SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL DIVISÃO E VIGILÂNCIA DE ZOONOSES E INTOXICAÇÕES PROGRAMA DE VIGILÂNCIA DE ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS NOTA TÉCNICA Nº 02/2012 – (DVVZI – NT 02/2012) ACIDENTES COM ANIMAIS AQUÁTICOS – ARRAIAS E PEIXES COM FERRÃO Acidentes humanos provocados por peixes marinhos ou fluviais são denominados de ICTISMO. Algumas espécies provocam acidentes passivos (por ingestão de peixes contendo toxinas), enquanto outras causam acidentes ativos, por ferroadas ou mordeduras. Os peixes com ferrão são denominados peçonhentos ou acantotóxicos, sendo os mais comuns no Brasil as arraias marinhas ou fluviais, os bagres e mandis, peixe escorpião (ou mangangá) e niquim (ou peixe sapo). Os acidentes com animais aquáticos no Brasil são bastante comuns, embora subnotificados e ainda pouco estudados; os pacientes acidentados geralmente procuram os serviços de saúde para atendimento apenas quando os ferimentos apresentam complicações. ACIDENTES COM ARRAIAS As arraias ou raias são peixes cartilaginosos, que possuem guelras na parte ventral do corpo; são arredondadas e achatadas dorsoventralmente, tendo suas nadadeiras peitorais ligadas ao corpo desde o focinho até a margem anterior das nadadeiras pélvicas, que são muito desenvolvidas. Vivem no fundo do mar e dos rios escondem-se em covas rasas escavadas em locais arenosos ou lodosos. São carnívoras, alimentando-se de pequenos peixes, caramujos, crustáceos e larvas de insetos. As arraias de água doce têm um tamanho que varia de 30 centímetros até aproximadamente um metro de diâmetro; algumas arraias marinhas podem atingir um diâmetro de cinco metros quando adultas. Superintendência de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Ambiental em Saúde Rua Piquiri, 170 – Rebouças – 80.230-140 – Curitiba – Paraná – Brasil; Fones/Fax: (41) 3330-4491 Fax: 3330-4484 Machos e fêmeas copulam em certas épocas do ano. Algumas espécies levam cerca de três meses para parir seus filhotes, cujo número pode variar de 2-3 até 10-12 crias por gestação. As marinhas são ovovivíparas, enquanto que as de água doce são exclusivamente vivíparas aplacentárias. Em águas brasileiras vivem cerca de trinta espécies de arraias, pertencentes às famílias Myliobatidae e Dasyatidae (arraias de mar) e Potamotrygonidae (arraias de água doce, encontradas apenas na América do Sul). Arraias marinhas. Esquerda: Família Dasyatidae: Dasyatis sp. Arraia bicuda, arraia manteiga. Fábio Lang da Silveira. Raia. Banco de imagens Cifonauta. Disponível em: http://cifonauta.cebimar.usp.br/photo/12047/ Acesso em 7/12/2012. Direita: Família Myliobatidae. Aetobatus narinari. Arraia pintada, arraia chita. Imagem VIVATERRA Sociedade de Defesa, Pesquisa e Educação Ambiental. Disponível em http://www.vivaterra.org.br/peixes_salgada_5.htm. Acesso em 7/12/2012. Arraias de água doce. Arraia pintada, arraia de fogo. Espécies do gênero Potamotrygon com ocorrência registrada para a região do Alto Rio Paraná: Potamotrygon falkneri (esquerda); Potamotrygon motoro (centro) e Potamotrygon schuhmacheri (direita) Fonte: Garrone Neto, D. e Haddad, V. Arraias em rios da região Sudeste do Brasil: locais de ocorrência e impactos sobre a população. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 43(1):82-88, jan-fev, 2010 Superintendência de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Ambiental em Saúde Rua Piquiri, 170 – Rebouças – 80.230-140 – Curitiba – Paraná – Brasil; Fones/Fax: (41) 3330-4491 Fax: 3330-4484 As arraias possuem apêndice caudal longo, em forma de chicote, onde se encontram um, dois ou mais ferrões para sua defesa; esses são estruturas rígidas, longas, pontiagudas e com bordas serrilhadas, e são substituídos aproximadamente de seis em seis meses. Quando danificados, se desprendem dando lugar a um novo ferrão. O número, o tamanho e a posição de ferrões na cauda na cauda diferem entre as diversas famílias de arraias existentes. Os ferrões são recobertos por um epitélio que produz toxinas; as células glandulares de veneno são encontradas nos sulcos ou ranhuras dos ferrões. Ferrões de arraia. Esquerda: Garrone Neto, D. e Haddad, V. Arraias em rios da região Sudeste do Brasil: locais de ocorrência e impactos sobre a população. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 43(1):82-88, jan-fev, 2010. Direita: Ferrões de arraias marinhas. Foto Lenora Rodrigo. Acervo SESA-DVVZI. Apesar de as arraias serem consideradas dóceis, os acidentes são muito comuns entre pescadores do litoral, na Bacia Amazônica e na região do Pantanal. A partir da década de 80, com o fechamento das barragens para a formação do lago de Itaipu, as inundações do conjunto de cachoeiras de Sete Quedas e as ligações de outros pontos do Rio Paraná com a construção de outras hidrelétricas permitiram a ascensão das raias pela bacia. Hoje se encontram arraias em municípios lindeiros ao lago de Itaipu, no estado do Paraná, e ribeirinhos do alto Rio Paraná e Paranapanema, nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Pelo hábito de se manterem no fundo arenoso ou lodoso das praias, podem ser inadvertidamente pisoteadas por banhistas; os acidentes ocorrem quando a região dorsal da arraia é tocada ou pressionada; isso provoca uma resposta muscular com flexão da cauda para cima “apontando” o ferrão para o local estimulado, atingindo geralmente o tornozelo ou pé da vítima. O golpe pode ser de tal intensidade que pode perfurar inclusive calçados. Também podem acontecer acidentes quando as arraias são manipuladas propositalmente, por exemplo, ao retirá-las de anzóis, redes, tarrafas ou espinhéis. Superintendência de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Ambiental em Saúde Rua Piquiri, 170 – Rebouças – 80.230-140 – Curitiba – Paraná – Brasil; Fones/Fax: (41) 3330-4491 Fax: 3330-4484 Os ferimentos perfuro-cortantes resultantes podem ser de extensão e profundidade variáveis, dependendo da região anatômica atingida. Ao perfurar a pele da vítima, o epitélio que recobre o ferrão da arraia é danificado, expondo as células glandulares e liberando as toxinas. Na tentativa de retirada do ferrão, por ser retroserrilhado, o ferimento pode se ampliar pela dilaceração dos tecidos, facilitando a absorção de toxinas e acentuando os sinais e sintomas. Pouco se conhece sobre a composição e efeitos fisiológicos do veneno, embora se registrem pelo menos dezoito substâncias diferentes; já foram isolados componentes como serotonina, fosfodiesterase e uma 5-nucleotidase. Basicamente a peçonha tem atividade proteolítica, dermonecrótica. CLÍNICA A dor decorrente da ferroada é imediata, lancinante, podendo se estender por todo o membro acometido; é mais intensa nos primeiros 90 minutos, diminuindo gradativamente, podendo durar entre 6 e 48 horas. Sabe-se que nos acidentes com arraias de água doce a dor costuma ser mais intensa e desproporcional ao tamanho do ferimento, podendo ser caracterizada ou descrita como “ardência”. A lesão perfuro-cortante acarreta sangramento de intensidade variável; a área ao redor do ferimento inicialmente apresenta-se isquêmica, depois cianótica. Os ferimentos podem ser transfixantes. Pode haver eritema e edema variáveis, bem como reação ganglionar satélite. Os ferimentos têm grande potencial para complicações, evoluindo com importante necrose de pele, sujeita a infecção bacteriana secundária, invariavelmente com prolongado tempo de cicatrização. Pode também haver a presença de manifestações sistêmicas como náuseas, vômitos, sudorese, diarréia, vertigem, dor abdominal, febre, hipotensão arterial e taquicardia. TRATAMENTO O tratamento inicial consiste em imersão imediata do membro atingido em água quente, não escaldante (cerca de 50°C), por 30 a 90 minutos. O calor neutraliza as toxinas, aliviando a dor, e pode diminuir seu efeito vasoconstritor. Essa medida pode ser tomada mesmo em ambientes não hospitalares. Pode ser necessária a utilização de analgésicos parenterais ou infiltração anestésica local sem vasoconstritor. Superintendência