FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA MÓDULO Ética e Meio Ambiente Organizadoras: Profª Me. Cristina Herold Constantino Profª Me. Débora Azevedo Malentachi Colaboradores: Profª Esp. Fabiana Caetano Prof. Esp. Márcio Marosti Profª Aline Ferrari ÉTICA E MEIO AMBIENTE Fonte:http://www.deputadoluizcastro.com.br/site/noticia/2012/05/25/semana-do-meio-ambiente-sera-realizadaem-manaus/ Introdução A imagem inicial poderá nos levar a inúmeras interpretações, mas gostaríamos de aproveitá-la para refletirmos sobre a verdadeira motivação que nos leva à preservação do meio ambiente, ou seja, o amor à vida! Neste sentido, convidamos você, caro acadêmico, a ingressar nesta leitura com mente e coração abertos, receptivo à informação, apto à reflexão e suficientemente crítico e disposto a transformar-se e a fazer deste “meio” um ambiente inteiramente voltado a viver mais e melhor! Seja bem vindo! Boa leitura! Textos Elegemos como texto inicial aquele que trata do maior evento relacionado ao meio ambiente ocorrido em “nossa casa” – a Rio + 20. Não poderia ser diferente, até porque temos muito a saber sobre o fato, muito o que refletir e repensar. Traremos, na sequência, algumas das informações mais importantes e atuais a fim de que você aproveite delas, também, para sua reflexão e análise. Vinte anos depois da Eco-92, representantes de ONGs, empresas, de setores da sociedade civil chefes de Estado e de governo voltaram a se reunir para debater quais os rumos o planeta deve tomar para manter um crescimento sustentável e reduzir as agressões ao meio ambiente, na tentativa de reverter uma situação quase limite no que diz respeito à natureza. Chegava a hora da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável - a Rio+20 - que aconteceu dos dias 13 a 22 de junho no Rio de Janeiro. O resultado é o documento O Futuro Que Queremos, documento considerado pela presidente Dilma Rousseff como um avanço em relação aos elaborados em outras convenções da ONU e como um fracasso por ser pouco ambicioso por delegações e ONGs ambientais. Tendo a crise financeira como pano de fundo, o desafio foi, essencialmente, estabelecer diretrizes para que crescimento econômico, justiça social e conservação ambiental caminhem juntos. Em outras palavras, definir como todos os países, juntos, podem promover o chamado desenvolvimento sustentável, “que atenda às necessidades das gerações presentes sem comprometer a habilidade das gerações futuras de suprirem suas próprias necessidades”, segundo a definição oficial, de 1987. Apesar das divergências, as autoridades brasileiras comemoraram o consenso geral entre as delegações, que aprovaram o documento no último dia do encontro. Fica agora a esperança de que os termos acordados serão implementados e que os compromissos assumidos pelos governos não ficarão apenas no papel. O tempo passa para o planeta e os únicos que podem mudar essa situação somos nós mesmo. Imprensa americana critica resultados da Rio +20 Para o 'Washington Post', não vale a pena gastar milhões em cúpula mundial sobre mudanças climáticas Os jornais americanos reagiram ao encerramento da Rio+20 com omissão completa ou crítica dura ao seus resultados. O New York Times e o Wall Street Journal seguiram a primeira linha. O Washington Post afirmou não valer a pena gastar tantos milhões de dólares em reunião cúpula mundial sobre mudança do clima. Na Califórnia, o Estado mais consciente sobre a questão ambiental, o Los Angeles Times foi um dos raros jornais americanos a se concentrar no lado positivo do encontro no Rio de Janeiro. O LATimes destacou o compromisso de aporte de US$ 513 bilhões em planos para levar tratamento de águas, obras sanitárias e energia aos países mais pobres, sem a degradação do meio ambiente. O Post, entretanto, mostrou-se implacável na análise dos resultados em reportagem escrita de Washington, com base na avaliação de especialistas locais. O texto diz ter a conferência "produzido uma declaração não-vinculativa", com compromissos modestos dos líderes mundiais. "As propostas apresentadas no início, como a de prover acesso universal à energia e de dobrar os recursos renováveis até 2030, foram deixadas no chão da sala." A reportagem cita a conclusão da diretora de política Internacional do Pew Environment Group, Susan Lieberman, que considerou positiva a atenção da Rio +20 para os oceanos. Mas, de forma geral, sua leitura sobre o evento do Rio de Janeiro foi negativa. "Não sei se eles devem fazer isso (uma nova conferência da ONU sobre mudança climática) de novo e não sei se precisaremos de outra de novo", afirmou Susan ao Post. Se não saiu nas páginas do NYTimes de ontem, o tema foi pelo menos explorado pelos seus blogs. O de Taylor Barnes, dedicado a questões de Energia e Meio Ambiente, expôs o "palco colorido" proporcionado por personalidades políticas e ambientalistas presentes no Rio de Janeiro. O texto assinalou as ausências do presidente dos EUA, Barack Obama, e da chanceler alemã, Angela Merkel. Mas ressaltou ter o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, tirado vantagens de sua presença, assim como as lideranças indígenas brasileiras contrárias à construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Dilma defende texto final da Rio+20 Só parte dos presentes aplaude documento, considerado fraco por sociedade civil RIO - A Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, terminou marcada pela distância entre as expectativas da sociedade civil e o que os governos e seus representantes foram capazes de produzir após 12 dias de diálogo. Até uma ministra do governo brasileiro – Izabella Teixeira, do Meio Ambiente – lamentou a falta de clareza em alguns pontos do documento final. A presidente Dilma Rousseff, no entanto, defendeu o texto aprovado. "Deixamos as bases de uma agenda para o século 21", discursou na cerimônia de encerramento. Andre Penner/AP Ban Ki-moon e Dilma bateram o martelo juntos para encerrar a conferência O documento final da cúpula, intitulado de O Futuro que Queremos – e apelidado de O Futuro que Teremos, ou O Futuro que Não Queremos, por organizações não governamentais – foi aprovado na sexta, 22, às 19h20, na plenária final da conferência, sem qualquer comentário por parte dos delegados presentes. A aprovação foi aplaudida pela plateia de forma recatada. Em seu pronunciamento, Dilma rebateu as críticas sobre a falta de ambição do texto final. "O documento que aprovamos não retrocede em relação às conquistas da Eco 92, não retrocede em relação a Johannesburgo, não retrocede a todos os compromissos assumidos nas demais conferências das Nações Unidas. Ao contrário, o documento avança", enfatizou a presidente. Segundo Dilma, foram tomadas decisões importantes durante a cúpula. "As resoluções que tratam da erradicação da pobreza e da proteção do meio ambiente são conquistas que fazem o mundo avançar", disse. E lembrou que o documento reflete um consenso. "Celebrar conquistas consensuais significa reconhecer que construções coletivas baseadas na difícil arte do diálogo são mais fortes. São essas conquistas que fazem o mundo avançar", afirmou. Fraco. O texto do documento, descrito como fraco e pouco ambicioso pelas ONGs – e também por muitas das próprias delegações nacionais que o aprovaram – foi costurado e fechado pelo Brasil na madrugada de terça-feira, após uma longa sequência de negociações pouco produtivas sobre pontos críticos, como a definição de economia verde e as garantias de ajuda financeira dos países ricos para apoiar o desenvolvimento sustentável de nações pobres. Somente após Figueiredo bater o martelo, adotando oficialmente o texto, os representantes dos países pediram para falar ao microfone e expressar suas opiniões. "Apoiamos a adoção desse documento", disse o comissário da União Europeia para o Meio Ambiente, Janez Potocnik, que poucas horas antes da apresentação do rascunho do documento, na madrugada de terça-feira, mostrava indignação com a falta de transparência e a pressa do Brasil em fechar um texto que ele considerava muito pouco ambicioso. "Todos sabem que há muitas áreas nas quais gostaríamos de ter atingido resultados mais ambiciosos", disse Potocnik. Ao mesmo tempo, porém, ele apontou alguns pontos positivos do texto, como o reconhecimento da economia verde como algo importante para o desenvolvimento sustentável. "É um passo na direção certa", disse. "Agora, precisamos transformar nossas palavras em ações." A definição de economia verde foi um dos pontos mais polêmicos da conferência. Vários países em desenvolvimento temem – e expressaram isso claramente em seus discursos oficiais – que a economia verde se transforme numa camisa de força do desenvolvimento, que os países desenvolvidos poderiam usar como plataforma para criação de novas barreias econômicas a produtos. "A Bolívia rechaça a economia verde", disse o representante do país latino-americano, que falou antes do europeu. Bolivianos, venezuelanos, cubanos e outros delegados de países socialistas chegaram a classificar a economia verde como uma ferramenta de "ecocolonialismo" e "capitalismo ambiental". Um representante da Argélia, falando