spectrum NO. 19 / 1-2009 O TIGRE QUE RUGE Wu Jialing, Presidente, Hunan Tiger Forest & Paper Group, China (Página 4) MOVENDO E REMOVENDO Um serviço diferenciado soluciona o problema da Norske Skogindustrier na Noruega (Página 14) À FRENTE DA CURVA A SCA ativa uma nova máquina de tissue nos EUA (Página 18) Cartão rígido No Brasil, o CTMP agrega valor aos produtos de cartão da Klabin (Página 22) MAGAZINe OF pulp & paper Mensagem da Administração ÍNDICE 3 MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO 4 O RUGIDO DO Ainda estamos aí? 22 CARTÃO RÍGIDO TIGRE 10 ELEVANDO O 28 MELHORES CAVACOS? TETO 14 ATUALIZAÇÕES 32 UMA SITUAÇÃO PEGAJOSA DINÂMICAS 18 À FRENTE DA 34 ATIVAÇÃO DO “GRANDE” CURVA 38 A Spectrum é uma publicação de: ANDRITZ AG Stattegger Strasse 18 A-8045 Graz, Austria Tel: +43 (316) 6902 0 [email protected] Managing Editor: Gudrun Hadolt [email protected] Editor: Robert Puhr [email protected] Economias caem, economias sobem. NOVO PRODUTO ENFARDADEIRA Em muitas linhas de secagem de celulose, o equipamento de amarração/ enfardamento é o gargalo. A menor perturbação (por exemplo, um curvamento na alimentação do arame) pode fazer com que o maquinário desligue. A ANDRITZ está lançando uma nova linha de máquinas de amarração – que oferecem maior produção (300 fardos/ hora) e maior confiabilidade. Com funções tais como tratamento brando dos arames, detecção automática do final do arame, compactador de resíduos e alimentação automática da ponta, os novos BaleBinders, UnitBinders e StackBinders são os melhores do mercado. Todos estão fazendo as mesmas perguntas: Chegamos ao fundo do poço? Saberemos que é o fundo quando estivermos lá? Nossa empresa está preparada para o próximo ciclo de crescimento? As respostas para essas perguntas dependem da sua estratégia durante o período atual de declínio: Restrição. A eficiência operacional e o corte de custos são a base para a sobrevivência. Ao extremo isso significa “acocorar-se e esperar acabar”. O sucesso dessa estratégia depende de seus concorrentes, já que muitas empresas aumentam a participação no mercado oferecendo custos menores e mais serviços durante uma recessão. Reorganização. “Faz sentido realizar pesquisa e desenvolvimento contra o ciclo”, afirma Tom Nicholas, professor adjunto no Grupo de Gestão Empresarial da Harvard Business School. “As recessões podem realmente ser oportunidades estratégicas úteis.” Muitas empresas usam o tempo de inatividade para desativar máquinas ou fábricas improdutivas, transferir ativos para outros locais, reformar o maquinário, alterar o tipo de produto para atender a demandas futuras e, em geral, se alinhar para o próximo ciclo de crescimento. O planejamento e a execução de uma reforma (decidir o que manter, o que atualizar e o que substituir) requer especialização e experiência. Na ANDRITZ temos essa experiência e oferecemos serviços completos para a otimização de linhas, o desgargalamento de fábricas, a realocação e a modernização de equipamentos. Reinvenção. As empresas existentes podem ter ganhos inacreditáveis durante uma recessão. De acordo com especialistas, esses ganhos surgem quando as empresas estão motivadas a solucionar um problema importante e beneficiar o mundo. Qual é o próximo problema importante a solucionar em nosso segmento: é a embalagem, ou comunicação, ou higiene, ou, quem sabe, energia? Em nossa empresa, estamos fazendo grandes investimentos de P&D em energia (em especial em processos de biomassa para energia e biomassa para líquido). O custo da energia para as empresas é enorme, mas ainda assim tem o potencial de gerar receitas significativas para as fábricas de celulose. Nossa recente instalação de uma caldeira BioPower para a Ence na Espanha confirma o potencial. Sua empresa será aquela que explorará o pensamento contracíclico para se reorganizar ou reinventar a fim de lucrar com o próximo ciclo de crescimento? Em caso positivo, estamos prontos para sermos seu parceiro tecnológico. Ou, se você estiver apenas no modo de sobrevivência, temos algumas soluções que também o ajudarão. Para saber mais, entre em contato com: NOTÍCIAS DO MUNDO DA ANDRITZ Equipe editorial: Bjørn Hansen, Brigitte Jannach, Matt McGarry, Minna Heinonen, Sara Koller, Pirjo Nousjoki, Mia Passi, Mareen Triebels, Ursula Upanne, Manuela Wagner, Elisabeth Wolfond Redatores colaboradores: Thomas Barbieri, Jody Coleman-Davis, Robert Puhr Fotógrafos colaboradores: Lars Behrendt, Bildhauer, Wolfgang Croce, Riku Isohella, Christopher Rausch, Jim Storm, Thomas Wedderwille, Mark Wing, Dong Jingyu, Robert Puhr Projeto gráfico: Gudrun Hadolt Nesta publicação aparecerão os termos “toneladas” e “tons”: toneladas para unidades métricas e tons para unidades dos EUA. A Spectrum é publicada em cinco idiomas: inglês, chinês, russo, japonês e português. Copyright © Andritz AG 2009. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução de qualquer parte desta publicação sem a permissão do editor. [email protected] Humbert Köfler Karl Hornhofer Membro da Diretoria Membro da Diretoria Papel e Celulose – Serviços e Unidades Papel e Celulose – Sistemas de capital Hunan Tiger Forest & Paper Group Hunan Tiger Forest & Paper Group O rugido do tigre em Hunan “A ANDRITZ foi escolhida como o parceiro estratégico para a fábrica de celulose Huaihua pela experiência anterior, dos equipamentos tecnologicamente avançados e da cooperação sólida.” Ao contrário da maioria das regiões da China, a província de Hunan tem recursos florestais abundantes que são virtualmente intocados. Uma fábrica greenfield de celulose kraft fornecida pela ANDRITZ é considerada como “verdadeiramente positiva” – não apenas do ponto de vista empresarial, mas também como um bom exemplo da industrialização bem sucedida da China. De acordo com Wu Jialing, Presidente da Diretoria e Representante Legal da Hunan Tiger Forest & Paper Group Co., a idéia de uma fábrica de celulose perto da província de Hunan surgiu originalmente do governo local. No entanto, por várias razões, os planos foram adiados e postergados. “Em 2004, nossa empresa decidiu construir uma fábrica de celulose totalmente nova em Huaihua e tivemos total apoio e aprovação do governo local, junto com dirigentes da província de Hunan.” A integração de floresta e papel em um projeto de fábrica greenfield de propriedade do estado com a capacidade de 400.000 t/a de celulose kraft branqueada produzida com madeiras de fibras longas logo se tornou um dos 10 projetos mais simbólicos da crescente industrialização nova na província de Hunan. O projeto consistia na fábrica, em uma estrada de ferro especial e em uma base florestal de 140.000 ha, estando o investimento total próximo a RMB 4,3 bilhões(€ 483 milhões). Como a tecnologia veio principalmente da ANDRITZ na Europa e uma quantidade considerável do equipamento foi fabricada pela ANDRITZ na China, a Hunan Juntai Pulp & Paper (JTPP) se tornou um símbolo de excelência no segmento papeleiro chinês em termos de processos avançados, equipamentos, automação e proteção ambiental. Wu Jialin, Presidente e Representante Legal da Tiger A fábrica greenfield de celulose kraft branqueada feita a partir de fibras longas com capacidade de 400.000 t/a em Huaihua se tornou um símbolo de excelência no setor papeleiro chinês em termos de processos avançados, equipamentos, automação e proteção ambiental. “O projeto Huaihua ganhou o Prêmio Nacional de Avanço em Ciência e Tecnologia da China.” Xu Yuanmei, Presidente Assistente, Diretor-Chefe do projeto Huaihua, Representante Legal da Hunan Juntai Pulp & Paper Um novo começo em um Ano Novo Após o Ano Novo chinês em 2007, o trabalho foi iniciado na JTPP. Em agosto de 2008, o trabalho na maior fábrica chinesa de kraft branqueado de madeiras de fibras longas estava concluído e a produção foi iniciada. “Tivemos que usar 400 toneladas de explosivos para preparar o local da nova obra, que anteriormente consistia em colinas”, explica Xu Yuanmei, o Comandante Chefe do projeto Huaihua e Presidente da JTPP. Como sempre na China, uma cooperação sólida e com confiança entre o proprietário e o fornecedor é importante. Quando se considerou quem seria o principal fornecedor desse enorme projeto, “a ANDRITZ foi escolhida como nosso parceiro estratégico pela experiência e cooperação anterior”, lembra Wu. Tal experiência inclui todos os equipamentos de linha para um projeto APMP em Yueyang (a antiga sede do Tiger Group). Para a ANDRITZ, a Tiger foi o primeiro cliente na China quando eles entraram no mercado, em 1993. Um elemento importante no processo de seleção foi a comprovada capacidade da ANDRITZ como fornecedor de linhas completas, demonstrada por projetos no Brasil e no Uruguai. “A ANDRITZ tem a especialização para fornecer não apenas os sistemas de processo, mas também todas as interconexões entre as ilhas de processos”, diz Tian Hongying, do escritório da ANDRITZ em Pequim. “Durante o processo de licitação, o escopo de fornecimento da ANDRITZ foi o mais amplo entre todos os concorrentes”, diz He Ganghui, Vice-Comandante do projeto Huaihua. “Pensamos em usar fornecedores diferentes para departamentos diferentes, porém as fábricas chinesas tiveram dificuldades no passado ao usar essa abordagem. A experiência da ANDRITZ no fornecimento de linhas completas nos levou a selecioná-los para garantir a consistência de suporte técnico e coordenação.” “Em Huaihua, escolhemos os equipamentos de produção para a linha completa da ANDRITZ e esse projeto até foi honrado com o Prêmio Nacional de Avanço em Ciência e Tecnologia da China”, diz Xu Yuanmei. Escopo de fornecimento O escopo de fornecimento da ANDRITZ compreendia os equipamentos e as tecnologias Hunan Tiger Forest & Paper Group “A ANDRITZ forneceu a mais moderna e avançada linha de produção da China.” Liu Hongbo, Gerente Geral da Hunan Juntai Pulp & Paper para manuseio de madeira, linha de fibras, secagem de celulose e manuseio de fardos, recuperação química e preparação de licor branco. O pátio de madeira de Huaihua ostenta o primeiro HHQ-Chipper™ com alimentação horizontal da China, junto com tambor descascador, peneiras, estocagem de cavacos e descarregadores ParaScrew™. A linha de descascamento e picagem foi projetada para 350 m3 sob/h. As fibras usadas na fábrica são principalmente de coníferas (pinheiro [Pinus massoniana] e abeto), mas ela também pode produzir celulose branqueada de folhosas. A linha de fibras em Huaihua é uma das maiores da China e consiste em um sistema de alimentação de cavacos TurboFeed® para um digestor Lo-Solids® com vaso único. No total, são empregados seis DD Washers para lavagem, deslignificação por oxigênio e branqueamento ECF. A secagem de celulose e a linha de enfardamento são equipadas com preparação da massa, máquina de desaguamento para a mesa formadora de dupla tela, secador com folha suspensa, cortadeira/mesa acumuladora e linha de enfardamento automatizada. A largura da folha na cortadeira é de 4,2 m. A linha de fibras em Huaihua é uma das maiores na China. (Esquerda) Um total de seis DD Washers foram empregados para lavagem, deslignificação por oxigênio e branqueamento ECF. (Direita) Parte do estágio de oxigênio e da linha de branqueamento. A capacidade de branqueamento é de 1242 admt/d para fibras longas e 1358 admt/d para fibras curtas. Hunan Tiger Forest & Paper Group Para os processos de recuperação de químicos, a ANDRITZ forneceu uma unidade de evaporação otimizada para eficiência energética (7+ efeitos de alta densidade), com uma capacidade de 489 t/h e sólidos secos no licor a 80%. O calor do licor fraco quente é usado para a evaporação. A caldeira de recuperação tem uma capacidade de 2200 tds/d e opera com vapor a 490ºC e 92 bar. Dentro da unidade de licor branco, a Huaihua tem a primeira planta de caustificação moderna da China, onde toda a separação sólido/líquido é feita em filtros sem um único clarificador. O sistema LimeGreen™ para filtragem do licor verde é o primeiro da China. A unidade inclui um sistema StiroX para oxidação do licor branco. Tempestades de gelo, pontes caindo, economia global Zhou Kunpeng, Engenheiro-Chefe da JTPP, relaciona três grandes desafios durante o projeto. O primeiro desafio foi uma tempestade de gelo que derrubou a ponte Tuojiang, afetando diretamente a programação de transporte e causando um atraso de dois meses. Segundo, houve alguma pressão relacionada ao aspecto As fibras usadas na fábrica são principalmente de coníferas (pinheiro [Pinus massoniana] e abeto), mas ela também pode produzir celulose branqueada de folhosas (acima). A fábrica Huaihua ostenta o primeiro HHQ-Chipper™ com alimentação horizontal da China (direita superior). Toras sendo carregadas no tambor descascador ANDRITZ. A capacidade da linha de descascamento/picagem é de 350 m3 sob/h (direita inferior). de proteção ambiental: durante as operações de teste, o sistema não estava estável e precisou de mais ajustes. E, finalmente, tão logo o projeto foi colocado em operação, o mundo sofreu a crise financeira global e o preço da celulose diminuiu, tendo um forte impacto sobre a capacidade do projeto de atingir seus possíveis benefícios plenos. “Apesar