Actualização da Segurança Alimentar em MOÇAMBIQUE
•
O ciclone Jokwe atingiu o Distrito de Mongicual na costa da
Província de Nampula no dia 8 de Março de 2008, afectando o
sudeste e nordeste das províncias de Nampula e Zambézia,
causando destruição massiva em habitações, infra‐estruturas,
culturas e pelo menos nove pessoas morreram.
•
Devido ao Ciclone Jokwe, cerca de 200 mil pessoas nas províncias
afectadas tiveram as suas casas, culturas, ou meios de vida
danificados ou destruídos. As famílias nas zonas afectadas pelo
ciclone poderão enfrentar carências alimentares agudas.
•
O comportamento da campanha agrícola no sul de Moçambique
é variado. As culturas semeadas em Outubro tiveram um bom
desempenho e as semeadas em Novembro sobreviveram,
embora com rendimentos baixos, enquanto que as semeadas em
Dezembro/Janeiro foram severamente afectadas pela estiagem e
temperaturas altas de Janeiro/Fevereiro. e
•
No restante do país, se prevê que a produção agrícola no geral
estará proxima à ligeiramnte acima da média. O Ministério da
Agricultura está a planificar uma avaliação da campanha
agrícola, para estimar quantitativamente a produção do presente
ano.
•
A disponibilidade das culturas colhidas em Fevereiro está a
resultar na redução dos preços; tendência que se espera que
continue de Março em diante.
Março de 2008
Figura 1. Condições actuais estimadas de
segurança alimentar, primeiro trimestre (JaneiroMarço de 2008)
Fonte: FEWS NET
Calendário Sazonal e eventos críticos
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FEWS NET é uma actividade financiada pela USAID. Os pontos de vista dos
autores expressas nesta publicação não reflectem necessariamente os pontos de
vista da Agência dos Estados Unidos para Desenvolvimento Internacional ou do
Governo dos Estados Unidos.
www.fews.net/mozambique
MOÇAMBIQUE: Actualização da segurança alimentar
Sumário da segurança alimentar
Março de 2008
Figura 2. Zonas afectadas pelos desastres
Em todo o país, a maioria das famílias tem a
segurança alimentar garantida, excepto nas
zonas que foram afectadas pelas recentes
condições climáticas adversas (secas do ano
passado e cheias). As condições de segurança
alimentar têm estado a melhorar devido à
disponibilidade razoável de alimentos,
incluindo novas colheitas e disponibilidade no
mercado aliado ao favorável acesso aos
alimentos através destes.
Nos locais afectados pelas cheias, as condições
de
segurança
alimentar
estão
temporariamente comprometidas, uma vez
que as famílias perderam as suas posses,
incluindo a perda de áreas plantadas. Estão em
curso intervenções humanitárias em alimentos,
água, saúde, e abrigo. As precárias condições
alimentares nestas zonas poderão melhorar
durante os próximos três a quatro meses. À
medida que as águas vazam, as pessoas
poderão fazer ressementeiras aproveitando a
humidade residual no solo. Desde o início das
intervenções de emergência no centro de
Moçambique em Janeiro, o PMA e parceiros de
cooperação já distribuíram ajuda alimentar
para cerca de 260 mil pessoas nos distritos
afectados pelas cheias: a assistência á estas
famílias continuará até Maio. Em Março, o
PMA, INGC, e parceiros deixam de efectuar
uma distribuição geral de assistência alimentar
passando a implementar projectos de comida
pela reconstrução em todos os centros de
reassentamento.
Fonte: FEWS NET
O ciclone Jokwe também teve impacto na segurança alimentar em zonas localizadas, e apoio imediato é necessário. As
famílias nas zonas afectadas pelo ciclone poderão enfrentar carências alimentares agudas durante o próximo mês como
resultado da destruição de culturas alimentares, reservas e ruptura temporária dos mercados. A maioria das famílias
perdeu bens incluindo reservas alimentares, culturas que estavam próximas da maturação, e árvores de fruta que
normalmente contribuem na diversificação da dieta e rendimentos. As famílias têm tentado salvar algo das culturas e
árvores destruídas, mas estas fontes alimentares temporárias esgotar‐se‐ão em breve e as famílias dependerão da ajuda
externa.
