AVISO Prevenimos as pessoas mais sensíveis que o conteúdo deste trabalho, nomeadamente as imagens, podem revelar-se demasiado violentas. O amor protege de tudo... ou talvez não? Diogo Freitas nº9 Diogo Graça nº10 Hugo Parente nº12 João Júnio nº13 12 º A Biologia Professora: Júlia Leal O que são IST’s? As Infecções Sexualmente Transmissíveis são contagiosas, sendo este contágio feito, principalmente, através de contacto sexual. A abstinência sexual seria uma das formas de reduzir, drasticamente, a transmissão destas infecções. Contudo, sendo a prática sexual uma componente importante na nossa vida, é de extrema importância iniciarmos a nossa sexualidade de forma saudável e segura. Q ual a diferença entre IST e DST? Doença é um estado anormal que afecta o organismo, caracterizado por sintomas e sinais específicos, que pode ser provocado por factores extrínsecos ou disfunções internas. Infecção é a entrada de microrganismos num organismo hospedeiro e sua colonização. Doença Infecciosa é a evidência clínica que surge devido à multiplicação e patogenicidade do microrganismo invasor. Através das definições entende-se que o termo doença não é o mais adequado por ser demasiado geral. Se uma pessoa tem, por exemplo, gonorreia, diz-se que contraiu uma infecção. Quando esta produz sintomas, devemos referi-la como doença infecciosa. Sintoma e Sinal Sintoma – é uma alteração da percepção normal que a pessoa tem do seu corpo, ou seja, é a queixa mencionada pelo paciente e que só ele consegue detectar. É, assim, subjectivo, estando sujeito à interpretação do paciente e podendo, por isso, ter distintas descrições. Sinal – é uma alteração no metabolismo, aspecto de uma pessoa, ..., que pode indicar que o paciente está doente, e que é detectada pelo profissional de saúde. Enquanto que o sinal pode ser descoberto por outra pessoa sem qualquer indicação do paciente, o sintoma só é detectado pelo paciente. V ias de transmissão das IST’s A transmissão das IST’s é feita, frequentemente, através do contacto sexual. Contudo, a relação sexual não é a única forma de contágio. A sífilis, por exemplo, pode ser transmitida da mãe para o bebé, durante o parto ou gravidez. A habitual relação das IST’s à parte sexual deve-se ao facto de que os órgãos sexuais e outros ligados à prática sexual constituem ambientes propícios ao desenvolvimento dos microrganismos que provocam as infecções. Relação sexual oral Transmissão Relação sexual anal não protegida (mulher – homem; homem – homem) Relação sexual vaginal não protegida Q uais as principais IST’s e os seus agentes causadores Os agentes patogénicos causadores das infecções sexualmente transmissíveis dividem-se em: Bactérias Neisseria gonorrhoeae Gonorreia Chlamydia trachomatis Clamídia ; Linfogranuloma Venéreo (LGV) Treponema pallidum Sífilis Haemophilus ducreyi Cancro mole Diferentes bactérias – Doença Inflamatória Pélvica (DIP) Vírus Vírus da Imonudeficiência Humana (HIV) - SIDA Vírus herpes simplex do tipo 2 (HSV-2) - Herpes Genital Vírus do Papiloma Humano (HPV) – Condiloma Acuminado (pode levar a cancro do colo do útero) Vírus da hepatite B (VHB) – Hepatite B (pode levar a cancro do fígado) Parasitas Trichomonas vaginalis (protozoário) Tricomoníase Candida albicans (fungo) - Candidíase SIDA A SIDA é uma doença incurável e mortal, causada pelo Vírus da Imonudeficiência Humana (HIV), que afecta o sistema imunitário. É transmitido de pessoa para pessoa através de relações sexuais não protegidas (sexo anal, vaginal, oral), da partilha de utensílios infectados com sangue e, ainda, de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação. Pode, por isso, ser transmitido por sangue, sémen e outros fluidos humanos. Fases da infecção com HIV: 1ª Fase (aguda): surge 1 a 4 semanas após o contágio e dura entre 1 a 3 semanas. Sintomas: dor de cabeça, febre, fadiga, dores nas articulações, gânglios inchados,etc. 2ª Fase (assintomática): pode durar entre 10 a 15 anos. O vírus continua a multiplicar-se, sem manifestação de sintomas. 