em nome do Grupo dos 77 + China – que representa mais de 130 países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, mas dentro do qual, informalmente, há muitas diferenças de opinião –, fez discurso semelhante ao dos europeus. "Ainda que algumas propostas do grupo não tenham sido mantidas no texto, o caráter balanceado do documento abre novos caminhos para chegar a um consenso sobre certas áreas na fase de implementação", disse. (Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,dilma-defende-texto-final-da-rio20,890262,0.htm) Brasil foi 'desesperado', diz Greenpeace 'Fracasso' não se deve exclusivamente à posição do País ou da ONU, segundo ONG RIO - O "fracasso" da Rio+20 não pode ser atribuído exclusivamente ao Brasil nem à ONU. Mas a posição "desesperada" do Brasil de "fechar um documento a qualquer custo" colocou a conferência no rumo do "menor denominador comum", na opinião do sul-africano Kumi Naidoo, diretor executivo do Greenpeace Internacional. Rodrigo Paiva/Greenpeace/Efe Naidoo liderou movimento de repúdio ao pouco ambicioso documento Ele foi um dos 36 representantes da Cúpula dos Povos – evento paralelo à Rio+20 que ocorreu no Aterro do Flamengo – que se encontrou com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, nesta sexta-feira, 22. A ONU vetou a entrada de jornalistas no encontro e fez um cordão de isolamento na frente da sala, para evitar que Ban fosse abordado na saída. O sul-coreano saiu do local sem falar com a imprensa. Segundo relatos de Naidoo e outras pessoas que estiveram na reunião com o secretáriogeral da ONU, Ban ouviu as preocupações com o "fracasso" da conferência, mas manteve o discurso de que os resultados da Rio+20 são significativos e ambiciosos. Na quarta-feira, o sul-coreano havia afirmado em uma entrevista coletiva que concordava com a percepção geral de que o documento final da conferência poderia ser mais "ambicioso". Na quinta, porém, voltou atrás e mudou o discurso, após ser pressionado pelo Brasil. Sharan Burrow, secretária-geral da International Trade Union Confederation, se mostrou indignada com a "falta de coragem" dos chefes de Estado de negociar um documento mais ambicioso, aceitando o texto "sem conteúdo" produzido pelos "burocratas". "Sinto-me profundamente irritada e frustrada", disse. Desde a quarta-feira, chefes de Estado ou representantes de alto nível dos 193 paísesmembros da ONU se revezaram num pódio do Riocentro, um após o outro, para discursar sobre o que o seu país pensa do desenvolvimento sustentável. Na maioria dos casos, eles falaram para uma plateia quase que vazia, discursando apenas para a televisão e para os registros dos arquivos da ONU. Como o documento final da Rio+20 já está fechado desde a terça-feira, a conferência ficou quase que sem nada para resolver nos últimos três dias. "Os líderes chegam aqui para uma cúpula de três dias, com um texto sobre a mesa que não tem ambição nenhuma, e não passam nem uma hora que seja discutindo o documento", criticou Naidoo, lembrando que as viagens das comitivas são pagas com dinheiro público. A conferência terminou com uma sessão plenária na qual foram aprovados os documentos negociados nos últimos dias. O principal deles, chamado O Futuro que Queremos, criticado pelas ONGs, foi costurado pela diplomacia brasileira. Naidoo qualificou a Rio+20 como uma "oportunidade história perdida" e criticou especificamente os Estados Unidos, o Canadá, a Rússia e a Venezuela por terem impedido avanços nas negociações sobre a proteção aos oceanos. "Quando há interesses petrolíferos, os países acabam acertando suas diferenças", disse o ativista sul-africano. Naidoo voltou a lamentar a falta de ambição e os compromissos vagos do documento final. "Nossos líderes abdicaram de suas responsabilidades. Vieram para cá às custas de impostos e deveriam fazer um trabalho sério", declarou, acusando governos de serem reféns de grandes corporações poluidoras. "Não temos ações implementadas para reduzir as emissões até 2015." O ativista sul-africano também citou a retirada do termo "direitos reprodutivos" do texto final. "É uma realidade escandalosa quando um grupo preponderantemente masculino se reúne para tomar decisões sobre direitos das mulheres." (Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,brasil-foi-desesperado-diz greenpeace,890265,0.htm) Documento da Rio + 20 é um retrocesso em relação à Eco – 92, diz cúpula dos povos A declaração final da Cúpula dos Povos, apresentada nesta sexta-feira, 22, pelos movimentos sociais e ambientais que compõem o evento paralelo à Rio+20, faz duras críticas ao documento elaborado pelos governos na conferência mundial do meio ambiente. De acordo com os manifestantes, o evento no Rio mostrou um retrocesso em relação à Eco92. “Há vinte anos, o Fórum Global, também realizado no Aterro do Flamengo, denunciou os riscos que a humanidade e a natureza corriam com a privatização e o neoliberalismo. Hoje afirmamos que, além de confirmar nossa análise, ocorreram retrocessos significativos em relação aos direitos humanos já reconhecidos”, afirma o documento da Cúpula. “A Rio+20 repete o falido roteiro de falsas soluções defendidas pelos mesmo atores que provocaram a crise global.” Frustrados com os resultados do evento, os manifestantes intensificaram os protestos pelas ruas do Rio nos últimos dias e causaram transtornos no tráfego carioca. Com a ausência de importantes chefes de estados, os representantes de movimentos populares criticaram o modo como foi elaborado o texto final. “As instituições financeiras multilateraism as coalizões a serviço do sistema financeiro, como o G8/G20, a captura corporativa da ONU e a maioria dos governos demonstraram irresponsabilidade com o futuro da humanidade e do planeta e promoveram os interesses das corporações na conferência oficial”, diz o documento, que se posiciona contra o desenvolvimento do conceito de economia verde. Mesmo assim, os organizadores comemoraram o balanço do evento paralelo no Aterro do Flamengo. “Estamos satisfeitos com nossa participação, pois cumprimos nosso papel de fazer um contraponto a este evento mundial. Nossa previsão era de que não haveria avanço e isso se confirmou quando nos reunimos com o secretário-geral da ONU (Ban Ki-moon) pela. Ele respondeu de forma genérica e pouco contundente, dizendo que o documento da Rio+20 deveria ser considerado um primeiro passo”, afirma Darci Franco, um dos responsáveis pela organização da Cúpula dos Povos. (Fonte: http://blogs.estadao.com.br/rio-20/documento-da-rio20-e-um-retrocesso-em-relacao-a-eco-92diz-cupula-dos-povos/) Outra economia: A mensagem sombria, mas de esperança, da Rio+20 Não devemos só rever nosso padrão de consumo, mas também o modo de produção e a relação entre os países A maior dificuldade enfrentada atualmente nas negociações entre os países para o estabelecimento de metas para o meio ambiente deve-se essencialmente a dois problemas associados entre si: primeiro, a ausência de um marco regulatório global para a sustentabilidade; segundo, a resistência em se adotar uma definição clara, objetiva e mensurável de desenvolvimento sustentável. Diante destes problemas, que revelam as contradições inerentes ao próprio padrão de acumulação e de consumo das potências econômicas do planeta, o desfecho da última conferência mundial sobre o meio ambiente, a Rio+20, não poderia ter sido outro senão a elaboração de mais uma carta de intenções sem grande poder de interromper o ritmo frenético de devastação ambiental em nosso planeta. Mas nunca as intenções foram permeadas de motivações tão nobres como agora. Consideremos a questão das instâncias internacionais disponíveis para tratar dos temas ambientais. Para regular as trocas econômicas internacionais, temos a OMC (Organização Mundial do Comércio). Para se discutir pendências e arranjos políticos entre os países o palco privilegiado tem sido a ONU (Organização das Nações Unidas). O sistema financeiro é em parte regido por normatização específica estabelecida nos acordos de Basiléia. No entanto, o mundo ainda carece de um marco regulatório global para resolver conflitos e implementar diretrizes relacionadas ao meio ambiente. Até o momento, apenas alguns passos tímidos foram dados neste sentido, como o estabelecimento do protocolo de Quioto ou a realização de conferências globais do clima (ambos boicotados pelos EUA), porém, com resultados pouco eficazes. Uma organização internacional do meio ambiente, tal como para as outras dimensões das relações internacionais entre os países (a financeira, a política, a comercial), seria fundamental para se resolver conflitos e problemas ambientais, estipulando por exemplo metas rígidas de redução das emissões de gases poluentes no âmbito de um marco regulatório para o desenvolvimento sustentável, sob pena de sanções internacionais para os maus alunos. E eis aqui que surge aquela que me parece ser a principal incoerência do documento final da Rio+20. Do que estamos falando exatamente quando mencionamos o desenvolvimento sustentável das nações? Esta é uma temática que se tornou central no debate a partir dos primeiros alertas de ambientalistas