LIVRO 2 | FÍSICA 1 Resoluções das Atividades Sumário Aula 6 – Dilatação térmica – Aprofundamento ................................................. 1 Aula 9 – Calorimetria – Aprofundamento ......................................................... 6 Aula 7 – Calorimetria e mudanças de fase – Calor sensível e calor latente ..... 2 Aula 10 – Estados físicos da matéria................................................................. 7 Aula 8 – Calorimetria – Lei geral das trocas de calor ....................................... 4 Aula 6 Dilatação térmica – Aprofundamento Atividades para Sala 01 E Da expressão da dilatação linear, temos: ∆L = Lo · α · ∆T ⇒ 2,24 – 2,00 = 2,00 · α · (220 – 20) ⇒ α = 6 · 10–4 oC–1 (F) Do estudo da dilatação, sabemos que: L = Lo · (1 + α · ∆θ). Assim sendo, teremos: LB – LA = Lo · (1 + αB· ∆θ) – Lo · (1 + αA · ∆θ) ⇒ = Lo · (αB – αA) · (θ – θo) (F) Pela igura, ao ter sido aquecida, a lâmina se curvou para o lado esquerdo (lado de A), em virtude de a lâmina B ter se dilatado mais que a A. Logo, αB > αA. (F) Quando é atingida a temperatura θo, a lâmina volta a entrar em contato com o terminal elétrico, religando o circuito, já que nessa temperatura a lâmina volta para sua coniguração original. 02 A Com as garrafas fechadas, podemos entender que as massas das substâncias permanecem constantes. Nessas condições, a densidade e o volume são inversamente proporcionais. O gráico mostra que a densidade da substância na garrafa A diminui quando sua temperatura diminui de 4 ºC a 0 ºC. Portanto, com o aumento do volume, essa garrafa irá quebrar. O outro gráico mostra o contrário sobre o comportamento da substância na garrafa B. Logo, a garrafa B não quebra. 03 A Como o tanque não se dilatou e já estava cheio (no início), concluímos que o volume extravasado será a própria variação de volume da gasolina, ou seja: ∆V = V0 · g · ∆T ⇒ ∆V = V0 · 1,1 · 10–3 · (30 – 10) ⇒ ∆V = 0,022 · V0 Como para encher o tanque (V0), João gastou 33 reais, conclui-se que o prejuízo P foi de: P = 0,022 · 33 = R$ 0,73 04 A (V) Quando uma corrente elétrica passa pela lâmina, ocorre efeito Joule. Com a dissipação de calor que ocorre por esse efeito, a lâmina começa a se aquecer. (F) Em uma lâmina bimetálica, quando há aquecimento, a lâmina se curva para o lado da lâmina que tiver menor coeiciente de dilatação linear. Quando a lâmina é resfriada, ela se curva para o lado que tiver maior coeiciente de dilatação linear, no caso, para a direita (lado de B). Atividades Propostas 01 B Nesse caso, houve uma contração térmica. A diminuição do volume da gasolina pode ser calculada pela seguinte expressão: ∆V = Vo · g · ∆T ⇒ ∆V = 4.000 · 1 · 10–3 · (15 – 35) ⇒ ∆V = –80 litros (o sinal apenas indica diminuição do volume). 02 E Como ambos os quadrados são feitos de cobre, apresentam as mesmas dimensões e são submetidos à mesma variação de temperatura, teremos o mesmo aumento de área para os dois. Logo, suas áreas inais serão iguais entre si. 03 C Já que tanto o parafuso quanto a porca serão aquecidos, ambos se dilatarão. Para que a porca consiga ser facilmente desatarraxada, é necessário que seu coeiciente seja alto (como o do chumbo, por exemplo) e o do parafuso seja baixo (como o da platina, por exemplo). 