06 INTERNACIONAL www.jhoje.com.br Cascavel, 06 de setembro de 2013 ECONOMIA INCERTEZAS AOS EMERGENTES VIRAM FOCO DO DEBATE VIAGEM CANCELADA Reunião no G20 é ‘teste’ para cooperação dos Brics Equipe responsável por preparar visita aos EUA não viaja mais e o principal foco de preocupação das últimas cúpulas do G20 foi a crise na Europa e Estados Unidos, no encontro que começa nesta quinta-feira em São Petersburgo as incertezas sobre os países emergentes também devem estar sob os holofotes. Daí a impor tância atribuída por analistas à reunião paralela que líderes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — grupo conhecido como Brics — devem realizar S durante esta cúpula. “O desaquecimento dos emergentes abriu um questionamento sobre se faz sentido a cooperação entre países tão diferentes que só passaram a ser considerados um grupo por terem grandes economias que cresciam em ritmo acelerado”, diz Oliver Stuenkel, professor da Fundação Getúlio Vargas. “Para combater tal ceticismo, seria importante que os líderes desses países mostrassem capacidade de coor- denação e reafirmassem seu empenho em avançar em projetos como a criação de um banco de desenvolvimento dos Brics e de um fundo de reservas emergenciais.” A presidente brasileira, Dilma Rousseff, será acompanhada do ministro da Fazenda, Guido Mantega, na reunião com chefes de Estado e governo dos Brics. O objetivo é, justamente, alinhar posições para o diálogo com os outros países do G20 e acelerar as negociações sobre o banco dos Brics e o fundo de reservas. O primeiro financiaria projetos conjuntos na área de desenvolvimento, infraestrutura e trocas comerciais. No encontro do grupo em Durban, em março, os cinco países concordaram em garantir US$ 50 bilhões para seu capital inicial, mas ainda falta definir como será a estrutura do banco, de que forma ele irá atuar e como esse capital será aportado. O fundo emergencial, por sua vez, funcionaria como um FMI dos emergentes, socorrendo países com problemas de liquidez financeira e teria US$ 100 bilhões de capital inicial. BBC BRASIL Chefes de Estado e governo dos Brics durante a cúpula de Durban NO CHILE Gelo ‘que banhou dinossauros’ é iguaria O gelo milenar é mais transparente que o normal, porque não possui muitas bolhas de ar em seu interior, o que lhe garante uma textura mais lisa. No Chile, dizem que alguns bares chegam a cobrar o dobro por um drinque com o gelo milenar. Na Antártica, os militares “pescam” os blocos de gelo com grandes gruas - guindastes - que estão acopladas aos navios da Marinha. O gelo então é apreciado em momentos de lazer, quando os marinheiros estão de folga, para brin- dar com amigos e a família quando estão em terra firme. Os turistas também consomem o gelo milenar em passeios turísticos, encantados com a possibilidade de tomar a água congelada com a qual os dinossauros se banharam. Os adeptos da iguaria recomendam tratar o gelo com delicadeza, utilizando uma lâmina fina bem afiada para cortar o gelo bem devagar. O objetivo seria retirar blocos regulares de gelo, não muito pequenos, que derretem mais devagar num copo com bebida. A presidenta Dilma Rousseff cancelou o envio – a Washington (Estados Unidos) – da equipe formada por funcionários da Presidência da República, responsável por preparar a primeira visita com honras de Estado. Os brasileiros viajariam amanhã. A equipe, formada por seguranças, diplomatas e funcionários do cerimonial deveria ficar em Washington por cinco dias, preparar a agenda de compromissos e verificar as instalações. Eles são responsáveis pela organização da logística da viagem, como hospedagem, transporte, rotas seguras que devem ser percorridas pela presidenta da República. Viagens de Dilma ao exterior e internas no Brasil todas são antecedidas por uma equipe precursora. No último dia 2, Dilma sinalizou a possibilidade de adiar ou até mesmo cancelar a visita, marcada para 23 de outubro. Em meio às denúncias de espionagem, envolvendo dados pessoais dela e de assessores, a presidenta avalia a situação. Mas, oficialmente, o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, evitou comentar o tema. Antes da visita de Dilma aos Estados Unidos, ela deve participar, em Nova York, no próximo dia 24, da Assembleia Geral das Nações Unidos, como convidada, sem caráter de chefe de Estado. O último brasileiro recebido com honras de chefe de Estado nos Estados Unidos foi o então presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1995. A honraria é concedida pelos norte-americanos a raras autoridades, pois envolve uma série de situações relacionadas ao cerimonial.