que associaram o uso indiscriminado dos recursos naturais com o aquecimento global. No entanto, o termo sustentável se tornou rapidamente uma panacéia, incluindo tudo – e, portanto, nada –, especialmente após a sua inteligente apropriação pelo marketing das grandes corporações privadas globais. Iludidos pela propaganda, muitos consumidores se sentem aliviados em sua consciência ambiental quando encontram selos verdes ou algo do gênero em seus produtos preferidos (desde cadernos até carros com tração nas quatro rodas). A hipocrisia é tamanha que o Brasil, entre outros países emergentes, tem se colocado como exemplo de uma estratégia de desenvolvimento pretensamente movida a energia renovável e sustentável. Alusão refutada por quaisquer dos indicadores sólidos de sustentabilidade adotados no debate científico dos climatólogos, não por acaso afastados dos palcos políticos mais importantes da Rio+20. (Grifo das organizadoras) (Fonte:http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/22719/outra+economia+a+mensagem+sombria +mas+de+esperanca+da+rio%2B20.shtml) SAIBA MAIS! A ONU disponibilizou a versão definitiva do documento oficial da Rio+20. O documento, intitulado de O Futuro Que Nós Queremos, pode ser baixado nos seis idiomas oficiais das Nações Unidas – chinês, inglês, francês, espanhol, árabe e russo – neste link http://www.uncsd2012.org/thefuturewewant.html. (Fonte: http://blogs.estadao.com.br/rio-20/veja-o-documento-oficial-da-rio20/) ...Entretanto, há quem diga que o povo brasileiro está mais consciente em relação às práticas “sustentáveis”. Será? Em que medida? O primeiro e grande desafio é fazermos uma autoanálise. Acompanhemos o texto a seguir e tiremos a nossa própria conclusão. Pesquisa indica que Brasil está mais consciente em relação ao meio ambiente Os resultados mostram um retrato sobre o tema e apontam tendências que vão colaborar com as próximas políticas públicas de meio ambiente. Vinte anos depois do primeiro estudo, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) apresentou os dados comparativos de todo o período (1992 a 2012), que indicam clara evolução na consciência ambiental do brasileiro. Os resultados da pesquisa deste ano, "O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável", mostram um retrato sobre o tema e apontam tendências que vão colaborar com as próximas políticas públicas de meio ambiente. "O ministério participou de todo o processo, desde a elaboração das perguntas até o treinamento dos profissionais que aplicaram a pesquisa", afirmou a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Samyra Crespo. "Inclusive, verificamos a aplicação dos questionários. Queremos seriedade e confiabilidade nos dados." A pesquisa aponta que 85% da população está disposta a aderir à campanha de redução do uso de sacolas plásticas. E, onde há campanha, 76% aderiram a ela. "Para o MMA, as sacolas plásticas são um flagelo ambiental", frisou Samyra Crespo. Ela destacou o aspecto poluidor das sacolinhas, além do perigo de morte que elas representam para os animais. Principais números 1. Em 20 anos, diminuiu consideravelmente o número de brasileiros que não sabem identificar os problemas ambientais: de 47% foi para 10%. Ou seja, a percepção do brasileiro sobre meio ambiente quadruplicou neste período; 2. 28% dos brasileiros se orgulham do Brasil por causa do meio ambiente (natureza); 3. Sobrevivência é o que motiva o cuidado com o meio ambiente; 4. Entre os problemas ambientais do Brasil apontados pelos entrevistados, o lixo subiu de 4%, em 1992, para 28%, em 2012; 5. Separação do lixo: 48% dos brasileiros dizem que separam; 6. 30% levam sacola própria ou carrinho para fazer compras e evitam sacolas plásticas; 7. 76% aderem à redução de sacolinhas plásticas; 8. A Região Sul é campeã em consciência ambiental. Ali, 55% sabem o que é consumo sustentável por lá e 80% separam o lixo; 9. Houve uma descentralização sobre a percepção do brasileiro em relação a quem tem a responsabilidade de solucionar os problemas: governo estadual dobrou (de 33% a 61%); prefeituras subiu (30% a 54%), e comunidade aumentou (15% a 21%). Mas a noção de que cabe ao governo cuidar do meio ambiente ainda se sobressai à responsabilidade individual e coletiva; 10. Na média nacional, 34% sabem o que é consumo sustentável; 11. O consumo de orgânicos cresce. Vinte anos atrás, só se encontravam produtos sem agrotóxicos em feiras e mercados especializados. Hoje, muitos supermercados já oferecem essa opção. Conclusões 1. Quanto mais urbano e escolarizado, mais consciente o brasileiro é das questões ambientais; 2. A pesquisa mostra que conceitos sofisticados como "desenvolvimento sustentável", "consumo sustentável" ou "biodiversidade" já fazem parte do repertório de muitos brasileiros; 3. A Política Nacional de Resíduos Sólidos e a campanha "Saco é um Saco" ecoam junto à população; 4. Nesses 20 anos, os jovens entraram no ranking da consciência ambiental. Este dado já é resultado do trabalho que vem sendo desenvolvido. Atualmente, todas as faixas etárias estão no ranking; 5. Há uma diferença muito grande em relação ao Sul e Sudeste e outros Estados; 6. A maioria dos brasileiros ainda tem uma visão naturalista sobre desenvolvimento sustentável. A ideia dos três pilares (ambiental, social e econômico), base do desenvolvimento sustentável e mote da Rio+20, precisa ser trabalhada mais; 7. No geral, os brasileiros ainda possuem hábitos prejudiciais ao meio ambiente, sobretudo na hora de descartar o lixo (fase chamada de pós-consumo); 8. Os brasileiros não consideram a preocupação com o meio ambiente no Brasil exagerada e não estão dispostos a ter mais progresso às custas da depredação dos recursos naturais. Histórico Em 1992, a primeira pesquisa da série foi intitulada “O que os brasileiros pensam da ecologia”. Até então, não havia pesquisa completa na área, apenas dados encomendados por empresas sobre a poluição nas cidades. De lá para cá, foram cinco edições. Em cada uma, foram explorados os “temas quentes” (hotspots) do momento. Em 2006, por exemplo, ano da COP8, a pesquisa incluiu questões ligadas à biodiversidade. Este ano, a pesquisa focou em consumo sustentável, um dos principais temas da Rio+20. A pesquisa teve sempre o mesmo formato: uma etapa qualitativa e uma quantitativa. A etapa qualitativa desta edição foi realizada com o apoio de empresas do ramo de alimentos e varejo – Pepsico, Unilever e Walmart – e a etapa quantitativa foi apoiada pelo Programa das Nações Unidas pelo Meio Ambiente (Pnuma) e executada pela empresa de pesquisa CP2, por meio de processo licitatório. Enquanto a etapa quantitativa ouve a opinião dos brasileiros em todas as regiões do País, e é representativo da população adulta com mais de 16 anos residentes em domicílios rurais e urbanos, a pesquisa qualitativa ouve os “formadores de opinião”. Para acompanhar e validar as atividades relacionadas à pesquisa, foram convidados especialistas na área de consumo e meio ambiente, ligados a centros de pesquisas das principais universidades do País e do MMA para compor um comitê técnico-científico. (Fonte: http://www.portalorganico.com.br/noticia/101/pesquisa_indica_que_brasil_esta_mais_consciente_em_ relacao_ao_meio_ambiente) Talvez, paralelamente à consciência do brasileiro e do seu compromisso com a manutenção e sustentação do seu ambiente, exista o fator ameaça. Ameaça de quê? Por quem? A questão nos leva à reflexão acerca da falta de consciência de muitos, atestada por práticas indicadas nos conteúdos que seguem. Ambientes ameaçados Crédito: ALBERTO CÉSAR ARAÚJO/FOLHAPRESS As principais agressões ao meio ambiente são o desmatamento, a expansão agropecuária, a urbanização e a poluição. ÁREAS SECAS As regiões áridas, semiáridas e subúmidas correspondem a cerca de 40% das terras do planeta, habitadas por mais de 2 bilhões de pessoas. Mesmo sem apresentarem a exuberância de espécies das florestas tropicais, esses ambientes com baixa umidade abrigam plantas e animais endêmicos de grande importância ambiental. ÁREAS ÚMIDAS CONTINENTAIS A expansão das atividades econômicas e da população afeta diretamente as áreas úmidas continentais, como brejos e várzeas. De acordo com o Worldwatch Institute (www.worldwatch.org), o avanço da agricultura provocou o desaparecimento de 60% desses ecossistemas na Europa. Na Ásia, 85% das terras úmidas estão ameaçadas. No Brasil, o Pantanal Mato-Grossense é o principal alvo da pressão econômica. AMBIENTES MARINHOS E COSTEIROS Os oceanos sofrem o impacto da poluição e da superexploração da pesca. Segundo a ONU, cerca de 70% das substâncias que contaminam os oceanos vêm de atividades humanas costeiras e o restante, de acidentes ou despejos em alto-mar. Quase metade da humanidade vive a menos de 60 quilômetros do litoral, o que provoca alterações em mangues, estuários e praias e afeta as espécies marinhas – para as quais esses ecossistemas são locais de procriação. FLORESTAS A demanda por madeira e carvão e a agricultura eliminaram quase metade da cobertura vegetal do planeta. De um total de 64,2 milhões de quilômetros quadrados, restam 15,5 milhões de florestas originais, cerca