HISTÓRIA ORAL I –Setembro/2009 JOSÉ MIGUEL ARIAS NETO DH- UEL/NEE-UNICAMP/LEI-USP AULA 4 – IDENTIDADE E MEMÓRIA Memória dominante dos textos postas em imagens cunha identidade. Outro tipo de imagem: fotografia LONDRINA, ANOS 30 LONDRINA ANOS 40 - 50 IDENTIDADE – MEMÓRIA Identidade Até anos 50 – domínio da filosofia/ adm policial (carteiras de identidade/ identificação suspeitos) – Séc. XIX – Indivíduo. Erik Erikson – (anos 40, final da II Guerra) – psicologia: Dialética do processo de socialização do indivíduo e do migrante Identidade pessoal x identidade social Anos 60 – De conceito de historia de vida de um indivíduo a conceito que descreve as transformações das coletividades ( identidades coletivas) Renascimento étnico de raças não miscigenadas das culturas imigrantes nos EUA – redescobrimento de raízes culturais no exterior Conselho de Pesquisa em C. Sociais dos EUA: pesquisa sobre a identidade política de países em desenvolvimento, onde estados de perfil colonial/culturas tribais – não alcançam padrões de democracia sem a construção de culturas políticas nacionais Identidade coletiva européia x pluralidade de tradições culturais sem vontade de integração. 1973 – Documento sobre Identidade Européia – lugar da Europa no mundo/poder global Filosofia – Neohegelianos de esquerda e de direita: identidade com racionalidade/ atos comunicativos/ cooperação transnacional X volksgeist ( identidade própria x identidade estrangeira) Anos 80 – Identidade coletiva ( difusão s/ precisão terminológica) Entre-Guerras: conceito de identidade para o domínio da cultura e da política Carl Schmitt – 1922 – Teologia política: democracia: identidade de governantes e governados. Democracia- princípio regulador dentro de uma entidade social homogênea. Líder político- verdadeiro representante. Identidade essencial: ditadura democrática. Homogeneidade social – versão biológica e racista – Leis de Nuremberg/ Holocausto George Lukacs, 1923 História e consciência de classe. Último estágio do processo histórico: quando proletariado percebe a sua transformação/identificação em sujeito-objeto da história. Proletariado é conservador. Assim, os intelectuais revolucionários – atribuem consciência à classe. Radicalismo autoritário dos intelectuais. Aldous Huxley, 1932 – Admirável Mundo Novo Estado Global ( síntese do fordismo, darwinismo, cultura das drogas e dos meios de comunicação): abolir sociedade e história e perpetuar comunidade baseada em um sistema de castas aceito por todos (comunidade, identidade e estabilidade). Identidade coletiva: desigualdade genética e pedagogicamente programada Formações totalitárias/ sociedade de massas Mídia: produção de realidades/ identidades/ memória e historia Freud usa o termo identidade como imigrante construção da alma, poderes emocionais e sentimentais obscuros, impossibilidade de uma consciência clara. Integração não é identidade. Identidade fadada a persistir. Identidades diversas culturas x estruturas materiais objetivas ( identidade relacionada ao poder – regional, nacional etc) Halbwachs, Maurice. Memória – lembrança significativa. Processo socialmente condicionado de reconstrução que se apoia em estruturas sociais e rituais de comunicação. Lembrança – espaço social do presente Identidade social. Identidade coletiva – memória de grupos, memória presente não neutralizada pelo universalismo da História científica. Resposta aos conceitos de identidades homogeneas. Nazismo. Formações totalitárias modernas. História X Memória HISTORIA X MEMÓRIA Relação positiva – história enriquece representações da memória coletiva. Pensa a si e sua relação com o passado Relação negativa – história se volta contra a memória. Função de construir um saber sobre o passado como verdade. Fundação da História como disciplina Condenação da Memória como ideologia. História se firma como saber verdadeiro sobre o passado – Século XIX radicaliza o feito de Tucídedes na Antiguidade. A Historia contra a Memória. Passado – condição concreta da existência Historiador fala a partir de documentos – crítica e análise Historia produto social – lugares sociais da historia. Interação com memória e representações coletivas Produção social mediada pelos lugares Historia e suas relações com poder – destruição das memórias coletivas. Visão particular – Verdade universal. Lugares de memória: complexidade dos grupos/ conflitos/ ações Memória Subsistente: o que sobrevive do passado no presente/ Sentido de preservação e reprodução da sociedade Princípio ativo: trabalho, reflexão sobre o passado. Instrui ação de indivíduos, grupos e sociedades/ Sentido da diferença, das transformações, da afirmação da eficácia transformadora do tempo. Futuro. Poder humano sobre a história. Desnaturalização do tempo. Memória coletiva campo de conflitos: memória hegemônica X memórias de grupos Grupos dominantes: sua própria memória História ( disciplina) memórias distintas / contraditórias lugares da história: um modo de memória impulsos internos/externos – sociedade/ teorias da história Sínteses globais múltiplas e não unívocas BIBLIOGRAFIA HALBWACHS, M. La mémoire collective. Paris: PUF, 1950. JANOTTI, M.L.M. & ROSA, Z.P. História oral: uma utopia? Revista Brasileira de História. São Paulo, v 13, n 25/26, p. 7-16 , set/92ago/93. LEFORT, C. As formas da História. 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