de todas as dificuldades, levamos apenas 10 meses efetivos de trabalho no local da obra para finalizar o projeto”, diz Xu Yuanmei. “Os primeiros 100 dias foram para as obras civis, os segundos 100 dias, para a instalação, e os terceiros 100 dias para comissionamento e start-up. Nossa velocidade foi tão grande que os gerentes de projeto da ANDRITZ não conseguiam acreditar!” Gerenciamento por padrão “Sob a influência da crise financeira, o preço da celulose caiu ao ponto mais baixo em cerca de 20 anos”, diz Zhou Kunpeng. “Portanto, era realmente necessário fazer com que a taxa de produção, a qualidade, o consumo, a proteção ambiental e a taxa de operação dos equipamentos atingissem as metas projetadas rapidamente.” Xu Yuanmei conta que eles seguiram um programa chamado “gerenciamento por padrão”, no qual o projeto, a construção e as melhores práticas internacionais foram padronizados e incluídos. “Apenas 90 dias após o start-up, nossa produção de fibras longas alcançou a média de 1143 t/d, e em um dos dias chegou a 1320 toneladas”, ele diz. “Segundo nossos cálculos, mesmo que o projeto da fábrica fosse 400,000 t/a, achamos que atingir 450.000 toneladas não seria um problema.” Wu Jialing coloca a meta ainda mais além. A estratégia atual do Tiger Group é chegar a uma produção de dois milhões de toneladas por ano e, no futuro, até mesmo três milhões. “Para essa meta, estamos procurando desenvolver e expandir nosso relacionamento e cooperação com a ANDRITZ”, ele diz. Os melhores valores de consumo da China De acordo com Xu Yuanmei, a qualidade da polpa da Tiger está muito próxima da polpa importada. “Temos que competir com eles e, por isso, temos um padrão equivalente de qualidade”, ele diz. “Temos também um padrão de consumo, que inclui o consumo de água, energia, eletricidade e vários produtos químicos. No momento, nossos valores de consumo são os melhores da China e nossos custos de produção são satisfatórios. “O sistema inteiro foi projetado e está operando no mais avançado equipamento disponível em termos de tecnologia científica, o que reflete em nosso gerenciamento por padrão e, assim, superamos nossos concorrentes locais.” A caldeira de recuperação de Huaihua tem uma capacidade de 2200 tds/d. A unidade de recuperação ANDRITZ assegura a conformidade com os padrões internacionais de emissões. Hunan Tiger Forest & Paper Group Hunan Tiger Forest & Paper Group Huaihua tem a primeira planta de caustificação moderna da China, onde toda a separação sólido/líquido é feita em filtros sem um único clarificador. Ao fundo, o forno de cal, com um queimador LimeFire™ e um resfriador LimeCool™. “Apesar da grande tempestade de gelo que derrubou a ponte Tuojiang, movimentamo-nos com grande velocidade para finalizar o projeto. O objetivo é cumprir continuamente todos os padrões de eficiência, qualidade e ambientais.” Zhou Kunpeng, Engenheiro-Chefe da Hunan Juntai Pulp & Paper He Ganghui, o Vice-Comandante do projeto Huaihua, acrescenta: “Alguns dos departamentos da ANDRITZ fizeram arranjos ótimos, como o projeto de polpa destintada de Yueyang e a linha de secagem de celulose aqui em Huaihua.” O fato é que, afirma Liu Hongbo, a ANDRITZ forneceu a linha de produção mais avançada e modernizada da China, que agora opera com perfeição. “Esperamos ter o suporte contínuo da ANDRITZ, em especial para os testes de desempenho”, diz Liu Hongbo. “Temos 30.000 toneladas de polpa estocadas e esperamos que o retorno do investimento não demore muito.” De acordo com o Supervisor da Obra da ANDRITZ, Wolfgang Schweinzger, sua empresa cumpriu a promessa de fornecer os equipamentos mais avançados e modernos e ele observou que a administração da Tiger cumpriu sua promessa de produzir o produto da melhor qualidade e ter melhor desempenho na operação da fábrica. A chave para o entendimento mútuo Liu Hongbo, Gerente Geral da JTPP, acha que os chineses também poderiam aprender com o projeto. “Deveríamos ter seguido rigidamente as instruções, sugestões e conselhos dos supervisores da ANDRITZ desde o início”, ele diz. “Isso teria nos ajudado a avançar com mais eficácia e poderia ter economizado tempo, e custos adicionais. Percebemos que a boa comunicação e o entendimento mútuo são as questões mais importantes devido às nossas culturas diferentes.” “Embora para a ANDRITZ a principal missão tenha sido completada, ambos os parceiros continuarão a cooperar para garantir e manter o desempenho da fábrica de tal modo que atenda aos padrões internacionais de operação da fábrica”, diz Schweinzger. “Um tópico ficou claro, de acordo com o êxito do start-up e da operação da fábrica Huaihua: podemos fornecer fábricas verdes, energeticamente eficientes e com o maior avanço tecnológico a clientes chineses e clientes em todo o mundo.” Ele diz que, em termos gerais, foi uma experiência excelente trabalhar com a ANDRITZ. “Não importa o que façamos, sempre há espaço para a melhoria”, explica Xu Yuanmei. “A ANDRITZ é uma grande empresa. Em um projeto desse tamanho, com tecnologia vinda de diferentes países, diferentes personalidades e diferentes culturas, leva algum tempo para tudo se unir de forma eficiente.” “A experiência da ANDRITZ no fornecimento de linhas completas nos levou a selecioná-los para garantir a consistência de suporte técnico e coordenação.” Sendo um cidadão corporativo bom e responsável “Na China, há boas oportunidades de aumentar a quantidade de investimentos e melhorar o nível de tecnologia no setor de papel e celulose, já que o consumo de papel per capita na China ainda está bem aquém do resto do mundo”, diz Laura Han, Gerente do Escritório da Obra do Projeto Huaihua ANDRITZ. “Há também o caso da tecnologia, em comparação com o nível internacional, em especial nas questões ambientais, cuja importância está sendo crescente. Sr. He Ganghui, Vice-Diretor do projeto Huaihua “No projeto Huaihua, a comunicação e o entendimento entre um fornecedor estrangeiro e o cliente chinês local foram questões bastante críticas e cruciais. Estou certo de que com a experiência bem sucedida do projeto Huaihua, a Tiger e a ANDRITZ poderão melhorar em ambos os lados. Estamos ansiosos pela continuidade de uma cooperação benéfica no campo de papel e celulose.” O teor seco da celulose de mercado de Huaihua é de 90% (maior que o dos fornecedores domésticos da China). Isso economiza dinheiro no custo de transporte e energia. À direita é mostrada a cortadeira/mesa acumuladora com folhas de celulose cortadas entrando na linha de enfardamento automatizada. Uma vista da folha de celulose seca ao sair da máquina de secagem ANDRITZ e entrar na cortadeira/ mesa acumuladora. A ANDRITZ forneceu a linha completa de secagem de celulose para a fábrica de celulose de mercado (da preparação da massa até a linha de enfardamento automatizada). A largura da folha na cortadeira é de 4,2 m e a produção é de cerca de 1350 admt/d. A foto mostra a máquina de celulose com sua mesa formadora de dupla tela. 10 11 Celulose Beira Industrial (Celbi) S.A. Elevando o teto Podemos reconstruir totalmente e duplicar a capacidade de uma linha de secagem dentro de um prédio existente no decorrer de quatro semanas? Não sem a ajuda de anjos. E, no caso da fábrica da Celbi em Portugal, os “anjos” estavam acoplados às extremidades de quatro guindastes enormes à medida que eles desciam através do telhado do prédio. “Estamos muito contentes com a ANDRITZ e a excelente cooperação.” “É simples”, diz João Mota, Diretor de Projeto da principal expansão da Celbi, quando fala do escopo do projeto de reconstrução da linha de secagem. “Mantenha as paredes do prédio e retire todo o resto.” F. Silva Gomes, Diretor da Fábrica e Membro da Diretoria Mota está brincando, é claro. Ele sabe, por seus anos de experiência, que há possíveis dificuldades em tirar o telhado de um prédio, retirar o equipamento antigo e instalar uma nova linha, tudo no decorrer de um mês. “Tínhamos que nos perguntar se a ANDRITZ conseguiria fazer isso”, ele diz. “Mas, é claro, eles tinham um plano extremamente detalhado e uma abordagem sobre como fazê-lo, e nós confiamos neles.” Aumento de competitividade A Celbi iniciou suas atividades em 1967 como uma fábrica de polpa seca para dissolução perto de Leirosa, uma pequena vila pesqueira cerca de 180 km ao norte de Lisboa. Em cinco anos, a produção foi convertida para Kraft (capacidade 120.000 t/a). Ao longo dos anos, a empresa mudou de mãos e, mais recentemente, foi vendida ao Grupo Altri, em 2006. A Altri é uma empresa portuguesa com ações na bolsa e interesses em celulose, papel, fabricação de aços para usos especiais e energia. “Desde o momento da aquisição, foi tomada a decisão de desenvolver essa fábrica”, diz F. Silva Gomes, Diretor da Fábrica e Membro da Diretoria. “A principal meta é aumentar a competitividade. O projeto basicamente duplica nossa capacidade, de 325.000 para 600.000 t/a. Com um investimento total de EUR 350 milhões, nosso custo de capital por tonelada ficará em um patamar entre os melhores do mundo.” “Identificamos cada gargalo e começamos a corrigi-los”, diz Mota. “O projeto inclui um retrofit da linha de fibras, uma reconstrução/ atualização total da linha de secagem, uma nova linha de manuseio de madeira, uma nova recuperação química e um novo turbogerador com contra-pressão.” Paralelo a isso, a EDP Bioeléctrica montou uma unidade de biomassa termoelétrica de 30 MW. Essa unidade gera eletricidade usando 70% de cascas e 30% de outras biomassas, e representa um investimento adicional de EUR 75 milhões. Uma máquina nova dentro de um prédio antigo “Essa foi nossa primeira reconstrução total de máquinas em EPC”, diz Jürgen Wilding, Gerente de Projeto da ANDRITZ. “A meta da Celbi era aumentar a capacidade de secagem de cerca de 900-1000 t/d ao nível de 1815 t/d.” A largura da tela da máquina nova é de 5250 mm e a velocidade projetada é de 202 m/min. Durante um teste de velocidade realizado em março deste ano, a linha operou a uma velocidade de 205 m/min na cortadeira. “O projeto definido para a linha é de 540.000 t/a e nós já sabemos que podemos alcançar níveis mais altos com esta máquina”, diz Mota. posicionado sobre a nova fundação dentro do prédio Sim, a nova linha parece impressionante com No total, foram feitos 21 içamentos em menos de A fim de cumprir um cronograma apertado, a ANDRITZ montou o secador de celulose sobre uma fundação temporária do lado de fora do prédio existente (foto superior). O telhado do prédio foi retirado e cada módulo do secador foi içado e (foto inferior). quatro dias. 12 Celulose Beira Industrial (Celbi) S.A. suas novas telas de pressão, a nova caixa de entrada, a avançada mesa formadora de tela dupla, de caixa de sopragem a vapor, a tecnologia da prensa de sapata, o secador com folha suspensa ANDRITZ, a nova cortadeira/mesa acumuladora, a nova linha de enfardamento e a reforma da linha de enfardamento existente. Porém, o mais impressionante é como todos esses equipamentos foram içados e depois montados no prédio antigo. A produção na fábrica continuou em ritmo total enquanto as atividades de instalação do primeiro estágio eram completadas. A meta era desmontar a máquina antiga e instalar o equipamento novo durante uma parada de um mês, em setembro de 2008. Para cumprir esse cronograma, a ANDRITZ montou o secador de folha suspensa ANDRITZ sobre uma fundação temporária do lado de fora do prédio existente. A montagem começou em março de 2008, de acordo com Peter Sorenby, Gerente de Obra para a instalação do secador. “Sempre há um desafio quando se mistura equipamentos antigos e novos”, diz Sorenby, “e fazer o trabalho de montagem fora, à mercê do clima, aumenta o desafio. Estando perto da costa do Atlântico, tivemos alguns dias com ventos fortes, mas conseguimos montar todos os módulos do secador a tempo.” O telhado do prédio foi removido antes da parada real para a preparação dos içamentos com guindaste. “Operamos a linha antiga por 15 dias sem o telhado no prédio”, conta Pedro Baptista, Gerente de Projeto da Celbi para a reconstrução da linha de secagem. “Por sorte, o clima cooperou.” Quando a parada da fábrica começou, as equipes entraram rapidamente no prédio e iniciaram o trabalho de desmontagem. “Foi incrível ver a rapidez com que a máquina antiga foi desmontada e retirada”, diz Gomes. “Esse trabalho foi concluído em cerca de quatro dias.” 13 Celulose Beira Industrial (Celbi) S.A. Aí começou o trabalho de instalação. “Estávamos com quatro guindastes enormes em um espaço bastante pequeno”, diz Sorenby. “Foram feitos 21 içamentos, pegando cada módulo do secador da área externa e colocando-os em sua posição sobre a fundação permanente. O içamento mais pesado foi de 65 t e todos os içamentos foram completados em menos de quatro dias.” “Tínhamos que nos perguntar se a ANDRITZ conseguiria fazer isso. Mas, é claro, eles tinham um plano extremamente detalhado e nós confiamos neles.” João Mota, Diretor de Projeto Depois, era uma questão de juntar tudo dentro do prédio, comissionar e realizar o startup. “A ANDRITZ fez esse trabalho de forma bastante profissional”, afirma Mota. “Tudo foi bem planejado e bem executado. Forno de cal EPC A