www.projetoderedes.kit.net Sistemas de Telecomunicações (ST) LEEC, Ramo SEC Ano Lectivo 2001/2002 Trabalho de Pesquisa Asymmetric Digital Subscriber Line (ADSL) Sexta-feira, 30 de Setembro de 2001 Manuel Martins Pedro Tomás ADSL – Asymmetric Digital Subscriber Line Pág. 1 de 21 ÍNDICE O que é ADSL? ...................................................................2 Aplicações de ADSL......................................................................... 2 Aspectos Técnicos de ADSL ................................................3 Arquitectura do sistema ADSL ......................................................... 3 Espectro de frequência ................................................................... 4 ATM ............................................................................................... 5 A trama .......................................................................................... 5 Codificação de erros ....................................................................... 6 Modulação em ADSL ....................................................................... 7 Modulação CAP:.........................................................................................................................7 Modulação DMT: ........................................................................................................................8 CAP vs DMT:...............................................................................................................................9 Limitações físicas de ADSL ...............................................10 Comparativo: ADSL, ISDN, Cable Modems .........................12 ISDN: ............................................................................................12 Cable Modems: ..............................................................................12 Tecnologia, prós e contras: ............................................................13 Fornecimento de acesso de banda larga no mercado português........................................................................15 ADSL .............................................................................................15 ISDN .............................................................................................16 Cable Modems ...............................................................................16 Perspectivas Futuras........................................................18 Bibliografia......................................................................20 ANEXO I: Breves conceitos de propagação guiada de ondas electromagnéticas em linhas bifilares.....................21 ADSL – Asymmetric Digital Subscriber Line O que é ADSL? Pág. 2 de 21 www.projetoderedes.kit.net O modem (MOdulator - DEModulator) está a ficar obsoleto. Por de trás deste facto está uma nova tecnologia genericamente designada por DSL (Digital Subscriber Line). Com apenas um par de fios de cobre consegue-se, simultaneamente, uma ligação à internet com taxas de elevado débito e a conversação telefónica convencional. O ramo da tecnologia DSL que se destina ao mercado doméstico é o ADSL (Asymmetric Digital Subscriber Line) pois foi especialmente desenvolvido para este. Um utilizador doméstico da internet deseja obter informação desta, mais do que enviar informação para ela. Por este motivo as maiores taxas de fluxo de informação são de downstream (download) e não de upstream (upload). Por exemplo, uma pequena mensagem de upstream num motor de busca desencadeia uma infindável cadeia de bytes como resposta. A tecnologia ADSL responde favoravelmente a este tipo de necessidades, reservando uma largura de banda maior para downstream do que para upstream, isto é, existe uma assimetria da distribuição da largura de banda consoante o fluxo de informação. O acesso a esta tecnologia é possível apenas com um número reduzido de adaptações nas casas dos aderentes. É importante salientar que toda a infra-estrutura que permite o acesso à tecnologia ADSL já existe, o que não acarreta investimentos na criação das mesmas. Por curiosidade refere-se que o ADSL nasceu em 1989 nos laboratórios da Telcordia Technologies, Inc., Morristown, N.J. posteriormente conhecida como Bellcore. Aplicações de ADSL A ADSL foi desenhada com o intuito de fornecer um acesso de banda larga para vídeo interactivo (vídeo on demand, Vídeo games, etc) e comunicação de dados (Internet, acesso remoto a uma LAN1, etc). Contudo, existem muitas outras aplicações que poderão tornar-se usuais com um acesso de banda larga como é o caso. Destacam-se, por exemplo: • Serviços médicos e financeiros através do acesso a bases de dados de informação. • Facilidade na compra e venda de produtos, especialmente aqueles que necessitem de um grande número de imagens ou vídeos de elevada qualidade, como por exemplo a compra de terrenos/habitações/escritórios. É possível ao cliente ver os detalhes de uma casa em diversos ângulos, quer exteriormente quer interiormente. • Vídeo-conferências poderão permitir reuniões de negócios entre pessoas em locais distantes. 