UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
CURSO DE DOUTORADO E MESTRADO ACADÊMICO
MARIA HELENA SOARES DA NÓBREGA MAZZO
Elaboração e validação de instrumento para consulta de enfermagem à puérpera no
âmbito da atenção básica
Natal,
2013
MARIA HELENA SOARES DA NÓBREGA MAZZO
Elaboração e validação de instrumento para consulta de enfermagem à puérpera no
âmbito da atenção básica
Tese apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Enfermagem da
Universidade Federal do Rio Grande
do Norte para fins de obter o título de
doutor em Enfermagem, área de
Concentração:
Enfermagem
na
atenção à saúde.
Linha de Pesquisa: Enfermagem na
vigilância à saúde.
Orientador: Profª
Santana de Brito.
Natal,
2013
Drª
Rosineide
Catalogação da Publicação na Fonte
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
Mazzo, Maria Helena Soares da Nóbrega.
Elaboração e validação de instrumento para consulta de enfermagem
à puérpera no âmbito da atenção básica / Maria Helena Soares da
Nóbrega Mazzo. - Natal, 2014.
177f: il.
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Rosineide Santana de Brito.
Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Enfermagem.
Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal do Rio
Grande do Norte.
1. Enfermagem obstétrica - Tese. 2. Período pós-parto - Tese. 3.
Cuidados de enfermagem - Tese. 4. Coleta de dados - Tese. I. Brito,
Rosineide Santana de. II. Título.
RN/UF/BSA01
CDU 618.2-083
MARIA HELENA SOARES DA NÓBREGA MAZZO
Elaboração e validação de instrumento para consulta de enfermagem à puérpera no
âmbito da atenção básica
Tese apresentada ao Programa de PósGraduação
em
Enfermagem
da
Universidade Federal do Rio Grande do
Norte como requisito para obtenção do
título de Doutor em Enfermagem, área de
concentração: Enfermagem na atenção à
saúde.
Aprovada em 12 de dezembro de 2013
BANCA EXAMINADORA
Profª. Dra. Rosineide Santana de Brito
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Presidente
Profª. Dra. Maria Miriam Lima da Nóbrega
Universidade Federal da Paraíba
Membro externo
Profª.Dra.Claudia Maria Ramos Medeiros
Universidade Federal da Paraíba
Membro externo
Profª Dra. Edméia de Almeida Cardoso Coelho
Universidade Federal da Bahia
Suplente
Profª Dra. Rosana Lúcia Alves de Vilar
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Suplente
Profª. Dra. Akemi Iwata Monteiro
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Membro interno
Profª. Dra.Jovanka Bittencourt Leite de Carvalho
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Suplente
Profª. Dra. Ana Luisa Brandão de Carvalho Lira
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Membro interno
Profª. Dra. Bertha Cruz Enders
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Suplente
Dedicatória
Dedico este trabalho especialmente a duas enfermeiras importantes para a
história da Enfermagem na Paraíba, minha amada mãe, Aliete Soares da Nóbrega
pelo empenho na fundação do Curso de Enfermagem naquele estado, pelo exemplo de
dedicação como mãe e enfermeira.
Maria Miriam Lima da Nóbrega, minha amada prima, pela sua contribuição para o
desenvolvimento da Enfermagem como ciência e pelo seu lado humanitário e acolhedor de
ser.
E à memória de meu saudoso pai Odilon Dantas da Nóbrega que ficaria imensamente
feliz e orgulhoso por esta conquista.
AGRADECIMENTOS
Àquele que representa meu princípio e meu fim, Deus, pelo dom da vida, pelas vitórias
alcançadas, pelas alegrias, pelas lágrimas que me ensinam tanto, pelo amor e pela proteção
em tudo.
À minha orientadora, Profª Rosineide Santana de Brito, pela paciência, pelo incentivo e
pela condução no caminho da pesquisa de forma prazerosa. Uma mulher discreta e
detentora de muita sabedoria, o meu especial agradecimento por ter confiado em mim.
Às enfermeiras, Akemi Iwata, Nilba Lima, Lourdinha Costa, Flávia Santos, Cláudia Pereira e
Janile Macedo pelas valiosas contribuições na construção deste estudo e pela disposição
em me ajudar.
Às enfermeiras que participaram da validação do instrumento, cujas contribuições foram
fundamentais e sem elas seria impossível a concretização do estudo.
À minha família querida, meu marido e meus filhos, meu alicerce, meu porto seguro, meu
colo, minha razão de seguir com tudo e minha vontade de ficar.
À minha irmã Tina, amiga e companheira. Por estar sempre por perto quando preciso. Por
me entender tão bem.
Aos meus amigos, Nil e Fabrício, pelos cafés alegres regados a muitas risadas
renovadoras. Foram meu escape para os dias cansados.
À minha amiga, Aurelice Gama, que participou da construção desta conquista no começo
de tudo.
À chefia do Departamento de Enfermagem e aos meus colegas pela concessão de meu
afastamento, que me deu a oportunidade de imergir no estudo.
Aos colegas Leonardo Pinheiro e Cecília Queiroz, meus colaboradores em assuntos de
informática. Sem vocês teria sido mais difícil.
Aos docentes do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UFRN, os quais
alicerçaram meus estudos com seus ensinamentos valiosos.
Aos meus colegas da turma de 2011 pela convivência pacífica, pelo aprendizado, pelas
alegrias e pelas amizades construídas.
A todos aqueles que me ajudaram neste caminhar, nas pessoas dos funcionários do
Departamento e da Pós-Graduação de Enfermagem da UFRN, colegas da disciplina e
do Grupo de Pesquisa Cuidados de Enfermagem nas Diferentes Fases da Vida, pelas
palavras de estímulo e pelo carinho.
RESUMO
MAZZO, M. H. S. da N. Elaboração e Validação de instrumento para consulta de
enfermagem à puérpera no âmbito da atenção básica. 2013. 177 fls. Tese (Doutorado) –
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, Natal-RN, 2013.
A pesquisa teve como objetivo elaborar e validar um instrumento para sistematizar a
assistência de enfermagem à puérpera no âmbito da atenção básica. O documento foi
construído com base na Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Horta, na
Padronização de um Conjunto Internacional de Dados Essenciais em Enfermagem e na
Nomenclatura de diagnósticos e intervenções de enfermagem desenvolvida a partir dos
resultados da Classificação Internacional para as Práticas de Enfermagem. Trata-se de um
estudo do tipo metodológico desenvolvido em cinco etapas: identificação dos indicadores
empíricos relativos à puérpera mediante revisão integrativa da literatura; avaliação dos
indicadores empíricos e sua relação com as necessidades humanas básicas por grupo focal
com cinco enfermeiras especialistas; estruturação do instrumento mediante a categorização
dos indicadores; validação de forma e conteúdo do instrumento pelos especialistas, por
meio da técnica Delphi; e aplicação e desenvolvimento das afirmativas de diagnóstico e
intervenções de enfermagem. A coleta de dados da primeira etapa ocorreu nos meses de
janeiro a março de 2013 nas bases de dados Scopus, Cinahl, Pubmed, Cochrane, e no
periódico Journal of Midwifery and Women’s Health. A segunda, terceira e quarta etapas se
realizaram nos meses de maio a outubro de 2013. Participaram doze e sete especialistas na
primeira e segunda rodada de avaliação respectivamente. A seleção dos especialistas
ocorreu pela Plataforma Lattes mediante os seguintes critérios de inclusão: ser enfermeiro
(a) docente e especialista em enfermagem obstétrica. A consulta a estes profissionais se
deu via email e, ao aceitarem participar da pesquisa, assinaram um Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido. A pesquisa obteve aprovação da Comissão de Ética em
Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, sob o protocolo nº 184.241 e
Certificado de Apresentação para Apreciação Ética nº 11674112.3.0000.5537. Para análise
dos dados da primeira etapa, utilizou-se a estatística descritiva e os resultados
apresentados em forma de tabelas. Nesta etapa, identificou-se 97 indicadores empíricos e,
quando relacionados com as necessidades humanas básicas, 46 desses encontravam-se
nas necessidades psicobiológicas, 51 nas psicossociais e 01 nas necessidades
psicoespirituais. Com relação à segunda e terceira etapas, os dados passaram por um
processo de categorização e análise pelo Índice de Validade de Conteúdo. Os indicadores
obtiveram um índice de validação de 100%. Na parte de avaliação da puérpera, os itens não
validados foram excluídos do instrumento. Os demais itens obtiveram índice acima de 70%,
sendo, portanto, o instrumento validado. O instrumento para a consulta de enfermagem é
constituído de dados de identificação da puérpera, dados de avaliação das necessidades
humanas da puérpera e itens do cuidado de enfermagem. Na versão final foram
selecionados 73 Diagnósticos de Enfermagem e 155 Intervenções de Enfermagem a partir
da categorização dos indicadores empíricos validados na segunda e terceira etapas do
estudo. Com a conclusão do estudo, o enfermeiro disporá de um instrumento para
sistematização da assistência à puérpera na atenção básica. Além disso, o documento
servirá como ferramenta para o ensino e a pesquisa em enfermagem obstétrica.
Descritores: enfermagem obstétrica; período pós-parto; cuidados de enfermagem; coleta de
dados.
ABSTRACT
MAZZO, M. H. S. da N. Elaboration and Validation of a tool for nursing consultation of
puerperal women in the primary care scope. 2013. 177 pages. Thesis (Doctorate) – PostGraduation Nursing Program, Federal University of Rio Grande do Norte, Natal-RN, 2013.
This research aimed at developing and validating a tool to systematize the nursing care for
puerperal women within in the primary care scope. It was built based on the
Horta's basic human needs theory, on the Standardization of an International Set of Essential
Nursing Data and on the Nomenclature of nursing diagnoses and interventions developed
from the outcomes of the International Classification for Nursing Practices. This is
methodological study that was conducted in five steps: identification of empirical indicators
related to the puerperal woman by means of integrative literature review; evaluation of
empirical indicators and their relationship to basic human needs by means of a focus group
with five specialist nurses; structuring of the tool through the categorization of indicators;
validation of form and content of the tool by experts, through the Delphi technique and, lastly,
the application and development of affirmative of diagnosis and nursing interventions. The
data collection of the first stage took place in the period from January to March 2013 in the
databases Scopus, CINAHL, PubMed, Cochrane, and in the Journal of Midwifery and
Women's Health. The second, third and fourth steps were conducted in the period from May
to October 2013. Twelve and seven specialists participated in the first and second evaluation
rounds respectively. The specialists were selected by the Lattes Platform upon the following
criteria: being a teaching nurse and being a specialist in midwifery. They were consulted
through e-mail address and, when agreeing to participate in the study, signed a Free and
Informed Consent Form. The study was approved by the Research Ethics Committee from
the Federal University of Rio Grande do Norte, under protocol nº 184.241 and Certificate of
Presentation and for Ethical Consideration nº 11674112.3.0000.5537. The data from the first
step were analyzed by means of descriptive statistics and the outcomes were presented in
tables. This step has identified 97 empirical indicators and, when related to basic human
needs, 46 of these were situated in the psychobiological needs, 51 in the psychosocial needs
and 01 in the psychospiritual needs. Regarding the second and third steps, the data went
through a process of categorization and analysis by the Content Validity Index. The
indicators obtained a validation index of 100%. As for the evaluation of puerperal women, the
non-validated items were excluded from the tool at stake. The remaining items reached a
rate above 70% and, therefore, the tool was validated. The tool for nursing consultation is
composed of identification data of the puerperal woman, evaluation data of the human needs
of the puerperal woman and items of nursing care. In the final version, 73 Nursing Diagnoses
and 155 Nursing Interventions were selected from the categorization of empirical indicators
identification validated in the second and third stages of the study. With the completion of the
study, the nursing professional will have a tool for systematization of the care for the
puerperal woman in primary care. Furthermore, the document will serve as a tool for
teaching and research in midwifery.
Descriptors: Midwifery; Puerperal Period; Nursing Care; Data Collection.
RESUMEN
MAZZO, M. H. S. da N. Elaboración y validación de un instrumento para consulta de la
enfermería a la puérpera en el marco de la atención básica. 2013. 177 págs. Tesis
(doctoral) - Programa de Posgrado en Enfermería, Universidad Federal de Rio Grande do
Norte, Natal, RN, Brasil, 2013.
El objetivo de esta investigación fue desarrollar y validar un instrumento para sistematizar la
atención de la enfermería a la puérpera en el marco de la atención básica. Fue construido
con base en la Teoría de las Necesidades Humanas Básicas de Horta, en la
Estandarización de un Conjunto Internacional de Datos Esenciales en Enfermería y en la
nomenclatura de diagnósticos e intervenciones de enfermería desarrollada a partir de los
resultados de la Clasificación Internacional para las Prácticas de Enfermería. El estudio fue
de tipo metodológico y llevado a cabo en cinco etapas: identificación de los indicadores
empíricos relativos a la puérpera a través de la revisión integral de la literatura; evaluación
de los indicadores empíricos y su relación con las necesidades humanas básicas a través de
un grupo focal con cinco enfermeras especialistas; estructuración del instrumento a través
de la categorización de los indicadores; validación de la forma y el contenido del instrumento
por las especialistas a través de la técnica Delphi; y aplicación y desarrollo de las
declaraciones de diagnóstico e intervenciones de enfermería. La recopilación de datos de la
primera etapa ocurrió en los meses de enero a marzo de 2013 en las bases de datos
SCOPUS, CINAHL, PUBMED y COCHRANE y en el periódico Journal of Midwifery and
Women's Health. La segunda, tercera y cuarta etapas se llevaron a cabo en los meses de
mayo a octubre de 2013. Participaron doce especialistas en la primera ronda de evaluación
y siete en la segunda. Los jueces/especialistas fueron seleccionados en la Plataforma Lattes
utilizando los siguientes criterios: ser enfermero profesor y ser especialista en enfermería
obstétrica. Estos fueron consultados vía correo electrónico y al aceptar participar en la
investigación firmaron un término de consentimiento libre e informado. La investigación fue
aprobada por el Comité de Ética en Investigación de la Universidad Federal de Rio Grande
do Norte, con el Protocolo N° 184.241 y Certificado de Presentación para Apreciación Nº
11674112.3.0000.5537. Los datos de la primera etapa se analizaron mediante estadística
descriptiva y los resultados fueron presentados en forma de tablas. En esta etapa se
identificaron 97 indicadores empíricos y cuando se los relacionó con las necesidades
humanas básicas, 46 de ellos estaban en las necesidades psicobiológicas, 51 en las
psicosociales y uno en las necesidades psicoespirituales. Con respecto a la segunda y
tercera etapas, los datos fueron sometidos a un proceso de categorización y análisis por
medio del índice de Validez de Contenido. Los indicadores obtuvieron un índice de
validación de 100%. En la evaluación de la puérpera, los ítems no validados fueron
excluidos del instrumento. Los otros ítems obtuvieron un índice arriba de 70% siendo, por lo
tanto el instrumento validado. El instrumento para la consulta de enfermería está constituido
por datos de identificación de la puérpera e ítems del cuidado de enfermería. En la versión
final fueron seleccionados 73 diagnósticos de enfermería y 155 intervenciones de
enfermería a partir de la categorización de los indicadores empíricos validados en la
segunda y tercera etapas del estudio. Con la finalización del estudio, el enfermero tendrá un
instrumento para la sistematización de la asistencia a la puérpera en la atención básica.
Además, el documento servirá como una herramienta para la enseñanza y la investigación
en enfermería obstétrica.
Palabras clave: enfermería obstétrica; período postparto; atención de enfermería;
recopilación de datos.
LISTA DE FIGURAS
Figura
Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 8 -
Figura 9 -
Título
Pág.
Etapas do Processo de Enfermagem
Resumo esquemático da caracterização das categorias do
CIDEE de acordo com Werley e Lang, 1988
Esquema da trajetória metodológica do estudo
Esquema das etapas da Revisão Integrativa da literatura
científica. Baseado em Souza,Silva e Carvalho, 2010
Diagrama do processo de seleção dos estudos por base de
dados para a revisão integrativa
Estrutura de formação do Grupo Focal
Estrutura base da Técnica Delphi
Primeira e segunda parte da segunda versão do instrumento
para consulta de enfermagem à puérpera na atenção básica.
Natal, Rio Grande do Norte, 2013
Terceira parte da segunda versão do instrumento para consulta
de enfermagem à puérpera na atenção básica. Natal, Rio
Grande do Norte, 2013
35
40
47
54
56
62
74
79
91
LISTA DE QUADROS
Quadro
Quadro - 1
Quadro - 2
Quadro - 3
Quadro - 4
Quadro - 5
Quadro - 6
Quadro - 7
Quadro - 8
Quadro - 9
Quadro - 10
Título
Pág.
Classificação das necessidades humanas básicas de Horta
Classificação das necessidades humanas básicas segundo
Garcia e Cubas, 2012
Distribuição dos indicadores empíricos segundo as
necessidades psicobiológicas afetadas das puérperas de
acordo com o consenso do Grupo Focal. Natal, 2013
Distribuição dos indicadores empíricos segundo as
necessidades psicossociais afetadas das puérperas de
acordo com o consenso do Grupo Focal. Natal, 2013
Categorização dos Indicadores Empíricos das necessidades
humanas afetadas das puérperas de acordo com Garcia e
Cubas, 2012. Natal, 2013
Concordância dos especialistas quanto à pertinência e ao
conteúdo dos itens que compõe a primeira versão do
instrumento Natal, 2013
Concordância dos especialistas quanto à pertinência e ao
conteúdo dos itens que compõe a segunda versão do
instrumento. Natal, 2013
Concordância dos especialistas quanto à sugestão de
inclusão e exclusão de itens do instrumento Natal, 2013
Seleção dos diagnósticos de enfermagem de acordo com os
indicadores empíricos validados no estudo
Seleção das intervenções de enfermagem de acordo com os
indicadores empíricos validados no estudo e diagnósticos de
enfermagem
32
33
64
65
68
70
76
77
81
83
LISTA DE TABELAS
Tabela
Tabela 1
Tabela 2
Título
Pág.
Distribuição dos indicadores empíricos segundo as
necessidades humanas afetadas das puérperas no nível
psicobiológico e a frequência com que aparecem de acordo
com a revisão de literatura. Natal, 2013
Distribuição dos indicadores empíricos e sua relação com as
necessidades humanas afetadas das puérperas no nível
psicossocial de acordo com a revisão de literatura. Natal, 2013
57
58
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABEn
Associação Brasileira de Enfermagem
CE
Consulta de Enfermagem
CEP
Conselho de Ética em Pesquisa
CIDEE
Conjunto Internacional de Dados Essenciais em Enfermagem
CIE
Conselho Internacional de Enfermeiros
CIPE®
Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem
CIPESC®
Classificação Internacional das Práticas em Enfermagem de Saúde
Coletiva
COFEN
Conselho Federal de Enfermagem
DE
Diagnóstico de Enfermagem
ICN
Internacional Council of Nurses
IE
Intervenções de Enfermagem
IES
Indicadores Empíricos
MS
Ministério da Saúde
NMDS
Nursing Minimum Data Set
OMS
Organização Mundial de Saúde
PACS
Programa de Agentes Comunitários de Saúde
PAISM
Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher
PE
Processo de Enfermagem
PHPN
Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento
PSF
Programa de Saúde da Família
PSMI
Programa Nacional de Saúde Materno-Infantil
PSSI
Primeira Semana de Saúde Integral
SAE
Sistematização da Assistência de Enfermagem
SUS
Sistema Único de Saúde
TCLE
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
TNHB
Teoria das Necessidades Humanas Básicas
UFRN
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
USF
Unidade de Saúde da Família
SUMÁRIO
PAG.
1
INTRODUÇÃO
2
REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Período Pós-parto
2.2 Modelo Teórico de Horta
2.2.1 Teoria das Necessidades Humanas Básicas
2.2.2 A Teoria das Necessidades Humanas segundo Garcia e Cubas (2012)
2.3 Sistematização da Assistência de Enfermagem
2.3.1 Processo de Enfermagem
2.3.2 Padronização de um Conjunto Internacional de Dados Essenciais em
Enfermagem
2.3.3 Classificação Internacional para a prática de Enfermagem CIPE®
3
METODOLOGIA
3.1 Tipo de Estudo
3.2 Elaboração do Instrumento para Consulta de Enfermagem à puérpera na
13
24
24
29
29
32
34
34
38
41
46
46
46
atenção básica
3.3 População e Amostra
3.4 Análise dos dados
3.5 Preceitos éticos da pesquisa
4
RESULTADOS E DISCUSSÂO
4.1 Apresentação dos resultados
4.1.1 Resultado da 1ª etapa: Identificação dos indicadores empíricos das
necessidades humanas nos níveis psicobiológico, psicossocial e
psicoespiritual da puérpera mediante revisão integrativa da literatura científica
4.1.2 Resultado da 2ª etapa: Avaliação da primeira versão do instrumento:
Indicadores empíricos e sua relação com as necessidades humanas por meio
do consenso de um grupo focal
4.1.3 Resultado da 3ª etapa: Estruturação do instrumento mediante a
categorização dos indicadores e avaliados por meio de grupo focal
4.1.4 Resultado da 4ª etapa: Validação do conteúdo e forma da segunda
versão do instrumento pelas especialistas por meio da Técnica Delphi
4.1.5 Resultado da 5ª etapa: Estruturação da versão final do instrumento
mediante a aplicação e desenvolvimento dos enunciados de
diagnóstico/resultados e intervenções de enfermagem
5
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
APÊNDICES
ANEXOS
48
48
49
51
52
52
60
67
72
80
99
102
116
168
Fonte: Amanda Greavette (2011)
A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu, mas pensar o que ninguém
ainda pensou sobre aquilo que todo mundo vê.
(Arthur Schopenhauer)
13
Fonte: Amanda Greavette (2011)
1. Introdução
14
A mulher durante o seu percurso de vida vivencia situações peculiares ao
ser feminino. Dentre estas, destaca-se o período gravídico-puerperal, que se
estende da prenhez até o pós-parto. Ressaltando o pós-parto, também conhecido
como puerpério, é uma fase que se inicia com o descolamento da placenta após o
nascimento da criança até o retorno da ovulação e da função reprodutiva da mulher,
durando em média de seis a oito meses (COREN, 2012).
O puerpério é um período complexo pelo entrelaçamento dos aspectos
biológicos, psicológicos, comportamentais, relacionais, socioculturais, econômicos e
por questões de gênero. Além disso, é no puerpério que se exacerbam as
demandas da maternidade, resultando em importantes mudanças no estilo de vida
das mulheres e do casal que perpassam pelo relacionamento afetivo e sexual.
(CABRAL; OLIVEIRA, 2010).
Durante a fase puerperal, a mulher experimenta um estado de
ajustamento devido às alterações biológicas, psicológicas e sociais impostas pela
gestação e o parto, colocando-a em situação de vulnerabilidade. Entretanto, os
cuidados dispensados à puérpera, na maioria das vezes, se restringem às
orientações durante a sua permanência no ambiente hospitalar. Ao retornar a seu
domicílio, depara-se com a realidade de uma assistência mínima. As ações dos
profissionais de saúde se restringem a uma visita domiciliar nos primeiros dias e
uma consulta com 40 dias pós-parto. Todavia, a puérpera vivencia sobreposição de
papéis como mãe, companheira e dona de casa, os quais, somados à difícil situação
socioeconômica, a deixa vulnerável a risco oriundo do estado gravídico puerperal
(MAZZO, 2012).
Nesse contexto, é oportuno ressaltar que, no Brasil em 2010, foram
investigados 74% do total de óbitos maternos e, desses, 56% ocorreram no pósparto. Dessa forma, atesta-se que as mortes maternas são por causas obstétricas
diretas ou indiretas. As diretas resultam de complicações advindas de intervenções,
omissões, tratamento incorreto ou de uma cadeia de eventos associados a qualquer
um desses fatores, seja na gravidez, no parto ou no puerpério. As causas indiretas
derivam de doenças preexistentes, quando agravadas pelos efeitos fisiológicos da
gestação, das doenças intercorrentes e das complicações gravídicas (BRASIL,
2012a).
15
Sobre o assunto, Zanotti et al. (2003), estudando 55 puérperas,
constataram que 12% apresentavam tristeza pós-parto e 20% transtornos
depressivos. Esse agravo ultrapassou o esperado na literatura, em que é admissível
uma incidência de 10 a 15% dos casos. Tais achados levam ao entendimento de
que alterações dessa natureza podem ser identificadas precocemente e ter seus
efeitos reduzidos na saúde mental da puérpera. O reconhecimento dos sinais e
sintomas desses problemas e o encaminhamento da mulher a um serviço
especializado atenuará o agravamento do quadro clínico e possíveis complicações.
Para isto, considera-se que uma assistência sistematizada torna-se imperativa no
âmbito dos cuidados puerperais na atenção básica de saúde.
A assistência à mulher no puerpério em unidades da rede básica requer
discussão e ações efetivas para alcançar a humanização dos cuidados como um
passo para a integralidade no atendimento à puérpera. Os serviços de saúde
reconhecem que a consulta puerperal tem baixíssima frequência e é pouco
valorizada pelos profissionais de saúde. Consideram uma atividade necessária,
porém admitem a ausência de estratégia para sua realização. Apontam, ainda, a
baixa procura das mulheres por consultas para revisão puerperal, constituindo falha
no planejamento e na execução da assistência (ALMEIDA; SILVA, 2008).
Assim sendo, faz-se necessário a assistência qualificada e realizada de
forma holística. Nessa perspectiva, cabe ao profissional identificar, atender ou
buscar formas de adaptação aos problemas de saúde da mulher no pós-parto. Em
razão disso, considera-se fundamental a avaliação de suas necessidades e o
estabelecimento de uma assistência com vistas a prevenir complicações. Estas
representam agravos à saúde feminina, pois correspondem a processos mórbidos,
que, como consequência de tais doenças, em alguns casos, evoluem para a morte.
Dado ao reconhecimento das peculiaridades da mulher nesse período, o
Ministério da Saúde (MS), no âmbito das políticas públicas, tem-se preocupado com
a população feminina. Implementou medidas que subsidiam ações de trabalhadores
em saúde, visando prestar uma assistência de qualidade a este grupo populacional.
Nesse sentido, vários programas têm sido implantados com o objetivo de diminuir as
taxas de mortalidade materna e infantil. Dentre esses, destacam-se o Programa
Nacional de Saúde Materno-Infantil (PSMI) na década de 1970, o Programa de
Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) nos anos de 1980, o Programa de
16
Humanização do Pré-Natal e Nascimento (PHPN) em 2000 e, o mais recente em
2011, a Primeira Semana de Saúde Integral (PSSI) por meio da Rede Cegonha.
É válido lembrar que a Rede Cegonha adota uma estratégia, pela qual
são realizadas atividades na atenção à saúde de puérperas e recém-nascidos. A
iniciativa prever um novo modelo de assistência ao parto, nascimento e à saúde da
criança, com garantia de acesso, acolhimento, resolubilidade e redução da
mortalidade materna como também neonatal. No entanto, observa-se que, em
relação ao puerpério, a assistência integral à mulher e familiares ainda é algo a ser
considerado nesse novo modelo de assistir e cuidar.
No cotidiano dos serviços de saúde, as ações dirigidas à puérpera são
voltadas basicamente para o aconselhamento do planejamento familiar, cuidados
com o recém-nascido e aleitamento materno. Ademais, essas ações não ocorrem de
forma integral nem sistematizada como também não são norteadas pelo modelo
biomédico de assistência. Conforme o MS, a atenção à puérpera envolve um retorno
da mulher e do recém-nascido ao serviço de saúde, uma visita domiciliar entre 7 a
10 dias de puerpério e uma consulta médica ou de enfermagem com 42 dias pósparto (BRASIL, 2012). No âmbito desses cuidados, observa-se a inexistência de
instrumento sistematizado que documente os passos da consulta de enfermagem à
puérpera no âmbito da atenção básica em saúde. Entretanto, convém lembrar que,
no desempenho dessa atividade, o profissional dispõe de um roteiro adotado pelo
MS por ocasião da PSSI como forma de instruir as ações desempenhadas junto à
puérpera e ao recém-nascido.
Esse documento tem como objetivo: avaliar o estado de saúde da mãe e
recém-nascido; orientar e apoiar a família para a amamentação; orientar os cuidados
básicos com o recém-nascido; avaliar a interação da mãe com o recém-nascido;
identificar situações de risco ou intercorrências e tomar as devidas providências.
Além disso, visa orientar o planejamento familiar e agendar consulta de puerpério
até 42 dias após o parto. Todavia, esse documento pouco contempla questões
voltadas para as necessidades humanas da puérpera (BRASIL, 2012).
É oportuno ressaltar que, na avaliação da pesquisadora, a assistência
puerperal na atenção básica ocorre de modo assistemático. A (o) profissional,
sobretudo a (o) enfermeira (o), no atendimento à puérpera, constrói seu próprio
roteiro de consulta pós-parto. Dessa forma, fica sob sua responsabilidade julgar o
17
que é importante ser observado, avaliado, ou questionado à mulher. Tendo em vista
a carência de critérios legítimos a serem considerados na atenção à puérpera, a
assistência prestada no momento da consulta puerperal adquire uma característica
assistemática.
Sob esse aspecto, a criação de um instrumento voltado para a assistência
sistematizada à puérpera no contexto da atenção básica poderia dar mais
visibilidade para o agir da Enfermagem. E, sobretudo, possibilitar uma atuação mais
assertiva, de acordo com as reais necessidades dessa população. Nesta
perspectiva, chama-se atenção para a formação da (o) enfermeira (o), a qual deve
partir de uma visão integral da mulher em pós-parto no seu contexto sociocultural e
familiar (VIEIRA et al., 2010).
A realidade da atenção à puérpera se distancia do preconizado pelo
exercício da profissão de Enfermagem por meio de seus órgãos de classe e das leis
que a regulamenta. A Consulta de Enfermagem (CE) por ser uma atividade privativa
da (o) enfermeira (o) precisa estar inserida nesse novo modelo de assistência. No
contexto da CE, o enfermeiro planeja, executa e registra suas ações. Essa
metodologia dá visibilidade e independência ao trabalho da (o) enfermeira (o) como
integrante da equipe de saúde. Ademais, o profissional que exerce suas funções
assistenciais por meio da CE oferece qualidade à assistência prestada ao seu
cliente. Tratando-se da puérpera, a falta de sistematização da assistência de
enfermagem tende a manter inertes necessidades, que podem ter repercussões
desfavoráveis ao estado de saúde da população feminina.
Nesse cenário, a (o) enfermeira (o) no exercício de sua profissão precisa
acompanhar as transformações dos modelos assistenciais ocorridas no sistema de
saúde brasileiro. Tradicionalmente, o foco da atenção ao cuidado e à doença era
curativo, atendia a demandas espontâneas, resultando em uma assistência menos
contínua e distante da integralidade, pois tinha como centro o contexto hospitalar.
Atualmente, busca-se atentar à família, na perspectiva da prevenção, promoção e
recuperação da saúde.
Considerando essa forma de atenção à saúde, o MS, por meio de suas
políticas públicas, implantou em 1994, o Programa Saúde da Família (PSF) que
posteriormente passou a ser chamado de Estratégia Saúde da Família (ESF). Surgiu
a partir da experiência acumulada pelo Programa de Agentes Comunitários de
18
Saúde (PACS), com o propósito de superar o modelo tradicional de assistência à
saúde, marcado pelos serviços hospitalares, no atendimento médico e na ação
curativa (BRASIL, 2008).
No contexto da ESF, a atenção à saúde é operacionalizada por meio do
modelo assistencial de equipes multiprofissionais, com ênfase para as competências
gerais e específicas do enfermeiro. Essa estratégia não se atem apenas a
prevenção e tratamento de doenças, mas considera o indivíduo em sua
singularidade, complexidade, integralidade e necessidade de inserção sociocultural
(SILVA; LANDIM, 2012).
Diante desse novo paradigma de reorganização da atenção básica à
saúde, a (o) enfermeira (o) vem desempenhando um papel diferenciado na equipe a
que pertence. A sua prática diz respeito a uma reestruturação e exige dele atuação
sistematizada na integralidade do cuidado. Ademais, a partir da busca de
conhecimentos em pesquisa, a (o) enfermeira (o) adquire subsídios que lhes
conduzirão a novos processos de trabalho, novos modos de inserção nos espaços
comunitários, bem como novas diretrizes na avaliação dos resultados desse modelo
(TANNURE; PINHEIRO, 2011).
A (o) enfermeira (o), por ter papel articulador nas equipes de saúde da
família, é capaz de atuar como agente de mudança em busca da consolidação de
novas práticas de saúde. Porém, essas práticas devem estar voltadas à
integralidade das ações e comprometidas com as necessidades de saúde da
população. Nessa perspectiva, faz-se necessário que o profissional atue, sobretudo
no âmbito da educação, planejamento, organização e avaliação das ações de saúde
e consulta de enfermagem (ARAÚJO, 2005; COLOMÉ; LIMA, 2006).
Nesse sentido, a Enfermagem no transcurso das décadas buscou
consolidar-se enquanto ciência. A profissão abandonou seu modo empírico de agir,
avançou na profissionalização, organização e criação de conhecimentos que
embasam a sua prática. No intuito de aprimorar a sua essência, o cuidado ao ser
humano, tecnologias da assistência tem sido desenvolvidas com a finalidade de
organizar e sistematizar as ações desempenhadas pela (o) enfermeira (o).
Entretanto, as ações da Enfermagem na realidade das instituições de
saúde são centradas basicamente no cumprimento de recomendações de outros
19
profissionais, principalmente, prescrições médicas. Os cuidados e os registros dos
dados relativos ao receptor da atenção, muitas vezes, são delegados a outro
membro da equipe de enfermagem que não o enfermeiro.
Nessa linha de discussão, faz-se lembrar de que, ao longo do tempo,
várias teorias têm sido desenvolvidas no âmbito da Enfermagem visando subsidiar
sua prática. Assim, a partir da aplicação das teorias de enfermagem, dá-se o
Processo de Enfermagem (PE). O PE é um instrumento metodológico utilizado para
administrar o cuidado de enfermagem. Por meio dele, é possível identificar a
necessidade do paciente que requeira intervenção profissional, como também,
avaliar a sua eficácia (GARCIA; NÓBREGA, 2009). Ao utilizar o PE, a (o) enfermeira
(o) assiste ao cliente, identifica os problemas de saúde e tem uma melhor direção
em suas decisões. Além disso, confere identidade, autonomia profissional, respaldo
legal de suas ações e maior vínculo entre o profissional, o indivíduo, a família ou a
comunidade.
Essa metodologia que norteia o trabalho do enfermeiro foi introduzida no
Brasil em 1960, por Dra. Wanda de Aguiar Horta. Essa teórica definiu o PE como
sendo [...] dinâmica das ações sistematizadas e inter-relacionadas, cujo foco é
prestar assistência ao ser humano (HORTA, 2011, p.34). Com relação a essa forma
de assistir, em 1971, Horta, apresentou as etapas do PE, as quais envolvem:
histórico, diagnóstico, plano assistencial, prescrição, evolução e prognóstico de
enfermagem, que passaram a partir de então a serem amplamente divulgadas.
A recente atualização do livro Processo de Enfermagem, de Horta,
realizada por Brigitta Castellanos, refere que, nos Estados Unidos, o PE é
largamente utilizado e os serviços de auditoria valorizam sua aplicação e creditam
às instituições que o adotam como metodologia. Entretanto, no Brasil, a implantação
desse modo assistencial durante a consulta de enfermagem ainda é incipiente
(HORTA, 2011).
O PE organiza o trabalho profissional em três sentidos: metodológico,
pessoal e instrumental. É norteador do cuidado e da documentação da prática do
enfermeiro. Nesse sentido, em 15 de outubro de 2009, a Resolução 358/2009
determinou a implantação do PE em todas as unidades de saúde públicas e
privadas, nas quais ocorre o cuidado profissional de enfermagem (COFEN, 2009).
20
Ainda com referência à Resolução nº 358/2009, o PE deve ser baseado
em um suporte teórico que oriente a execução de suas cinco fases, cabendo à (ao)
enfermeira (o) a liderança no desenvolvimento e avaliação deste. Do mesmo modo,
a Resolução nº 429 de 2012 determina que na execução do PE o registro formal
contemple um resumo dos dados coletados, os diagnósticos de enfermagem, as
ações ou intervenções de enfermagem
em decorrência dos diagnósticos
identificados, bem como os resultados alcançados na assistência prestada à pessoa,
família ou coletividade (COFEN, 2009; COFEN 2012).
Quando realizado em instituições prestadoras de serviços ambulatoriais
de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, entre outros, o PE é
denominado nesses ambientes como Consulta de Enfermagem (CE). Outrossim, o
decreto nº 94.406/87, que regulamenta a Lei 7498/86, que dispõe sobre exercício da
profissão de enfermagem, estabelece em seu Artigo 8°, inciso I, que a CE é uma
atividade privativa do enfermeiro (COFEN, 1986; 1987). Porém, ainda não está
totalmente implementada nas instituições de saúde sejam elas públicas ou privadas.
Isto leva a acreditar que a CE não é valorizada como uma atividade importante na
assistência à saúde.
No cenário da atenção básica, a (o) enfermeira (o), ao exercer suas ações
junto aos clientes da ESF, desenvolve diversas atividades. Dentre elas, destacamse: consultas de enfermagem, solicitação de exames complementares e prescrição
de medicamentos, conforme as disposições legais da profissão e os protocolos ou
outras normativas técnicas estabelecidas pelo Ministério da Saúde, gestores
estaduais, municipais ou Distrito Federal. Soma-se ainda, a assistência integral às
pessoas e famílias e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais
espaços comunitários (BRASIL, 2012b).
Nesse âmbito, as bases de dados de produtividade da (o) enfermeira (o)
na atenção básica têm demonstrado pouco registro que comprove a efetividade da
prática desse profissional voltada para o cuidado. A Enfermagem é dotada de
conhecimentos técnico-científicos e é capaz de assistir ao indivíduo, família ou
comunidade nas ações educativas e de promoção à saúde de seus clientes. Por
meio da CE, o profissional dá resolubilidade à assistência prestada ao usuário, e traz
para si, um caráter profissional e define sua competência. Neste sentido, esforços
21
têm sido empreendidos no intuito de uniformizar a linguagem de enfermagem por
meio da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®).
Para tanto, faz-se necessário reunir os termos adotados com vistas a
designar os fenômenos, as ações e os resultados pelos quais a (o) enfermeira (o) é
responsável. Isto tem sido motivo de interesse de organizações nacionais e
internacionais da profissão. No Brasil, frente à necessidade de uma proposta
visando ao desenvolvimento de uma classificação, que descrevesse os elementos
da prática de enfermagem na área de saúde coletiva, a Associação Brasileira de
Enfermagem (ABEn) instituiu, em 1996,em parceria com o CIE,
o Projeto de
Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva CIPESC® (ALBUQUERQUE; CUBAS, 2005).
Concernente a este estudo, na construção do instrumento da SAE,
utilizou-se a nomenclatura de diagnósticos e intervenções de enfermagem da CIPE®
por se tratar de uma metodologia relevante para a (o) enfermeira (o) no seu
exercício profissional. Também foram empregados os resultados do projeto
CIPESC® desenvolvido em Curitiba por enfermeiras associadas à ABEn e os termos
da nomenclatura CIPE® adotados por Garcia e Cubas (2012).