Celbi também escolheu a ANDRITZ para fornecer uma linha de produção de cal “começando no silo de lama de cal até a estocagem de cal queimado”, segundo Jorge Braz, Gerente de Projeto da Celbi para o projeto do forno. O trabalho foi realizado totalmente em EPC, sendo a primeira vez que a ANDRITZ executou um contrato desse tipo para um fornecimento de forno da Europa. “Nossa intenção era adquirir o máximo possível de pacotes em regime de EPC, pois tínhamos uma equipe bastante pequena do nosso lado”, diz Braz. De acordo com Erkki Osmonsalo, Gerente de Projeto da ANDRITZ para o forno de cal, “fornecemos o detalhamento, as obras civis, os prédios, a instalação de todos os equipamentos e a automação como parte desse fornecimento. A conclusão mecânica ocorreu em novembro de 2008 e o start-up da unidade em janeiro de 2009.” O forno antigo da Celbi foi fornecido pela Ahlstrom na década de 1960. “Ele foi originalmente projetado para 100 t/d, mas chegamos à operação a 200 t/d”, diz Braz. “Foi uma boa referência interna daquilo que a ANDRITZ poderia fazer.” “Nossa meta era aumentar a capacidade de secagem de cerca de 900-1000 t/d até 1815 t/d.” Pedro Baptista, Gerente de Projeto da Celbi para a linha de secagem (direita), com Jürgen Wilding, Gerente de Projeto da ANDRITZ, na frente da máquina de secagem de celulose. O projeto foi programado para 22 meses da efetivação do contrato até o start-up e a ANDRITZ cumpriu esse compromisso de prazo. “O projeto do forno de cal transcorreu muito bem”, diz Mota, Diretor de Projeto geral da Celbi. “Ele começou exatamente no prazo, de acordo com o contrato.” O detalhe atípico dessa instalação, de acordo com Braz, é que o forno tem dois precipitadores eletrostáticos (ESPs) instalados. “Isso é incomum”, afirma Braz. “Queremos nos certificar de que atenderemos a todas as regulamentações ambientais, mesmo se um dos ESPs estiver com defeito.” “Tivemos algumas paradas da fábrica para a instalação da caldeira de recuperação que fizaram com que déssemos a partida e parássemos”, conta Braz. “Porém, depois disso, a produção tem sido, em geral, estável e boa.” Qualidade superior, espaço para crescer A marca de celulose Celbi PP é reconhecida por sua qualidade, em particular sua resistência, alvura e porosidade. A fonte de fibras (Eucalyptus globulus) contribui para isso, segundo Gomes, e também ajuda a impulsionar o rendimento. “Essas características são boas para papéis de impressão e escrita, papéis decorativos laminados e papéis de embalagem com impressão de alta qualidade”, ele afirma. “Estamos muito felizes e bastante orgulhosos do trabalho que foi desenvolvido durante esse projeto”, diz Gomes, “e estamos muito contentes com a ANDRITZ e a excelente cooperação. Conseguimos fazer um ótimo trabalho juntos.” A ANDRITZ também forneceu um forno de cal em regime total de EPC (foto superior). Jorge Braz, Gerente de Projeto da Celbi para o projeto do forno (foto inferior). Ao fundo, o novo forno de cal ANDRITZ. À direita do novo forno, o antigo forno Ahlstrom fornecido na década de 1960. “Foi uma boa referência interna daquilo que a ANDRITZ poderia fazer”, diz Braz. 14 Norske Skogindustrier Mover (e remover) melhora o branqueamento para a NSI A fábrica de Saugbrugs da Norske Skog, na Noruega, foi aprovada no teste do tempo. Neste ano, ela comemora seu 150o aniversário. Nos últimos dois anos, a empresa atualizou os sistemas de branqueamento para suas máquinas de papel números 4 e 5 usando algumas abordagens exclusivas - inventadas e implementadas em cooperação com a ANDRITZ. Nessa economia, a Norske Skogindustrier (NSI) está tentando atualizar continuamente suas eficiências sem desembolsar grandes somas de capital. As atualizações dos dois sistemas de branqueamento para a fábrica de Saugbrugs são bons exemplos disso. O projeto mais impressionante dos dois foi a remoção de um sistema completo de branqueamento da antiga fábrica da NSI Union, seu transporte para Saugbrugs e a remontagem lá. A ANDRITZ foi o parceiro de serviço para a realização da realocação, reconstrução, instalação e start-up desse equipamento. O primeiro projeto (remontagem do sistema de branqueamento para PM4), em comparação, foi mais fácil. O objetivo da fábrica era diminuir a demanda química de oxigênio (DQO) no efluente e aumentar a capacidade. Para atender a esses requisitos, a ANDRITZ modificou a torre de branqueamento e aumentou a consistência de alimentação da torre com a atualização de uma prensa de dupla tela para uma maior consistência de saída. Ela foi atualizada com uma linha de contato de prensa do rolo acionador e um novo acionamento individual. Para elevar a capacidade para necessidades futuras, a ANDRITZ também atualizou a caixa de entrada e a cunha flutuante de uma prensa de dupla tela usada para a lavagem pós-branqueamento (convertendo de baixa consistência para consistência média). “A reconstrução realizada pela ANDRITZ seguiu o cronograma, com um start-up sem problemas e o desempenho tem atendido às expectativas. O serviço oferecido pela equipe da ANDRITZ foi perfeito!” Ben-Johan Gottberg, Gerente de Projeto Sênior em Saugbrugs (atualmente aposentado) 15 Norske Skogindustrier Além disso, a química de branqueamento foi alterada. O resultado de tudo isso foi uma redução na necessidade de químicos para o branqueamento. Isso reduziu a DQO no efluente descarregado no rio Tista. Os principais fornecimentos da ANDRITZ foram uma nova parte inferior da torre de branqueamento (para um volume maior) e uma nova descarga da torre de média consistência, que permitiu um layout compacto (com menos uso de espaço). Cronograma apertado, todas as promessas cumpridas As entregas dos equipamentos da ANDRITZ começaram em agosto de 2008. Um dos principais desafios era o cronograma apertado: o layout, fornecimento, reconstrução e start-up foram todos conduzidos no período de um ano. O layout era bastante complicado, devido à localização da torre de branqueamento, que ficava muito perto de uma torre existente. “Foi necessária apenas mais uma rosca transportadora e o projeto compacto da descarga da torre de alta consistência/média consistência com a bomba de média consistência integrada possibilitou lidar com o pequeno espaço disponível”, diz Josef Liendl, Gerente de Vendas da ANDRITZ. “Tivemos várias discussões boas com a NSI antes do conceito e layout finais serem definidos. No final, conseguimos colocar nosso equipamento em uma elevação mais baixa, que permite um volume maior na torre.” A solução trouxe ao cliente uma outra vantagem: foram necessários pouquíssimos equipamentos. O novo layout permitiu o uso de todas as roscas transportadoras existentes e o misturador de alta consistência existente já estava projetado para uma capacidade maior. Outro ponto positivo: foi necessária apenas uma parada curta na produção, já que a maior parte da montagem da torre de branqueamento podia ser feita durante as operações normais da fábrica. Desempenho sólido. (e-d) Ben-Johan Gottberg, da NSI, Josef Liendl, da ANDRITZ, Andreas Kvitvang, da NSI e Rikhard Blomqvist, da ANDRITZ, confiaram na boa comunicação para tratar dos detalhes complexos dos dois projetos de branqueamento em Saugbrugs. O layout permitiu o acesso do guindaste para posicionar as prensas de tela dupla reformadas (mos- Ben-Johan Gottberg, Gerente de Projeto Sênior em Saugbrugs (atualmente aposentado) tem uma opinião bastante positiva. “A reconstrução feita pela ANDRITZ seguiu exatamente o cronograma acertado”, diz Gottberg. “O start-up prosseguiu sem pro- tradas) e realocar a torre de branqueamento trazida da fábrica Union nas proximidades. 16 Norske Skogindustrier blemas. O desempenho da unidade está dentro das expectativas desde o start-up. Não precisamos parar para fazer correções. O serviço oferecido pela equipe da ANDRITZ foi perfeito!” As metas para redução da DQO foram atendidas e, na verdade, excedidas em 30-40%. O segundo projeto envolveu uma logística mais complexa e delicada, de acordo com Gottberg. A linha de branqueamento existente para a PM5 para papéis SC++ em Saugbrugs usava apenas ditionita e não podia produzir a alvura que a fábrica desejava. Agora, mover uma torre de branqueamento A torre de branqueamento que a NSI desejava reconstruir estava localizada na fábrica Union em Skien, na costa oposta do Oslofjord. A NSI fechou a fábrica Union alguns anos atrás. A unidade de branqueamento com peróxido de alta consistência da fábrica Union era exatamente o que Saugbrugs precisava. “A torre da fábrica Union tinha que ser desmontada e transportada para Saugbrugs. O transporte começou por caminhão, depois seguiu por barca e voltou novamente às estradas estreitas. Finalmente, a torre com 5 m de diâmetro tinha que passar pela passagem estreita entre a colina e a fábrica. Devido à restrição do espaço, cada centímetro teve que ser calculado e medido com perfeição”, conta Ewald Kulhanek, Gerente de Produto da ANDRITZ. Norske Skogindustrier “A ANDRITZ fez a movimentação inteira”, diz Kjell-Arve Kure, Gerente de Produção em Saugbrugs. “Sabíamos o que ia acontecer e monitoramos pelas laterais, porém não nos envolvemos. Achávamos que eles poderiam ter problemas com os espaços reduzidos, mas não tiveram nenhum. Todas as partes desse serviço prometidas pela ANDRITZ ocorreram exatamente conforme o planejado.” Para tornar as coisas mais interessantes, havia pouquíssimo espaço em Saugbrugs para depósito e instalação da torre e de outros equipamentos. “Isso é esperado quando se faz serviços de reconstrução em fábricas existentes”, diz Kulhanek. O equipamento incluía duas prensas de dupla tela, cujas caixas de entrada foram convertidas de baixa consistência para média consistência e cujas linhas de contato foram convertidas de SRolls fixos para linhas de contato de prensa S-Roll. Além disso, também vieram de Skien um misturador e três roscas transportadoras. Os novos equipamentos da ANDRITZ incluíam três roscas transportadoras, novas coifas de vapor para as prensas, um novo sistema de descarga de média consistência e a parte inferior da torre de branqueamento. “A unidade de branqueamento da fábrica Union tinha o dobro da capacidade que precisávamos em Saugbrugs”, conta Kure. “Como havia duas prensas de dupla tela em paralelo em Union, decidimos usar uma delas a montante do misturador de alta consistência e da torre de branqueamento e a outra para a lavagem pós-branqueamento.” “A tendência é de que as fábricas adquiram e realoquem equipamentos usados. Nossas equipes de serviço são especializadas na realocação, reconstrução, atualização e startup de equipamentos usados a um custo compensador.” Até agora, tudo bem Onde colocar o equipamento? Novamente, o layout foi a parte mais difícil do projeto. “Concordamos em um layout ‘quase perfeito’, que permitisse o acesso do guindaste às prensas de dupla tela e achasse espaço para a torre de branqueamento na área apertada entre um prédio e uma fachada de pedra ao longo da fábrica que não pode ser deslocada”, diz Andreas Kvitvang, Gerente de Processo em Saugbrugs. A cooperação entre a ANDRITZ e a Saugbrugs foi boa e estreita durante todo o projeto. Graças às comunicações próximas, as correções necessárias foram detectadas com antecedência e corrigidas conforme a necessidade, sem incidentes. Durante os períodos mais frenéticos do comissionamento e do start-up, reuniões breves foram programadas pela manhã e à noite. A segurança dos trabalhadores era uma grande preocupação para a NSI. “Conseguimos evitar acidentes”, Kure observa, com satisfação. Uma combinação perfeita A PM6 é uma unidade de branqueamento com peróxido construída na década de 1990. Como os processos da PM5 e da PM6 são bastante idênticos, há a necessidade de usar a mesma qualidade de polpa, com o mesmo nível básico de alvura. O caso é o seguinte: Saugbrugs pode fornecer a seus clientes uma qualidade idêntica de papel da PM5 e da PM6 – papel para rotogravura SCA de alta printabilidade e alta alvura. Ewald Kulhanek, Gerente de Produto da ANDRITZ “Todas as três máquinas de papel agora têm unidades de branqueamento com peróxido com prensas ANDRITZ”, explica Gottberg. “A construção das prensas é bastante sólida e robusta. Isso proporciona uma disponibilidade muito alta, excelente confiabilidade e pouquíssimas perturbações devido a falhas mecânicas.” E, com o branqueamento similar em todas as três máquinas, “as propriedades da água branca são quimicamente semelhantes”, diz Gottberg. “Isso estabiliza a produção em todas as máquinas.” Um espaço apertado. A torre de branqueamento realocada da fábrica Union para a PM5 em Saugbrugs foi montada entre o prédio e uma parede de rocha ao longo da fábrica, que não pode ser deslocada. Rikhard Blomqvist, Gerente de Vendas de Serviços da ANDRITZ, atribui todo o crédito à cooperação entre os dois parceiros durante os projetos: “Tivemos discussões francas e uma um bom relacionamento entre a NSI e a ANDRITZ. O projeto da PM4 foi uma boa base para o projeto da PM5 - uma transição natural.” Ele diz que mesmo para a ANDRITZ, o projeto da PM5 foi especial, já que a unidade de branqueamento foi deslocada de outra fábrica e combina sistemas existentes com equipamentos novos. “Isso mostra a força da ANDRITZ”, diz Blomqvist. Através do telhado. A torre de branqueamento “A ANDRITZ fez a movimentação inteira. Achávamos que poderiam ocorrer problemas, mas não houve nenhum. Todas as partes desse serviço prometidas pela ANDRITZ ocorreram exatamente conforme o planejado.” Kjell-Arve Kure, Gerente de Produção em Saugbrugs Kulhanek concorda. “A tendência é de que as fábricas realoquem equipamentos usados de outras fábricas para obter soluções de baixo custo” ele afirma. “Usamos nossa experiência para ajudar os clientes a decidir o que realocar, o que reconstruir e o que substituir. Com bastante frequência, podemos atualizar componentes para produzir um sistema de ponta. Além disso, fazemos o comissionamento e o start-up do equipamento e conseguimos que tudo trabalhe sem maiores problemas. No caso de Saugbrugs, o start-up de ambas as unidades de branqueamento foi bom e elas atenderam aos valores garantidos.” reconstruída para a PM4 foi içada e abaixada com cuidado através do telhado do prédio da unidade de branqueamento. O novo equipamento de descarga de média consistência e a porção inferior reconstruída da torre de branqueamento para a PM4. 