de 24%. Na Europa (excluída a Rússia) e na Ásia, mais de 70% das florestas foram derrubadas durante o século XIX e o início do XX. Entre 1960 e 1990, um quinto das florestas tropicais do globo foi destruído, principalmente na Ásia e na América Latina. Na África, o desmatamento já acabou com mais de 90% das florestas (veja o quadro na pág. 200). HOTSPOTS A palavra hotspots (em inglês, pontos quentes) resume um conceito criado em 1988 pelo ecólogo inglês Norman Myers, que define as zonas do planeta mais ricas em biodiversidade e mais ameaçadas de destruição. São 34 regiões ou biomas, incluindo a mata Atlântica e o cerrado brasileiros. Atualmente, representam apenas 1,4% da superfície da Terra, mas 44% das espécies de plantas e 35% das de vertebrados terrestres são endêmicas dessas regiões. Os hotspots já perderam 87,7% da vegetação original, e esse percentual está crescendo. (Fonte: https://almanaque.abril.com.br/materia/ambientes-ameacados#!lightbox/0/) (Fonte: https://almanaque.abril.com.br/materia/ambientes-ameacados#!lightbox/0/) Desmatamento As principais causas de desmatamento são a exploração de madeira e a expansão da agropecuária, seguidas pelo crescimento das cidades, pela construção de grandes obras, como estradas e barragens de hidrelétricas, e pela mineração. Nos séculos passados, os países desenvolvidos devastaram a maior parte de suas florestas. A Europa, por exemplo, praticamente eliminou todas as matas do continente. Hoje, o desmatamento é maior nas nações em desenvolvimento, principalmente no Brasil e na Indonésia, segundo relatório da Avaliação Global de Recursos Florestais de 2010, da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Além de afetar a biodiversidade, o desmatamento é um importante fator que leva a mudanças climáticas. Diretamente no local, com menos árvores, a umidade do ar cai, e, assim, há formação de nuvens. Como consequência, o regime de chuvas se altera, o que afeta a vazão dos rios da região. Além disso, sem a proteção da vegetação, o solo perde nutrientes e a área pode sofrer processo de desertificação. O desmatamento pelo fogo tem efeitos mais amplos: libera na atmosfera alta quantidade de carbono – o que agrava o efeito estufa. O Brasil tem cerca de 5,8 milhões de quilômetros quadrados de vegetação nativa remanescente. Mas perde anualmente milhares de quilômetros quadrados de vegetação pelo corte de árvores e queimadas. Somente na floresta Amazônica, estima-se que, até 2010, tenham sido abatidos em torno de 740 mil quilômetros quadrados, o equivalente a quase um quinto da mata original. Ainda assim, a área desmatada a cada ano na Amazônia mantém a tendência de queda entre 2005 e 2011. Segundo o monitoramento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 2011 foram desmatados 6.238 quilômetros quadrados da floresta, a menor taxa registrada desde 1988, quando a medição, por satélite, começou a ser realizada. O desmate da Amazônia acontece tanto nas zonas de transição, nas bordas da floresta com o cerrado – região conhecida como Arco do Desmatamento – quanto no interior da mata, principalmente no oeste paraense e no entorno da rodovia BR-163 (Cuiabá-Santarém), na Terra do Meio. A floresta tem sido derrubada para a exploração de madeira, para a pecuária e para outras atividades econômicas não sustentáveis, frequentemente por meio da posse ilegal de terras públicas. Uma das grandes polêmicas atuais sobre o uso do solo na Amazônia diz respeito à construção de usinas hidrelétricas, que pretendem aproveitar o potencial hídrico das bacias da Amazônia. Em 2010 e 2011, foram iniciadas obras das represas de Santo Antonio e Jirau, no rio Madeira, em Rondônia, e liberadas as licenças ambientais para dar início à construção da usina de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará. A usina, com capacidade instalada para gerar 11,2 mil megawatts, será a segunda maior do país. Entidades ambientalistas temem os prováveis impactos não apenas sobre os ecossistemas amazônicos, mas também sobre as comunidades ribeirinhas e para os 2,2 mil indígenas que vivem na região. Mais do que isso, os ambientalistas consideram que Belo Monte possa abrir precedente para a construção de outros empreendimentos na região. O desmatamento da Amazônia é tema de interesse internacional porque contribui para agravar o efeito estufa. Responsável por 75% das emissões brasileiras de carbono, o desmate da Amazônia põe o Brasil entre os dez maiores emissores de carbono, que ocorre tanto nas queimadas quanto na decomposição de galhos e folhas deixadas sobre o solo nas derrubadas. A redução do desmatamento na Amazônia é um dos principais focos da Política Nacional de Mudança do Clima (PNMC). Por meio de metas de redução gradual, espera-se chegar a 2020 com uma taxa 80% menor que a média registrada entre 1996 e 2005. Até 2010, os objetivos foram cumpridos. BIOMAS BRASILEIROS E DESMATAMENTO BIOMAS BRASILEIROS E DESMATAMENTO A DERRUBADA DA FLORESTA Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) - DESMATAMENTO EM QUEDA - Observe que há tendência de queda contínua do total desmatado aferido, de 2005 a 2009, salvo o repique de 2008. Em 2009, a queda percentual foi a maior registrada em 21 anos. Segundo o governo, ela se deve à repressão e punições fiscais aos madeireiros e pecuaristas. Também deve ter contribuído a queda de exportações, resultado da crise econômica mundial iniciada em 2008. (Fonte: https://almanaque.abril.com.br/graficos_e_tabelas#!lightbox/46/) Novamente, mostrando o “outro lado da moeda”. O Brasil, ainda, tem sido palco de práticas abusivas e irresponsáveis no tocante ao trato com a natureza. Mesmo breve, o texto a seguir expressa fatos dignos repúdio em torno da suposta “consciência” apresentada pelo povo brasileiro. Em apenas 12 dias, agosto já tem mais do dobro de queimadas registradas no mesmo período de 2011 No Maranhão foram identificadas 3,1 mil queimadas no início do mês de Agosto e em outros estados como Mato Grosso, Pará, Piauí, Tocantins e Mato Grosso do Sul foram registrados mais de mil focos de incêndio. No início deste mês, o município sul-mato-grossense registrou mais de mil ocorrências, respondendo por 91% das queimadas no estado. Grajaú, no Maranhão, é considerada a segunda cidade com mais focos de incêndio, com de 396 ocorrências, seguida por outro município, Mirador, com 286 queimadas nos 12 primeiros dias de agosto. As ocorrências no país já somam 43 mil, sendo que 84 queimadas foram identificadas em áreas protegidas. Cerca de 42 mil ocorreram em terras indígenas e as unidades de conservação de Mato Grosso são as mais afetadas, com 22 registros de incêndio. ( Fonte:http://www.caranguejo.org.br/agosto-de-2012-tem-o-dobro-de-queimadas-do-que-ha-um-ano/) Brasília - O número de queimadas no país, nos 12 primeiros dias do mês de agosto, superou em 109% o registrado no mesmo período do ano passado. As imagens captadas pelo satélite utilizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelaram 13 mil focos de incêndio no período. Em igual período de 2011, que apresentou condições atípicas nesta época do ano, com mais chuvas e temperaturas mais amenas, foram identificadas 6,2 mil ocorrências. Em 2010, ano caracterizado pela forte seca e baixa umidade, conforme apontam especialistas, foram mapeadas pouco mais de 15 mil ocorrências no início de agosto. Apenas no Maranhão, foram identificadas 3,1 mil queimadas no início deste mês. Em Mato Grosso, no Pará, no Piauí, no Tocantins e em Mato Grosso do Sul, foram registrados mais de mil focos de incêndio, em cada estado, nos 12 primeiros dias de agosto. Apesar de o Maranhão liderar o ranking por unidades federativas, duas cidades do estado aparecem na segunda e terceira posições na lista municipal, com volume muito menor de ocorrências em relação à Corumbá, em Mato Grosso do Sul. No início do mês, o município sul-mato-grossense já contabiliza, sozinho, mais de mil ocorrências, respondendo por 91% das queimadas no estado. Grajaú, no Maranhão, é a segunda cidade com mais focos de incêndio, com de 396 ocorrências, seguida por outro município maranhense, Mirador, com 286 queimadas nos 12 primeiros dias de agosto. Do total de ocorrências em todo o país, que no acumulado do ano soma 43 mil, 84 queimadas foram identificadas em áreas protegidas. A maior parte dos casos, 42, ocorreu em terras indígenas. As unidades de conservação de Mato Grosso são as mais afetadas, com 22 registros de incêndio. (Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-08-13/em-apenas-12-dias-agosto-ja-tem-mais-dodobro-de-queimadas-registradas-no-mesmo-periodo-de-2011) O texto a seguir é uma proposta diferenciada de análise sobre alterações climáticas. O grande desafio seja, talvez, o ser humano buscar uma melhor compreensão do funcionamento de sua mente de forma a poder ajudá-lo a, quem sabe, “salvar-se de si mesmo”. Somos todos idiotas em relação à mudança climática A mudança climática está nos encarando. A ciência é clara e a necessidade de reduzir as emissões que esquentam o planeta tem urgência crescente. Então, por que, coletivamente, estamos fazendo tão pouca coisa sobre o assunto? Sim, existem