Escola Superior da Amazônia – ESAMAZ
Curso Superior de Farmácia
Parasitologia Tricuridíase
Professor MSc. Eduardo Arruda
Trichuris trichiura

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
São vermes redondos de tamanho pequeno ou
médio;
Homem: Trichuris trichiura, cosmopolita, e
Trichinella spiralis, inexistente no Brasil.
Abertura bucal (extremidade anterior): Sem
lábios;
Esôfago (tubo delgado): Musculatura pouco
desenvolvida;
Trichuris trichiura
1 Bilhão de infectados;
 350 milhões (<15 anos): Casos mais
graves;
 Ovos: Clima quente e úmido / condições
sanitárias precárias;

Trichuris trichiura
Verme adulto: Chicote (Whipworms);
 Região esofagiana: 2/3;
 Alargamento posterior;
 Trichuris: Cauda em forma de cabelo
(engano);
 Roederer (1761);

Trichuris trichiura
Goeze (1782): Trichocephalos (cabeça em
forma de cabelo);
 Schrank (1788): Trichocepalus;
 Correto / Não aprovado pelo comitê de
nomenclatura da Sociedade Americana de
Parasitologia;

Trichuris trichiura
Dados arqueológicos: Ancestral primata;
 Intestino de múmias;
 Menino Inca (Chile): Ano 500;
 Américas / Antes da chegada dos
colonizadores europeus;

Morfologia

Adultos:
– 5 cm;
 Machos menores;
 Boca anterior, esôfago longo e delgado (2/3)
células glandulares “Esticócitos”;
 Posterior (1/3) alargada, sistema reprodutor
simples e intestino que termina no ânus;
 Dimorfismo sexual.
3
Morfologia

Macho:
 Menor;
 Extremidade
posterior
encurvada;
 Espículo
(protegido por uma
bainha) recoberto
por espinhos.
Extremidade posterior
do macho, mostrando o
espículo e sua bainha
exteriorizados (seta).
Morfologia

Fêmea:
 Maior;
 Ovário
e útero: únicos.
Morfologia

Ovos:
– 55 mm C;
 22 mm L;
 Formato elíptico característico
com poros salientes e
transparentes em ambas as
extremidades, preenchido por
material lipídico;
 Casca: 3 camadas (resistência).
 50
Habitat
Intestino grosso;
 Muitos autores (parasito tissular);
 Região esofagiana penetra na mucosa;
 Esticócitos: secretam enzimas;
 Porção posterior: Lúmen;
 Facilita a reprodução e liberação de ovos.

Epidemiologia
1947: 355 milhões (16% população);
 1999: 1 bilhão (17% população);
 Brasil: 35 – 39%;
 Norte/ Nordeste: 68,1%;
 Rio de Janeiro: 32,9%;
 Minas Gerais: 13,8%.

Ciclo Biológico
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
Monoxeno;
Reprodução sexuada;
Ovos eliminados nas fezes;
3000 – 20000 ovos/ dia;
Ovo embrionado: desenvolve no ambiente (25 C
/ 21 dias; 34 C / 13 dias);
04 – 20 C / 434 – 630 dias;
Viável por meses;
Ciclo Biológico

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


Alimentos e água > ingeridos > larvas eclodem
no intestino delgado (poros nos ovos) >
penetram na mucosa > 5 – 10 dias > Luz
intestinal > Ceco > Adultos;
5 – 22 % dos ovos completam o ciclo;
Período Pré- patente: 60 – 90 dia;
Fêmea x Macho (1,01 – 1,28);
Sobrevive: 1 – 2 anos (3 – 4 anos).
Patogenia
Leves: < 1000 ovos/ g fezes;
 Moderada: 1000 – 9999 ovos/ g fezes;
 Graves: > 10000 ovos/ g fezes;
 Assintomáticos;
 Sintomas: Carga parasitária;
 Idade e estado nutricional;

Patogenia
Moderada: Dor de cabeça, diarréia,
náuseas e vômitos;
 Grave: Diarréia crônica, com muco e/ou
sangue, anemia, desnutrição grave e
prolapso retal;

Patogenia
Lesões: Apenas no intestino;
 Carga parasitária elevada: Todo o
intestino grosso;
 Reto: Processo inflamatório intenso,
edema, ulcerações e sangramento;
 Esforço para defecar + Alterações nas
terminações nervosas = Prolapso retal.


Vídeo Colonoscopia
Patogenia
Prolapso retal: Região Norte;
 Reversível após retirada dos vermes e
processo inflamatório;
 Anemia, desnutrição??? (Alguns autores);
 Pouco sangue;
 Obstrução do cólon e perfuração intestinal
(Rara).

Diagnóstico
Fezes: Ovos;
 Métodos de concentração;
 Colonoscopia.

Tratamento
Albendazol (400mg);
 Mebendazol (100mg 2x dia / 3 dias);
 Ivermectina (200mg/ Kg).

Profilaxia
Homem única fonte;
 Condições ambientais e saneamento
básico.

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