04 E Cada barra irá de forma independente se dilatando, de modo que o comprimento inal será dado por: Pré-Universitário | 1 Lf = LFe + LAl = LO · (1 + αFe · ∆θ) + LO · (1 + αA · ∆θ) ⇒ Lf = 1 · [1 + 12 · 10–6 · (320 – 20)] + 1 · [1 + 22 · 10–6 · (320 – 20)] ⇒ Lf = 2,0102 m 05 D ∆L = L0 · α · ∆θ Como: L0 = 10 m = 10.000 mm Temos: ∆L = 10.000 · 1,1 · 10–5 · (50 – 10) ⇒ ∆L = 4,4 mm Volume específico (cm3 /g) LIVRO 2 | FÍSICA 1 1,00020 1,00010 1,00000 0 2 4 6 Temperatura ( oC) 8 10 Portanto, se interpretarmos o gráico, o volume, a 4 ºC, estima-se em 1,00002 cm3, e, a 0 ºC, estima-se em 1,00015 cm3. ∆v= 0,00013 cm3, aumenta ou diminui em menos de 0,04% dependendo da ocorrência de aquecimento ou resfriamento. 06 C A substância termométrica precisa ter um comportamento linear em relação às variações de temperatura. O mercúrio, por exemplo, tem seu volume aumentado quando a temperatura cresce de 1 ºC a 40 ºC. A água tem comportamento anômalo – nesse caso – de 1 ºC a 4 ºC, contraindo-se ao invés de dilatar-se. 07 B a) (F) A base e os lados não podem dilatar igualmente, pois, apesar de feitos de mesmo material, têm comprimentos diferentes. b) (V) Sendo L = L0 · (1 + α · ∆t), vemos que, apesar de a base e os lados não dilatarem na mesma quantidade, dilatam na mesma proporção (1 + α · ∆t). Isso signiica que o triângulo dilatado é proporcional ao original (semelhante). c) (F) Após a dilatação, a área aumentará certamente. d) (F) Mesmo com a variação das medidas dos seus lados e de sua base, o triângulo retângulo permanece com seus ângulos constantes. 08 C Como a dilatação térmica da garrafa está sendo desconsiderada, só será necessário analisar a dilatação do líquido. Assim sendo, teremos: ∆V = VO · g · ∆θ ⇒ 3% · VO = VO · 6 · 10–4 · ∆θ ⇒ ∆θ = 50 ºC Aula 7 Calorimetria e mudanças de fase – Calor sensível e calor latente Atividades para Sala 01 C ∆Q = 0,6 · m · c · ∆θ = 0,6 · 500 · 1 · 20 = 6.000 cal 02 C O calor especíico está relacionado com a energia absorvida por um grama da substância para variar 1 °C; portanto, material de baixo calor especíico absorve mais rapidamente energia, aquecendo também mais rapidamente. A capacidade térmica relaciona-se com a razão entre o calor e a variação de temperatura, por isso, material de alta capacidade térmica possui baixa variação de temperatura (com o mesmo calor incidente). 03 C Dados: L = 2,25 · 103 J/g; P = 300 W; ∆t = 10 min = 600 s; A quantidade de calor liberada pelo fogão é: Q = P · ∆t = m · L ⇒ m = P ⋅ ∆t 300 ⋅ 600 ⇒ M = 80 g = L 2, 25 ⋅ 10 3 04 C 09 B Se o coeiciente de dilatação do alumínio é maior que o do ferro, então, em um aquecimento, o alumínio dilata mais. Assim, podemos airmar que, nas situações ilustradas, o disco de ferro se solta do anel de alumínio (afrouxamento), mas o disco de alumínio não se solta do anel de ferro, pelo contrário, icam ainda mais presos. 10 C De acordo com o gráico B, entre 0 ºC e 4 ºC, a água sofre uma anomalia devido às suas ligações intermoleculares (tipo pontes de “H”). A maior parte dos líquidos diminui de volume ao diminuir a temperatura; em relação à água, o volume aumenta (abaixo de 4 ºC). 