obstáculos políticos e econômicos, além de uma forte oposição ideológica a tornar-se ecológico. Contudo, pesquisadores no explosivo campo da psicologia climática identificaram outro obstáculo, arraigado na própria forma com que nosso cérebro funciona. Segundo eles, os hábitos mentais que nos ajudam a navegar pelas demandas práticas locais da vida cotidiana dificultam o envolvimento nos perigos globais mais abstratos apresentados pela mudança climática. Robert Gifford, psicólogo da Universidade de Victoria, na Columbia Britânica, que estuda as barreiras comportamentais para combater a mudança climática, chama tais hábitos de "dragões da inação" da mente. Temos problemas para imaginar um futuro com diferenças radicais em relação ao presente. Nós bloqueamos problemas complexos sem soluções simples. Não gostamos de benefícios retardados e, assim, relutamos em sacrificar o hoje pelos ganhos futuros. E consideramos mais complicado confrontar os problemas que nos rondam do que as emergências que nos atacam rapidamente. "É quase impossível criar um problema que seja pior para encarar pela nossa psicologia subjacente", diz Anthony Leiserowitz, diretor do Projeto Yale sobre Comunicação da Mudança Climática. Às vezes, quando estamos formando nossas opiniões, nos agarramos a qualquer informação que se apresente, não importa sua irrelevância. Um novo estudo do psicólogo Nicolas Gueguen publicado no mês passado no Journal of Environmental Psychology constatou que participantes sentados num cômodo com um fícus desfolhado ficavam consideravelmente mais predispostos a afirmar que o aquecimento global era verdadeiro do que os presentes numa sala com um fícus com folhas. Nós também tendemos a prestar atenção a informações que reforcem as coisas nas quais acreditamos e a rejeitar indícios que exigiriam uma alteração de mentalidade, fenômeno conhecido como viés de confirmação. Dan M. Kahan, professor da Faculdade de Direito de Yale que estuda risco e ciência da comunicação, sustenta ser fundamental compreender a intensa polarização política ligada à mudança climática. Ele e seus colegas de pesquisa descobriram que pessoas com uma visão de mundo mais individualista e hierárquica (geralmente conservadores) sentem que aceitar a ciência do clima levaria a restrições sobre o comércio, algo muito valorizado por esse grupo, assim eles costumam desconsiderar provas do risco. Quem tem uma mentalidade mais igualitária e voltada à comunidade (geralmente liberais) são mais propensos a suspeitar da indústria e estão prontos a dar crédito à ideia de que esta está danificando o ambiente. Existem maneiras para superar tais preconceitos. Kahan mostrou que a maneira pela qual os problemas da mudança climática são apresentados pode afetar nossas visões da questão. Num estudo, ainda não publicado, ele e seus colegas pediram às pessoas para avaliar um estudo científico informando que o clima estava mudando mais rapidamente do que o esperado. De antemão, pediu-se a um grupo para ler uma reportagem defendendo restrições mais severas para o carbono (isto é, uma solução regulatória); um segundo grupo leu uma reportagem pedido um trabalho urgente com geoengenharia, a manipulação das condições atmosféricas (isto é, uma solução técnica); e um grupo de controle leu uma reportagem não ligada ao tema, sobre semáforos. Os três grupos incluíam individualistas hierárquicos e comunitários igualitários. Em todos os casos, os individualistas, como esperado, estavam menos dispostos do que os comunitários a dizer que o estudo parecia válido. Contudo, a diferença foi 29% menor entre os expostos pela primeira vez à geoengenharia do que entre quem fora incentivado a pensar sobre a regulamentação do carbono, e 14% menor do que no grupo do semáforo. Ao que parece, pensar na mudança climática como um desafio tecnológico em vez de num problema regulatório torna os individualistas mais dispostos a dar crédito à afirmativa científica sobre o clima. A pesquisa também sugere que a saúde pública é uma perspectiva eficaz. Menos pessoas se importam de forma apaixonada sobre os ursos polares, mas caso se afirme que o fechamento das fábricas que queimam carvão irá reduzir problemas como asma, existe uma maior propensão a se encontrar um público receptivo, afirma Matthew Nisbet, professor de comunicação da Universidade Americana, Washington, D.C. "Ajustes" menores, igualmente sensíveis as nossas peculiaridades psicológicas, também podem fomentar a mudança. Tirando proveito de nossa preferência pela gratificação imediata, monitores de energia que exibem os níveis de consumo em tempo real cortam a utilização da energia sete por cento, em média, de acordo com um estudo da publicação "Energy", de 2010. Contar a grandes consumidores de energia o quanto a menos foi utilizado pelos vizinhos os levou a reduzir o próprio consumo, segundo um estudo de 2007 da "Psychological Science". E trocar nossa preguiça inata pelas configurações padrão também conservam recursos: Quando a Universidade Rutgers mudou a configuração das impressoras para frente e verso, ela economizou mais de sete milhões de folhas de papel num único semestre, em 2007. O simples fato de apresentar a ciência climática mais claramente não deve mudar atitudes, mas uma melhor compreensão do estranho funcionamento de nossas mentes pode nos ajudar a nos salvar de nós mesmos. (Fonte:http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/aquecimento-global-mudanca-climatica696037.shtml) CHARGE Para refletir! (Fonte: http://www.sense8.com.br/clientes/amda/?string=interna-charges&cod=7) A ciência parece caminhar para a comprovação de que o excessivo calor já representa um indício forte sobre o aquecimento global. Na verdade, são muitos fatos que juntos parecem acarretar esse “fenômeno”. Veja, na sequência, várias ocorrências que, mais do que um alerta, podem representar um “grito de socorro”! Cientista da Nasa vê relação entre verões extremos e aquecimeto global Diretor do Instituto Goddard da Nasa, James Hansen, diz que mudança climática é pior do que se esperava O diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da Nasa, James Hansen, considerado um dos cientistas que mais tem alertado ao longo dos anos sobre os impactos das mudanças climática, disse nesta semana que o problema é maior do que se pensava. "Minhas projeções sobre o aumento da temperatura global demonstraram ser verdadeiras. Mas falhei em prever a rapidez (das mudanças)", disse Hansen em um artigo publicado no jornal americano The Washington Post. No texto "A mudança climática está aqui e é pior do que pensávamos", o cientista diz que, quando testemunhou diante do Senado americano, no verão de 1988, traçou "um panorama obscuro sobre as consequências do aumento contínuo da temperatura impulsionado pelo uso de combustíveis fósseis". "Tenho uma confissão a fazer", disse, no artigo. "Fui muito otimista." O novo estudo teve sua publicação pela revista da Academia de Ciências dos EUA (Proceedings of the National Academy of Sciences) antecipada após o artigo de Hansen no jornal. 'Verões extremos' Segundo Hansen, os verões de calor extremo registrados recentemente em diversos pontos do planeta provavelmente são resultado do aquecimento global. Entre os episódios atribuídos à mudança climática, ele cita a seca do ano passado nos Estados americanos do Texas e de Oklahoma, as temperaturas extremas registradas em Moscou em 2010 e a onda de calor que atingiu a França em 2003. As variações climáticas naturais podem ser muito amplas e a relação entre fenômenos extremos e aquecimento global é tema de intensa controvérsia. No entanto, Hansen afirma que as recentes ondas de calor estão vinculadas à mudança climática e que a nova análise estatística realizada por ele e outros cientistas da Nasa mostra claramente esse vínculo. Os cientistas da Nasa analisaram a temperatura média no verão desde 1951 e mostraram que em décadas recentes aumentou a probabilidade do que definem como verões "quentes", "muito quentes", e "extremamente quentes". Os verões "extremamente quentes", dizem, se tornaram mais frequentes. Desde 2006, cerca de 10% da superfície em terra (não sobre o mar) no hemisfério norte tem registrado essas temperaturas extremas a cada verão. Hansen disse que é necessário que o público entenda o significado do aquecimento global devido à ação humana. "É pouco provável que as ações para reduzir as emissões de gases alcancem os resultados necessários enquanto o público não reconhecer que a mudança climática causada pela ação humana está ocorrendo", disse. "E perceber que haverá consequências inaceitáveis se não forem tomadas ações eficazes para desacelerar este processo." Reações De acordo com o analista de meio ambiente da BBC, Richard Black, o estudo de Hansen foi recebido com reações diversas pela comunidade científica. Andrew Weaver, da Universidade Victoria, no Canadá, disse que o estudo é um trabalho "excelente", que requer uma pergunta diferente da feita por Hansen e seus colegas. "Perguntar se isso se deve à mudança climática é equivocado", disse Weaver. "O que podemos perguntar é o quão provável é que isso pudesse ocorrer na ausência