INFOSELECTIS nº 21 Junho 2012 Entrevista - CAVES MURGANHEIRA Marta Lourenço “No sector dos espumantes, hoje em dia, já é sabido que temos nesta região condições para produzir espumantes de topo e aptos para concorrer com os melhores do mundo.” pg. 2 DOSSIER TÉCNICO Podridão Negra ou Black rot pg. 4 UM PORTUGUÊS NO CHATEAU O Vale do Varosa, onde a Beira e o Douro se tocam, é berço de um dos melhores espumantes do mundo. Neste Infoselectis, fomos visitar a Quinta da Murganheira fundada há mais de 60 anos e que se tem vindo a afirmar no mercado com espumantes de qualidade internacional. Estivemos à conversa com Marta Lourenço, uma das responsáveis técnicas que nos apresentou este projecto embaixador do vinho português. O que muita gente não sabe é que Portugal tem espumantes do mais alto nível e que disputam prémios com os mais conceituados do mundo. Pg. 7 - Notícias MONITORIZAÇÃO DA TRAÇA DA BATATEIRA Pg. 6 - Soluções Selectis Pg.8 - Notícias REDIX FLOW - A QUALIDADE CULTIVA-SE SITE TEMÁTICO - FOGO BACTERIANO JACKPOT - NOVA EMBALAGEM DE 250 g LQIRVHOHFWLVQBRNLQGG $0 editorial em destaque QUEM BRINCA COM O FOGO… Entrevista MARTA LOURENÇO CAVES MURGANHEIRA Na última edição do Infoselectis comentamos que a prevenção, do fogo bacteriano, era palavra-chave para o êxito do sucesso na corrida contra a dispersão da doença. Perante tal ameaça e dado ao histórico já conhecido em diversos países, seria de esperar no mínimo alguma preocupação e atitude no sentido de protecção dos pomares de potenciais infecções durante a floração, fase considerada mais crítica. Pelo que se sabe, apenas em algumas regiões frutícolas houve a consideração do perigo presente e foram tomadas precauções com a realização de tratamentos preventivos. Será que aprender com os próprios erros e desgraça é a única maneira? Não basta olhar para os erros dos outros e utilizar a sua experiência em prol do próprio sucesso. No momento, começam a surgir indicações que de acordo com as observações em campo estão a aparecer alguns sintomas de fogo bacteriano. Também a traça da batata tem acentuado os ataques, com consequências directas na área de produção. Durante este ano a incidência da praga no campo tem apresentado situações preocupantes, tendo em consideração o nível de capturas das armadilhas sexuais em muitos locais. Nalguns casos, na colheita da batata já se verificam estragos significativos provocados pela traça nos tubérculos. O facto dos tubérculos ficarem mais expostos em resultado da tuberização superficial, fendilhamento da terra, amontoa insuficiente, rega deficiente, associada à ausência de tratamentos com insecticida conduz ao aparecimento de tubérculos com sintomas de ataque de traça e noutros com a existência de posturas que eclodem em armazém. Nestes casos, ambos os problemas são de tal forma importantes que podem colocar em causa o futuro das culturas. O estar alerta com uma atitude preventiva é essencial para assegurar a adequada protecção, de modo contribuir para o sucesso de quem produz! Assim, é caso para dizer quem brinca com fogo pode queimar-se. O que são as Caves Murganheira? Qual a área de vinha que trabalham? As caves foram fundadas em 1946 pelo proprietário, o Sr. Acácio Laranjo, que era um Industrial do sector dos têxteis. Apesar de produzir vinho, tinha a quinta principalmente com a finalidade de seu próprio lazer. Em 1987 foi adquirida pelo Professor Orlando Lourenço juntamente com outro sócio. Actualmente a quinta pertence a uma sociedade composta por 3 elementos. Além do Professor Orlando Lourenço, compõem esta sociedade o Dr. Pedro Dias Costa e o Dr. Vasco Lima. A Murganheira tem sido um projecto que tem crescido e evoluído. Quando a