1 LAN – Local Área Network ADSL – Asymmetric Digital Subscriber Line Pág. 3 de 21 www.projetoderedes.kit.net Aspectos Técnicos de ADSL Arquitectura do sistema ADSL A tecnologia ADSL permite transferências de dados desde 64kbps até 8,192 Mbps, no sentido downstream e desde 16kbps até 768kbps no sentido de upstream. Contudo, para operar a estas elevadas taxas de débito é necessário que o equipamento electrónico seja sofisticado, nomeadamente filtros de elevada qualidade, o que implica necessariamente que seja dispendioso tornando-o inviável o alcance real destas taxas no consumo doméstico. É ainda de referir que estas taxas de transferências só são possíveis para distâncias muito curtas2. O ponto tido como óptimo, nos dias de hoje, no compromisso custo do equipamento / taxa de transferência de dados não excede os 100,000$00 correspondendo a uma taxa de 1024kbps de downstream e 256kbps de upstream. Esta tecnologia é genericamente referida como ADSL Lite, que é uma variante do ramo Assimétrico da DSL. É importante referir que o custo referido é um máximo, sendo este valor intrinsecamente dependente do equipamento. Na figura 1 encontra-se a arquitectura do sistema ADSL. Operadora Cliente Central Telefónica Telefone / Fax Spliter Spliter Internet DSLAM Modem/Router Computador Figura 1 - Arquitectura do sistema ADSL A arquitectura fica completamente transparente com a interiorização da função do SPLITER e do DSLAM3. O spliter resume-se a um filtro/misturador que divide o espectro do sinal recebido em duas partes: uma para o telefone/fax, baixas frequências e a outra, altas frequências, entrega-as ao modem/router4 ADSL. No sentido de envio de dados, o spliter mistura a informação que vem do telefone/fax com a que vem do modem/router ADSL, e envia o sinal resultante para o spliter que se encontra do outro lado da linha. O DSLAM (Digital Subscriber Line Access Multiplexer) efectua a multiplexagem de várias linhas ADSL (entre 500 e 1000) num sinal ATM5 (Asynchronous Transfer Mode). O DSLAM faz também a operação inversa: desmultiplexa um sinal ATM nas correspondentes linhas ADSL e entrega a cada utilizador os respectivos dados. 2 Ver “Limitações físicas” O DSLAM também se designa por ATU-C que significa ADSL transceiver unit central office end 4 O modem ou o router também se designam por ATU -R que significa ADSL transceiver unit remote terminal end 5 Ver ATM 3 ADSL – Asymmetric Digital Subscriber Line Pág. 4 de 21 O emprego de modem ou de um router prende-se com a utilização que se pretende dar à ligação. Se se deseja que esta esteja disponível em apenas um PC, então a opção adequada é um modem; Se a ligação é para partilhar numa rede de computadores o router é o equipamento indicado. É tecnicamente possível, contudo, efectuar a partilha de uma ligação quando se está a utilizar um modem, mas nesta situação é necessário um equipamento que sirva de interface entre o modem ADSL e a rede local (hub/proxy server). Espectro de frequência Amplitude A Largura de Banda utilizada pela ADSL depende de vários factores, contudo é de aproximadamente 1.1MHz. Existem duas variantes para o emprego deste espectro. As razões para o facto referido prendem-se com as potencialidades do modem/router que é utilizado. Os menos eficientes, e portanto potencialmente mais sensíveis a erros, têm que ceder largura de banda para assegurar a veracidade da informação. Do outro lado temos os mais eficientes que, com um custo superior do equipamento, podem usufruir de toda a banda disponível. POTS Upstream Downstream frequência Figura 2 - Espectro ADSL, 1ª alternativa Esta é a forma como é utilizado o espectro de frequência nos modems/routers menos eficientes. Repare-se que as bandas de upstream e downstream estão separadas de modo a evitar a sua sobreposição espectral. Este tipo de modulação denomina-se por multiplexagem por divisão na frequência (FDM – frequency division multiplexing). A FDM resume-se em dividir o espectro de frequências em várias “fatias” separadas, umas das outras, por “fatias de menores dimensões” de modo a possibilitar a utilização de filtros passa-banda reais e assim “isolar” a banda desejada. Amplitude POTS Upstream Downstream frequência Figura 3 - Espectro ADSL, 2ª alternativa Como é óbvio, com a utilização espectral dos modems/routers