-Africano, 2001). Essas políticas esforçam-se para criar uma cultura
de respeito, dignidade, participação igualitária e acesso a recursos para todos os cidadãos,
considerando a história única e a diversidade que existe dentro do contexto sul-africano.
Apesar desse problema ser uma questão atual e proeminente em várias instituições de ensino
superior (IES), elas têm, essencialmente, negligenciado a inserção da deficiência na maior parte
dos debates sobre o assunto. Barnard e Lan (2007, p. 2) referem-se ao problema quando
afirmam: “é irônico que nossa visão de diversidade seja tão limitada que raramente inclua as
deficiências”. Os autores vão além, ao declarar que essa presença mínima deste conceito e a
diminuta voz das pessoas com deficiência na questão “é ainda mais notável no currículo do
ensino superior” (Barnard e Lan, 2007, p. 3). Se os estudantes se formam sem se envolver com
tal tema nos programas de curso e só percebem tais pessoas como alguém que precisa de ajuda,
como essas pessoas poderão ser vistas como iguais a seus pares (Bryen e Shapiro, 1996)?
Mathews (2010, p. 527) propõe que um dos caminhos para se abordar este ponto deve ser a sua
introdução como “um tópico, uma ideia, uma categoria de análise, uma reivindicação histórica”
dentro dos currículos.
Em uma tentativa de enfrentar as barreiras e criar uma cultura mais inclusiva, o vice-reitor da
Universidade da Cidade do Cabo (UCT), Dr. Max Price, direcionou o desenvolvimento de
objetivos estratégicos para lidar com os atuais desafios da África do Sul. A UCT visa que seus
graduados obtenham qualificações reconhecidas internacional e localmente, apoiadas em
valores relativos à cidadania engajada e à justiça social, enquanto promove a diversidade e a
transformação dentro e fora da instituição (UCT Research Reports, 2008). Os funcionários e
estudantes vêm de mais de 100 países, o que contribui para a diversificação da universidade. A
UCT tem aproximadamente 26 mil estudantes em seis faculdades, centros de desenvolvimento
do ensino superior (CDES) e na Escola de Graduação em Administração (EGA).
Dois dos objetivos estratégicos da UCT são: 1) elevar a qualidade e o perfil dos estudantes da
UCT e 2) expandir e aumentar a contribuição da universidade para a resolução dos desafios da
África do Sul (UCT Strategic Plan, 2009). Tais objetivos influenciaram o projeto de pesquisa
Inclusão da deficiência na educação superior – caminhos possíveis
015006
Data: Abr/2015
DIRECT. Sua meta era de descobrir se a deficiência estava inserida nos programas e como tal
inserção estava ocorrendo. Tinha como quadro de referências os direitos humanos e a justiça
social. Baseadas nos resultados, certas recomendações foram apresentadas às faculdades,
conforme discutido no próximo tópico.
As conclusões foram classificadas em quatro temas:
a) Compreensão da deficiência – as principais ideias sobre a inclusão das pessoas com
deficiência estavam relacionadas ao modelo médico ou ao social. Professores que atuam no
modelo médico frequentemente ensinavam como “consertar” e administrar os impedimentos
que uma pessoa tenha, enquanto os que praticavam o modelo social ensinavam principalmente
sobre as barreiras individuais, sociais e, por vezes, ambientais, para a participação.
b) Foco/práticas de inclusão – a deficiência era vista como uma questão “adicional”, que
poderia ser abordada, e não como parte das exigências disciplinares, em algumas faculdades.
Isso significa que o tema era majoritariamente incluído de uma maneira ad hoc, de acordo com
o interesse do professor.
c) Contexto político – visto a partir de quais especificidade das políticas sobre as deficiências
seriam discutidas em sala de aula.
d) Experiência de inclusão – o corpo acadêmico enfrenta um certo número de desafios ao
incluir a deficiência, e seu entendimento frequentemente é influenciado por ‘quando’ e ‘qual’
especificidade seria incluída em sua disciplina. Além disso, pesavam questões relacionadas à
disponibilidade das estruturas organizacionais de suporte, à gestão que os professores faziam de
seu tempo e à sobrecarga de trabalho, para citar algumas.