17 18 SCA Barton SCA Barton 19 Bem à frente da curva em Barton Com start-up em outubro de 2008, as novas unidades de destintamento e máquina de tissue em Barton, Alabama, estão prontas para a produção plena. “A PM 14 preenche uma lacuna em nossa marca Tork® de tissue leve e produtos de guardanapos de folha dupla. Agora podemos produzir cerca de 95% de nossos produtos internamente, perto de nossos clientes.” “Talvez não tenha sido tão excitante quanto a fábrica greenfield em 2004, mas com certeza a sensação de ter um start-up com êxito é boa”, afirma Jim Haeffele, gerente do projeto de expansão das operações da SCA Tissue em Barton e VP de Tecnologia de Tissue da empresa. Haeffele está falando sobre a nova unidade de destintamento ANDRITZ de 350 t/d e a máquina de tissue com largura de 5,5 m PrimeLine CrescentFormer ANDRITZ, que aumentaram consideravelmente a capacidade e as aptidões da fábrica de Barton. A expansão de 145 milhões de dólares alavancou a capacidade de produção em Barton de 70.000 tons para 180.000 t/a. Marty Ferguson, Diretor de Operações para o Sudeste dos EUA da SCA Tissue “O projeto é aprovado, a tecnologia testada e o acréscimo constante tem sido impressionante.” Jim Haeffele, Diretor de Projeto da SCA Tissue “Com a PrimeLine CrescentFormer, você obtém uma folha muito boa e bem distribuída para papéis leves”, afirma Jim Haeffele. A imagem acima mostra a nova PM 14 – uma máquina de tissue da ANDRITZ com 5,5 m de largura e 2000 m/min. “O projeto é aprovado, a tecnologia testada e o acréscimo constante tem sido impressionante”, diz Haeffele. “A formação da folha é perfeita e a qualidade do produto é excelente.” Mark Phiscator, VP de Engenharia e Manutenção, acrescenta que a fábrica está “bem avançada na curva do start-up. A linha de produção está superando o planejado em cerca de 20% por mês. Estamos quase no dobro do que planejamos em termos de eficiências.” Preenchendo uma lacuna A abertura de Barton foi o primeiro start-up de uma primeira fábrica de papel greenfield plena da SCA no mundo (veja a matéria “From cotton field to greenfield” na edição 2-2005 guardanapos com folha dupla na faixa de 1425 gsm. “A força motriz era que tínhamos uma deficiência de 70.000 t/a na produção de tissue leve”, diz Ferguson. “Estávamos adquirindo um percentual alto de rolos-mães e queríamos ter um equilíbrio maior entre a fabricação de papel e a conversão. A PM 14 é parte de nossa estratégia de aproximação com o cliente. Agora podemos produzir cerca de 85% de nossos produtos internamente. Estamos basicamente operando para atender a pedidos. Isso nos ajuda a otimizar nossa programação, mantendo os estoques baixos e aumentando nosso nível de serviço.” da FiberSpectrum). As operações em Barton abrigaram a PM 12 − a primeira máquina de tissue PrimeLine da ANDRITZ na América do Norte. A PM 12 produz toalhas mais pesadas e guardanapos para dispensers a partir de 17-53 gsm. A largura útil da máquina é de 5,5 m e a velocidade máxima é de cerca de 1800 m/min. Seguindo o plano “A principal justificativa era melhorar nossa capacidade de suporte a nossos clientes no sudeste dos EUA. A aprovação da diretoria para o projeto ocorreu em fevereiro de 2007, a construção começou em agosto de 2007 e o start-up da máquina foi realizado em outubro de 2008.” “Ficamos muito satisfeitos com o start-up e o desempenho da PM 12”, diz Phiscator. “Não precisamos ir muito longe para obter uma boa referência da ANDRITZ.” Na verdade, a nova linha de produção foi planejada desde o primeiro dia, diz Phiscator. “O projeto da PM 14 seguiu a mesma filoso- De acordo com Marty Ferguson, Diretor de Operações para o Sudeste da SCA Tissue, a nova PM 14 “preenche uma lacuna” na marca Tork® da SCA Tissue North America e em “O start-up foi rotineiro.” Digo isso como um elogio.” Mark Phiscator, Vice-Presidente de Engenharia e Manutenção da SCA Tissue fia básica de projeto da PM 12”, ele conta. “Desde o princípio, esta fábrica foi projetada para a expansão. Conectores T, amarras, linhas e outros itens extras de tubulação foram instalados para que novos equipamentos e sistemas pudessem ser acrescentados.” O projeto total da PM 14 segue o da linha existente no princípio de que a unidade de destintamento e a máquina de tissue são consideradas como uma unidade. “A PM 12 tem sua própria unidade de destintamento e máquina de tissue e uma equipe cuida da operação inteira”, diz Phiscator. “Fizemos exatamente o mesmo para a PM 14.” Andy Chorney, da SCA Tissue, assumiu a liderança da parte mecânica na equipe de projeto. “Gastamos mais tempo nos estágios iniciais para fazer certo”, diz Chorney. “O projeto levou 18 meses, da engenharia ao start-up. Na área de projetos, tempo é dinheiro. Quanto mais cedo a máquina gerar receita para nós, melhor ficaremos.” Chorney ficou satisfeito com a transição dos desenhos de engenharia para a realidade. 20 SCA Barton “A qualidade do papel usado é uma meta móvel. O papel usado hoje é mais contaminado e os adesivos são mais problemáticos.” Tony Epie, Superintendente Assistente Tony Epie (esquerda), Superintendente Assistente para a unidade de destintamento da PM 14, com Richard Turnbull (Representante Regional da ANDRITZ) em frente das células de destintamento. SCA Barton “Tudo parece bem no papel”, ele diz. “Só quando chegamos no campo é que se vê o quanto o projeto realmente é bom. Neste caso, fizemos muitas coisas certas. Tivemos que fazer algumas modificações em tempo real, mas elas foram mínimas, na verdade. A cooperação e a coordenação de todos envolvidos foram ótimas.” Desempenho garantido A SCA Tissue escolheu um fornecedor, a ANDRITZ, para fornecer a unidade de destintamento e a máquina de tissue.Haeffele explica: “Ao limitar a quantidade de fornecedores, conseguimos melhores garantias de desempenho e um melhor desempenho. É mais fácil administrar o projeto com menos interfaces e os fornecedores se tornam parceiros reais em nosso sucesso.” “A ANDRITZ foi muito flexível no trabalho conosco para modificar o processo e a máquina do jeito que queríamos”, diz Sarah Freeman, Superintendente Assistente responsável pela PM 14. “Por exemplo, pedimos algumas melhorias no sistema de chuveiros e na seção da bobina. Tivemos uma experiência muito boa com a ANDRITZ na PM 12. Esta máquina é como a primeira, qualidade muito alta e construção robusta.” De acordo com Haeffele, “fizemos alguns aprimoramentos que tornaram essa máquina CrescentFormer ideal para a produção de tissue leve a altas velocidades. A PM 14 tem Tim Fulmer (esquerda), Líder Elétrico da SCA, consulta Andy Chorney, Líder Mecânico da SCA Tissue, sobre o deck de um filtro a disco ANDRITZ na área de preparação da massa. uma caixa de entrada de duas camadas, em comparação com a caixa de entrada de camada única da PM 12. O excelente perfil transversal é conseguido pelo controle do perfil de diluição (peso), combinado com o controle de umidade por meio de uma caixa de vapor localizada no rolo de pressão de sucção. Com a PrimeLine CrescentFormer, você obtém uma folha muito boa e bem distribuída para papéis leves. Quando se está fazendo uma folha cuja espessura é de apenas uma fibra e meia, ela tem que ser bem distribuída. Também não há transferência da tela para o feltro, o que melhora drasticamente o desempenho sob altas velocidades.” Desafios do fluxo de resíduos “Fazemos produtos 100% reciclados a partir de mais de 250.000 tons de papel usado por ano”, afirma Tony Epie, Superintendente Assistente responsável pela unidade de destintamento da PM 14. “A PM 14 não alterna de papéis marrons para brancos como a PM 12, então escolhemos o desagregador de tambor FibreFlow®. Com isso obtemos um melhor rendimento e os principais contaminantes são depurados em uma etapa inicial do processo”, Epie diz. A qualidade do papel usado é uma meta móvel. “O papel usado hoje é mais contaminado e os adesivos são mais problemáticos”, afirma Epie. “O papel reciclado de escritório em geral é picado e contém muitos clipes de papel, CDs, plásticos variados e, algumas 21 O sistema DIP para papel reciclado de escritório (MOW) da ANDRITZ para a fábrica da SCA em Barton tem especificação de uma produção de 350 bdst/d para a PM 14. No primeiro circuito, os aceites do desagregador a tambor FibreFlow® passam por dois estágios de limpadores de alta densidade, três estágios de depuração grossa, três estágios de centrilimpadores de fluxo para frente e uma limpeza fina de três estágios. O segundo circuito é o circuito de branqueamento, que tem flotação e dois estágios de branqueamento. “A ANDRITZ foi muito flexível no trabalho conosco. Tivemos uma experiência ótima com eles na PM 12. O start-up da PM 14 foi muito tranquilo.” Sarah Freeman, Superintendente Assistente da SCA para a PM 14 vezes, um alto percentual de pasta mecânica. Ensinamos nossos técnicos a identificar visualmente e remover as principais fontes de adesivos antes mesmo que o resíduo entre em nosso sistema.” Rotineiro? “O start-up na fábrica de Barton da SCA foi rotineiro”, diz Phiscator. Rotineiro − para um projeto de expansão de 145 milhões de dólares? Além disso, a SCA opera o primeiro circuito a uma temperatura bem mais fria que na PM 12. “Isso nos proporciona uma chance melhor de remover os adesivos antes que o calor do processo torne a tarefa mais difícil”, explica Epie. “Digo isso como um elogio.” Flexível e robusta “A unidade de destintamento ANDRITZ incorpora um alto grau de flexibilidade e robustez”, diz Epie. “Ela pode lidar com uma ampla variedade de fluxos de resíduos. A principal meta é fornecer à máquina uma massa pronta com baixa quantidade de cinzas sem comprometer a produção. Nossa meta está abaixo de 4% de cinzas nas torres de alta densidade. Escolhemos uma lavagem agressiva para remover cinza, argila e tintas. A massa pronta é 100% branqueada, variando de 68 a 75 ISO. O rendimento é de cerca 70% na unidade de destintamento e 67% no geral.” “Eu diria que foi muito tranquilo”, acrescenta Freeman. “Selecionamos quatro de nossos melhores técnicos para preparar o treinamento para a PM 14. Eles elaboraram os materiais, coordenaram as sessões com os fornecedores e fizeram o treinamento cruzado de todos os operadores. Estávamos muito bem preparados para o start-up em outubro.” Ferguson observa que uma das principais medidas da SCA é o que eles chamam de Top Speed Non Stop (TSNS). “Se pudéssemos operar à velocidade plena sempre, o escore seria de 100”, diz ele. “Nossos escores TSNS estão melhorando – e temos conseguido números muito bons da linha da PM 14.” “A máquina da ANDRITZ é muito bem construída e tem uma qualidade excelente”, afirma Phiscator. “Ela é capaz de atingir velocidades altas e permanecer estável. A máquina definitivamente está operando à frente do planejado neste momento.” Tim Fulmer, líder elétrico do projeto, foi responsável pela seleção dos controles do processo, da automação e dos controles da máquina. “Tivemos os problemas normais que temos em todos os projetos”, conta Fulmer. “Porém o start-up foi excelente. Todos nós fizemos um bom trabalho no comissionamento dos sistemas.” “O start-up foi tranquilo”, diz John Schamell, Diretor de Projeto da ANDRITZ e chefe da área de máquinas de papel da empresa na América do Norte. “Atribuo isso a três fatores principais. Primeiro, você tem uma máquina padronizada bem projetada. Segundo, na obra tínhamos pessoas extremamente qualificadas para comissionar a máquina e resolver qualquer problema. E, provavelmente o mais importante, tínhamos um cliente que conhece seu negócio. Os operadores e a supervisão aqui eram altamente treinados e qualificados. A SCA é um dos melhores clientes de se trabalhar. Eles são razoáveis, justos e bastante abertos a discussões construtivas.” 