mais eficientes, é possível usufruir de toda a banda disponível, i. e., sem ceder banda para evitar a sobreposição dos espectros. Assim sendo consegue-se transmitir mais informação com a mesma largura de banda. Torna-se crucial introduzir, neste ponto, o conceito de cancelamento de eco (echo cancelation), pois é com base nesta tecnologia que é possível sobrepor os espectros, sem que isso se traduza numa perda de informação. O fundamento desta tecnologia é de simples compreensão: subtrair ao sinal recebido o sinal ADSL – Asymmetric Digital Subscriber Line Pág. 5 de 21 enviado e deste modo processar apenas os dados de interesse. Este processo é possível, apenas, porque o modem/router sabe o que foi enviado, sendo esta a razão pela qual é viável a implementação desta tecnologia. Note-se que, qualquer um dos tipos de modems / routers referidos apresentam as mesmas limitações em relação ao “cross-talk”6. Os limites superiores e inferiores das bandas acima representadas, dependem de vários factores, como já referido, como por exemplo a utilização de uma linha digital sobre a mesma linha ADSL. Apenas a banda reservada ao POTS 7 está bem definida e não se estende acima dos 4kHz. ATM ATM (Asynchronous Transfer Mode) é um padrão de redes que está a beneficiar de variados avanços tecnológicos recentes pelo que apresenta grandes potencialidades. O padrão ATM pode ser implementado para todos os tipos de redes, nomeadamente LAN’s, WAN8’s e MAN9’s, bem como B-ISDN e entre servidores a grandes distâncias. Os dois grandes pilares do ATM são a fibra óptica e a tecnologia de integração em larga escala (VLSI10). A fibra óptica, com a sua grande largura de banda aumenta a quantidade de bits/s que se podem enviar e devido à sua grande imunidade a erros permite introduzir mais dados úteis na linha, em detrimento de dados de detecção e correcção de erros. A tecnologia VLSI permite que os sistemas processem os protocolos de comunicação e a transmissão de dados só a nível de hardware, i. e. sem o controlo por software. O padrão ATM reúne as vantagens do sistema de comutação de circuitos e as vantagens do sistema de comutação de pacotes. Deste modo permite estabelecer ligações cujo atraso é um ponto crítico, nomeadamente conversações telefónicas, simultaneamente com ligações com débitos de dados variáveis no tempo. Os dados digitais, no ATM, são divididos em grupos de 53 bytes, designados por células. A cada célula acrescenta-se um cabeçalho com o destino, antes da transmissão. O facto de as células terem um tamanho predefinido permite o seu tratamento apenas a nível de hardware, o que torna as transmissões mais rápidas, não introduzindo atraso na comunicação. A nível físico o ATM é suportado por circuitos de comutação de elevada velocidade permitindo elevadas taxas de transmissão de células. A trama No transporte de dados é usado uma super-trama11 composta de 69 tramas (68 transportam informação e 1 transporta o símbolo de sincronização) de período 17ms. Para o utilizador a frequência de símbolo é de 4000 baud (período de 250ìs), contudo, devido ao símbolo de sincronização inserido no final de cada super-trama a taxa de transmissão real é de 69/68*4000 baud. 6 O efeito de “cross-talk” existe quando duas linhas de dados se situam tão perto uma da outra, que os campos eléctricos e magnéticos de cada uma das linhas se confundem. Como é impossível saber que informação foi enviadas nas linhas adjacentes nenhum equipamento electrónico pode reconstituir o sinal que foi enviado. 7 Plain Old Telephone Lines 8 Wide Area Network 9 Metropolitan Area Network 10 Very Large Scale Integration 11 Em inglês super-frame ADSL – Asymmetric Digital Subscriber Line Pág. 6 de 21 www.projetoderedes.kit.net Super-trama: 17ms Trama 0 Fast Byte Trama 1 Trama 2 Fast data ... Trama 34 Trama 35 ... Bytes de redundância FEC Trama 66 Trama Trama de 67 Sincron. Interleaved data Trama: 69/68*250ìs Figura 4 – Estrutura da trama em ADSL O fast byte transporta bits de controlo, manutenção administração e sincronização12. Durante a inicialização da comunicação são enviados dados de controlo para estabelecimento da ligação e análise do estado do canal (atenuação e ruído). Codificação de erros Devido às más condições da linha especialmente quando a frequência se aproxima de 1.1Mhz, são geralmente usados códigos de detecção e correcção de erros (FEC Forward Error Correction). Um dos códigos que apresenta maiores vantagens e sendo portanto usado em ADSL é o Trellis Code. O funcionamento deste método de detecção de erros consiste em permitir apenas um conjunto de transições entre estados trelling. Se a mudança de estado não for permitida significa que houve um erro na