Nos distritos costeiros de Nampula e Zambézia, o PMA redirecionará alguns recursos doutros programas para assistir as
famílias. Os resultados de avaliações indicam que há necessidade de assistência alimentar para cerca de 60 mil pessoas. A
assistência focalizar‐se‐á nos distritos costeiros mais atingidos de Angoche (30 mil pessoas afectadas), Mongicual (20 mil
pessoas afectadas), e Mossuril (10 mil pessoas afectadas). As necessidades alimentares e não alimentares de médio prazo
serão avaliadas em Abril pelo Grupo de Avaliação da Vulnerabilidade (GAV), coordenada pelo Secretariado Técnico da
Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN).
Rede de Sistemas de Aviso Prévio contra Fome
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MOÇAMBIQUE: Actualização da segurança alimentar
Março de 2008
Ciclone Jokwe atinge Moçambique
O ciclone Jokwe atingiu a costa do Distrito de Mongicual na
costa da Província de Nampula no dia 8 de Março de 2008.
O ciclone seguiu a direcção sudoeste, afectando o sudeste e
nordeste das províncias de Nampula e Zambézia antes de
entrar novamente no Canal de Moçambique onde seguiu a
direcção sul e sudeste (Figura 3). Quando atingiu a
superfície, Jokwe era uma depressão tropical de categoria
4— um ciclone de categoria 4 é caracterizado por ventos
máximos de 166 a 212 km/hora e rajadas de 234 a 299
km/h; os ciclones Fávio em 2007 e Eline em 2000 eram
ambos de intensidade da categoria 4.
Figura 3. Trajectória do Ciclone Jokwe e os distritos
severamente/moderadamente afectados
Os distritos de Angoche e Mongicual e parte sul do distrito
de Mossuril sentiram o impacto máximo do ciclone, que
derrubou edifícios, árvores, e matou pessoas. O ciclone
enfraqueceu à medida que passava o interior, tornando se
posteriormente num ciclone de categoria 2 já em Moma
(Província de Nampula) e Pebane (Província da Zambézia).
Outros distritos, nomeadamente Mogovolas, Meconta, Ilha
de Moçambique, Monapo e Nacala— todos na Província de
Nampula— foram também afectados por chuvas intensas e
ventos que variavam de 60 km/h a 150 Km/h.
Missões multi‐sectorial levaram a cabo avaliações para uma
compreensão profunda dos danos causados pelo ciclone.
Resultados preliminares até 27 de Março incluem:
•
Perdas humanas e ferimentos: Até o momento, pelo
menos catorze pessoas morreram, maioritariamente
devido ä electrocussão e queda de edifícios e árvores.
Ocorreram Inúmeros ferimentos devido a queda de
estilhaços.
Fonte: FEWS NET
•
Número de pessoas afectadas: nas províncias de Nampula e Zambézia, mais de 200 mil pessoas tiveram suas casas,
culturas ou meios de vida destruídos. A seguir o impacto nas pessoas por distrito: Mogincual (44,226), Angoche
(119,520), Mossuril (8,405), Ilha de Moçambique (2,210), Moma (13,970), Mogovolas (9,750), Nacala Porto (1,210) and
Monapo (1,530). Houveram também cerca de 20,910 pessoas afectadas em Pebane.
•
Habitação: 26,971 casas feitas de barro e caniço foram totalmente destruídas em, incluindo 3,507 em Mogincual,
19,480 em Angoche, 2,794 em Moma, 401 em Mossuril, 306 em Monapo, 248 em Mogovolas, 172 em Nacala Porto, e
63 em Pebane, desalojando milhares de pessoas. Algumas estruturas de betão foram danificadas,, paredes na direcção
dos ventos e tectos da maioria das estruturas de bloco e betão foram derrubados, especialmente nos distritos de
Mongicual e Angoche. No total, mais de 13 mil casas foram parcialmente destruídas nas duas províncias. Por outro
lado, 442 casas foram parcialmente destruídas em Ilha de Moçambique.