22 Klabin 23 Cartão rígido: ativos líquidos em Monte Alegre A Klabin do Brasil tomou a decisão estratégica de se concentrar em cartão de alto valor e papéis para embalagem. Um grande investimento na fábrica de Monte Alegre permitiu à Klabin diminuir a gramatura e melhorar a rigidez e a printabilidade do cartão. No centro disso está a produção da nova unidade de celulose CTMP. A CTMP na camada intermediária do papelão da Klabin acrescenta bulk e rigidez. A ANDRITZ forneceu aquela que hoje é a maior fábrica de CTMP de eucalipto do mundo: 140.000 t/a. É também a primeira a produzir CTMP a partir de 100% de eucalipto para cartão para embalagens de líquidos. A viagem de três horas entre a sede da ANDRITZ em Curitiba e a fábrica da Klabin de Monte Alegre, em Telêmaco Borba, passa por plantações de araucária, pinus e eucalipto. “A fábrica, que foi fundada em 1946, quando o governo brasileiro iniciou um plano de incentivo para desenvolver a indústria local, é um complexo que se espalha pelo alto de uma colina íngreme entre dois rios. No total, a Klabin possui cerca de 449.000 hectares de florestas, dos quais 224.000 são plantações. Essa mistura de fibras é uma vantagem competitiva, de acordo com Francisco Razzolini. “Usamos fibras curtas e longas juntas em combinações que nos proporcionam vantagens técnicas e de custo.” Razzolini foi o Diretor de Projeto para o projeto MA-1100 (“MA” é a abreviatura de Monte Alegre e “1100” se refere aos 1,1 milhões de toneladas por dia da produção de pa- pel/cartão). Esse foi o maior investimento da Klabin até hoje, totalizando 2,2 bilhões de reais (EUR 719 milhões). Esse é o primeiro projeto mundial com foco em equipamentos para fabricação de cartão para a embalagens de líquidos. Grupo selecionado de fornecedores Em 2003, a Klabin concentrou seu foco em papéis para embalagem e em produtos de cartão revestido com maior valor agregado – cartões para embalagens de líquidos, papelão para caixas dobráveis e carrier board. “Nossa estratégia é produzir produtos de papel e cartão de alto valor agregado, onde os ciclos são menos severos”, diz Arthur Canhisares, Diretor Industrial da Klabin. “Quando você se desloca para os produtos com maior valor agregado, em geral a estabilidade é muito maior e há menos concorrência.” A Klabin tem uma história de 25 anos no fornecimento de cartões para embalagens de líquidos à Tetra Pak. Canhisares lembra quando tudo começou – uma época em que os fornecimentos totalizavam cerca de 6000 toneladas por ano. Neste ano, a meta é de 400.000 t/a. “Nossos investimentos são significativos, para continuarmos nesse grupo seleto de fornecedores”, afirma Canhisares. Além do mais, a Klabin acaba de concluir um programa de seis anos que levou ao Prêmio de Gestão Produtiva Total (TPM) do governo japonês. Foi a primeira empresa brasileira do setor de papel e celulose a obter essa certificação. Esse foco e o desejo intenso de “fazer o melhor cartão do mundo” levaram ao projeto MA-1100. Projeto MA-1100 Na verdade, o projeto foi concebido como MA900 (produção de 900.000 t/a), mas, como sempre, a equipe da Klabin encontrou manei- 24 Klabin Klabin ras de elevar a meta – e cumprir o objetivo maior. Razzolini explica: “Nós basicamente instalamos uma nova fábrica dentro da existente: novo pátio de madeira, nova fábrica de celulose CTMP, upgrades dos digestores kraft e da planta de branqueamento, planta de CLO2, nova máquina de cartão, cozinha de tinta, forno de cal, caldeiras de recuperação e de força, turbogerador, automação, distribuição elétrica, expansão da expedição e duplicação de nossa unidade de tratamento de efluentes.” “Quando começamos o desenvolvimento da CTMP, a ANDRITZ foi bastante cooperativa. Juntos, encontramos um processo que atendia a nossas necessidades.” Francisco Razzolini, Diretor de Projeto A logística foi bastante complicada. Um problema era como lidar com a mão-de-obra. “Em média, tínhamos 4500 operários da construção na obra, com um pico de 7000”, diz Razzolini. “Construímos alojamentos para 3000 pessoas, criamos restaurantes para fornecer refeições e administramos o transporte por ônibus para as pessoas que trabalhavam no projeto.” Jorge Mudri, Gerente da Linha de Fibras em Monte Alegre (esquerda) com Giani Valent, Gerente de Projeto da ANDRITZ, em frente à prensa de cavacos MSD. “Nosso principal desafio foi instalar todo esse equipamento no meio de uma fábrica operando à capacidade plena”, diz João Braga, Marcos Freitas, especialista técnico da ANDRITZ Automation no Brasil, com o analisador de celulose on line FiberVision™. “Nosso principal desafio foi instalar todo esse equipamento no meio de uma fábrica operando à capacidade plena.” Gerente de Projeto. “O plano era não perturbar a produção e elevar a capacidade de 700.000 para 1,1 milhões de toneladas por ano em 22 meses.” Com uma única exceção, o cronograma foi cumprido e o start-up iniciou em setembro de 2007. João Braga, Gerente de Projeto da Klabin CTMP de alto rendimento é o segredo “Com a instalação da nova máquina de cartão, tivemos que decidir se iríamos aprimorar o processo de fabricação de celulose existente ou usar uma nova fibra na composição do cartão”, diz Jorge Mudri, Gerente da Linha de Fibras em Monte Alegre. “Buscávamos em primeiro lugar o aumento de nossa capacidade existente de produção de celulose kraft.” De acordo com Mudri, a celulose kraft é uma parte importante da mistura, “porém há um requisito especial para nosso cartão”. “A principal qualidade que desejamos aprimorar em nossos cartões é a rigidez. Isso permite que os clientes segurem a embalagem de suco ou leite sem que ela desmonte.” A polpa quimotermomecânica (CTMP) algumas vezes é usada para dar corpo (bulk) ao cartão, propriedade que está relacionada com os índices de rigidez ou curvamento do produto final. “Primeiro, adquirimos a CTMP do Canadá para o papel cartão”, diz Mudri. “Depois, fizemos um teste na fábrica com a Tetra Pak usando CTMP em cartões para embalagens de líquidos na nossa máquina de cartão existente.” Satisfeita com os resultados iniciais, a Klabin quis realizar testes mais sofisticados com a intenção de instalar seu próprio processo CTMP. “Fizemos ensaios com diferentes tipos de CTMP no laboratório da ANDRITZ em Springfield, Ohio, em 2004 e 2005”, conta Mudri. “Decidimos que 100% de eucalipto para a CTMP era o que adotaríamos.” “Quando começamos, a ANDRITZ foi bastante cooperativa”, diz Razzolini. “Eles abriram sua unidade piloto para nós. Juntos, encontramos um processo que atendia a nossas necessidades. O desenvolvimento foi intenso e produtivo e a solução de processo resultante foi muito boa.” A primeira no mundo A ANDRITZ forneceu aquela que hoje é a maior fábrica de CTMP de eucalipto do mundo: 140.000 t/a (capacidade de projeto de 432 t/d). É também a primeira a produzir CTMP a partir de 100% de eucalipto para cartão para embalagens de líquidos. A unidade foi fornecida em regime de EPC, com a Klabin realizando as obras civis/estruturais. Além da unidade CTMP, a ANDRITZ também forneceu um evaporador de efluentes, uma prensa desaguadora e um refinador de rejeitos para a linha de celulose kraft. O prédio que abrigaria a nova unidade CTMP era ocupado por uma antiga unidade de pasta mecânica pedras de rotativas, que foi fechada em 2003. Dentro dele havia 15 desfibradores grandes. “Foi um desafio, pois tivemos que planejar o layout interno de modo que se ajustasse à estrutura”, diz Maurice Garvie, Diretor de Projeto da ANDRITZ. O trabalho da Klabin foi substancial: desmontar os equipamentos antigos, reforçar a estrutura e abrir espaço para os equipamentos novos. “Foi um desafio muito, muito grande para nós, para ANDRITZ, e para os subcontratados da construção civil”, diz Razzolini. “Porém, conseguimos administrar a situação de forma positiva.” Giani Valent, Gerente de Projeto do escritório da ANDRITZ em Curitiba, relembra a complexidade: “Começamos a montagem mecânica do lado de fora, com o evaporador MVR, em novembro de 2006; à medida que cada área interna do prédio era liberada, rapidamente movíamos nossos equipamentos para dentro”, diz Valent. “Foi necessária muita co- ordenação e comunicação para manter o cronograma.” Conforme o cronograma, os primeiros fardos de celulose da prensa desaguadora saíram da nova unidade CTMP em 27 de setembro de 2007. Na unidade CTMP, os estágios básicos do processo são a lavagem de cavacos; a impregnação com uma prensa de cavacos MSD; a refinação principal (dois refinadores single disc de 70 polegadas S2070 com motores de 14 MW cada); depuração; refinação de rejeitos (Twin Flo); engrossamento (filtro a disco) e lavagem em três estágios (prensas de rosca). Mudri diz que a lavagem é muito importante. “O cartão para embalagens de líquidos não pode ter resinas ou odores”, explica. O evaporador de efluentes MVR (Mechanical Vapour Recompression) tem como função reduzir a carga ambiental da unidade CTMP. Quando a Klabin solicitou as licenças ambientais para a expansão da fábrica, concordou em não aumentar as emissões, apesar do aumento de produção. “A descarga da unidade CTMP não é feita para a unidade de tratamento de efluentes”, diz Valent. “O efluente da CTMP é 1% sólido. É evaporado no MVR para cerca de 20% e enviado aos evaporadores principais. 21 horas por dia “O consumo de energia específica dos refinadores é uma consideração importante para nós” , afirma Mudri. “Com o equipamento da ANDRITZ, produzi- “Os investimentos são significativos, pois você deve desenvolver a qualidade e a tecnologia e investir nas pessoas para fazer parte desse grupo seleto de fornecedores.” Arthur Canhisares, Diretor Industrial 25 26 Klabin Klabin 27 SOBRE A Sindus Andritz “A confiabilidade da unidade de CTMP é ótima. A manutenção é fácil. Mesmo sendo uma tecnologia nova para nós, tivemos um treinamento ótimo antes do start-up e nosso pessoal está bem preparado.” Arnaldo Jasinski, Coordenador de Manutenção Em 2007, a ANDRITZ adquiriu 50% da Sindus Human Technology, uma empresa brasileira especializada em serviços de manutenção para os setores de celulose, papel e outros. A Sindus passou a fornecer serviços de manutenção de instrumentação e de sistemas de controle no início da década de 1990. A Sindus Andritz contrata, treina, fornece pessoal e realiza todos os trabalhos relacionados a manutenção e reparos na fábrica. Atualmente, são cerca de 700 funcionários no Brasil, trabalhando em 15 locais estratégicos. A Sindus Andritz trabalha com todos os principais produtores de papel e celulose do Brasil. mos uma qualidade consistente com custos variáveis menores.” produto, e também com o desempenho da unidade CTMP como um todo.” A unidade de CTMP segue uma programação rígida de partida e parada todos os dias. “A energia é um grande custo variável para Monte Alegre, já que 35% dela é comprada”, diz Mudri. “No Brasil, temos horários de pico cinco dias por semana (3 horas por dia), nos quais o preço da energia é de cerca de cinco a seis vezes mais alto que a média. Projetamos a unidade CTMP para atingir nossa produção necessária trabalhando 21 horas por dia.” “Pode-se dizer muito a respeito de um fornecedor por suas ações durante um projeto”, diz Braga. “O comportamento da ANDRITZ foi ótimo. A reação aos problemas foi extremamente rápida. Cada ação se concentrou na resolução do problema, não em procurar culpados ou discutir sobre quem iria pagar.” Como as fibras usadas no cartão para embalagens de líquidos deve atender a rígidos padrões de limpeza, a ANDRITZ forneceu um sistema no qual a polpa passa através de um filtro a disco e um sistema de lavagem com prensas de rosca de três estágios. Abaixo é mostrada uma das prensas de rosca e o refinador de rejeitos. Daniel Scigo, Supervisor Analítico da Sindus Andritz, verifica a calibração da instrumentação digital na nova unidade de CTMP. A Sindus Andritz tem 40 profissionais trabalhando no complexo fabril de Monte Alegre. Jean Baril (em pé), Engenheiro Sênior de Processo da ANDRITZ, trabalha com um operador na sala de controle da Klabin. Baril foi fundamental na engenharia de processo, comissionamento e startup, e orientou os operadores da Klabin à medida em que eles aprendiam a nova tecnologia CTMP. Os operadores da Klabin se capacitaram para ativar e parar o processo com eficiência. “Uma decisão importante foi usar o Simulador IDEAS”, diz Guilherme Sprung, Gerente de Projeto da Klabin para as áreas de energia e automação. “Nossos operadores não tinham experiência com o processo CTMP ou com a caldeira de força CFB, então decidimos usar o Simulador para essas áreas. Nossos operadores aprenderam com bastante rapidez como controlar a produção com o treinamento que fizeram durante a simulação.” Operação boa e estável “Durante a fase comercial, a ANDRITZ fez um excelente trabalho e nos ofereceu um investimento muito atraente”, diz Razzolini. “Durante a instalação, o projeto foi muito bem e o startup foi tranquilo. Posso dizer que estamos muitíssimo satisfeitos com os resultados que obtivemos do projeto e com a qualidade do “Embora tivéssemos trabalhado com a ANDRITZ em instalações menores, esse foi nosso primeiro grande projeto com eles”, diz Mudri. “O desempenho da tecnologia é melhor do que os ensaios que fizemos e estamos muitíssimo satisfeitos com os resultados que estamos obtendo da CTMP de eucalipto.” O que começou com uma quantidade