Esse estudo não teve foco nas pessoas com deficiência, mas em como o conceito era ensinado e
pesquisado dentro dos programas das faculdades. O estudo visava a divulgação do campo de
pesquisa. Assim, as recomendações dadas abaixo vieram de três áreas – 1) discussões com os
participantes sobre o que poderia ajudá-los a utilizar o conceito de deficiência em suas
disciplinas e pesquisas; 2) experiências de pesquisadores como profissionais ligados ao assunto
e 3) literatura básica relevante na inclusão dessas pessoas. A primeira questão a ser discutida é a
das atitudes.
Recomendações
As atitudes, valores e ideias que as pessoas relatam sobre a deficiência frequentemente
influenciam como as pessoas se comportam sobre o tema. Não é desprezível o efeito prejudicial
das atitudes negativas sobre as pessoas com deficiência, tanto que estas foram identificadas
como uma das principais barreiras para se abordar a questão (WHO, 2011). Os participantes do
Inclusão da deficiência na educação superior – caminhos possíveis
015006
Data: Abr/2015
presente estudo muitas vezes se sentiram isolados, sem conhecer outros acadêmicos que
incluíssem o conceito em suas disciplinas ou pesquisas. Os entrevistados indicaram que a
criação de um espaço inclusivo que torne a deficiência ‘visível’ poderia ajudá-los a difundir o
assunto. Workshops e seminários anuais ou semestrais sobre o tema possibilitariam tal
conquista. Colaborações interdisciplinares deveriam ser encorajadas nas equipes, dentro da
universidade, e pessoas externas deveriam ter a oportunidade de mostrar seus trabalhos,
criando a consciência da necessidade de abordar a falta de conhecimento sobre o problema, o
que poderia ter impactos nas atitudes das pessoas.
Esse tipo de seminário foi planejado e realizado mensalmente pelo Programa de Estudos sobre a
Deficiência, para disseminar resultados de pesquisas relacionadas ao tema. Foram convidados a
participar o corpo acadêmico da universidade e de outras IES. Palestrantes de outras
instituições e de organizações não-governamentais (ONGs) foram chamados para compartilhar
seu trabalho. Os seminários criaram uma plataforma para o debate das práticas, questões e
políticas atuais sobre a deficiência. Estudantes de pós-graduação de várias faculdades
apresentaram suas teses e não só receberam feedbacks relevantes, como também tiveram a
chance de formar uma rede, conectando-se a pessoas que fazem trabalhos em áreas similares.
Desse modo, as atitudes foram impactadas ao se construir uma comunidade de práticas sobre a
inclusão.
Ao incluir a deficiência em seus programas, as faculdades precisam se esforçar para ter um
conceito que transcenda os modelos médico e social e outras perspectivas “conhecidas” sobre o
assunto. Há a necessidade de explorar outros quadros referenciais para entender o tema,
incluindo marcos indígenas que possam estar presentes. Um exemplo é o uso da filosofia
africana do “Ubuntu” como paradigma de compreensão desta questão no contexto do país.
Ubuntu é um sistema de crenças local que coloca a humanidade no centro de todas as atividades
ou ações. O bem maior da coletividade é colocado acima de qualquer aspiração individual e
egocêntrica, colocando a compaixão e a dignidade humana em primeiro lugar (Malisa, 2011;
Higgs and Van Wyk, 2007; Nussbaum, 2003). De acordo com tal filosofia, todos são
importantes, relevantes e inter-relacionados. Ao reduzir os outros, reduzimos a nós mesmos.