2 | Pré-Universitário Dados: θO = 20 ºC; θ = 40 ºC; Z = 10 L/min; ρ = 1 kg/L; 1 cal = 4,2 J; c = 1 cal/g · ºC ⇒ c = 4,2 J/g · ºC. A massa de água que passa pelo chuveiro a cada minuto é igual a: m ρ = ⇒ m = ρ V = 1(10 ) ⇒ m = 10 kg = 10.000 g V A quantidade de calor absorvida por essa massa de água vale: Q = m c (θ − θO ) = 10.000 (4, 2) (40 − 20 ) ⇒ 840.000 J Como essa quantidade de calor é trocada a cada minuto (60 s), vem: P= Q 840.000 = ⇒ P = 14.000 W ⇒ P = 14 kW ∆t 60 LIVRO 2 | FÍSICA 1 Atividades Propostas 01 A Calculemos, inicialmente, a quantidade de energia utilizada na evaporação do suor do cozinheiro: Q = m · L ⇒ Q = 2.000 · 320 = 6,4 · 105 J Logo, se essa energia fosse fornecida a uma lâmpada de 100 W, ela ficaria acesa por: Q 10 5 P= ⇒ 100 = 6,4 · ⇒ ∆t = 6.400 s ≅ 1,8 h (pouco ∆t ∆t menos de 2 horas 2o – Se o calor especíico indica quanto calor uma certa massa de substância precisa receber para variar em um grau sua temperatura, então podemos airmar que a água precisa de duas vezes mais energia que a mesma massa de gelo para variar sua temperatura, visto que seu calor especíico é o dobro do calor especíico do gelo (“Sabe-se que o calor especíico do gelo vale aproximadamente metade do calor especíico da água”). 06 E Dados: d = 0,9 kg/L; c = 0,5 cal/g · °C; V = 4 L; ∆t = 12 min; η = 80% = 0,8; ∆T = (200 – 20) = 180 °C Da expressão da densidade: d= 02 C Dados: P=100 W; m = 60 kg; c = 4,2 · 103 J/kg · ºC; ∆θ = 5 ºC. m ⇒ m = d · V = 0,9 · (4) = 3,6 kg = 3.600 g V Da expressão de potência: Da expressão do calor sensível: Q = m · c · ∆T ⇒ Q = 3.600 · (0,5) · (180) = 324.000 cal Q m⋅ c ⋅ ∆θ 60 ⋅ 4, 2 ⋅ 10 3 ⋅ 5 Q ⇒ ∆t = = = = 12.600 s ⇒ 100 ∆t P P 12.600 ∆t = h ⇒ ∆t = 3, 5 h 3.600 O luxo de energia útil é: Q 324.000 φU = = = 27.000 cal/min = 1.620.000 cal/h = ∆t 12 =1.620 kcal/h P= 03 B Seja Qágua = mágua · cágua · ∆Tágua e Qóleo = móleo · cóleo · ∆Tóleo (Q é a quantidade de calor, m é a massa, c é o calor especíico e ∆T é a variação de temperatura), em que Qágua = Qóleo (“...em intervalos de tempo iguais, cada uma das massas recebeu a mesma quantidade de calor.”) e mágua = móleo (“Massas iguais de água e óleo...”). Daí, se conclui que cágua ⋅ ∆Tágua = cóleo ⋅ ∆Tóleo. Disso, pode-se entender que ∆Tóleo > ∆Tágua, visto que os produtos c ⋅ ∆T são iguais e cágua > cóleo (“...sabendo que o calor especíico da água é maior que o do óleo.”). Observando o gráico, para t = 4 minutos, por exemplo, – em que os valores de temperatura podem ser lidos com exatidão – vemos que a reta I corresponde ao óleo e a reta II, à água. Cágua Conclusão: cágua ⋅ 20 °C = cóleo ⋅ 10 °C ⇒ =2 Cóleo 04 B Dados apresentados no enunciado: mX = 4my; CX = 2Cy A relação entre a capacidade térmica de um corpo e sua massa é dada por: C = m · c, em que “c” corresponde ao calor especíico sensível. Assim sendo, temos: mX · cX = 2 · my · cy ⇒ 4my · cx = 2 · my · cy ⇒ 2 · cX = cy ⇒ cX 1 = cy 2 05 E 1o – Durante a fusão do gelo, a temperatura permanece constante, o que garante um “patamar” no gráico da temperatura em função do tempo de aquecimento. Isso exclui as alternativas B e C. Considerando o rendimento de 80%, temos: 1.620 