do aquecimento global. É tão extraordinariamente improvável que a causa tem que ser o aquecimento global." Mules Allen, professor da Universidade de Oxford, disse que o estudo concorda em linhas gerais com análises prévias, mas observa que a interpretação vai "além do que muitos cientistas aceitariam sem problemas". BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. (Fonte:http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,cientista-da-nasa-ve-relacao-entre-veroes-extremose-aquecimento-global,913107,0.htm) EUA admitem aumento de temperatura superior a 2°C Temperatura já subiu 0,8°C SÃO PAULO - Os Estados Unidos, conhecidos por atravancarem ano após ano as negociações climáticas em suas negativas de aceitarem metas para a redução de gases de efeito estufa, conseguiram ficar numa situação ainda pior nesta semana. O principal negociador americano nas discussões de mudanças climáticas, o diplomata Todd Stern, sugeriu que a temperatura global poderia subir mais que os 2°C considerados limite para que o aquecimento global não seja ainda mais dramático do que já é esperado. A temperatura já subiu 0,8°C. O objetivo, proposto por cientistas no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e abraçado pela Organização das Nações Unidas, foi acordado pelos líderes de quase 200 países presentes na Conferência do Clima de Copenhague, em 2009, entre eles o presidente americano, Barack Obama. Mas, na semana passada, em evento no Dartmouth College (em Hanover, EUA), Stern sugeriu que o novo acordo climático, previsto para ser estabelecido em 2015, permita que os países tenham flexibilidade em "modificar e atualizar seus compromissos de mitigação" dos gases-estufa. Em seguida, afirmou: "Este tipo de flexibilidade, envolvendo acordos legal, pode não garantir que vamos alcançar o objetivo dos 2°C, mas insistir nessa estrutura que garantiria este objetivo, vai apenas nos levar a um impasse". As críticas foram imediatas, principalmente dos países europeus e nações insulares que temem desaparecer diante da eventual elevação do nível do mar. "O que os líderes prometerem (em Copenhague) deve ser entregue", declarou Isaac Valero-Landron, portavoz do Comissariado Europeu para a Ação pelo Clima. "É chocante para nós que este retrocesso no objetivo global ocorra enquanto as Filipinas sofrem exatamente do tipo de desastre de extremo climático que vai se tornar mais frequente e mais forte conforme a temperatura sobe", afirmou Lidy Nacpil, diretora do Jubile South, movimento do Pacífico sobre desenvolvimento. (Fonte:http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,eua-admitem-aumento-de-temperatura-superior-a2%C2%B0c,912869,0.htm) Estados Unidos são criticados por se afastarem de metas climáticas A União Europeia e pequenos países insulares criticaram os Estados Unidos nesta terçafeira por se afastarem de uma meta estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para limitar o aquecimento global para abaixo de 2 graus Celsius. Eles pediram que os cerca de 200 governos se atenham à meta, uma das poucas aprovadas internacionalmente para o ambiente, embora o enviado dos EUA para o clima, Todd Stern, tenha dito que ela é impraticável. "Os líderes mundiais comprometeram-se em Copenhague a ficar abaixo do aumento de 2ºC na temperatura. O que os líderes prometeram agora precisa ser cumprido", afirmou o portavoz da Comissão Europeia, Isaac Valero-Ladron, sobre uma cúpula climática de 2009 na capital dinamarquesa. Os EUA e outros países concordaram com a meta de que o aumento nas temperaturas médias mundiais não ir além de 2ºC acima do nível da era pré-industrial a fim de evitar mudanças perigosas, tais como ondas de calor, inundações, estiagens e aumento no nível dos oceanos. A presidente da Aliança dos Pequenos Estados Insulares (Aosis, na sigla em inglês), Marlene Moses, acusou o governo norte-americano de conter a ambição para as negociações climáticas da ONU e afirmou que isso era "especialmente preocupante em meio a uma das piores secas da história do país". SECA "Se os EUA estão preparados a abandonar os fazendeiros do próprio país, como devemos acreditar que farão o que é necessário para salvar as pequenas ilhas?", questionou. A Aosis teme que alguns de seus Estados membros sejam afetados por tempestades, erosão e elevação do nível das marés. Em um discurso feito em 2 de agosto, Stern afirmou que os EUA queriam uma abordagem mais flexível para um novo acordo da ONU, a ser adotado em 2015 depois de fracassos anteriores, de forma que ele possa ser modificado com o tempo para levar em conta, por exemplo, as novas tecnologias. (Fonte:http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,estados-unidos-sao-criticados-por-se-afastarem-demetas-climaticas,912741,0.htm) Cientistas alertam para consequências de degelo recorde no Ártico Região perdeu mais gelo neste ano do que em qualquer outro período desde o início de registros por satélite, em 1979. O Ártico perdeu mais gelo marinho neste ano do que em qualquer outro período desde que registros por satélite começaram a ser feitos, em 1979, segundo a Nasa (a agência espacial americana). Cientistas que calculam as perdas afirmam que isso é parte de uma mudança fundamental. Além disso, o gelo marinho geralmente atinge seu ponto mais baixo em setembro, então acredita-se que o derretimento deste ano vá continuar. Segundo a Nasa, a extensão de gelo marinho caiu de 4,17 milhões de km² em 18 de setembro de 2007 para 4,10 milhões de km² em 26 de agosto de 2012. A cobertura de gelo marinho aumenta durante o frio dos invernos no Ártico e encolhe quando as temperaturas voltam a subir. Mas, nas últimas três décadas, satélites observaram um declínio de 13% por década no período de verão. A espessura do gelo marinho também vem diminuindo. Sendo assim, no total o volume de gelo caiu muito - apesar de as estimativas sobre os números reais variarem. Joey Comiso, o principal pesquisador no Goddard Space Flight Center da Nasa, disse que o recuo deste ano foi causado pelo fato do calor de anos anteriores ter reduzido o gelo perene - que é mais resistente ao derretimento. "Diferentemente de 2007, as temperaturas altas no Ártico neste verão não foram fora do comum. Mas nós estamos perdendo o componente espesso da cobertura de gelo", disse Comiso. "Assim, o gelo no verão fica muito vulnerável." 'Morte inevitável' Segundo Walt Meier, do National Snow and Ice Data Center, que colabora nas medições da cobertura de gelo, "no contexto do que aconteceu nos últimos anos e ao longo dos registros de satélite, isso é um indicativo de que a cobertura de gelo marinho do Ártico está mudando fundamentalmente". O professor Peter Wadhams, da Universidade de Cambridge, disse à BBC que "diversos cientistas que trabalham com medição de gelo marinho previram alguns anos atrás que o recuo iria se acelerar e que o verão Ártico se tornaria livre de gelo em 2015 ou 2016". A previsão, na época considerada alarmista, agora está se tornando realidade, diz ele. E o gelo ficou tão fino que irá inevitavelmente desaparecer. "Medições de submarinos mostraram que (a região) perdeu pelo menos 40% de sua espessura desde os anos 1980. Isso significa uma inevitável morte para a cobertura de gelo, porque o recuo de verão é agora acelerado pelo fato de que enormes áreas de água aberta permitem que tempestades gerem grandes ondas, as quais quebram o gelo restante e aceleram seu derretimento", afirmou. "As implicações são graves: a maior área de água aberta reduz o albedo médio (refletividade) do planeta, acelerando o aquecimento global; e nós também estamos vendo a água aberta causar derretimento do permafrost (solo composto por terra, gelo e rochas congelados), liberando grandes quantidades de metano, um poderoso gás causador do efeito estufa", disse. Ameaças e oportunidades As opiniões variam sobre a data da morte do gelo marinho de verão, mas as notícias mais recentes causam pessimismo. Um recente estudo da Universidade de Reading, na Grã-Bretanha, usou técnicas estatísticas e computadores para estimar que entre 5% e 30% da perda recente de gelo se deve à Oscilação Multidecadal do Atlântico - um ciclo natural do clima que se repete a cada 65 a 80 anos. Está em uma fase quente desde meados dos anos 1970. Mas o restante do aquecimento, estima o estudo, é causado pela atividade humana poluição e desmatamento de florestas. Se o gelo continuar a desaparecer no verão, haverá oportunidades, assim como ameaças. Alguns navios já estão economizando tempo ao navegar por uma rota antes intransitável ao norte da Rússia. Companhias de petróleo, gás e mineração estão brigando para explorar o Ártico - apesar de sofrerem forte oposição de ambientalistas. O Greenpeace tem protestado contra exploração pela gigante russa Gazprom. Entre as muitas ameaças, o aquecimento é ruim para a vida selvagem do Ártico. Graças à influência do gelo marinho nas correntes de jato, as mudanças podem afetar o clima na GrãBretanha. As mudanças - caso ocorram - poderiam abrir depósitos congelados de metano que iriam aquecer ainda mais o planeta. Oceanos mais quentes podem levar a um maior derretimento da cobertura de