pequena de CTMP na camada intermediária do cartão de alto valor da Klabin aumentou significativamente por causa do bulk e rigidez excelentes. “Nossa meta para o bulk é de 3,2 cm3/g, porém estamos conseguindo consistentemente valores acima de 4,0 cm3/g”, diz Mudri. “Hoje produzimos os mesmos tipos de cartão com a mesma qualidade, ou até melhor, que antes”, afirma Mudri. “Mas, agora, nossa gramatura é menor. Isso quer dizer que nossos clientes têm pelo menos 5% a mais de superfície com a mesma tonelagem – o que significa aumento de lucros para eles.” 28 Stora Enso Stora Enso 29 Os melhores cavacos do mundo? Quando chegou o momento de modernizar o pátio de madeira da fábrica de Varkaus, não era cedo demais. O equipamento antigo foi substituído pela mais recente tecnologia da ANDRITZ, com resultados extraordinários. “Agora, talvez tenhamos os melhores cavacos do mundo”, afirma o superintendente de produção da fábrica de celulose. As raízes da fábrica em Varkaus na Finlândia remontam a 1830. A produção de celulose inclui ECF a cerca de 225.000 t/a, TMP a cerca de 250.000 t/a, e de fibras recicladas a cerca de 100.000 t/a. Até recentemente, o pátio de madeira lutava para manter a produção de que a produção de papel fosse prejudicada.” A Varkaus também foi a última fábrica do Grupo a operar sem um sistema de degelo de toras. “Toras congeladas não são descascadas de forma adequada”, diz Jouni Hiltunen, Superintendente de Produção da fábrica de A diretoria da Stora Enso aprovou o investimento para um novo pátio de madeira em março de 2006. Os equipamentos principais foram adquiridos da ANDRITZ em junho daquele ano. de cavacos para as linhas de TMP e Kraft, além de processar as cascas para a caldeira de força. celulose . “Encontrávamos marcas escuras no papel durante o inverno por causa do descascamento ruim.” A distribuição de tamanho dos cavacos variava bastante, para dizer o mínimo. “Havia muita variação de tamanho, o que afetava nossa linha de fibras”, explica Hiltunen. “E tínhamos até 3% em perdas de madeira apenas no processo de peneiramento de cavacos.” “Passamos por muitas inovações junto com a ANDRITZ”, afirma Varis. A fábrica Varkaus é o local de instalação do primeiro tambor descascador acionado por fricção, da primeira peneira rotativa, do desenvolvimento do sistema de degelo, do teste do primeiro picador, do primeiro sistema de branqueamento por deslocamento e do primeiro sistema de evaporação de efluentes Zedivap® . Em resumo, o pátio de madeira tinha se tornado um potencial de alto risco. “Estávamos suportando da melhor forma possível”, conta Varis, “mas sabíamos que seriam necessários investimentos de porte nos dois anos seguintes somente para reparar os equipamentos A tendência é ser pequeno Por que a ANDRITZ? “Eles garantiam as menores perdas de madeira”, diz Varis. “Visitamos uma instalação de referência em Joutseno que foi bastante convincente. Eles demonstraram que podiam controlar com precisão a quali- antigos do pátio de madeira.” dade dos cavacos à medida que as condições “A parte mais antiga de nosso pátio de madeira foi instalada na década de 1950”, conta Ville Varis, Diretor de Produção da fábrica de celulose. “Embora tenhamos conseguido fazer alguns pequenos investimentos para reformar parte da unidade usando a tecnologia das décadas de 1970-1980, os equipamentos estavam, basicamente, no fim de suas vidas úteis.” Alto risco “Estávamos tendo muitas paradas para realizar reparos”, explica Varis, “e havia o risco O pátio de madeira da ANDRITZ em Varkaus consiste em uma operação com descascamento de duas linhas, picagem e peneiramento. A capacidade para madeiras de fibras longas é de 350 m3 sólidos com casca/hora, e a capacidade para madeiras de fibras curtas é de 250 m3 sólidos com casca/hora. “Agora talvez tenhamos os melhores cavacos do mundo.” Jouni Hiltunen, Superintendente de Produção da Fábrica de Celulose “Recebemos uma grande melhoria de eficiência com um investimento único.” Ville Varis, Diretor de Produção da Fábrica de Celulose na fábrica de Varkaus da Stora Enso (Da esquerda para a direita) Jouni Hiltunen, Superintendente de Produção, Pekka Kokko, Engenheiro-Chefe do Pátio de Madeira da ANDRITZ, e Ville Varis, Diretor de Produção da Fábrica de Celulose, supervisio-nam uma das linhas de descascamento. mudavam. Nós realmente queríamos um nível de flexibilidade assim em Varkaus.” Essa flexibilidade é especialmente importante por causa das recentes tendências de colheita da madeira. “Devido aos pesados impostos de exportação para toras brutas da Rússia”, conta Varis, “estávamos em busca de uma virada drástica para tamanhos menores de troncos na Finlândia. “Há uma grande proporção de primeiros desbastes, madeira jovem e troncos de pequeno diâmetro, em geral. São necessários mais troncos – e mais descascamento – para atingir apenas o mesmo volume de produção.” De desgastado para deslumbrante O trabalho de construção no local começou em 31 de julho de 2006. “Trabalhamos durante um inverno frio na Finlândia”, diz Varis. “Pode-se imaginar os desafios de realizar uma construção civil em solo congelado!” A ANDRITZ começou a instalar o maquinário principal em março de 2007. O comissionamento iniciou em agosto e o start-up em 7 de setembro de 2007, conforme o cronograma acertado. O pátio de madeira de Varkaus representa as tecnologias mais modernas e eficientes de processamento de madeira para climas frios, segundo Pekka Kokko, Engenheiro-Chefe da área de Processamento de Madeira da ANDRITZ. Há uma unidade de descascamento de duas linhas com degelo (PowerFeed™), dois HHQ-Chippers™ grandes, sistemas de separação e peneiramento de cavacos JetScreen™ e analisadores de qualidade dos cavacos ChipScan™. A capacidade para madeiras de fibras longas é de 350 m3 sólidos com casca/hora, e a capacidade para madeiras de fibras curtas é de 250 m3 3 sólidos com casca/hora. Os troncos de abeto (spruce) vão diretamente para a serraria adjacente. Os cavacos da serraria vão para a linha TMP junto com os cavacos de madeira de abeto processados no sistema ANDRITZ. As cascas da serraria são misturadas com as cascas do pátio de madeira e vão para a caldeira de força. A madeira para produção segue para o sistema ANDRITZ 30 Stora Enso da linha Kraft. O digestor de 800 t/d alterna com bastante frequência entre fibras curtas (hardwood) e fibras longas (pinho e abeto à proporção de 80/20), com uma campanha que dura de meio dia a dois dias. “Uma das minhas preocupações antes do projeto era a de que melhoraríamos a qualidade dos cavacos, mas o tamanho dos cavacos seria grande demais” conta Varis. Não foi esse o caso. “Controlamos gradualmente o tamanho dos cavacos de 28 para 30 para 32 mm em um ano. Estamos obtendo cozimentos melhores O esturjão tem estado sob uma pressão cerrada de pesca pelas ovas da fêmea e sua carne. A Carelian Caviar Oy cria esturjões Siberiano e Beluga usando técnicas ambientalmente sustentáveis, que ajudam a proteger o esturjão selvagem, até certo ponto. A criação de peixes em Varkaus recircula o calor da fábrica Varkaus da Stora Enso, mantendo as condições ideais para o esturjão durante todo o ano. Os maiores Belugas podem pesar acima de 1500 kg e viver mais de 100 anos. O caviar dessa espécie é o mais delicado e caro do mundo. 31 Stora Enso no digestor, com menos rejeitos.” “Um benefício colateral da tecnologia de descascamento seco da ANDRITZ é que a qualidade de combustível (casca) da caldeira de força melhorou significativamente” diz Hiltunen. “Tivemos uma redução de 60% nas águas residuais do pátio de madeira e uma redução enorme de fósforo e DQO.” Melhorias imensas de eficiência Com o pátio de madeira totalmente operacional em novembro de 2007, a fábrica Varkaus começou a ver resultados de imediato. “Tivemos uma grande melhoria de eficiência com um investimento único”, afirma Varis. “Quando vim para esta fábrica em 1999, 55 pessoas trabalhavam no manuseio da madeira. Hoje, são 13. Um segundo ponto é que testemunhamos uma redução drástica dos custos de manutenção. Em terceiro, as economias resultantes de melhorias na eficiência dos materiais (perdas de madeira reduzidas, maior produção da polpação química, etc.) são substanciais .” “Usamos o analisador ChipScan™ no processo para obter dados precisos sobre o comprimento, espessura e variabilidade dos cavacos”, explica Hiltunen. “Antes de adotarmos o sistema ANDRITZ, nossa distribuição era 50 a 62% no tamanho ideal de cavacos aceitos e cerca de 20% no menor tamanho de cavaco aceito. Agora estamos conseguindo um tamanho de cavaco ideal 80% do tempo e apenas 10% de aceites pequenos. Enquanto isso, reduzimos os cavacos subdimensionados e os finos de 9% para 1,8% e nossas perdas de peneiramento são cerca de 1/10 do que tínhamos no sistema antigo. São resultados bastante extraordinários.” Hiltunen foi extremamente positivo em relação às tecnologias no pátio de madeira. “A alimentação do PowerFeed™ transporta os feixes de toras ao tambor descascador sem obstruções em qualquer condição climática”, diz ele. “Há um degelo eficiente e o baixo grau de abastecimento no tambor resulta em forças de massa menores e reduz nossas perdas de madeira. As cascas e a areia são removidas com eficiência. O JetScreen™ facilita a otimização da qualidade de cavacos para o digestor. A qualidade dos cavacos é ajustada simplesmente pela regulagem da pressão do ar. A peneira não sobrecarrega (overflow) durante os períodos de sobrecarga. O HQ-Sizer converte cerca de 80% dos cavacos com excesso de espessura e sobredimensionados em aceites.” Cavacos melhores, polpa melhor “Há uma melhoria bastante clara na operação da linha de fibras após o start-up do novo pátio de madeira”, afirma Varis. “Levou algum tempo para ajustarmos o processo para o tamanho maior de cavacos e a proporção maior de cavacos ideais – e ainda estamos melhorando-o a cada semana.” O gargalo da linha de fibras era o sistema de alimentação de cavacos, principalmente com madeiras de fibras longas. Assim, durante o desligamento de duas semanas em novembro de 2007, a ANDRITZ instalou um silo de cavacos Diamondback® e um sistema de alimentação de cavacos TurboFeed® no digestor de Varkaus. “Após a reativação da linha de fibras em dezembro, ficamos muito contentes por não termos mais um gargalo na alimentação de cavacos”, diz Varis. “É difícil dizer quanto benefício estamos obtendo da qualidade dos cavacos e quanto estamos obtendo da préimpregnação de vapor e alimentação. Porém, posso dizer que janeiro e fevereiro de 2008 foram dois de nossos melhores meses para a produção desde que estou nesta fábrica. Em geral, os meses de inverno são muito difíceis para nós, mas a melhor qualidade dos cavacos e o novo sistema de alimentação têm sido excelentes.” O analisador ChipScan™ no processo fornece aos operadores dados precisos sobre o comprimento, espessura e variabilidade dos cavacos em tempo real. O gargalo da linha de fibras da fábrica de Varkaus era o sistema de alimentação de cavacos. Em novembro de 2007, a ANDRITZ instalou um silo de cavacos Diamondback® e um sistema de alimentação de cavacos TurboFeed®. “Janeiro e fevereiro A peneira JetScreen™ facilita a otimização da Jani Rantula da Carelian Caviar Oy segura um es- de 2008 foram dois de nossos melhores meses para qualidade de cavacos para o digestor. A qualidade turjão Siberiano, que está sendo cultivado em uma a produção desde que estou nesta fábrica”, diz Varis. dos cavacos é ajustada simplesmente pela regu- criação de peixes adjacente à fábrica Varkaus na “Em geral, os meses de inverno são muito difíceis lagem da pressão do ar dentro da unidade. Finlândia. A criação de peixes aquece a água para para nós, mas a melhor qualidade dos cavacos e o os enormes tanques usando o excesso de calor da novo sistema de alimentação têm sido excelentes.” fábrica de Varkaus. Toras sendo carregadas em uma das esteiras de alimentação PowerFeed™ em Varkaus. A fábrica agora conta com um eficiente degelo, com duas zonas de temperatura e a capacidade de carregar feixes de toras longas e curtas sem obstruções. 