Assim, a puérpera é vista de modo holístico em seu contexto biológico,
familiar, social, econômico, emocional, afetivo e espiritual. Diante dos problemas
encontrados, traçou-se a prescrição dos cuidados, objetivando atender as
necessidades afetadas em nível de atenção básica. Pois, além de permitir uma
linguagem uniformizada em âmbito da saúde, a CIPE® possibilita documentar os
aspectos relativos à prática profissional e encontra-se relacionada com algumas
fases do processo de enfermagem. Neste, destacam-se três componentes básicos
para a classificação dessa prática: diagnósticos de enfermagem (estado do cliente,
problemas, necessidades, potencialidades), intervenções (ações) e resultados.
Outrossim, foi utilizado, como base na construção do instrumento, o
Conjunto Internacional de Dados Essenciais em Enfermagem (CIDEE) que o divide
em três categorias, quais sejam: Itens demográficos dos clientes, Itens do cuidado
de enfermagem e itens do serviço (WERLEY et al., 1991). Entretanto, as
necessidades psicobiológicas, psicossociais e psicoespirituais foram classificadas
tendo como embasamento a Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Horta
(TNHB) (HORTA, 2011).
22
Alguns aspectos despertaram o interesse em desenvolver este estudo,
quais sejam:
 o período puerperal por ser uma fase de risco requer uma
assistência qualificada tendo como base a melhoria das condições de
saúde da mulher e família;
 a necessidade de desenvolver uma metodologia de
assistência de enfermagem sistematizada à puérpera no âmbito da
atenção básica;
 a lacuna bibliográfica existente acerca de instrumentos
que norteiem a ação do cuidado de enfermagem à puérpera após a
alta hospitalar.
Dessa forma, considerou-se relevante a elaboração e validação de um
instrumento com devido rigor científico que se apresente como documento da
assistência de enfermagem à puérpera no âmbito das unidades básicas de saúde.
Ressalta-se que a validação do referido instrumento foi de conteúdo e forma. Na
concepção de Polit e Beck (2011), a validação de conteúdo aponta em que medida o
instrumento possui itens suficientes para medir o construto específico e contemplar
seu domínio.
O
estudo
teve
como
objetivo
construir
um
instrumento
para
documentação da assistência de enfermagem à puérpera no âmbito da atenção
básica em saúde. Partiu-se da hipótese de que o nível de concordância acima de
70% entre as enfermeiras que fizeram parte do painel de especialistas validou o
instrumento de assistência de enfermagem à puérpera após a alta hospitalar.
Convém salientar que embora a proposta se caracterize como uma
tecnologia da Enfermagem faz-se pertinente considerá-la na linha de pesquisa
Vigilância Epidemiológica em Saúde, pois se trata de um documento que visa
à
sistematização
da
assistência
à puérpera.
Assim
sendo,
diferentes
aspectos foram abordados na perspectiva da promoção da saúde e na
prevenção de agravos à mulher no período puerperal.
23
Fonte: Amanda Greavette (2011)
2. Referencial teórico
24
A fundamentação teórica deste estudo foi elaborada com base nas
alterações ocorridas no organismo da mulher durante o período pós-parto, no
Modelo Conceitual de Horta - a Teoria das Necessidades Humanas Básicas, na
Importância da Padronização de um Conjunto Internacional de Dados Essenciais em
Enfermagem, na nomenclatura de diagnósticos/resultados e intervenções de
enfermagem desenvolvida a partir da Classificação Internacional para a Prática de
Enfermagem (CIPE®).
2.1. Período pós-parto
O puerpério tem início após o parto e nele se desenvolvem todas as
alterações involutivas e de recuperação da genitália materna, e a mulher retorna ao
seu estado anterior à gravidez. Este período é dividido em três fases: imediato que
corresponde ao período do 1º ao 10º dia pós-parto, tardio do 11º ao 25º dia, e
remoto, de término impreciso (MONTENEGRO; FILHO, 2008).
As transformações que ocorrem no puerpério têm a função de
restabelecer o organismo da mulher à situação não gravídica. Estas ocorrem quanto
aos aspectos anátomos-fisiológicos, aspectos psíquicos no estabelecimento da
lactação, e também pela interação mãe-filho e familiares (OLIVEIRA; MONTICELLI;
BRÜGGEMANN, 2002). Para apresentação das modificações do organismo materno
durante o pós-parto, foram utilizadas fontes clássicas da área obstétrica
(MONTENEGRO; FILHO, 2008; OLIVEIRA; MONTICELLI; BRÜGGEMANN, 2002;
NEME, 1995; DELASCIO; GUARIENTO, 1987; ZIEGEL; CRANLEY, 1985). As
alterações são com relação à:
o Modificações locais: são as modificações que ocorrem na
involução uterina e de recuperação da genitália materna.
o Modificações gerais: são as que ocorrem de modo sistêmico no
organismo materno.
o Eventos Psicossociais: são os ajustamentos e adaptações
psicossociais do puerpério.
2.1.1. Modificações locais - A involução uterina é a diminuição do tamanho do
útero. Após a expulsão da placenta, o útero se contrai a fim de promover sua
25
hemostasia. A consistência uterina torna-se endurecida e de forma globosa. Ao
término do parto, o útero é palpado entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical. Após
algumas horas, situa-se à altura da cicatriz umbilical e, em torno de 12 dias, retorna
à cavidade pélvica. A causa principal da involução é a queda dos níveis de
estrogênio e progesterona, a qual desencadeia a liberação de enzimas proteolíticas
no endométrio. Este processo é decorrente de autólise que transforma o material
protéico das células endometriais em substâncias absorvidas e eliminadas pela
urina. A quantidade das células é preservada, porém há redução do volume
(tamanho) delas. A zona de inserção placentária se regenera em torno da sexta a
oitava semana pós-parto, enquanto toda a espessura do endométrio, entre duas a
três semanas.
A involução torna-se mais lenta na ocorrência de polidrâmnio,
gemelaridade, pós-cesárea, nas puérperas não lactantes e na presença de infecção.
Nas mulheres que amamentam, a involução uterina é mais rápida devido ao reflexo
úteromamário. Durante a amamentação ocorre a estimulação da região mamiloareolar e da glândula mamária pela liberação da ocitocina e pelas contrações
uterinas.
No pós-parto, ocorre a loquiação, as perdas sanguíneas que escoam
pelo trato vaginal chamadas de lóquios. São secreções resultantes de exsudatos,
transudatos, elementos descamados e sangue oriundos da ferida placentária, das
lacerações da vagina e do colo ocorridas com a passagem do feto pela vagina. Os
lóquios são classificados como vermelhos ou sanguinolentos (nos primeiros três a
quatro dias de pós-parto); serosanguinolentos (do terceiro ou quarto dia até o
décimo dia pós-parto); e serosos (após o décimo dia de puerpério).
A quantidade de loquiação perdida durante a primeira semana pós-parto é
de aproximadamente 500 ml. Tem odor característico, semelhante ao da
menstruação e, na presença de odor fétido, sugere infecção.
A vagina apresenta-se edemaciada, arroxeada, congestionada e dilatada
durante as três semanas iniciais do puerpério. O epitélio vaginal se regenera em
torno de seis semanas após o parto. Nas primíparas, os retalhos de hímem –
carúncula himenal - são observados no introito vaginal. Na vulva é comum o
apagamento dos pequenos lábios, o edema e a ocorrência de pequenas lacerações
pela passagem do feto. O colo uterino apresenta-se flácido, lacerado e com bordas
distensíveis. Estas lesões reduzem em sete dias, porém a cérvice não retorna às
26
condições pré-gravídicas. O orifício externo do colo, antes puntiforme, assume uma
forma em fenda irregular e transversa.
2.1.2. Modificações gerais - Quanto ao estado geral da puérpera, esta pode
apresentar ou relatar calafrios, febre, sede, cansaço físico ou fadiga, dificuldades em
sentar ou caminhar nas primeiras horas de pós-parto. A temperatura sofre uma
ligeira elevação até 38°C nos primeiros três dias em decorrência da migração de
micro-organismos para a corrente sanguínea materna pelas soluções de
continuidade havidas no canal do parto. Por ocasião da apojadura do leite, em torno
do terceiro ou quarto dia de pós-parto, a temperatura também se apresenta elevada.
A frequência do pulso está diminuída, em torno de 60 a 70 batimentos por minuto,
entre seis a oito dias, como consequência da diminuição das contrações cardíacas e
da redução do leito vascular após o parto.
As mamas são os únicos órgãos que evoluem durante o puerpério,
sendo, portanto, responsáveis pela lactação. Por ocasião do processo de
aleitamento,
tornam-se
turgescentes,
dolorosas,
secretoras
de
colostro
e
posteriormente de leite. Na primeira semana, podem apresentar-se ingurgitadas,
como consequência de um esvaziamento mamário insuficiente. Na ausência de
cuidado imediato, a mama se avoluma ocasionando desconforto e dor nas
puérperas, simulando um aspecto inflamatório. Em virtude de pega incorreta da
aréola mamária pelo lactente, é comum o surgimento de fissuras que em alguns
casos chegam a sangrar e desse modo dificultam ou até mesmo interrompem o
aleitamento materno.
O peso corporal da puérpera diminui, em média, cinco quilos logo após o
parto pela perda com relação ao feto, a placenta, e líquido amniótico. Entre o sétimo
e décimo dia pós-parto, a mulher perde em torno de três quilos devido à involução
uterina, loquiação, diurese e sudorese.
No sistema sanguíneo ocorrem alterações quanto à diminuição do
volume sanguíneo pela perda sanguínea na dequitação, diminuição do número de
hemácias, leucocitose, elevação das plaquetas, aumento da atividade fibrinolítica e
aumento dos fatores de coagulação, o que predispõe à tromboflebite e embolia.
Estas alterações retornam ao normal em torno de cinco dias a seis semanas pósparto.
27
As alterações no sistema urinário estão relacionadas com o aumento da
capacidade da bexiga e diminuição da sensibilidade à pressão exercida pela urina.
Esta se encontra edemaciada, hiperemiada e com atonia da musculatura da parede
vesical. O meato urinário e os tecidos subjacentes podem apresentar edema,
irritação e traumatismo. Todos estes fatores relacionados podem ocasionar
dificuldade de micção, retenção urinária e incontinência urinária, que expõem a
puérpera a risco de infecção urinária. Estas transformações tendem a regredir ou
desaparecer em torno de seis a 12 semanas.
Concernente ao sistema respiratório ocorre mudança da respiração
costal superior para tóraco abdominal e desaparecimento da dificuldade respiratória
como consequência da descompressão do diafragma após o parto. Com relação ao
sistema tegumentar, há queda de cabelos, sudorese, enfraquecimento das unhas,
que se tornam quebradiças. A hiperpigmentação da pele tem sua redução gradativa,
bem como as estrias, antes de cor violácea, assumem uma cor esbranquiçada.
As manifestações do sistema endócrino são com relação à queda
brusca dos hormônios estrogênio e progesterona, acrescida da manifestação
completa da prolactina, da ocitocina e dos corticoides. Estas alterações são
fundamentais para a produção e ejeção láctea. Em virtude disso, o restabelecimento
da fecundidade nas lactantes ocorre mais tardiamente que as não lactantes, em
torno de seis semanas pós-parto, a depender ainda da frequência e duração da
amamentação.
Com o término da gestação, o estômago, o intestino delgado e o cólon
retornam à sua posição anatômica. Isto favorece o esvaziamento mais rápido do
estômago e retorno das funções intestinais. A obstipação intestinal é frequente
neste período como consequência da morosidade intestinal da gestação, súbita
perda da pressão intra-abdominal, relaxamento ou flacidez da parede abdominal,
repouso físico e dieta, medo da puérpera em evacuar para não romper os pontos da
epsiorrafia e da cicatriz de cesárea, bem como da presença de hemorroidas.
2.1.3. Eventos Psicossociais
Durante o puerpério, transformações de ordem psíquica podem ocorrer
em algumas mulheres. Para Ziegel e Cranley (1985), os eventos psicossociais
28
podem ser mais traumáticos que os eventos fisiológicos. Seus efeitos, quando
presentes, são duradouros e afetam as mulheres e suas famílias.
É necessário um período de três a quatro meses para o desenvolvimento
e ajustamento psicossocial do puerpério. Nesta fase, a puérpera passa pela
adaptação gradual de ser grávida, de não ser mais grávida e ser mãe ao mesmo
tempo. As alterações da rotina familiar e a presença da criança requerem
adaptações de todos os membros da família.
Imediatamente após o parto, a mulher experiencia um momento de
euforia, alegria e sensação de excitamento. Nos primeiros dias de pós-parto, é
frequente a puérpera demonstrar uma passividade e dependência. É a fase de
reabastecimento. Neste momento e por todo o puerpério, é necessário que receba
atenção e educação para a saúde. As puérperas que não recebem apoio afetivo e
social estão mais predispostas à inadaptação da maternidade.
Na transição desta fase, a mulher assume gradualmente uma posição de
independência. Os efeitos dolorosos começam a desaparecer e surge a readaptação
física, falando-se em puérpera que vivenciou um parto normal, pois após uma
cesariana a readaptação é mais lenta. É, nesta ocasião, que a puérpera quer
assumir suas responsabilidades domésticas. É a fase de participação do puerpério.
Nesse período, são comuns as alterações de humor. A responsabilidade de cuidar
de uma criança e de toda a família, especialmente para as primíparas, pode tornar a
puérpera ansiosa. Com o nascimento do filho, algumas mães consideram sua
liberdade cerceada e sentem-se culpadas por isso.
No puerpério, a família precisa reorganizar os papéis, o tempo e as
prioridades. Apesar das demandas familiares e da maternidade, a fim de manter sua
saúde psíquica, a mulher precisa encontrar um tempo para ela mesma. É importante
nesta fase o apoio do companheiro, dos familiares e dos amigos.
No retorno da vida sexual, o relacionamento do casal pode tornar-se
tenso, principalmente se não tinha boa convivência antes da gestação e do parto. A
mulher pode sentir algum desconforto pela dor da episiotomia e/ou hemorroidas,
diminuição da lubrificação vaginal, cansaço, sono prejudicado e amamentação, que
resultem em conflito por ocasião das relações sexuais. Os casais que não desejem
engravidar precisam dispor de método contraceptivo, mesmo que esteja a mulher
amamentando.
29
Diante das alterações impostas pelo período puerperal, a mulher tem
suas necessidades humanas alteradas. Portanto, necessitam de adaptações,
ajustes e assistência de profissionais da saúde, especificamente da Enfermagem,
bem como de pessoas de seu convívio pessoal e familiar. As necessidades
humanas e a metodologia da assistência de Enfermagem são demonstradas por
Horta (1979, 2011) meio de seu modelo conceitual.
2.2. Modelo Conceitual de Horta
2.2.1. A Teoria das Necessidades Humanas Básicas
Com o objetivo de descrever a Enfermagem como uma ciência, Horta,
durante sua trajetória profissional de trinta anos, acumulou observações, aprendeu,
estudou e refletiu. Isso fez com que desenvolvesse uma teoria segundo a qual
pudesse explicar a natureza dessa profissão, definir seu campo de ação específico e
sua metodologia científica. Afirmava que nenhuma ciência podia sobreviver sem
uma filosofia própria. Embora estivesse imperceptível de maneira clara e escrita, a
filosofia científica é percebida quando todos os cientistas estão ligados entre si por
uma unidade de pensamento comum. Nesse sentido, a Enfermagem como um dos
ramos do conhecimento humano não pode prescindir de uma filosofia que lhe
conceda bases para o seu desenvolvimento enquanto ciência. Filosofar segundo
Horta é pensar a realidade, é uma interrogação. Na sua concepção, apesar de
existirem diversos conceitos de filosofia, todos têm em comuns três pontos: o ser, o
conhecer e a linguagem (HORTA, 2011).
Na Enfermagem, distinguem-se os três Seres: o Ser-Enfermeiro, o SerCliente ou Paciente, o Ser-Enfermagem. Nesse sentido, o Ser-Enfermeiro é um ser
humano que assume o compromisso com a Enfermagem. Então, a partir dessa
responsabilidade com a profissão, esse ser adquire conhecimentos e habilidades
tornando-se enfermeiro, cuja sanção é dada pela sociedade que lhe outorga o direito
de cuidar de gente. Por sua vez, o Ser-Cliente ou Paciente pode ser um indivíduo,
família ou comunidade que necessita de cuidados de outros seres humanos. O SerEnfermagem é um ser abstrato que se manifesta na interação e transação do SerEnfermeiro com o Ser-Cliente ou Paciente (HORTA, 2011).
30
No dizer de Horta, o Ser-Enfermeiro, para alcançar os níveis mais elevados
do Ser-Enfermagem, subtranscende e atinge sua plenitude de ação, ou seja, ele vai
além da obrigação do fazer. É estar comprometido e engajado na profissão. Do
mesmo modo, quando se envolve com a pessoa a ser cuidada, por conseguinte, se
deixa usar terapeuticamente, visto oferecer calor humano a outrem. É viver a cada
momento como o mais importante de sua profissão, isto é, aquele em que o (a)
enfermeira (o) ajuda um novo ser a vir ao mundo, a crescer, como também o assiste
durante a morte. (HORTA, 2011).
O Ser-Enfermeiro tem como objeto assistir às necessidades humanas do
indivíduo, os entes da Enfermagem. Essa assistência ocorre em qualquer fase do
ciclo vital do ser humano. A Enfermagem caracteriza-se como ciência quando
descreve os entes, explica-os, relaciona-os entre si e prediz sobre eles. Partindo
desses conceitos, a Enfermagem busca desvelar o ser humano, seja ele indivíduo,
família ou comunidade. Para Horta, a Enfermagem constitui-se como ciência, pois os
fenômenos que estuda são reais e experimentáveis. As teorias existentes exprimem
relações necessárias entre os fatos e os atos; além de que suas conclusões
probabilisticamente explicam as ciências hermenêuticas, as empírico-formais e a
formal ou positiva, como a física. Entretanto, a teórica reconhece a Enfermagem
carente de um conjunto de conhecimentos organizados e sistematizados (HORTA,
2011).
Comprometida com uma sistematização da assistência de enfermagem,
Horta desenvolveu a TNHB. Esse modelo conceitual põe em foco e engloba leis que
regem os fenômenos universais, quais sejam: lei do equilíbrio (homeostase ou
homeodinâmica), na qual o universo se mantém em equilíbrio dinâmico entre seus
seres; lei da adaptação, todos os seres interagem buscando forma de ajustamento
para se manter em equilíbrio e a lei holística. Nessa visão, o universo é um todo, o
ser humano é um todo, a célula é um todo e não a soma das partes formadoras de
cada ser (HORTA, 2011). Para seu trabalho, Horta respaldou-se em teorias de
Enfermagem elaboradas por enfermeiros norte-americanos, quais sejam: “teoria da
homeostase” de MacDowell, “teoria holística” de Levine, “teoria da adaptação” de
Roy, “teoria de King” e a “teoria de Rogers” (CIANCIARULLO, 1987).
A TNHB foi desenvolvida a partir da teoria da motivação humana de
Maslow que se fundamenta nas necessidades humanas básicas. Na teoria em
31
questão, a Enfermagem reconhece o ser humano como parte integrante do universo,
sujeito a estados de equilíbrio e desequilíbrio. É agente de mudança, como também
a causa de equilíbrio e desequilíbrio em seu próprio dinamismo. Os desequilíbrios
geram no ser humano necessidades que, se não atendidas ou atendidas
inadequadamente, trazem desconforto que, se prolongado, se torna causa de
doenças (HORTA, 2011).
Ainda com relação à TNHB, no cuidado ao ser humano, devem-se
considerar seus entes concretos. No caso da Enfermagem, esses entes são as
necessidades humanas básicas, cujos conceitos não satisfazem plenamente quanto
ao seu significado. Horta as define como sendo estados de tensões, conscientes ou
inconscientes, resultantes dos desequilíbrios homeodinâmicos dos fenômenos vitais
(HORTA, 2011. p. 38). As necessidades não se manifestam em condição de
equilíbrio, porém estão latentes e surgem a depender de estado de desequilíbrio em
que porventura se apresente. Essa situação ao se manifestar leva à necessidade de
uma resolução. As necessidades básicas são universais e comuns a todos os seres
humanos. Suas manifestações bem como a maneira de satisfazê-las variam em
cada indivíduo.
Na elaboração da TNHB, Horta utilizou, como suporte teórico, a teoria da
motivação humana nas necessidades humanas básicas de Maslow. Estas foram
hierarquizadas por ele em cinco níveis: necessidades fisiológicas, de segurança, de
amor, de estima e de autorrealização. Para o teórico, o indivíduo só procura
satisfazer as necessidades seguintes quando conseguem satisfazer, ainda que
minimamente, as necessidades anteriores. No entender de Maslow, no ser humano,
é inexistente a plena e permanente satisfação de uma necessidade, pois, assim
ocorrendo, não haveria mais motivação individual (HORTA, 2011).
Na sua hierarquia das necessidades humanas básicas, Horta utilizou a
denominação de João Mohana para os níveis dos instintos psíquicos: necessidades
de nível psicobiológico, psicossocial e psicoespiritual (Quadro - 1). Os dois primeiros
níveis são comuns a todos os seres vivos. Entretanto, as necessidades espirituais
são inerentes apenas ao ser humano. Essas são inter-relacionadas, ao fazerem
parte do ser humano que é um todo indivisível, um ser holístico (HORTA, 2011).
32
Quadro 1 - Classificação das necessidades humanas básicas de Horta
Necessidades psicobiológicas
Necessidades Psicossociais
Oxigenação
Segurança
Hidratação
Amor
Nutrição
Liberdade
Eliminação
Comunicação
Sono e repouso
Criatividade
Exercício e atividades físicas
Aprendizagem (educação à saúde)
Sexualidade
Sociabilidade
Abrigo
Recreação
Mecânica Corporal
Lazer
Motilidade
Espaço
Cuidado corporal
Orientação no tempo e no espaço
Integridade cutaneomucosa
Aceitação
Integridade física
Auto-realização
Regulação: térmica, hormonal, neurológica, Autoestima
hidrossalina,
eletrolítica,
imunológica, Participação
crescimento celular, vascular
Autoimagem
Locomoção
Atenção
Percepção: olfatória, visual, tátil, gustativa,
dolorosa
Ambiente
Terapêutica
Necessidades Psicoespirituais: religiosa ou teológica, ética ou de filosofia de vida
FONTE: HORTA (2011)
2.2.2. A Teoria das Necessidades Humanas segundo Garcia e Cubas (2012).
Em virtude de sua morte prematura, aos 55 anos de idade, a Dra. Wanda
Horta foi impossibilitada de realizar o aprimoramento e a validação de sua teoria.
Alguns estudiosos a usam até os dias atuais em diversos trabalhos, cenários de
prática e ensino. Nesse sentido, uma reformulação na ordem e títulos de algumas
necessidades humanas propostas por Horta foi realizada por Benedet e Bub (2001),
a fim de promover um ajustamento aos conceitos e princípios estabelecidos pela
teórica.
Recentemente foram realizadas adequações de alguns aspectos
relacionados com as NHB por Garcia e Cubas (2012). Houve alteração quanto ao
número, nos títulos e na forma e/ou conteúdo de suas definições. Esta nova
classificação foi utilizada neste estudo, por se considerar que apresenta mais
correspondência com as necessidades atuais do ser humano - (Quadro - 2). Esse
ajuste teve como propósito adequar um referencial que contribuísse na aplicação
dos diagnósticos, das intervenções de enfermagem e resultados. Neste sentido,
foram estabelecidas prioridades, conciliando as necessidades orgânicas de
sobrevivência com as dos grupos de necessidades psicossociais e psicoespirituais.
Conforme as autoras supracitadas, a aplicação do PE requer embasamento de uma
33
teoria, que por sua vez precisa estar orientada por outra teoria. No entanto, para que
isto ocorra, sua definição precisa estar apresentada de modo que seja
compreendida e assimilada por quem a utiliza.
Quadro 2 - Classificação das necessidades humanas segundo Garcia e Cubas, 2012
Necessidades psicobiológicas
Necessidades Psicossociais
Oxigenação
Comunicação
Hidratação
Gregária
Nutrição
Recreação e lazer
Eliminação
Segurança emocional
Sono e repouso
Amor, aceitação
Atividade física
Autoestima, autoconfiança, autorrespeito
Sexualidade e reprodução
Liberdade e Participação
Segurança física e do meio ambiente
Educação para a saúde e aprendizagem
Cuidado corporal e ambiental
Autorrealização
Integridade física
Espaço
Regulação: crescimento celular e
Criatividade
desenvolvimento funcional
Garantia de acesso à tecnologia
Regulação vascular
Regulação térmica
Regulação neurológica
Regulação hormonal
Sensopercepção
Terapêutica e de prevenção
Necessidades Psicoespirituais: Religiosidade e espiritualidade
Fonte: GARCIA; CUBAS (2012)
Assistir o ser humano, no entender de Horta (2011), é fazer por ele aquilo
que ele não pode fazer por si mesmo. É ajudá-lo quando impossibilitado de se
autocuidar; orientar ou ensinar; supervisionar e encaminhar a outros profissionais
quando necessário. Dessa forma, o enfermeiro exerce suas funções na área de
atuação específica que consiste em assistir o ser humano no atendimento de suas
necessidades básicas e ensinar o autocuidado. Enquanto isso, a interdependência
visa à manutenção, promoção e recuperação da saúde. Relativo à função social, as
atividades residem no ensino, pesquisa, administração, responsabilidade legal e
participação na associação de classe. A partir do estudo das NHB, foram
estabelecidos dois eixos, quais sejam, a Enfermagem é um serviço prestado ao ser
humano; a Enfermagem é parte integrante da equipe de saúde.
Na proposta de Horta (2011, p. 30), a Enfermagem é conceituada
como ciência e arte de assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas,
de torná-lo independente desta assistência, quando possível, pelo ensino do autocuidado,
bem como de recuperar, manter e promover a saúde em colaboração com profissionais.
Esta profissão respeita e mantém a unicidade, autenticidade e individualidade do ser
34
humano, pois assiste o indivíduo e, não, a sua doença. Alem disso, reconhece o
homem como membro de uma família, de uma comunidade e participante ativo no
seu autocuidado. Convém ressaltar que todo o cuidado de enfermagem é
preventivo, curativo e de reabilitação. Em virtude dessa compreensão, a
Enfermagem necessita desenvolver sua metodologia de trabalho fundamentada em
um método científico, tecnologia essa denominada de Processo de Enfermagem.
No contexto dessa tecnologia, o cuidado é o foco da Enfermagem. Tratase de um processo interativo não realizado apenas pelo uso de equipamentos e
saberes estruturados, pois suas ações se configuram como intervenções, relações e
subjetividades. O PE, embora possua a mesma elaboração e efetivação, tem
aplicação que depende de quem o executa, do referencial teórico adotado e das
perspectivas predominantes no ambiente do cuidado (AMANTE et al., 2010).
2.3. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
2.3.1. Processo de Enfermagem
O PE é uma metodologia científica que organiza a prestação do cuidado
de Enfermagem. Além disso, favorece a implementação de uma teoria na prática, e
sistematiza a assistência de enfermagem (SAE). É um método de trabalho que
organiza, direciona e melhora a qualidade da assistência, trazendo visibilidade e
proporcionando segurança para a equipe de enfermagem (MEDEIROS; SANTOS;
CABRAL, 2012, p. 174).
Os estudos sobre a SAE se destacaram no Brasil, após o Decreto-lei
94.406/87, que regulamenta o exercício da profissão de Enfermagem e define como
atividade privativa do enfermeiro, entre outras, a prescrição de enfermagem.
Entretanto, surgiram inquietações a respeito de como pode o (a) enfermeiro (a)
realizar uma consulta sem um método científico e prescrever sem antes conhecer as
necessidades do paciente ou cliente (NÓBREGA; SILVA, 2009; TANNURE;
PINHEIRO, 2011).
Alguns termos têm sido utilizados ora como sinônimos e ora como
diferentes definições para o PE - metodologia da assistência e sistematização da
assistência. Considera-se que estes termos têm significados distintos. A SAE é uma
35
metodologia institucional, na qual a organização das atividades de enfermagem
interfere diretamente na implantação e implementação do PE. Vale salientar que o
processo é único. Entretanto, pode modificar-se à luz do referencial teórico utilizado.
O PE é a metodologia da assistência de enfermagem proposta por cada uma das
teóricas de Enfermagem para o trabalho processual (FULY, 2008).
Para Horta (2011, p. 34), o processo de enfermagem é a dinâmica das ações
sistematizadas e inter-relacionadas, cujo foco é prestar assistência ao ser humano. As
etapas do PE são representadas graficamente por um hexágono, cujas faces são
vetores biorientados. No centro estão o indivíduo, a família e a comunidade (Figura 1). No que concerne aos seus componentes, Horta propôs seis etapas: histórico de
enfermagem, diagnóstico de enfermagem, plano assistencial, prescrição de
enfermagem, evolução e prognóstico (HORTA, 2011). Embora estejam divididas
didaticamente, estas fases estão inter-relacionadas e ocorrem concomitantemente
(BUB; BENEDET, 2001).
Figura1 - Etapas do Processo de Enfermagem
Fonte: Horta (2011)
Salienta-se que Horta não teve a oportunidade de desenvolver e atualizar
seu modelo assistencial. Desde então, o PE passou a ser utilizado de forma parcial
por grupos de profissionais e, no decorrer dos tempos, as fases plano de cuidados e
prognóstico foram suprimidas. Assim sendo, atualmente contempla cinco etapas:
investigação, coleta de dados ou histórico de enfermagem, diagnóstico de
36
enfermagem, planejamento, implementação e avaliação (CAMPEDELLI et al., 1992;
CARVALHO et al., 2007; COFEN, 2009).
Independentemente da metodologia utilizada, o PE é um método científico
que proporciona condições para individualizar e administrar a assistência,
possibilitando, assim, uma maior integração entre o profissional, o indivíduo, família,
comunidade e a equipe de saúde. Como resultado, gera efeitos positivos na
melhoria da qualidade da assistência prestada ao cliente/paciente.
Conforme Horta (2011), o histórico de enfermagem, primeira etapa do PE,
originalmente chamado de Anamnese de Enfermagem, foi inserido em 1965 na
Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo e posteriormente substituído
por considerar-se a aproximação com a anamnese médica. No sentido de viabilizar
essa etapa, é utilizado um roteiro sistematizado para o levantamento de dados do
paciente/cliente, o qual fornece condições de identificar os problemas de
enfermagem. Este deve ser conciso, individualizado, sem repetições, claro, preciso,
além de dispor de informações que possibilitem prestar cuidado ao indivíduo.
Essa etapa inicial do PE é fundamental, pois dela depende todo o
planejamento da assistência de enfermagem. Esta fase permite a interação
enfermeiro-paciente, leva à pesquisa, conduz ao diagnóstico de enfermagem e
determina prioridades, orientações e observações posteriores. Alguns fatores
interferem na elaboração do histórico como aqueles relacionados com o
paciente/cliente, idade, gênero, cultura, escolaridade, tempo de permanência no
hospital e padrões de comunicação. Além desses, existem os fatores que guardam
relação com os profissionais como, despreparo da (o) enfermeira (o) no atendimento
ao paciente/cliente, necessidade de autoconhecimento e tempo disponível na
aplicação do histórico. Quanto à instituição e ao serviço de enfermagem, também
são encontradas dificuldades inerentes à filosofia profissional e institucional, a qual
deve ser centrada no cuidado do paciente e na quantidade e qualidade do pessoal
que presta este cuidado.
O diagnóstico de enfermagem é a segunda etapa do PE. Nesta fase,
analisam-se os dados coletados no histórico e são identificados os problemas de
enfermagem. Estes levam ao conhecimento das necessidades básicas afetadas. Por
ocasião do diagnóstico, é determinado pela (o) enfermeira (o) o grau de
37
dependência deste atendimento em natureza e extensão. De acordo com a definição
da dependência, o profissional toma decisões quanto ao tipo de cuidado de que o
cliente necessita.
Segundo o Conselho Internacional de Enfermeiros (CIE), o Diagnóstico de
Enfermagem (DE) consiste em um enunciado que representa o estado, problemas,
necessidades ou forças tidas como objetos de intervenções de enfermagem (CIE,
2007). A terceira etapa do PE é o plano assistencial. Esta determina a assistência de
enfermagem a ser recebida pelo indivíduo mediante o diagnóstico estabelecido.
Para tanto, examina-se os problemas de enfermagem, as necessidades afetadas e o
grau de dependência.
Dentre as etapas do PE, encontra-se o plano de cuidados ou prescrição de
enfermagem. Nessa fase, é elaborado um roteiro diário que coordena a ação da
equipe de Enfermagem nos cuidados a serem aplicados ao ser humano em suas
necessidades afetadas. A prescrição deve ser concisa, clara, específica e checada
após serem realizadas as intervenções. Como quinta etapa, encontra-se a evolução
de enfermagem, representada por um relatório diário ou periódico das alterações
que ocorrem no ser humano enquanto estiver sob a assistência de enfermagem.
De acordo ainda com Horta (2011), o prognóstico de enfermagem é a sexta
etapa do PE. É a estimativa da capacidade do ser humano em atender suas
necessidades básicas após a implementação do plano assistencial. Consiste em um
meio de avaliação da metodologia em todas as suas fases a fim de chegar a uma
conclusão.
Utilizando-se da metodologia do PE, a (o) enfermeira (o) desenvolve sua
criatividade e sensibilidade, de forma sistemática e contínua. Identifica a quantidade
e a qualidade do cuidado de Enfermagem necessário para auxiliar na vivência do
processo saúde-doença do indivíduo. Considera-se que no uso do entrelaçamento
de diversos saberes, a escolha por este ou aquele cuidado, os passos do PE a (o)
remetem para o raciocínio científico, pois demanda do profissional, observação,
elaboração de hipóteses, ação e avaliação da assistência (AMANTE et al.,2010).
Em alguns cenários de prática e de ensino da Enfermagem, o PE não é
utilizado em virtude do tempo a ser dispensado pelo profissional, bem como a
quantidade de informação necessária a sua aplicabilidade. Entretanto, outra forma
38
de implementar a SAE se deu com a Padronização de um Conjunto Internacional de
Dados Essenciais em Enfermagem por meio de enfermeiras norte-americanas.
Surgiu a partir da necessidade de informatizar e reunir os dados essenciais dos
usuários dos serviços de saúde, sem comprometer a qualidade da assistência
prestada.
2.3.2. Padronização de um Conjunto Internacional de Dados Essenciais em
Enfermagem
Com o avanço científico e tecnológico, a Enfermagem tem ampliado sua
prática, partindo do cuidado individual dos seres humanos nas clínicas, enfermarias
até a administração dos serviços de saúde em todos seus níveis de complexidade.
Porém, enfrenta desafios para estabelecer uma base sólida de conhecimentos.
Enquanto prestador de serviço à população, a (o) enfermeira (o) depende de
informações exatas e em tempo real para organizar e administrar o cuidado ao
paciente/cliente com qualidade. Por sua vez, a informação é gerada por dados,
indispensáveis na elaboração e registro do PE (MARIN, 2005; 2006; 2007).
Todavia, a inexistência de um consenso sobre quais dados devem ser
coletados favoreceu a utilização de instrumentos extensos e volumosos. A esse
respeito, Marin, Barbiere e Barros (2010, p. 252) dizem que, “nem sempre a
premissa dado coletado é dado tratado” tem sido utilizada. Além do mais, as
instituições de saúde coletam e depositam amplo volume de subsídios em bancos,
arquivos e base de dados. Assim sendo, desconhece-se o quanto dessa informação
é processado e retorna à prestação do cuidado na perspectiva de dirigir a tomada de
decisão do profissional. Relativo ao sistema de informação admitem que sua
utilidade dependa do acesso aos dados e consequente interpretação desses.
Tais sistemas constituem um conjunto de ferramentas que apoiam a
assistência de enfermagem, servindo de base para avaliar, planejar e implementar
as ações da (o) enfermeira (o) no contexto da assistência. Porém, nem sempre a
documentação está disponível, embora haja o reconhecimento da importância de
definir os dados e determinar a informação útil que garanta a continuidade da
assistência. Esta ausência de dados específicos pode estar relacionada com a falta
de um acordo entre as (os) enfermeiras (os) sobre um conjunto de dados que seja
39
claro, definido, validado, confiável e padronizado (SILVEIRA; MARIN, 2006; MARIN;
BARBIERE; BARROS, 2010).
Nesse sentido, foi empreendido um esforço com o objetivo de estimular
os enfermeiros quanto à informatização de dados e dos serviços de enfermagem.
Para isso, em 1977, na Escola de Enfermagem da Universidade de Illinois, em
Chicago, foi realizada uma conferência de Enfermagem sobre Sistemas de
Informação. Na época, não houve interesse do grupo em prosseguir com a iniciativa.
Porém, mais tarde, em 1985, o assunto foi novamente abordado em uma
Conferência
denominada
Nursing
Minimum
Data
Set
-
NMDS
(Conjunto
Internacional de Dados Essenciais em Enfermagem- CIDEE) na Escola de
Enfermagem da Universidade de Wisconsin-Milwaukee. Participaram do referido
evento um grupo de consenso constituído de 64 enfermeiros especialistas em várias
áreas; especialistas em políticas de saúde; especialistas em registros de dados em
saúde e sistema de informação; proprietários de instituições privadas ou públicas,
bem como profissionais com conhecimento anterior sobre desenvolvimento do
conjunto de dados essenciais de saúde (WERLEY et al., 1991).
A partir do conceito de Conjunto de Dados Mínimos Uniformes em Saúde,
construiu-se a definição do CIDEE: conjunto mínimo de elementos de informação, categorias
e definições uniformes, relacionadas à dimensão específica da enfermagem, que atende às
necessidades de informação de vários usuários no sistema de saúde (WERLEY, et al. 1991,
p. 422). A proposta do CIDEE tem por objetivos: estabelecer um mecanismo que
facilite a comparação dos dados de enfermagem entre populações, clínicas e
diversos contextos; descrever os cuidados de enfermagem prestados aos seus
clientes e familiares; projetar ou demonstrar tendências dos cuidados de
enfermagem com a finalidade de aprovisionar recursos para indivíduos ou
populações. Além disso, fornecer dados sobre cuidados de enfermagem de maneira
que influencie e facilite as tomadas de decisões em políticas de saúde, bem como
estimular a pesquisa (WERLEY, et al. 1991).
O CIDEE é composto por 16 itens, divididos em três categorias: Itens
demográficos dos pacientes ou clientes (identificação pessoal, data de nascimento,
sexo, raça, etnia, residência); itens do cuidado de enfermagem (diagnóstico,
intervenção, resultados e intensidade do cuidado prestado); e itens do serviço
(número da agência do serviço de saúde, número do registro único de saúde do
cliente ou paciente, número do registro único do profissional que prestou o cuidado
40
de enfermagem, data de admissão, data da alta, dados de encaminhamento do
paciente ou cliente, dados sobre o tipo de pagamento pelo serviço prestado).
São notórios os benefícios oriundos da utilização do CIDEE para a
profissão de enfermagem. Tais benefícios se dão por meio do aperfeiçoamento de
dados visando à avaliação da qualidade do cuidado, da assistência prestada, do
gerenciamento, da pesquisa, da educação e da política dos cuidados em saúde
(WERLEY et al., 1991; SILVEIRA; MARIN, 2006; MARIN; BARBIERE; BARROS,
2010). Um resumo esquemático na Figura - 2 descreve como se caracterizam as
categorias do CIDEE.
