183 SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E SOCIAL DA MULHER: ESTUDO REALIZADO NO MUNICÍPIO DE ALFENAS - MG DURANTE A CAMPANHA NACIONAL DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO ÁLVARO LUIZ LAGE ALVES(*) EMANUEL VITOR GUIMARÃES (*) JOSÉ EDUARDO MARQUES PESSANHA (*) LUÍS EDUARDO DO NASCIMENTO (*) RESUMO Durante a campanha nacional de prevenção do câncer de colo uterino de 1998, 165 mulheres foram entrevistadas no município de Alfenas, MG. A idade média das mulheres foi de 41.1 anos. Elas eram provenientes de 34 bairros, 69.1% ajudavam no sustento familiar e 78.7% residiam em casa própria. A idade média de início da atividade sexual foi 19.9 anos. Do total de mulheres, 82.7% já haviam realizado o exame preventivo anteriormente. A paridade encontrada foi considerada baixa o que foi corroborado pelo significativo percentual de mulheres em uso regular de contraceptivos (63.6%). O índice de cesariana foi elevado (36.5%), assim como a escolha da salpingotripsia bilateral como método contraceptivo de eleição (53.4%). Pode-se concluir que a realização do exame de Papanicolaou no munícipio de Alfenas era superior ao descrito em outras regiões do estado de Minas Gerais. Além disso, a pesquisa propiciou um contato precoce dos estudantes de Medicina com o Sistema Único de Saúde local. PALAVRAS-CHAVE: Câncer de colo uterino, práticas preventivas. SUMMARY WOMEN’S EPIDEMIOLOGIC AND SOCIAL SITUATION: STUDY CARRIED OUT IN THE CITY OF ALFENAS DURING THE NATIONAL CAMPAIGN FOR UTERINE CERVIX CANCER PREVENTION During the national campaign for uterine cervix cancer prevention, 165 women were interviewed in the City of Alfenas, State of Minas Gerais, Brazil. The women’s average age was 41.1 years. They were from 34 districts, 69.1% helped in the family income and 78.7% lived in their own home. The age average for the beginning of sexual activity was 19.9 years. Of the total, 82.7% had been submitted to a preventive examination. The parity was considered low, which was corroborated by a significant percentage of women (63.6%) in regular use of contraceptives. The cesarean percentage was high (36.5%), and the tubal sterilization was the contraceptive method of choice. It was possible to conclude that the number of Papanicolaou’s smears in Alfenas was higher than those in other regions of Minas Gerais. In addition, the research allowed the early contact of the students with the local health system. KEY WORDS: Uterine cervix cancer, preventive practice. 1.INTRODUÇÃO O câncer de colo uterino é o segundo mais comum entre mulheres no Brasil e no mundo. No ano de 1998 foi prevista a ocorrência de 21.725 casos novos e de 6.815 óbitos no país (Inca, 1998). Ele permanece como a única malignidade ginecológica realmente prevenível, o que torna imprescindível o amplo emprego do esfregaço de Papanicolaou (Campion, 1992). Este esfregaço é comprovadamente eficaz para o rastreamento de pacientes com lesão intraepitelial escamosa (LIE) e câncer de colo uterino (Van der Graaf et al., 1988). Nos meses de agosto e setembro de 1998, foi realizada uma campanha nacional de prevenção do câncer de colo uterino, promovida pelo Ministério da Saúde. Entre os dias 18 de agosto e 30 de setembro de 1998, as mulheres entre 35 e 49 anos tiveram acesso gratuito ao exame ginecológico e ao esfregaço de Papanicolaou nas unidades de saúde pública de todo o território nacional. Tendo em vista esta oportunidade, o corpo docente da disciplina de Medicina Preventiva II da Faculdade de Medicina da Universidade de Alfenas - FCM-UNIFENAS propôs aos acadêmicos do 2º ano uma participação ativa na campanha através da realização de entrevistas com as