1.620 φU ⇒ 0, 8 = = φT = ⇒ φT = 0, 8 φT φT = 2, 025 kcal /h ≅ 2.000 kcal / h η= 07 A Como as duas amostras são do mesmo material, elas apresentam o mesmo calor especíico: cX = cY = c. Sendo QX e QY as quantidades de calor absorvidas pelas amostras X e Y, respectivamente: Q X = C X ∆θ QX > Q Y ⇒ CX > CY Q Y = C Y ∆θ C X = mX c C X > C Y ⇒ mX > mY C Y = mY c 08 B A energia potencial transforma-se em calor. mgh mgh = Mc∆θ ⇒ ∆θ = Mc 09 C Dados: Massa de água ⇒ m = 1 kg; variação de temperatura ⇒ ∆T = 80 – 30 = 50 °C; Tensão elétrica ⇒ U = 100 V; calor especíico da água ⇒ c = 4,2 · 103 J/kg · °C e intervalo de tempo ⇒ ∆t = 10 min = 600 s I. (V) a = m ⋅ c ⋅ ∆Q ⇒ Q = 1 · 4,2 · 103 · 50 ⇒ Q = 2,1 · 105 J Pré-Universitário | 3 LIVRO 2 | FÍSICA 1 Q 2,1⋅ 10 5 ⇒P = J ⇒ P = 350 W ∆T 600s U2 100 2 III. (V) P = ⇒R = ⇒ R = 28, 6 Ω ⇒ R = 2, 86 ⋅ 101 Ω R 350 II. (F) P = mquente = 20 kg (≡ 20 litros) 8 litros 20 litros 1 min ∆t ∴ ∆t = 2,5 min 04 D 10 C Energia captada pelo purê e pelo prato = 80% da energia produzida pelo forno (m · c · ∆T)purê + (C · ∆T)prato = 0,8 · Energia = 0,8 · (Potência · Tempo) (m · c · ∆T)purê + (C · ∆T)prato = 0,8 · P · ∆t 1.000 · 1,8 · 4,18 · (50 – 20) + 20 · 4,18 · (50 – 20) = 0,8 · 1.200 · ∆t 225.720 + 2.508 = 960 · ∆t 228.228 = 960 · ∆t ⇒ ∆t = 228.228 = 237,7375 s = 3,96 min 960 Qcedido+Qrecebido = 0 (m · c · ∆θ)frio = (m · c · ∆θ)quente = 0 m · c · (θ - 5) + m · c · (20 – 80) = 0 θ - 5 – 60 = 0 θ = 65 ºC Calorimetria – Lei geral das trocas de calor Aula 8 Atividades para Sala 01 C Atividades Propostas 01 D Dados: m1 = 100 g = 0,1 kg; c1 = 910 J/kg · °C; T1 = 10 °C; T2 = 80 °C; m2 = 200 g = 0,2 kg; c2 = 1 cal/g · °C = 4.200 J/kg · °C. O sistema é termicamente isolado. Então: Vcafé = 50 mL; Vleite = 100 mL; Vadoçante = 2 mL; ccafé = 1 cal/g · ºC; cleite = 0,9 cal/g · ºC; cadoçante = 2 cal/g · ºC. Considerando o sistema termicamente isolado, vem: Qcafé + Qleite + Qadoçante = 0 ⇒ Como as densidades (ρ) dos três líquidos são iguais, e a massa é o produto da densidade pelo volume (m = ρ · V), temos: café ( + ρ Vc∆θ ) leite ( + ρ Vc∆θ Qcaneca + Qchá = 0 ⇒ m1 c1 (T – T1) + m2 c2 (T – T2) = 0 ⇒ 0,1(910)(T – 10) + 0,2(4.200) (T – 80) ⇒ 91T – 910 + 840T – 67.200 ⇒ 931T = 68.110 ⇒ T ≅ 73,16 °C 02 E (mc∆θ)café + (mc∆θ)leite + (mc∆θ)adoçante = 0 ( ρ Vc∆θ) Sendo o luxo constante, a massa m de leite frio (5 ºC) que entra em A é igual à que sai em c (a 20 ºC). Assim, usando a equação das trocas de calor, temos: ) adoçante =0⇒ 50(1)(θ − 80 ) + 100( 0, 9)(θ − 50 ) + 2(2)(θ − 20 ) = 0 ⇒ 50θ − 4.000 + 90θ − 4.500 + 4θ − 80 = 0 ⇒ 8.580 144 θ = 8.580 ⇒ θ = ⇒ θ = 59, 6 oC 144 Portanto, a temperatura de equilíbrio está entre 55 °C e 64,9 °C. ΣQ = 0 ⇒ mc∆θ1 + mc∆θ2 − Q cedido = 0 150 ⋅ 1⋅ (16 − 5) + 150 ⋅ 1(16 − 31) − Q cedido = 0 1.650 − 2.250 − Q cedido = 0 ⇒ Q cedido = 600 cal = 6 ⋅ 10 2 cal 03 B Dados: Cxícara = 10 cal/°C; mcafé = 120 g; mgelo = 10 g; Lgelo = 10 cal/g; cágua = 1 cal/g · °C. O calor liberado pelo café e pela xícara deve derreter o gelo e esquentar a água do gelo até a temperatura de equilíbrio. Sendo um sistema termicamente isolado, temos: Q xícara + Q café + Q fusão + Qágua = 0 ⇒ 02 E O somatório dos