Figura 2 - Resumo esquemático da caracterização das categorias do CIDEE de
acordo com Werley e Lang, 1988
Elementos
demográficos do
paciente ou cliente
Elementos do
cuidado de
enfermagem
Elementos do
serviço
• São caracterizados pela identificação dos aspectos individuais e da
população a que pertence.
• Diagnóstico de Enfermagem: são documentados pela resposta real ou
potencial do paciente ou cliente a problemas de saúde nas dimensões
biológica, sociológica, psicológica e espiritual.
• Intervenção de Enfermagem: incluem as ações para beneficiar o
paciente ou cliente, pelas quais o trabalho do enfermeiro pode ser
medido ou quantificado.
• Resultados de Enfermagem: incluem os aspectos do estado de saúde
do paciente ou cliente que são influenciados pela intervenção de
enfermagem.
• Intensidade: compreendem o total de horas do cuidado de
enfermagem e a equipe envolvida, bem como os recursos materiais
consumidos pelo paciente ou cliente durante o cuidado prestado.
• São aquelas informações que ligam o profissional ao cuidado com o
local do serviço de saúde, e que resultam as informações específicas
ao longo do tratamento.
41
Diante da importância do uso do CIDEE no cotidiano dos profissionais e
no cuidado ao paciente ou cliente, faz-se necessário, na sua implantação, o uso de
uma terminologia comum à prática de enfermagem. Nessa perspectiva, é
imprescindível a organização dos dados essenciais com o objetivo de facilitar a
documentação de enfermagem e a construção de um banco de dados organizados
(MARIN, BARBIERE, BARROS, 2010).
O Conselho Internacional de Enfermeiros (CIE), com a finalidade de
descrever o elemento cuidado de enfermagem, desenvolveu uma linguagem
padronizada para a profissão denominada de CIPE®. Essa classificação é um
sistema fundamentado numa linguagem comum, vinculados aos elementos centrais
da prática de enfermagem: diagnóstico, intervenções e resultado. Para o estudo em
apreço, utilizou-se a classificação baseada na CIPE® de acordo com Garcia e Cubas
(2012) e a terminologia proposta pela Classificação Internacional para a Prática de
Enfermagem em Saúde Coletiva (CIPESC®), tendo em vista se tratar da assistência
à puérpera no âmbito da atenção básica.
2.3.3. Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem
A construção de sistemas de classificação de enfermagem surge como
uma necessidade de uniformizar e padronizar uma linguagem técnica, de modo que
o profissional de enfermagem a utilize no seu processo de trabalho. Esse sistema é
constituído de vocabulário especial com termos inerentes à profissão e expressem o
mesmo significado. Nesse sentido, durante o 19º Congresso Quadrienal do
Internacional Council of Nurses (ICN), realizado em 1989, em Seul-Korea, foi
apresentada uma proposta de classificação internacional dos elementos da prática
de enfermagem. O documento tinha como justificativa a inexistência de um sistema
que conduzisse o (a) enfermeiro (a) a uma linguagem específica para a profissão
(NÓBREGA et al., 2003; NÓBREGA; GUTIÉRREZ, 2000).
Desse congresso, surgiu a Classificação Internacional para a Prática da
Enfermagem (CIPE®), em cujo processo de desenvolvimento foram elaboradas
várias versões. Em 1996, o CIE publicou a Classificação Internacional para a Prática
de Enfermagem - Versão Alfa: um marco unificador, com a Classificação de
Fenômenos de Enfermagem e a Classificação de Intervenções de Enfermagem, com
o objetivo de estimular comentários, observações, críticas e recomendações de
42
ajuste, bem como iniciar um processo de retroalimentação com vistas ao seu
aperfeiçoamento. Nesta evolução, em 1999, foi divulgada a CIPE® Versão Beta,
durante as comemorações do centenário do CIE.
Nesse caminhar no ano de 2001, lançou-se a CIPE® Versão Beta 2; e em
2005, a CIPE® Versão 1.0. Em maio de 2011 o ICE apresentou a versão CIPE®
2011 (GARCIA; NÓBREGA, 2009; ICN, 2011). O ICN anunciou, em 2013, o
lançamento de uma nova versão da CIPE®. Nesta, houve um aumento de 15% em
relação a 2011 no que diz respeito a diagnósticos e demonstrações de resultados,
bem como um aumento de 50% relativo às intervenções. Até o momento, a CIPE® já
foi traduzida em 14 idiomas (OE, 2013).
A CIPE® é um instrumento de informação que representa a prática de
enfermagem em linguagem universal, possibilita a comparação de dados entre
populações, estimula a realização de pesquisas, influencia a educação em
Enfermagem, bem como as políticas de saúde. Assim sendo, faz-se necessário
empregar termos que possam reproduzir um universo único de conhecimentos,
propiciando desse modo uma comunicação clara, precisa, objetiva, e bem
compreendida pelos profissionais que compõem a equipe de enfermagem
(NÓBREGA; SILVA, 2009). E ainda contribui no gerenciamento dos elementos
críticos durante a documentação da prática de enfermagem (CIE, 2007).
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), a CIPE® é a única
classificação de enfermagem aceita como relacionada com a família de classificação
da CID. Esta vem sendo utilizada em diversos países, com a finalidade de
proporcionar o estabelecimento de uma linguagem comum, que represente os
conceitos e os cuidados da prática de enfermagem. Diversos países têm
desenvolvido projetos com a missão de apoiar o desenvolvimento contínuo da CIPE ®
e promover o seu uso na prática clínica, na educação e na pesquisa em
enfermagem. Essa empreitada visa ao fortalecimento e à ampliação dos propósitos
da profissão na assistência, na educação e na pesquisa (NÓBREGA, 2011).
Convém ressaltar que, no contexto dessas contribuições, a ABEn, entre
os anos 1996 e 2000, desenvolveu o Projeto de Classificação Internacional das
Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva no Brasil - CIPESC®. Esta proposta
está em consonância com a versão beta da CIPE®. O documento é uma contribuição
brasileira à CIPE® e teve como resultado um inventário vocabular no campo da
Saúde Coletiva. É um instrumento que visa apoiar a sistematização da prática
43
assistencial, gerencial e de investigação do (a) enfermeiro (a). Também é
reconhecido pelo potencial pedagógico na formação e qualificação de enfermeiros
(as) comprometidos (as) com o SUS. A CIPE® possui termos que podem expressar
as práticas de enfermagem ancoradas na compreensão do processo saúde-doença,
resultante da forma de como a sociedade e os grupos sociais se organizam em
termos de suas condições de trabalho e de vida (CUBAS; EGRY, 2008; NÓBREGA,
2011; NICHIATA et al., 2012).
Esta iniciativa teve como ponto de partida a preocupação com a
invisibilidade do trabalho da Enfermagem decorrente da inexistência de dados que
expressem claramente - no coletivo e no individual - os objetos do trabalho
profissional. O projeto CIPESC® teve como propósitos: estabelecer a classificação
da prática de enfermagem em saúde coletiva no Brasil; revisitar as práticas de
enfermagem em saúde coletiva no país, diante da implantação do SUS; construir um
sistema de informação da prática de enfermagem em saúde coletiva que permita a
sua classificação, troca de experiências e interlocução nos níveis nacional e
internacional (ALBUQUERQUE; CUBAS, 2005).
A CIPESC® é precursora na documentação da prática da Enfermagem na
atenção básica de saúde. No entanto, sua aplicabilidade e estruturação da SAE
dependem do envolvimento do profissional na realização de cuidados no cotidiano
do serviço. Soma-se a isso a solução dos problemas mediante as necessidades
biológicas, psicológicas e sociais do indivíduo, família e da coletividade (NÓBREGA;
GARCIA, 2005; BARROS; CHIESA, 2007). Frente a diversidade dos termos
utilizados na Enfermagem, acredita-se que a CIPESC®, por ser um instrumento para
a padronização da linguagem de Enfermagem em Saúde Coletiva, contribui com a
sistematização da assistência na atenção básica (NICHIATA et al., 2012).
É esperado na utilização da CIPE® que os profissionais de enfermagem
consolidem suas práticas nas diretrizes e ações desenvolvidas no SUS. Além disso,
possam identificar, validar a linguagem de enfermagem, bem como disseminar as
informações acerca da prática profissional com qualidade nos serviços de saúde
(TANNURE; PINHEIRO, 2011).
A quantificação dos resultados obtidos na assistência de enfermagem,
embora se faça presente, não é realidade no cotidiano do (a) enfermeiro (a). Porém,
a partir de sistemas informatizados, é possível evidenciar a qualidade da assistência,
como também as informações reunidas e interpretadas que respaldam o processo
44
decisório das instituições. Tais decisões dirigem o quadro de funcionários e
determinam os custos com relação aos cuidados prestados aos pacientes/clientes.
Adotar uma linguagem universal trará, portanto, benefícios para a Enfermagem,
como visibilidade na equipe de saúde, melhoria na qualidade da assistência e
reconhecimento profissional.
45
Fonte: Amanda Greavette (2011)
3. Metodologia
46
3.1. Tipo de estudo
Estudo não experimental, do tipo metodológico. Este tipo de delineamento
permite investigar métodos de obtenção e organização de dados, a partir do
desenvolvimento, da validação e da avaliação de instrumentos que sejam confiáveis,
precisos e utilizáveis por outros pesquisadores (POLIT; BECK, 2011).
3.2. Elaboração do instrumento para Consulta de Enfermagem à puérpera na
atenção básica
Os instrumentos são ferramentas importantes, pois conduzem de maneira
segura qualquer atividade profissional. Assim sendo, a assistência de enfermagem,
requer direção, sistematização, organização e embasamento científico.
Esses
requisitos podem encontrar subsídios nas teorias de enfermagem (HERMIDA;
ARAÚJO, 2006).
Mediante o propósito deste estudo, o instrumento foi estruturado de
acordo com as fases do processo de enfermagem, preconizado pelas Resoluções
do COFEN nº 358/2009 e 429/2012 que determinam a utilização das fases do PE
nas unidades de saúde, quais sejam, coleta de dados, diagnósticos de enfermagem,
ações e intervenções de enfermagem e resultados esperados/alcançados, bem
como o registro formal delas. Foram utilizados como referenciais teórico-analíticos
os indicadores empíricos - problemas - das Necessidades Humanas Básicas de
Horta (NHB) afetadas pelo puerpério a partir da revisão de literatura e do consenso
do Grupo Focal; o conceito de Conjunto Internacional de Dados Essenciais de
Enfermagem (CIDEE); a Nomenclatura de diagnósticos e intervenções de
enfermagem, a qual foi desenvolvida a partir dos resultados da Classificação
Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®).
Para a construção do instrumento de consulta de enfermagem, o percurso
metodológico deste estudo constou de cinco fases:
1. Identificação dos indicadores empíricos (IES), realizada mediante a
revisão integrativa da literatura científica;
2. Avaliação da primeira versão do instrumento com especialistas por
meio de grupo focal. Esta continha os indicadores empíricos identificados na
primeira fase do estudo;
47
3. Estruturação do instrumento mediante a categorização dos indicadores
empíricos relativos à puérpera segundo Garcia e Cubas (2012), com avaliação pelo
grupo focal;
4. Validação do conteúdo e da forma da segunda versão do instrumento
pelas especialistas por meio da Técnica Delphi. Esta contemplava dados da
instituição, dados de identificação da puérpera e avaliação das necessidades
humanas da puérpera. Após a primeira avaliação o documento foi submetido à
correção;
5. Seleção e desenvolvimento das afirmativas de diagnóstico de
enfermagem (DE)/resultados e intervenções de enfermagem (IE) com base nos itens
validados. E por fim, estruturação da versão final do instrumento com três partes:
dados da instituição e de identificação da puérpera; avaliação das necessidades
humanas; planejamento da assistência de enfermagem – diagnósticos/resultados e
prescrições de enfermagem.
Estas etapas foram realizadas no período de janeiro a outubro de 2013,
de acordo com o cronograma de atividades. A figura - 3 demonstra a trajetória
metodológica do estudo.
Figura 3 - Esquema da trajetória metodológica do estudo
2ª fase
• Identificação
dos
indicadores
empíricos
1ª fase
• Avaliação da 1ª
versão do
instrumento com
os especialistas
por meio de
Grupo Focal
• Estruturação
do instrumento
mediante
a
categorização
dos
indicadores e
validação pelo
Grupo Focal
3ª fase
4ª fase
• Validação
de conteúdo
e forma da
2ª versão do
instrumento
pela Técnica
Delphi
• Estruturação
da versão
final do
instrumento
mediante o
desenvolvimento dos
DE/
resultados e
IE
5ª fase
48
3.3. População e Amostra:
A seleção dos juízes, denominados neste estudo de especialistas, ocorreu
mediante os seguintes critérios: ser enfermeiro (a) docente e ser especialista em
enfermagem obstétrica. Foram considerados especialistas as (os) enfermeiras (os)
com experiência profissional de pelo menos dois anos de ensino na área de saúde
da mulher ou que trabalhassem com a temática do processo de enfermagem ou da
CIPE®.
Para o estudo em apreço utilizou-se a fórmula de amostra probabilística,
segundo Barbetta (1998), totalizando 27 enfermeiras:
n
1
n= amostra probabilística = 27
N= Número da população identificada através de busca no currículo Lattes = 33
n 0= tamanho da amostra = 0,1
Ɛ = erro amostral = 0.05
3.4. Análise dos dados:
A análise dos dados da revisão integrativa ocorreu por meio da estatística
descritiva (frequência absoluta e relativa). A concordância entre os especialistas com
relação à categorização dos IES à necessidade afetada foi avaliada pelo Índice de
Validade
de
Conteúdo
(IVC).
Este
método
permite
analisar
cada
item
individualmente empregando uma escala tipo Likert com pontuação de um a quatro
(ALEXANDRE; COLUCI, 2011).
O grau de relevância de cada item do instrumento foi avaliado por meio
de alternativas como: 4- extremamente relevante, quando a enfermeira considerou
muito importante a relação do item com a necessidade humana alterada/afetada,
com a avaliação, e ainda, com os elementos do cuidado à puérpera e; 3- relevante,
quando considerou importante; 2- pouco relevante, quando na avaliação do
especialista, o item tinha pouca importância e 1- irrelevante, o item não foi
49
considerado importante pelo avaliador, pois não tinha relação entre os elementos do
cuidado com a necessidade humana alterada/afetada. Como forma de esclarecer
algumas dúvidas que por ventura suscitassem nos especialistas, anexou-se ao
documento um guia instrucional contendo conceitos e descrição dos itens em
avaliação.
Quanto ao escore do IVC este foi calculado por meio da soma de
concordância dos itens que obtiveram as alternativas 3 e 4 pelos especialistas.
Quando os itens receberam o escore 1 ou 2,
eram eliminados. Nesse estudo,
considerou-se como válido, os itens de no mínimo 70% de concordância. Para a
avaliação de cada item utilizou-se a fórmula proposta por Alexandre e Coluci (2011):
Na realização da segunda rodada de avaliação das alterações,
sugestões, inclusões e exclusões de itens solicitados pelos participantes na 1ª
rodada foram aplicados os termos concordo e discordo a cada item analisado. Estes
foram considerados validados quando obtiveram 70% de concordância entre os
especialistas. Para análise dos resultados foi empregado o Índice de Conteúdo (IC).
Este método serve para calcular a porcentagem de concordância entre os
especialistas, cuja fórmula utilizada para o cálculo do IC foi proposta por Alexandre e
Coluci (2011):
Mediante os resultados obtidos com a aplicação destes índices encerrouse o processo de validação.
3.5. Preceitos Éticos da Pesquisa:
Por se tratar de uma pesquisa envolvendo seres humanos, o estudo levou
em consideração a garantia dos preceitos básicos da bioética, de autonomia, não
maleficência, beneficência, justiça e equidade no presente estudo. Dessa forma,
50
assegurou-se os direitos e deveres no que diz respeito à comunidade científica, bem
como aos sujeitos da pesquisa conforme preconiza a Resolução CNS 466/2012
(BRASIL, 2012c). Visto isso, o projeto foi enviado ao Comitê de Ética em Pesquisa
da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (CEP – UFRN) via Plataforma
Brasil o qual obteve aprovação sob o protocolo nº 184.241 e CAAE nº
11674112.3.0000.5537 (ANEXO – A).
Consideraram-se ainda os aspectos éticos que dizem respeito ao Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), relativos ao Grupo Focal e a Técnica
Delphi, os quais foram assinados pelos especialistas, mediante carta de
apresentação com esclarecimentos acerca do propósito e dos objetivos da pesquisa.
Houve
também
a
garantia
do
anonimato
dos
especialistas
e
prestados
esclarecimentos da participação voluntária, isenção de gastos, bem como o não
recebimento de incentivos financeiros por ter participado da pesquisa. O TCLE e o
material apreendido dos instrumentos permanecerão guardados pela coordenadora
da pesquisa na instituição sediadora, ou seja, no Departamento de Enfermagem da
UFRN, onde serão mantidos por um prazo mínimo de cinco anos, sob a garantia de
que outra pessoa não terá acesso a eles, na vigência do período. Ademais, foi
assegurado o uso das respostas unicamente para o estudo em pauta.
51
Fonte: Amanda Greavette (2011)
Resultados e Discussões
52
4. 1. Apresentação dos resultados
Neste item são abordados os resultados oriundos da revisão da literatura,
dos grupos focais e da validação do instrumento pela técnica Delphi.
4.1.1. Resultado da 1ª etapa: Identificação dos indicadores empíricos das
necessidades
humanas
nos
níveis
psicobiológico,
psicossocial
e
psicoespiritual da puérpera mediante revisão integrativa da literatura científica
Nesta etapa, recorreu-se à revisão da literatura, utilizando-se as bases
de dados que possibilitaram identificar os indicadores empíricos relativos à puérpera.
Isto se faz necessário quando se pretende conhecer indicadores que fundamentam
a elaboração de um instrumento para consulta de enfermagem. Na revisão
integrativa da literatura científica, foram identificados 98 indicadores empíricos, de
que, relacionados com as necessidades humanas básicas, 46 se encontravam nas
necessidades psicobiológicas e 51 nas psicossociais e 01 nas necessidades
psicoespirituais.
No corpo de conhecimentos da Enfermagem, os indicadores empíricos
são proposições experimentais usados para mensurar e fornecer evidências sobre
os conceitos de uma teoria (FAWCETT, 2013). Neste estudo, considerou-se IES, as
manifestações das necessidades humanas alteradas das mulheres no pós-parto.
Ao construir um instrumento, muitos pesquisadores iniciam sem uma
explicitação teórica preliminar e partem de uma coleta intuitiva e aleatória de itens
(PASQUALI, 2007). Elaborar um instrumento exige uma vasta revisão da literatura
científica acerca do tema pesquisado. O pesquisador ao propor um instrumento deve
embasar cientificamente a formulação de cada item da ferramenta em construção
(LOBIONDO-WOOD; HABER, 2001).
Para a identificação dos indicadores empíricos (IES) das necessidades
humanas básicas no puerpério, foi realizada busca dos estudos selecionados com
fichamento, utilizando as bases de dados Scopus, Cinahl, Pubmed, Lilacs e
Cochrane, e no periódico Journal of Midwifery and Women’s Health, além de
documentos oficiais do MS (ANEXO - B) e COREN-RJ sobre o período pós-parto.
Somam-se a esses conhecimentos literários acerca da Teoria das Necessidades
Humanas Básicas, bem como do PE de Horta e da CIPE®.
53
Buscou-se, ainda, na revisão de literatura, trabalhos que associassem a
Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Horta com o período pós-parto.
Foram realizadas pesquisas acerca de conteúdo relacionado com o exame físico da
puérpera, as quais indicassem as necessidades básicas da cliente. Para o
levantamento dos estudos contidos nas referidas bases de dados, utilizou-se os
seguintes descritores controlados: enfermagem obstétrica, período pós-parto,
cuidados de enfermagem e coleta de dados, bem como os descritores não
controlados: consulta de enfermagem e necessidades humanas. Nas bases
SciVerse Scopus (Scopus), Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature
(Cinahl), US National Library of Medicine National Institutes of Health (Pubmed),
Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs),
The
Cochrane Library (Cochrane), e no periódico Journal of Midwifery and Women’s
Health empregou-se a terminologia preconizada por essas bases de dados, ou seja,
os termos indexidadores Medical Subject Headings of U.S. (MeSH) em língua
inglesa. Nas demais bases de dados, usou-se o vocabulário trilíngue Descritores em
Ciências da Saúde (DeCS).
O caminho percorrido no desenvolvimento da revisão integrativa da
literatura foi por meio de seis etapas conforme descrevem Souza; Silva e Carvalho
(2010). Esse percurso está representado na figura - 4.
54
Figura 4 - Esquema das etapas da Revisão Integrativa da literatura científica. Baseado em
Souza,Silva e Carvalho, 2010
• Elaboração da pergunta norteadora
1ª fase
• Busca ou amostragem na literatura
2ª fase
• Coleta de dados
3ª fase
• Análise crítica dos estudos incluídos
4ª fase
• Discussão dos resultados
5ª fase
• Apresentação da revisão integrativa
6ª fase
4.1.1.1. Elaboração da pergunta norteadora
A fim de realizar uma investigação mais abrangente, optou-se por uma
busca dos indicadores empíricos (IES) em enfermagem acerca do período pósparto, sem limitação cronológica da fase. A partir de tal preferência, determinou-se
como objetivo integrar os conhecimentos produzidos sobre os IES às necessidades
humanas alteradas da mulher durante o período pós-parto. Para tanto, elaborou-se a
seguinte questão norteadora: quais os indicadores empíricos das necessidades
humanas alteradas da mulher durante o pós-parto?
4.1.1.2. Busca ou amostragem na literatura
Intrinsecamente relacionada com a fase anterior, foi realizada a revisão
bibliográfica. Vale ressaltar que, antes da busca nas bases de dados e demais
documento se elaborou um protocolo de revisão. Este continha em sua estrutura:
tema da revisão integrativa; objetivo; questão norteadora; estratégia de busca dos
55
estudos (base de dados, descritores controlados, descritores não controlados);
seleção dos estudos (critérios de inclusão, critérios de exclusão); estratégia para
coleta de dados dos estudos; estratégia para avaliação crítica; interpretação dos
resultados e síntese dos dados (APÊNCICE - A).
Os artigos foram selecionados nos meses de janeiro e fevereiro de 2013,
nas seguintes bases de dados por meio do Portal Periódicos da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES):

Base de dados 1: Scopus (Elsevier).

Base de dados 2: Cinahl.

Base de dados 3: Pubmed. Inclui nessa base de dados a Medline (Medical
Literature Analysis and Retrieval System Online).

Base de dados 4: Lilacs.

Base de dados 5: Journal of Midwifery and Women’s Health. Acessado na
seção periódicos no Portal Capes.

Base de dados 6: Cochrane - Coleção de fontes de informação que apresenta
evidências em atenção à saúde.

Documento oficial - buscou-se, ainda, na revisão de literatura, pesquisas
acerca de conteúdo relacionado com o exame físico da puérpera que
indicasse possível alteração nas necessidades humanas da cliente.
Os resultados desta etapa são apresentados na figura 5.
4.1.1.3. Coleta dos estudos por base de dados
Para extrair os dados dos artigos selecionados, fez-se necessário a
utilização de um instrumento previamente elaborado com a finalidade de assegurar a
relevância destes, minimizar os riscos de erros na transcrição das informações e
registrá-las. Fizeram parte do documento: referência, idioma em que foi publicado,
objetivo, metodologia e resultado dos estudos avaliados. Além disso, havia uma
coluna destinada à reunião dos IES identificados. Os artigos analisados foram
organizados por base de dados, de forma que cada base recebeu uma cor para
diferenciá-las entre si (APÊNCICE - B). Após esta etapa, os IES foram
categorizados de acordo com as necessidades humanas afetadas, podendo ser
considerados como versão preliminar do instrumento (APÊNCICE - C). Essa fase
demandou uma leitura exaustiva dos artigos, realizada no mês de março de 2013.
56
4.1.1.4. Seleção dos estudos por base de dados para a revisão integrativa
Figura 5 - Diagrama do processo de seleção dos estudos por base de dados para a revisão
integrativa
Estudos que
Estudos
Estudos
Estudos
Estudos
Base de
atendiam aos
identificados
selecionados
selecionados
disponíveis
dados
critérios de
nos critérios
eletronicamente
na 1ª leitura
na 2ª leitura
inclusão
de exclusão
159
36
123
36
11
189
14
175
14
08
34
07
27
07
04
128
16
112
16
14
306
17
289
17
06
00
4.1.1.5. Análise crítica dos estudos incluídos/categorização das informações
Indicadores Empíricos
Com o objetivo de responder a questão norteadora da revisão da
literatura, foram sintetizados e expostos todos os IES e sua relação com as NHB
afetadas das puérperas. Visto isso, efetuou-se fichamento, e as respectivas fontes
da pesquisa por base de dados e artigos se encontram no documento construído
para esse fim – Apêndice - C - e os resultados encontrados na relação das NHB no
nível psicobiológico, psicossocial e psicoespiritual com os IES são demonstrados
nas tabelas 1 e 2.
57
Tabela 1 – Distribuição dos indicadores empíricos segundo as necessidades humanas básicas
afetadas das puérperas no nível psicobiológico e a frequência com que aparecem de acordo com a
revisão de literatura. Natal, 2013.
Necessidades
IES
n
%
Psicobiológicas
Desmame precoce
2
1,6
Dificuldades na amamentação
3
2,2
Alimentação
Mudanças significativas no apetite e no peso
1
0,8
Dificuldade em manter uma dieta saudável
3
2,2
Perda urinária de esforço, urgência ao urinar ou mista
2
1,6
Eliminação
Insônia e Sono prejudicado/interrompido
13
9,9
Fadiga/cansaço
6
4,4
Sono e repouso
Choro excessivo do bebê
3
2,2
Irritabilidade da criança
1
0,8
Atividade física
Dificuldade em se exercitar
1
0,8
Diminuição do desejo sexual
3
2,2
Reduzida excitação e Insatisfação com a vida sexual
3
2,2
Sexualidade
Menor lubrificação vaginal, reduzida freqüência de orgasmo
1
0,8
Ter acesso à escolha de métodos contraceptivos
1
0,8
Barulho de pessoas da família, vizinhos e animais à noite
1
0,8
Segurança física /meio Necessidade de ter meio ambiente adequado,boas condiçoes de
ambiente
vida, transporte, alimentação e moradia
1
0,8
Precárias condições sócioeconômicas
1
0,8
Cuidado corporal
Dificuldade no autocuidado
1
0,8
Integridade física
Regulação vascular
Regulação térmica
Regulação neurológica
Percepção dos órgãos
dos sentidos
Deiscência na episiorrafia
Fissura mamilar
Episiotomia
Laceração perineal
Edema, hiperemia, equimose na região perineal
Mastite
Inscisão purulenta
Infecção
Resfriado, gripe
Anemia
Hipertensão
Hemorragia
Involução uterina prejudicada
1
6
4
3
2
1
2
2
1
3
2
2
1
Hipertermia
Estresse
Inabilidade para cuidar da criança
Depressão pós-parto
Comportamento auto-destrutivo
Descompensações psíquicas
Falta de concentração
Sensação de mal-estar: ansiedade, inquietação
Mastalgia, desconforto, ingurgitamento mamário
Dor na região perineal
Dispareunia
Dor
Cefaleia
Dor na incisão cirúrgica
3
2
1
9
1
3
2
2
7
3
3
7
2
1
0,8
4,4
3,0
2,2
1,6
0,8
1,6
1,6
0,8
2,2
1,6
1,6
0,8
2,2
1,6
0,8
6,9
0,8
2,2
1,6
1,6
5,3
2,2
2,2
5,3
1,6
0,8
continua
58
continuação
Tabela 1: Distribuição dos indicadores empíricos segundo as necessidades humanas básicas
afetadas das puérperas no nível psicobiológico e a frequência com que aparecem de acordo com a
revisão de literatura. Natal, 2013.
Necessidade
IES
n
%
Psicobiológica
Falta de aconselhamento profissional
1
0,8
Parto vaginal ter sido sem assistência
1
0,8
Requer assistência imediata de um profissional (problemas na
saúde do bebê)
3
2,2
Terapêutica
Ter acesso a medicamentos, insumos, rehospitalização, retorno ao
serviço e vínculo comprofissional/equipe
1
0,8
Bebê não consegue boa pega ao seio e leva os pais a acreditarem
que ele está com fome, levando-os a introduzir o leite artificial
1
0,8
Necessidade de realizar teste glicêmico após gravidez com
diabetes gestacional
1
0,8
131 100,0
Total
Nota: Os percentuais foram calculados com base na frequência dos indicadores e não no número de
indicadores
Tabela 2: Distribuição dos indicadores empíricos e sua relação com as necessidades humanas
básicas afetadas das puérperas nos níveis psicossocial e psicoespiritual de acordo com a
revisão de literatura. Natal, 2013.
Necessidades
Psicossociais e
Psicoespirituais
Gregária
Segurança emocional
Amor, aceitação
Autoestima,
autoconfiança,
autorrespeito
IES
Desconfiança de todos
Falta de apoio familiar, social e de amigos
Problemas conjugais. Sofrimento emocinal relativo à
família. Brigas conjugais
Sentindo-se controlada
Culpa e Medo
Violência física, psicológica ou sexual e perseguição do
parceiro. Violência psicológica
Irritabilidade, Instabilidade emocional, lágrimas
imotivadas, tristeza súbita e transitória, introversão.
Sentimentos de desamparo, desesperança, falta de
energia e motivação (sintomas Baby Blues)
Desprendimento da criança e do mundo
Desapontamento com o nascimento
Necessidade de estabelecer vínculo mãe-filho
Outras parceiras sexuais do marido
Incapacidade de controlar o peso corporal
Insatisfação com a aparência física
Prorização ao atendimento das necessidades da família
Necessidade de reorganização dos papéis na família
Ansiedade dos pais com a maternidade, primiparidade,
prematuridade ou morte do filho
Sentimentos de inutilidade, desvalia ou culpa, indecisão,
capacidade diminuída de pensar, de se concentrar
Alteração da rotina familiar, algumas limitações em
realizar atividades
Ciúmes do filho mais velho com relação à chegada do
bebê
n
%
1
9
1,2
10,2
5
1
2
5,6
1,2
2,3
5
5,6
11
1
1
2
1
1
2
1
2
12,3
1,2
1,2
2,3
1,2
1,2
2,3
1,2
2,3
2
2,3
4
4,5
2
2,3
1
1,2
Continua
59
continuação
Tabela 2: Distribuição dos indicadores empíricos e sua relação com as necessidades
humanas básicas afetadas das puérperas nos níveis psicossocial e psicoespiritual de acordo
com a revisão de literatura. Natal, 2013.
Necessidades
Psicossociais e
IES
n
%
Psicoespirituais
Falta de orientações para cuidar do filho
3
3,4
Déficit de comportamento preventivo da diabete tipo 2
1
1,2
Participar de grupos de educação e/ou informações em
saúde
1
1,2
Desconhecimento da família quanto ao risco de
transmissão de doenças. Prática do aleitamento cruzado.
A mulher convive com orientações do senso comum
oriundas dos familiares
2
2,3
Educação para a
Déficit de conhecimento sobre planejamento familiar
2
2,3
saúde/aprendizagem Déficit de informação sobre incontinência urinária no
período pós-parto
1
1,2
Déficit de informação sobre exercícios do assoalho
pélvico
1
1,2
Necessidade de informação a respeito do retorno da
atividade sexual, direitos sociais e trabalhistas
1
1,2
A família precisa de orientações quanto às mudanças
fisiológicas e psicológicas da puérpera
1
1,2
Falta de planejamento na volta ao trabalho
1
1,2
Marido desempregado
1
1,2
Conflitos da identidade como mãe. Expectativa frustrada
com o bebê. Sensação de útero vazio. Dificuldade de
perceber o bebê como separado de si, permanecendo em
um vínculo simbiótico ou negando o nascimento da
criança. Necessidade de ser alguém com direito à
diferença. Tomar decisões com ligação entre o saber e o
Auto-realização
fazer. Tomar decisões com respeito a sua opinião.
2
2,3
Tristeza pela gravidez não ter sido planejada
Dificuldade em perceber o bebê como separado de si,
permanencendo em um vínculo simbiótico ou negando o
nascimento da criança
1
1,2
Ausência de prazer em realizar atividades que antes eram
agradáveis
1
1,2
Dificuldade de concentração
1
1,2
Dormir no mesmo quarto do bebê
1
1,2
Espaço
Compartilhamento da cama com parceiros e filhos
1
1,2
Ter direito à moradia
1
1,2
Religiosidade/
Significado de vida
3
3,4
Espiritualidade
Total
82
100,0
Nota: Os percentuais foram calculados com base na frequência dos indicadores e não no número de
indicadores
60
4.1.2. Resultado da 2ª etapa: Avaliação da primeira versão do instrumento:
Indicadores empíricos e sua relação com as necessidades humanas por meio
do consenso de um grupo focal
A versão preliminar do instrumento constituída pelos IES identificados na
literatura foi avaliada por cinco especialistas mediante a realização da técnica do
Grupo Focal (GF). Participaram do Grupo Focal (GF), 05 enfermeiras com idade
entre 40 e 63 anos, dentre as quais, 04 eram docentes da área saúde da mulher,
sendo 02 doutoras e 01 doutoranda; 01 era docente com titulação de mestre que
também é enfermeira na atenção primária e 01 enfermeira especialista com atuação
na Estratégia Saúde da Família.
Tecendo considerações acerca do GF, considera-se que nesta técnica as
entrevistas têm a vantagem de serem eficientes na medida em que geram diálogo e
contribuem para o consenso entre os participantes. No desenvolvimento desta, as
opiniões e experiências dos especialistas são solicitadas simultaneamente (POLIT;
BECK, 2011). Dentre as técnicas de coleta e análise de dados, o GF, por meio da
interação grupal, promove uma discussão sobre um tema específico. Trata-se de
uma entrevista em grupo com o objetivo de os participantes explorarem seus pontos
de vista a partir de reflexões para o alcance de concepções grupais sobre uma
determinada temática (TRAD, 2009; BACKES et al., 2011).
O GF teve sua origem em 1926 na metodologia de pesquisa em Ciências
Sociais na Alemanha. Foi introduzida no Brasil na década de 1940 através de
avaliação de programas, marketing, regulamentação pública, propaganda e
comunicação. Na área da saúde sua utilização data de 1980, mais notadamente no
âmbito da Saúde Coletiva. Nas pesquisas em Enfermagem, ainda que de forma
tímida, o GF tem sido reconhecido como técnica de coleta de dados pelo seu
potencial alcance de concepções grupais a respeito de determinado tema na
produção de conhecimentos (RESSEL, et al., 2008; TRAD, 2009; BACKES et al.,
2011).
O GF tem a função de aprofundar o significado de uma temática. É uma
técnica de pesquisa decorrida de entrevistas grupais que quando empregada na
construção de indicadores visa adquirir um consenso sobre os dados encontrados e
que, posteriormente, serão analisados pelo investigador e transformados em
instrumentos ou dispositivos (MINAYO, 2009).
61
Em pesquisas quantitativas ou qualitativas, o GF pode ser considerado
um método principal, e também complementar, quando associado às técnicas de
entrevistas.
Seu uso tem ainda a finalidade de subsidiar a elaboração de
instrumentos de pesquisa e orientar o pesquisador a um campo de investigação e
linguagem local, entre outros propósitos (TRAD, 2009). É conhecido que o GF
oportuniza a interpretação de conceitos, conflitos, confrontos e pontos de vista entre
os participantes (RESSEL et al., 2008).
Conforme Minayo (2009), a fim de se manter a qualidade das discussões,
os participantes não devem exceder a oito pessoas. Segundo essa autora, as regras
de funcionamento precisam ser combinadas antecipadamente, como solicitar a cada
participante que só fale quando o outro terminar a sua fala; evitar as discussões
paralelas; pedir que esses expressem livremente suas opiniões; evitar o domínio de
alguns participantes na discussão e, por fim, manter o foco de todos com relação à
temática.
O GF deve ser realizado em espaço confortável, acessível, neutro aos
participantes, protegido de ruídos e interrupções externas. A distribuição dos seus
membros deve ser em torno de uma mesa oval ou retangular. Porém, havendo a
indisponibilidade disto ocorrer, sugere-se colocar cadeiras dispostas de forma
circular, de modo que o grupo mantenha uma interação face a face. Além disso, fazse necessário a disponibilização de água, chá, café e um lanche como parte do
acolhimento (TRAD, 2009).
4.1.2.1. A construção do grupo focal no estudo
1º passo - definição dos participantes: a primeira iniciativa foi definir o
perfil dos participantes do GF. Para isto, estabeleceram-se os seguintes critérios: um
número de cinco enfermeiros (as) que atuassem no ensino ou na assistência à
puérpera em atenção básica de saúde. Ademais, esses participantes deveriam ter
no mínimo dois anos de exercício profissional na área. Dessa forma, constituiu-se
uma amostra por conveniência.
2º passo - contato com os participantes: os participantes foram
contatados por telefone. Nesta ocasião, eles foram informados dos objetivos da
pesquisa e do grupo focal, bem como sobre a disponibilidade para participarem da
técnica.
62
3º passo - definição da data do GF: após o contato efetuado e a
participação confirmada, as enfermeiras foram informadas da data, hora, local e das
regras do GF. Anteriormente ao dia do encontro, confirmou-se, via telefone, o
horário e o local da reunião, no sentido de lembrar e estimular a presença de cada
participante.
4º passo - elaboração do roteiro norteador: como forma de
operacionalizar as atividades, elaborou-se um roteiro com a conceituação das
Necessidades Humanas de acordo com Benedet e Bub (2001), baseada em Horta
(1979, 2011), a distribuição dos indicadores empíricos e sua relação com as
necessidades humanas afetadas das puérperas proposta pela pesquisadora. Como
parte da dinâmica do GF, foi elaborada a seguinte pergunta norteadora: No seu
entendimento, os IES e as necessidades humanas afetadas apresentados nessa
distribuição pela pesquisadora estão de acordo com a classificação e definição das
necessidades humanas de Benedet e Bub (2001)? (APÊNDICE - E).
5º passo - preparação do ambiente: algumas providências foram
tomadas antes do encontro, tais como agendamento prévio do local, preparo da sala
(iluminação, ventilação, cadeiras estofadas, lanche, água e café), seleção e preparo
antecipado do material específico e organização do ambiente (cadeiras dispostas
em círculo, onde a moderadora permanecia no centro e a observadora ao lado). A
formação do GF foi estruturada conforme apresentado na Figura - 6.
Figura 6 - Estrutura de formação do Grupo Focal
P1
P5
P2
Moderador
P4
P3
63
6º passo – condução do GF: o GF foi realizado em dois encontros no
mês de maio e um no mês de junho de 2013, perfazendo um total de 6 horas de
duração. Este tempo extrapolou o estabelecido previamente – 3 horas - devido à
profundidade das discussões, entre as enfermeiras, acerca das NHB e sua relação
com os IES apresentados. Antecedendo o início das reuniões, realizou-se leitura do
TCLE (APÊNDICE - D) e solicitou-se às participantes a concordância formal,
conforme preconiza a Resolução CNS 466/12 do MS que regulamenta a pesquisa
com seres humanos no Brasil. A fim de se obter os dados de identificação, utilizouse uma ficha na qual as enfermeiras foram identificadas com a letra P, seguida de
um número em ordem crescente. Esta estratégia teve como finalidade preservar a
identidade e anonimato dos membros do GF.