transmissão. Este código é especialmente usado em sistemas em que a largura de banda de transmissão é limitada (como é o caso de ADSL) e, embora exija um aumento do número de níveis de modulação, é bastante eficaz introduzindo um ganho de codificação significativo (ver tabela 1). Número de estados Trelling Ganho de Codificação [dB] 2 1.1 4 3.54 8 4.01 16 4.44 32 5.13 64 5.33 128 5.33 256 5.51 Tabela 1 - Ganho de codificação usando Trellis Code 12 Transporta os seguintes códigos: OAM (Operations, Administration and Maintenance), CRC (Cyclic Redundancy Check), EOC ou sincronização ADSL – Asymmetric Digital Subscriber Line Pág. 7 de 21 No gráfico 1 representa-se a taxa de transferência simulada com a variação da distância a que o utilizador se encontra e do ganho de codificação para um par de cobre de 24 AWG13. Gráfico 1 - Taxa de transmissão simulada em ADSL vs Distancia 2500 Características das curvas: Upstream Downstream Margem de Segurança: 6 dB 2000 Taxa de Transmissão [Kbps] Diâmetro dos fios: 26 AWG 1500 Ruído de cross-talk: 24 ISDN Ganho de codificação com técnicas de FEC: 3 dB 8 dB 8 dB 1000 Cancelamento de eco: Não Não Sim 500 Fonte: DSL Forum 0 15 15.5 16 16.5 17 17.5 18 18.5 19 19.5 20 Distancia [kft ≡ 304.8m] É de realçar o ganho de taxa de transferência quer com um maior ganho de codificação quer com técnicas de cancelamento de eco. Note-se ainda que o uso de técnicas de FEC obriga a implementação de electrónica mais avançada e portanto encarece quer os ATU-C quer os ATU-R. Modulação em ADSL Sendo a transmissão de dados em ADSL feita sobre um meio analógico é necessário o uso de um código de canal que transforma um sinal digital num outro analógico. Esta transformação pode ser feita de duas formas: Discrete Multi-Tone (DMT) e Carrierless Amplitude-Phase (CAP). Modulação CAP: O sistema CAP baseia-se numa modulação QAM (Quadrature Amplitude Modulation), no qual a sinusóide enviada no canal, para além de poder tomar diversas amplitudes (sistema ASK14) pode também variar de fase, tornando-se num sistema composto entre ASK e PSK15. 13 14 15 AWG – American Wire Gauge. ASK: Amplitude-shift Keying PSK: Phase-Shift Keying ADSL – Asymmetric Digital Subscriber Line Pág. 8 de 21 Nos seguintes diagramas no plano complexo são representados quatro codificações de canal diferentes usando QAM: Diagramas de codificação de linha QAM Diagrama 1 – 4 fases, 1 amplitude: 4 níveis de modulação. Diagrama 3 - 8 fases, 2 amplitudes: 16 níveis de modulação Diagrama 2 - 4 fases, 2 amplitudes: 8 níveis de modulação Diagrama 4 - 8 fases, 4 amplitudes: 32 níveis de modulação Em sistemas ADSL o número total de níveis modulados pode variar entre 4 e 1024 conforme as condições de linha. Num sistema de modulação CAP só as bandas laterais transportam informação. A frequência de transporte é suprimida (daí o termo carrierless) e só as bandas laterais são transmitidas. Modulação DMT: Num sistema modulado por DMT a banda de frequência usada para a transmissão é dividida em 256 fatias (tons) de aproximadamente 4.3kHz, sendo usados: • 6 tons para o sistema telefónico normal • 24 tons para upstream • 222 tons para downstream (248 com cancelamento de eco). Os tons são modulados em QAM, suportando entre 2 a 15 bits de informação, tendo a variação do número de bits a ver com a atenuação da linha e o ruído. Na figura 5 é possível verificar a variação do número de bits usados na transmissão. ADSL – Asymmetric Digital Subscriber Line Pág. 9 de 21 Figura 5 - Variação do número de bits por tom com a atenuação, ruído ou cross-talk. Note-se como no caso do ruído se tornar muito forte o sistema tem a capacidade de abandonar um canal completamente. Note-se que, sendo o ruído um sinal variável no tempo, i. é., a sua amplitude e variância não são constantes ao longo do tempo (por exemplo a temperatura pode fazer variar a atenuação do canal), o sistema necessita de ser capaz de se ajustar automaticamente. Para executar esta operação são regularmente trocados bits de controlo entre o emissor (ATU16-Central) e o receptor (ATU-Receiver). A modulação DMT foi padronizada pela American National Standards Institute (ANSI), em 1995, e denominado por T1.413. CAP vs DMT: O sistema CAP é mais barato e o tempo de codificação é menor. Contudo, “segundo especialistas independentes, o sistema DMT é superior ao CAP em diversos aspectos. É mais flexível, apresenta maior imunidade ao ruído e é capaz de optimizar o ritmo de transmissão em incrementos mais pequenos: 32kbps em DMT contra 340kbps em CAP”17. De facto, uma publicação18 da ANSI em 1994 descrevia já uma aplicação ADSL usando modulação DMT. 16 ADSL Transceiver Unit. Ver arquitectura de sistemas ADSL Amitava Dutta-Roy, “A second wind for wiring” – IEEE Spectrum de Setembro de 1999, volume 36 número 9. 