calores trocados é nulo. Q1 + Q2 = 0 ⇒ m1c ∆T1 + m2c ∆T2 = 0 ⇒ 200(80 – 25) + m2(80 – 100) = 0 ⇒ 20 m2 = 11.000 ⇒ m2 = 550 g 03 A Pela lei geral das trocas de calor, temos: ΣQ = 0 ∴ Qquente = Qfria = 0 ∴ mquente · c água · ∆θquente + mfria · c água · ∆θfria = 0 ∴ 80 · cágua · (30 – 20) + mquente · cágua · (30 – 70) = 0 4 | Pré-Universitário C xícara ( T − 100 ) + mcaféc água ( T − 100 ) + mgeloL fusão + mgeloc água ( T − 0 ) = 0 ⇒ 30 ( T − 100 ) + 120 ⋅ 1⋅ ( T − 100 ) +10 (80 ) + 10 ⋅ 1⋅ ( T ) = 0 ⇒ 3T − 300 + 12T − 1200 . + 80 + T = 0 ⇒ 16T = 1.420 ⇒ T = 88, 75 °C 04 C Da lei geral das trocas de calor: mfria ⋅ c ⋅ ∆Tfria + mquente ⋅ c ⋅ ∆Tquente = 0, ou seja, 4 · 1 · (T – 20) + 2 ⋅ 1 ⋅ (T – 80) = 0. Daí, T = 40 °C. LIVRO 2 | FÍSICA 1 05 E 08 C Dados: T0A = 300 K; TA = 360 K; T0B = 300 K; TB = 320 K; T0e = 400 K. Ainda: m é a massa de cada líquido e C é a capacidade térmica de cada esférica metálica. Como se trata de sistema termicamente isolado, (os calorímetros são ideais) o somatório dos calores trocados é nulo. Dados: A = 40 · 50 = 2.000 cm2 = 0,2 m2 ⇒ área de captação. V = 300 mL = 300 cm3 ⇒ volume de água. θ0 = 25 °C ⇒ temperatura inicial da água. θ = 100 °C ⇒ temperatura de ebulição da água. Para a mistura do líquido A com a primeira esfera: IS = 1 kW/m2 ⇒ Intensidade solar local. m · cA · (360 – 300) + C·(360 – 400) = 0 ⇒ Lev = 2.200 J/g ⇒ calor especíico latente de evaporação da água. Para a mistura do líquido B com a segunda esfera: A massa de água é: m · cB (320 – 300) + C(320 – 400) = 0 ⇒ m = d · V = 1 · (300) = 300 g. Para evaporar 1 dessa massa de água, a quantidade de 3 energia é: Dividindo membro a membro as equações 1 e 2, temos: Eev = QA + Qe1 = 0 ⇒ m cA (TA – T0A) + C · (TA – T0e) ⇒ 60m · cA – 40 · C = 0 ⇒ 3m · cA = 2 · C· (equação 1) QB + Qe2 = 0 ⇒ m · cB (TB – T0B) + C · (TB – T0e) ⇒ 20 m · cB – 80C = 0 ⇒ m · cB = 4C. (equação 2) 3mc A 2C 3c 1 c 1 = ⇒ A = ⇒ A = mcB 4C cB 2 cB 6 06 B CB ; TA = 3TB. 2 Como o sistema é termicamente isolado, o somatório dos calores trocados entre os dois corpos é nulo: Dados: mA = 2 mB; cA = Q A + QB = 0 ⇒ mA c A ∆TA + mBcB ∆TB = 0 ⇒ c 2 mB B ( T − 3TB ) + mBcB ( T − TB ) ⇒ T − 3TB + T − TB = 0 ⇒ 2 2T = 4 TB ⇒ T = 2TB 07 B d = 1 g/cm3 ⇒ densidade da água. m 300 L ev = (2.200 ) ⇒ Eev = 224 ⋅ 10 4 J 3 3 A quantidade de energia necessária até 1 da massa de 3 água ser evaporada é: Etotal = E + Eev = (9 + 22) 104 = 31 · 104 J Calculando o tempo gasto até o momento considerado: P= Etotal E 31⋅ 10 4 ⇒ T = total = ⇒ T = 1.550 s ≅ 26 min T P 200 09 C Em um minuto: circulam 18 litros de água na serpentina 18 kg = 18.000 g; T0 = 20 ºC; T = 40 ºC. Q = m · c · ∆T = 18.000 · 1 · (40 – 20) = 360.000 cal No mesmo minuto: 12 litros de água a ser resfriada: Dados: V = 2 L; P = 420 W; c = 1 cal/g · °C = 4,2 J/g · °C; L = 540 cal/g = 2.268 J/g; d = 1 kg/L; ∆T = (100 – 20) = 80 °C A massa de água usada é: d= c = 4 J/g · C ⇒ calor especíico sensível da água. M ⇒ M = d ⋅ V = 1 ⋅ (2) ⇒ M = 2 kg = 2.000 g V Calculando a quantidade de calor necessária para que 20% da massa (0,2 M) de água seja vaporizada: 12 kg = 12.000 g; T0 = 85 ºC; T = ? Q = m· c · ∆T ⇒ –360.000 = 12.000 · 1 · (T – 