exploração foi inicialmente adquirida em 1988 vendíamos cerca de 500 garrafas, hoje já produzimos 1.5 Milhões. Temos o foco de produzir o melhor e oferecer a melhor qualidade. Olhamos a custos, mas eu costumo dizer nesta casa não se olha a custos para produzir melhor e valorizar o nosso produto, sempre com o sentido de nos posicionarmos no topo em termos de qualidade. Na Quinta da Murganheira temos 21 hectares plantados. Noutra quinta em Alvelos temos mais 19 hectares de vinha. Também compramos uva a 150 agricultores. De quase todas as vinhas que se avistam à volta da quinta, a produção é recebida por nós. São, assim, responsáveis pelo escoamento da produção destes viticultores? Sim, acabamos por ter uma relação de parceria com estes viticultores. Além de comprarmos a uva, damos acompanhamento técnico e apoio a quem nos procura. Qual o peso destes produtores em termos de fornecimento? No total representam 80% da uva que vinificamos. 2 LQIRVHOHFWLVQBRNLQGG $0 é sabido que temos nesta região condições para produzir espumantes de topo e aptos para concorrer com os melhores do mundo. Os vinhos da Murganheira competem e posicionam-se num patamar de excelência. E a nível de mercado interno? Somos reconhecidos no mercado português, já toda a gente nos conhece. Temos incutido e promovido o consumo do espumante. Se hoje já existe algum hábito de acompanhar a refeição com espumante, deve-se a um trabalho iniciado pela Murganheira. Com que castas trabalham? Aqui na Murganheira temos essencialmente Cercial, Malvasia Fina, Gouveio Real, Chardonnay, Pinot Noir, Cabernet Souvignon e um pouco de Souvignon Blanc. Na quinta de Alvelos temos maioritariamente Tinta Roriz, Touriga Nacional e Touriga Franca e também um pouco de Pinot Noir, Cercial e Malvasia Fina. com espumantes produzidos na região de Champagne pois beneficiam da notoriedade do nome da Região, mas continuamos a crescer nos mercados externos e a aumentar a exportação. Que mercados estrangeiros trabalham? Rússia, Japão, China, Finlândia, Angola, Brasil, Timor, EUA, Suíça e Alemanha. Que quantidades e tipos de vinho produzem? Existe algum mercado estrangeiro que se distinga mais? Nós trabalhamos à volta de 1.5 milhões de quilos de uva, o que nos dá 1.16 milhões de litros de mosto, que engarrafado dá quase 2 milhões de garrafas de vinho. Produzimos maioritariamente espumantes com o peso de 99%, tendo vinhos em todos os segmentos nas diversas gamas. Temos 21 referências no espumante. Produzimos também vinhos “tranquilos” nos quais cobrimos o segmento dos Tintos, Brancos e Rosé. Sim, a Rússia, “este mercado só gosta do que é bom!”, sendo muito exigente em termos de qualidade. Só consomem os nossos topos de gama. O Japão também é um mercado que tem vindo a reconhecer a nossa qualidade. Os nossos importadores no Japão gostam de vir a Portugal com frequência e provar todos os nossos vinhos. Nota-se que começam a ganhar afectividade e a gostar. Procuram conhecer todas as nossas referências. Produzir espumante de qualidade tem, cetamente, um segredo. Qual é o vosso? A promoção e divulgação dos vossos produtos estarão, seguramente, na base desse sucesso internacional. Que estratégia têm utilizado? Temos dois pontos fortes, as condições edafo-climáticas da região, bem como a nossa capacidade e método de trabalho. Procurámos logo quando iniciámos o projecto, aprender com os que produzem os melhores espumantes do mundo, neste caso com os produtores da zona de Champagne. Continuamos a apostar e a investir para obtenção de uma qualidade superior. Qual o destino dos produtos? Até há dois anos atrás tínhamos 95% produção destinada para o mercado interno e os restantes 5% destinados aos mercados externos. No