de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Ambiental em Saúde Rua Piquiri, 170 – Rebouças – 80.230-140 – Curitiba – Paraná – Brasil; Fones/Fax: (41) 3330-4491 Fax: 3330-4484 É indispensável o debridamento cuidadoso do ferimento sob anestesia, para retirada de fragmentos do ferrão e restos de epitélio glandular. Especialmente em ferimentos muito lacerados, avaliar o uso de antibioticoterapia (cefalexina ou amoxacilina clavulanato). Em todos os casos, fazer profilaxia do tétano, após avaliação do status vacinal do paciente. As complicações locais posteriores – abscessos, necrose de pele, úlceras de difícil cicatrização – devem ser seguidas e tratadas adequadamente. O uso de corticosteróides sistêmicos é controverso, pois pode aumentar o tempo de cicatrização das úlceras. A aplicação de contaminantes sobre os ferimentos, como borra de café, gasolina, querosene, partes de peixes, esterco, urina, aguardente, entre outros, não deve ser feita, pois contribui apenas para potencializar a possibilidade de infecção secundária e agravamento das lesões. Sinais locais: Esquerda: Necrose superficial instalada ao redor do local da ferroada 48 horas após o acidente. Direita: Escara enegrecida, resultante do tecido necrosado pela ação das toxinas, em acidente com cerca de oito dias de evolução. Garrone Neto, D. e Haddad, V. Arraias em rios da região Sudeste do Brasil: locais de ocorrência e impactos sobre a população. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 43(1):82-88, jan-fev, 2010. PREVENÇÃO: Informar-se com moradores locais, outros banhistas ou guarda-vidas do Corpo de Bombeiros sobre a presença de arraias na praia; ao entrar na água, usar uma vara para tatear o fundo dos locais onde vai pisar; ao caminhar, procurar arrastar os pés sem levantá-los muito (as arraias que estiverem sob a areia ou o lodo, tendem a fugir quando a água é agitada); barulho e agitação também espantam as arraias. Antes de descer de um barco na praia, bater com o remo ou a mão espalmada na superfície da água; em relação à presença abundante de arraias em balneários fluviais, pesquisadores sugerem a utilização de medidas de proteção coletiva, como barreiras físicas (redes ou telas de proteção) como utilizadas em outros países para tubarões e Superintendência de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Ambiental em Saúde Rua Piquiri, 170 – Rebouças – 80.230-140 – Curitiba – Paraná – Brasil; Fones/Fax: (41) 3330-4491 Fax: 3330-4484 águas vivas, além do uso de placas de advertência e divulgação de informações junto à população. ORIENTAÇÕES PARA VIGILÂNCIA EM SAÚDE A vigilância da ocorrência de acidentes com arraias enquadra-se no Programa de Vigilância de Acidentes com Animais Peçonhentos, que de acordo com a Portaria GM-MS 104/2011, devem ser compulsoriamente notificados. Os casos devem ser notificados no SINAN – Acidentes com Animais Peçonhentos. Campo 45= 6 – outros. Escrever arraia. Utilizar o campo Informações complementares e observações para informações adicionais sobre o caso. Os animais poderão ser encaminhados pelas Vigilâncias em Saúde dos Municípios, após registro no SINAP - Sistema de Notificação de Animais Peçonhentos - às Regionais de Saúde, conforme protocolos próprios, para identificação ou confirmação de identificação na DVVZI. Também poderão ser encaminhadas fotografias desses animais através do SINAP para a mesma finalidade. Também poderá ser utilizado o email [email protected] para solicitação de orientações ou envio de fotos de lesões de pacientes. ACIDENTES COM PEIXES COM FERRÃO Existem várias espécies de peixes com ferrão no Brasil, marinhos e fluviais, destacandose os bagres (Bagre bagre, B. marinus), mandis (Genidens genidens, Pimelodella brasiliensis), peixe escorpião, beatinha ou mangangá (Scorpaena brasiliensis, S. plumieri), niquim ou peixe sapo (Thalassophryne natterreri, T. amazonica). Esses peixes possuem espinhos ou ferrões pontiagudos e retroserrilhados, envolvidos por bainha de tegumento sob a qual estão as glândulas de veneno