Então, ao não se dar espaço para a inserção da deficiência, também sofremos impactos em nosso
próprio desenvolvimento. Dessa forma, indagar sobre o tópico por diferentes perspectivas
enriqueceria a experiência da diversidade nos programas universitários, o que construiria uma
sociedade mais inclusiva e igualitária.
Os programas universitários estudados tinham uma gama de temas sobre a diversidade
inseridos por seus vários departamentos. Os participantes abordaram ao menos um tópico sobre
o assunto em suas aulas e/ou pesquisas, mas frequentemente sentiram ser inadequado incluir as
deficiências (Ohajunwa e Mckenzie, 2013). Elas foram frequentemente vistas como algo para o
qual se necessita de treinamento extra. É importante que a questão seja reconhecida como um
Inclusão da deficiência na educação superior – caminhos possíveis
015006
Data: Abr/2015
desses temas, tanto quanto raça, sexualidade, idade, cultura etc. A deficiência é uma parte da
essência do ser humano. Então, ao planejar uma grade curricular abrangente para cada
disciplina, ela deveria figurar entre os conceitos abordados.
A diversidade também precisa ser facilitada por meio do recrutamento de funcionários com
deficiência e do aumento potencial do ingresso de alunos com deficiência. A unidade de serviços
para a deficiência da UCT dá suporte a esse processo ao assegurar que a acessibilidade seja
desenvolvida. Estudantes e funcionários recebem assistência para a vida universitária. E a
experiência de estar em uma IES não é benéfica apenas para a pessoa com deficiência. Pesquisas
mostram que essa experiência promove uma cultura inclusiva já que contribui para o
“desenvolvimento pessoal entre as pessoas sem deficiência” (May, 2012, p. 241; O’Connor,
Kubiak, Espiner & O’Brien, 2012).
Não é apenas o desenvolvimento pessoal dos funcionários e estudantes nas IES que devem ser
impactados, mas o da organização da instituição. A inserção do debate sobre a deficiência nas
atividades de integração social deve ser aumentada. Certos incentivos devem ser dados pelos
projetos e serviços inovadores de ensino e pesquisa na área, como parte da sensibilização social.
Esses incentivos e sistemas de suporte só acontecem com a criação de políticas progressivas e
relevantes que encorajem uma cultura inclusiva. As lideranças universitárias devem estar
engajadas na criação e implementação de políticas que dizem respeito à deficiência. Os
participantes desse estudo indicaram que eles incluíram o tema de forma ad hoc principalmente
por causa de sua sobrecarga e da pressão dos prazos. Eles afirmaram que, pelo fato de não fazer
parte dos requisitos disciplinares, inseri-lo era uma ‘tarefa adicional’ para eles (Ohajunwa,
Mckenzie, Hardy e Lorenzo, 2014). Uma liderança universitária engajada no nível das
faculdades pode levar a mudanças programáticas que deem suporte aos acadêmicos para incluir
a deficiência porque, afinal, é uma questão de diversidade.
A projeto DIRECT pode ser realizada em qualquer IES para construir indicadores de base para o
tipo de ensino e pesquisa sobre deficiência que já foi feito ou está sendo realizado na instituição.
Isso não só realçaria as boas práticas e ajudaria a planejar resultados, como também divulgaria
as políticas sobre o assunto. Unida a essa questão de informar resultados está a necessidade de
explorar as perspectivas do ensino e aprendizagem dos estudantes com deficiência dentro da
instituição. Essas perspectivas contribuirão para compreender a experiência vivida por eles.
Também ajudará, espera-se, a abordar os problemas do estigma e dos estereótipos,
desenvolvendo tais valores nos graduandos das IES.
Em conclusão, o tema da inclusão da deficiência não aparece sem desafios e precisa, certamente,
de reflexão e revisão constante. O contexto também desempenha um papel importante.