momento, as exportações já representam 20% da produção. É muito difícil penetrar no mercado externo como espumante, pois a palavra Champagne vende só por si, mesmo quando com qualidade baixa. É difícil concorrer Ameaças… A concorrência interna que começa a desenvolver-se. No momento, em Portugal temos produtores com bons espumantes. Sofremos um pouco do chamado “benchmarking”, a concorrência imitanos muito. No exterior, o nome da região Champagne altamente reconhecido, é uma ameaça para nós, pois temos como objectivo concorrer ao lado das melhores referências mundiais. … e oportunidades? A aposta na inovação que temos feito, no sentido de atingir sempre a melhor qualidade e estar na linha da frente. Tentamos sempre afastar-nos da concorrência para nos posicionarmos no topo, é essa a nossa forma de estar. Continuamos a mostrar ao mundo que Portugal tem condições para produzir espumantes de topo. Temos participado em diversos concursos no sentido de dar a conhecer os nossos vinhos e impor as nossas marcas. Temos tido sucesso e ganho bastantes prémios, de destacar a medalha de ouro que foi atribuída ao nosso vinho CZAR em França no Challenging Internationtal, competindo com os melhores espumantes. Por outro lado, temos procurado ir aos mercados apresentar e divulgar directamente aos clientes os nossos produtos. Nestas acções beneficiamos de uma força de grupo, pois estamos integrados num grupo juntamente com outras duas empresas, Tapada do Chaves e as Caves da Raposeira. Existe já algum reconhecimento por parte do mercado e do consumidor? No sector dos espumantes hoje em dia já 3 LQIRVHOHFWLVQBRNLQGG $0 DOS SIE R TÉ CNI CO Podridão Negra ou Black rot Podridão Negra ou mácula, também conhecida por Black rot é causada pelo fungo Guignardia bidwellii que pode atacar todos os órgãos verdes da videira: Folhas, lançamentos e cachos. Períodos chuvosos e prolongados são favoráveis ao desenvolvimento da doença. A evolução do fungo, embora lenta, pode começar desde os 10ºC, tendo como temperatura óptima os 25ºC. As infecções primárias podem dar-se muito cedo logo no estado fenológico de “Saída das Folhas” em situações de períodos de chuva ou de atmosfera com muita humidade. Os esporos necessitam de água para germinar e infectar, sendo o período mínimo de humectação necessário variável consoante a temperatura, mas em termos médios entre as 8 a 9 horas. O período de incubação é largo quando comparado com outras doenças da vinha, os primeiros sintomas surgem após um período de 3 a 4 semanas desde as infecções, dependendo da temperatura e humidade. As folhas são os primeiros órgãos a aparecer com infecções, no entanto, é nos cachos que a doença causa estragos directos, podendo levar a quebras de produção entre 30% a 80% além de afectar a qualidade do vinho. Nas folhas, os sintomas caracterizam-se pelo aparecimento de manchas castanhas secas dispersas que posteriormente dão origem a manchas de maior dimensão. Nas manchas formamse pontuações negras que correspondem à frutificação do fungo (picnídios) a partir das quais libertam-se esporos que originam infecções secundárias. As folhas são sensíveis à infecção em fase de crescimento activo perdendo sensibilidade no máximo do seu crescimento. Nos cachos as infecções caracterizam-se no início por umas manchas circulares em depressão de Foto gentilmente cedida por Vanda Baptista (DRAP Centro) cor castanho-rosada em torno da qual se forma uma podridão de cor mais escura. O fungo acaba por colonizar todo o bago, que adquire um aspecto enrugado e que acaba por mumificar. É considerado como período de maior sensibilidade à doença, o período entre o início da floração e fecho dos cachos. As infecções