pacientes durante * Docentes da Disciplina de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina da Universidade de Alfenas C.P. 23 CEP 37130-000, Alfenas-MG R. Un. Alfenas, Alfenas, 4:183-187, 1998 184 Á. L. L. ALVES et al. o atendimento realizado nas unidades de atenção primária ligadas à instituição. O presente relatório apresenta a síntese das atividades desenvolvidas nos Centros de Saúde dos bairros Pinheirinho e Nova América e no ambulatório Cruz Preta, anexo ao Hospital Universitário Alzira Velano. São efetuadas comparações com dados de outros levantamentos realizados previamente em outras regiões do estado de Minas Gerais. Tabela 1. Distribuição das 164 mulheres entrevistadas quanto ao estado civil Estado civil Casadas Separadas ou desquitadas Solteiras Viúvas Amasiadas Total Número 130 16 9 7 2 164 Percentual 79.3% 9.8% 5.5% 4.3% 1.2% 100.0% 2.MATERIAL E MÉTODO Inicialmente foram realizadas duas aulas abordando a epidemiologia, os aspectos clínicos e as ações preventivas no câncer de colo uterino. Em seguida foi realizado o contato com os profissionais da FCM-UNIFENAS, responsáveis pelo atendimento e pela organização da campanha nas referidas unidades de saúde. Foi elaborado e discutido um questionário semi-estruturado contendo 30 questões relacionadas ao tema. Os alunos foram divididos em grupos e encaminhados às unidades de saúde em busca do contato com as pacientes. Foram entrevistadas 165 mulheres no período compreendido entre os dias 17 de agosto e 30 de outubro de 1998. Os dados foram inseridos no programa Epi Info, versão 6.04b e posteriormente analisados. Para comparação dos dados obtidos foi utilizado o teste do qui-quadrado com valores de Yates corrigidos. 3.RESULTADOS A idade das entrevistadas variou de 20 a 70 anos com média de 41.1 anos. Aproximadamente cinquenta por cento das mulheres estavam na faixa etária entre 41 e 50 anos (49.7%). O estado civil foi obtido de 164 mulheres (tabela 1). A maioria (130; 79.3%) se encontrava casada à epoca da entrevista. Dezesseis (9.8%) se encontravam separadas ou desquitadas, 9 (5.5%) estavam solteiras, 7 (4.3%) viúvas e 2 (1.2%) amasiadas. Com relação a cor, 148 questionários estavam corretamente preenchidos. A maioria das mulheres foi considerada leucoderma (123; 83.1%), 14 (9.5%) faiodermas e 11 (7.4%) melanodermas (Figura 1). Quanto ao grau de escolaridade, de 158 mulheres, 63 (39.9%) relataram ter cursado o 1º grau e 56 (35.4%) afirmaram que não o cumpriram completamente, 28 (17.7%) completaram o 2º grau e 2 (1.3%) não o completaram, 7 (4.4%) possuíam curso universitário e 2 (1.3%) eram analfabetas (Tabela 2). R. Un. Alfenas, Alfenas, 4:183-187, 1998 9,46% 7,43% Leucodermas Faiodermas Melanodermas 83,11% Figura 1. Distribuição das 148 mulheres entrevistadas quanto à cor. Tabela 2. Distribuição das 158 mulheres entrevistadas quanto à escolaridade. Escolaridade 1º grau completo 1º grau incompleto 2º grau completo Universitário completo 2º grau incompleto Analfabetas Total Número 63 56 28 7 2 2 158 Percentual 39.9% 35.4% 17.7% 4.4% 1.3% 1.3% 100.0% Todas as mulheres eram de nacionalidade brasileira. Quanto à naturalidade, o maior percentual (38.2%) era de Alfenas. Quanto ao local de residência, as que residiam em Alfenas eram provenientes de 34 bairros distintos. Duas informaram que residiam em Poços de Caldas. Cento e quatorze (69.1%) das 165 mulheres entrevistadas informaram que ajudavam no sustento familiar. A maioria delas (63.7%) exercia atividades no lar. Dentre as que exerciam atividades profissionais, a profissão mais relatada foi a de costureira (5.5%), seguida pelas professoras (3.6%) e vendedoras (3.6%). A quantidade de pessoas