existentes nas nadadeiras dorsais, peitorais ou na cauda, com exceção do niquim, cujas glândulas estão na base dos ferrões. Os venenos possuem propriedades neurotóxicas e dermonecróticas. Outros peixes de couro podem apresentar ferrões, como os jaús e armaus, mas não há comprovação de que estes possuam substâncias tóxicas; recentemente evidenciou-se a presença de veneno nos ferrões dos pintados. Os acidentes com esses peixes são comuns em comunidades ribeirinhas, em pescadores amadores ou profissionais, e mesmo em banhistas que pisem inadvertidamente em peixes ao banhar-se, ou ainda nos peixes mortos ou seus ferrões depositados na areia das praias de rio ou mar. Superintendência de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Ambiental em Saúde Rua Piquiri, 170 – Rebouças – 80.230-140 – Curitiba – Paraná – Brasil; Fones/Fax: (41) 3330-4491 Fax: 3330-4484 Peixe escorpião ou mangangá. Notar detalhe das pontiagudas nadadeiras dorsais. Álvaro E. Migotto. Mangangá. Banco de imagens Cifonauta. Disponível em: http://cifonauta.cebimar.usp.br/photo/11844/ e http://cifonauta.cebimar.usp.br/photo/11847/ Acesso em: 07/12/2012. Peixe escorpião preto (Scorpaena plumieri), causador de acidente na Ilha do Mel – PR na década de 90. Foto Venilton Kuchler. Acervo SESA-DVVZI. CLÍNICA Os acidentes caracterizam-se por dor intensa, eritema e edema, denotando importante inflamação e isquemia dos tecidos, causada por fatores vasoconstritores da peçonha ainda não estudados. Atribui-se aos ferimentos causados pelo peixe escorpião a presença de dor lancinante, sendo essa de menor intensidade quando se trata de ferimentos por bagres. Não é infreqüente a quebra de fragmentos dos ferrões na vítima na tentativa de retirálos; isso causa complicações, como granulomas de corpo estranho e infecções secundárias bacterianas, que podem ser muito graves, evoluindo para sepse e desfecho fatal. Sintomas sistêmicos, como náuseas, vômitos e arritmias cardíacas podem surgir em pacientes acidentados com o peixe escorpião. Superintendência de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Ambiental em Saúde Rua Piquiri, 170 – Rebouças – 80.230-140 – Curitiba – Paraná – Brasil; Fones/Fax: (41) 3330-4491 Fax: 3330-4484 TRATAMENTO O tratamento inicial consiste em imersão da extremidade atingida em água quente, não escaldante (cerca de 50°C), por 30 a 90 minutos. O calor neutraliza as toxinas, aliviando a dor. Essa medida pode ser tomada mesmo em ambientes não hospitalares. Pode ser necessária a utilização de analgésicos parenterais ou infiltração anestésica local sem vasoconstritor. É indispensável o debridamento cuidadoso do ferimento sob anestesia, para retirada de fragmentos do ferrão e restos de epitélio glandular. Especialmente em ferimentos muito lacerados, avaliar o uso de antibioticoterapia (cefalexina ou amoxacilina clavulanato). Em todos os casos, fazer profilaxia do tétano, após avaliação do status vacinal do paciente. As complicações locais posteriores – abscessos, necrose de pele devem ser seguidas e tratadas adequadamente. A persistência de dor e sinais inflamatórios ou infecciosos pode ser devida à permanência de fragmentos de ferrão no local da lesão; pode ser útil radiografar a região anatômica da lesão para fazer esse diagnóstico. PREVENÇÃO Prestar atenção onde pisa, ao caminhar nas praias ou entrar na água; mesmo peixes mortos na areia, ou ferrões destacados, podem causar acidentes. pescadores profissionais e amadores devem tomar muito cuidado ao manipular os peixes, retirar de anzóis, redes ou outros petrechos de pesca, recomendando-se o uso de luvas grossas. ORIENTAÇÕES PARA VIGILÂNCIA EM SAÚDE A vigilância da ocorrência de acidentes com peixes com ferrão enquadra-se no Programa de Vigilância de Acidentes com Animais Peçonhentos, que de acordo com a Portaria GM-MS 104/2011, devem ser compulsoriamente notificados. Os casos devem ser notificados no SINAN – Acidentes com Animais Peçonhentos. Campo 45= 6 – outros. Escrever peixe. Utilizar o campo Informações complementares