3ª Fase (sintomática): caracteriza-se por um emagrecimento acentuado, diarreia, febre, falta de apetite, suores nocturnos, queda de cabelo, etc. 4ª Fase (SIDA): imunodeficiência grave, que torna o indivíduo vulnerável a todo o tipo de infecções (oportunistas) e tumores. Tratamento Não existe cura para a SIDA. Existem medicamentos, designados antiretrovíricos, que têm como objectivo diminuir a carga vírica, isto é, diminuir a quantidade de vírus. Medicamentos anti-retrovíricos Inibidores da transcriptase reversa: impede a produção de DNA a partir do RNA viral. Inibidores da protease: bloqueia a protease, de modo a que as cópias do vírus não infectem as células. Contudo, devido à rápida replicação do vírus e a alterações nas proteínas víricas durante o tratamento, os actuais medicamentos podem perder eficácia. Inibidores de fusão: impedem a fusão com linfócitos T4 e consequente criação de cópias do vírus. S I D A em Portugal Year Menor incidência Toxicodependentes (novos casos) Grande Porto de VIH/sida 30-34 anos • Entre 2001 e 2006 observou-se uma redução de aproximadamente 50% no número de notificações (casos declarados de doença) anuais de SIDA. • A partir de 2001, a taxa bruta de incidência (novos casos) de SIDA na região Norte inverteu a sua tendência crescente, tendo o mesmo ocorrido em Portugal dois anos antes. Plano de Saúde – Região Norte – 2009/2010 S I D A no Mundo Number of people living with HIV in 2008 People newly infected with HIV in 2008 AIDS-related deaths in 2008 Total Adults Women (aged 15 and above) Children under 15 years Total Adults Children under 15 years Total Adults Children under 15 years 33.4 million [31.1 – 35.8 million] 31.3 million [29.2 – 33.7 million] 15.7 million [14.2 – 17.2 million] 2.1 million [1.2 – 2.9 million] 2.7 million [2.4 – 3.0 million] 2.3 million [2.0 – 2.5 million] 430 000 [240 000 – 610 000] 2.0 million [1.7 – 2.4 million] 1.7 million [1.4 – 2.1 million] 280 000 [150 000 – 410 000] Total: 2.0 million (1.7 – 2.4 million) Sífilis É uma infecção, provocada pela bactéria Treponema pallidum, que afecta a vagina, o ânus, a uretra, o pénis, assim como os lábios e a boca, causando lesões da pele que vão evoluindo, lentamente. É tratável com antibióticos (nomeadamente penicilina), podendo, no entanto, causar danos irreversíveis quando não tratada no seu estado inicial. Transmissão: Sexo vaginal; Sexo oral; Sexo Anal; Mãe para o feto sífilis congénita; Transfusão sanguínea - sífilis decapitada. Sífilis Sintomas: Sem sintomas (período de incubação); Pequena ferida ou úlcera nos órgãos genitais ou boca (fase primária); Lesões generalizadas, com aparecimento de febre, cefaleias, perdas de peso, fadiga, ... (fase secundária); Sem sintomas significativos, podendo ser detectada por teste sanguíneo (fase latente); Quando não tratada, causa danos graves no sistema nervoso, coração e cérebro (fase terciária); Gonorreia É uma infecção, causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, que provoca inflamação do aparelho genital feminino, podendo, também, afectar o pénis, a vagina, o colo do útero, a uretra, o ânus, a garganta, .... É tratável com antibióticos durante um período de tempo variável e dependente do tipo de infecção. Conquanto, quando este não é correcto ou é iniciado muito tarde, pode causar aperto da uretra (homem), infertilidade (mulher), problemas cardíacos e neurológicos,... Transmissão: Sexo vaginal; Sexo oral; Sexo Anal; Mãe para o feto durante o parto normal; O risco de transmissão desta IST é superior a 90 % http://www.homositius.com/2009/08/14/gonorreia-doencassexualmente-transmissiveis/ Gonorreia Sintomas: Homem: Urinar frequentemente; Ardor ao urinar; Corrimento purulento (com pus) através da uretra; Glande anormal (inchada ou avermelhada); Dor e emissão de pus pelo recto (homossexuais); Dor ou inchaço nos testículos; Dor de garganta (sexo oral). Gonorreia Sintomas: Mulher: Urinar frequentemente; Ardor ao urinar; Corrimento vaginal purulento (com pus); Relação sexual dolorosa; Dor abdominal intensa, perda de sangue pela vagina, febre e mal-estar geral (quando a infecção progride por via ascendente, atingindo as trompas e os ovários); Dor de garganta (sexo oral). Gonorreia Quando a gonorreia é transmitida no parto normal, da mãe para o filho, o recémnascido pode ficar contaminado na zona ocular, o que é susceptível de levar à cegueira. Do mesmo modo, quando uma pessoa já infectada transfere o agente patogénico para a região dos olhos (auto-inoculação), pode, igualmente, contrair Conjuntivite Gonocócica. Hepatite B É uma infecção, provocada pelo Vírus da hepatite B (VHB), que afecta o fígado, podendo originar complicações mais graves, tais como cirrose e cancro do fígado. Não há tratamento eficaz, a única forma de prevenção segura é a vacina. Transmissão: Partilha de seringas ou objectos pessoais (lâminas, escovas de dentes, ...); Contacto sexual através de fluidos corporais; De mãe para filho, à nascença; Transfusões de sangue. Hepatite B Sintomas: Febre; Urina escura; Icterícia; Fadiga; Falta de apetite; Náuseas; Mal-estar; Hepatite B Aguda Constitui 90% dos doentes e recuperam por si próprios. Hepatite B Crónica Constitui 10% dos doentes e, quando não tratada, pode evoluir para doença hepática grave. Tricomoníase É uma infecção causada pelo parasita protozoário unicelular