•
Infra‐estruturas públicas: Os tectos de edifícios públicos tais como escolas, hospitais, e instituições governamentais
foram derrubados. Muitos estabelecimentos comerciais foram total ou parcialmente destruídos, e muitos estão sem
tecto, expondo os produtos e mercadoria à chuva. As infra‐estruturas públicas total ou parcialmente destruídas
incluem 940 salas de aula, 4 estradas (agora parcialmente reparadas), 261 postes de energia, 2 prisões, 43 Centros de
Saúde, 60 mesquitas, e 24 igrejas.
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MOÇAMBIQUE: Actualização da segurança alimentar
Março de 2008
•
Culturas e árvores de fruta: O ciclone destruiu 68.522 hectares de culturas incluindo 14.296 hectares de milho, 39,260
de mandioca, 9,205 de feijões, 1,874 de arroz, 5,795 de amendoim, e centenas de hectares de mapira, batata‐doce, e
gergelim. O ciclone também destruiu mais de 1,500,000 arvores de frutas incluindo 1,479,816 cajueiros, 5,160
mangueiras e 2,036 coqueiros. Estas perdas foram significativas nos distritos de Mogincual e Angoche.
•
Comunicações e vias de acesso: Atenas da telefonia móvel, rádio e TV foram total ou parcialmente danificadas. Vias de
acesso foram bloqueadas por árvores e postes, mas a limpeza iniciou imediatamente após o ciclone. O transporte é
agora possível, embora continua difícil em algumas zonas.
De acordo com o relatório recentemente publicado pela Equipa da Assistência Humanitária das Nações Unidas, o Instituto
Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), Agências da ONU, e parceiros estão neste momento a levar a cabo avaliações
rápidas das necessidades e a prestar assistência humanitária às populações afectadas pelo ciclone. Ainda não se sabe até
quando a assistência alimentar será necessária. Assistência urgente é igualmente necessária em termos de abastecimento
de água e abrigo. Uma avaliação mais detalhada é necessária para determinar necessidades mais específicas de médio a
longo prazo e os esforços de reconstrução necessários para diferentes grupos de formas de vida.
Existe também uma necessidade urgente de distribuição de sementes para a segunda época, onde ha condições favoráveis
(ex: terras baixas com humidade suficiente). Contudo, em muitos locais as famílias tem usado os seus recursos para a
reconstrução das suas casas ou compra de alimentos, e poderão não ter recursos suficientes para as ressementeiras sem
assistência.
As áreas prioritárias que necessitam de apoio para a recuperação dos danos do ciclone são:
• Provisão de abrigo e alimentos para a população afectada
• Reconstrução imediata de hospitais, sistemas de abastecimento de água e energia, e fornecimento de geradores de
corrente eléctrica
• Fornecimento de materiais de construção e apoio logístico para a reconstrução
• Fornecimento de sementes para as sementeiras da segunda época.
Cheias nas bacias do centro a reduzir
Precipitação forte e fora do normal no centro de Moçambique e afluentes que desaguam na Bacia do Rio Zambeze e os rios
Save, Búzi, Licungo, e Pungué desde Dezembro causou cheias severas. No dia 11 de Março de 2008, o INGC declarou o fim
do Alerta Vermelho para as bacias hidrográficas na região centro, que incluem os rios Buzi, Pungué, Save, Licungo, e
Zambeze. O Alerta Vermelho tinha sido declarado no dia 3 de Janeiro de 2008.
As águas das cheias estão a baixar ao longo dos rios Zambezi, Buzi, Pungué, e Save. No geral, os níveis da água em todos os
rios das regiões centro e norte têm estado a baixar, com todas as estações hidrométricas actualmente abaixo dos níveis de
alerta. A Barragem de Cahora Bassa está a descarregar as águas a um nível baixo (abaixo de 2.000 metros cúbicos por
segundo), fluxos necessários para a geração de energia. Apesar disso, a época chuvosa continua até Abril, embora as
autoridades tenham advertido as pessoas que vivem próximos dos rios para permanecerem em estado de alerta, o risco de
novas cheias é baixo.