85) ⇒ –30 = T – 85 ⇒ T = 85 – 30 = 55 ºC 10 A Dados: mcubo = 10 g; Lgelo = 80 cal/g; mág = 200 g; T0 = 24 °C; Q = Qsensível+ Qlatente ⇒ Q = M · c · ∆T + (0,2 M) · L ⇒ Q = 2.000 · (4,2) · (80) + (0,2 · 2.000) · 2.268 = 67.200 + 907.200 ⇒ Q = 1.579.200 J Módulo da quantidade de calor liberada pela água para o resfriamento desejado: A potência útil é 20% da potência total: |Qágua| = mágua · cágua · |∆T| = 200 · 1 · |20 – 24| = 800 cal Aplicando a deinição de potência: Quantidade de calor necessária para fundir um cubo de gelo: Pútil = 0,8P = 0,8 · (420) ⇒ Pútil = 336 W. Pútil = Q 1.579.200 Q ⇒ ∆t = = = 4.700 s ⇒ 336 ∆t Pútil ∆t = 1 h, 18 min e 20 s T = 20 °C; cágua = 1 cal/g · °C. Qcubo = mcubo · Lgelo = 10 · (80) = 800 cal Como |Qágua| = Qcubo, concluímos que basta um cubo de gelo para provocar o resfriamento desejado da água. Pré-Universitário | 5 LIVRO 2 | FÍSICA 1 Aula 9 Combinando essas expressões: Q Q 20.950.000 Iu = ⇒ A = I ⋅ ∆t = ⇒ A = 5,6 m2 u (130 ) ⋅ (28.800 ) A ⋅ ∆t Calorimetria – Aprofundamento Atividades para Sala Atividades Propostas 01 B Dados: m = 27 g; T0 = 25 °C; T = 660 °C; c = 0,9 J · g–1 · °C–1; Qfusão = 10,7 kJ = 10.700 J. Para reciclar o metal, é necessário aquecê-lo até a temperatura de fusão e depois fundi-lo. Qtotal = Qsensivel + Qfusão = mc∆T + Qfusão O calor especíico da areia é menor do que o da água. A areia, então, sofre mudanças de temperatura (seja para mais ou para menos) com mais facilidade que a água. Dessa forma, durante o dia, a areia se encontra mais quente que a água e, durante a noite, a areia ica fria e a água, morna. Qtotal = 15.430,5 + 10.700 = 26.130,5 J ⇒ Qtotal = 26,1 kJ 02 B O texto indica que a pressão atmosférica é 60 cm Hg e a tabela mostra que a altitude é 2.000 m, no qual a água ferve a 93 °C. Logo, para aquecer a água dos 10 °C de temperatura ambiente até estes 93 °C – quando começa a fervura –, são necessárias 16.600 cal. Q = m ⋅ c ⋅ ∆T = 200 g ⋅ 1 cal · g–1 ⋅ °C–1 · [93 – 10]°C = 16.600 cal. Sabendo que isso corresponde a apenas 50% da energia fornecida podemos deduzir que o fogão forneceu, então, durante o aquecimento, 33.200 cal (2 ⋅ 16.600 cal). Ora, se o fornecimento é na razão de 200 cal/s, o tempo total para essa quantidade de energia foi de 166 s. 03 E Dos fatores citados nas alternativas, o único que não está relacionado com a formação da ilha de calor na capital potiguar é a concentração de bairros populares na periferia, pois estes se caracterizam pela horizontalidade ou por pequenas verticalizações, ou seja, neles predominam as casas e pequenas ediicações, não os arranha-céus, que barram os ventos. 04 D Dados: ∆T = 50 °C; η = 20%; m = 100 kg; I = 650 W/m ; c = 4.190 J/kg · °C; ∆t = 8 h = 28.800 s. 2 Entendendo que a água deva ser aquecida em um prazo de 24 h, o tempo útil para aquecê-la é de 8 h. A quantidade de calor necessária para esse aquecimento é: Q = m · c · ∆T = 100 · (4.190) · (50) ⇒ Q = 20.950.000 J A intensidade de radiação útil (Iu) é: Iu = η · I = 0,2 · (650) = 130 W/m2 A intensidade útil de radiação é a razão entre a potência (P) e a área (A) de capitação. Por sua vez, a potência é a razão entre a energia absorvida (calor: Q) e o tempo (∆t) de exposição. Em equações: Q P eP= . ∆t A 6 | Pré-Universitário Q = m · c · ∆T = 2.500 · 1 · (35 – 21) Q = 2.500 · 14 = 35.000 cal = 35 kcal 02 C Qtotal = 27·(0,9)·(660 – 25) + 10.700 ⇒ Iu = 01 B 03 A Calculemos a massa de água que lui em 1 s: m = d · V = 1.175 · 106 = 175 · 106 kg Da deinição de potência e de calor sensível, podemos escrever: Q ∆θ P= = m⋅ c ⋅ ⇒ ∆t ∆t 9 12,6 · 10 W = (175 · 106 kg) · (4,2 · 103 J/kg · ºC) · ∆θ/(1s) ⇒ ∆θ = 0,017 ºC ~ 10–2 ºC 04 D Dados: PT = 0,5 W; η = 50%; m = 100 g; c = 4,2J/ g · °C. Quantidade de calor necessária para aquecer a massa de água de 1 °C: Q = m · c · ∆t ⇒ Q = 100 · (4,2) · (1) ⇒ Q = 420 J Potência útil: Pu = η · PT = 0,5 · (0,5) = 0,25 W. Q Q 420 Pu = ⇒ ∆t = = = 1.680 s ⇒ ∆t = 28 min ∆t Pu 0, 25 05 E Calculemos a quantidade total de calor que a água deve ceder ao congelador até o inal do referido congelamento: Q = m · c · ∆θ + m · L Q = 250 · 1 · (0 – 20) + 250 · (–80) = –25.000 cal Logo, o tempo necessário será de: 25.000 Q ⇒5= ⇒ ∆t = 5.000 s P= ∆t ∆t 06 E Dados: P = 1 W; m = 2 kg; c = 3,6 J/(g · °C) = 3.600 J/(kg · °C); ∆t = 9 min = 540 s. A quantidade de calor absorvida é: Q = P · ∆t. Combinando com a equação do calor sensível: 1⋅ 540 3 P ⋅ ∆t P · ∆t = m · c · ∆T ⇒ ∆T = ⇒ = = m ⋅ c 2 ⋅ 3.600 40 ∆T = 0,075 °C LIVRO 2 | FÍSICA 1 07 C m = d · V = d · A · h = 70 · 1 · 10 · 10–2 = 7 kg = 7.000 g. Apesar de a neve evaporar, a quantidade de energia envolvida neste processo é o mesmo utilizado caso tivéssemos derretido a neve, esquentado (até 10 °C) e vaporizado a água proveniente da neve. Assim sendo: QT = m · LF + m · c · ∆θ + m · LV QT = 7.000 · 80 + 7.000 · 1 · 10 + 7.000 · 600 QT = 7.000 · (690) QT = 4.830.000 cal ∴ QT = 4,83 ·106 cal Utilizando uma regra de três simples, temos: Área Potência (6 · x) ---------------- 93.333 W 1 m2 ---------------- 800 4.800x = 93.333 x = 19,44 m Aula 10 Estados físicos da matéria 08 E Atividades para Sala Sendo M a massa de lenha que sofrerá combustão, teremos: M · LC = QT ⇒ M · 5.130 = 4.830.000 ∴ M ≅ 942 g 09 D O calor para o aquecimento da água é gerado a partir da energia elétrica. Sendo P = U2 a potência elétrica, em que U R Q é a tensão elétrica e R é a resistência. Além disso, P = , em ∆t que Q é a quantidade de calor gerada e ∆t é o intervalo de tempo. Trabalhando com o tempo de 1 minuto, para o qual sabemos que a massa de água é 3 kg (3 litros de água Q 200 V 2 Q U2 por minuto), teremos: = , = , ou seja, 60 s R ∆t 10 Ω Q = 240.000 J. Finalmente, sendo Q = m ⋅ c ⋅ ∆T, em que m é a massa de água, c é o calor especíico da água e ∆T é a variação de temperatura da água (a diferença entre a temperatura de saída e a temperatura de entrada), teremos: 240.000 J = 3 kg · 4 · 103 J ⋅ kg–1 ⋅ °C–1 · (T – 20 °C), ou seja, T = 40 °C. 10 A Dados: Cágua = 1 cal g–1 · ºC = 4.200 J ⋅ kg–1 · ºC–1 mágua = 1 t = 1.000 kg. ∆T = 100 – 20 ⇒ ∆T = 80 °C Quantidade de calor necessária: Q = mágua = Cágua ⋅ ∆T Q = 1.000 · 4.200 · 80 Q = 336 · 106J 01 C Ao passar pelos poros do barro, a água se encontra com a superfície externa da moringa e sofre evaporação. Nesse processo, as gotículas de água esfriam por perderem suas moléculas de maior energia cinética, que absorvem calor das paredes da moringa e também da água que resta em seu interior. Consequentemente, o conjunto acaba por atingir uma temperatura menor que a do ambiente. 