Inicialmente,
procedeu-se
com
breve
introdução
por
parte
do
moderador/pesquisador, apresentando os objetivos da pesquisa e do GF, bem como
as regras de condução da técnica. Em seguida, houve apresentação dos membros
por meio de uma dinâmica de grupo, com o objetivo de promover interação entre os
envolvidos no processo. Após esse momento, foi entregue a cada participante um
roteiro com a definição das necessidades humanas, segundo Benedet e Bub (2001),
e os IES levantados na literatura pela pesquisadora (APÊNDICE - E). Estes dados
foram projetados por meio de equipamentos eletrônicos e assim permaneceram
durante todo o transcurso do GF. À medida que as discussões ocorriam, o
observador procedia com o registro da dinâmica do grupo e auxiliava na condução
dos trabalhos como admite Backes (2011). No desenvolvimento do GF, os
participantes discutiram entre si, falando um por vez até chegar ao consenso.
As necessidades humanas básicas e sua relação com os IES foram
discutidas pelos participantes de forma exaustiva até haver concordância entre elas.
Acredita-se que desse modo as questões tratadas deram consistência aos
resultados. Sendo assim, o GF foi encerrado com apresentação da classificação dos
IES das puérperas encontrados na literatura e as necessidades humanas afetadas
relacionadas a esses indicadores pelo grupo. Neste sentido, as NHB da puérpera e
os IES foram relacionados como pode ser observado nos quadros – 3 e 4.
64
Quadro 3 – Distribuição dos indicadores empíricos segundo as necessidades psicobiológicas
afetadas das puérperas de acordo com o consenso do Grupo Focal. Natal, 2013.
Indicadores Empíricos das necessidades psicobiológicas afetadas das puérperas de acordo
com o Grupo Focal
Necessidades Psicobiológicas
Indicadores Empíricos
Oxigenação
Gripe/resfriado
Hidratação
Hemorragia
Alimentação
Dificuldade em manter uma dieta saudável
Inapetência
Mudanças significativas no apetite e no peso
Eliminação
Incontinência urinária
Sono e Repouso
Atividade física
Sexualidade
Segurança física/ meio ambiente
Cuidado corporal
Integridade física
Regulação vascular
Regulação térmica
Regulação neurológica
Percepção dos órgãos dos sentidos
Terapêutica
Cansaço/fadiga
Sono prejudicado
Algumas limitações físicas da puérpera para
executar atividades
Dificuldade em se exercitar
Desinteresse sexual
Falta de intimidade conjugal
Insatisfação com o casamento
Ter acesso à escolha de métodos contraceptivos
Abuso sexual e violência física pelo parceiro
Estresse
Loquiação purulenta
Mastite
Risco de suicídio e infanticídio
Ter meio ambiente adequado, transporte, boas
condições de vida
Uso de fumo,bebidas alcoólicas e café à noite
Déficit do autocuidado
Episiotomia
Eritema,
deiscência
espontânea,
abcesso,
endurecimento na ferida cirúrgica
Fissura mamilar
Hiperemia e equimose na região perineal
Ingurgitamento mamário
Laceração perineal
Mastite
Anemia
Edema
Exsudato seroso ou purulento
Hemorragia
Involução uterina prejudicada
Loquiação purulenta
Hipertermia
Atividade psicomotora
Capacidade intracraniana (cefaleia)
Função cognitiva
Nível de consciência
Cefaleia
Dispareunia
Dor abdominal
Dor lombar
Dor na incisão cirúrgica
Dor na região perineal
Dor no corpo
Mastalgia
Sensibilidade uterina aumentada
Alteração na saúde do bebê
Anemia
65
Diabetes gestacional (precisam de acompanhamento
e avaliação)
Falta de aconselhamento e acompanhamento
profissional no pós-parto
Hemorragia
Hipertensão
Incapacidade de controlar o peso corporal
Necessidade de exame físico para avaliação da
saúde da mãe e do bebê
Necessidade de avaliação do estado emocional,
flutuação de humor, preocupações, desânimo,
fadiga, choro, irritabilidade, insônia, pesadelos,
dificuldade de concentração, condições de apoio
social e familiar, vínculo mãe-filho
Necessidade de informação a respeito do retorno
da atividade sexual/métodos contraceptivos; da
prevenção de DST/HIV/Aids; direitos sociais e
trabalhistas
Necessidade de orientações à família quanto às
mudanças fisiológicas e psicológicas da puérpera
Ter acesso a um serviço de saúde/contrarreferência
Quadro 4 – Distribuição dos indicadores empíricos segundo as necessidades psicossociais
afetadas das puérperas de acordo com o consenso do Grupo Focal. Natal, 2013.
Indicadores Empíricos das necessidades humanas afetadas das puérperas de acordo com o
Grupo Focal
Necessidades Psicossociais
Indicadores Empíricos
Comunicação
Gregária
Recreação e Lazer
Segurança emocional
Amor, Aceitação
Tomar decisões com respeito a sua opinião
Ciúmes dos filhos mais velhos com a chegada do
bebê
Desconfiança de todos
Falta de apoio familiar, social e de amigos
Introversão
Necessidade de uma reformulação nos papéis e nas
regras de funcionamento familiar devido à chegada de
um novo membro
Participar de grupos de educação e/ou informação em
saúde
Ausência de prazer em realizar atividades que antes
eram agradáveis
Conflitos da identidade como mãe
Depressão pós-parto anterior ou atual
Instabilidade emocional, lágrimas imotivadas, tristeza
súbita e transitória, introversão
Quadros agudos de sofrimento
Sensação de mal-estar: ansiedade, inquietação
Sentimentos de desvalia, culpa, tristeza, fracasso,
desamparo, desesperança, falta de energia e
motivação
Sentimentos de inutilidade e culpa, indecisão,
capacidade diminuída de pensar, de se concentrar,
pensamentos recorrentes de morte
Sofrimento emocional relativo à família
Violência física e psicológica
Desapontamento com o nascimento
Desprendimento da criança e do mundo
Falta de suporte do marido durante o período pósparto
66
Liberdade e Participação
Educação para a saúde/ aprendizagem
Autorrealização
Espaço
Insatisfação com o casamento
Marido com outras parceiras sexuais
Necessidade de ser alguém com direito à diferença
Tomar decisões com ligação entre o saber e o fazer
Conhecimento adquirido por meio de orientações do
senso comum quanto às questões ligadas ao
puerpério
Déficit de conhecimento sobre aleitamento exclusivo
Déficit de conhecimento quanto ao aleitamento
cruzado
Déficit de conhecimento quanto ao autocuidado e
cuidado com o recém-nascido
Desmame precoce
Diabetes gestacional (precisam de acompanhamento
e avaliação)
Falta de aconselhamento e acompanhamento
profissional no período pós-parto
Falta de orientações para cuidar do filho
Alteração da rotina e da estrutura familiar
Conflitos da identidade como mãe
Marido desempregado
Precárias condições socioeconômicas
Tristeza pela gravidez não ter sido planejada
Compartilhamento da cama com o parceiro e filhos
Ter direito à moradia
Na categoria das necessidades psicobiológicas, foram selecionadas as
necessidades de oxigenação, hidratação, alimentação, eliminação, sono e repouso,
atividade física, sexualidade, segurança física e meio ambiente, cuidado corporal,
integridade física, regulação vascular, regulação térmica, regulação neurológica,
percepção dos órgãos dos sentidos, terapêutica e de prevenção.
Nas necessidades psicossociais, foram categorizadas as necessidades
de comunicação, gregária, recreação e lazer, segurança emocional, amor e
aceitação, autoestima, autoconfiança, autorrespeito, liberdade e participação,
educação para a saúde/ aprendizagem, autorrealização e espaço. Nesta fase, não
houve a identificação do indicador empírico na necessidade psicoespiritual.
67
4.1.3. Resultado da 3ª etapa: Estruturação do instrumento mediante a
categorização dos indicadores empíricos das necessidades humanas afetadas
das puérperas por Garcia e Cubas (2012) e sua avaliação por meio do grupo
focal
Após ser avaliado no GF, o documento foi estruturado com base na
categorização dos indicadores, segundo Garcia e Cubas (2012), e submetido à
validação.
A elaboração do instrumento da coleta de dados foi norteada por
indicadores empíricos das necessidades humanas da puérpera, identificados e
refinados nas etapas anteriores. Justifica-se a seleção dos indicadores pela precisão
de se elaborar um instrumento que abordasse as reais necessidades da puérpera.
Pois, quando a coleta de dados é excessiva ou realizada de modo incompleto
dificulta e inviabiliza o planejamento da assistência de enfermagem. Em função
disso, é fundamental determinar e padronizar o conjunto de dados essenciais que
forneça informações suficientes e necessárias à avaliação inicial do estado de saúde
da cliente (MARIN; BARBIERE; BARROS, 2010).
A princípio utilizou-se a classificação das NHB segundo Benedet e Bub
(2001). Este referencial foi adotado na ocasião das primeiras reuniões do GF.
Entretanto, durante o desenvolvimento do estudo, a pesquisadora tomou
conhecimento de uma classificação recente que aborda os conceitos das
necessidades, os dados a coletar, os diagnósticos, as intervenções de enfermagem
e os resultados de acordo com a terminologia CIPE ® em uma única obra (GARCIA;
CUBAS, 2012). Neste contexto, considerou relevante adotar a referida classificação
para nortear o estudo. Convém ressaltar que as autoras empregam os termos
necessidades humanas (NH) ao invés de necessidades humanas básicas (NHB).
Visto isso, julgou-se necessária uma nova avaliação do GF tomando como base este
referencial. Assim sendo, os IES foram categorizados e apresentados ao GF.
Os especialistas de posse do documento (APÊNDICE - F) procederam
com a validação da versão inicial do instrumento pelo Índice de Validade de
Conteúdo (IVC). Após analisarem a categorização dos IES, as enfermeiras foram
solicitadas a assinalar as alternativas considerando os escores: 4- extremamente
relevante; 3- relevante; 2- pouco relevante; 1- irrelevante.
Além disso, caso as
participantes julgassem necessário, poderiam utilizar o espaço abaixo de cada item
para registrar suas observações.
68
Foram identificados e categorizados 78 indicadores empíricos. Deste
processo de categorização, foram relacionadas 27 necessidades humanas afetadas,
sendo 16 no nível psicobiológico, 10 no psicossocial e 01 no psicoespiritual. Os
resultados são demonstrados no quadro – 5 e 6.
Para o agrupamento dos IES identificados, foi realizado um processo de
categorização norteado pelo conjunto de informações que os profissionais devem
coletar com a clientela proposto por Garcia e Cubas (2012). Estes dados, quando
listados, possibilitam a formulação do diagnóstico de enfermagem e determinam a
intervenção de enfermagem que contribua para o alcance do resultado esperado
(GARCIA; CUBAS, 2012).
Quadro 5 – Categorização dos indicadores empíricos das necessidades humanas afetadas das
puérperas de acordo com Garcia e Cubas, 2012. Natal, 2013.
Indicadores Empíricos das necessidades humanas afetadas das puérperas
Necessidades Psicobiológicas
Indicadores Empíricos
Oxigenação
Tosse
Secreção
Hidratação
Perda de líquido
Alimentação
Acesso a alimentos
Amamentação
Apetite
Ganho súbito de peso
Eliminação
Hábito de eliminação urinária
Sono e Repouso
Característica do repouso
Característica do sono
Atividade física
Hábito de atividades físicas
Capacidade de exercitar-se
Sexualidade e Reprodução
Práticas sexuais (desinteresse sexual)
Uso de métodos contraceptivos
Segurança física e Meio ambiente
Violência (sexual e física pelo parceiro)
Fatores de risco para infecção (loquiação–mama)
Condições ambientais domiciliares e peridomiciliares
Tabagismo
Alcoolismo
Cuidado corporal e ambiental
Capacidade para o autocuidado (aparência pessoal e
higiene)
Integridade física
Características da pele (integridade, coloração, turgor,
textura)
Condições das mamas
Regulação vascular
Anemia
Edema (+/++++)
Estresse e modo de enfrentamento
Perda sanguínea
Pressão arterial
Regulação térmica
Temperatura corporal
Regulação neurológica
Atividade psicomotora
Capacidade intracraniana (cefaleia)
Função cognitiva
Nível de consciência
Regulação hormonal
Fluxo menstrual
Involução uterina
69
Necessidades Psicoespirituais
Lactação
Nível de glicose sanguínea
Dor (cefaleia, na relação sexual, abdominal, lombar, na
incisão cirúrgica, na região perineal, no corpo, nas
mamas, no útero)
Comportamento em busca de saúde (do bebê diabetes gestacional – anemia - aconselhamento e
acompanhamento profissional no pós-parto)
Padrão de enfrentamento de problemas
Indicadores Empíricos
Padrão de comunicação familiar
Interação familiar
Padrão de enfrentamento familiar
Rede de apoio
Rede social
Desempenho de papéis familiares
Participação em grupos/instituições comunitários
Atividades preferenciais de recreação e lazer
Enfrentamento de situações ou problemas
Eventos estressantes recentes
Histórico de problemas emocionais
Histórico de problemas mentais
Desempenho de papéis familiares
Rede de apoio familiar
Rede de apoio social
Vínculo familiar
Aceitação da condição de saúde
Aceitação da condição pessoal
Autoimagem
Confiança em si e nos outros
Mecanismos de adaptação ou defesa
Senso de valor pessoal
Conhecimento dos direitos e deveres
Padrão comunitário de tomada de decisões
Padrão familiar de tomada de decisões
Padrão pessoal de tomada de decisões
Participação no plano terapêutico
Acesso à informação sobre cuidados com a saúde
Capacidade para o autocuidado
Conhecimento sobre o estado de saúde
Situações que interferem na adesão ao plano
terapêutico
Apoio para desempenho de papéis
Distribuição de tarefas na família
Papel no âmbito da família
Satisfação com o desempenho de papéis
Disponibilidade de espaço pessoal
Número de cômodos no domicílio
Número de pessoas/famílias no domicílio
Preservação da privacidade da família
Indicadores Empíricos
Religiosidade e Espiritualidade
Significado de vida
Sensopercepção
Terapêutica e de prevenção
Necessidades Psicossociais
Comunicação
Gregária
Recreação e Lazer
Segurança emocional
Amor, Aceitação
Autoestima, Autoconfiança, Autorrespeito
Liberdade e Participação
Educação para a saúde e aprendizagem
Autorrealização
Espaço
70
No que se refere à validação dos itens que compuseram a primeira
versão do instrumento, utilizando o índice de validação de conteúdo (IVC), os
resultados demonstraram um consenso de opiniões entre os especialistas em todos
os itens apresentados.
É importante acentuar que na elaboração do primeiro questionário foram
validados os indicadores empíricos das NH, categorizados na segunda fase. O
instrumento foi apresentado às especialistas (APÊNDICE - F) com o objetivo de
obter um consenso do grupo acerca dos IES que iriam compor a versão final do
instrumento. Estes IES consubstanciaram a seleção dos enunciados de diagnósticos
e intervenções de enfermagem (Quadro - 6).
O quadro 6 apresenta a avaliação dos especialistas quanto à pertinência
dos IES. A concordância das respostas alcançou 100% em todos os indicadores. No
entanto, foi sugerida e acatada, neste estudo, a alteração na classificação da
necessidade humana de nutrição, empregada por Garcia e Cubas (2012), para
necessidade humana de alimentação. Considerou-se que, ao utilizar o termo
nutrição, pode-se caracterizar uma apropriação indevida do termo utilizado na
ciência da nutrição, exclusiva ao profissional nutricionista. Sendo assim, o conteúdo
total foi considerado válido, visto a porcentagem ultrapassar o valor de validação
anteriormente estabelecido de 70% de concordância.
Quadro 6 – Concordância dos especialistas quanto à pertinência e ao conteúdo dos
itens que compõe a primeira versão do instrumento. Natal, 2013.
NH
Oxigenação
Hidratação
Alimentação
Eliminação
Sono e Repouso
Atividade física
Sexualidade e
Reprodução
Segurança física e Meio
ambiente
Cuidado corporal e
Indicadores Empíricos
Necessidades Psicobiológicas
IVC
Tosse
Secreção
Perda de líquido
Acesso a alimentos
Amamentação
Apetite
Ganho súbito de peso
Hábito de eliminação urinária
Característica do repouso
Característica do sono
Hábito de atividades físicas
Capacidade de exercitar-se
Práticas sexuais (desinteresse sexual)
Uso de métodos contraceptivos
Violência (sexual e física pelo parceiro)
Fatores de risco para infecção (loquiação–mama)
Condições ambientais domiciliares e peridomiciliares
Tabagismo
Alcoolismo
Capacidade para o autocuidado (aparência pessoal e higiene)
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
71
ambiental
Integridade física
Regulação vascular
Regulação térmica
Regulação neurológica
Regulação hormonal
Sensopercepção
Terapêutica e de
prevenção
Comunicação
Gregária
Recreação e Lazer
Segurança emocional
Amor, Aceitação
Autoestima,
Autoconfiança,
Autorrespeito
Liberdade e Participação
Educação para a saúde e
aprendizagem
Autorrealização
Características da pele (integridade, coloração, turgor, textura)
Condições das mamas
Anemia
Edema (+/++++)
Estresse e modo de enfrentamento
Perda sanguínea
Pressão arterial
Temperatura corporal
Atividade psicomotora
Capacidade intracraniana (cefaleia)
Função cognitiva
Nível de consciência
Fluxo menstrual
Involução uterina
Lactação
Nível de glicose sanguínea
Dor (cefaleia, na relação sexual, abdominal, lombar, na incisão
cirúrgica, na região perineal, no corpo, nas mamas, no útero)
Comportamento em busca de saúde (do bebê - diabetes
gestacional – anemia - aconselhamento e acompanhamento
profissional no pós-parto)
Padrão de enfrentamento de problemas
Necessidades Psicossociais
Padrão de comunicação familiar
Interação familiar
Padrão de enfrentamento familiar
Rede de apoio
Rede social
Desempenho de papéis familiares
Participação em grupos/instituições comunitários
Atividades preferenciais de recreação e lazer
Enfrentamento de situações ou problemas
Eventos estressantes recentes
Histórico de problemas emocionais
Histórico de problemas mentais
Desempenho de papéis familiares
Rede de apoio familiar
Rede de apoio social
Vínculo familiar
Aceitação da condição de saúde
Aceitação da condição pessoal
Autoimagem
Confiança em si e nos outros
Mecanismos de adaptação ou defesa
Senso de valor pessoal
Conhecimento dos direitos e deveres
Padrão comunitário de tomada de decisões
Padrão familiar de tomada de decisões
Padrão pessoal de tomada de decisões
Participação no plano terapêutico
Acesso à informação sobre cuidados com a saúde
Capacidade para o autocuidado
Conhecimento sobre o estado de saúde
Situações que interferem na adesão ao plano terapêutico
Apoio para desempenho de papéis
Distribuição de tarefas na família
Papel no âmbito da família
Satisfação com o desempenho de papéis
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
72
Espaço
Religiosidade e
Espiritualidade
Disponibilidade de espaço pessoal
Número de cômodos no domicílio
Número de pessoas/famílias no domicílio
Preservação da privacidade da família
Necessidades Psicoespirituais
Significado de vida
1,0
1,0
4.1.4. Resultado da 4ª etapa: Validação do conteúdo e da forma da segunda
versão do instrumento pelas especialistas por meio da Técnica Delphi
De posse dos dados de identificação da puérpera juntamente com os
indicadores empíricos validados na etapa anterior, foi elaborada a segunda versão
do Instrumento de Consulta de Enfermagem à puérpera na atenção básica de
saúde.
Utilizou-se a técnica Delphi de validação objetivando obter, comparar e
direcionar o julgamento de peritos com a finalidade de alcançar um acordo sobre um
determinado assunto. Trata-se de um conjunto de procedimentos aplicado a um
grupo não presencial a fim de conseguir um consenso sobre o tema, cujos dados
disponíveis são insuficientes ou contraditórios (JUSTO, 2005). Nesta fase, a
segunda versão do instrumento foi submetida à validação de forma e conteúdo. Para
Lobiondo-Wood e Haber (2001), a validação consiste em avaliar se o instrumento
mede aquilo a que se propõe medir.
A técnica Delphi é em essência uma série de questionários ou 'rodadas',
intercalados por feedback, que procura obter o consenso mais confiável da opinião
de um painel de especialistas (POWELL,2003). Desta forma, permite que os
especialistas expressem suas opiniões sobre determinado tema sem ter contato
pessoal, eliminando a conflitualidade das reuniões presenciais (JUSTO, 2005).
O desenvolvimento dessa técnica se dá da seguinte maneira: elaboração
do questionário e seleção dos especialistas. Estes quando estão de acordo, têm
maior probabilidade de estarem corretos em questões relativas ao seu campo de
especialidade do que os não especialistas. Neste estudo, as informações/questões a
serem validadas foram enviadas às enfermeiras de forma individual, as quais
responderam anonimamente. As especialistas procederam com a validação dos
dados relativos à instituição, dados de identificação da puérpera, bem como dos
dados a serem coletados na avaliação das necessidades humanas da puérpera.
Após analisarem os itens sugeridos, as especialistas foram solicitadas a marcar as
73
alternativas considerando os escores: 4- extremamente relevante; 3- relevante; 2pouco relevante; 1- irrelevante e se achassem necessária alguma observação,
utilizariam o espaço abaixo de cada item destinado para este fim (APÊNDICE - J).
As informações foram agrupadas e organizadas pela pesquisadora, que de
posse dessas compilou uma lista com todas as alterações e sugestões propostas e
a enviou novamente às avaliadoras. A estas, solicitou-se reconsiderar a lista e
responder indicando sua concordância ou não com os itens elencados (APÊNDICE L). As respostas foram trabalhadas do mesmo modo que a etapa anterior e assim se
obteve o consenso do grupo de especialistas. Desta maneira, os passos seguidos
tiveram como base o entendimento de Silva e Tanaka (1999), as quais enfatizam
que as avaliações sucessivas devem ser encerradas com o consenso dos
especialistas.
Ressalta-se que a técnica Delphi foi utilizada neste estudo por entender
que através dela se consegue a opinião convergente de vários especialistas e temse como produto final a concordância de um grupo. Logo, adquire-se conhecimento
e critérios, mesmo estando os avaliadores distantes geograficamente. Ademais, o
número de especialistas fica determinado diretamente ao fenômeno a ser estudado.
Evita, também, o confronto face a face, permitindo eliminar as pressões que os
participantes teriam nesse tipo de confronto, considerando os aspectos psicológicos
envolvidos no processo de comunicação (FARO, 1997; SILVA; TANAKA, 1999;
ALVARENGA; CARVALHO; ESCÁRIA, 2007).
A população participante da técnica Delphi foi constituída por 33
especialistas
que
atenderam
aos
critérios
de
inclusão
da
pesquisa.
A
representatividade da amostra foi avaliada sobre as qualidades do painel de
especialistas, ao invés de seu quantitativo. A técnica é designada como painéis de
especialistas pela disponibilidade dos membros do painel em dar contribuição
adequada na validação do instrumento (POWEL, 2003).
Participaram da técnica Delphi 27 especialistas, também denominadas de
juízas, as quais foram identificadas por meio de busca do currículo na Plataforma
Lattes. Nesta fase, questionou-se às especialistas quanto à disponibilidade em
participar do estudo por meio de carta enviada via correio eletrônico (APÊNDICE G). Dessas, 12 concordaram em participar do estudo mediante devolução do TCLE
(APÊNDICE - H) assinalado, bem como do instrumento devidamente respondido e
portando as devidas observações. Estes, uma vez apreciados pela pesquisadora,
74
tiveram alterações elencadas e, em seguida, encaminhadas aos especialistas,
solicitando-se as opiniões sobre as mudanças sugeridas pelas demais participantes.
Nesta segunda fase, participaram sete especialistas.
Foi utilizado o sistema eletrônico Surveymonkey com o objetivo de facilitar
para as participantes o envio do documento com relação ao TCLE e aos dados de
identificação das participantes. Neste sistema, utilizado via internet, o TCLE vem
integralmente descrito e logo abaixo as opções de aceitar ou não participar da
pesquisa. As respostas foram coletadas e enviadas ao coletor da pesquisadora via
sistema. Esta etapa possibilitou a obtenção de consenso de opiniões quanto à
suficiência, clareza, repetição, pertinência dos itens de identificação e avaliação da
puérpera, bem como do formato do instrumento.
Com a finalidade de concretizar esta etapa foram elaborados dois
instrumentos de avaliação, um portando dados de identificação que caracterizavam
os peritos (APÊNDICE - I) e outro constituído pelos itens do modelo da CE (dados
de identificação da instituição, dados de identificação da puérpera e dados de
avaliação das necessidades humanas afetadas da puérpera) (APÊNDICE - J). Na
segunda rodada de avaliação, foi elaborado um instrumento contendo as alterações
sugeridas. Neste contexto, solicitou-se aos especialistas respostas que indicassem
concordância ou não concordância das modificações indicadas (APÊNDICE - L).
Atingindo o consenso das especialistas, na segunda rodada, a técnica
deu-se por encerrada e a apreciação foi enviada aos participantes em forma de
relatório final contendo tabulação, análise dos dados recebidos. Somado a isso, os
agradecimentos pela participação na validação da segunda versão do instrumento. A
figura – 7 demonstra esquematicamente como a técnica Delphi é realizada.
75
Figura 7- Estrutura base da Técnica Delphi por Alvarenga, Carvalho e Escária
(2007).
Fonte: Alvarenga, Carvalho e Escária (2007).
O grupo de especialistas foi composto de doze enfermeiras docentes com
idade entre 20 e mais de 51 anos. Dentre estas, sete possuem doutorado e cinco,
mestrado. Quanto ao tempo de formação, sete afirmaram ter entre 11 e 20 anos de
experiência profissional e trabalhar em universidade pública. A grande maioria (11)
informou ter ministrado disciplina envolvendo terminologias de Enfermagem e
utilizado o PE em sua prática profissional.
Para a avaliação da segunda versão do instrumento, utilizou-se a técnica
Delphi, a qual constou de duas rodadas avaliativas com doze e sete enfermeiras,
respectivamente. Os resultados demonstraram que nos dados de identificação da
puérpera, o item responsável pela família não obteve o índice mínimo de 70% de
concordância previamente estabelecido para ser considerado validado. Quanto aos
itens referentes à avaliação da puérpera, as necessidades de atividade física, como
também de amor e aceitação, obtiveram os índices de 60%, sendo, portanto,
excluídos do instrumento. Alguns especialistas consideraram que não é o momento
adequado para a puérpera realizar atividades físicas, sendo mais importante avaliar
se a atividade praticada pela mulher é exaustiva para o período puerperal. Com
relação aos dados da necessidade de amor e aceitação, consideraram que os IES
se repetiam em outras necessidades.
A elaboração do primeiro questionário da técnica Delphi (APÊNDICE - J)
baseou-se nos dados de identificação da instituição e da puérpera, bem como dos
IES das NH que compuserem o instrumento final e consubstanciaram a seleção dos
DE, IE e resultados (Quadro - 7).
O quadro 7 apresenta a validação dos especialistas quanto à pertinência
dos dados de identificação e de avaliação da puérpera. Dos itens considerados
76
validados, a anuência das respostas se manteve entre 70 e 100%. O conteúdo foi
considerado validado, visto a percentagem mínima ter ultrapassado 70% de
concordância.
Quadro 7 - Concordância dos especialistas quanto à pertinência e ao conteúdo dos itens que
compõe a segunda versão do instrumento. Natal, 2013.
Dados de Identificação da Puérpera
IVC
Responsável pela família
Prontuário nº e Área
Nome
Data de nascimento
Nº de filhos e Idade dos filhos
Endereço
Data do parto e Data da alta hospitalar
Parto
Avaliação da puérpera – Necessidades Humanas
Oxigenação
Hidratação e Alimentação
Eliminação
Sono e Repouso
Atividade física
Sexualidade e Reprodução
Segurança física e Meio ambiente
Cuidado corporal e ambiental
Integridade física
Regulação vascular
Regulação térmica
Regulação neurológica
Regulação hormonal
Sensopercepção
Terapêutica e de prevenção
Comunicação
Gregária
Recreação e Lazer
Segurança emocional
Amor, Aceitação
Autoestima, Autoconfiança, Autorrespeito
Liberdade e Participação
Educação para a saúde e aprendizagem
Autorrealização
Espaço
Religiosidade e Espiritualidade
0,2
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
0,8
1,0
0,8
0,9
1,0
0,6
0,8
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
0,7
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
0,6
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
0,8
Apesar dos itens serem considerados validados, algumas sugestões de
inclusão e exclusão de componentes foram propostas pelas participantes. Diante
disto, foi realizada uma segunda rodada de avaliação, na qual 07 participantes
77
responderam a um questionário, cujas alternativas de resposta eram concordo ou
discordo das sugestões/alterações sugeridas na primeira rodada (APÊNDICE L).
As alterações sugeridas pelos especialistas e os IC alcançados podem
ser observadas no quadro – 8.
Quadro 8 - Concordância dos especialistas quanto à sugestão de inclusão e exclusão de
do instrumento. Natal, 2013.
Sugestão de inclusão e exclusão de itens do instrumento
Dados de Identificação da puérpera
Acrescentar o item “data da consulta”
Retirar o item “Idade”
Retirar o item “fórceps” em tipo de parto
Substituir o termo “tempo de parto” por “dados do parto”
Avaliação das Necessidades Humanas
Separar as necessidades de alimentação e hidratação em 2 itens distintos
Substituir o termo “frequência” na ingestão de líquidos por “quantos copos/dia” na
necessidade de hidratação
Substituir o termo “tipo” por “características” na eliminação urinária e na eliminação intestinal
na necessidade de eliminação
Retirar a pergunta: “existe satisfação/prazer na relação sexual?”
Retirar o item: “condições de moradia (boa, regular, ruim)” da necessidade de segurança
física e meio ambiente
Acrescentar o item “altura uterina ___cm” na necessidade de regulação hormonal
Retirar o item: “ ltimo resultado do hemograma” na necessidade de regulação hormonal
Retirar o item: “resultado da citologia oncótica” na necessidade de regulação hormonal
Retirar o item: “Gosta de viver? Por quê?”
itens
IC
1,0
0.8
0,6
1,0
0.8
1,0
0,8
0,7
0,7
1,0
0,7
0,6
0,8
A inclusão da data da consulta foi sugerida e alcançou um IC de 100%.
Este é um dado relevante, considerando que a consulta atende a dois momentos, no
7º e no 40º dias de pós-parto. Com relação ao item idade, sugeriu-se a sua
exclusão, obtendo um IC de 80 %, sob a justificativa de que a idade sofre alteração
com o tempo, sendo suficiente apenas a data de nascimento. Do mesmo modo,
houve sugestão de retirar o termo fórceps quando relacionado ao tipo de parto.
Segundo as especialistas, trata-se de uma técnica em desuso pelos obstetras.
Entretanto, visto ter obtido um IC de 60 %, manteve-se no instrumento.
Outra
solicitação voltou-se para a substituição do termo “tempo de parto” por “dados do
parto”, cujo IC foi de 1
%.
Para melhor compreensão no preenchimento dos dados, as enfermeiras
sugeriram separar as necessidades de hidratação e alimentação. Durante o
processo de validação, uma especialista achou “confuso” os dados referentes às
duas necessidades em um só item. Este alcançou IC de 80 % reforçando, assim, a
coerência entre as opiniões emitidas. Referente à “frequência” na ingestão de
78
líquidos houve dúvida quanto à forma de como seria avaliada esta frequência. Deste
modo, foi indicada a alteração para “quantos copos/dia” com 1
% de aprovação.
As especialistas consideraram inadequados os termos “tipo” e sugeriram
substituir por “características” na avaliação concernente às eliminações urinária e
intestinal, obtendo um IC de 80%. Como também retirar a pergunta “existe
satisfação/prazer na relação sexual?”, pois consideraram que no puerpério este
aspecto torna-se irrelevante. Esta questão foi, portanto, retirada do instrumento,
visto ter obtido um IC de 70%. No entanto, vale ressaltar que se tratando da primeira
consulta puerperal, no sétimo dia de pós-parto, isto é aceitável, porém, no puerpério
tardio, investigar a satisfação sexual torna-se relevante quando se considera que
neste período há retorno das atividades sexuais.
Na necessidade de segurança física e meio ambiente, foi solicitado retirar
o item: “condições de moradia (boa, regular, ruim)” por considerarem que depende
do ponto de vista de quem o avalia. Obteve um IC de 70%, sendo, portanto, excluído
do instrumento. As especialistas sugeriram acrescentar a “altura uterina cm” na
necessidade de regulação hormonal com IC de 100%. Sobre “último resultado do
hemograma” e “resultado da citologia oncótica”, houve sugestão de retirada desses,
uma vez que dependendo da data na qual foram realizados podem estar
desatualizados. Os índices alcançados foram de 70% e 50%, respectivamente.
Apesar dessa avaliação, mantiveram-se os itens relativos ao resultado do
hemograma e da citologia oncótica. Um estudo realizado na Inglaterra em 279
mulheres com dois meses pós-parto encontrou que dentre estas, 115 eram
anêmicas. A anemia pós-parto contribui em 25% das mortes maternas tornando-se
importante investigá-la e tratá-la adequadamente (DEARMAN, 2012).
Com relação à necessidade de religiosidade e espiritualidade , três
especialistas solicitaram a exclusão da pergunta: “Gosta de viver? Por quê?”. Estas
a consideraram vaga e constrangedora, como também apontaram a possibilidade de
se obter uma resposta que não corresponda com a verdade. Esta pergunta foi,
portanto, retirada do instrumento por obter IC de 80%.
Após a aplicação das alterações sugeridas, adquiriu-se um conjunto de
dados essenciais a serem coletados na puérpera levando em consideração que a
mulher encontra-se em seu contexto domiciliar, vista de modo holístico, ou seja, em
seus aspectos biológico, psicossocial e espiritual. A partir dos itens validados e
79
aceitos pela pesquisadora, a segunda versão do instrumento foi corrigida. A figura 8
mostra a primeira e segunda parte do instrumento com as alterações realizadas.
Figura 8- Primeira e segunda partes da segunda versão do instrumento para Consulta
de Enfermagem à puérpera na atenção básica. Natal, Rio Grande do Norte, 2013
80
4.1.5. Resultado da 5ª etapa: Estruturação do instrumento mediante a
aplicação e desenvolvimento dos enunciados de diagnóstico/resultados e
intervenções de enfermagem
Uma vez validada a segunda versão, procedeu-se com a estruturação
final do instrumento. Inicialmente, os diagnósticos/resultados e intervenções de
enfermagem das terminologias CIPE® de acordo com Garcia e Cubas (2012) foram
selecionados com base nos indicadores identificados e validados na etapa anterior.
Na indisponibilidade ou conflito das afirmativas da CIPE ® com os indicadores
encontrados no estudo, desenvolveu-se enunciados de enfermagem relacionados
com as seguintes fases do PE: diagnósticos/resultados e intervenções de
enfermagem.
O desenvolvimento dos enunciados de diagnóstico de enfermagem ocorre
pela avaliação sobre os problemas e/ou necessidades da cliente pelo enfermeiro. A
seleção das intervenções de enfermagem baseou-se nos diagnósticos de
enfermagem que foram identificados a partir do agrupamento dos IES (dados a
coletar) de modo a alcançar os resultados esperados pelos quais o enfermeiro é
responsável. O resultado diz respeito à resposta da cliente após a implementação
das intervenções de enfermagem.
Portanto, nesta última fase, constituiu-se a estruturação final do
instrumento, contendo dados de identificação de avaliação da puérpera validados
pelos especialistas na técnica Delphi, dados do serviço, os enunciados de
diagnóstico, intervenções de enfermagem, bem como os resultados selecionados
pela pesquisadora. A estruturação do instrumento considerou as etapas do processo
de enfermagem que devem ser registradas de acordo com as Resoluções nº
358/2009, 429/2012 e no CIDEE (APÊNDICE - M).
Após a conclusão das rodadas da técnica Delphi, elaborou-se a versão
final do instrumento. A contribuição dos especialistas foi de suma importância para a
concretização desta fase do estudo. A partir deste resultado, desenvolveu-se a
terceira parte do instrumento denominada de Planejamento da Assistência de
Enfermagem à puérpera (Quadros - 9 e 10).
81
Quadro 9 – Seleção dos diagnósticos de enfermagem de acordo com os indicadores empíricos
validados no estudo.
Diagnóstico de Enfermagem selecionado
Agrupamento de indicadores empíricos
Padrão respiratório alterado
Tosse, secreção
Tosse produtiva
Ingestão de líquidos inadequada
Hábito de ingestão de líquido
Alimentação inadequada
Acesso a alimentos, amamentação, apetite, ganho
Peso corporal excessivo
súbito de peso
Emagrecimento
Eliminação urinária alterada
Hábito de eliminação urinária
Fadiga
Característica do repouso, característica do sono
Insônia
Repouso ineficaz
Sono ineficaz
Padrão sexual alterado
Práticas sexuais (desinteresse sexual)
Planejamento familiar ineficaz
Uso de métodos contraceptivos
Exposição à violência socioambiental
Condições ambientais domiciliares e peridomiciliares,
Violência doméstica
violência (sexual e física pelo parceiro), tabagismo,
Uso de álcool
alcoolismo
Uso de fumo
Uso de drogas ilícitas
Risco de suicídio
Autocuidado inadequado: banho/higiene e Capacidade para o autocuidado (aparência pessoal e
vestimentas
higiene)
Ingurgitamento mamário
Características da pele (integridade, coloração,
Fissura mamilar
turgor, textura), condições das mamas
Inflamação da mama
Ferida cirúrgica contaminada
Coloração da pele alterada (especificar local)
Risco da integridade da pele prejudicada
Infecção (especificar local)
Anemia
Edema (+/++++), perda sanguínea, pressão arterial
Edema
Perda sanguínea (especificar via e se leve,
moderada, severa)
Pressão arterial aumentada
Temperatura corporal aumentada
Temperatura corporal
Agitação
Atividade psicomotora, capacidade intracraniana
Atividade mental alterada: nível de
(cefaleia), função cognitiva, nível de consciência
consciência
Atividade mental alterada: orientação (tempo,
espaço, si mesmo, outrem)
Confusão
Involução uterina retardada
Involução uterina, lactação, nível de glicose
Lactação diminuída
sanguínea
Glicemia instável
Dor (especificar local e intensidade)
Dor (cefaleia, na relação sexual, abdominal, lombar,
na incisão cirúrgica, na região perineal, no corpo, nas
mamas, no útero)
Manutenção de saúde alterada
Comportamento em busca de saúde (do bebê Adesão inadequada ao regime terapêutico
diabetes gestacional – anemia – aconselhamento e
Adesão inadequada ao regime dietético
acompanhamento profissional no pós-parto),
padrão de enfrentamento de problemas
Comunicação familiar ineficaz
Padrão de comunicação familiar
Atitude familiar conflituosa
Interação familiar, padrão de enfrentamento familiar,
Interação social inadequada
rede de apoio, rede social, desempenho de papéis
Potencial para paternidade/ maternidade
familiares, participação em grupos/instituições
inadequada
comunitários
82
Risco de isolamento social
Risco de solidão
Atividade de recreação e lazer insuficiente
Ansiedade
Depressão pós-parto
Medo (especificar)
Desesperança
Sentimento de impotência
Tristeza
Baixa autoestima
Baixa confiança nos outros
Baixa iniciativa
Baixa volição/vontade
Conflito de decisão
Direitos de cidadania limitados (especificar)
Processo de tomada de decisão inadequado
Conhecimento insuficiente sobre aspectos do
puerpério
Conhecimento insuficiente sobre aleitamento
materno
Conhecimento insuficiente sobre cuidados
com o recém-nascido
Conhecimento inadequado (especificar o
tópico: estado de saúde, medicação, exames,
procedimentos terapêuticos, entre outros)
Uso inadequado de contraceptivo
Conflito de desempenho do papel de pai/mãe
Desempenho de papel ineficaz
Baixa privacidade
Espaço pessoal inadequado
Angústia
Percepção de falta de significado da vida
Atividades preferenciais de recreação e lazer
Enfrentamento de situações ou problemas, eventos
estressantes recentes, histórico de problemas
emocionais, histórico de problemas mentais
Aceitação da condição de saúde, aceitação da
condição pessoal, autoimagem, confiança em si e
nos outros, mecanismos de adaptação ou defesa,
senso de valor pessoal
Conhecimento dos direitos e deveres, padrão
comunitário de tomada de decisões, padrão familiar
de tomada de decisões, padrão pessoal de tomada
de decisões, participação no plano terapêutico
Acesso à informação sobre cuidados com a saúde,
capacidade para o autocuidado, conhecimento sobre
o estado de saúde, situações que interferem na
adesão ao plano terapêutico
Apoio para desempenho de papéis, distribuição de
tarefas na família, papel no âmbito da família,
satisfação com o desempenho de papéis, rede de
apoio familiar, rede de apoio social, vínculo familiar
Disponibilidade de espaço pessoal, número de
cômodos no domicílio, número de pessoas/famílias
no domicílio, preservação da privacidade da família
Significado de vida
Na elaboração final do instrumento para a consulta de enfermagem, foram
selecionados 73 Diagnósticos de Enfermagem e 155 Intervenções de Enfermagem a
partir da categorização dos IES validados na segunda e terceira etapas do estudo.