Trichomonas vaginalis. Existem 170 milhões de novos casos de Tricomoníase por ano, em indivíduos entre 15 e 49 anos, sendo 92% em mulheres. Transmissão: Tratamento: Por via sexual. Antibiótico em dose oral única. Sintomas: Homem: Mulher: (raramente há sintomas) Irritação do pénis; Desconforto ao urinar; Ligeira secreção da uretra; Infecção do epidídimo e próstata. Dor pélvica; Dor ao urinar; Vulva irritada; Secreção vaginal verde amarelada, com odor desagradável; Clamídia É uma infecção do tipo bacteriano, das mais comuns, causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. Transmissão: Tratamento: Por via sexual; De mãe para filho. Antibióticos Sintomas: Homem: Ardor ao urinar; Corrimento proveniente do pénis; Inchaço nos testículos; Mulher: Corrimento vaginal; Hemorragia entre as menstruações; Dor durante o acto sexual; Dor pélvica. Candidíase É uma infecção, originada pelo fungo Candida albicans. Pode ocorrer na boca, nas mucosas genitais, na pele e em tecidos internos, principalmente em doentes com SIDA. Transmissão: Contacto sexual; De mãe para filho, durante o parto. Sintomas: Dor e vermelhidão na boca; Manchas brancas na mucosa da língua; Comichão; Inchaço do pénis. Tratamento: Medicação endovenosa ou oral, com antifúngico para infecção sistémica; Aplicação de antimicóticos (superficiais). Herpes Genital É uma infecção, produzida pelo Vírus herpes simplex do tipo 2 (HSV-2), que provoca lesões na pele e nas mucosas dos órgãos genitais masculinos e femininos (vulva, vagina, pénis, ...). O tratamento serve, apenas, para atenuar os sintomas, uma vez que o vírus dificilmente é eliminado. Utiliza as células do hospedeiro para a sua replicação. Os medicamentos antivíricos utilizados somente auxiliam no abrandamento da reincidência. Sintomas: Transmissão: Comichão; Dores; Gânglios inchados; Bolhas de água; Através de secreções genitais; De mãe para filho. depois surge Comportamentos de risco Actualmente, face à grande variedade de meios de comunicação e à consequente quantidade de informação disponível acerca das IST’s, seria de esperar que a sociedade tomasse os cuidados necessários, evitando comportamentos de risco, tais como: Relações sexuais não protegidas (sem uso de preservativo); Relações sob efeito de álcool ou droga; Partilha de seringas; Partilha de objectos contaminados; Relações com vários parceiros; Sexo promíscuo; ... Prevenção Concluindo, é fundamental alertarmos toda a população, principalmente os mais jovens, que a prevenção das IST’s passa essencialmente por adquirirmos o conhecimento necessário sobre as infecções e nos responsabilizarmos pelos nossos actos. Podemos sim, continuar a amar, mas com segurança. Não te esqueças nunca: Usa sempre preservativo; Nunca partilhes seringas ou outros objectos; Tem relações conscientemente (nunca sob efeito de álcool ou drogas); Vacina-te (sempre que existirem vacinas para as IST’s); Informa-te sobre as IST’s; Se contraíres alguma IST, reforça os cuidados (caso seja curável, não tenhas relações sexuais até terminares o tratamento); Não mudes de parceiro sexual frequentemente; Responsabiliza-te pelos teus actos. O amor protege de tudo... ou talvez não? Talvez não... Por isso, sejamos responsáveis. Amemos com segurança. Mini-debate Um estudante com SIDA / HIV deveria avisar os colegas e professores? http://diario.iol.pt/noticia.html?id=728211&div_id=4072 Qual a influência da religião neste tema? A possibilidade de obtenção de preservativos na escola seria benéfico para os jovens? Vídeo Como conclusão do nosso trabalho, apresentamos um vídeo que fala um pouco sobre as IST’s e os comportamentos de risco, principalmente as relações desprotegidas, sob análise de uma especialista, relatando, ainda, um caso verídico de um indivíduo com SIDA. http://www.nhs.uk/Livewell/Sexualhealth/Pages/STIvideo.aspx Webgrafia http://diario.iol.pt/noticia.html?id=728211&div_id=4072 http://www.homositius.com/2009/08/14/gonorreia-doencassexualmente-transmissiveis/ http://www.biolib.cz/IMG/GAL/17376.jpg http://www.bmb.leeds.ac.uk/mbiology/ug/ugteach/icu8/images/std/chla mydia.jpg http://www.ibb.unesp.br/Museu_Escola/2_qualidade_vida_humana/ima gens/sexo_neisseria_gonorrhoeae.jpg http://www2.hu-berlin.de/sexology/ECP4/s_syphvag.jpg http://embryology.med.unsw.edu.au/Defect/images/Treponemapallidum.jpg http://www.roche.pt/sida/o_que_e_a_sida/ http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_da_imunodefici%C3%AAn cia_adquirida http://pt.wikipedia.org/wiki/Gonorreia http://en.wikipedia.org/wiki/Disease http://en.wikipedia.org/wiki/Sifilis http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs110/en/index.html http://www.who.int/hiv/data/en/index.html ...