participando do rendimento financeiro familiar variou de 1 a 7, com média de 2.1. A maioria das mulheres (68; 41.7%) informou que duas pessoas eram responsáveis pela renda familiar. SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E SOCIAL DA MULHER: ESTUDO REALIZADO... De 164 mulheres, 129 (78.7%) informaram que residiam em casa própria. Cento e cinquenta e nove (97.0%) residiam em casas com água tratada e encanada e 156 (95.7%) com rede de esgoto. Apenas 19.5% das mulheres participavam de alguma entidade coletiva e 69.7% informaram que não tinham acesso regular a nenhum local de lazer. Apenas 33.9% das mulheres já haviam participado de atividades de educação popular continuada relacionadas à saúde da mulher. A maioria (98; 59.8% de 164 entrevistas) afirmou que não encontrava dificuldades para obtenção de consultas médicas, sendo que 132 (80.5%) consultavam exclusivamente no sistema público de saúde. Um percentual de 61.5% afirmou que a atenção à saúde da mulher no município de Alfenas necessita de melhorias. Vinte e cinco (15.2%) de 164 entrevistadas possuíam história familiar de câncer no útero sendo que o número de casos por família variou de 1 a 4, com média de 1.5. Quarenta e quatro (26.8%) entrevistadas informaram que possuíam alguma patologia na época da entrevista sendo a hipertensão arterial sistêmica a mais relatada (11 casos, 25.4%). Um percentual de 32.9% das mulheres admitiram ser tabagistas. A idade de início da atividade sexual, obtida de 152 entrevistadas, variou de 12 a 38 anos com média de 19.9 anos. Vinte e seis (16.8%) mulheres (de 155 entrevistadas) informaram que possuíam ou possuíram mais de um parceiro. Com relação a história de infecção genital pelo Papilomavírus humano - HPV, 21 (13.2%) de 159 mulheres entrevistadas informaram que já haviam sido infectadas anteriormente. Vinte e duas (13.7%) de 161 entevistadas informaram que já haviam sido anteriormente tratadas de hipovitaminose. Com relação ao passado obstétrico, o número de gestações entre 152 mulheres variou de 1 a 9. A maioria (43 mulheres; 28.3%) era G3 P3 A0. A média de partos normais entre elas foi de 2.9 partos e a de cesárea 2.0. A soma dos partos normais entre as entrevistadas foi de 292 e dos partos cesárea 168. Apenas 3 mulheres relataram ter tido partos em domicílio somando um total de 14 partos entre elas. De 162 mulheres, 103 (63.6%) estavam em uso regular de algum método contraceptivo (gráfico 2). O método mais utilizado entre elas foi a ligadura de trompas (53.4%) seguido pelo anticoncepcional hormonal oral (29.1%), preservativo masculino (5.8%) e dispositivo intra-uterino - DIU (3.9%) 100,00% 100,00% Salpingotripsia bilateral Anticoncepcional oral 90,00% Preservativo masculino 80,00% Dispositivo intrauterino 70,00% 60,00% 185 Outros 53,40% Total 50,00% 40,00% 29,10% 30,00% 20,00% 10,00% 5,80% 7,80% 3,90% 0,00% Figura 2. Distribuição das 103 mulheres em uso regular de contraceptivos de acordo com o método utilizado. De 162 mulheres, 134 (82.7%) já haviam realizado o exame preventivo anteriormente sendo que 69.4% já o havia feito mais de uma vez. Um percentual de 47.8% já havia tratado anteriormente de leucorréia, sendo que 45.5% já havia tratado mais de uma vez. De 157 mulheres que responderam sobre o passado de doenças sexualmente transmissíveis - DST, 7.0% (11 mulheres) admitiram já ter tido alguma destas patologias. De 159 mulheres, 127 (79.9%) admitiram que não faziam uso de preservativos na relação sexual, 16 (10.1%) utilizavam regularmente e 16 (10.1%) irregularmente. 