18 ANSI/T1E1.4/94-007, “Asymetric Digital Subscriber Line (ADSL) Metallic Interface”. 17 ADSL – Asymmetric Digital Subscriber Line Pág. 10 de 21 www.projetoderedes.kit.net Limitações físicas de ADSL Uma das grandes limitações da tecnologia ADSL, e talvez a mais relevante, traduz-se na distância19 que pode separar o modem do cliente ADSL com o respectivo DSLAM (ver gráfico 2) que não pode exceder os 6km. Este valor é um máximo absoluto nos dias de hoje e admite que a qualidade das linhas telefónicas é boa, i. e., que a qualidade dos fios de cobre que sustentam a propagação das ondas é boa. No caso em que as linhas POTS não verifiquem essa condição a distância máxima pode ser drasticamente reduzida, podendo ser inferior a 1 km. Gráfico 2 - Atenuação do sinal com a frequência 0 20 40 Atenuação (dB) 60 80 100 120 140 0 100 200 300 12 kft (≈368m) 26 AWG 15 kft (≈457m) 26 AWG 18 kft (≈549m) 26 AWG 400 500 600 700 800 900 1000 Frequência (kHz) Um dos factores que pode diminuir a atenuação dos cabos com a frequência é o diâmetro dos mesmos. Na tabela seguinte ilustram-se velocidades de transmissão possíveis em função da distância e do diâmetro do fio. Velocidade de transferência 1.5 a 2 Mbps 1.5 a 2 Mbps 6 Mbps 6 Mbps Comprimento da linha 6 km 5 km 4 km 3 km Diâmetro da linha 0.5 mm 0.4 mm 0.5 mm 0.5 mm Tabela 2 – Comparativo: velocidade de transferência, comprimento e diâmetro das linhas 19 Ver Anexo 1: “Breves conceitos de propagação guiada de ondas electromagnéticas em lin has bifilares”. ADSL – Asymmetric Digital Subscriber Line Pág. 11 de 21 De modo a facilitar o uso desta tecnologia e diminuir a atenuação existem também cabos de baixa atenuação. O uso de loading coils (filtros passa-baixo que melhoraram a resposta dos fios nas comunicações telefónicas) são também um factor relevante pois tendem a bloquear o sinal transmitido, inviabilizando ADSL sobre estas linhas. Outro dos factores que podem influenciar a qualidade e consequentemente a velocidade da comunicação é a presença de bridged-taps. Estas traduzem-se por extensões do par de cabos em paralelo com a linha que foram deixadas abertas quando na instalação ou alteração da mesma. Podem também ocorrer problemas de ruído devido ao cross-talk entre cabos dispostos paralelamente. O cross-talk em conjunto com o ruído proveniente de outras fontes pode levar à diminuição da velocidade da transmissão (diminuindo o número de bits por tom ou interrompendo mesmo a comunicação nessa frequência20). 20 Ver “Aspectos técnicos de ADSL”: “Modulação em ADSL” ADSL – Asymmetric Digital Subscriber Line Pág. 12 de 21 Comparativo: ADSL, ISDN, Cable Modems ISDN: A ISDN21 constitui mais um padrão de redes de (tele)comunicações para substituir a rede de telefónica convencional (POTS). Contrariamente ao que acontece actualmente, uma ligação ISDN não se limita ao sistema de comutação de circuitos mas, não obstante ser uma ligação ponto-a-ponto, também pode ser implementado por comutação de pacotes. Um computador com ligação ISDN e ligado a outros, quer por LAN, quer por WAN, permite a todos os computadores da rede o acesso aos serviços ISDN. As redes ISDN têm capacidades de transferências dadas por n . 64 kbps22 com n∈[2,30]. Contudo, por questões de índole prática e financeira, só estão disponíveis no mercado dois tipos de acesso. O acesso básico, BRI23, destinado ao mercado doméstico, disponibiliza dois canais de 64kbps que podem ser utilizados independentemente (o equivalente a duas linhas) ou podem ser adicionados de modo a oferecer uma ligação com uma taxa de transferência de dados de 128 kbps. O acesso primário, PRI24, disponibiliza 30 canais, o que equivale a 1920 kbps, que se destina ao mercado empresarial. Os serviços oferecidos pela ISDN são: 1) Voz; 2) Atendedor e gravador de chamadas; 3) Faz; 4) Internet, 5) Videofone; 6) Videoconferência; 7) Televisão Existe ainda outro tipo de acesso, o B-ISDN, em que o prefixo B determina Banda larga (em inglês Broadband), que necessita de fibra óptica como suporte físico. Este acesso permite obter velocidades de transferência até 622,08Mbps. Cable Modems25: Os cabos coaxiais tradicionais permitem operar até uma frequência de aproximadamente 450MHz, limite este que é superado pelos novos cabos híbridos de fibra óptica e coaxial que permitem frequências acima dos 750MHz. Esta vantagem é explorada na construção de redes de cable modems. A taxa de transferência de dados máxima de uma rede destas pode atingir os 4500Mbps. Apesar deste valor tão elevado de bits/s um utilizador nunca atingirá estas taxas. Quer a qualidade dos modems, quer o número de utilizadores a partilhar uma rede HFC26 intervêm para a queda abrupta da referida taxa. Uma rede HFC suporta, tipicamente, 500 a 2000 utilizadores e utiliza uma codificação de canal menos potente, i.e., não permite velocidades de transferência tão 21 Integrated Services Digital Network – Rede digital com Integração de serviços (RDIS) 64kbps = 4kHz (> 3,4kHZ) . 