Entretanto, é imperativo que ela seja colocada em pauta nos níveis da instituição, das faculdades
e dos departamentos. Essa necessidade é fundamental para o avanço e a sustentabilidade das
Inclusão da deficiência na educação superior – caminhos possíveis
015006
Data: Abr/2015
práticas inovadoras relacionadas à pesquisa e ao ensino sobre o conceito. As IES precisam
entender que a inserção da deficiência como tópico de estudo não é uma questão de escolha,
mas de direitos humanos e da diversidade. Considerando o impacto resultante nos graduados e
na esfera social como um todo, a inclusão da deficiência se torna imperativa.
Agradecimentos:
As autoras gostariam de agradecer o fundo da vice-reitoria da Universidade da Cidade do Cabo
pelo apoio financeiro ao projeto. Também gostariam de reconhecer a valorosa liderança
acadêmica oferecida pela Professora Theresa Lorenzo ao formular e guiar a pesquisa.
Referências
Barnard, L. e Lan, W. 2007. Faculty Attitudes towards Persons with Disabilities when
Controlling for Attitudes toward Diversity. The International Journal of Diversity in
Organizations, Communities and Nations. 7(1):1-9.
Bryen, D.N. e Shapiro, S.A. 1996. Disability Studies: What is it and Why is it needed? United
States of America: Temple University Faculty Herald. Institute of Disabilities.
Grech, S. 2011. Recolonising debates or perpetuated coloniality? Decentring the spaces of
disability, development and community in the global South, International journal of inclusive
education, 15(1):87-100.
Higgs, P. e Van Wyk, B. 2007. Lifelong Learning: Exploring Learning, Equity and Redress, and
Access An African Discourse on Lifelong Learning: A South African Case Study. In D.N. Aspin,
Ed. Springer. 148--157.
Karr, V.L. 2011. A Life of Quality: Informing the UN Convention on the Rights of Persons With
Disabilities. Journal of disability policy studies. 22(2):67-82.
Malisa, M. 2011. Ubuntu philosophy as a reference construct for the western male. 2nd Annual
Male Studies Conference. April 6th, 2011. , Ed.
Matthews, N. 2010. Anxiety and niceness: drawing disability studies into the art and design
curriculum through a live brief. Discourse: Studies in the cultural politics of education. 31(4).
May, C. (2012). An Investigation of Attitude Change in Inclusive College Classes Including
Young Adults With an Intellectual Disability. Journal of Policy and Practice in Intellectual
Disabilities, 9(4), 240-246. doi: 10.1111/jppi.12013 3.
Nussbaum, B. 2003. African Culture and Ubuntu, Reflections of a South African in America.
Perspectives. 17(1).
Ohajunwa, C.O e Mckenzie, A (EDS) 2013. “Beyond ‘if’ to ‘How’, Disability inclusion in higher
education, University of Cape Town case study”. Disability Innovations Africa, Cape Town,
South Africa. ISBN 978-0-9870203-3-8
Ohajunwa C.O., Mckenzie, A., Hardy, A. e Lorenzo, T. 2014. Inclusion of disability issues in
teaching and research in higher education. Perspectives in Education (32) 3
Inclusão da deficiência na educação superior – caminhos possíveis
015006
Data: Abr/2015
South African Employment Equity Act (EEA) 1998. Department of Labour
South African White paper 6 on Special needs Education and building an Inclusive Education
and Training System. 2001. Department of Education
South Africa Integrated National Disability Strategy White Paper, 1997. Pretoria: Office of the
Vice President.
UCT 2009. Strategic Plan 2010-2014. Retrieved 20 October 2012 from
http://www.uct.ac.za/about/intro/goals/.
University of Cape Town. 2008. Research reports.
Organização Mundial da Saúde 2006. The United Nation Convention on the Rights of Persons
with Disabilities. Geneva.
Organização Mundial da Saúde e Banco Mundial 2011. World report on disability 2011. Geneva:
WHO Library Cataloguing-in-Publication Data.
Download

Inclusão da deficiência na educação superior – caminhos possíveis