O diagnóstico de enfermagem é o processo de interpretação e
agrupamento dos dados coletados do indivíduo no histórico de enfermagem e
determina a tomada de decisão sobre as respostas da pessoa. Estas decisões
constituem a base para a seleção das intervenções de enfermagem, cuja aplicação
tem o propósito de obter um resultado esperado no processo saúde-doença
(COFEN, 2009).
Os diagnósticos de enfermagem são os resultados do julgamento clínico,
ou seja, da análise que o enfermeiro faz sobre a situação de saúde do indivíduo.
Sendo esta uma ação reflexiva, ela habilita o enfermeiro a rever seus conceitos,
83
seus julgamentos, levando-o a mudanças na atividade clínica. Além disso,
contribuem para viabilizar a SAE, uma vez que permitem a identificação de
indicadores do cliente, visando ao restabelecimento e à promoção da saúde
(MATOS, 2009).
Os diagnósticos de enfermagem necessitam ser registrados por meio de
uma linguagem específica e padronizada. Os DE na terminologia CIPE® representam
um título atribuído por um enfermeiro que ao tomar a decisão acerca de um
fenômeno tem como objetivo realizar a intervenção de enfermagem. Assim, para
registrá-lo, precisa utilizar um termo do eixo Foco e um termo do eixo Julgamento,
podendo ser acrescido de termos de outros eixos (CIE, 2007). Na aplicação dos
enunciados do diagnóstico, o enfermeiro obtém uma comunicação clara, objetiva e
organizada na assistência de enfermagem. O Quadro - 10 apresenta a seleção das
intervenções de enfermagem de acordo com os indicadores empíricos validados no
estudo e com os diagnósticos de enfermagem.
Quadro 10 – Seleção das intervenções de enfermagem de acordo com os indicadores
empíricos validados no estudo e diagnósticos de enfermagem.
Diagnósticos de Enfermagem
Intervenções de Enfermagem
Indicadores Empíricos
□ Padrão respiratório alterado
□ Encorajar puérpera a tossir
□ Tosse produtiva
□ Realizar ausculta pulmonar
□ Encaminhar à Unidade de Sa de
Tosse, secreção
□ Ingestão de líquidos inadequada
□ Orientar quanto à necessidade de ingerir líquidos
Hábito de ingestão de líquido
□ Alimentação inadequada
□ Encorajar ingestão de alimentos conforme necessidades
□ Peso corporal excessivo
nutricionais, preferências alimentares e condições
□ Emagrecimento
socioeconômicas
Acesso a alimentos, amamentação, □ Avaliar a necessidade de mudanças de hábitos alimentares
□ Incentivar a reeducação alimentar
apetite, ganho súbito de peso
□ Agendar consulta com nutricionista
□ Eliminação urinária alterada
□ Encorajar controle esfincteriano gradativo ao urinar
□ Orientar os exercícios de Kegel
Hábito de eliminação urinária
□ Orientar a higiene íntima
□ Agendar consulta médica
□ Fadiga
□ Identificar o motivo da perturbação do sono
□ Insônia
□ Encorajar descanso
□ Repouso ineficaz
□ Orientar sobre os fatores que interferem no sono, como
□ Sono ineficaz
café, chá preto, nicotina, refrigerantes, cochilos prolongados
Característica
do
repouso, durante o dia, temperaturas extremas, ventilação deficiente,
luminosidade inadequada, ruídos
característica do sono
□ Orientar a limitar o sono diurno a 2 -30 minutos pela
manhã ou tarde
□ Ensinar técnicas de relaxamento
□ Orientar a descansar e dormir enquanto o recém-nascido
dorme
□ Orientar a priorizar atividades
□ Orientar a delegar atividades a outras pessoas
84
□ Padrão sexual alterado
□ Planejamento familiar ineficaz
□ Exposição à violência
socioambiental
□ Violência doméstica
□ Uso de álcool
□ Uso de fumo
□ Uso de drogas ilícitas
□ Risco de suicídio
Condições ambientais domiciliares e
peridomiciliares, fatores de risco
para infecção (loquiação–mama),
tabagismo, alcoolismo,
violência (sexual e física pelo
parceiro)
□ Autocuidado inadequado:
banho/higiene e vestimentas
Capacidade para o autocuidado
(aparência pessoal e higiene)
□ Ingurgitamento mamário
□ Fissura mamilar
□ Inflamação da mama
□ Ferida cir rgica contaminada
□ Coloração da pele alterada
(especificar local)
□ Risco da integridade da pele
prejudicada
□ Infecção (especificar local)
Características da pele (integridade,
coloração, turgor, textura),
condições das mamas
□ Anemia
□ Edema
□ Perda sanguínea (especificar via e
se leve, moderada, severa)
□ Pressão arterial aumentada
Edema (+/++++), perda sanguínea,
pressão arterial
□Temperatura corporal aumentada
Temperatura corporal
□ Encorajar a verbalização de sentimentos, percepções e
medos
□ Esclarecer que situações de estresse e o período pós-parto
podem interferir na vida sexual
□ Orientar o uso de métodos contraceptivos
□ Dispensar contraceptivos para a puérpera do programa de
planejamento familiar
□ Orientar a evitar comportamentos de risco
□ Avaliar condições de higiene ambiental durante visita
domiciliar
□ Orientar quanto aos prejuízos do uso de fumo, álcool e/ou
drogas para a mãe e a criança
□ Identificar rede de apoio familiar e comunitário
□ Encaminhar puérpera para a casa de apoio à mulher vítima
de violência
□ Encaminhar para grupo de autoajuda
□ Identificar risco de suicídio
□ Estabelecer relação de confiança
□ Envolver a família no apoio e vigilância à puérpera
□ Comunicar situações de violência para a autoridade
competente
□ Encaminhar para consulta médica
□ Encorajar hábitos de higiene e de vestimentas adequadas
às condições e ao clima
□ Orientar a troca de absorvente perineal regularmente
□ Ordenhar manualmente as mamas
□ Oferecer à criança o leite ordenhado com uma colher
pequena ou um copinho
□ Orientar a exposição das mamas ao sol: 15 minutos pela
manhã, até as 10h, ou à tarde, após as 16h
□ Fazer limpeza do mamilo com o próprio leite materno antes
e após cada mamada
□ Orientar a amamentação e a pega da criança na mama
□ Orientar o uso de sutiã apropriado
□ Desestimular manipulação excessiva dos mamilos
□ Desestimular uso de sabonetes, cremes e pomadas nos
mamilos
□ Orientar a lavagem das mãos antes de manipular as
mamas
□ Acompanhar a evolução da cicatrização de ferida cir rgica
□ Realizar curativo da ferida cir rgica infectada
□ Monitorar sinais e sintomas de infecção
□ Examinar episiorrafia
□ Elevar membros inferiores
□ Avaliar características de pulso
□ Avaliar involução uterina
□ Inspecionar características dos lóquios
□ Monitorar perda de líquidos
□ Solicitar eritrograma ou hemograma
□ Tratar casos de anemia
□ Encaminhar os casos de hemorragia identificados na visita
domiciliar para Unidade de Saúde/Maternidade
□ Ministrar medicação anti-hipertensiva
□ Controlar pressão arterial
□ Orientar medidas de prevenção do aumento da pressão
arterial
□ Verificar temperatura corporal
□ Administrar medicação antitérmica
□ Aquecer a puérpera
85
□ Agitação
□ Atividade mental alterada: nível de
consciência
□ Atividade mental alterada:
orientação (tempo, espaço, si
mesmo, outrem)
□ Confusão
Atividade
psicomotora,capacidade
intracraniana
(cefaleia),função
cognitiva,nível de consciência
□ Involução uterina retardada
□ Lactação diminuída
□ Glicemia instável
Involução uterina, lactação, nível de
glicose sanguínea
□ Dor (especificar local e
intensidade)
Dor (cefaleia, na relação sexual,
abdominal, lombar, na incisão
cirúrgica, na região perineal, no
corpo, nas mamas, no útero)
□ Manutenção de sa de alterada
□ Adesão inadequada ao regime
terapêutico
□ Adesão inadequada ao regime
dietético
Comportamento em busca de saúde
(do bebê - diabetes gestacional –
anemia – aconselhamento e
acompanhamento profissional no
pós-parto), padrão de enfrentamento
de problemas
□ Comunicação familiar ineficaz
□ Atitude familiar conflituosa
□ Interação social inadequada
□ Potencial para paternidade/
maternidade inadequada
□ Risco de isolamento social
□ Risco de solidão
Padrão de comunicação familiar,
interação
familiar,
padrão
de
enfrentamento familiar, rede de
apoio, rede social, desempenho de
papéis familiares, participação em
grupos/instituições comunitários
□ Atividade de recreação e lazer
□ Encorajar a ingestão de líquidos
□ Encaminhar à Unidade de Sa de se a febre persistir
□ Avaliar interação mãe-filho
□ Avaliar alterações no nível de consciência
□ Investigar presença de fatores causadores e contribuidores
da confusão mental
□ Informar à puérpera sobre pessoas, tempo, local
□ Evitar frustrar a puérpera com perguntas que não possa
responder
□ Manter a puérpera orientada no tempo e no espaço
(proporcionar relógio, calendário, espelho)
□ Planejar atividades l dicas que estimulem a memória
□ Usar frases simples durante a comunicação
□ Envolver a família no processo de recuperação da
capacidade mental
□ Estimular atividades físicas e de lazer
□ Encaminhar a puérpera ao serviço de sa de mental
□ Orientar a observação do fluxo vaginal (características e
quantidade)
□ Monitorar involução uterina
□ Apoiar a mãe durante a lactação
□ Explicar a transitoriedade fisiológica da lactação diminuída
□ Orientar a deixar a criança sugar à vontade
□ Verificar glicemia capilar
□ Orientar sobre a importância do monitoramento da glicose
□ Orientar sobre sinais e sintomas de hipoglicemia e
hiperglicemia
□ Encaminhar à Unidade de Sa de/Hospital
□ Realizar medidas de alívio da dor
□ Encaminhar puérpera para consulta médica
□ Estimular a verbalização da dor
□ Envolver a família na resolutividade dos problemas de
saúde da puérpera
□ Estimular a participação em oficinas e grupos participativos
□ Orientar acerca do esquema terapêutico
□ Orientar acerca do esquema dietético
□ Avaliar dinâmica de apoio familiar
□ Identificar barreira na comunicação familiar
□ Proporcionar oportunidades para que os membros da
família se reúnam e discutam a situação
□ Observar comportamento da criança e da mãe durante a
amamentação
□ Observar interação pai/mãe/filhos
□ Proporcionar o desenvolvimento de habilidades pessoais
□ Orientar a família para o reconhecimento de pontos fortes
no relacionamento
□ Encorajar convívio com amigos, família e grupos
comunitários
□ Referenciar para a terapia familiar
□ Identificar equipamentos sociais para recreação e lazer
86
insuficiente
Atividades
preferenciais
de
recreação e lazer
□ Ansiedade
□ Depressão pós-parto
□ Medo (especificar)
□ Desesperança
□ Sentimento de impotência
□ Tristeza
Enfrentamento de situações ou
problemas, eventos estressantes
recentes, histórico de problemas
emocionais, histórico de problemas
mentais
□ Baixa autoestima
□ Baixa confiança nos outros
Desempenho de papéis familiares,
rede de apoio familiar, rede de apoio
social, vínculo familiar
□ Baixa iniciativa
□ Baixa volição/vontade
□ Conflito de decisão
□ Direitos de cidadania limitados
(especificar)
□ Processo de tomada de decisão
inadequado
Conhecimento
dos
direitos
e
deveres, padrão comunitário de
tomada de decisões, padrão familiar
de tomada de decisões, padrão
pessoal de tomada de decisões,
participação no plano terapêutico
□ Conhecimento insuficiente sobre
aspectos do puerpério
□ Conhecimento insuficiente sobre
aleitamento materno
□ Conhecimento insuficiente sobre
cuidados com o recém-nascido
□ Conhecimento inadequado
(especificar o tópico: estado de
saúde, medicação, exames,
procedimentos terapêuticos, entre
outros)
□ Uso inadequado de contraceptivo
Acesso à informação sobre cuidados
com a saúde, capacidade para o
autocuidado, conhecimento sobre o
estado de saúde, situações que
interferem na adesão ao plano
terapêutico
□ Motivar participação em atividades de recreação e lazer
□ Avaliar comportamento indicador de ansiedade
□ Orientar quanto às alterações emocionais do puerpério
□ Apoiar puérpera para aliviar estresse
□ Auxiliar puérpera na identificação de um sistema de apoio
□ Desenvolver uma relação de apoio com a puérpera
□ Estabelecer vínculo com a família
□ Envolver a família nos cuidados à puérpera, criança e
afazeres domésticos
□ Monitorar sintomas de depressão pós-parto
□ Encaminhar a puérpera ao serviço de saúde mental
□ Estimular a autoconfiança materna
□ Orientar sobre cuidados pessoais
□ Ajudar a puérpera a identificar atributos pessoais positivos
e oportunidades possíveis
□ Investigar características de alteração de autoestima
□ Discutir com a puérpera as alterações físicas previsíveis
□ Explicar o processo de recomposição da autoimagem
□ Reforçar aspectos positivos
□ Promover a escuta ativa
□ Auxiliar no estabelecimento de metas realistas
□ Auxiliar a família a avaliar seus comportamentos
□ Encorajar livre expressão dos sentimentos
□ Encorajar o processo de tomada de decisão
□ Orientar sobre cuidados com ferida cir rgica/episiorrafia
□ Incentivar a amamentação exclusiva
□ Ensinar sobre o processo de ordenha manual e
armazenamento de leite materno
□ Ensinar sobre o posicionamento do recém-nascido durante
a amamentação
□ Ensinar à mãe a posição confortável para a amamentação
□ Estimular a livre demanda na amamentação
□ Ajudar a mãe a amamentar
□ Orientar sobre as necessidades nutricionais do neonato
□ Orientar quanto à necessidade de amamentar em local
tranquilo
□ Conversar sobre mitos e crenças em torno da
amamentação
□ Identificar pessoas que possam apoiar no processo da
amamentação
□ Orientar os cuidados com mamas e mamilos
□ Explicar métodos contraceptivos
□ Ajudar a puérpera a identificar informações que tenha mais
interesse em obtê-las
□ Orientar a puérpera sobre o retorno à Unidade de Saúde,
esquema vacinal da criança e acompanhamento do
crescimento e desenvolvimento
87
□ Conflito de desempenho do papel
de pai/mãe
□ Desempenho de papel ineficaz
Apoio para desempenho de papéis,
distribuição de tarefas na família,
papel no âmbito da família,
satisfação com o desempenho de
papéis, rede de apoio familiar, rede
de apoio social, vínculo familiar
□ Baixa privacidade
□ Espaço pessoal inadequado
Disponibilidade de espaço pessoal,
número de cômodos no domicílio,
número de pessoas/famílias no
domicílio, preservação da
privacidade da família
□ Ang stia
□ Percepção de falta de significado
da vida
Significado de vida
□ Encorajar os pais a verbalizar sentimentos e preocupações
□ Avaliar impacto do nascimento sobre o papel de pai/mãe e
relacionamentos
□ Estimular os pais na participação dos cuidados com a
criança
□ Informar os pais sobre a sa de da criança
□ Orientar sobre a importância do vínculo mãe-filho
□ Incluir outros membros da família no cuidado à criança
□ Orientar os pais a ter espaço de privacidade
□ Explicar à família a necessidade de respeito à privacidade
individual
□ Orientar na utilização dos espaços do domicílio respeitando
a privacidade dos membros da família
□ Avaliar crenças espirituais da família
□ Apoiar práticas espirituais da puérpera ou família
□Trabalhar com Estimular a verbalização de sentimentos
com relação à vida, ego, emoção, subjetividade, crenças,
mitos, expectativas, dentre outras
□ Conversar sobre a visita de líder espiritual em casa
Na elaboração de um instrumento para Consulta de Enfermagem, devese ter em mente que este seja sucinto, ou seja, que não demande muito tempo no
seu preenchimento, tendo em vista a sua não aplicabilidade prática. A preocupação
em conciliar esta prerrogativa, como também construir um instrumento que avalie a
puérpera de modo holístico e dentro de seu contexto familiar com todas suas
variáveis foi um desafio importante nesta pesquisa.
O protocolo do MS a respeito do período pós-parto determina duas
consultas nesta fase, uma na primeira semana e outra em torno de 40 dias após o
parto. O objetivo é garantir o aleitamento materno, prevenir infecções, dentre outros.
Este atendimento não garante um enfoque voltado aos transtornos mentais
decorrentes
do
período
gravídico-puerperal.
As
puérperas
com
sintomas
depressivos deixam de ser detectadas, pois geralmente não retornam à unidade de
saúde. E, ao retornarem, o foco principal da assistência está voltado para a criança
com relação à imunização, assim como ao acompanhamento do seu crescimento e
desenvolvimento (SANTOS JÚNIOR, 2013; DENNIS; MCQUEEN, 2007).
Logo, há iminência na assistência à puérpera com uma atenção integral e
de modo resolutivo, voltada para a melhoria da qualidade de vida desta população.
Neste sentido, escutar, observar a puérpera no ambiente familiar, suas relações
interpessoais, identificar sua rede de apoio, atentar às suas dúvidas e queixas, entre
outras, são ações imperativas no contexto da consulta de enfermagem. Neste
entendimento, uma consulta resumida pode comprometer a qualidade da assistência
88
à mulher durante o pós-parto, considerando o fato de que alguns aspectos
importantes poderiam passar despercebidos pelo profissional enfermeira (o).
O instrumento foi elaborado respeitando o preconizado pelo CIDEE, ou
seja, precisa ser estruturado a partir de dados essenciais para descrever a prática
de enfermagem. Em função disso, sugere-se que a estrutura seja composta de três
categorias: itens demográficos dos pacientes ou clientes; itens do cuidado de
enfermagem (diagnóstico, intervenção, resultados e intensidade do cuidado de
enfermagem); e itens do serviço. Neste estudo, os dados utilizados na identificação
da puérpera foram nome, prontuário, data de nascimento, área, data da consulta,
número de filhos, idade do último filho, endereço, data do parto, data da alta
hospitalar, dados do parto.
Com relação aos itens pertinentes ao cuidado de enfermagem, utilizou-se
os DE, IE com base em Garcia e Cubas (2012), cujos estudos têm como referência a
terminologia CIPE®. Aos resultados de enfermagem, empregaram-se os termos
melhorado, piorado, inalterado e resolvido para todas as intervenções. O objetivo foi
simplificar esta etapa tendo em vista melhor formatação e otimização do
instrumento. Neste sentido, houve adaptações relativas ao DE e IE no intuito de
evitar repetições destes em mais de uma necessidade identificada. As modificações
ocorridas se relacionaram às necessidades de alimentação, eliminação, sono e
repouso, segurança física e do meio ambiente, cuidado corporal e, por fim,
amamentação.
Na NH de alimentação, foi inserido o termo condições socioeconômicas
na IE. Desta forma, o enunciado passou a ser “Encorajar ingestão de alimentos
conforme
necessidades
nutricionais,
preferências
alimentares
e
condições
socioeconômicas”. Reconhecendo a realidade econômica da população brasileira,
considerou-se que em algumas famílias esse fator é primordial na orientação quanto
aos hábitos alimentares. A educação alimentar contém elementos complexos e até
conflituosos, considerando os diferentes espaços geográficos, econômicos e
culturais no Brasil. Neste sentido, a promoção de práticas alimentares saudáveis
precisa contemplar todos esses aspectos.
Na necessidade de eliminação, foi acrescentada a IE “Orientar exercícios
de Kegel”. Considerando que na incontinência urinária o exercício traz benefício
para o distúrbio, à medida que ajuda o fortalecimento da musculatura pélvica
feminina oferece uma reeducação perineal (SILVA; OLIVA, 2011).
89
Ao aplicar as IE na necessidade de sono e repouso, desenvolveu-se no
estudo as seguintes intervenções: orientar a descansar e dormir enquanto o recémnascido dorme; orientar a priorizar atividades; orientar a delegar atividades a outras
pessoas. Estas não são contempladas no referencial teórico de Garcia e Cubas
(2012).
As alterações na necessidade de segurança física e do meio ambiente
ocorreram com a retirada do indicador “fatores de risco para infecção”
por
considerar que este já se encontra contemplado na necessidade de integridade
física. Nesta necessidade, ainda foi acrescentado o termo ilícitas no DE “uso de
drogas ilícitas”, bem como a IE “encaminhar puérpera para a casa de apoio à mulher
vítima de violência”, uma vez que mulheres agredidas são encaminhadas para essas
instituições em algumas capitais do Brasil.
Na necessidade de cuidado corporal, as modificações voltaram-se para o
termo vestimentas ao DE “autocuidado inadequado: banho/higiene e vestimentas” e
a IE “orientar sobre os cuidados pessoais”. Com relação à IE, “solicitar eritrograma
ou hemograma”, esta foi acrescida ao item planejamento da assistência, visto que é
comum a mulher apresentar anemia durante o puerpério mediato e tardio.
Os DE e IE referentes à amamentação foram agrupados na necessidade
de educação para a saúde e aprendizagem uma vez que estes termos apareciam
repetidamente em diversas necessidades. A ideia é que haja mais visibilidade do (a)
enfermeiro (a) quanto à amamentação, sendo importante reuni-los em um só item.
Este cuidado requer atenção primordial no puerpério, levando-se em consideração o
estabelecimento de uma alimentação saudável da criança e o fortalecimento do
vínculo afetivo entre a mãe e o (a) filho (a). Na aplicação das IE, percebeu-se a
necessidade do desenvolvimento das intervenções estimular livre demanda na
amamentação; orientar quanto à necessidade de amamentar em local tranquilo;
orientar sobre o retorno à Unidade de Saúde; esquema vacinal da criança; e o
acompanhamento do crescimento e desenvolvimento.
No intuito de melhor adequação e entendimento, o termo trabalhar foi
substituído por estimular. Esta alteração foi concernente à necessidade de
religiosidade e espiritualidade (estimular a verbalização de sentimentos relacionados
à vida, ego, emoção, subjetividade, crenças, mitos, expectativas, dentre outras).
Com relação aos dados referentes ao serviço, houve adaptação quanto
aos componentes utilizados na realidade das unidades de saúde brasileiras, como
90
secretaria da saúde a que se está vinculada, nome da unidade de saúde, nome do
profissional responsável e número do registro no Conselho Regional de Enfermagem
(COREN).
Para a estruturação da Consulta de Enfermagem à puérpera, levou-se em
consideração o que regulamenta a Resolução 358/2009 do Conselho Federal de
Enfermagem sobre a SAE. A referida resolução dispõe que a CE quando realizada
em ambulatórios domicílios, entre outros, corresponde ao PE organizado em cinco
etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes, são elas: coleta de
dados, diagnóstico de enfermagem, planejamento de enfermagem, implementação e
avaliação (COFEN, 2009).
A Resolução 429/2012 diz que a execução do PE deve ser registrada
formalmente envolvendo um resumo dos dados coletados sobre a pessoa, os
diagnósticos de enfermagem acerca das respostas da pessoa, as intervenções de
enfermagem realizadas face aos diagnósticos identificados e os resultados
alcançados como consequência das intervenções realizadas (COFEN, 2012). Os
registros sobre a evolução de enfermagem não foram contemplados neste
instrumento por considerar-se que as unidades de saúde possuem formulário próprio
para esta finalidade.
Assim sendo, com base no CIDEE que preconiza o estabelecimento de
um conjunto de dados essenciais para descrever a prática de enfermagem,
oferecendo informações sobre os dados da instituição, da identificação da puérpera,
dos indicadores validados e do planejamento da assistência de enfermagem,
elaborou-se a versão final do instrumento (figuras - 8 e 9, Apêndice - M).
91
Figura 9 – Terceira parte da versão final do instrumento para consulta de enfermagem à
puérpera na atenção básica. Natal, Rio Grande do Norte, 2013.
Diagnóstico de
Enfermagem
□ Padrão respiratório
alterado
□ Tosse produtiva
Planejamento da Assistência de Enfermagem
Intervenção de Enfermagem
□ Encorajar puérpera a tossir
□ Realizar ausculta pulmonar
□ Encaminhar à Unidade de Saúde
□ Ingestão de líquidos
inadequada
□ Orientar quanto à necessidade de ingerir líquidos
□ Alimentação inadequada
□ Peso corporal excessivo
□ Emagrecimento
□ Encorajar ingestão de alimentos conforme necessidades
nutricionais, preferências alimentares e condições
socioeconômicas
□ Avaliar a necessidade de mudanças de hábitos alimentares
□ Incentivar a reeducação alimentar
□ Agendar consulta com nutricionista
□ Encorajar controle esfincteriano gradativo ao urinar
□ Orientar os exercícios de Kegel
□ Orientar a higiene íntima
□ Agendar consulta médica
□ Identificar o motivo da perturbação do sono
□ Encorajar descanso
□ Orientar sobre os fatores que interferem no sono, como
café, chá preto, nicotina, refrigerantes, cochilos prolongados
durante o dia, temperaturas extremas, ventilação deficiente,
luminosidade inadequada, ruídos
□ Orientar a limitar o sono diurno a 20-30 minutos pela
manhã ou tarde
□ Ensinar técnicas de relaxamento
□ Orientar a descansar e dormir enquanto o recém-nascido
dorme
□ Orientar a priorizar atividades
□ Orientar a delegar atividades a outras pessoas
□ Encorajar a verbalização de sentimentos, percepções e
medos
□ Esclarecer que situações de estresse e o período pós-parto
podem interferir na vida sexual
□ Orientar o uso de métodos contraceptivos
□ Dispensar contraceptivos para a puérpera do programa de
planejamento familiar
□ Orientar a evitar comportamentos de risco
□ Avaliar condições de higiene ambiental durante visita
domiciliar
□ Orientar quanto aos prejuízos do uso de fumo, álcool e/ou
drogas para a mãe e o bebê
□ Identificar rede de apoio familiar e comunitário
□ Encaminhar puérpera para a casa de apoio à mulher
vítima de violência
□ Encaminhar para grupo de autoajuda
□ Identificar risco de suicídio
□ Estabelecer relação de confiança
□ Envolver a família no apoio e vigilância à puérpera
□ Comunicar situações de violência para a autoridade
competente
□ Encaminhar para consulta médica
□ Encorajar hábitos de higiene e de vestimentas adequadas
□ Eliminação urinária
alterada
□ Fadiga
□ Insônia
□ Repouso ineficaz
□ Sono ineficaz
□ Padrão sexual alterado
□ Planejamento familiar
ineficaz
□ Exposição à violência
socioambiental
□ Violência doméstica
□ Uso de álcool
□ Uso de fumo
□ Uso de drogas ilícitas
□ Risco de suicídio
□ Autocuidado
Resultados
□ Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□ Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□ Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□ Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□ Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□ Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□ Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□ Melhorado
92
inadequado: banho/higiene
e vestimentas
às condições e ao clima
□ Orientar a troca de absorvente perineal regularmente
□ Ingurgitamento mamário
□ Fissura mamilar
□ Inflamação da mama
□ Ferida cirúrgica
contaminada
□ Coloração da pele
alterada (especificar local)
□ Risco da integridade da
pele prejudicada
□ Infecção (especificar
local)
□ Ordenhar manualmente as mamas
□ Oferecer à criança o leite ordenhado com uma colher
pequena ou um copinho
□ Orientar a exposição das mamas ao sol: 15 minutos pela
manhã, até as 10h, ou à tarde, após as 16h
□ Fazer limpeza do mamilo com o próprio leite materno
antes e após cada mamada
□ Orientar o uso de sutiã apropriado
□ Desestimular manipulação excessiva dos mamilos
□ Desestimular uso de sabonetes, cremes e pomadas nos
mamilos
□ Orientar a lavagem das mãos antes de manipular as
mamas
□ Acompanhar a evolução da cicatrização de ferida
cirúrgica
□ Realizar curativo da ferida cirúrgica infectada
□ Monitorar sinais e sintomas de infecção
□ Examinar episiorrafia
□ Elevar membros inferiores
□ Avaliar características de pulso
□ Avaliar involução uterina
□ Inspecionar características dos lóquios
□ Monitorar perda de líquidos
□ Solicitar eritrograma ou hemograma
□ Tratar casos de anemia
□ Encaminhar os casos de hemorragia identificados na visita
domiciliar para a Unidade de Saúde/Maternidade
□ Ministrar medicação anti-hipertensiva
□ Controlar pressão arterial
□ Orientar medidas de prevenção do aumento da pressão
arterial
□ Verificar temperatura corporal
□ Administrar medicação antitérmica
□ Aquecer a puérpera
□ Encorajar a ingestão de líquidos
□ Encaminhar à Unidade de Saúde se a febre persistir
□ Avaliar interação mãe-filho
□ Avaliar alterações no nível de consciência
□ Investigar presença de fatores causadores e contribuidores
da confusão mental
□ Informar à puérpera sobre pessoas, tempo, local
□ Evitar frustrar a puérpera com perguntas que não possa
responder
□ Manter a puérpera orientada no tempo e no espaço
(proporcionar relógio, calendário, espelho)
□ Planejar atividades lúdicas que estimulem a memória
□ Usar frases simples durante a comunicação
□ Envolver a família no processo de recuperação da
capacidade mental
□ Estimular atividades físicas e de lazer
□ Encaminhar a puérpera ao serviço de saúde mental
□ Edema
□ Perda sanguínea
(especificar via e se leve,
moderada, severa)
□ Pressão arterial
aumentada
□ Temperatura corporal
aumentada
□ Agitação
□ Atividade mental
alterada: nível de
consciência
□ Atividade mental
alterada: orientação
(tempo, espaço, si mesmo,
outrem)
□ Confusão
□ Involução uterina
retardada
□ Lactação diminuída
□ Glicemia instável
□ Orientar a observação do fluxo vaginal (características e
quantidade)
□ Monitorar involução uterina
□ Apoiar a mãe durante a lactação
□ Explicar a transitoriedade fisiológica da lactação
diminuída
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□ Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□ Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□ Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□ Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□ Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
93
□ Dor (especificar local e
intensidade)
□ Orientar a deixar a criança sugar à vontade
□ Verificar glicemia capilar
□ Orientar sobre a importância do monitoramento da glicose
□ Orientar sobre sinais e sintomas de hipoglicemia e
hiperglicemia
□ Encaminhar à Unidade de Saúde/Hospital
□ Realizar medidas de alívio da dor
□ Encaminhar puérpera para consulta médica
□ Estimular a verbalização da dor
□ Manutenção de saúde
alterada
□ Adesão inadequada ao
regime terapêutico
□ Adesão inadequada ao
regime dietético
□ Envolver a família na resolutividade dos problemas de
saúde da puérpera
□ Estimular a participação em oficinas e grupos
participativos
□ Orientar acerca do esquema terapêutico
□ Orientar acerca do esquema dietético
□ Comunicação familiar
ineficaz
□ Atitude familiar
conflituosa
□ Interação social
inadequada
□ Potencial para
paternidade/ maternidade
inadequada
□ Risco de isolamento
social
□ Risco de solidão
□ Avaliar dinâmica de apoio familiar
□ Identificar barreira na comunicação familiar
□ Proporcionar oportunidades para que os membros da
família se reúnam e discutam a situação
□ Observar comportamento da criança e da mãe durante a
amamentação
□ Observar interação pai/mãe/filhos
□ Proporcionar o desenvolvimento de habilidades pessoais
□ Orientar a família para o reconhecimento de pontos fortes
no relacionamento
□ Encorajar convívio com amigos, família e grupos
comunitários
□ Referenciar para a terapia familiar
□ Identificar equipamentos sociais para recreação e lazer
□ Motivar participação em atividades de recreação e lazer
□Atividade de recreação e
lazer insuficiente
□ Ansiedade
□ Depressão pós-parto
□ Medo (especificar)
□ Desesperança
□ Sentimento de
impotência
□ Tristeza
□ Baixa autoestima
□ Baixa confiança nos
outros
□ Baixa iniciativa
□ Baixa volição/vontade
□ Conflito de decisão
□ Direitos de cidadania
limitados (especificar)
□ Avaliar comportamento indicador de ansiedade
□ Orientar quanto às alterações emocionais no puerpério
□ Apoiar puérpera para aliviar estresse
□ Auxiliar puérpera na identificação de um sistema de apoio
□ Desenvolver uma relação de apoio com a puérpera
□ Estabelecer vínculo com a família
□ Envolver a família nos cuidados à puérpera, criança e
afazeres domésticos
□ Monitorar sintomas de depressão pós-parto
□ Encaminhar a puérpera ao serviço de saúde mental
□ Estimular a autoconfiança materna
□ Orientar sobre os cuidados pessoais
□ Ajudar a puérpera a identificar atributos pessoais
positivos e oportunidades possíveis
□ Investigar características de alteração de autoestima
□ Discutir com a puérpera as alterações físicas previsíveis
□ Explicar o processo de recomposição da autoimagem
□ Reforçar aspectos positivos
□ Promover a escuta ativa
□ Estimular visitas de amigos, familiares e pessoas
significativas
□ Auxiliar no estabelecimento de metas realistas
□ Auxiliar a família a avaliar seus comportamentos
□ Encorajar a livre expressão de sentimentos
□ Encorajar o processo de tomada de decisão
□ Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□ Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□ Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□ Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□ Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□ Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□ Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
94
□ Processo de tomada de
decisão inadequado
□ Conhecimento
insuficiente sobre aspectos
do puerpério
□ Conhecimento
insuficiente sobre
aleitamento materno
□ Conhecimento
insuficiente sobre cuidados
com o recém-nascido
□ Conhecimento
inadequado (especificar o
tópico: estado de saúde,
medicação, exames,
procedimentos
terapêuticos, entre outros)
□ Uso inadequado de
contraceptivo
□ Conflito de desempenho
do papel de pai/mãe
□ Desempenho de papel
ineficaz
□ Baixa privacidade
□ Espaço pessoal
inadequado
□ Angústia
□ Percepção de falta de
significado da vida
□ Orientar sobre cuidados com ferida cirúrgica/episiorrafia
□ Incentivar a amamentação exclusiva
□ Ensinar sobre o processo de ordenha manual e
armazenamento de leite materno
□ Observar a amamentação e a pega
□ Ensinar sobre o posicionamento do recém-nascido durante
a amamentação
□ Ensinar à mãe a posição confortável para a amamentação
□ Estimular a livre demanda na amamentação
□ Ajudar a mãe a amamentar
□ Orientar sobre as necessidades nutricionais do neonato
□ Orientar quanto à necessidade de amamentar em local
tranquilo
□ Conversar sobre mitos e crenças em torno da
amamentação
□ Identificar pessoas que possam apoiar no processo da
amamentação
□ Orientar os cuidados com mamas e mamilos
□ Explicar métodos contraceptivos
□ Ajudar a identificar informações que tenha mais interesse
em obtê-las
□ Orientar sobre o retorno à Unidade de Saúde, esquema
vacinal da criança e o acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento
□ Encorajar os pais a verbalizar sentimentos e preocupações
□ Avaliar impacto do nascimento sobre o papel de pai/mãe e
relacionamentos
□ Estimular os pais na participação dos cuidados com a
criança
□ Informar aos pais sobre a saúde da criança
□ Orientar sobre a importância do vínculo mãe-pai-filho
□ Incluir outros membros da família no cuidado à criança
□ Orientar os pais a ter espaço de privacidade
□ Explicar à família a necessidade de respeito à privacidade
individual
□ Orientar na utilização dos espaços do domicílio
respeitando a privacidade dos membros da família
□ Avaliar crenças espirituais da família
□ Apoiar práticas espirituais da puérpera ou família
□Trabalhar com Estimular a verbalização de sentimentos
relacionados à vida, ego, emoção, subjetividade, crenças,
mitos, expectativas, dentre outras
□ Conversar sobre a visita de líder espiritual em casa
□ Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□ Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□ Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□ Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
Observações
Enfermeiro(a)
C OREN
95
Instrumento final para Consulta de Enfermagem à puérpera na atenção básica
Instrumento de Consulta de Enfermagem à puérpera
Secretaria de Saúde
Nome:
Nome da Unidade de Saúde
Dados de Identificação da puérpera
Área:
Prontuário nº
Endereço:
Escolaridade ___anos
Data da 1ª consulta __/__/__ Data da 2ª consulta __/__/___
Data de nascimento ___/___/__
Nº de filhos ___ Idade do último filho___ Gesta___ Para___
Data do parto ___/__/___Data da alta hospitalar ___/__/___ Dias de pós-parto________
Dados do Parto: □ normal □ cesárea □ fórceps □ termo □ pré-termo □ pós-termo
Avaliação das necessidades humanas da puérpera
PSICOBIOLÓGICAS
Oxigenação: FR _________rpm □ Tosse □ Expectoração
Hidratação: □ Ingere líquidos com frequência – quantos copos/dia:__________
Alimentação: Peso _______ kg - Altura _______ cm IMC _______ Encontra-se com apetite: □ preservado □ aumentado □
diminuído □ Dificuldade de acesso aos alimentos - especificar motivo:
Eliminação: Eliminação urinária- características/frequência: ______________ □ Tem ardor/dor na micção - Eliminação intestinalcaracterísticas/frequência:___________________
Sono e Repouso: □ Repousa durante o dia □ Dorme durante o dia – Duração: _______□ Dorme bem à noite – Duração: ________
Sexualidade e Reprodução: □ Retorno às atividades sexuais □ Uso de método contraceptivo- Qual:
Segurança física e Meio ambiente: □ Está em área de risco/violência Condições de higiene domiciliar □ boa□ regular □ ruim
□ Presença de insetos/roedores □ Sofre violência - Que tipo □ emocional □ física □ sexual □ Faz uso de □ fumo □ álcool □ droga
ilícita
Cuidado corporal: □ Apresentação pessoal □ boa □ regular □ ruim - Condições de higiene pessoal □ boa □ regular □ ruim
Condições de higiene domiciliar □ boa □ regular □ ruim □ Realiza as atividades domiciliares? Quais?