2 (Teorema de Nyquist de Amostragem) . 8 bits (codificação PCM) 23 Basic Rate Interface 24 Primary Rate Interface 25 Sendo a tradução literal desta designação, modems para cabo, pouco “feliz”, utilizar-se-á sempre a designação anglo -saxónica 26 hybrid fiber/coax 22 ADSL – Asymmetric Digital Subscriber Line Pág. 13 de 21 elevadas. Na prática um utilizador doméstico obtém velocidades de downstream entre 500kbps e 1.5Mbps e não mais de 256kbps de upstream. A razão que sustenta a variação de velocidades de acesso, para um mesmo utilizador, prende-se com a quantidade de informação que está a ser utilizada em toda a linha que é partilhada. Se vários utilizadores não estão a utilizar uma grande banda, um outro utilizador tem acesso a uma largura de banda maior. Tecnologia, prós e contras: Qual destas tecnologias é a melhor? Não existe resposta para esta pergunta, contudo é possível saber qual é a tecnologia que melhor se adequa a determinadas necessidades. É esta a pergunta que deve ser formulada antes de optar por qualquer destes serviços. ADSL: • Utiliza uma infra-estrutura já existente, pelo que não existem custos acrescidos na implantação da rede; • Linha exclusiva o que permite uma elevada segurança na informação que veicula na linha; • Ligação dedicada o que evita o tempo de espera no estabelecimento da ligação, que está sempre disponível; • Apesar de utilizar as linhas telefónicas não interfere com a possibilidade de telefonar/utilizar fax em simultaneamente com a ligação à rede; • A ligação não permite uma conversação telefónica convencional; • Velocidades de downstream até 1024kbps e 256kbps de upstream; • Distância máxima entre o cliente ADSL e a central ADSL mais próxima varia entre 1 a 6 km; ISDN: • Também se sustenta na rede telefónica já existente; • Linha exclusiva, tal como ADSL; • A ligação não é dedicada pelo que se pode obter um sinal de ocupado, e é preciso esperar pelo estabelecimento da ligação; • Pode-se optar por ter uma ligação de 128kbps ou duas de 64kbps, no acesso básico; • No acesso primário a velocidade de transferência máxima é de 1920 kbps; • Os canais podem ser utilizados por vários tipos de dados: voz, fax, Internet, videoconferência, videofone e televisão; Cable Modems: • Uma vez que não é sustentada numa rede já existente é preciso implantar uma rede nova; • Sendo a linha não exclusiva a segurança dos dados é posta em causa, tendo que existir processos para evitar a violação da privacidade dos clientes; • A ligação é dedicada, com as vantagens que daí advêm; • As velocidades de transferência de dados oscilam, tipicamente, entre os 500kbps e 1.5Mbps em downstream e em upstream não passa os 256kbps; ADSL – Asymmetric Digital Subscriber Line Pág. 14 de 21 Sendo estes valores típicos não se exclui a possibilidade de usufruir de taxas superiores a 1.5Mbps nem a possibilidade de ficar aquém dos 500kbps; As oscilações dependem do número de utilizadores a transferir dados ADSL – Asymmetric Digital Subscriber Line Pág. 15 de 21 Fornecimento de acesso de banda larga no mercado português Para o acesso em banda larga coexistem, tal como foi abordado atrás, várias tecnologias. Segue-se uma análise de custos entre os serviços disponibilizados pelas tecnologias concorrentes. ADSL Em Portugal existem três empresas que fornecem o serviço ADSL. São elas a Telepac, com o Netfast; a Oni com o ONINET SPEED e a Novis. SERVIÇOS FORNECIDOS PARA CONSUMO DOMÉSTICO Upstream kbps Downstream kbps Oninet Speed 256 Netfast 256 NOVIS Oninet Speed 768 Netfast 768 NOVIS Oninet Speed 1024 Netfast 1024 64 64 64 128 128 128 256 128 256 256 256 768 768 768 1024 1024 9.000 44,89 490 2,44 12.900 64,35 acesso ilimitado 16.000 79,80 490 2,44 18.900 94,28 acesso ilimitado Limite Preço Taxa 100 Mb Adicionais 2 GB $ € $ € 9.500 47,39 490 2,44 - 5 GB 15.000 74,82 490 2,44 - 20 GB 25.000 124,70 490 2,44 25.000 124,70 490 2,44 • A taxa de activação de qualquer um dos pacotes oferecidos quer pela Oni quer pela Telepac fixa-se nos 23.400$00 ( €116,72). A Novis fixou o custo nos 27.000$00 (€134,68). Nem a Telepac nem a Oni fazem distinção de preços entre o mercado doméstico e o mercado empresarial, ao passo que a Novis faz. Pelo que, esta última, não disponibiliza as taxas 1024/128 kbps para o mercado doméstico. Qualquer das empresas afirma que demora cerca de 3 semanas a disponibilizar a