nos cachos dão-se principalmente a partir das manchas da doença em folhas adjacentes, daí a importância do controlo logo de início dos primeiros focos de infecção, especialmente em vinhas com historial de forte ataque nos cachos nos anos anteriores. Estratégia e Posicionamento Nas vinhas onde foi detectada a doença, o material que apresente sintomas de infecções (varas, gavinhas e cachos deixados na vinha) deve ser eliminado durante a poda e queimado. Para o período considerado de maior sensibilidade à doença, desde o estado “floração-alimpa” ao “fecho dos cachos” a utilização de Adério e Pencol nos tratamentos para o Míldio e Oídio respectivamente revelam-se como uma excelente combinação de protecção dos cachos ao Black rot pela acção que exercem sobre o fungo. Nas vinhas em que houve grande expressão da doença na campanha anterior e com grande pressão de inóculo, em caso de primaveras chuvosas devem ser utilizados nos primeiros tratamentos para Escoriose e Míldio: Zetyl Mz (35% de fosetil-alumínio + 35% de mancozebe) e Cruzado Mz (64% de mancozebe + 8% de metalaxil) no sentido de protecção das folhas de infecções primárias que vem constituir a fonte de inóculo para as infecções nos cachos. 4 LQIRVHOHFWLVQBRNLQGG $0 Adério* pelas propriedades ciropenetrantes confere excelente protecção anti-míldo nas folhas e em cachos, difundindo-se na epiderme e acompanhando localmente o crescimento do órgão. Por esta característica resultante da sua afinidade com as ceras revela-se particularmente adaptado na protecção de bagos, especialmente logo após a alimpa, período em que são muito susceptíveis. A mistura entre a zoxamida e mancozebe beneficia de um efeito sinérgico na acção sobre o Black rot pois ambas as moléculas actuam directamente sobre o fungo. As mesmas propriedades de afinidade com as ceras garantem ao Adério resistência à lavagem e maior persistência de acção sobre o Black rot quando comparadas com fungicidas de contacto. Pencol* é um Anti-Oídio sistémico com acção preventiva e curativa sobre o Oídio e também com elevado nível de acção sobre Black rot. Apresenta rápida penetração na planta (menos de 1 hora) e pela sua sistemia deslocação até aos pontos de crescimento, protegendo eficazmente folhas e cachos em desenvolvimento. A sua persistência activa dentro da planta é elevada, 12 a 14 dias. Apresenta acção curativa sobre infecções de Black-rot já instaladas, desde que aplicado antes de surgirem sintomas. • TIPO: Triazol (IBE) - Sistémico • MODO DE ACÇÃO: Preventivo e Curativo • FORMULAÇÃO: Concentrado para emulsão (EC) • COMPOSIÇÃO: 100 g/l penconazol • DOSE: 35 ml / hl • TIPO: Anti –Míldio Ciropenetrante • MODO DE ACÇÃO: Preventivo • FORMULAÇÃO: Grânulos Dispersíveis (WG) • COMPOSIÇÃO: 8,3% zoxamida + 66,7% mancozebe • DOSE: 180 g / hl * Adério e Pencol são produtos homologados para o míldio e oídio respectivamente, não estando homologados para o Black rot. Contudo, apresentam uma acção directa sobre esta doença. CALENDÁRIO DE TRATAMENTOS PARA MÍLDIO E OÍDIO COM A ACÇÃO NO BLACK ROT ZETYL MZ@ CRUZADO MZ@ + PENCOL@ ADÉRIO@ + PENCOL@ 5 LQIRVHOHFWLVQBRNLQGG $0 SOLUÇÕES SELECTIS REDIX FLOW A QUALIDADE CULTIVA-SE Vem complementar a gama Selectis, REDIX FLOW (SC 500 g/l Iprodiona) a solução anti-botrytis. Com AV nº 0275, encontra-se disponível para esta campanha nas culturas da Vinha, Tomate e Alface para controlo de podridões e nas culturas do Pessegueiro e Damasqueiro para a Moniliose. REDIX FLOW apresenta um largo espectro de acção sobre várias doenças em diversas culturas: Podridão dos cachos na Vinha; Podridão cinzenta e Esclerotinia na Alface; Podridão dos Frutos no Tomateiro; Moniliose no Pessegueiro e Damasqueiro. REDIX