32 Fábrica Nacional de Moneda y Timbre Fábrica Nacional de Moneda y Timbre Solucionando uma situação pegajosa Um exemplo perfeito de trabalho próximo a um cliente para desenvolver a solução técnica correta é a cooperação entre a ANDRITZ Küsters e um fabricante de papel único em Burgos, na Espanha. Cerca de segurança dupla ao redor do perímetro; passagem pelo detector de metais; máquina de raio X para bagagens de mão; guardas com pistolas carregadas. Estamos em uma fábrica de papel ou no aeroporto? concentra-se na produção de papel para notas de dinheiro, selos, bilhetes de loteria e outros produtos com propriedades autoadesivas. Esses papéis, chamados de “papéis especiais de segurança”, parecem exigir seu próprio nível de alta segurança. A placa diz Fábrica Nacional de Moneda y Timbre (FNMT), a fábrica nacional para produção de papel moeda e selos. Então, devemos estar no lugar certo. A FNMT Evitando uma confusão grudenta Os dias de lamber selos postais e depois fazer uma careta por causa do gosto ruim em breve serão uma lembrança dis- “A calandra é a chave para a qualidade do novo papel.” José Mendia, Gerente de Engenharia e Manutenção, Fábrica de Papel FNMT Da esquerda para a direita: Roland de la Pille (Diretor de Vendas de Área da ANDRITZ Küsters), José Mendia, da FNMT, e José Corominola, da Copapres, representante local da ANDRITZ, ao lado da estação de tante. Agora, os selos são autoadesivos e vêm em livretos, sendo destacados da folha de suporte. No entanto, não é fácil produzi-los. Uma nova bobina de papel está sendo carregada Ambos os lados do selo postal devem ter revestimento e acabamento uniforme - porém com substâncias totalmente diferentes. “O lado superior deve permitir a impressão e as funções de segurança necessárias”, José Mendia, Gerente de Engenharia e Manutenção da Fábrica de Papel FNMT. “O lado inferior contém um adesivo, que no entanto só fica pegajoso depois que o selo é retirado da folha de suporte.” no sistema de revestimento ANDRITZ BMB, que é seguido pela calandragem no equipamento ANDRITZ Küsters. Detalhe da calandra, mostrando o PrimeRoll S EdgeTrim (superior e inferior) e o rolo aquecido (centro), dando os toques finais no papel adesivo para selos. revestimento/calandragem. Tentativas e tentativas “A pós-produção do papel para selos requer o domínio de pelo menos duas habilidades: revestimento e acabamento”, diz Roland de la Pille, Diretor de Vendas da Área de sistemas de acabamento de papel da ANDRITZ Küsters. “Revestir ambos os lados e depois calandrar o papel sem reativar o adesivo pegajoso foi um desafio interessante.” Como calandrar o papel sem que ele grude nos rolos? “Você não calandra… pelo menos não da primeira vez!” de la Pille diz, com uma gargalhada sincera. “Foi assim que a ANDRITZ Küsters e a FNMT se tornaram bons parceiros de trabalho. Em conjunto chegamos a uma solução que foi melhor do que qualquer outra que pudéssemos conseguir de forma independente. Foram necessárias várias tentativas em nosso centro técnico na Alemanha, porém conseguimos encontrar a solução perfeita juntos.” Para fora do laboratório e para dentro da fábrica Mendia está bastante satisfeito com o resultado. “A calandra é a chave para a qualidade do novo papel”, ele afirma. “Embora o desenvolvimento do meio de revestimento possa ser inovador, seu uso depende dos Calandra PrimeCal ProSoft ANDRITZ Küster (fundo) com estação de revestimento BMB resultados oferecidos pela calandragem.” Após as tentativas, a instalação de uma calandra Prime Cal ProSoft em Burgos começou em maio de 2008. A calandra está em linha com uma estação completa de revestimento fornecida anteriormente pela BMB (atualmente uma empresa ANDRITZ e parte do mesmo grupo de Acabamento de Papel). A calandra contém três rolos – um PrimeRoll S EdgeTrim nas posições superior e inferior e um rolo térmico no meio. Os rolos superior e inferior têm zonas especiais abastecidas com óleo, que corrigem a deformação de perfil. “Além do mais, aqui, na FNMT, os rolos de abaulamento variável têm elementos que removem as forças de deflexão nas bordas, de modo que o perfil do papel permaneça plano ao longo de toda a largura”, diz de la Pille. “O rolo do meio é o rolo aquecido”, continua de la Pille. “Nós o operamos a uma temperatura menor para papéis com adesivo no verso, para que o adesivo não seja reativado.” É a interação entre a temperatura do rolo e a umidade residual que possibilita que a massa de revestimento pegajosa cole no papel e não nos rolos. “Também instalamos o sistema de automação MultiMaster para proporcionar à FNMT um controle de processo bastante eficiente”, afirma de la Pille. “Eles conseguem pré-programar determinadas configurações, economizando um tempo valioso ao trocar ou ajustar produtos.” 33 “A ANDRITZ Küsters tem sido um parceiro ótimo no desenvolvimento de novas receitas de revestimento e em suas adaptações à calandra”, conta Javier Baraja, Gerente de Produção em Burgos. Baraja explica que a FNMT com frequência precisa adaptar os processos de acordo com especificações de clientes individuais. A versatilidade técnica da calandra proporciona a chance de otimizar ativamente os produtos em cooperação com os clientes. Valor, não volume As quantidades anuais de pedido da FNMT variam significativamente, dependendo do cliente, porém a tonelagem é pequena quando comparada a papéis de uso geral. “Temos que ser altamente especializados e altamente flexíveis para satisfazer às demandas de nossos clientes de modo lucrativo, a despeito dos volumes comparativamente pequenos”, diz Antonio Olmos, Diretor-Geral da Fábrica de Papel FNMT. “Uma das maneiras de fazermos isso é investir regularmente em novas tecnologias.” A recente modernização da FNMT é um bom exemplo disso. A fábrica melhora sua produtividade pela combinação da estação de revestimento e da calandra em uma única unidade. Melhora a qualidade devido ao revestimento de precisão e ao acabamento preciso do papel. “Estamos muito, muito satisfeitos com o desempenho dos equipamentos da ANDRITZ”, conclui Mendia. “Essa tem sido uma parceria bastante forte e boa.” 34 Sappi Sappi 35 Ativação do “BIG ONE”(o Grande) em Durban O projeto Amakhulu da Sappi Saiccor na fábrica KwaZulu-Natal (Amakhulu significa “o grande” em Zulu) alavancou a produção, preservou a cultura e melhorou a qualidade de vida ao redor da fábrica em Durban, localidade na África do Sul. A Sappi Saiccor é maior produtor mundial de pasta de celulose química (dissolução) para os mercados de têxteis e usos especiais. De acordo com Alan Tubb, CEO da Saiccor, os sonhos de expansão da fábrica Saiccor começaram em 2005, com um aumento da demanda do mercado e a conclusão com êxito de um projeto de desafogamento que foi o precedente de Amakhulu. Além do aumento de capacidade, um grande motivador foram as oportunidades de alavancagem para reduzir os volumes de emissão da fábrica e a dependência de combustíveis fósseis. “Com o investimento na melhor tecnologia, conseguimos aumentar nossa margem de lucro e diminuir nosso impacto ambiental”, explica Tubb. A fábrica reduziu sua dependência nos combustíveis sólidos significativamente e têm passado por uma redução substancial de efluentes sólidos dissolvidos. A Saiccor também conseguiu manter o mesmo consumo de água, apesar da capacidade adicional de 200.000 toneladas de polpa. tipo na África do Sul, trabalha com toras de grande diâmetro. A contribuição da ANDRITZ em Amakhulu O Diretor do Projeto e Chefe de Tecnologia Quando indagado o porquê das fábricas sulafricanas terem levado tanto tempo para investir na tecnologia de picagem com alimentação horizontal, Tony Neave, Gerente da Fábrica para Preparação de Polpa da Saiccor, explica que sempre foi difícil se afastar de uma tecnologia já aprovada. No entanto, desde que se lançou ao projeto, a Saiccor atingiu uma taxa de picagem 10% maior que a taxa projetada original. Em termos de manejabilidade, o picador é menos problemático que os picadores existentes da Saiccor e muito mais fácil de usar. do Grupo Sappi, Andrea Rossi, explica que o envolvimento da ANDRITZ no projeto de expansão de Mkomazi em 1993-1994 foi um grande motivador para escolher novamente a empresa como o principal fornecedor para o pátio de madeira, branqueamento, secagem e evaporador para Amakhulu. “A ANDRITZ tem uma presença técnica local muito boa”, diz Rossi. O escritório local contratou funcionários para a obra, segurança, qualidade, compras e programação, e forneceu muitos dos outros materiais, plataformas, suportes, tubulação, tanques e vasos, além dos contratados para montagem mecânica e da tubulação. “A ANDRITZ oferece uma cesta de tecnologia”, diz Gary Bowles, Gerente-Geral da Sappi Saiccor, “que dinamiza muito mais nossa interface.” A contribuição foi além da tecnologia. Apoiada no suporte financeiro da ANDRITZ e de outros fornecedores de EPC´s, a Saiccor estabeleceu uma escola de treinamento na comunidade local. Em combinação com os 100 empregos temporários e permanentes oferecidos pelo projeto, as condições de vida de boa parte da população local melhoraram. “O Projeto Amakhulu nos deu a oportunidade de aumentar nossa liderança de mercado.” Gary Bowles, Gerente Geral da Sappi Saiccor Nova tecnologia de pátio de madeira para a Sappi A ANDRITZ forneceu um pátio de madeira turnkey – mesa de recebimento de toras, sistema de lavagem de toras, picador, sistema de empilhamento de cavacos com correia, recuperação de cavacos e transportadores. Com esse pátio, a fábrica é capaz de usar um volume maior de toras com até 6 m de comprimento. O HHQ-Chipper™, o primeiro de seu A ANDRITZ forneceu um pátio de madeira turnkey, incluindo o primeiro HHQ-Chipper™ da África do Sul. O projeto da unidade de branqueamento ECF se baseou na Unidade de Branqueamento 3 da fábrica, fornecida pela ANDRITZ em 1994-1995. A nova unidade de branqueamento têm operado a 1020 admt/d – já superando sua meta de projeto. “Qualquer melhoria obtida no pátio de madeira acaba por beneficiar o produto final.” Tony Neave, Gerente da Unidade, Preparação de Superando as metas projetadas na unidade de branqueamento e na linha de secagem A tecnologia ANDRITZ inclui o fornecimento de depuração fina, estágio de oxigênio e unidade de branqueamento ECF de quatro estágios. A base da unidade foi principalmente a Unidade de Branqueamento 3 da fábrica, fornecida pela ANDRITZ em 1994-1995, que inclui 6 filtros a vácuo convencionais para lavagem de polpa marrom e a unidade de branqueamento. A nova unidade de branqueamento tem operado a 1020 admt/d – já ultrapassando a meta projetada. A ANDRITZ também instalou uma linha de secagem de celulose turnkey que inclui o sistema de fluxo de massa antes da máquina, a máquina de celulose, secador com folha suspensa, uma prensa de densificação, uma cortadeira/mesa acumuladora e uma linha automatizada de enfardamento. O que mais impressiona no fornecimento da ANDRITZ é a tecnologia de formação com tela dupla (uma tecnologia nova para a Saiccor) e a inclusão de uma prensa de sapata PrimePress X da ANDRITZ Küsters na seção de prensagem. A PrimePress X reduz os custos operacionais Polpa da Saiccor usando uma extração com maior umidade, que requer menos vapor na unidade de secagem. O próximo elemento da linha é o secador com folha suspensa ANDRITZ pulp dryer com um sistema de recuperação de calor. Após o secador, é usada uma PrimeCal Hard ANDRITZ Küsters como prensa de densificação para aplanar o perfil de densidade antes da cortadeira. A ANDRITZ forneceu a cortadeira/ mesa acumuladora e a linha de enfardamento automatizada (enfardamento, estocagem de fardos e tratamento de fardos ruins), que inclui o sistema de controle BaleMatic™. “Esse projeto foi um desafio para nós”, afirma Bernd Asbeck, gerente de projeto da ANDRITZ para a unidade de secagem. “A secagem de polpa seca para dissolução foi um processo novo para nós”, diz Asbeck. “O projeto físico foi significativamente influenciado pelo baixo pH da massa tratada. Tivemos que reprojetar a máquina inteira para adequar a engenharia à fabricação com os materiais especiais exigidos para o ambiente corrosivo.” Os preços do aço inoxidável para uso espacial foram um grande dreno financeiro no projeto Amakhulu. “Estávamos competindo não apenas com a demanda internacional dos materiais, mas também com uma forte demanda local gerada pelo início das obras para a Copa do Mundo de 2010”, explica Rossi. Além dos desafios técnicos, Asbeck e sua equipe encontraram os desafios habituais de projeto. “O maior desafio foi o tempo”, conta Asbeck. “Tínhamos um cronograma apertado, com o início da instalação em maio de 2007 e o start-up um ano mais tarde. Estávamos fazendo a montagem completa dos sistemas da linha de secagem, não apenas supervisionando a montagem. Concentramo-nos em encontrar subfornecedores com a mentalidade de qualidade correta, dentro e fora da África do Sul, e documentar os programas de GQ deles.” Além disso, os “terrenos” dentro da fábrica estavam a prêmio. “Havia apenas pequenas áreas para depósito e preparação da montagem, pois a fábrica estava em operação total PÁTIO DE MADEIRA. Fornecimento turnkey de linha de processamento de eucalipto e do primeiro HHQ-Chipper™ com alimentação horizontal da África do Sul. Projetado para 300 m³ sub/h. LINHA DE FIBRAS. Depuração fina, deslignificação por oxigênio e unidade de branqueamento ECF para processo de cozimento com sulfito de magnésio. Projetada para 870 admt/d. RECUPERAÇÃO. Fornecimento turnkey de um evaporador de 6 efeitos (o maior do mundo para processo de sulfito de magnésio) com destilação de condensados e liquefação de metanol. Projetado para evaporação de 370 t/h. SECAGEM DE POLPA. Fornecimento turnkey de sistema de fluxo de massa antes da máquina, desaguamento da polpa, secagem e linha de enfardamento. Largura de trabalho de 4,06 m. Projetada para 930 t/d. Prensa de sapata PrimePress X da ANDRITZ Küsters. SIMULAÇÃO. Ideas Simulator para processos de recuperação de químicos. 