ligação, nas zonas já abrangidas por este serviço. EQUIPAMENTO DISPONÍVEL Oni Modem Alcatel USB - POTS Modem Alcatel Home - POTS Modem Alcatel Home - RDIS Modem Ericsson HM220di - RDIS Router SpeedStream 5660 - POTS Modem Alcatel Pro - RDIS * Não disponibilizado pela empresa $ 35.000 45.000 51.000 Telepac € 174,58 224,46 254,39 * * * $ 33.700 43.700 49.900 49.900 79.000 € 168,09 217,97 248,90 248,90 394,05 * Novis $ 33.700 43.700 49.900 € 168,09 217,97 248,90 * * 95.000 473,86 ADSL – Asymmetric Digital Subscriber Line Pág. 16 de 21 O serviço de banda larga de qualquer uma das empresas só se encontra disponível nas zonas da Grande Lisboa e do Grande Porto, embora exista um plano de expansão deste serviço para o resto do território nacional até finais de 2002. A primeira distinção a apontar é o acesso ilimitado oferecido pela Novis à custa de um ligeiro acréscimo no preço dos serviços face aos apresentados pela Telepac e pela Oni. Entre a Telepac e a Oni, que impõem limites máximos de download, o pacote topo de gama da segunda permite velocidades de upstream duas vezes superiores ao pacote equivalente da PT, e ao mesmo preço. No que diz respeito aos modems\routers a Oni apresenta um leque inferior de escolhas e todas elas a preços superiores aos das concorrentes; A Telepac e a Novis não apresentam diferenças quanto ao custo do equipamento sendo a diferença do leque de opções entre as duas empresas de uma unidade. ISDN O acesso à ISDN é apenas disponibilizada pela Portugal Telecom. O preço do modem/serviços pretendidos oscila entre os 39.800$00 ( €198,76) e os 59.990$00 (€299,23). A mensalidade fixa-se nos 5.160$00 (€27,75). Apesar de, nem a Novis, nem a Oni, disponibilizarem o serviço integral de ISDN, permitem aos seus clientes a adesão ao serviço ISDN da Portugal Telecom. A Novis permite aos seus clientes de voz aceder ao serviço ISDN da PT bem como a aquisição de um modem Novis por 19.900$00 (€99,29). O ONI também permite que os seus clientes de voz acedam ao serviço ISDN da PT, mas acresce à sua factura um valor de 1.900$00 (€9,48). Cable Modems Duas grandes empresas concorrem nesta área. São elas a Netcabo e a Netvisão. Estas empresas são “descendentes” de empresas de serviço de Televisão por cabo, porque, como já tinham a infra-estrutura da rede implementada, rentabilizam, deste modo, o investimento feito. Existem, contudo, mais operadoras, mas dada a sua abrangência regional não serão abordadas. Instalação Netcabo 15.000$00 (€74,82) Equipamento Compra: 54.900$00 (€273,84) Taxa extra (por 100 Mb) Internacional: 600$00 (€2,99) Nacional: 50$00 (€0,25) Netvisão 10.000$00 (€49,90) Compra: 50.000$00 (€249,47) Aluguer: 2.250$00 (€11,23) Download: 300$00 (€1,50) Upload: 500$00 (€2,49) Modalidades Netcabo: Por 30 minutos: Sem limite de tempo (p/ mês): 123$00 (€0,61) 6.900$00 (€34,42) Os limites de download são de 20 GB, para sites nacionais, e de 1 GB para sites internacionais, independentemente da modalidade escolhida. Em qualquer das opções as taxas de transferência são 640kbps de download e de 128kbps de upload. ADSL – Asymmetric Digital Subscriber Line Pág. 17 de 21 www.projetoderedes.kit.net Modalidades Netvisão: Taxa de transferência Até 512 kbps Até 256 kbps Até 128 kbps Download Até8GB Até 5GB Até 3GB Upload Até 2GB Até 1,5GB Até 1GB Custo 8.750$00 (€43,66) 6.750$00 (€33,68) 5.250$00 (€26,20) A taxa de upload é independente da modalidade escolhida e limitada a 128kbps. Para acessos esporádicos à Internet o plano de “pay what you use” da netcabo é o indicado. A Netvisão será potencial preferível apenas quando o tempo de transferência de dados é de pouca importância para o utilizador e assim o plano mais modesto é a opção adequada. Nas restantes situações o plano da netcabo que não limita o tempo de acesso é o preferível. ADSL – Asymmetric Digital Subscriber Line Pág. 18 de 21 www.projetoderedes.kit.net Perspectivas Futuras Sendo as vantagens desta tecnologia bastante elevadas e a pressão por parte das operadoras telefónicas elevada para o melhoramento desta tecnologia, estão actualmente a ser estudadas diversas soluções para tornar o produto mais atractivo e mais eficaz. Entre elas encontra-se o uso de melhores técnicas de FEC de forma a garantir um maior ganho de codificação e consequentemente permitir estender o uso de ADSL em distâncias superiores. Outro factor que poderá tornar o produto mais atractivo para os clientes é a transmissão de voz juntamente com os dados e, possivelmente a dedicação total das linhas para ADSL. Desta forma será possível um melhor aproveitamento das baixas frequências de modo a tornar as taxas de transferência de dados superiores. São também possíveis velocidades de transmissão