gelo da Groenlândia, o que contribuiria para a elevação do nível do mar e para mudanças na salinidade do mar, que por sua vez poderiam alterar as correntes oceânicas que ajudam a controlar nosso clima. BBC Brasil (Fonte:http://www.estadao.com.br/noticias/vida,cientistas-alertam-para-consequencias-de-degelorecorde-no-artico,922631,0.htm) Repensar a política de transporte poderá ser uma das alternativas para se viver mais e melhor, segundo estudos recentes. O texto que segue trata de uma pesquisa que não somente se propõe a analisar como também a indicar medidas possíveis. Alteração no transporte pode reduzir gás do efeito estufa A utilização dos modais ferroviário e hidroviário no transporte de açúcar e etanol no Brasil pode levar, em três anos, à emissão de menos 6,6 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2), um dos Gases do Efeito Estufa (GEE). A estimativa faz parte de pesquisa da economista Maria Andrade Pinheiro, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba. Atualmente, a maioria dos trajetos utiliza o modal rodoviário, segundo maior consumidor de energia e responsável por 58% das cargas transportadas no País. Açúca e etanol necessitarão de malha de transporte mais equilibrada e limpa A pesquisadora estimou os benefícios da redução das emissões de gases de efeito estufa a partir da mudança da matriz de transporte nacional, implicando assim uma utilização mais eficiente, tanto em termos energéticos como em termos econômicos, dos modais de transporte no setor sucroenergético (produção de açúcar e etanol). O estudo avaliou o sistema atual de transporte, identificando os principais corredores rodoviários, ferroviários e hidroviários utilizados para o transporte dos produtos dos complexos sucroenergético e identificou as configurações que reduzam as emissões de gases de efeito estufa por tonelada transportada. Segundo a pesquisa, orientada pelo professor José Vicente Caixeta Filho, do Departamento de Economia, Administração e Sociologia (LES), tanto o açúcar como o etanol possuem uma enorme demanda potencial, que necessitará de uma malha de transporte mais equilibrada e limpa, pois a não ampliação das vias de escoamento pode gerar problemas não só financeiros como também impactos perversos ao meio ambiente. O trabalho foi apresentado no Programa de Pós-graduação em Economia Aplicada da Esalq. Maria afirma que a expansão da malha ferroviária e hidroviária para o caso do açúcar e da dutoviária no caso do etanol, propicia uma redução das emissões de CO2 a cada tonelada de carga transportada, bem como a diminuição do custo de transporte envolvido no seu escoamento. “Além disso, as obras de infraestrutura poderão gerar benefícios econômicos e ambientais para o setor, pois esses poderão conquistar créditos de carbono e comercializálos no mercado de carbono, assim como novos mercados consumidores, pois o produto terá uma marca sustentável e, por fim, contribuir para que o Brasil cumpra suas metas voluntárias de redução das emissões de gases de efeito estufa”, explica. Emissões Os dados do trabalho mostram que, no período de três anos, será possível reduzir as emissões no transporte de açúcar e etanol em 6,6 milhões de toneladas de CO2 e R$ 3,3 bilhões. “Se considerarmos a redução das emissões previstas pelo setor sucroenergético para 2020 que é de 112 milhões de toneladas, a mitigação anual de 2,2 milhões de toneladas de CO2 obtida através da transferência de modalidade para o escoamento de açúcar e do etanol equivaleriam a quase 2% dessa meta” afirma a economista. “Em termos monetários esta seria uma economia com a logística que teria como ponto direto uma melhoria na competitividade dos produtos, sem levar em consideração os benefícios que um transporte mais sustentável traria para a sociedade e para a imagem do setor”. Entretanto, Maria ressalta que não basta, apenas, as obras ficarem prontas. São necessários incentivos ao embarcador para o uso de modais alternativos ao rodoviário. “Além de a infraestrutura estar disponível para ser utilizada é indispensável que sejam adotadas medidas que tragam segurança para que os embarcadores optem por esse tipo de transporte”, observa. “É preciso ainda que sejam resolvidos problemas mais estruturais como os de diferença de bitola, falta de vagões para o embarque e direito de passagem entre as concessionárias das linhas férreas”. Segundo a economista, não se pode desconsiderar também que o valor do frete a ser praticado tenha preços relativos competitivos entre os modais, considerando as características especificas de cada um deles e tenha consenso com a realidade do mercado e que os produtores e compradores tenham segurança de que a carga chegará ao seu destino sem extravios e nos prazos estipulados. “Sem a melhoria desses fatores não haverá ampliação da malha intermodal que fará com que seu uso torne-se mais intenso”, conclui. (Fonte:http://www.usp.br/agen/?p=100928) As consequências do abuso, da exploração indevida e inconsequente do meio ambiente são inúmeras, prova disto são espécies aberrantes da fauna surgidas nos últimos tempos. Veja se conhece alguma delas! A fauna ficou mais estranha A Universidade do Arizona, nos EUA, elegeu as espécies animais e vegetais mais bizarras descobertas em 2011 no mundo - conheça as quatro mais engraçadas PARECE, MAS NÃO É Muito confundidas com centopeias, as milípedes não são agressivas nem venenosas - só nojentas mesmo! Esta nova espécie, que foi encontrada nas montanhas da Tanzânia e recebeu o nome de Crurifarcimen vagans, tem o tamanho de uma salsicha e é a maior de todas de sua classe, com nada menos que 16 cm e 56 patas. GELEIA ASSASSINA Esta água-viva pode iludir criancinhas nas praias. As caudas longas e brilhantes parecem luzes dentro d¿água, mas não se engane: ela é extremamente venenosa! Sua picada dói tanto que ela foi chamada de Tamoya ohboya, uma referência à popular expressão inglesa de dor oh boy! ARANHA BRAZUCA Batizada de Pterinopelma sazimai, esta tarântula foi encontrada no Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Bahia, e é a representante solitária do Brasil na lista de espécies bizarras. Não é a única aranha azul que existe, mas, com certeza, é uma das mais bonitas. A caça predatória a coloca sob ameaça de extinção. NARIZ DE MICHAEL JACKSON O Rhinopithecus strykeri é um macaquinho de nariz arrebitado e pelos brancos e negros. Por ano, são descobertos cerca de 36 mamíferos e este chama a atenção por uma característica única: ele começa a espirrar toda vez que chove. A cor da sua pele também é diferente da maioria dos macacos e ele está em perigo na área em que foi encontrado (Fonte:http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/universidade-arizona-especies-animaisvegetais-mais-bizarras-695621.shtml) Estudos recentes têm mostrado como é possível aproveitar fontes renováveis para gerar energia elétrica. O texto mostra o Brasil como grande força potencial em outras fontes de energia, embora ainda tímido no que diz respeito à sua exploração. Estudo mostra como aproveitar fontes renováveis para gerar energia elétrica Em um país onde predomina a geração de energia em usinas hidrelétricas, um novo estudo do WWF-Brasil demonstra que seria possível aumentar em pelo menos 40% a participação de três fontes renováveis alternativas — eólica, biomassa e PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) nos leilões de energia nova. O estudo, intitulado Além de grandes hidrelétricas: políticas para fontes renováveis de energia elétrica no Brasil foi lançada na quarta-feira, 15 de agosto, durante o 8º. Congresso Brasileiro de Planejamento Energético, em Curitiba (PR). Dados do trabalho demonstram que a participação de cada uma dessas fontes alternativas poderia crescer no mínimo 10% nas avaliações mais pessimistas (veja comparativos adiante). “O Brasil ainda explora muito pouco de seu grande potencial de geração de eletricidade por fontes alternativas renováveis”, afirma Carlos Rittl, coordenador do Programa de Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil. “Esse levantamento prova que, com alguns incentivos, é totalmente possível fazermos uma revolução na matriz energética brasileira nas próximas décadas”, ressalta. Gilberto de Martino Jannuzzi, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do International Energy Initiative para a América Latina (IEI–LA), que supervisionou o trabalho, afirmou que o país dispõe de fontes alternativas com alto potencial de produção, e existe uma tendência de queda dos preços dessas fontes nos próximos leilões. “O futuro não está mais em grandes projetos hidroelétricos e muito menos no uso continuado de fontes fósseis”, garante o professor. “Há formas de tornar as fontes alternativas ainda mais competitivas, por meio da criação de novos subsídios ou do redirecionamento dos já existentes, mas que estão atualmente voltados a viabilizar as fontes fósseis.” As páginas do novo estudo do WWF-Brasil mostram como o país pode incentivar o aumento da participação das fontes eólica, biomassa, PCHs e solar fotovoltaica, que, se bem planejadas, provocam impactos ambientais muito menores em relação às