Integridade física: Características da pele: □ íntegra □ lesionada - local/tipo ______________ Coloração: ______
□ Sinais de inflamação - local _________Condições das mamas: □ íntegras □ ingurgitadas □ túrgidas □ presença de abscesso
Regulação vascular: TA ____x____ mmHg - FC___ bpm - P ____ bpm □ Perda sanguínea/loquiação - Quantidade □ leve □
moderada □ severa Característica da loquiação □ sanguinolenta □ serosanguinolenta □ serosa □ purulenta □ Edema local_________+/++++ ____
Regulação térmica: Temp. _______ºC □ Sente frio □ Sente calafrios
Regulação neurológica: □ Orientada no tempo/espaço □ Agitada □ Afetividade presente □ Atenção presente □ Bom humor presente
□ Linguagem compreensiva □ Percepção sensorial preservada □ Processos do pensamento preservados
□ Confusão mental presente □ Memória preservada
Regulação hormonal: □ Involução uterina – Altura uterina ______cm □ Secreção láctea presente - tipo □ colostro □ leite □ sangue
□ purulenta - □ Satisfaz o bebê - Glicemia ________mg/dL - última citologia oncótica □ normal □ alterada – Hemograma :
_________Hemácias _______Hg _______Ht (cartão de gestante)
Sensopercepção: □ Dor - especificar
□ Desconforto - especificar
Terapêutica e de prevenção: □ Tem necessidade de serviço de referência - especificar _____________□ Tem doença preexistenteespecificar __________________ □ Faz tratamento - especificar _________________ □ Sorologia positiva para ______□ Faz
alguma dieta - especificar___________________ □ A família adere ao plano terapêutico
PSICOSSOCIAIS E PSICOESPIRITUAIS
Comunicação e Gregária: □ Existe boa comunicação familiar □ A gravidez foi desejada □ Conflito familiar tipo_______________□ Existe interação familiar □ Sente confiança nas pessoas □ O filho mais velho aceitou bem o nascimento da
criança
Recreação e lazer: □ Realiza alguma atividade de recreação e lazer? Qual?
Segurança emocional: Enfrentando esta fase com: □ alegria □ tristeza □ dificuldade □ medo □ segurança □ insegurança
□ ansiedade □ conforto □ desconforto □ sobrecarga □ irritação □ choro frequente e sem motivo □ sentimento negativo
Autoestima, Autoconfiança, Autorrespeito: Em relação à imagem corporal, sente-se: □ satisfeita □ insatisfeita
E como mãe: □ satisfeita □ insatisfeita
Liberdade e participação: □ Tem vínculo empregatício □ Goza de licença à gestante □ Participa de algum grupo social
Educação para a saúde e aprendizagem: □ Aleitamento exclusivo - especificar motivo_____________________________
□ Sente necessidade de ajuda na amamentação – Tipo: ________________________________________________________
□ Gostaria de saber alguma coisa sobre seu pós-parto _________________________________________________________
□ Gostaria de saber alguma coisa sobre os cuidados com a criança _______________________________________________
Autorrealização: □ Tem apoio da família e/ou amigos nesta nova fase □Tem apoio da família no cuidado com o bebê
96
Espaço: Nº de cômodos da casa _____ Nº de membros na família ____ □Tem privacidade - Onde dorme a criança:
□ com os pais □ com os irmãos □ quarto próprio □ outro_________________
Religiosidade e Espiritualidade: □ Busca ajuda espiritual para seus problemas □ Sente-se bem quando busca
Diagnóstico de Enfermagem
□ Padrão respiratório alterado
□ Tosse produtiva
Planejamento da Assistência de Enfermagem à puérpera
Intervenção de Enfermagem
□ Encorajar puérpera a tossir
□ Realizar ausculta pulmonar
□ Encaminhar à Unidade de Saúde
□ Ingestão de líquidos
inadequada
□ Orientar quanto à necessidade de ingerir líquidos
□ Alimentação inadequada
□ Peso corporal excessivo
□ Emagrecimento
□ Encorajar ingestão de alimentos conforme necessidades nutricionais, preferências
alimentares e condições socioeconômicas
□ Avaliar a necessidade de mudanças de hábitos alimentares
□ Incentivar a reeducação alimentar
□ Agendar consulta com nutricionista
□ Encorajar controle esfincteriano gradativo ao urinar
□ Orientar os exercícios de Kegel
□ Orientar a higiene íntima
□ Agendar consulta médica
□ Identificar o motivo da perturbação do sono
□ Encorajar descanso
□ Orientar sobre os fatores que interferem no sono, como café, chá preto, nicotina,
refrigerantes, cochilos prolongados durante o dia, temperaturas extremas,
ventilação deficiente, luminosidade inadequada, ruídos
□ Orientar a limitar o sono diurno a 20-30 minutos pela manhã ou tarde
□ Ensinar técnicas de relaxamento
□ Orientar a descansar e dormir enquanto o recém-nascido dorme
□ Orientar a priorizar atividades
□ Orientar a delegar atividades a outras pessoas
□ Encorajar a verbalização de sentimentos, percepções e medos
□ Esclarecer que situações de estresse e o período pós-parto podem interferir na
vida sexual
□ Orientar o uso de métodos contraceptivos
□ Dispensar contraceptivos para a puérpera do programa de planejamento familiar
□ Orientar a evitar comportamentos de risco
□ Avaliar condições de higiene ambiental durante visita domiciliar
□ Orientar quanto aos prejuízos do uso de fumo, álcool e/ou drogas para a mãe e a
criança
□ Identificar rede de apoio familiar e comunitário
□ Encaminhar puérpera para a casa de apoio à mulher vítima de violência
□ Encaminhar para grupo de autoajuda
□ Identificar risco de suicídio
□ Estabelecer relação de confiança
□ Envolver a família no apoio e vigilância à puérpera
□ Comunicar situações de violência para a autoridade competente
□ Encaminhar para consulta médica
□ Encorajar hábitos de higiene e de vestimentas adequadas às condições e ao clima
□ Orientar a troca de absorvente perineal regularmente
□ Eliminação urinária
alterada
□ Fadiga
□ Insônia
□ Repouso ineficaz
□ Sono ineficaz
□ Padrão sexual alterado
□ Planejamento familiar
ineficaz
□ Exposição à violência
socioambiental
□ Violência doméstica
□ Uso de álcool
□ Uso de fumo
□ Uso de drogas ilícitas
□ Risco de suicídio
□ Autocuidado inadequado:
banho/higiene e vestimentas
□ Ingurgitamento mamário
□ Fissura mamilar
□ Inflamação da mama
□ Ferida cirúrgica
contaminada
□ Coloração da pele alterada
(especificar local)
□ Risco da integridade da
pele prejudicada
□ Infecção (especificar local)
□ Ordenhar manualmente as mamas
□ Oferecer à criança o leite ordenhado com uma colher pequena ou um copinho
□ Orientar a exposição das mamas ao sol: 15 minutos pela manhã, até as 10h, ou à
tarde, após as 16h
□ Fazer limpeza do mamilo com o próprio leite materno antes e após cada mamada
□ Orientar o uso de sutiã apropriado
□ Desestimular manipulação excessiva dos mamilos
□ Desestimular uso de sabonetes, cremes e pomadas nos mamilos
□ Orientar a lavagem das mãos antes de manipular as mamas
□ Acompanhar a evolução da cicatrização de ferida cirúrgica
□ Realizar curativo da ferida cirúrgica infectada
Resultados
□Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
97
□ Edema
□ Perda sanguínea
(especificar via e se leve,
moderada, severa)
□ Pressão arterial aumentada
□ Temperatura corporal
aumentada
□ Agitação
□ Atividade mental alterada:
nível de consciência
□ Atividade mental alterada:
orientação (tempo, espaço, si
mesmo, outrem)
□ Confusão
□ Involução uterina retardada
□ Lactação diminuída
□ Glicemia instável
□ Dor (especificar local e
intensidade)
□ Manutenção de saúde
alterada
□ Adesão inadequada ao
regime terapêutico
□ Adesão inadequada ao
regime dietético
□ Comunicação familiar
ineficaz
□ Atitude familiar conflituosa
□ Interação social inadequada
□ Potencial para paternidade/
maternidade inadequada
□ Risco de isolamento social
□ Risco de solidão
□ Monitorar sinais e sintomas de infecção
□ Examinar episiorrafia
□ Elevar membros inferiores
□ Avaliar características de pulso
□ Avaliar involução uterina
□ Inspecionar características dos lóquios
□ Monitorar perda de líquidos
□ Solicitar eritrograma ou hemograma
□ Tratar casos de anemia
□ Encaminhar os casos de hemorragia identificados na visita domiciliar para a
Unidade de Saúde/Maternidade
□ Ministrar medicação anti-hipertensiva
□ Controlar pressão arterial
□ Orientar medidas de prevenção do aumento da pressão arterial
□ Verificar temperatura corporal
□ Administrar medicação antitérmica
□ Aquecer a puérpera
□ Encorajar a ingestão de líquidos
□ Encaminhar à Unidade de Saúde se a febre persistir
□ Avaliar interação mãe-filho
□ Avaliar alterações no nível de consciência
□ Investigar presença de fatores causadores e contribuidores da confusão mental
□ Informar à puérpera sobre pessoas, tempo, local
□ Evitar frustrar a puérpera com perguntas que não possa responder
□ Manter a puérpera orientada no tempo e no espaço (proporcionar relógio,
calendário, espelho)
□ Planejar atividades lúdicas que estimulem a memória
□ Usar frases simples durante a comunicação
□ Envolver a família no processo de recuperação da capacidade mental
□ Estimular atividades físicas e de lazer
□ Encaminhar a puérpera ao serviço de saúde mental
□ Orientar a observação do fluxo vaginal (características e quantidade)
□ Monitorar involução uterina
□ Apoiar a puérpera durante a lactação
□ Explicar a transitoriedade fisiológica da lactação diminuída
□ Orientar a deixar a criança sugar à vontade
□ Verificar glicemia capilar
□ Orientar sobre a importância do monitoramento da glicose
□ Orientar sobre sinais e sintomas de hipoglicemia e hiperglicemia
□ Encaminhar à Unidade de Saúde/Hospital
□ Estimular a verbalização da dor
□ Realizar medidas de alívio da dor
□ Encaminhar puérpera para consulta médica
□ Envolver a família na resolutividade dos problemas de saúde da puérpera
□ Estimular a participação em oficinas e grupos participativos
□ Orientar acerca do esquema terapêutico
□ Orientar acerca do esquema dietético
□Atividade de recreação e
lazer insuficiente
□ Avaliar dinâmica de apoio familiar
□ Identificar barreira na comunicação familiar
□ Proporcionar oportunidades para que os membros da família se reúnam e
discutam a situação
□ Observar comportamento da criança e da mãe durante a amamentação
□ Observar interação pai/mãe/filhos
□ Proporcionar o desenvolvimento de habilidades pessoais
□ Orientar a família para o reconhecimento de pontos fortes no relacionamento
□ Encorajar convívio com amigos, família e grupos comunitários
□ Referenciar para a terapia familiar
□ Identificar equipamentos sociais para recreação e lazer
□ Motivar participação em atividades de recreação e lazer
□ Ansiedade
□ Depressão pós-parto
□ Avaliar comportamento indicador de ansiedade
□ Orientar quanto às alterações emocionais no puerpério
□Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□Melhorado
□ Piorado
98
□ Medo (especificar)
□ Desesperança
□ Sentimento de impotência
□ Tristeza
□ Baixa autoestima
□ Baixa confiança nos outros
□ Baixa iniciativa
□ Baixa volição/vontade
□ Conflito de decisão
□ Direitos de cidadania
limitados (especificar)
□ Processo de tomada de
decisão inadequado
□ Conhecimento insuficiente
sobre aspectos do puerpério
□ Conhecimento insuficiente
sobre aleitamento materno
□ Conhecimento insuficiente
sobre cuidados com o recémnascido
□ Conhecimento inadequado
(especificar o tópico: estado
de saúde, medicação, exames,
procedimentos terapêuticos,
entre outros)
□ Uso inadequado de
contraceptivo
□ Conflito de desempenho do
papel de pai/mãe
□ Desempenho de papel
ineficaz
□ Baixa privacidade
□ Espaço pessoal inadequado
□ Angústia
□ Percepção de falta de
significado da vida
□ Apoiar puérpera para aliviar estresse
□ Auxiliar puérpera na identificação de um sistema de apoio
□ Desenvolver uma relação de apoio com a puérpera
□ Estabelecer vínculo com a família
□ Envolver a família nos cuidados à puérpera, criança e afazeres domésticos
□ Monitorar sintomas de depressão pós-parto
□ Encaminhar a puérpera ao serviço de saúde mental
□ Estimular a autoconfiança materna
□ Orientar sobre os cuidados pessoais
□ Ajudar a puérpera a identificar atributos pessoais positivos e oportunidades
possíveis
□ Investigar características de alteração de autoestima
□ Discutir com a puérpera as alterações físicas previsíveis
□ Explicar o processo de recomposição da autoimagem
□ Reforçar aspectos positivos
□ Promover a escuta ativa
□ Estimular visitas de amigos, familiares e pessoas significativas
□ Auxiliar no estabelecimento de metas realistas
□ Auxiliar a família a avaliar seus comportamentos
□ Encorajar a livre expressão dos sentimentos
□ Encorajar o processo de tomada de decisão
□ Inalterado
□ Resolvido
□ Orientar sobre cuidados com ferida cirúrgica/episiorrafia
□ Incentivar a amamentação exclusiva
□ Ensinar sobre processo de ordenha manual e armazenamento de leite materno
□ Observar a amamentação e a pega
□ Ensinar sobre posicionamento do recém-nascido durante a amamentação
□ Ensinar à mãe a posição confortável para a amamentação
□ Estimular a livre demanda na amamentação
□ Ajudar a mãe a amamentar
□ Orientar sobre as necessidades nutricionais do neonato
□ Orientar quanto à necessidade de amamentar em local tranquilo
□ Conversar sobre mitos e crenças em torno da amamentação
□ Identificar pessoas que possam apoiar no processo da amamentação
□ Orientar os cuidados com mamas e mamilos
□ Explicar métodos contraceptivos
□ Ajudar a identificar informações que tenha mais interesse em obtê-las
□ Orientar sobre o retorno à Unidade de Saúde, esquema vacinal da criança e o
acompanhamento do crescimento e desenvolvimento
□ Encorajar os pais a verbalizar sentimentos e preocupações
□ Avaliar impacto do nascimento sobre o papel de pai/mãe e relacionamentos
□ Estimular os pais na participação dos cuidados com a criança
□ Informar aos pais sobre a saúde da criança
□ Orientar sobre a importância do vínculo mãe-pai-filho
□ Incluir outros membros da família no cuidado à criança
□ Orientar os pais a ter espaço de privacidade
□ Explicar à família a necessidade de respeito à privacidade individual
□ Orientar na utilização dos espaços do domicílio respeitando a privacidade dos
membros da família
□ Avaliar crenças espirituais da família
□ Apoiar práticas espirituais da puérpera ou família
□ Estimular a verbalização de sentimentos relacionados à vida, ego, emoção,
subjetividade, crenças, mitos, expectativas, dentre outras
□ Conversar sobre a visita de líder espiritual em casa
□Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
Observações
Enfermeiro(a):
COREN:
□Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
□Melhorado
□ Piorado
□ Inalterado
□ Resolvido
99
Fonte: Amanda Greavette (2011).
5. Conclusão
100
O estudo teve como objetivo elaborar e validar um instrumento para
documentação da assistência de enfermagem à puérpera no âmbito da atenção
básica em saúde. Pois, considera-se que a (o) enfermeira (o) no desempenho de
suas funções juntamente com a mulher no puerpério necessita de ferramenta que
norteie suas atividades na perspectiva de atender a contento esta população.
O instrumento foi fundamentado na teoria das necessidades humanas
básicas de Horta e elaborado a partir dos conceitos do CIDEE e da terminologia
adotada por Garcia e Cubas (2012), baseada na linguagem proposta pela CIPE ®. O
desenvolvimento deste se estruturou em três seções denominadas dados de
identificação da puérpera, avaliação das necessidades humanas e planejamento da
assistência de enfermagem.
Os dados de identificação se basearam no CIDEE que agrupa um
conjunto de informações sociodemográficas da cliente. A parte destinada à
avaliação das necessidades humanas da puérpera foi elaborada mediante
agrupamento de indicadores empíricos levantados em bases de dados científicos,
por meio de revisão integrativa. Em seguida, mediante a aplicação da técnica de
grupo focal, foram validados por especialistas, organizados em dados a coletar e
submetidos à validação de forma e conteúdo. Para isto, utilizou-se a técnica Delphi.
A terceira parte foi composta por enunciados de diagnósticos, prescrições de
enfermagem e resultados com base na terminologia CIPE®, identificados a partir dos
indicadores empíricos validados na etapa anterior.
As sugestões relacionam-se à futura validação clínica do instrumento. A
partir desta, será possível testar sua operacionalização na prática assistencial. A
terminologia CIPE® é pouco utilizada pelos enfermeiros assistenciais em nossa
realidade, o que dificulta saber se outras enfermeiras chegariam aos mesmos
diagnósticos/resultados e intervenções de enfermagem aplicados, neste estudo, pela
pesquisadora. Considera-se ser esta uma atividade que depende de embasamento
teórico, julgamento clínico e prática assistencial de quem a utiliza.
Apesar da
validação clínica não ter sido objetivo da pesquisa, em virtude do tempo previsto
para o seu desenvolvimento, reconhece-se a premência de que este aspecto seja
priorizado pela comunidade científica, sobretudo quando envolve a mulher no
contexto do ciclo gravídico puerperal.
101
No
transcorrer
da
investigação,
as
dificuldades
encontradas
concentraram-se na demora da devolução dos questionários pelas especialistas.
Acredita-se que tal fato tenha ocorrido em virtude da validação do instrumento ter
sido realizada em período de férias de algumas universidades públicas, das quais a
maioria das participantes faz parte do corpo docente.
Conclui-se, portanto, que a partir da TNHB de Horta e da nomenclatura de
diagnósticos e intervenções de enfermagem desenvolvidos com base nos resultados
da CIPE® e do CIDEE foi possível elaborar e validar um instrumento para
documentação da assistência de enfermagem à puérpera no âmbito da atenção
básica em saúde. O estudo teve seu objetivo alcançado, bem como foi confirmada a
hipótese de que o nível de concordância acima de 70%, entre os participantes do
painel de especialistas, validou o documento de assistência de enfermagem à
puérpera na atenção básica.
O instrumento elaborado e validado neste estudo viabilizará a assistência
à puérpera de forma sistematizada, contribuindo para a operacionalização do
processo de enfermagem no contexto da atenção básica de saúde. Além disso,
possibilitará o estabelecimento de diagnósticos/resultados e intervenções de
enfermagem através da utilização da terminologia CIPE ®. Recomenda-se que o
documento para a Consulta de Enfermagem à puérpera seja utilizado na primeira
semana e em torno do 40º dia pós-parto, preferencialmente no domicílio da mulher,
ou seja, na sua inserção familiar. Da mesma forma, considera-se importante a
inclusão desta taxonomia como ferramenta de ensino nos cursos de graduação em
virtude de os alunos, docentes e enfermeiros atuantes diretamente na assistência
demonstrarem pouco conhecimento acerca desta classificação.
102
Referências
103
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2009, Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/physis/v19n3/a13v19n3.pdf> Acesso em 22
jan. 2013.
VIEIRA, F., et al,. Diagnósticos de enfermagem da NANDA no período pós-parto imediato e
tardio . Esc Anna Nery Rev Enferm. v. 14, n. 1, p. 83-89,2010. Disponível em: <
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> Acesso em: 01 dez. 2012.
YEE, L.; SIMON, M. Urban Minority Women’s Perceptions of and Preferences for
Postpartum Contraceptive Counseling. J Midwifery Womens Health. v. 56, p. 54–60, 2011.
<http://onlinelibrary.wiley.com.ez18.periodicos.capes.gov.br/doi/10.1111/j.15422011.2010.00012.x/pdf>. Acesso em: 22 jan. 13.
WEISS, M.; FAWCETT, J. ; ABER, C. Adaptation, postpartum concerns, and learning needs
in the first two weeks after caesarean birth. Journal of Clinical Nursing, v. 18, p. 2938–
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<http://onlinelibrary.wiley.com.ez18.periodicos.capes.gov.br/doi/10.1111/j.13652702.2009.02942.x/pdf>. Acesso em: 19 fev. 2013.
WERLEY, H. H.; LANG, N. M. Identification of the Nursing Minimum Data Set. New York:
Springer Publishing Company, 1988.
WERLEY, H. H. et al. The nursing minimum data set: abstraction tool standardized,
comparable, essencial data. Am. j. pub. nurs., v. 8, n.4, p. 421-426, 1991.
ZANOTTI, D. V. et al. Identificação e intervenção no transtorno psiquiátrico associadas ao
puerpério: a colaboração do enfermeiro psiquiatra. Rev. nurs.. v. 61, n. 6, p. 36-42, 2003.
ZIEGUEL, E.E.; CRANLEY, M. S. Enfermagem Obstétrica. 8ª ed. Rio de janeiro:
Interamericana, 1985.
116
Fonte: Amanda Greavette (2011)
Apêndice
117
APÊNDICE - A -
PROTOCOLO DA REVISÃO INTEGRATIVA
PROTOCOLO DA REVISÃO INTEGRATIVA
Tema: Elaboração e validação de instrumento para Consulta de Enfermagem à puérpera
na atenção básica.
1. Objetivo: Integrar os conhecimentos produzidos sobre os indicadores empíricos (IES)
das necessidades humanas alteradas da mulher durante o período pós-parto.
2. Questão norteadora:
Quais os indicadores empíricos (IE) das necessidades humanas alteradas da mulher
durante o pós-parto?
3. Estratégias de busca dos estudos:
Base de dados:
 Base de dados 1: Scopus
 Base de dados 2: Cinahl
 Base de dados 3: Pubmed
 Base de dados 4: Lilacs
 Base de dados 5: Journal of Midwifery and Women’s Health
 Base de dados 6: Cochrane
Descritores controlados DeCS/MeSH:
 Enfermagem obstétrica/ obstetrical nursing;
 período pós-parto/ postpartum period;
 cuidados de enfermagem/ nursing care;
 coleta de dados/ data colletion.
Descritores não controlados:
 Consulta de Enfermagem
 Necessidades humanas básicas
4. Seleção dos estudos:
Critérios de inclusão:
 Publicações disponíveis nas bases de dados selecionadas entre os
anos de 2008 a 2013.
 Estudos disponíveis nos idiomas Português, Inglês e Espanhol
 Estudos que abordam a questão norteadora
 Teses e dissertações que abordem à mulher no período pós-parto pertencentes ao DEDALUS ou TEDE (USP e UFC)
 Documentos oficiais
 Livros clássicos de Obstetrícia e Enfermagem Obstétrica
Critérios de exclusão:
 Cartas ao editor
 Estudos repetidos
 Estudos que não abordem a temática
118
5. Estratégias para coleta de dados dos estudos
 Instrumento construído pela pesquisadora.
 Caracterização dos estudos: por base de dados
 Categorias temáticas: classificação em cores por base de dados;
indicadores empíricos das necessidades básicas afetadas;
confecção dos quadros temáticos.
6. Estratégia para avaliação crítica dos estudos
Os artigos serão avaliados de forma crítica, procurando explicações para os resultados
diferentes ou conflitantes nos diferentes estudos.
7. Interpretação dos resultados
Comparação com o conhecimento teórico, a identificação de conclusões e implicações
resultantes da revisão integrativa.
8. Apresentação da revisão/Síntese dos dados
Análise dos resultados: discussão dos resultados evidenciados nos artigos,
conclusões e implicações resultantes da revisão, recomendações e sugestões.
119
APÊNCICE - B -
Instrumento de seleção dos estudos da revisão integrativa
Base de dados
Artigo
Referência:
Idioma:
Objetivo:
Metodologia:
Resultados
Indicadores Empíricos (IES)
120
APÊNCICE - C - Instrumento de coleta dos dados da revisão integrativa
Base de dados 1: Scopus
Artigo 1
Referência: GRAÇA, L. C. C.; FIGUEIREDO, M. C. B.; CONCEIÇÃO, M. T. Caetano C. Contributos
da intervenção de enfermagem de cuidados de saúde primários para a promoção do aleitamento
materno. Rev. Latino- Am. Enfermagem. v. 19, n. 2, p. 01-09,
2011. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rlae/v19n2/pt_27.pdf. Acesso em: 19 fev. 2013.
Indicadores
Interrupção precoce do aleitamento
Psicobiológica
Alimentação
materno exclusivo influenciando
negativamente na nutrição do bebê
Falta de conhecimento sobre
aleitamento exclusivo
Necessidades
Psicossocial
Educação
para
a
saúde e aprendizagem
Artigo 2
Referência: LOPES, D. B. M.; PRAÇA, N. S..Incontinência urinária autorreferida no pós-parto:
características clínicas. Rev Esc Enferm USP.v. 46, n. 3, p. 559-64, 2012. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v46n3/05.pdf. Acesso em: 19 fev. 2013.
Indicadores
Perda urinária de esforço, urgência
Necessidades
Psicobiológica
Eliminação
ao urinar ou mista
Artigo 3
Referência: DEARMAN, L. R. Bonding in women with postnatal anaemia: a pilot case control study
looking at postnatal bonding in women who have been diagnosed with anaemia at a University
Hospital in the East of England. Arch Gynecol Obstet. v 285, p. 1243–1248, 2012. Disponível em:
http://link.springer.com/article/10.1007/s00404-011-2142-0#page-1. Acesso em: 19 fev. 2013.
Indicadores
Psicobiológica
Necessidades
Regulação Vascular
Anemia
Artigo 4
Referência: DEMIRTAS, B. Breastfeeding support received by Turkish first-time mothers.
International Nursing Review. v. 59, p. 338–344, 2012. inr_977 338. Disponível em:
http://onlinelibrary.wiley.com.ez18.periodicos.capes.gov.br/doi/10.1111/j.1466-7657.2012.00977.x/pdf.
Acesso em: 19 fev. 2013.
Indicadores
Psicobiológica
Percepção dos órgãos Mastalgia
Necessidades
dos sentidos
Psicossocial
Educação
para
a Deficiência
na
recepção
das
saúde/aprendizagem
informações
sobre
aleitamento
exclusivo
Artigo 5
Referência: KAKYO, T. A. et al. Factors associated with depressive symptoms among postpartum
mothers in a rural districtin Uganda. Midwifery. v. 28. p. 374 – 379, 2012. Disponível em:
http://docs.mak.ac.ug/sites/default/files/2011063003491135.pdf. Acesso em: 19 fev. 2013.
Indicadores
Psicobiológica
Alimentação
Dificuldades na amamentação
Necessidades
Psicossocial
Autoestima,
Outras parceiras sexuais do marido
autoconfiança,
Problemas na vida conjugal
autorrespeito
Falta de suporte do marido durante
Segurança emocional.
o período pós-parto
Amor, aceitação
Artigo 6
121
Referência: MILMAN, N. Postpartum anemia II: prevention and treatment. Ann Hematol n. 91, p.
143–154, 2012. Disponível em: http://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00277-011-1381-2#page1. Acesso em: 19 fev. 2013.
Indicadores
Necessidades
Psicobiológica
Regulação Vascular
Anemia
Artigo 7
Referência: ENGQVIST I. et al., Women's Experience of Postpartum Psychotic Episodes—Analyses
of Narratives From the Internet. Archives of Psychiatric Nursing, v. 25, n. 5, p. 376–387, 2011.
Disponível em: http://www.sciencedirect.com/science/journal/08839417. Acesso em: 19 fev. 2013.
Indicadores
Necessidades
Psicobiológica
Sono e repouso
Insônia
Regulação neurológica Falta de concentração
Psicossocial
Gregária,
Medo avassalador
Segurança emocional,
Inabilidade para cuidar da criança
Autoestima,
Desorganização de pensamento
autoconfiança,
Sentimentos de culpa
autorrespeito,
Sensação de mal estar: ansiedade,
Amor e Aceitação
inquietação
Desconfiança de todos
Sentindo-se autolimitada
Desprendimento da criança e do
mundo
Desapontamento com o nascimento
Artigo 8
Referência: HSIEN, C-F. et al. Factors Influencing Breast Symptoms in Breastfeeding Women After
Cesarean Section Delivery Asian Nursing Research. v. 5, n. 2, 2011. Disponível em: http://ac.elscdn.com/S1976131711600170/1-s2.0-S1976131711600170-main.pdf?_tid=3a725052-7d09-11e2b75a 00000aab0f26&acdnat=1361549116_48f5e2270929844933379db651cb2fcf. Acesso em: 19 fev.
2013.
Indicadores
Fissura mamilar
Integridade física
Sono interrompido
Sono e repouso
Leite materno insuficiente
Psicobiológica
Alimentação
Dor,
desconforto
pelo
Necessidades
Percepção dos órgãos
Ingurgitamento mamário
dos sentidos
Flacidez do abdome
Psicossocial
Autoestima,
autoconfiança,autorrespeito
Artigo 9
Referência: FRANCISCO, A. A. et al. Avaliação e tratamento da dor perineal no pós-parto vaginal.
Acta
Paul
Enferm.
v.
24,
n.
1,
p.
94-100,
2011.
Disponível
em:
http://www.scielo.br/pdf/ape/v24n1/v24n1a14.pdf. Acesso em: 19 fev. 2013.
Indicadores
Episiotomia, Edema, hiperemia e
Integridade física
Necessidades
Psicobiológica
equimose na região perineal
Percepção dos órgãos
Dor na região perineal, dispareunia
dos sentidos
Artigo 10
Referência: WEISS, M.; FAWCETT, J. ; ABER, C. Adaptation, postpartum concerns, and learning
needs in the first two weeks after caesarean birth .Journal of Clinical Nursing, v. 18, p. 2938–2948,
2009. Disponível em: http://onlinelibrary.wiley.com.ez18.periodicos.capes.gov.br/doi/10.1111/j.13652702.2009.02942.x/pdf. Acesso em: 19 fev. 2013.
122
Psicobiológica
Necessidades
Psicossocial
Sono e repouso
Percepção dos órgãos
dos sentidos
Regulação térmica
Regulação neurológica
Autoestima,
autoconfiança,
autorrespeito
Indicadores
Cansaço, sono prejudicado
Cefaléia, dor
Hipertermia
Estresse
Priorização das mulheres em
atender as necessidades da família
em vez de suas necessidades
Necessidades de reorganização dos
papéis na família e nas relações
Artigo 11
Referência: CHRISTIE, J.; BUNTING, B. The effect of health visitors’ postpartum home visit
frequency on first-time mothers: Cluster randomised trial. International. Journal of Nursing Studies.
v. 48. p. 689–702, 2011. Disponível em: http://www.deepdyve.com/lp/elsevier/the-effect-of-healthvisitors-postpartum-home-visit-frequency-on-first-9aMbRbGwDH. Acesso em: 19 fev. 2013.
Indicadores
Necessidade
Psicobiológica
Regulação neurológica Depressão pós-parto
Base de dados 2: Cinahl
Artigo 1
Referência: HUNTER, L. P.; RYCHNOVSKY, J. D.; YOUNT, S. M. A Selective Review of Maternal
Sleep Characteristics in the Postpartum Period. JOGNN, v. 38, p. 60-68, 2009. Disponível em:
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1552-6909.2008.00309.x/pdf. Acesso em: 22 Jan 2013.
Indicadores
Necessidades
Psicobiológica
Sono e repouso
Falta de sono, privação de sono e
fadiga
Artigo 2
Referência: KURTH, E. Predictors of Crying in the Early Postpartum Period. JOGNN, v. 39, n. 3, p.
250-262,
2010.
Disponível
em:
http://web.ebscohost.com.ez18.periodicos.capes.gov.br/ehost/pdfviewer/pdfviewer?sid=95c356907382-43f1-b127-360d22f187e7%40sessionmgr13&vid=1&hid=12. Acesso em: 22 jan. 2013.
Indicadores
Depressão
materna,
Psicobiológica
Regulação Neurológica descompensações psíquicas
Sono e Repouso
Choro excessivo dos bebês nos
Necessidades
primeiros 10 dias pós-parto
Psicossocial
Autorrealização
Falta de planejamento na volta ao
trabalho
Artigo 3
Referência: RATHFISCH, G. et al. Effects of perineal trauma on postpartum sexual function.
Journal ofAdvanced.
Nursing.
v.
66,
n.
12,
p.
2640–2649,
2010.
Disponível
em:http://web.ebscohost.com.ez18.periodicos.capes.gov.br/ehost/pdfviewer/pdfviewer?sid=0c9978db708d-45ca-9536-ab46d1517646%40sessionmgr13&vid=2&hid=12. Acesso em: 22 Jan. 2013.
Indicadores
Sexualidade
Diminuição do desejo sexual,
reduzida
excitação,
menor
lubrificação vaginal, reduzida
Necessidades
Psicobiológica
freqüência de orgasmo, insatisfação
com a vida sexual
Percepção dos órgãos Dispareunia
dos sentidos
Episiotomia e laceração perineal
Integridade física
Artigo 4
Referência: HUNG, C-H., LIN, C-J J. S., YU ,C-Y. Post-natal well-being. Predictors of postpartum
stress. Journal of Clinical Nursing, v. 20, p. 666–674, 2011. Disponível em:
http://web.ebscohost.com.ez18.periodicos.capes.gov.br/ehost/pdfviewer/pdfviewer?sid=58a8d3d3-
123
bfc1-47a9-8d96-724623bda4db%40sessionmgr113&vid=1&hid=103. Acesso em: 22 Jan. 2013.
Indicadores
Psicobiológica
Percepção dos órgãos Dor no corpo
do sentido
Sono e repouso
Sono interrompido
Necessidades
Psicossocial
Autoestima,
Flacidez no abdome
autoconfiança,
Recuperar a imagem corporal antes
autorespeito
da gravidez
Incapacidade de controlar o peso
corporal
Gregária
Falta de apoio familiar, social e de
amigos
Artigo 5
Referência: GARABEDIAN, M. J. et al. Violence Against Women and Postpartum Depression.
Journal
of
Women’s
Health.
v.
20,
n.
3,
2011.
Disponível
em:
http://web.ebscohost.com.ez18.periodicos.capes.gov.br/ehost/pdfviewer/pdfviewer?sid=42a923e747d7-43f6-8daf-ba4818343edc%40sessionmgr112&vid=1&hid=103. Acesso em:22 Jan. 2013.
Psicobiológica
Necessidades
Psicossocial
Regulação neurológica
Segurança emocional
Indicadores
Depressão pós-parto
Abuso físico e perseguição do
parceiro
Artigo 6
Referência: ACELE, E. Ô. ; KARAÇAM, Z. Sexual problems in women during the first postpartum
year and related. Conditions. Journal of Clinical Nursing. v. 21, p. 929–937, 2011.Disponível em:
http://web.ebscohost.com.ez18.periodicos.capes.gov.br/ehost/pdfviewer/pdfviewer?sid=2baed7421cac-4896-858a-7793a08c65f9%40sessionmgr104&vid=1&hid=103. Acesso em: 22 jan. 2013.
Indicadores
Psicobiológica
Sexualidade
Problemas sexuais desde antes da
gravidez
Percepção dos órgãos Dispareunia
do sentido
Mastalgia
Necessidades
Integridade física
Episiotomia, laceração perineal
Terapêutica
Falta
de
aconselhamento/acompanhamento profissional
Psicossocial
Segurança emocional
Insatisfação com o casamento,
Autoestima,
abuso sexual, violência física
autoconfiança,
Insatisfação com a aparência física
autorespeito
Espaço
Dormir no mesmo quarto que o
bebê
Artigo 7
Referência: FANG, L.; HUNG, C-H. Couples’ postpartum health status. Journal of Clinical Nursing.
v.
21,
p.
2538–2544,
2012.
Disponível
em:
http://onlinelibrary.wiley.com.ez18.periodicos.capes.gov.br/doi/10.1111/j.1365-2702.2012.04104.x/pdf.
Acesso em: 22 jan. 2013.
Indicadores
Psicobiológica
Regulação neurológica Depressão pós-parto
Sexualidade
Necessidades
Psicossocial
Gregária
Casais sem intimidade conjugal
Falta de apoio social
Artigo 8
Referência: SERHAN, N. et al.. Prevalence of postpartum depression in mothers and fathers and its
Correlates. Journal of Clinical Nursing. v. 22, p. 279–284, 2012. Disponível em:
http://onlinelibrary.wiley.com.ez18.periodicos.capes.gov.br/doi/10.1111/j.1365-2702.2012.04281.x/pdf.
Acesso em: 22 jan. 2013.
124
Indicadores
Regulação neurológica
História anterior de depressão
Autoestima,
Ansiedade dos pais com a
autoconfiança
e maternidade,
primiparidade,
autorrespeito
prematuridade do filho
Autorrealização
Marido desempregado.
Educação
para
a Falta de orientações para cuidar do
saúde/aprendizagem
filho
Base de dados 3: Pubmed
Artigo 1
Referência: KURTH, E. et al. Crying babies, tired mothers: what do we know? A systematic review.
Midwifery. v. 27, p.187–194, 2011. Disponível em: http://ac.els-cdn.com/S0266613809000692/1-s2.0S0266613809000692main.pdf?_tid=6f5c8706-7f02-11e2
889300000aacb360&acdnat=1361766101_b08b28af3a4523b67d2370ba75842a83. Acesso em: 05
fev. 2013.
Indicadores
Regulação neurológica
Depressão pós-parto
Necessidades
Psicobiológica
Sono e repouso
Fadiga, choro e irritabilidade da
criança
Artigo 2
Referência: TAYLOR, J.; JOHNSON, M. The role of anxiety and other factors in predicting postnatal
fatigue: From birth to 6 months. Midwifery. v. 12, p. 1-9,
2012. Disponível em:
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0266613812000654. Acesso em: 05 fev. 2013.
Indicadores
Sono e repouso
Fadiga
Psicobiológica
Pouco sono à noite
Regulação vascular
Hemorragia
Percepção dos órgãos Dor
Necessidades
dos sentidos
Regulação neurológica Depressão
Terapêutica
Parto vaginal ter sido sem
Psicossocial
Amor, aceitação
assistência
Autoestima,
Ansiedade
autoconfiança,
Ausência de apoio do parceiro
autorrespeito
Dificuldade em cuidar do filho
Artigo 3
Referência: DOERING, J.J. The Physical and Social Environment of Sleep in Socioeconomically
Disadvantaged Postpartum Women. JOGNN. v. 42, p. 33-43, 2013. Disponível em:
http://onlinelibrary.wiley.com.ez18.periodicos.capes.gov.br/doi/10.1111/j.1552-6909.2012.01421.x/pdf.
Acesso em: 05 fev. 2013.