Avaliações rápidas da campanha agrícola 2007/08 nos distritos de Gaza e Maputo
Entre 10 e 14 de Março de 2008, a FEWS NET, em coordenação com o Ministério da Agricultura (MINAG), INGC, e o
Programa Mundial para Alimentação (PMA), realizaram uma avaliação rápida para avaliar o impacto da estiagem nas
culturas da 1ª época da campanha 2007/08 e a situação geral da segurança alimentar em distritos seleccionados da região
sul. A equipa de avaliação visitou Manjakaze, Chibuto, Guijá, Mabalane, Chokwé, e Massingir na Província de Gaza e
Magude na Província de Maputo. A maioria das condições observadas nos distritos visitados são similares em toda a região
sul e por isso as constatações podem ser consideradas válidas para a maior parte da região sul (excepto grande parte da
costa da Província de Inhambane onde a situação é melhor).
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MOÇAMBIQUE: Actualização da segurança alimentar
Março de 2008
Chuvas fracas começaram em Outubro seguidas de chuvas significativas nos princípios e finais de Novembro e Dezembro. O
princípio de Janeiro também foi caracterizado por chuvas moderadas a intensas mas uma estiagem prolongada começou no
meados de Janeiro (vide Figura 3). Plantio massivo de milho ocorreu em Novembro mas a cultura foi moderadamente
afectada por estiagens durante a fase mais crítica do seu desenvolvimento que resultou num abaixamento dos
rendimentos. As culturas semeadas em Outubro tiveram um bom desempenho e as reservas alimentares para a maioria das
famílias pode durar até quatro meses. As culturas semeadas incluem milho, arroz, feijões, amendoim, mandioca e batata‐
doce. Recomenda‐se um fornecimento imediato de sementes, especialmente para hortícolas. Os feijões e amendoim não
cresceram adequadamente e uma pequena percentagem das famílias que semearam em Dezembro e que sofreram perdas
das culturas não terão reservas suficientes de alimentos para cobrir mais de dois meses. A segunda época é grandemente
praticada na região.
No geral, a precipitação e campanha agrícola de 2007/08 Figura 4. Estimativas de precipitação a partir da imagem
satélite para o distrito de Manjakaze
teve um começo promissor em todos os distritos visitados
nas duas províncias do sul. Contudo, as chuvas cujo nível
esteve acima do normal com inundações localizadas no
início da campanha no sul de Moçambique deram lugar a
uma precipitação abaixo do normal na segunda metade da
época. No geral, algumas chuvas começaram em Outubro
seguidas por chuvas acima do normal em Novembro e
Dezembro até princípios de Janeiro. A maioria das famílias
semeou
em
Outubro/Novembro
e,
embora
moderadamente afectadas pela estiagem em meados de
Janeiro, as culturas semeadas em Novembro tiveram
sucesso não obstante os baixos níveis de rendimento
verificados. As culturas semeadas em Outubro tiveram um
desempenho exceptiocionalmente bom. Por outro lado, as
Fonte: FEWS NET
culturas semeadas em Dezembro/Janeiro foram
severamente afectadas pela estiagem e altas temperaturas. Inundações localizadas em Novembro e Dezembro danificaram
algumas culturas mas no geral, o impacto dessas inundações foi insignificante. Estimativas das autoridades agrícolas
combinadas com constatações e entrevistas no terreno, indicam que perto de 40 porcento da área semeada teve
rendimentos reduzidos. No geral, a campanha agrícola 2007/08 foi muito melhor do que a do ano anterior, que foi um ano
mau.
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MOÇAMBIQUE: Actualização da segurança alimentar
Março de 2008
Figura 5. Perspectiva distrital na área de avaliação
Fonte: FEWS NET
No geral, a maioria das famílias encontram‐se numa situação boa de segurança alimentar. Muitas famílias possuem
reservas alimentares proveniente das colheitas em curso, embora os rendimentos das culturas obtidos são inferiores
quando comparado com um ano normal. A maioria destas famílias possuem reservas alimentares suficientes para durar até
Julho de 2008, dois meses a menos do normal. Estimativas provenientes das observações feitas no terreno, indicam que
cerca de 60 porcento das famílias possuem reservas alimentares capazes de durar até Julho de 2008. Destas famílias, até 20
porcento possuem reservas alimentares que podem durar toda a época até a próxima colheita da 1ª época em Março de
2009. Os restantes 40 porcento das famílias possuem reservas alimentares que poderão durar entre dois a três meses.
Espera‐se que as famílias comecem a aplicar estratégias normais de sobrevivência (ex:, venda de produtos naturais tais
como capim, estacas, lenha, carvão, e animais domésticos, trabalho informal, caça) logo que esgotarem as suas reservas.