4. DISCUSSÃO A variação da idade das mulheres entrevistadas revela que houve uma abertura por parte das unidades de saúde para o atendimento de mulheres fora da faixa etária estabelecida pelo programa. Revela também a existência de uma demanda reprimida, provavelmente devido à dificuldade de acesso ao Sistema Único de Saúde - SUS para a obtenção de cuidados preventivos. A média de idade das mulheres examinadas (41.1 anos) esteve um pouco abaixo da idade média para o câncer cervical invasivo (45 anos de acordo com Jones, 1990; 52.2 anos com distribuição bimodal dos casos em picos entre 35-39 anos e 60-64 anos de acordo com Hatch e Fu, 1998). Houve, possivelmente, uma dificuldade na classificação da cor das pacientes. Acredita-se que, apesar de uma maior frequência de pessoas de pele clara na região do sul de Minas Gerais, o percentual encontrado de pessoas mestiças foi muito pequeno. O nível de escolaridade das pacientes também surpreendeu, devido ao elevado índice de mulheres com o 1º grau completo (39.8%) e o baixíssimo índice da analfabetas. Talvez este fato reflita a dificuldade crescente da classe média, habitualmente com maior R. Un. Alfenas, Alfenas, 4:183-187, 1998 186 Á. L. L. ALVES et al. acesso à educação, quando comparada à classe baixa, na obtenção dos cuidados de saúde, o que aumenta ainda mais a demanda de atendimento no SUS. O elevado percentual de mulheres ajudando no sustento familiar e exercendo atividades do lar revela a importância do papel da mulher para a sobrevivência familiar e a sua luta pela inserção no sucateado mercado de trabalho. Os índices de mulheres residindo em casa própria e abastecidas por rede de água e esgoto pode revelar um esforço público municipal nas áreas de habitação e saneamento básico ao passo que o ínfimo percentual de mulheres participando de entidades coletivas pode refletir o crescente descrédito das comunidades nas entidades atualmente vigentes, enfraquecendo, consequentemente, a crença no poder popular. O percentual de mulheres obtendo informações através de atividades de educação em saúde foi pequeno, podendo indicar falhas ou necessidade de ampliação dos programas já vigentes ou mesmo desinteresse das mulheres. O percentual de mulheres possuindo história familiar de câncer no útero foi estatisticamente superior (X 2 = 6.57; p < 0.01) aos números obtidos por pesquisas realizadas em outras regiões do estado (7.3% em 313 entrevistas realizadas na região do Alto São Francisco de acordo com Alves, 1995b). O percentual de mulheres tabagistas (32.9%) pode ser considerado elevado e preocupa pelo fato de ser considerado um hábito que aumenta o risco de carcinoma cervical (Lyon et al, 1983) . A média de idade do início de atividade sexual foi um pouco superior às obtidas em outras pesquisas (17,8 em 1313 mulheres na região do Alto São Francisco de acordo com Alves, 1995a). Apesar dos dados sobre história pessoal pregressa de infecção genital pelo HPV e hipovitaminose provavelmente não corresponderem à realidade (possivelmente superestimados), eles nos preocupam pelo fato de também serem fatores de risco para o desenvolvimento das lesões carcinomatosas no colo uterino. A paridade das mulheres sugere a existência de um programa municipal de planejamento familiar o que é corroborado pelo percentual significativo (63.6%) de mulheres utilizando regularmente algum método contraceptivo. O baixíssimo número de partos domiciliares sugere uma progressiva hospitalização da assistência ao parto no município. Contrapondo esta sugestão, o número de cesarianas encontrado entre as mulheres que pariram (36.5%) reflete uma assistência obstétrica precária, realidade já conhecida e comprovada no país (alcance de incidência de cesárea de até 92.0% em algumas maternidades, conforme o Ministério da Saúde, 1993). R. Un. Alfenas, Alfenas, 