CELIA
RIBEIRO
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Terça: VIAGEM
SEGUNDA-FEIRA, 24 DE NOVEMBRO DE 2014
Quarta: CASA&CIA
Quinta: GAMES
FOTOS DIVULGAÇÃO
Tradições da
ceia natalina
A ceia de Natal é uma
evolução do solstício,
quando em tempos bem
anteriores a Jesus Cristo os
povos pagãos do Hemisfério
Norte festejavam a chegada
do inverno. A inclusão de
peru assado na ceia natalina
foi difundida na Europa
pelos ingleses, que ao fazer
a colonização dos Estados
Unidos lá encontraram aquela
ave criada pelos índios.
Os biscoitos natalinos
reproduzindo personagens
medievais têm sua origem
no século XV em mosteiros
europeus, desenvolvidos
em grande escala e formas
aperfeiçoadas pelos alemães.
O pão de mel já existia no
século X na Europa, uma
mistura de farinha, mel e suco
de frutas.
ETIQUETA
NA PRÁTICA
Nova posição
do garfo
Marchetaria tradicional inspira
artesão em Nova Petrópolis
e um menino manifesta
talento e paciência para
delicados trabalhos
em madeira, já é sinal
de que na vida adulta, quando
se dedicar a outras atividades
profissionais, o tempo
disponível será ocupado pelo
prazer de fazer artesanato. Foi
assim com Luiz José Fischer, 71
anos, natural de Três de Maio
que, depois de ver os três filhos
se tornarem independentes –
um em Brasília e dois em Porto
Alegre –, mudou-se com sua
mulher, Noemia, para Nova
Petrópolis. Fischer é autodidata
em marchetaria: à medida
que adquiria livros sobre este
trabalho artesanal, comprava
máquinas.
Na sua aprazível residência
na Serra montou uma
oficina, onde adorna caixas,
porta-retratos, detalhes
de cristaleiras, portacanetas, baús e mesinhas
auxiliares. Tudo era para uso
familiar – até chegarem as
encomendas e o hobby virar
atividade profissional (www.
ljfmarchetaria.blogspot.com).
A marchetaria surgiu 300
a.C., no Japão, mas foram os
árabes os grandes mestres e
difusores desse sofisticado
artesanato. Quem visita
museus e castelos com
móveis de época conhece
a marqueterie, técnica de
adorno consagrada na França
nos reinados de Luiz XIV,
XV e XVI, seguindo motivos
geométricos e florais, de
acordo com o estilo. Na
superfície de um objeto ou
móvel de madeira maciça,
como o jacarandá, são
incrustados filetes de madeira,
marfim, prata, ouro e nácar.
Fischer trabalha sem pressa
com folhas de madeira de
várias tonalidades. Houve
fase em que ele se baseou
em desenhos de ponto de
cruz (foto a esquerda), o
que acredita ser inédito em
marchetaria. Hoje, se faz
marchetaria produzida em
máquinas computadorizadas,
mas Fischer pensa ser a
mesma coisa que pintar uma
tela por meio da tecnologia:
não se compara à pintura feita
pelo artista. Sua experiência
revela que, para ser feliz
nesta faixa com mais tempo
disponível, a preparação
começa no decurso da vida,
cultivando diversificados
interesses prazerosos.
Acontecerá
TA N CA RVA L H O
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D IV
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Se você deseja fugir da óbvia decoração
natalina com o maple, a flor vermelha em
vaso com terra, então anote os nomes de
outras vermelhas que a decoradora floral
Angélica Martins aconselha para arranjos:
rosa, minirrosa, lírio vermelho, nepórico
(sementinhas), alstroeméria, boca de
leão e lisianthus. Flores vermelhas se
inserem perfeitamente no espírito de Natal
também na mesa com toalha verde.
N AT
MÁRCIA FEIJÓ, DIVULGAÇÃO
Sábado: ESTILO
Envie sua pergunta para a Celia:
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S
Hoje nos países como o
nosso, de clima tropical e
altas temperaturas em fim de
ano, a ceia de Natal adquiriu
características próprias,
incluindo no cardápio alguns
pratos tradicionais, como
peru assado, o pão de mel e
os biscoitos ao estilo ainda
medieval, graças à imigração
de alemães e italianos
(panetone).
Não acredito que haja
feiras de Natal mais lindas
do que na Alemanha e na
Áustria, onde se serve o
Glüwein, vinho branco ou
tinto servido quente em
canecas, pelo valor de dois a
quatro euros. Aqui servimos
clericot, bebida de origem
espanhola que surgiu na
América do Sul, nos países
vizinhos de influência
espanhola. Sobremesa?
Sorvete com biscoitinhos
natalinos
Sexta: GASTRONOMIA
ÃO
Segunda: ETIQUETA
7
“Em Paris, fomos almoçar
no restaurante Jules Verne,
na Torre Eiffel, e nos chamou
atenção na mesa o garfo
colocado à esquerda do prato,
com os dentes apoiados na
mesa, ao contrário do que se
vê nos livros de etiqueta. Por
se tratar de um restaurante de
categoria, acreditamos ser este
outro modo de arrumar os
talheres na mesa.” ROGERIO
– É natural o estranhamento.
O restaurante Jules Verne segue
uma tradição que envolve a
história da etiqueta do garfo.
Na França, ele tinha o brasão
das famílias nobres gravado
no lado externo do cabo –
para ficar visível, o talher
era colocado com as pontas
para baixo. Este costume
estendeu-se às famílias que
não pertenciam a nobreza. Já
na Inglaterra os brasões eram
gravados na parte interna
do cabo, e o garfo colocado
na mesa com as pontas para
cima, como se usa na América.
Karyne D’Avila faz pela internet
uma exposição sobre etiqueta
dos talheres que vale a pena ver.
Sapato após
cirurgia
“Vou tirar as sapatilhas
baruk, após uma cirurgia de
joanete, na véspera de uma
festa de Bodas de Ouro. Posso
ir de sapatilhas e qual o tipo
de ponta? Estou constrangida.
Preciso também de uma
sugestão para presentear o
casal anfitrião, eles têm tudo
e gostam muito de viajar.“
IVONETE
– Combine a sapatilha com
a cor predominante de seu traje,
para não realçar da saia. Há
sapatilhas bonitas e despojadas
de enfeites - pretas, bronzeadas e
prateadas - como complemento
de traje de festa. Importante é
que você esteja confortável. O
presente pode ser uma caixa
para documentos e lembranças,
um álbum para as fotos
scaneadas da festa inseridas
com o convite e imagens da
decoração, estarão de acordo.
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Marchetaria tradicional inspira artesão em Nova Petrópolis