Indicadores
Sono e repouso
Dormir com a televisão ligada
Psicobiológica
Beber café e fumar antes de dormir
Uso de álcool
Necessidades
Segurança física e Barulho de pessoas da família,
meio ambiente
vizinhos e animais durante à noite
Psicossocial
Espaço
Compartilhamento da cama com o
Segurança emocional
parceiro e filhos
Sofrimento emocional relativo à
família
Necessidades
Psicobiológica
Psicossocial
Artigo 4
Referência: KAISER B.; RAZUREL, C. Determinants of postpartum physical activity, dietary habits
and weight loss after gestational diabetes mellitus. Journal of Nursing Management, v. 21, p. 58–69,
2013.
Disponível
em:
http://onlinelibrary.wiley.com.ez18.periodicos.capes.gov.br/doi/10.1111/jonm.12006/pdf. Acesso em:
05 fev. 2013.
125
Psicobiológica
Atividade física
Alimentação
Psicossocial
Educação
para
a
saúde/aprendizagem
Gregária
Necessidades
Indicadores
Dificuldade em se exercitar
Dificuldade em manter uma dieta
saudável
Déficit
de
comportamento
preventivo da diabete tipo 2
Falta de apoio social e familiar a fim
de adquirir e manter hábitos de vida
saudáveis
Base de dados 4: Lilacs
Artigo 1
Referência: CATAFESTA, F. et al. A amamentação na transição puerperal. Esc Anna Nery Rev
Enferm.
v.
13,
n.
3,
p.
609-616,
2009.
Disponível
em:
http://www.scielo.br/pdf/ean/v13n3/v13n3a22.pdf. Acesso em: 15 jan. 2013
Indicadores
Necessidades
Psicobiológica
Sono e repouso
Fadiga/cansaço (intervalo curto
entre as mamadas).
Integridade física
Fissura mamilar, mastite
Percepção dos órgãos Dor
dos sentidos
Ingurgitamento mamário
Alimentação
Desmame precoce
Artigo 2
Referência: MORAES, M. H. C.; CREPALDI, M. A. A clínica da depressão pós-parto. Mudanças –
Psicologia da Saúde. v. 19, n.1-2, p. 61-67, 2011. Acesso em 15 jan. 2013. Disponível em:
https://www.metodista.br/revistas/revistasims/index.php/MUD/article/view/3041/3059.
Indicadores
Sono e repouso
Cansaço
Psicobiológica
Regulação neurológica Delírio, alucinações, com risco de
suicídio e infanticídio
Necessidades
Terapêutica
Requer assistência imediata de um
profissional
Psicossocial
Segurança emocional
Instabilidade emocional, lágrimas
imotivadas,
tristeza
súbita
e
transitória, introversão
Autorrealização
Por conflitos da identidade como
Segurança emocional
mãe Expectativa frustrada com o
bebê. Sensação de útero vazio.
Dificuldade de perceber o bebê
como
separado
de
si,
permanecendo em um vínculo
simbiótico
ou
negando
o
nascimento da criança
Introversão, irritabilidade
Artigo 3
Referência: SOUZA, K. V. et al. A consulta puerperal: demandas de mulheres na perspectiva das
necessidades sociais em saúde. Rev Gaúcha Enferm. v. 29, n. 2, p. 175-181, 2008. Acesso em 15
jan.
2013.
Disponível
em:
http://seer.ufrgs.br/index.php/RevistaGauchadeEnfermagem/article/view/5532/3149.
126
Psicobiológica
Sexualidade
Terapêutica
Psicossocial
Segurança física
meio ambiente
Recreação e lazer
Gregária
Autorrealização
Autoestima,
autoconfiança
autorrespeito
Necessidades
e
e
Educação
para
a
saúde/aprendizagem
Indicadores
Exercício dos direitos sexuais, dos
direitos reprodutivos. Ter acesso à
escolha de métodos contraceptivo
Ter acesso a medicamentos e
insumos
Ter acesso à reinternação
Possuir vínculo com o serviço e ser
recebida quando precisar
Possuir
vínculo
com
a
equipe/profissional
Ter meio ambiente adequado
Necessidade de boas condições de
vida
Transporte
Necessidade de ser alguém com
direito à diferença
Tomar decisões com ligação entre
o saber e o fazer
Tomar decisões com respeito a sua
opinião
Participar de grupos de educação
e/ou informação em saúde
Ter direito à moradia
Espaço
Artigo 4
Referência: ALENCAR, B. C., RANGEL, S. L., MOREIRA, C. M. Aleitamento materno: a visão das
puérperas. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. v.11, n. 3, p.605-611,2009. Disponível em:
http://www.fen.ufg.br/revista/v11/n3/v11n3a18.htm. Acesso em 15 jan. 2013.
Indicadores
Necessidades
Psicossocial
Educação
para
a Dúvidas e dificuldades com relação
saúde/aprendizagem
ao aleitamento
Artigo 5
Referência: AZEVEDO, D. S.; et al.Conhecimento de primíparas sobre aleitamento materno - estudo
descritivo quantitativo. Online Brasilian Journal of Nursing. v. 8, n. 2 ,2009. Disponível em:
http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/j.16764285.2009.2357/532. Acesso em 15
jan. 2013.
Indicadores
Necessidades
Psicossocial
Educação
para
a Déficit de conhecimento quanto às
saúde/aprendizagem
questões ligadas ao Aleitamento
Materno (AM)
Artigo 6
Referência: SANTOS JUNIOR, H. P. O.; SILVEIRA, M. F. A. GUALDA, D. M. R. Depressão pósparto: um problema latente. Rev Gaúcha Enferm. v. 30, n. 3, p.516-524, 2009. Disponível em:
http://seer.ufrgs.br/RevistaGauchadeEnfermagem/article/view/8062 Acesso em: 15 jan. 2013.
Indicadores
Psicobiológica
Alimentação
Mudanças significativas no apetite
e no peso
Necessidades
Sono e repouso
Insônia ou hipersônia
Psicossocial
Segurança emocional
Tristeza
Autorrealização
Humor deprimido
Autoestima,
Ausência de prazer em realizar
autoconfiança,
atividades
que
antes
eram
autorrespeito
agradáveis
Sentimentos de inutilidade e culpa,
indecisão,capacidade diminuída de
pensar,
de
se
concentrar,
pensamentos recorrentes de morte
Artigo 7
Referência: MARTINS C. A., et al. Dinâmica familiar em situação de nascimento e puerpério. Rev.
Eletr.
Enf.
[Internet].
v.
10,
n.
4,
p.
1015-1025,
2008.
Disponível
em:
127
http://www.fen.ufg.br/revista/v10/n4/v10n4a13.htm. Acesso em: 15 jan. 2013.
Indicadores
Psicobiológica
Integridade física
Fissura mamilar, ingurgitamento
mamário
Sono e repouso
Ter que acordar durante a noite
para atender às necessidades do
Necessidades
bebê que chora
Terapêutica
Bebê não consegue boa pega ao
seio leva os pais a acreditarem que
ele está com fome, levando-os a
introduzir o leite artificial
Psicossocial
Educação
para
a Desconhecimento da família quanto
saúde e aprendizagem ao risco de transmissão de doenças
Prática do aleitamento cruzado
A mulher convive com orientações
do senso comum oriundas dos
familiares
Autoestima,
Necessidade de uma reformulação
autoconfiança,
nos papéis e nas regras de
autorrespeito
funcionamento familiar devido à
chegada de um novo membro
Algumas limitações físicas da
puérpera para executar atividades
Alteração da rotina e da estrutura
familiar
Ciúme dos outros filhos com a
chegada do bebê
Artigo 8
Referência: MARTINS, L.; BIGUETTI, D.; SOUZA, P. N.. Incontinência urinária autorreferida no pósparto: características clínicas. Rev Esc Enferm USP. v. 46, n. 3, p. 559-64, 2012. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v46n3/05.pdf . Acesso em: 15 jan. 2013.
Indicadores
Eliminação
Incontinência urinária: perda de
Necessidades
Psicobiológica
urina por esforço. Incontinência de
urgência e incontinência mista
Integridade física
Episiotomia
Artigo 9
Referência: PARREIRA, B. D. M.; SILVA, S. R.; MIRANZI, M. A. S. Métodos anticoncepcionais:
orientações recebidas por puérperas no pré-natal e puerpério. Cienc Cuid Saude. v. 9, n. 2, p. 262268,
2010.
Disponível
em:
http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/view/9699/6075. Acesso em: 15 jan.
2013.
Indicadores
Necessidades
Psicossocial
Educação
para
a Deficit de conhecimento sobre
saúde/aprendizagem
planejamento familiar
Artigo 10
Referência: TAKEMOTO, A. Y., et al. Preparo e apoio à mãe adolescente para a prática de
amamentação. Cienc Cuid Saude. v.10, n. 3, p. 444-451, 2011. Disponível em:
http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/view/17362/pdf. Acesso em: 15 jan.
2013.
Indicadores
Necessidades
Psicobiológica
Integridade física
Fissura mamilar
Psicossocial
Educação
para
a Descrença nas propriedades do
saúde/aprendizagem
aleitamento materno
Uso de chás, chupetas, água no
intervalo entre as mamadas
Artigo 11
Referência: LIMA-LARA , A.C.; FERNANDES, R. A. Q. Qualidade de vida no puerpério mediato: um
estudo quantitativo. Online Brasilian Journal of Nursing. v. 9, n. 1, p. 1-9, 2010. Disponível em:.
http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/j.1676-4285.2010.2815/html_68 Acesso em
128
15 jan 2013.
Necessidades
Psicobiológica
Integridade física
Percepção dos órgãos
dos sentidos
Indicadores
Fissura ou trauma mamilar e o
ingurgitamento mamário
Dor lombar
Cefaléia
Dor no local da episiorrafia
Dor na incisão cirúrgica
Anemia, hipertensão
Hipertermia
Incisão purulenta, resfriado, gripe
Fadiga
Dificuldades no auto-cuidado
Alteração na saúde do bebê
Regulação vascular
Regulação térmica
Integridade física
Sono e repouso
Cuidado corporal
Terapêutica
Artigo 12
Referência: GAMBA, O. A. B. et al. Seguimento de enfermería a La madre y al recién nacido durante
el puerperio: traspasando lãs barreras hospitalarias. Av. enferm. v .XXVII, n. 2, p. 139-149, 2009.
Disponível em: Acesso em: http://www.enfermeria.unal.edu.co/revista/articulos/xxvii2_14.pdf. 15 jan.
2013.
Indicadores
Psicobiológica
Terapêutica
Problemas com a saúde do bebê
Percepção dos órgãos Ingurgitamento mamário
dos sentidos
Fissura mamilar, mastite
Necessidades
Integridade física
Infecção
Alimentação
Perda de peso
Regulação vascular
Involução uterina prejudicada,
Regulação neurológica
hemorragia
Depressão puerperal
Psicossocial
Educação
para
a Déficit de conhecimento para o
saúde/aprendizagem
autocuidado e cuidado com o
recém-nascido
Artigo 13
Referência: BERETTA, M. I. R. et al.Tristeza/depressão na mulher: uma abordagem no período
gestacional e/ou puerperal. Rev. Eletr. Enf. [Internet].v.10, n. 4, p. 966-978, 2008. Available from:
http://www.fen.ufg.br/revista/v10/n4/v10n4a09.htm.Acesso em: 15 jan. 2013.
129
Psicobiológica
Necessidades
Psicossocial
Sono e repouso
Percepção dos órgãos
dos sentidos
Integridade física
Alimentação
Regulação neurológica
Sexualidade
Regulação vascular
Autorrealização
Autoestima,
autoconfiança,
autorrespeito
Segurança emocional
Gregária
Autorrealização
Indicadores
Insônia/alteração do sono
Dor na episiorrafia
Deiscência da episiorrafia
Falta de apetite
Agitação ou retardo psicomotor
Desinteresse sexual
Hipertensão
Caráter conflituoso da experiência
da maternidade
Sentimentos de desvalia ou culpa,
perda de concentração e ideias de
morte ou suicídio
Tristeza pela gravidez não ter sido
planejada, nascimento prematuro
ou morte do bebê
Brigas conjugais, desinteresse
pelo marido Sentimentos de
desamparo e desesperança,
falta de energia e motivação
Irritabilidade, choro frequente
Pai estressado pela falta de
atenção da puérpera que está
ocupada com os cuidados com o
recém-nascido
Falta de apoio familiar
Precárias
condições
socioeconômicas
Artigo 14
Referência: LETTIERE, A.; NAKANO, A. M. S.; BITTAR, D. B. Violência contra a mulher e suas
implicações na saúde materno-infantil. Acta Paul Enferm. v. 25, n.4, p. 524-529, 2012. Disponível
em: http://www.scielo.br/pdf/ape/v25n4/07.pdf
Acesso em 15 jan. 2013.
Indicadores
Necessidades
Psicossocial
Segurança emocional
Violência física
Quadros agudos
de sofrimento
Violência psicológica
Autorrealização
Sentimento de culpa e
fracasso
Base de dados 5: Journal of Midwifery and Women’s Health
Artigo 1
Referência: YEE, L.; SIMON, M. Urban Minority Women’s Perceptions of and Preferences for
Postpartum Contraceptive Counseling. J Midwifery Womens Health. v. 56, p. 54–60, 2011.
http://onlinelibrary.wiley.com.ez18.periodicos.capes.gov.br/doi/10.1111/j.1542-2011.2010.00012.x/pdf.
Acesso em 22 jan. 13.
Indicadores
Necessidades
Psicossocial
Educação
para
a Falta compreensão sobre o uso dos
saúde/aprendizagem
métodos contraceptivos
Artigo 2
Referência: BECK, C. T. et al. Postpartum Depressive Symptomatology: Results from a Two-Stage
US
National
Survey.
J
Midwifery
Womens
Health.
v.56,
p.
427435,
2011.http://onlinelibrary.wiley.com.ez18.periodicos.capes.gov.br/doi/10.1111/jmwh.2011.56.issue4/issuetoc. Acesso em 22 jan. 2013.
Indicadores
Necessidades
Psicobiológica
Sono e repouso
Sono prejudicado
Psicossocial
Segurança emocional
Labilidade emocional
Pensamentos suicidas
130
Sintomas
de
estresse
traumático (pós-parto)
Dificuldade de concentração
pós-
Autorrealização
Artigo 3
Referência: CHOJENTA, C. et al. How do Previous Mental Health, Social Support, and Stressful Life
Events Contribute to Postnatal Depression in a Representative Sample of Australian Women? J
Midwifery
Womens
Health.
v.
57,
p.
145–150,
2012.
Disponível
em:
http://onlinelibrary.wiley.com.ez18.periodicos.capes.gov.br/doi/10.1111/jmwh.2012.57.issue2/issuetoc. Acesso em: 22 jan. 2013.
Indicadores
Necessidades
Psicossocial
Regulação neurológica História de depressão anterior.
Fatores estressantes
Gregária
Falta de apoio social
Artigo 4
Referência: KO, J. Y et al. Gestational Diabetes Mellitus and Postpartum Care Practicesof NurseMidwives. J Midwifery Womens Health . v. 58, p. 33–40, 2013. Diponível
em:http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1542-2011.2012.00261.x/pdf. Acesso em: 22 jan. 2013.
Indicadores
Necessidades
Psicobiológica
Terapêutica
Mulheres após gravidez com
Diabete gestacional necessitam
fazer teste de glicemia no pósparto, pois apresentam riscos à sua
saúde a longo prazo
Artigo 5
Referência: THARPE, N. Postpregnancy Genital Tract and Wound Infections. J Midwifery Womens
Health.
v.
53,
p.
236
–
246,
2008.
Disponível
em:.http://onlinelibrary.wiley.com.ez18.periodicos.capes.gov.br/doi/10.1111/jmwh.2008.53.issue1/issuetoc. Acesso em 22 jan. 2013.
Indicadores
Necessidades
Psicobiológica
Regulação térmica
Hipertermia.
Percepção dos órgãos Dor abdominal.
dos sentidos
Sensibilidade uterina aumentada
Integridade física
Eritema, a presença de exsudato
seroso ou purulento na ferida
cirúrgica, isolamento de organismos
na ferida cirúrgica, deiscência
espontânea da ferida, e/ou a
presença
de
abscesso,
endurecimento Loquiação purulenta
Artigo 6
Referência: HERMANSEN, I. L.; O’CONNELL, B.; GASKIN, C. J. Are Postpartum Women in
Denmark Being Given Helpful Information About Urinary Incontinence and Pelvic Floor Exercises? J
Midwifery
Womens
Health.
v.55,
p.
171
174,
2010.
Disponível
em:
http://onlinelibrary.wiley.com.ez18.periodicos.capes.gov.br/doi/10.1016/j.jmwh.2009.09.004/pdf.
Acesso em: 22 jan. 2013.
Indicadores
Educação
para
a Déficit
de
informação
sobre
Necessidades
Psicossocial
saúde/
incontinência urinária no período
aprendizagem
pós-parto
Déficit
de
informação
sobre
exercícios do assoalho pélvico
Atenção ao pré-natal de baixo risco do Ministério da Saúde
Referência: BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: Ministério da Saúde, 2012 a.
Disponível
em:
<http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/caderno_atencao_pre_natal_baixo_risco.pdf>.
Acesso em: 25 fev. 2013.
Indicadores
Psicobiológica
Terapêutica
Exame físico e avaliação do estado
Necessidades
de saúde da puérpera e do bebê.
131
Educação para
saúde/
aprendizagem
a
Necessidade de informação a
respeito do retorno da atividade
Psicossocial
sexual; da prevenção de DST/Aids;
direitos sociais e trabalhistas.
Segurança
Necessidade de avaliação do
emocional
estado emocional: flutuação de
humor, preocupações, desânimo,
fadiga;choro; irritabilidade; insônia;
pesadelos;
dificuldade
de
concentração; condições de apoio
social e familiar; vínculo mãe-filho
Protocolos de Enfermagem na atenção primária à saúde do COREn- RJ
Referência: COREN. Protocolos de Enfermagem na atenção primária à saúde. Secretaria
Municipal de Saúde e Defesa Civil. Rio de Janeiro (RJ): Prefeitura, 2012. Disponível em:
https://docs.google.com/file/d/0B4Cug69w7jkxaWtNZ0ZMaEFFVFk/edit?pli=1. Acesso em 27 fev.
2013.
Psicobiológica
Terapêutica
Exame físico para avaliação materna.
A família precisa de orientações
Necessidades
Educação para a quanto às mudanças fisiológicas e
saúde/
psicológicas da puérpera
Psicossocial
Aprendizagem
Necessidade de avaliação do estado
Segurança
emocional (sintomas de Baby Blues),
emocional
situações de vulnerabilidade social;
de observação do vínculo mãe-filho
132
APÊNDICE - D - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA OS (AS)
ENFERMEIROS
(AS)
ESPECIALISTAS
(ETAPA
DE
IDENTIFICAÇÃO
DAS
NECESSIDADES HUMANAS DO INSTRUMENTO PARA CONSULTA DE ENFERMAGEM
À PUÉRPERA NO ÂMBITO DA ATENÇÃO BÁSICA – GRUPO FOCAL)
Senhora enfermeira,
Sou aluna do curso de doutorado em Enfermagem da PGENF/UFRN, e gostaria
de convidá-lo (a) a participar do desenvolvimento de uma pesquisa intitulada “Validação de
instrumento para consulta de enfermagem à puérpera no âmbito da atenção básica". Esse
estudo tem o objetivo de elaborar e validar um instrumento para a sistematização da
assistência de enfermagem à puérpera no âmbito da atenção básica em saúde
fundamentada na Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Horta e na Classificação
para a Prática de Enfermagem - CIPE®, baseado no Conjunto Internacional de Dados
Essenciais da Enfermagem.
Sua participação é de fundamental importância. Caso aceite participar, a
senhora deverá assinar o presente termo de consentimento. Sua colaboração acontecerá na
avaliação dos indicadores empíricos das necessidades humanas afetadas pelo puerpério
mediato a partir da literatura científica. Nesta oportunidade, solicitamos sua cooperação no
sentido de averiguar as necessidades humanas básicas afetadas pelo puerpério tendo sua
expertise e conhecimento como requisito fundamental para a realização dessa etapa da
pesquisa.
É possível que o presente estudo lhe traga algum desconforto ao responder os
questionamentos contidos no instrumento. Os benefícios advindos com os resultados desta
pesquisa relacionam-se com a disponibilização de um instrumento para a sistematização da
assistência de enfermagem à puérpera no âmbito da atenção básica confiável a ser utilizado
por enfermeiros no exercício de sua prática assistencial, bem como a qualificação e
embasamento da prática de enfermagem a partir de informações válidas e confiáveis.
Dou-lhe a garantia de que as informações aqui obtidas serão utilizadas apenas
para a realização do estudo. A senhora tem a liberdade de retirar seu consentimento a
qualquer momento e não participar do estudo, sem nenhum dano. Ao apresentar o trabalho,
não utilizarei o seu nome nem qualquer outro dado que possa identificá-lo (a).
Para informar irregularidades danosas durante a vossa participação no estudo,
entre em contato com o Comitê de Ética em pesquisa da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, localizado na Av. Senador Salgado Filho, 3000, Natal – RN. Campus
Universitário Fone: (84) 3215-3135.
133
Caso precise entrar em contato comigo, as informações constam a seguir:
Nome: Maria Helena Soares da Nóbrega Mazzo. Endereço: Departamento de Enfermagem,
Campus Universitário, S/N, Lagoa Nova, Natal – RN.
Fone: (84) 3215-3840/3615
Endereço eletrônico: [email protected]
_______________________________________________________________
Declaração do Participante:
Concedo, após convenientemente esclarecido pela pesquisadora e ter entendido o que me
foi explicado, a minha participação nesta pesquisa.
Natal, _______ de __________________de __________.
____________________________
Assinatura da Participante
________________________________
Assinatura da Pesquisadora Responsável
___________________________
_____________________________
Testemunha 1
Testemunha 2
134
APÊNDICE - E
Roteiro de discussão para o Grupo Focal
No capítulo anterior, os Indicadores Empíricos (IE) foram identificados por
meio da literatura científica. Posteriormente, procedeu-se sua correlação com as
necessidades humanas afetadas das puérperas pela pesquisadora. Neste estudo, o
grupo focal é utilizado como uma ferramenta com o objetivo de obter a opinião
consensual das enfermeiras a despeito da associação entre os IE e as necessidades
humanas afetadas da puérpera. Essa etapa antecede a construção do instrumento
de consulta de enfermagem à puérpera na atenção básica e tem como propósito
subsidiar a classificação realizada pela pesquisadora.
Para o desenvolvimento da dinâmica cada participante do GF recebe
essa lista com a classificação e a definição das necessidades humanas, bem como
os indicadores encontrados nos artigos e suas respectivas necessidades humanas
afetadas estão projetados em dispositivo visual de acordo com os Quadros 2 Classificação das necessidades humanas básicas segundo Benedet e Bub (2001) e
Quadro 3 – Classificação dos indicadores empíricos de acordo com as necessidades
humanas básicas afetadas da puérpera, respectivamente.
Este roteiro tem como propósito nortear as discussões do GF, e para isso
tem como base os seguintes questionamentos: no seu entendimento, os Indicadores
Empíricos (IE) e as Necessidades Humanas Afetadas (NHA) apresentados nessa
distribuição pela pesquisadora estão de acordo com a classificação e definição das
necessidades humanas de Benedet e Bub (2001)? Ainda com relação a
classificação e definição das necessidades humanas de Benedet e Bub (2001), no
seu entendimento, existe necessidade de acrescentar ou suprimir algum IE?
Durante o desenvolvimento do GF, as participantes discutiram a
concordância ou não da relação das NHB com os IE. O observador registrará as
alterações/sugestões na coluna destinada para este fim e ao término da técnica, os
resultados serão apresentados às participantes do grupo.
135
Necessidades psicobiológicas
Necessidades Psicossociais
Oxigenação
Hidratação
Alimentação
Eliminação
Sono e repouso
Atividade física
Sexualidade
Segurança física
Cuidado corporal
Integridade física
Regulação:
crescimento
celular
desenvolvimento funcional
Regulação vascular
Regulação térmica
Regulação neurológica
Regulação hormonal
Percepção dos órgãos dos sentidos
Terapêutica
Comunicação
Gregária
Recreação e lazer
Segurança emocional
Amor, aceitação
Autoestima, autoconfiança, autorrespeito
Liberdade e Participação
Educação para a saúde/aprendizagem
Autorrealização
Espaço
Criatividade
e
Necessidades Psicoespirituais: Religiosidade/ espiritualidade
Quadro 2 - Classificação das necessidades humanas básicas segundo Benedet e Bub (2001).
Necessidades Psicobiológicas
1. Regulação Neurológica
É a necessidade do indivíduo de preservar e/ou restabelecer o
funcionamento do sistema nervoso com o objetivo de coordenar as funções e
atividades do corpo e alguns aspectos do comportamento (ATKINSONS; MURRAY,
1989).
2. Percepção dos Órgãos dos Sentidos
É a necessidade do organismo em perceber o meio através de estímulos
nervosos com o objetivo de interagir com os outros e perceber o ambiente
(BENEDET; BUB, 2001, p. 69).
3. Oxigenação
É a necessidade do organismo de obter o oxigênio através da ventilação,
da difusão do oxigênio e dióxido de carbono entre os alvéolos e o sangue, do
transporte do oxigênio para os tecidos periféricos e da remoção do dióxido de
carbono; e da regulação da respiração com o objetivo de produzir energia (ATP) e
manter a vida (GUYTON; HALL, 2000, p. 33).
136
4. Regulação Vascular
É a necessidade do organismo de transportar e distribuir nutrientes vitais
através do sangue para os tecidos e remover substâncias desnecessárias, com o
objetivo de manter a homeostase dos líquidos corporais e a sobrevivência do organismo
(GUYTON; HALL, 2000, p. 57).
5. Regulação Térmica
É a necessidade do organismo em manter a temperatura central
(temperatura interna) entre 36° e 37,3° C, com o objetivo de obter um equilíbrio da
temperatura corporal (produção e perda de energia térmica) (BENEDET; BUB, 2001,
p. 82).
6. Hidratação
É a necessidade de manter em nível ótimo os líquidos corporais,
compostos essencialmente pela água, com o objetivo de favorecer o metabolismo
corporal (BENEDET; BUB, 2001, p. 85).
7. Alimentação
É a necessidade do individuo obter os alimentos necessários com o
objetivo de nutrir o corpo e manter a vida (BENEDET; BUB, 2001, p. 88).
8. Eliminação
É a necessidade do organismo de eliminar substâncias indesejáveis ou
presentes e quantidades excessivas com o objetivo de manter a homeostase
corporal (BENEDET; BUB, 2001, p. 95).
9. Integridade Física
É a necessidade do organismo em manter as características de elasticidade,
sensibilidade, vascularização, umidade e coloração do tecido epitelial, subcutâneo e
mucoso com o objetivo de proteger o corpo (BENEDET; BUB, 2001, p. 103).
10. Sono e Repouso
É a necessidade do organismo em manter, durante certo período diário, a
suspensão natural, periódica e relativa da consciência; corpo e mente em estado de
137
imobilidade parcial ou completa e as funções corporais parcialmente diminuídas com
o objetivo de obter restauração (BENEDET; BUB, 2001, p. 107).
11. Atividade Física
É a necessidade de mover-se intencionalmente sob determinadas
circunstâncias através do uso da capacidade de controle e relaxamento dos grupos
musculares com o objetivo de evitar lesões tissulares (vasculares, musculares,
osteoarticulares), exercitar-se, trabalhar, satisfazer outras necessidades, realizar desejos,
sentir-se bem, etc. (BENEDET; BUB, 2001, p. 111).
12. Cuidado Corporal
É a necessidade do indivíduo para, deliberada, responsável e
eficazmente, realizar atividades com o objetivo de preservar seu asseio corporal
(BENEDET; BUB, 2001, p. 117).
13. Segurança física e meio ambiente
É a necessidade de manter um meio ambiente livre de agentes
agressores à vida com o objetivo de preservar a integridade psicobiológica
(BENEDET; BUB, 2001, p. 123).
14. Sexualidade
É a necessidade de integrar aspectos somáticos, emocionais, intelectuais
e sociais do ser, com o objetivo de obter prazer e consumar o relacionamento sexual
com um parceiro ou parceira e procriar (BENEDET; BUB, 2001, p. 135).
15. Regulação: Crescimento Vascular
É a necessidade do organismo em manter a manipulação celular e o
crescimento tecidual dentro dos padrões da normalidade com o objetivo de crescer e
desenvolver-se (BENEDET; BUB, 2001, p. 138).
16. Terapêutica
É a necessidade do indivíduo de buscar ajuda profissional para auxiliar no
cuidado à saúde com o objetivo de promover, manter e recuperar a saúde
(BENEDET; BUB, 2001, p.142).
138
Necessidades Psicossociais
1. Comunicação
É a necessidade de enviar e receber mensagens utilizando linguagem
verbal (palavra falada e escrita) e não verbal (símbolos, sinais, gestos, expressões
faciais) com o objetivo de interagir com os outros (BENEDET; BUB, 2001, p. 146).
2. Gregária
É a necessidade de viver em grupo com o objetivo de interagir com os
outros e realizar trocas sociais (BENEDET; BUB, 2001, p. 149).
3. Recreação e Lazer
É a necessidade de utilizar a criatividade para produzir e reproduzir ideias
e coisas com o objetivo de entreter-se, distrair-se e divertir-se (BENEDET; BUB,
2001, p. 152).
4. Segurança Emocional
É a necessidade de confiar nos sentimentos e emoções dos outros em
relação a si com o objetivo de sentir-se seguro emocionalmente (BENEDET; BUB,
2001, p. 154).
5. Amor, Aceitação
É a necessidade de ter sentimentos e emoções em relações às pessoas
em geral com o objetivo de ser aceito e integrado aos grupos, de ter amigos e
família (BENEDET; BUB, 2001, p. 162).
6. Autoestima, Autoconfiança, Autorrespeito
É a necessidade de sentir-se adequado para enfrentar os desafios da
vida, de ter confiança em suas próprias ideias, de ter respeito por si próprio, de se
valorizar, de se reconhecer merecedor de amor e felicidade, de não ter medo de
expor suas ideias, desejos e necessidades com o objetivo de obter controle sobre a
própria vida, de sentir bem-estar psicológico e de perceber-se como o centro vital da
própria existência (BRADEN, 1998 apud BENEDET; BUB, 2001, p.169).
139
7. Liberdade e Participação
É a necessidade que cada um tem de agir conforme a sua própria
determinação dentro de uma sociedade organizada, respeitando os limites impostos
por normas definidas (sociais, culturais, legais). Em resumo, é o direito que cada um
tem em concordar ou discordar, informar e ser informado, delimitar e ser delimitado
com o objetivo de ser livre e preservar sua autonomia (BENEDET; BUB, 2001,
p.174).
8. Educação para a Saúde/Aprendizagem
É a necessidade de adquiri conhecimento e/ou habilidade para responder
a uma situação nova ou já conhecida com o objetivo de adquirir comportamentos
saudáveis e manter a saúde (BENEDET; BUB, 2001, p. 183).
9. Autorrealização
É a necessidade de realizar o máximo com suas capacidades físicas,
mentais, emocionais e sociais com o objetivo de ser o tipo de pessoa que deseja ser
(KALISH, 1983 apud BENEDET; BUB, 2001, p. 187).
10. Espaço
É a necessidade de delimitar-se no ambiente físico, ou seja, expandir-se
ou retrair-se com o objetivo de preservar a individualidade e a privacidade
(BENEDET; BUB, 2001, p. 190).
11. Criatividade
É a necessidade de ter ideias e produzir novas coisas com o objetivo de
realizar-se (vir a ser) (BENEDET; BUB, 2001, p.191).
Necessidades Psicoespirituais
1. Espiritualidade
É a necessidade inerente aos seres humanos e está vinculada àqueles
fatores necessários para o estabelecimento de um relacionamento dinâmico entre as
pessoas e um ser ou entidade superior com o objetivo de sentir bem-estar espiritual.
(BENEDET; BUB, 2001, p.192
140
APÊNDICE – F - CONCORDÂNCIA DOS ESPECIALISTAS DA PRIMEIRA VERSÃO DO
INSTRUMENTO PARA CONSULTA DE ENFERMAGEM À PUÉRPERA NO ÂMBITO DA
ATENÇÃO BÁSICA QUANTO À PERTINÊNCIA E AO CONTEÚDO DOS ITENS QUE O
COMPÕE.
Na ocasião do Grupo Focal, a classificação das necessidades humanas
básicas utilizada foi de acordo com Benedet e Bub, 2001. Porém, em seguida, a
pesquisadora tomou conhecimento da classificação de Garcia e Cubas, 2012, cuja
denominação está mais atual e, portanto, optou-se por substituí-la. Para tanto, o
quadro comparativo abaixo e a lista das definições das necessidades humanas
visam demonstrar essa alteração no que concerne ao nome da necessidade, bem
como as que foram acrescentadas.
Necessidades
psicobiológicasGarcia e Cubas,
2012
Necessidades
psicobiológicasBenedet e Bub, 2001
Oxigenação
Oxigenação
Hidratação
Hidratação
Nutrição*
Alimentação
Eliminação
Eliminação
Sono e repouso
Sono e repouso
Atividade física
Atividade física
Sexualidade
e Sexualidade
reprodução*
Segurança
física/meio
Segurança física e do ambiente
meio ambiente
Cuidado corporal
Cuidado corporal e Integridade física
ambiental*
Regulação: crescimento
Integridade física
celular
Regulação:
Regulação vascular
crescimento celular e Regulação térmica
desenvolvimento
Regulação neurológica
funcional*
Percepção dos órgãos
Regulação vascular
dos sentidos
Regulação térmica
Terapêutica
Regulação neurológica
Regulação hormonal**
Sensopercepção*
Terapêutica
e
de
prevenção*
Necessidades Psicoespirituais: Religiosidade e
espiritualidade. Garcia e Cubas, 2012.
Necessidades
Psicossociais –
Garcia e Cubas,
2012
Necessidades
Psicossociais
Benedet e Bub, 2001
Comunicação
Gregária
Recreação e lazer
Segurança emocional
Amor, aceitação
Autoestima,
autoconfiança,
autorrespeito
Liberdade
e
Participação
Educação
para
a
saúde e aprendizagem
Autorrealização
Espaço
Criatividade
Garantia de acesso à
tecnologia**
Comunicação
Gregária
Recreação e lazer
Segurança emocional
Amor, aceitação
Autoestima,
autoconfiança,
autorrespeito
Liberdade
e
Participação
Educação para a
saúde/aprendizagem
Autorrealização
Espaço
Criatividade
Necessidades Psicoespirituais:
Religiosidade/espiritualidade. Benedet e Bub,
2001.
Classificação das necessidades humanas segundo Garcia e Cubas, 2012 X Benedet e Bub,
2001.
Fonte: adaptado de GARCIA; CUBAS, 2012 e BENEDET; BUB, 2001.
Alterações entre as classificações de GARCIA, 2012 e BENEDET; BUB, 2001:
* mudança na nomenclatura da necessidade ** necessidade acrescentada
141
Necessidades Psicobiológicas
1. Necessidade de Oxigenação
É a necessidade do indivíduo de obter o oxigênio por meio da ventilação,
dedifusão do oxigênio e dióxido de carbono entre os alvéolos e o sangue, de
transporte de oxigênio para os tecidos periféricos e da remoção de dióxido de
carbono; e de regulação da respiração com o objetivo de produzir energia (ATP) e
manter a vida (GARCIA, 2012, p. 16).
2. Necessidade de Hidratação
É a necessidade do indivíduo de que os líquidos corporais, compostos
essencialmente pela água, sejam mantidos em nível ótimo, com o objetivo de
favorecer o metabolismo corporal (GARCIA, 2012, p. 21).
3. Necessidade de Nutrição
É a necessidade do individuo obter os alimentos necessários para
consumo e utilização biológica de energia e nutrientes em nível celular, com o
objetivo de manutenção da saúde e da vida. Envolve os processos de ingestão,
digestão de alimentos, absorção de nutrientes, captação dos mesmos e sua
utilização no metabolismo celular (GARCIA, 2012, p. 24).
4. Necessidade de Eliminação
É a necessidade do indivíduo de eliminar substâncias orgânicas
indesejáveis ou presentes em quantidades excessivas, com o objetivo de manter a
homeostase corporal (GARCIA, 2012, p. 31).
5. Necessidade de Sono e Repouso
É a necessidade do indivíduo de manter, por certo período diário, a
suspensão natural, periódica e relativa da consciência; o corpo e a mente em estado
de imobilidade parcial ou completa e as funções corporais parcialmente diminuídas,
com o objetivo de restaurar o vigor para as atividades cotidianas (GARCIA, 2012, p.
36).
142
6. Necessidade de Atividade Física
É a necessidade do indivíduo de mover-se intencionalmente, sob
determinadas circunstâncias, usando a capacidade de controle e relaxamento dos grupos
musculares com o objetivo de evitar lesões tissulares (vasculares, musculares,
osteoarticulares), exercitar-se, trabalhar, satisfazer outras necessidades, realizar desejos,
sentir-se bem, etc (GARCIA, 2012, p. 39).
7. Necessidade de Sexualidade e Reprodução
É a necessidade do indivíduo de integrar aspectos somáticos,
emocionais, intelectuais e sociais, com o objetivo de relacionamento afetivo-sexual
com um parceiro, obter prazer e procriar (GARCIA, 2012, p. 44).
8. Necessidade de Segurança física e meio ambiente
É a necessidade do indivíduo, família ou coletividade de proteger-se e de
manter um meio ambiente livre de agentes agressores, com o objetivo de preservar
a segurança física e socioambiental (GARCIA, 2012, p. 47).
9. Necessidade de Cuidado Corporal e Ambiental
É a necessidade do indivíduo para, deliberada, responsável e
eficazmente, realizar atividades com o objetivo de preservar seu asseio corporal e
apresentação pessoal, da família e coletividade; e para manter o ambiente domiciliar
e entorno em condições que favoreçam a saúde (GARCIA, 2012, p. 57).
10. Necessidade de Integridade Física
É a necessidade do indivíduo em manter as características orgânicas de
elasticidade, sensibilidade, vascularização, umidade e coloração do tecido epitelial,
subcutâneo e mucoso com o objetivo de proteger o corpo (GARCIA, 2012, p. 61).
11. Necessidade de Regulação: Crescimento celular e desenvolvimento
Funcional
É a necessidade do indivíduo de que o organismo mantenha a
multiplicação celular e o crescimento tecidual, assim como de receber a estimulação
adequada, com o objetivo de crescer e desenvolver-se dentro dos padrões da
normalidade (GARCIA, 2012, p. 71).
143
12. Necessidade de Regulação Vascular
É a necessidade do indivíduo de que sejam transportados e distribuídos, por
meio
do
sangue,
nutrientes
vitais para
os tecidos
removidas substâncias
desnecessárias, com o objetivo de manter a homeostase dos líquidos corporais e a
sobrevivência do organismo (GARCIA, 2012, p. 74).
13. Necessidade de Regulação Térmica
É a necessidade do indivíduo de obter equilíbrio entre a produção e perda
de energia térmica, com o objetivo de manter uma temperatura corporal central
(temperatura interna) entre 35,5º C e 37,4º C (GARCIA, 2012, p. 79).