muito superiores às indicadas (52Mbps a 155Mbps para distâncias correspondentes a 1 milha e um quarto de milha, respectivamente) se as distâncias entre ATU-R e ATU-C forem inferiores. Contudo, a implementação desta tecnologia obriga a grandes investimentos por parte dos fornecedores de serviços que teriam de instalar regeneradores de sinal entre o consumidor e a central telefónica. Estudam-se ainda possibilidades de usar esta tecnologia através de fibra óptica sendo nesse caso possíveis velocidades de transferência muito superiores. Entretanto as velocidades de transferência de dados proporcionadas pela ADSL farão com que, num futuro próximo, o serviço pay-per-view video seja uma realidade acessível à grande maioria dos utilizadores da World Wide Web, bem como o serviço de vídeoconferência. Contudo este último serviço padece da limitação nas velocidades de upstream. As figuras 6 e 7 reflectem a evolução e perspectivas futuras de desenvolvimento do número de bases de linhas DSL, quer no mercado residencial quer no mercado empresarial e as perspectivas de crescimento das linhas de serviços broadband em todo o mundo. Milhares de linhas instaladas 25 Mercado residencial nos EUA 20 Mercado residencial na Europa Mercado empresarial nos EUA 15 Mercado empresarial na Europa 10 5 0 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Gráfico 3 - Crescimento do número de linhas instaladas na Europa e nos EUA ADSL – Asymmetric Digital Subscriber Line Pág. 19 de 21 30 ADSL Cable modems 25 Fibra optica Milhões de linhas Broadband wireless 20 15 10 5 0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Gráfico 4 - Número de linhas de serviços Broadband instaladas em todo o mundo. (Fonte: The future of local loop: market strategies) ADSL – Asymmetric Digital Subscriber Line Pág. 20 de 21 www.projetoderedes.kit.net Bibliografia • ADSL; Kedar A. Dhuru • ADSL; Kimmo K. Saarela; 17 de Setembro de 1995. • ADSL – Technical Info; Andrews & Arnold, Lda; 23 de Setembro de 2001, http://aa.nu/adsl/tech.html • ADSL Application Notes; Conferências NetWorld + Interop 98 Las Vegas; 5 – 7 de Maio de 1998 • Assymmetric Digital Subscriber Line; Hugh Hamil, Catherine Delaney, Emily Furlong, Kieran Gantley, Keith Gardiner • A second wind for wiring; Amitava Dutta-Roy; IEEE Spectrum, Setembro de 1999 Volume 36, nº 9 • DSL Anywhere; Michael Zimmerman, Keith Atwell, Moshe Oron, Gary Bolton, Shyed Abbas, Scott Harris, Gene Cárter, Bob Scott, Tom Starr, James Davis, Barry Dropping, Wayne Lloyd, Ramon Chea, Tony Mosley; DSL Forum • Propagação e Radiação de Ondas Electromagnéticas; António S. Carvalho Fernandes; IST - LEEC 2000/2001 Websites: • ADSL Forum, www.adsl.com • DSL Forum, www.dslforum.org • Institute of Electrical and Electronics Engineering, www.ieee.org • World of ADSL, www.world-of-adsl.com • Portugal Telecom, http://www.portugaltelecom.pt/ • Telepac, www.netfast.telepac.pt • Netvisão, www.netvisao.pt • Netcabo, www.netcabo.pt • IP, www.ip.pt • ONI, www.oni.pt • ZDNet, www.zdnet.pt/redes • Point-Topic, www.point-topic.com • Speed Guide, www.speedguide.net • Cable DataCom News, www.cabledatacomnews.com Contactos: • Pedro Carmo Veríssimo • Bruno Pereira ADSL – Asymmetric Digital Subscriber Line Pág. 21 de 21 ANEXO I*: Breves conceitos de propagação guiada de ondas electromagnéticas em linhas bifilares Omitindo como se determinam as equações seguintes afirma-se que elas regem as condições de propagação de uma onda EM numa linha bifilar. ∂2 H ∂H ∂ 2H = σµ + εµ ∂Z 2 ∂t ∂t 2 ∂2 E ∂E ∂ 2E = σµ + εµ ∂Z 2 ∂t ∂t 2 É com base nestas equações que se elaboram os estudos mais completos e complexos da Teoria das Linhas. O desenho seguinte mostra a configuração base do modelo de uma linha. Este modelo permite um estudo superficial da propagação de ondas em linhas. Vi Z0 ZCarga Vo Com apenas uma análise intuitiva pode-se concluir que quanto maior a impedância da linha, Z0, menor a potência entregue à carga. Define-se Z0 como: Z0 = R + j ωL G + jωC As quantidades R, L, G e C são definidas por unidade de comprimento pelo que o aumento do comprimento de uma linha implica o aumento das quantidades referidas. Verifica-se experimentalmente que quanto maior o comprimento da linha maior é a impedância, Z0, pelo que este é um factor preponderante no dimensionamento de um sistema de comunicações que empregue uma linha bifilar. Também, experimentalmente, se verifica que o aumento da frequência leva a um aumento da impedância, Z0, pelo que, também a frequência, constitui uma limitação a todos os sistemas de comunicação que empreguem este meio de comunicação. * “Propagação e Radiação de Ondas Electromagnéticas”, António S. Carvalho Fernandes – IST - LEEC 2000/2001.