FLOW é um fungicida essencialmente de contacto actuando à superfície dos tecidos vegetais, manifestando no entanto alguma capacidade de penetração nos tecidos. Interfere sobre todas as fases do ciclo de desenvolvimento do fungo detendo uma acção preventiva, curativa e anti-esporulante. Numa formulação moderna, SC (Suspensão Concentrada), REDIX FLOW permite grande facilidade no manuseamento e utilização. Encontra-se disponível em embalagens de 150 ml, 1L e 5L. JACKPOT NOVA EMBALAGEM DE 250 g A Selectis lança nesta campanha uma nova embalagem de Jackpot. Agora além da embalagem de 750 g, o produto encontrase também disponível na embalagem de 250 g. Esta saqueta visa satisfazer e adequar o produto a quem produz e armazena menores quantidades de batata, mas que vê a sua produção ameaçada com traça da batata. A quantidade presente na embalagem de 250 g permite tratar cerca de 300 kg de batata. Para uma protecção eficaz das batatas, a aplicação deve ser feita de forma homogénea em cada camada de batata. Deve ser utilizado um polvilhador de fole para que a corrente de ar gerada permita uma distribuição homogénea. Deve ser colocado sobre as batatas tratadas uma cobertura que evite a exposição solar e dificulte o acesso da traça. 6 LQIRVHOHFWLVQBRNLQGG $0 notícias Monitorização da Traça da Batateira A Selectis tem actualmente em curso um sistema de monitorização da traça da batata de âmbito nacional. Para tal, procedeu à distribuição e colocação de armadilhas sexuais em várias localidades do País. Esta acção tem como principal objectivo melhorar o conhecimento sobre o desenvolvimento da praga e assim facilitar a tomada de decisão nas acções a implementar no campo. O facto de termos instalados mais de 20 postos de monitorização da praga, em locais onde tradicionalmente se produz batata e contando com a colaboração de várias pessoas com experiência neste sector, torna esta iniciativa pioneira e extremamente válida, uma vez que se trata de um problema difícil de controlar e, como sabemos, para o qual é necessário actuar de forma integrada. Como primeira constatação, podemos dizer que esta praga tem um comportamento directamente relacionado com factores climáticos que podem condicionar bastante o seu desenvolvimento. No entanto, não parece ser assim um factor tão limitativo. Temos vindo assistir a níveis de capturas em circunstâncias onde teoricamente não seriam previsíveis. Este facto leva-nos a redobrar cuidados e atenção em relação a este assunto. A partir das observações constantes de toda a equipa de monitorização, temos vindo a disponibilizar informação referente à actividade da praga, no nosso site www.selectis.pt e também através do nosso Boletim Informativo específico para este efeito. Não hesite em visitar o nosso site temático ou, se o entender…contacte-nos! 7 LQIRVHOHFWLVQBRNLQGG $0 notícias Site Temático Fogo Bacteriano O aparecimento do fogo bacteriano, como nova doença das pomóideas em Portugal, representa um cuidado acrescido na protecção das culturas. De forma a facilitar a divulgação de informação sobre esta grave doença, a Selectis desenvolveu um site específico (www.selectis.pt) onde estão disponíveis vários conteúdos, desde os sintomas, à estratégia de protecção, bem como informação resultante dos modelos de infecção. Esta iniciativa, pretende dar continuidade a todas as actividades de divulgação sobre esta doença, de modo a contribuir para assegurar a protecção dos pomares e assim garantir o futuro. SELECTIS Produtos para a Agricultura, S.A. Herdade das Praias Apartado 120 – E.C. Bonfim 2901-877 SETÚBAL Tel.: 265 710 351 · Fax: 265 710 355 E-mail: [email protected] Web: www.selectis.pt 8 LQIRVHOHFWLVQBRNLQGG $0