4:183-187, 1998 Apesar do percentual encontrado de mulheres utilizando regularmente algum método contraceptivo ter sido significativo, não devemos deixar de destacar o encontro de uma abusiva utilização de métodos irreversíveis (principalmente ligadura de trompas) contrapondo uma subutilização de métodos reversíveis e de boa aceitação (por exemplo, o DIU e os preservativos masculinos). Esta precária realidade, à semelhança dos índices de cesariana, sugerem indicações por motivos financeiros. A porcentagem de mulheres já anteriormente submetidas ao exame preventivo foi significativamente superior (X2 = 60.4; p < 0.000) às encontradas em outros estudos (57.6% em 1053 mulheres na região do Alto São Francisco de acordo com Alves, 1995a; 76.1% em 276 mulheres na região do Vale do Rio Doce de acordo com Alves, 1998). Apesar do percentual de mulheres com história pregressa de DST poder ser considerado baixo, o índice de mulheres que já haviam anteriormente tratado de leucorréia foi significativo. O baixo índice de mulheres utilizando preservativos nas relações sexuais, seja regularmente ou irregularmente, preocupa pelo fato de ser um comportamento de risco para infecção pelo vírus HIV. Isto indica que existe a necessidade de um melhor enfoque deste aspecto, o que pode ser realizado através de atividades de educação em saúde dirigidas para este grupo de mulheres. A maioria dos acadêmicos comentou que a campanha foi uma grande iniciativa do Ministério da Saúde, porém alguns teceram críticas quanto à cobertura alcançada. Além disso, afirmaram que seria necessário um processo de continuidade das atividades preventivas, buscando não apenas o enfoque de programas verticais, mas pelo contrário, a promoção de uma atenção contínua e integral à saúde da mulher. Apesar da aparente dificuldade dos acadêmicos para a realização das entrevistas, a avaliação do corpo docente foi positiva. O trabalho propiciou um contato mais precoce dos estudantes com a realidade do SUS, permitiu o aprimoramento do conhecimento de um problema de saúde pública onde as ações preventivas são de extrema importância e aplicabilidade e estimulou uma integração entre a teoria e a prática. 5.CONCLUSÕES Concluíu-se que, ao comparar com outras regiões do estado de Minas Gerais, a realização do exame de Papanicolaou no município de Alfenas era superior, assim como a média de início da atividade sexual e o percentual de mulheres com história familiar de câncer no útero. Concluíu-se também que a pesquisa 187 propiciou um contato precoce dos estudantes de Medicina com o Sistema Único de Saúde local. JONES, H. W. Câncer cervical invasivo. In: JONES, H. W., WENTZ, A. C., BURNETT, L. S. Novak; Tratado de Ginecologia. 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990. Cap. 27, p. 498-524. AGRADECIMENTOS LYON, J. L., GARDNER, J. W., WEST, D. W., STANISH, W. M., HEBERTSON, R. M. Smoking and carcinoma in situ of the uterine cervix. American Journal Public Health, v. 73, p. 558-62, 1983. As enfermeiras Maria Eunice Cesar Siqueira e Isa Mara M. de Souza Matias e à Dra. Maria Angélica Maia Gaioto por terem criado todas as condições para a realização das entrevistas nas unidades de saúde. Agradecemos também aos acadêmicos de Medicina que participaram como verdadeiros autores do presente trabalho. 6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MINISTÉRIO DA SAÚDE. Promoção do parto normal. Brasília: 1993. 14 p. VAN DER GRAAF, Y., ZIELHUIS, G. A., VOOIJS, G. P. Cervical cancer mortality in the Netherlands. International Journal of Epidemiology, v. 17, n. 2, p. 270-276, June 1988. ALVES, A. L. L. 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