02 D A evaporação da água, faz com que o vapor d’água em suspensão se acumule ao redor da colcha, porém, serão arrastadas pelo vento, não retornando a ele, que após algum tempo secará. Essas moléculas que escapam são as que têm as maiores velocidades; portanto restam na colcha úmida as de menores velocidades, o que caracteriza uma menor temperatura. 03 B A mudança de estado físico de uma substância depende da pressão a qual é submetida, e também da temperatura. 04 D I. (V) É a deinição de sublimação. II. (V) Vide gráico. III. (F) A mudança de estado físico ocorre sem a variação de temperatura. Utilizando o conceito de potência, temos: Q 336 ⋅ 10 6J 336 ⋅ 10 6 J P= = = ∆t 1h 36 ⋅ 10 2 s P = 9,33 · 10 W Atividades Propostas 4 P ≅ 93.333 W 01 B Considerando que o termo linear refere-se à longitudinal, ou seja, ao longo do comprimento do eixo, temos que: 6m x De acordo com o gráico dado, quanto maior a pressão a que está submetido o líquido, maior será a sua temperatura de ebulição. Na panela de pressão, a pressão em seu interior é maior do que a externa, isso faz com que o líquido ferva a uma temperatura maior do que quando exposto à atmosfera. O aumento da temperatura de ebulição ocasiona o cozimento mais rápido dos alimentos. Pré-Universitário | 7 LIVRO 2 | FÍSICA 1 02 E A válvula mantém no interior da panela uma pressão constante. Enquanto a pressão se mantiver constante, a temperatura de ebulição da água não se alterará, portanto o tempo de cozimento dos alimentos também não se alterará. 03 E Se a substância for expandida isotermicamente, a pressão cairá e haverá uma passagem do estado líquido (B) para o de vapor, ou seja, uma vaporização. 04 B O ponto A corresponde ao estado sólido e o B ao líquido. Logo, a mudança de A para B é uma fusão. 05 D Como irá formar-se um lago, a superfície d’água terá uma área muito grande aumentando a captação de energia do Sol. Portanto, haverá maior evaporação e consequentemente um aumento da umidade relativa do ar. 06 C A mudança de estado físico da matéria ocorre sob temperatura constante. 07 D O vento exerce a função de retirar a camada de ar quente que envolve a pele e acelerar, dessa forma, as trocas de calor com o ambiente. 08 B I. Massa 1 kg = x Energia 3, 2 ⋅ 10 5 J 1, 6 ⋅ 10 22 J x = 5 ⋅ 10 6 kg x = 50 ⋅ 10 5 kg II. 1 trilhão de toneladas = 1012 · 103 kg = 1015 kg. Com isso, M = 50 trilhões de toneladas. 09 B No fundo do mar, temos uma alta pressão que não favorece a ebulição da água. 10 B O fenômeno descrito é conhecido como sobrefusão. Esfriando-se lentamente um líquido e sem agitá-lo, é possível levá-lo a uma temperatura abaixo da de sua solidiicação sem, no entanto, solidiicá-lo. Se perturbarmos o sistema, agitando-o ou fornecendo-lhe calor (segurando a garrafa pelo centro, por exemplo), o líquido sofre uma 8 | Pré-Universitário solidiicação total ou parcial e sai da temperatura em que estava (temperatura de sobrefusão) migrando para a que deveria estar (temperatura de solidiicação).