36 Sappi Sappi durante nosso trabalho de construção e instalação”, recorda Asbeck. Apesar de estar sob prazos apertados e em um local geográfico ainda mais apertado, com acesso limitado para a construção civil, a linha de secagem foi concluída dois dias antes do cronograma. Desde a produção do primeiro fardo em 13 de maio de 2008, a linha de secagem de celulose tem “excedido muitas expectativas”, diz Krish Naidu, Gerente de Área da Fábrica para Branqueamento e Secagem. “Temos um relacionamento de trabalho ótimo com a ANDRITZ. Eles são motivados ao trabalho de equipe e orientados ao cliente em termos de satisfazer às suas necessidades.” radores de recompressão de vapor existentes na Saiccor – uma troca motivada pela maior confiabilidade de um evaporador multiefeito. Os evaporadores existentes requerem paradas frequentes para limpeza mecânica da incrustação acumulada, ao passo que os novos evaporadores contam com lavagem aquecida da superfície interna nos estágios de licor de sulfito. O transporte e a montagem do evaporador foram um desafio. “A ANDRITZ certamente foi forçada a pensar de forma inovadora, o que fizeram sem reclamar”, reflete Rossi. Cinco efeitos do evaporador foram transportados inteiros, embora as restrições de peso em estradas nacionais da África do Sul tenham forçado a desmontagem do efeito Conquistando o grande evaporador A ANDRITZ também forneceu o mais recente evaporador da Saiccor, que é atualmente o maior de seu tipo para aplicações com sulfito de magnésio. A unidade concentra o licor negro de entrada (12,5% de sólidos secos) para um conteúdo de 58% de sólidos secos antes da queima na caldeira de recuperação. maior, sua reconstrução em peças menores e depois o transporte rodoviário. Os vasos foram posicionados com um guindaste de 450 toneladas - um dos maiores da África do Sul. As unidades são especialmente construídas para o processo de cozimento com sulfito de magnésio, em ênfase maior na produção de condensados reutilizáveis limpos. A unidade está equipada com um sistema de liquefação de metanol para destilar gases voláteis, que são então queimados na caldeira. A tecnologia da ANDRITZ é muito diferente dos evapo- 37 “A simulação dinâmica é o caminho a seguir” O fornecimento incluía um Ideas Simulator da ANDRITZ Automation, que permite à Saiccor fazer testes lógicos e do circuito – e treinar operadores – para seus processos de recuperação de químicos e da caldeira. Colin Reddy e sua equipe conseguiram isolar e eliminar problemas na configuração do DCS antes do start-up. O Simulator foi inestimável no treinamento de 200 funcionários novos e existentes na fábrica. “O Ideas foi extremamente útil para o start-up e o treinamento dos operadores”, diz Rossi. “Com os níveis de habilidade existentes na África do Sul, a simulação dinâmica é o caminho a seguir.” A unidade de evaporação ainda precisa ser comissionada, embora tenha operado com êxito durante curtos períodos de tempo. Um atraso na unidade do digestor foi induzido quando foi detectado, em outubro, um vazamento do gás dióxido de enxofre em uma tubulação recém-comissionada, de acordo com Colin Reddy, Gerente de Área da Fábrica para Evaporação e Recuperação. Embora a falha de funcionamento tenha sido rapidamente isolada pela equipe técnica, os digestores tiveram que sofrer uma parada para que fosse feita uma investigação mais completa. A ANDRITZ forneceu uma linha de secagem de celulose turnkey que inclui o sistema de Desafios do projeto Para a diretoria, o maior desafio ao projeto de expansão era o congestionamento resultante e os dilemas logísticos de expandir uma obra brownfield. Com mais de 300 pessoas na obra durante o pico da construção, o esforço dedicado ao treinamento de segurança foi tremendo. Isso certamente valeu a pena, pois a taxa de frequência de lesões foi de apenas 0,2% e o índice de frequência de tempo perdido foi de 0,18, para oito milhões de horashomem trabalhadas durante o projeto. fluxo de massa antes da máquina, a máquina de celulose, um secador com folha suspensa, uma prensa de densificação, uma cortadeira/mesa acumuladora e uma linha automatizada de enfardamento. A máquina de celulose (acima) usa a tecnologia de formação de tela dupla e uma prensa de sapata PrimePress X. A unidade de evaporação ANDRITZ é atualmente a maior de seu tipo para aplicações com sulfito de magnésio. Colin Reddy (esquerda), Gerente de Área da Fábrica para Evaporação e “A secagem da polpa seca para dissolução foi um processo novo para nós. Tivemos que reprojetar a máquina para acomodar os materiais especiais exigidos para o ambiente corrosivo de baixo pH.” Recuperação, com Ryno Eksteen, Diretor Executivo da ANDRITZ (Pty.) Ltd. na África do Sul. Bernd Asbeck, Gerente de Projeto da ANDRITZ para a unidade de secagem “A linha de secagem de polpa excedeu muitas expectativas. A ANDRITZ é motivada ao trabalho de equipe e orientada ao cliente em termos de satisfazer às nossas necessidades.” Krish Naidu, Gerente de Área da Fábrica para Branqueamento e Secagem Com as fábricas ao redor do mundo sendo forçadas a fechar suas portas, poderia-se pensar que a recessão global seria um grande desafio para Amakhulu. Entretanto, a expansão estava quase concluída antes que a África do Sul fosse afetada pela recessão. Embora a unidade tenha sido obrigada a operar a cerca de 70% da capacidade durante alguns meses devido a aspectos relacionados ao projeto, “atualmente ela está voltando à capacidade plena”, diz Bowles. O suporte da ANDRITZ facilitou as primeiras operações de produção bem sucedidas da fábrica atualizada da Sappi Saiccor. Como Rossi explica, “ficamos extremamente felizes de termos trabalhado com todos os membros da equipe da ANDRITZ. Eles tiveram uma atitude bastante positiva e estavam dispostos a encontrar soluções para assegurar que atendêssemos aos requisitos de desempenho.” 38 Notícias do mundo da ANDRITZ Destaques de Notícias do mundo da ANDRITZ PEDIDOS LINHAS COMPLETAS EQUIPAMENTOS PRINCIPAIS, EQUIPAMENTOS PRINCIPAIS, Fujian Nanping Paper Nanping, Fujian, China ATUALIZAÇÕES E MODERNIZAÇÕES ATUALIZAÇÕES E MODERNIZAÇÕES DTE Energy Cassville, WI, EUA JTI Yelets Província de Lipetsk, Rússia Grelha mecânica para manipulação de biomassa Seção de prensagem para máquina de papel Fortum Termest Pärnu, Estônia Domtar Kamloops, BC, Canadá Sistema de alimentação para caldeira de biomassa e tratamento de cinzas Retrofit de caldeira de recuperação Södra Cell Värö Värö, Suécia PAINÉIS Sistema TMP RT-RTS Kartonsan Karton Sanayi ve Ticaret Izmit, Kocaeli, Turquia Linha OCC 227 t/d completa; reforma do sistema de fluxo de massa antes da máquina de cartão Saigon Binh Dinh Paper Vietnã Máquina de tissue PrimeLine Compact (largura de trabalho de 2850 mm na enroladeira e velocidade projetada de 1650 m/min) com Yankee de aço, preparação de massa e automação Resfriador de gás de combustão, retrofit de caldeira de recuperação XinJiang Jin Yang Mei Jia Wood Industry Miquan, Xinjiang, China Sistema de refino pressurizado para MDF de 360 t/d EQUIPAMENTOS PRINCIPAIS, Weyerhaeuser New Bern, NC, EUA Fujian Yongan Forestry (Group) Yong’An, Fujian, China ATUALIZAÇÕES E MODERNIZAÇÕES Retrofit de caldeira de recuperação Sistema de refino pressurizado para MDF de 720 t/d Mondi Steti Steti, República Tcheca Stora Enso Oyi Imatra, Finlândia Sichuan Guodong Construction Chengdu, Sichuan, China Sibstituição do tambor descascador, construção de anel com suporte hidrostático Waplan Prensa de sapata PrimePress X Dois sistemas de refino pressurizado para MDF de 720 Fripa Miltenberg, Alemanha t/d MCC Meili Paper Industry Zhongwei, Ningxia, China Equipamentos para deslignificação por oxigênio e branqueamento Destaques de LINHAS COMPLETAS Atualização “dinâmica” da preparação da massa e siste- Yingang (Chengde) Wood Based Panel Chengde, Hebei, China mas de automação da máquina de tissue Sistema de refino pressurizado para MDF de 864 t/d NOVOS START-UPS LINHAS COMPLETAS EQUIPAMENTOS PRINCIPAIS, Lee & Man (Jiangsu) Paper Changshu, Jiangsu, China ATUALIZAÇÕES E MODERNIZAÇÕES Modernização de cozimento e depuração. Novos processos de lavagem, deslignificação por oxigênio e branqueamento Linha de papel reciclado de escritório (MOW) de 250 t/d completa A maior linha de fibras com linha única do mundo (cozimento, lavagem, deslignificação por oxigênio, depuração e branqueamento) e unidade completa de licor branco Ence Group Navia, Espanha Nova caldeira de recuperação e caldeira de força de biomassa (primeira fornecida pela ANDRITZ), atualização da unidade de evaporação; atualização para linha de secagem de celulose, incluindo prensa de sapata PrimePress X Celulose Beira Industrial (Celbi) Leirosa, Portugal Atualização de mesa formadora de dupla tela, prensa de sapata PrimePress X, novo secador de celulose, cortadeira/mesa acumuladora e linha de enfardamento, fornecimento em EPC de LimeKiln™ PF Louisenthal Cliente final confidencial Unidade de branqueamento para celulose de algodão Phong Khe Paper Bac Ninh, Bac Ninh, Vietnã Sistema de fluxo de massa antes da máquina e de refino para máquina de papel Henan Yinge Industrial Investment Holding Luohe, Henan, China Complete 640 t/d OCC line NOVIDADES O Centro de Serviços mantém o fluxo de clientes nos EUA Manter o fluxo das coisas é um grande desafio em uma fábrica de papel. Com orçamentos apertados, as fábricas estão se concentrando em obter o máximo de vida útil e desempenho dos equipamentos existentes. Os profissionais da ANDRITZ Küsters Roll Service Center em Spartanburg, SC, EUA são especialistas no reparo, recondicionamento e mesmo atualização do PRÓXIMA EDIÇÃO Australian Paper Maryvale, Victoria, Austrália VCP-MS Celulose Sul-Matogrossense Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, Brasil ANDRITZ Lee & Man (Dongguan) Paper Dongguan, Guangdong, China Linha OCC de 1000 t/d completa Hengan Holding China Máquina de tissue PrimeLine com caixa de entrada de duas camadas e sistema de perfil de diluição, preparação de massa de fibras virgens e sistemas de recuperação de fibras. Com esse start-up, a ANDRITZ tornou-se a principal fornecedora do segmento de tissue chinês (nova máquinas em operação). Hebei Yongxin Paper Tangshan, Hebei Linha de produção integrada de cartão para embalagem: máquina PrimeLine com prensa de sapata dupla PrimePress X, calandra PrimeCal Hard, três sistemas de alimentação PrimeFeeder (incluindo quatro JetBelts), uma bobinadeira; linha OCC (1000 t/d), linha AOCC (250 t/d), automação completa da unidade. Anhui Shanying Paper Maanshan, Anhui, China Linha OCC de 1000 t/d completa Stora Enso Fors Fors, Suécia Calandra PrimeCal Hard, PrimeFeeder, reforma da seção de secagem Guangxi Laibin Dongtang Paper Laibin, Guangxi, China Duas linhas de depuração de polpa marrom Papierfabriken Cham-Tenero Cham, Suíça Revestidora PrimeCoat Curtain com uma forma multicamada fornecida em uma máquina de revestimentos especiais off-line. Largura de trabalho da máquina de 3280 mm e velocidade da máquina de 1000 m/min. Verso Paper Sartell, Minnesota, EUA Atualização de DCS, controle do refinador primário e atualizações do sistema hidráulico PAINÉIS Industria de Compensados Guararapes Palmas, Brasil Sistema de refino pressurizado para MDF de 384 t/d Pfleiderer Holzwerkstoffe Nidda Nidda, Alemanha Papeles y Cartones (Member of the Smurfit Kappa Group) Barbosa, Columbia Linha OCC de 350 t/d completa Sistema de refino pressurizado para MDF de 528 t/d Industria de Compensados Sudati Palmas, Brasil Sistema de refino pressurizado para MDF de 384 t/d SPECTRUM A Hebei Yongxin Paper inaugura uma nova linha de papel de embalagem A cerimônia oficial ocorreu em abril para comemorar o start-up de uma linha completa para papel de embalagem ANDRITZ na China, na Hebei Yongxin Paper Co. Ltd. “O start-up foi bastante tranquilo, graças à avançada tecnologia da ANDRITZ e nossa boa cooperação”, diz Wu San Luo, Gerente Geral. A Andritz forneceu a linha inteira: unidade de preparação da massa, máquina de papel, bobinadeira e a automação total da unidade. A linha foi projetada para produzir 400.000 toneladas de kraft para forro e papelão ondulado por ano – tornando a Hebei Yongxin Paper o maior produtor de cartão para embalagens do norte da China. A próxima edição da SPECTRUM trará entrevistas com o principal cliente e o pessoal da ANDRITZ sobre esse projeto importante e interessante. desempenho de rolos convencionais e controlados por deflexão (sem importar o fabricante original). Para saber mais sobre as habilidades do Spartanburg Roll Service Center ou para receber uma cópia de nosso novo catálogo, envie um e-mail para [email protected] ou ligue para +1 (864) 587 4848. 39 PP.s.19.port.09.09 Mantenha a capacidade e a qualidade de fibras, diminuindo seus custos de energia O desafio: Manter a capacidade e a qua- qualidade das fibras. Como você sabe lidade das fibras e, ao mesmo tempo, quais placas usar na operação? Os es- diminuir os custos de energia. A apli- pecialistas Durametal™ da ANDRITZ o cação corretas das placas de refinador ajudam a analisar seu processo e apre- pode auxiliar os produtores de papel sentam recomendações. Eles podem e celulose no esforço para diminuir o auxiliá-lo, trabalhando lado a lado, rea- consumo de energia em suas fábricas, lizando comparativos para comprovar conseguindo ou mesmo melhorando a o desempenho. www.andritz.com We accept the challenge!