grandes hidrelétricas, sem significar aumento de custos. Também estão relatadas comparações com outros países, como a Alemanha, a Espanha e o Japão, e recomendações para a construção de políticas públicas no setor. Além da supervisão de Januzzi, o trabalho contou com a coordenação do professor Paulo Henrique de Mello Sant’Ana, da Universidade Federal do ABC (UFABC) e do IEI-LA, que apresentou e detalhou o estudo num painel do Congresso, na capital paranaense. “No planejamento energético do Brasil, podemos fixar metas de expansão para fontes alternativas no sistema interligado nacional, associadas ao estímulo à geração distribuída, além de adaptação ou de substituição dos mecanismos de fomento já existentes”, relata Sant’Ana. Os vários números compilados revelam o grande gap existente entre o potencial brasileiro de geração de eletricidade das fontes alternativas e a capacidade instalada e outorgada no país. Para se ter uma ideia, dos 2.400 empreendimentos de geração de energia elétrica em operação em 2011, apenas 777 usavam fontes renováveis que, juntas, podiam produzir 12,3 milhões de kW. Em termos comparativos, somente a energia eólica já apresentava, em 2001, um potencial de geração de energia elétrica de 143 milhões de kW. Passados 11 anos, estima-se, em 2012, um potencial de 300 milhões de kW de energia gerada pelo vento, um total que é superior ao dobro da capacidade total instalada no Brasil, atualmente de mais de 114 milhões de kW, considerando-se todas as fontes geradoras. Pensando-se no potencial de geração da energia solar, se o lago de Itaipu fosse coberto hoje com painéis fotovoltaicos, a geração ao ano seria de 183 TWh, que é o dobro de toda a energia que aquela usina produziu só em 2011 (92,24 TWh). Outra fonte com potencial subaproveitado é a biomassa com uso de cana-de- açúcar. De 440 usinas desse tipo em atividade no Brasil, só 100 delas comercializam o excedente para o Sistema Elétrico Nacional. O potencial de geração de eletricidade estimado só para esta fonte era de 14 milhões de kW em 2009. Com relação aos custos de produção, o material do WWF-Brasil também revela que existe no Brasil uma tendência de queda nos próximos 10 a 15 anos das fontes eólica, biomassa (cana-de-açúcar), enquanto, no mesmo período, há tendência de elevação dos custos das usinas hidrelétricas. “A conclusão é clara: o potencial dessas fontes é imenso e pouco aproveitado. Havendo vontade política, o governo brasileiro tem como promover as ações sugeridas no documento e, assim, atender a uma significativa parte das demandas de eletricidade do país a partir de fontes limpas e de baixo impacto ambiental”, conclui Carlos Rittl. (Fonte:http://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?32142) GRÁFICO (Fonte:https://almanaque.abril.com.br/infograficos#!lightbox[501c25c11e136937b7000011]/0/) E, por falar em soluções, o governo federal está encaminhando uma nova política nacional com vistas à sustentabilidade, ou seja, melhorar a qualidade de vida da população. Trata-se, contudo, de um plano que ainda está sendo elaborado. Entretanto, vale a pena conhecer os projetos e refletir sobre as suas propostas e quem sabe até mesmo intervir no processo! Por que não? Dilma institui a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica O governo federal deu mais um passo em favor da sustentabilidade na agricultura e pecuária. Instituiu, por meio do Decreto 7.794, de 20 de agosto de 2012 e publicado hoje no Diário Oficial da União, a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Pnapo), com o objetivo de integrar, articular e adequar políticas, programas e ações indutoras da transição ecológica e da produção orgânica e de base agroecológica, contribuindo, como diz o decreto, “para o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida da população, por meio do uso sustentável dos recursos naturais e da oferta e consumo de alimentos saudáveis”. A partir do momento em que isso vira política oficial, acredita o produtor rural e presidente da Câmara Temática de Agricultura Orgânica, Romeu Mattos Leite, da Yamaguishi, produtora de ovos, hortaliças e frutas em Jaguariúna, região de Campinas (SP), é possível unir esforços, dentro das instituições oficiais, para traçar uma linha comum de ação em relação à agroecologia. “Hoje esta política é desconectada entre os ministérios que tratam do tema, como o da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; o do Desenvolvimento Agrário e também o do Meio Ambiente, além de autarquias como a Conab e a Embrapa”, explica Leite. “Agora há a disposição oficial da própria Presidência da República em tornar a agroecologia uma política efetiva; é um grande avanço, pois o governo reconhece e firma o compromisso de ter a agroecologia como um instrumento poderoso de transformação rural”, conclui. Conforme Leite, o próximo passo será instituir um Plano de Ação, que reunirá, num conselho gestor, 14 membros da sociedade civil e 14 membros do governo e será diretamente coordenada pela Secretaria-Geral da Presidência da República. O grupo responsável pela elaboração do plano deve se reunir em breve, acredita Leite. “Será um plano bem abrangente, que tratará da produção, da formação de técnicos em agroecologia, de gestão de áreas protegidas, etc.”, descreve o presidente da Câmara Temática, que contará, também, com a contribuição das várias Comissões da Produção Orgânica distribuídas nos Estados. Para a elaboração da Política Nacional de Agroecologia, Leite comenta, aliás, que várias discussões, desde o segundo mandato do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vêm sendo realizadas. “Foi um processo bastante rico; tivemos várias oficinas regionais, promovidas pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), das quais participaram mais de 400 pessoas; nas CPOrgs, mais de 300 pessoas discutiram o tema também”, conta. A Política Nacional de Agroecologia estava prevista para ser lançada na Rio+20, mas por causa de alguns cortes importantes feitos no texto, pela Casa Civil, o lançamento teve de ser adiado. Entre os cortes, Leite destaca a criação de áreas livres de transgênicos e aplicação de agrotóxicos, em torno de unidades de conservação, além da criação de um fundo específico para a adoção da PNA e também a paridade de investimentos, na Embrapa, para pesquisa em agroecologia e em agricultura convencional. “Foram cortes importantes”, diz Leite, acrescentando, porém, que 70% do inicialmente proposto foi mantido no decreto presidencial. Quem quiser fazer sugestões para o plano que será elaborado pode entrar em contato com Romeu Mattos Leite pelo e-mail [email protected]. (Fonte: http://www.portalorganico.com.br/noticia/103/dilma_institui_a_politica_nacional_de_agroecologia_e_p roducao_organica) Acesse ao link para ler o documento na íntegra! http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=4&data=21/08/2012 TIRA (Fonte: vintum.wordpress.com) MÚSICA Acesse e ouça! http://www.youtube.com/watch?v=oqfKPUPaNaM http://www.youtube.com/watch?v=ekKc2xOC3Hk http://www.youtube.com/watch?v=fUeWw-K1xXs FLORESTA FAZ A DIFERENÇA Hino da Campanha “Floresta faz a diferença” Paticipação de vários atores e cantores Floresta faz a Diferença Faz parte de toda crença De toda cultura de toda a ciência Faz de toda ciência arte Faz parte de respirar Não dá pra fazer de conta que não tem nada no ar Que o ar vem do nada e que nada pode fazer este ar acabar Não dá para fazer de conta que o rio é infinito e eterno Que um ipê a menos nem conta que o futuro sabes se virá Já tá na hora de gritar ao vento De não calar o que tem pra falar De joga verde mas jogar atento Plantar a ideia para germinar Floresta faz a Diferença Faz parte de toda crença De toda cultura de toda a ciência Faz de toda ciência arte Faz parte de respirar Earth Mother Water Carlinhos Brown Everything is changing Can?t you see? Clima traz o clima Clima delicado Olha a natureza Tem nos aturado Tá tudo inundando Tá tudo mudado Olhe para a frente Olhe para o lado Olhe para o mato Delicate Nature Climate change Are you satisfied? We have to do something Now Mother water earth Mother water earth Mother water Earth mother water Tá se alastrando Tá perdendo o tato Tá se reclamando Do consumo farto Olhe o carbono Olhe o céu doente Olhe para cima Olhe para a gente Olhe para a frente Mother water earth Mother water earth Mother water Earth mother water Preserve our land A Mancha Lenine Lenine aborda o acontecimento do vazamento de Petróleo no Golfo do México (usa o idioma espanhol), referindo-se ao óleo como “a mancha” e mostra de forma lirica os efeitos do desastre ecológico. Isso mostra o artista esta ligado a preservação do meio ambiente e questões atuais. A mancha vem comendo pela beira O óleo já tomou a cabeceira do rio E avança A mancha que vazou do casco do navio Colando as asas da ave praieira A mancha vem vindo Vem mais rápido que lancha Afogando peixe, encalhando prancha A mancha que mancha, Que mancha de óleo e vergonha Que mancha a jangada, que mancha a areia Negra praia brasileira Onde a morena gestante Filha do pescador Derrama lágrimas negras Vigiando o horizonte Esperando o seu amor