14. Necessidade de Regulação Neurológica
É a necessidade do indivíduo de preservar ou restabelecer o
funcionamento do sistema nervoso, com o objetivo de coordenar as funções e
atividades do corpo e alguns aspectos do comportamento (GARCIA, 2012, p. 81).
15. Necessidade de Regulação Hormonal
É a necessidade do indivíduo de preservar ou restabelecer a liberação e a
ação de substâncias ou fatores que atuam na coordenação de atividades/funções
específicas do corpo (GARCIA, 2012, p. 85).
16. Necessidade de Sensopercepção
É a necessidade do indivíduo de perceber o meio através de estímulos
nervosos com o objetivo de interagir com os outros e perceber o ambiente (GARCIA,
2012, p. 87).
17. Necessidade de Terapêutica e de Prevenção
É a necessidade do indivíduo de lidar com eventos do ciclo vital e
situações do processo saúde e doença, o que inclui buscar atenção profissional com
o objetivo de promover, manter e recuperar a saúde, prevenir doenças e agravos à
saúde, readaptar ou habilitar funções ou obter cuidados paliativos para uma morte
digna (GARCIA, 2012, p. 92).
144
Necessidades Psicossociais
1. Necessidade de Comunicação
É a necessidade do indivíduo de enviar e receber mensagens utilizando
linguagem verbal (palavra falada e escrita) e não verbal (símbolos, sinais, gestos,
expressões faciais) com o objetivo de interagir com os outros (GARCIA, 2012, p.
101).
2. Necessidade de Gregária
É a necessidade do indivíduo de viver em grupo, com o objetivo de
interagir com os outros e realizar trocas sociais (GARCIA, 2012, p. 104).
3. Necessidade de Recreação e Lazer
É a necessidade do indivíduo de dispor de tempo livre, recursos materiais
e ambientais e de acesso e entretenimento, distração e diversão (GARCIA, 2012, p.
108).
4. Necessidade de Segurança Emocional
É a necessidade do indivíduo de ter consciência e saber lidar com os
próprios sentimentos e emoções, e de confiar nos sentimentos e emoções dos
outros em relação a si, com o objetivo de sentir-se seguro emocionalmente
(GARCIA, 2012, p.110).
5. Necessidade de Amor, Aceitação
É a necessidade do indivíduo de ter sentimentos e emoções em relações
às pessoas em geral com o objetivo de ser aceito e integrado aos grupos, de ter
amigos e família (GARCIA, 2012, p. 114).
6. Necessidade de Autoestima, Autoconfiança, Autorrespeito
É a necessidade do indivíduo de sentir-se adequado para enfrentar os
desafios da vida, de ter confiança em suas próprias ideias, de ter respeito por si
próprio, de se valorizar, de se reconhecer merecedor de amor e felicidade, de não
ter medo de expor suas ideias, desejos e necessidades com o objetivo de obter
145
controle sobre a própria vida, de sentir bem-estar psicológico e de perceber-se como
o centro vital da própria existência (GARCIA, 2012, p.116).
7. Necessidade de Liberdade e Participação
É a necessidade do indivíduo que cada um tem de agir conforme a sua
própria determinação dentro de uma sociedade organizada, respeitando os limites
impostos por normas (sociais, culturais, legais) definidas. Em resumo, é o direito que
cada um tem em concordar ou discordar, informar e ser informado, delimitar e ser
delimitado com o objetivo de ser livre e preservar sua autonomia (GARCIA, 2012,
p.119).
8. Necessidade de Educação para a Saúde/Aprendizagem
É a necessidade do indivíduo de adquiri conhecimento e desenvolver
habilidades cognitivas e psicomotoras com o objetivo de expressar comportamentos
saudáveis e responder a situações do processo saúde e doença, novas ou já
conhecidas (GARCIA, 2012, p.123).
9. Necessidade de Autorrealização
É a necessidade do indivíduo de realizar de desenvolver suas
capacidades físicas, mentais, emocionais e sociais, com o objetivo de ser o tipo de
pessoa que deseja e alcançar metas que estabeleceu para sua vida (GARCIA, 2012,
p.135).
10. Necessidade de Espaço
É a necessidade do indivíduo de delimitar-se no ambiente físico, ou seja,
expandir-se ou retrair-se com o objetivo de preservar a individualidade e a
privacidade (GARCIA, 2012, p.137).
11. Necessidade de Criatividade
É a necessidade do indivíduo de ter ideias e produzir novas coisas, novas
formas de agir, com o objetivo de alcançar satisfação pessoal e sentir-se produtivo e
capaz (GARCIA, 2012, p.139).
146
Necessidades Psicoespirituais
1. Necessidade de Religiosidade e Espiritualidade
É a necessidade dos seres humanos de estabelecer relacionamento
dinâmico com um ser ou entidade superior, com o objetivo de sentir bem-estar
espiritual e de ter crenças relativas a um sentido da importância da vida (GARCIA,
2012, p.145).
147
Estruturação do instrumento de consulta de enfermagem à puérpera na
atenção básica mediante a identificação dos indicadores empíricos das
necessidades humanas afetadas das puérperas.
Esta etapa da elaboração do instrumento de consulta de enfermagem à
puérpera contempla a categorização dos IE considerando o consenso do GF. A
seleção dos IE foi obtida por meio de revisão integrativa da literatura científica
realizada pela pesquisadora. O processo de categorização dos IE identificados foi
norteado pelo conjunto de informações que os profissionais devem coletar junto à
clientela proposto por Garcia e Cubas (2012). Estes dados devem ser listados, de
modo que levem a formulação do diagnóstico de enfermagem e determinem a
intervenção de enfermagem que contribua para o alcance do resultado esperado
(GARCIA; CUBAS, 2012).
Foram identificados e categorizados 78 indicadores empíricos. Deste
processo de categorização foram relacionadas 27 necessidades humanas afetadas,
sendo 16 no nível psicobiológico, 10 no psicossocial e 01 psicoespiritual.
A fim de obter uma validação dos indicadores para o instrumento de
Consulta de Enfermagem à puérpera na atenção básica, solicitamos que após
analisar a categorização dos indicadores empíricos das necessidades humanas
afetadas, por gentileza, marque as alternativas considerando os escores abaixo:
4- extremamente relevante
3- relevante
2- pouco relevante
1- irrelevante
Se achar necessário alguma observação, um espaço abaixo de cada item é
destinado para este fim.
Concordância dos juízes quanto à pertinência e ao conteúdo dos itens que
compõe a primeira versão do instrumento.
Indicadores Empíricos das necessidades humanas afetadas das puérperas
Necessidades
Consenso do Grupo Focal
Indicadores Empíricos
Psicobiológicas
Tosse
Gripe/resfriado
Secreção
Oxigenação
Observação
Hidratação
Nutrição
Perda de líquido
Acesso a alimentos
Amamentação
Apetite
Hemorragia
Dificuldade em manter uma dieta
saudável
Inapetência
IVC
4- □
3- □
2- □
1- □
4- □
3- □
2- □
148
Ganho súbito de peso
Mudanças significativas no apetite
e no peso
1- □
Hábito de eliminação
urinária
Incontinência urinária
4- □
3- □
2- □
1- □
Característica do repouso
Característica do sono
Cansaço/fadiga
Sono prejudicado
4- □
3- □
2- □
1- □
Hábito
de
atividades
físicas
Capacidade de exercitarse
Algumas limitações físicas da
puérpera para executar atividades
Dificuldade em se exercitar
4- □
3- □
2- □
1- □
Práticas sexuais
(desinteresse sexual)
Uso de métodos
contraceptivos
Desinteresse sexual
Falta de intimidade conjugal
Insatisfação com o casamento
Ter acesso à escolha de métodos
contraceptivos
4- □
3- □
2- □
1- □
Violência (sexual e física
pelo parceiro)
Fatores de risco para
infecção
(loquiação–
mama)
Condições
ambientais
domiciliares
e
peridomiciliares
Tabagismo
Alcoolismo
Abuso sexual e violência física pelo
parceiro
Estresse
Loquiação purulenta
Mastite
Risco de suicídio e infanticídio
Ter meio ambiente adequado,
transporte, boas condições de vida
Uso de fumo,bebidas alcoólicas e
café à noite
4- □
3- □
2- □
1- □
Capacidade para o
autocuidado (aparência
pessoal e higiene)
Déficit do autocuidado
Observação
Eliminação
Observação
Sono e Repouso
Observação
Atividade Física
Observação
Sexualidade
reprodução
e
Observação
Segurança física e
meio ambiente
Observação
Cuidado Corporal e
ambiental
4- □
3- □
2- □
1- □
Observação
Integridade Física
Características da pele
(integridade,
coloração,
turgor, textura)
Condições das mamas
Episiotomia
Eritema, deiscência espontânea,
abcesso, endurecimento na ferida
cirúrgica
Fissura mamilar
Hiperemia e equimose na região
perineal
Ingurgitamento mamário
Laceração perineal
Mastite
4- □
3- □
2- □
1- □
Edema (+/++++)
Estresse e modo
enfrentamento
Perda sanguínea
Anemia
Edema,
Exsudato seroso ou purulento
Hemorragia
4- □
3- □
2- □
1- □
Observação
Regulação vascular
de
149
Pressão arterial
Involução uterina prejudicada
Loquiação purulenta
Observação
Regulação térmica
Temperatura corporal
Hipertermia
4- □
3- □
2- □
1- □
Desmame precoce
4- □
3- □
2- □
1- □
Observação
Regulação
neurológica
Observação
Regulação hormonal
Atividade psicomotora
Capacidade intracraniana
(cefaléia)
Função cognitiva
Nível de consciência
Fluxo menstrual
Involução uterina
Lactação
Nível de glicose
sanguínea
Não identificado
4- □
3- □
2- □
1- □
Observação
Sensopercepção
Observação
Terapêutica e de
prevenção
Dor (Cefaleia, à relação
sexual,
abdominal,
lombar,
na
incisão
cirúrgica,
na
região
perineal, no corpo, nas
mamas, no útero)
Comportamento em
busca de saúde (do bebê
- diabetes gestacional –
anemia - aconselhamento
e acompanhamento
profissional no pós-parto)
Padrão de enfrentamento
de problemas
Cefaleia
Dispareunia
Dor abdominal
Dor lombar
Dor na incisão cirúrgica
Dor na região perineal
Dor no corpo
Mastalgia
Sensibilidade uterina aumentada
4- □
3- □
2- □
1- □
Alteração na saúde do bebê
Anemia
Diabetes gestacional (precisam de
acompanhamento e avaliação)
Falta
de
aconselhamento
e
acompanhamento profissional no
pós-parto
Hemorragia
Hipertensão
Incapacidade de controlar o peso
corporal
Necessidade de exame físico para
avaliação da saúde da mãe e do
bebê
Necessidade de avaliação do
estado emocional, flutuação de
humor, preocupações, desânimo,
fadiga, choro, irritabilidade, insônia,
pesadelos,
dificuldade
de
concentração, condições de apoio
social e familiar, vínculo mãe-filho
Necessidade de informação a
respeito do retorno da atividade
sexual/métodos contraceptivos; da
prevenção
de
DST/HIV/Aids;
direitos sociais e trabalhistas
Necessidade de orientações à
família quanto às mudanças
fisiológicas e psicológicas da
4- □
3- □
2- □
1- □
150
puérpera
Ter acesso a um serviço
saúde/contrareferência
Observação
Necessidades
Psicossociais
Comunicação
Observação
Gregária
Observação
Recreação e Lazer
Observação
Segurança
Emocional
Observação
Amor, Aceitação
Indicadores Empíricos
Padrão de comunicação
familiar
de
Consenso do Grupo Focal
IVC
Tomar decisões com respeito a sua
opinião
Ciúmes dos filhos mais velhos com
a chegada do bebê
Desconfiança de todos
Falta de apoio familiar, social e de
amigos
Introversão
Necessidade de uma reformulação
nos papéis e nas regras de
funcionamento familiar devido à
chegada de um novo membro
Participar de grupos de educação
e/ou informação em saúde
4- □
3- □
2- □
1- □
Interação familiar
Padrão de enfrentamento
familiar
Rede de apoio
Rede social
Desempenho de papéis
familiares
Participação
em
grupos/instituições
comunitários
Desapontamento com o nascimento
Desprendimento da criança e do
mundo
Falta de suporte do marido durante
o período pós-parto
Insatisfação com o casamento
Marido com outras parceiras
sexuais
Atividades preferenciais
de recreação e lazer
Ausência de prazer em realizar
atividades
que
antes
eram
agradáveis
4- □
3- □
2- □
1- □
Enfrentamento
de
situações ou problemas
Eventos
estressantes
recentes
Histórico de problemas
emocionais
Histórico de problemas
mentais
Conflitos da identidade como mãe
Depressão pós-parto anterior ou
atual
Instabilidade emocional, lágrimas
imotivadas,
tristeza
súbita
e
transitória, introversão
Quadros agudos de sofrimento
Sensação de mal estar: ansiedade,
inquietação
Sentimentos de desvalia, culpa,
tristeza,
fracasso,
desamparo,
desesperança, falta de energia e
motivação
Sentimentos de inutilidade e culpa,
indecisão, capacidade diminuída de
pensar,
de
se
concentrar,
pensamentos recorrentes de morte
Sofrimento emocional relativo à
família
Violência física e psicológica
4- □
3- □
2- □
1- □
Abuso/violência
psicológica e
4- □
3- □
Desempenho de papéis
familiares
física
perseguição
ou
do
4- □
3- □
2- □
1- □
151
Observação
Autoestima,
Autoconfiança,
Autorrespeito
Observação
Liberdade
Participação
Observação
Educação para
Saúde
aprendizagem
Observação
Autorrealização
Observação
Espaço
e
a
e
2- □
1- □
Rede de apoio familiar
Rede de apoio social
Vínculo familiar
parceiro/violência sexual
Conflitos da identidade como mãe
Desconfiança de todos
Aceitação da condição de
saúde
Aceitação da condição
pessoal
Autoimagem
Confiança em si e nos
outros
Mecanismos
de
adaptação ou defesa
Senso de valor pessoal
Dificuldade em recuperar a imagem
corporal anterior à gravidez
Dificuldades na amamentação e em
cuidar do filho
Flacidez do abdomem
Incapacidade de controlar o peso
corporal
Insatisfação com a aparência física
Priorização da mulher em atender
as necessidades da família
Conhecimento
dos
direitos e deveres
Padrão comunitário de
tomada de decisões
Padrão familiar de tomada
de decisões
Padrão
pessoal
de
tomada de decisões
Participação no plano
terapêutico
Necessidade de ser alguém com
direito à diferença
Tomar decisões com ligação entre
o saber e o fazer
Tomar decisões com respeito a sua
opinião
Acesso a informação
sobre cuidados com a
saúde
Capacidade
para
o
autocuidado
Conhecimento sobre o
estado de saúde
Situações que interferem
na adesão ao plano
terapêutico
Conhecimento adquirido por meio
de orientações do senso comum
quanto às questões ligadas ao
puerpério
Déficit de conhecimento sobre
aleitamento exclusivo
Déficit de conhecimento quanto ao
aleitamento cruzado
Déficit de conhecimento quanto ao
autocuidado e cuidado com o
recém-nascido
Desmame precoce
Diabetes gestacional (precisam de
acompanhamento e avaliação)
Falta
de
aconselhamento
e
acompanhamento profissional no
período pós-parto
Falta de orientações para cuidar do
filho
4- □
3- □
2- □
1- □
Apoio para desempenho
de papéis
Distribuição de tarefas na
família
Papel no âmbito da
família
Satisfação
com
o
desempemnho de papéis
Alteração da rotina e da estrutura
familiar
Conflitos da identidade como mãe
Marido desempregado
Precárias
condições
sócioeconômicas
Tristeza pela gravidez não ter sido
planejada
4- □
3- □
2- □
1- □
Disponibilidade de espaço
pessoal
Número de cômodos no
domicílio
Número
de
Compartilhamento da cama com o
parceiro e filhos
Ter direito à moradia
4- □
3- □
2- □
1- □
4- □
3- □
2- □
1- □
4- □
3- □
2- □
1- □
152
pessoas/famílias
no
domicílio
Preservação
da
privacidade da família
Observação
Necessidades
Psicoespiritual
Religiosidade
espiritualidade
Observação
Indicadores Empíricos
e
Significado de vida: risco
de suicídio e infanticídio
Consenso do Grupo Focal
Não identificado
IVC
4- □
3- □
2- □
1- □
153
APÊNDICE – G- CARTA DE APRESENTAÇÃO AOS ESPECIALISTAS PARTICIPANTES
DA TÉCNICA DELPHI
Cara (o) colega,
Sou aluna do curso de doutorado em Enfermagem da PGENF/UFRN, e
gostaria de convidá-lo (a) a participar do desenvolvimento de uma pesquisa
intitulada “Elaboração e validação de instrumento para consulta de enfermagem à
puérpera no âmbito da atenção básica". Este estudo tem como objetivo a elaboração
e validação de um instrumento de Consulta de Enfermagem à puérpera na atenção
básica. Pois, sabe-se que, a Resolução 358/2009 determina a implantação do
Processo de Enfermagem (PE) em todas as unidades de saúde públicas e privadas,
nas quais ocorre o cuidado profissional de enfermagem. Porém, quando realizado
em instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas,
associações comunitárias, entre outros, o PE é denominado como Consulta de
Enfermagem (CE) (COFEN, 2009).
O instrumento foi elaborado tomando como base o modelo conceitual de
Horta em que, as necessidades humanas afetadas se manifestam por meio de sinais
e sintomas, ou seja, problemas de enfermagem, denominados neste estudo de
Indicadores Empíricos (IE). Estes foram identificados na literatura científica por meio
de uma revisão integrativa e posteriormente categorizados de acordo com Garcia e
Cubas (2012). Em seguida, procedeu-se com a validação dos IE em grupo focal,
obtendo o Índice de Validade de Conteúdo (IVC) de 1,0, ou seja, com 100% de
concordância. Isto indica, portanto, que o grupo considerou os termos claros e
adequados, como também os IE pareceram-lhes suficientes para identificar as
alterações ocorridas nas necessidades humanas, possibilitando o diagnóstico, as
intervenções de enfermagem e os resultados esperados/alcançados.
Para a concretização desta etapa necessita-se estabelecer os itens
pertinentes aos dados da instituição, dados de identificação da puérpera, bem como
os itens de avaliação da puérpera (dados a coletar) , a fim de se estruturar a
segunda versão do instrumento denominado Consulta de Enfermagem à puérpera
na atenção básica. A fim de obter uma validação de forma e de conteúdo do
instrumento, solicitamos-lhe analisar a pertinência dos dados da instituição e de
identificação da puérpera, assim como se os dados de avaliação da puérpera
correspondem às necessidades humanas afetadas.
154
Após a análise das necessidades humanas afetadas, solicitamos que o
(a) senhor (a) por gentileza, marque as alternativas considerando a pontuação: 4extremamente relevante, 3- relevante, 2- pouco relevante e 1- irrelevante. Caso o
(a) senhor (a) julgue necessário fazer alguma observação para cada item analisado
existe um espaço destinado a este fim.
Em seguida encontra-se o TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO (TCLE) por meio do link http://pt.surveymonkey.com/s/D5288JC e o
instrumento em anexo (documento) que deverá ser preenchido contendo espaço
destinado a dados da instituição, identificação da puérpera e avaliação da puérpera.
Atenciosamente,
Maria Helena Soares da Nóbrega Mazzo
[email protected]
155
APÊNDICE - H - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA OS (AS)
ENFERMEIROS
(AS)
ESPECIALISTAS
(VALIDAÇÃO
DE
INSTRUMENTO
PARA
CONSULTA DE ENFERMAGEM À PUÉRPERA NO ÂMBITO DA ATENÇÃO BÁSICA)
Sr (a) enfermeiro (a),
Sou aluna do curso de doutorado em enfermagem da PGENF/UFRN, e gostaria
de convidá-lo (a) a participar do desenvolvimento de uma pesquisa intitulada “Validação de
instrumento para consulta de enfermagem à puérpera no âmbito da atenção básica". Esse
estudo tem o objetivo de elaborar e validar um instrumento para a sistematização da
assistência de enfermagem à puérpera no âmbito da atenção básica em saúde
fundamentada na Teoria das Necessidades Humanas de Horta e na Classificação para a
Prática de Enfermagem - CIPE®, baseado no Conjunto Internacional de Dados Essenciais
da Enfermagem.
Sua participação é de fundamental importância. Caso aceite participar, o (a) Sr
(a) deverá assinar o presente termo de consentimento, devendo sua assinatura estar
digitalizada, pois o presente termo deverá ser encaminhado através de e-mail.
Em sua colaboração o (a) Sr (a) deverá avaliar a pertinência dos dados da
instituição, dos dados de identificação da puérpera e dos indicadores empíricos (avaliação
da puérpera) das necessidades humanas afetadas pelo puerpério a partir da literatura
científica e refinadas no grupo focal com especialistas. É possível que o presente estudo lhe
traga algum desconforto ao responder os questionamentos contidos nos instrumentos. Os
benefícios advindos com os resultados desta pesquisa relacionam-se com a disponibilização
de um instrumento confiável para a sistematização da assistência de enfermagem à
puérpera no âmbito da atenção básica a ser utilizado por enfermeiros no exercício de sua
prática assistencial, bem como a qualificação e embasamento da prática de enfermagem a
partir de informações válidas e confiáveis.
Dou-lhe a garantia de que as informações aqui obtidas serão utilizadas apenas
para a realização do estudo. O (a) Sr. (a) tem a liberdade de retirar seu consentimento a
qualquer momento e não participar do estudo, sem nenhum dano. Ao apresentar o trabalho,
não utilizarei o seu nome nem qualquer outro dado que possa identificá-lo (a).
Para informar irregularidades danosas durante a vossa participação no estudo,
entre em contato com o Comitê de Ética em pesquisa da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, localizado na Av. Senador Salgado Filho, 3000, Natal – RN. Campus
Universitário Fone: (84) 3215-3135.
156
Caso precise entrar em contato comigo, as informações constam a seguir:
Nome: Maria Helena Soares da Nóbrega Mazzo. Endereço: Departamento de Enfermagem,
Campus Universitário, S/N, Lagoa Nova, Natal – RN.
Fone: (84) 3215-3840/3615
Endereço eletrônico: [email protected]
□ aceito participar da pesquisa
□ não aceito participar da pesquisa
157
APÊNDICE - I - CARACTERIZAÇÃO DOS ESPECIALISTAS (ETAPA DE VALIDAÇÃO
DE INSTRUMENTO PARA CONSULTA DE ENFERMAGEM À PUÉRPERA NO ÂMBITO
DA ATENÇÃO BÁSICA).
Sr (a) solicitamos que assinale com um "x" os questionamentos contidos na parte 1 do
Instrumento de coleta de dados.
1. Idade
20 a 30 anos
31 a 40 anos
41 a 50 anos
51 anos e mais
2. Titulação
especialização
mestrado
doutorado
Área:
3. Tempo de formação
2 a 10 anos
11 a 20 anos
21 a 30 anos
31 anos e mais
4. Onde exerceu suas atividades profissionais nos últimos dois anos?
Hospital
Unidade de Saúde da Família
Universidade Pública
Universidade Privada
Curso Técnico
5. Desenvolveu estudo na temática Saúde da Mulher no Ciclo gravídicopuerperal?
Sim
Não
158
6. Já prestou assistência de enfermagem à gestante, puérpera, recém-nascido?
Sim
Não
Por quanto tempo?
7. Ministra ou já ministrou disciplinas envolvendo terminologias de
enfermagem?
Sim
Não
Por quanto tempo?
8. Ministra ou já ministrou disciplinas envolvendo Assistência de Enfermagem
à Saúde da Mulher no ciclo gravídico - puerperal?
Sim
Não
Por quanto tempo?
9. Utiliza ou já utilizou o Processo de Enfermagem em sua prática profissional
(assistencial ou ensino)?
Sim
Não
Por quanto tempo?
159
APÊNDICE – J - SEGUNDA VERSÃO DO INSTRUMENTO PARA VALIDAÇÃO COM
ESPECIALISTAS PELA TÉCNICA DELPHI
Instrumento para Consulta de Enfermagem à puérpera na Atenção Básica
Índice de
Dados da Instituição
validade de
conteúdo (IVC)
Secretaria a que está vinculada: municipal ou estadual
( ) 4( ) 3( ) 2( ) 1
Nome da Unidade de Saúde
Observação
Dados de Identificação da puérpera
Responsável família:
Área
Prontuário nº
Endereço
Nome
Data de Nascimento __/__/_ Idade _______
Tipo de parto □ normal □ cesárea □ fórceps
Data do parto __/__/__ Data da alta hospitalar __/__/__
Tempo do parto □ termo □ pré-termo □ pós-termo
Nº de filhos _________ Idade dos filhos__________
Observações
Avaliação da puérpera
Necessidades psicobiológicas
Necessidade
Dados a coletar (IE)
Oxigenação
FR ______irpm – tosse □ sim □ não - Expectoração □ sim □ não
Observação
Ingere líquidos com frequência □ sim □ não - Frequência/dia
_________________________□Tem dificuldade em ter acesso
Hidratação
e aos alimentos especificar motivo ____________ □ apetite
Alimentação
preservado □ aumentado □ diminuído □Aleitamento exclusivo especificar motivo________________Peso ______ kg
Outros________________
Observação
Eliminação
Eliminação urinária- tipo/frequência_________ Eliminação
intestinal-tipo/frequência _________ □ Tem ardor/dor à micção
Observação
Sono e Repouso
Repousa durante o dia □ sim □ nãoduração______________Dorme durante o dia □ sim □ não
duração_____________Dorme bem à noite □ sim duração______________ □ não - Por quê?___________
Observação
Atividade Física
□ Pratica atividade física - Que tipo__________________________
Observação
Sexualidade
reprodução
e
Observação
Segurança física
e meio ambiente
Observação
( ) 4( ) 3( )2 ( ) 1
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
□Retorno às atividades sexuais □Existe satisfação/prazer na
relação sexual
□Dor à relação sexual □ Faz uso de método contraceptivo
qual?____________
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
Condições de moradia □ boa □ regular □ ruim □ Está em área de
risco/violência □ Presença de insetos/roedores □Sofre violência □
emocional □ física □ sexual
Faz uso de □ fumo □ álcool □ droga ilícita □ outra
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
160
Cuidado Corporal
e ambiental
Observação
Integridade Física
Observação
Regulação
vascular
Observação
Regulação
térmica
Observação
Regulação
neurológica
Observação
Regulação
hormonal
Observação
Sensopercepção
Observação
Terapêutica e de
prevenção
Apresentação pessoal □ boa □ regular □ ruim - Condições de
higiene pessoal □ boa □ regular □ ruim
Condições de higiene domiciliar □ boa □ regular □ ruim
□ Realiza as atividades domiciliares
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
Características da pele: □ íntegra - local/tipo __________
Coloração: ________□Sinais de inflamação - local __________ Condições das mamas: □ íntegras □ ingurgitadas □ t rgidas □
abscesso
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
□ Edema - local_________+/++++_____ □ perda
sanguínea/loquiação Quantidade □ leve □ moderada □severa Característica da loquiação □ sanguinolenta □ serosanguinolenta □
serosa □ purulenta - TA ___x____mmHg -FC___bpm- P ___ bpm
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
Temp. _______ºC □Sente frio □ sente calafrios
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
□ Cefaleia - frequência/dia ______Atividade psicomotora e mental:
□ orientada no tempo/espaço □ agitada □ afetividade presente □
atenção presente □ bom humor presente □ linguagem
compreensiva □ percepção sensorial preservada □ processos do
pensamento preservados □ confusão mental presente □ memória
preservada □ coordenação motora preservada
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
□Involução uterina □ Secreção láctea presente - tipo □ colostro □
leite □ sangue □ purulenta □ satisfaz o bebê - Glicemia ____mg/dL
- Último resultado de hemograma :hemácias ____ leucócitos _____
ht ____hg ______ Citologia oncótica Resultado
_____________________________ (cartão de gestante)
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
□Dor - especificar _____________________
□ Desconforto especificar______________________________
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
□Tem necessidade de serviço de referência - especificar _______
□ Tem doença preexistente especificar ___________
□ Faz tratamento especificar ______________ □ Faz alguma dieta
- especificar_____________□ A família adere ao plano terapêutico
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
Observação
Necessidades psicossociais
Necessidade
Comunicação
Observação
Gregária
Observação
Recreação e lazer
Observação
Segurança
emocional
Dados a coletar (IE)
□ Existe boa comunicação familiar□Suas opiniões/decisões são
respeitadas/acatadas
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
□A gravidez foi desejada □ Existe conflito familiartipo___________________________________________________
□ Existe interação familiar □ Sente confiança nas pessoas - Como
é a relação dos filhos mais velhos com o bebê?
______________________________________________________
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
□ Realiza alguma atividade de recreação e lazer
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
Como está enfrentando esta fase: □ com alegria □ com dificuldade
□ com medo □ com segurança □ com insegurança □
confortavelmente □ desconfortavelmente □ ansiosa
□ sobrecarregada □ triste □ chora com frequência sem motivo
□ sente-se irritada □ tem algum sentimento negativo
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
161
Observação
Amor, aceitação
Observação
Autoestima,
autoconfiança,
autorrespeito
Observação
Liberdade e
participação
Observação
Educação para a
saúde e
aprendizagem
Observação
Autorrealização
Observação
Espaço
□ A família e/ou amigos lhe ajudam nesta nova fase □ Consegue
atender às suas necessidades pessoais□ Sente-se satisfeita em
cuidar do filho
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
Como se sente em relação à sua imagem corporal: □ satisfeita □
insatisfeita □Sente-se bem como mãe
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
□Tem algum vinculo empregatício □ -Goza de licença à gestante
□ Participa de algum grupo social
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
□Gostaria de saber alguma coisa sobre seu resguardo ou sobre os
cuidados com o bebê_____________________________________
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
□Tem apoio da família nas tarefas domésticas □ Tem apoio da
família no cuidado com o bebê □ Sente necessidade de ajuda na
amamentação
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
Nº de cômodos _____ Nº de membros na família ____ □Tem
privacidade
Onde dorme o bebê? □ com os pais □ com os irmãos □ quarto
próprio □ outro_______________________________
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
Observação
Necessidade
Religiosidade e
espiritualidade
Observação
Enfermeiro (a):
Necessidades psicoespirituais
Dados a coletar (IE)
□ Busca ajuda espiritual para seus problemas □Sente-se bem
quando busca □ Gosta de viver
( ) 4( ) 3( ) 2 ( ) 1
COREn nº:
162
APÊNDICE - L - CONCORDÂNCIA DOS ESPECIALISTAS QUANTO
SUGESTÃO DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO DE ITENS DO INSTRUMENTO
À
Cara colega,
Inicialmente agradeço sua contribuição em participar da primeira rodada da técnica
Delphi para validação do Instrumento de Consulta de Enfermagem à puérpera na
atenção básica. Suas contribuições foram valiosas e as alterações sugeridas foram
analisadas e categorizadas no quadro abaixo. Por este motivo, lhe convido a
participar desta segunda rodada de discussão.
Para esta pesquisa foi estabelecido que um indicador fosse considerado validado,
caso alcançasse um Indice de Conteúdo (IC) de no mínimo 70%. De acordo com
suas respostas e das outras especialistas participantes da primeira rodada, nos itens
considerados validados foram alcançados os IVC de 70% a 100%. Os itens que
não alcançaram o IVC de 70% e portanto invalidados foram: Responsável família,
nos dados de identificação (IVC de 20%); Atividade Física (IVC de 60%) e Amor e
aceitação (IVC de 60 %) nos dados de avaliação da puérpera.
Apesar dos demais itens terem sido validados, algumas alterações e sugestões
foram propostas e necessitam de discussão. Portanto, solicito que marque com um
(X) no quadro abaixo se concorda ou discorda com as alterações sugeridas:
Concordância dos especialistas quanto à sugestão de inclusão, exclusão e substituição de
itens do instrumento. Natal, 2013.
Sugestão de inclusão, exclusão e substituição de itens do
instrumento
Discordo
Concordo
Dados de Identificação da puérpera
Acrescentar o item “data da consulta”
Data da consulta ___/___/__
Retirar o item “Idade” (justificativa: sofre alteração com o tempo, mas
permanece a data de nascimento)
Retirar o item “fórceps” em tipo de parto (justificativa: não é
considerado tipo de parto e sim uma técnica, em desuso)
Substituir o termo “tempo de parto” por “dados do parto”
Dados do Parto: □ normal □ cesárea □ termo □ pré-termo □ pós-termo
Avaliação das Necessidades Humanas
Separar as necessidades de Alimentação e Hidratação em 2 itens
distintos(justificativa:ficou confuso)
Substituir o termo “frequência” na ingestão de líquidos por
“quantos copos/dia” na necessidade de hidratação
□ Ingere líquidos com frequência – quantos copos/dia
Substituir o termo “tipo” por “características” na eliminação
urinária e na eliminação intestinal na necessidade de eliminação
163
Eliminação urinária características/frequência__________________
□Tem
ardor/dor
à
micção?
Eliminação
intestinalcaracterísticas/frequência_____________________
Dados de Identificação da puérpera
Retirar a pergunta: “existe satisfação/prazer na relação sexual?”
(justificativa: é irrelevante para o período, não é o momento)
Retirar o item: “condições de moradia (boa, regular, ruim)” da
necessidade de segurança física e meio ambiente(depende do ponto
de vista de quem avalia)
Acrescentar o item “altura uterina ___cm” na necessidade de
Regulação hormonal□ Involução uterina – Altura uterina ______cm
Retirar o item: “último resultado do hemograma” na necessidade
de Regulação hormonal(justificativa: pode está desatualizado a
depender da data do exame)
Retirar o item: “resultado da citologia oncótica” na necessidade de
Regulação hormonal(justificativa:é irrelevante para o período, não é o
momento)
Retirar o item: “Gosta de viver? Por que?” na necessidade de
Religiosidade e espiritualidade? (justificativa: pergunta muito vaga,
constrangedora e pode ter uma resposta que não corresponda com a
verdade)
Concordo
Discordo
164
APÊNDICE – M– VERSÃO FINAL DO INSTRUMENTO DE CONSULTA DE
ENFERMAGEM À PUÉRPERA NA ATENÇÃO BÁSICA
165
166
167
168
Fonte: Amanda Greavette (2011)
Anexos
169
ANEXO – A PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP
170
171
172
173
ANEXO - B - Ações relacionadas à puérpera de acordo com o Ministério da
Saúde - Atenção ao pré-natal de baixo risco (BRASIL, 2012).
1 - ANAMNESE:
1.1. Verifique o Cartão da Gestante e pergunte à mulher questões sobre:
• As condições da gestação;
• As condições do atendimento ao parto e ao recém-nascido;
• Os dados do parto (data; tipo de parto; se parto cesárea, qual indicação deste tipo
de parto);
• Se houve alguma intercorrência na gestação, no parto ou no pós-parto (febre,
hemorragia, hipertensão, diabetes, convulsões, sensibilização de Rh);
• Se recebeu aconselhamento e realizou testagem para sífilis e HIV durante a
gestação e/ou o parto;
• O uso de medicamentos (ferro, ácido fólico, vitamina A, outros).
1.2. Pergunte a ela como se sente e indague questões sobre:
• Aleitamento (frequência das mamadas, dia e noite, dificuldades na amamentação,
satisfação do RN com as mamadas, condições das mamas);
• Alimentação, sono, atividades;
• Dor, fluxo vaginal, sangramento, queixas urinárias, febre;
• Planejamento familiar (desejo de ter mais filhos, desejo de usar método
contraceptivo, métodos já utilizados, método de preferência);
• Sua condição psicoemocional (estado de humor, preocupações, desânimo, fadiga,
outros);
• Sua condição social (pessoas de apoio, enxoval do bebê, condições para o
atendimento de necessidades básicas).
1.3. Avaliação clínico-ginecológica:
• Verifique os dados vitais;
• Avalie o estado psíquico da mulher;
• Observe seu estado geral: a pele, as mucosas, a presença de edema, a cicatriz
(parto normal com episiotomia ou laceração/cesárea) e os membros inferiores;
• Examine as mamas, verificando a presença de ingurgitamento, sinais inflamatórios,
infecciosos ou cicatrizes que dificultem a amamentação;
• Examine o abdômen, verificando a condição do tero e se há dor à palpação;
174
• Examine o períneo e os genitais externos (verifique sinais de infecção, a presença
e as características de lóquios);
• Verifique possíveis intercorrências: alterações emocionais, hipertensão, febre, dor
no baixo ventre ou nas mamas, presença de corrimento com odor fétido,
sangramentos intensos. No caso de detecção de alguma dessas alterações, solicite
avaliação médica imediata, caso o atendimento esteja sendo feito por outro
profissional da equipe;
• Observe a formação do vínculo entre a mãe e o filho;
• Observe e avalie a mamada para a garantia do adequado posicionamento e da
pega da aréola. O posicionamento errado do bebê, além de dificultar a sucção,
comprometendo a quantidade de leite ingerido, é uma das causas mais frequentes
de problemas nos mamilos. Em caso de ingurgitamento mamário, mais comum entre
o terceiro e o quinto dia pós-parto, oriente a mulher quanto à ordenha manual, ao
armazenamento e à doação do leite excedente a um Banco de Leite Humano (caso
haja na região);
• Identifique os problemas e as necessidades da mulher e do recém-nascido com
base na avaliação realizada.
1.4. Condutas:
Oriente a puérpera sobre:
• Higiene, alimentação, atividades físicas;
• Atividade sexual, informando-a a respeito de prevenção de DST/Aids;
• Cuidados com as mamas, reforçando a orientação sobre o aleitamento
(considerando a situação das mulheres que não puderem amamentar);
• Cuidados com o recém-nascido;
• Direitos da mulher (direitos reprodutivos, sociais e trabalhistas).
Oriente a puérpera sobre o planejamento familiar e a utilização de método
contraceptivo, se for o caso:
• Dê a ela uma informação geral sobre os métodos que podem ser utilizados no pósparto;
• Explique a ela como funciona o método da LAM (amenorreia da lactação);
175
• Se a mulher não deseja ou não pode usar a LAM, ajude-a na escolha de outro
método;
• Disponibilize o método escolhido pela mulher com instruções para o seu uso,
dizendo-lhe o que deve ser feito se o método apresentar efeitos adversos e dandolhe instruções para o seguimento;
• Aplique vacinas (a dupla, tipo adulto e a tríplice viral), se necessário;
• Ofereça teste anti-HIV e VDRL, com aconselhamento pré e pós-teste, para as
puérperas não aconselhadas e testadas durante a gravidez e o parto;
• Prescreva suplementação de ferro: 4 mg/dia de ferro elementar, até três meses
após o parto, para mulheres sem anemia diagnosticada;
• Trate possíveis intercorrências;
• Registre informações em prontuário e insira as informações do puerpério no
SisPréNatal.

É importante orientar que as relações sexuais podem ser restabelecidas
por volta de 20 dias após o parto, quando já tiver ocorrido a cicatrização. No entanto,
devem ser tomadas providências quanto à anticoncepção. Caso a mulher deseje ter
outra gravidez, o ideal é que ela aguarde cerca de dois anos. Pois, o intervalo
interpartal com menos de dois anos, aumenta o risco de problemas de saúde à mãe
e criança. Este período é necessário para que o organismo possa se restabelecer
por completo, evitando complicações perinatais (como prematuridade e baixo peso)
e maternas (como anemia, debilidade física ou hemorragia).
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