e observações para registrar o nome do peixe envolvido no acidente, de acordo com o que for informado pelo paciente ou verificado pela equipe de assistência ou investigação epidemiológica. Os animais poderão ser encaminhados pelas Vigilâncias em Saúde dos Municípios, após registro no SINAP - Sistema de Notificação de Animais Peçonhentos - às Superintendência de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Ambiental em Saúde Rua Piquiri, 170 – Rebouças – 80.230-140 – Curitiba – Paraná – Brasil; Fones/Fax: (41) 3330-4491 Fax: 3330-4484 Regionais de Saúde, conforme protocolos próprios, para identificação na DVVZI. Também poderão ser encaminhadas fotografias desses animais através do SINAP para a mesma finalidade. Também poderá ser utilizado o email [email protected] para solicitação de orientações ou envio de fotos de lesões de pacientes. ACIDENTES COM OUTROS PEIXES São frequentes também os acidentes por mordidas de peixes, nesse caso considerados traumatogênicos, e não peçonhentos, como os acidentes com piranhas e traíras. Seus dentes cortantes podem produzir lacerações importantes, com sangramentos de intensidade variável. O tratamento consiste basicamente em lavagem intensiva, cuidados com a ferida, antibioticoterapia, se necessária, e profilaxia do tétano. Até o presente momento não existe necessidade de notificação dos acidentes com peixes traumatogênicos, mas se recomenda que seja realizada vigilância desses acidentes para se conhecer melhor sua magnitude e importância para a saúde pública em cada município ou região. DÚVIDAS: CENTRO DE CONTROLE DE ENVENENAMENTOS – 0800 410148 [email protected] [email protected] REFERÊNCIAS Garrone Neto, Cordeiro, R.C., Haddad Júnior, V. Acidentes do trabalho em pescadores artesanais da região do Médio Rio Araguaia, Tocantins. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(3):795-803, mai-jun, 2005 Garrone Neto, D. e cols. História natural e conservação de raias na região do alto Rio Paraná. Folder. GERAD – Grupo de Estudos de Raias de Água Doce; The Nature Conservancy; Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental; Itaipu Binacional; Universidade Federal do Mato Grosso do Sul; Uiversidade Estadual Paulista. Botucatu. Superintendência de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Ambiental em Saúde Rua Piquiri, 170 – Rebouças – 80.230-140 – Curitiba – Paraná – Brasil; Fones/Fax: (41) 3330-4491 Fax: 3330-4484 Garrone Neto, D. e Haddad Júnior, V. Arraias em rios da região Sudeste do Brasil: locais de ocorrência e impactos sobre a população. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 43(1):82-88, jan-fev, 2010. Haddad Júnior, V., Alves de Souza, R., Auerbach, P.S. Marine Catfish Sting Causing Fatal Heart Perforation in a Fisherman. Wilderness and Environmental Medicine, 19, 114 118 (2008) Haddad Júnior, V. e cols. Identificação e tratamento de acidentados por animais aquáticos – Rios Paraná e Paranapanema. Folder. Faculdade de Medicina – Uiversidade Estadual Paulista. Botucatu. Haddad Júnior, V., Lastória, J.C. Acidentes por mandijubas (mandis-amarelos): aspectos clínicos e terapêutico. Manuscrito. Departamento de Dermatologia, Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 2005. Haddad Júnior, V., Lastória, J.C. Envenenamento causado por um peixe-escorpião (Scorpaena plumieri Bloch, 1789) em um pescador: descrição de um caso e revisão sobre o tema. Diagnóstico e Tratamento: 9(1):16-18, jan.-mar. 2004. Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos. 2ª Edição. Brasília Fundação Nacional de Saúde, 2001. Pardal, P.P.O. Ictismo por arraia. In Animais Peçonhentos no Brasil: Biologia, Clínica e Terapêutica dos acidentes. Cardoso, J.L.C. et al. São Paulo: Sarvier, 2010. Szpilman, M. Seres Marinhos Perigosos. Rio de Janeiro: Instituto Ecológico Aqualung. 2001. Superintendência de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Ambiental em Saúde Rua Piquiri, 170 – Rebouças – 80.230-140 – Curitiba – Paraná – Brasil; Fones/Fax: (41) 3330-4491 Fax: 3330-4484