A disponibilidade de sementes foi o principal factor que impediu as famílias de semear massivamante em Outubro, o que
poderia ter permitido uma melhor produção. Algumas famílias só plantaram áreas pequenas em Outubro e guardaram as
sementes para plantio massivo nos finais de Novembro e Dezembro uma vez que acreditaram que Outubro era ainda cedo
para chuvas consistentes. Contudo, a maioria das famílias disseram à equipa de avaliação que poderiam ter plantado mais
em Outubro se tivessem tido sementes suficientes para guardar alguns para o plantio em Dezembro. As autoridades
agrícolas distritais confirmaram que não foram realizadas quaisquer feiras de insumos nesta época.
O fracasso e/ou rendimentos baixos durante a principal época na região sul podem ser mitigados pela produção da segunda
época. Contudo, o desempenho da segunda época dependerá da disponibilidade da humidade normalmente
proporcionado pelas últimas chuvas e baixas temperaturas em Março/Abril. Até agora, chuvas dispersas têm se registado
nas regiões sul e centro.
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MOÇAMBIQUE: Actualização da segurança alimentar
Março de 2008
Embora ainda acima da média, os preços do milho estão a baixar
Os preços dos alimentos de base têm estado a baixar acentuadamente desde meados de Fevereiro quando os mercados
começaram a ser abastecidos pelos alimentos recentemente colhidos. Os preços do mercado são acessíveis para maioria
das famílias mas ainda estão ligeiramente acima da média de cinco anos (2002‐2006). No mercado de Chókwe, um dos
mercados mais dinâmicos e representativos no sul, uma lata de milho de 22kg esta a ser vendido a 140MT
(aproximadamente 6,36MT/kg) enquanto que em Dezembro a mesma lata era vendida a 200MT (9,09MT/kg). A maioria do
milho vendido naquele mercado é proveniente da produção local e distritos vizinhos tais como Guijá, mas os comerciantes
disseram à equipa da avaliação que devido ao rendimento agrícola reduzido este ano na região, dentro de um mês ou
menos esperam receber grandes quantidades de produtos da região centro, precisamente de Chimoio, o principal centro
de concentração na região centro.
Geralmente, os preços do milho têm estado a baixar excepto na região centro onde até Fevereiro os preços continuam a
subir segundo está ilustrado no mercado da Beira na Figura 6. No norte (Província de Nampula), os preços de milho
começaram a baixar a partir de Novembro de 2007 e até agora continuam acima da média de cinco anos. No sul (Chókwe),
uma subida acentuada ocorreu em Janeiro em antecipação aos rendimentos agrícolas reduzidos que já eram visíveis no
terreno. A redução das colheitas, previamente acima do normal, foi devido às cheias em Dezembro em algumas áreas
semeadas das regiões sul e centro e também devido à paragem brusca das chuvas em meados de Janeiro seguida por mais
duas décadas de estiagens. Contudo, a disponibilidade das primeiras colheitas por volta de Fevereiro provocaram a baixa de
preços e se esperam reduções adicionais de preços durante o mês de Março.
De acordo com o último boletim do SIMA, durante as últimas semanas, os preços na Beira começaram a baixar. Em finais de
Fevereiro, os preços situaram se numa média de 8,00MT/kg mas em meados de Março os preços de milho se situaram nos
7,50MT/kg. Irregularidade no fluxo do milho das áreas produtivas às zonas de consumo são dadas como as principais causas
da lenta redução de preços.
Figura 6. Preços reais de milho a retalho nos mercados de referência, em meticais por kg
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2007‐08
Média (2003‐2007)
10
8
6
4
2
Na mpul a
Bei ra
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Chokwe
Fonte de dados: SIMA
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