SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - REGIONAL Foto: Dilson Carvalho | Praia de Carneiros, Pernambuco volume 10 | nº 2 | Junho 2009 | ISSN 1517-4611 Inovar é desafiar os limites da ciência e trazer os resultados ao seu alcance A SIN - Sistema de Implante apresenta soluções sustentadas por pesquisas e tecnologia de ponta, para levar as últimas tendências da Implantodontia ao profissional e a qualidade de vida a seus pacientes. CIRURGIA GUIADA DIFERENCIAIS • Maior precisão com o planejamento em software • Cirurgia sem incisão e retalho • Maior conforto para o paciente SUPERFÍCIE NANOATIVADA DIFERENCIAIS • Maior estabilidade biomecânica • Melhor qualidade biológica • Maior previsibilidade Saiba mais sobre nossas inovações. Solicite o catálogo de 2009 através dos nossos atendentes. 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Prof. Dr. Leonardo Marchini Coordenador da Revista da EAP/APCD SUMÁRIO 1 5 CÁRIES RADICULARES NA TERCEIRA IDADE: CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO ROOT CARIES IN THE THIRD AGE: CONTRIBUTION TO THE STUDY A PRÓTESE TOTAL E OS PRECONCEITOS NO TRATAMENTO DE IDOSOS PORTADORES DE DOENÇAS MENTAIS COMPLETE DENTURES AND SOME PREJUDICES IN THE TREATMENT OF ELDERLY WITH MENTAL ILLNESS 8 15 Rua Egle Carnevalli, 26 - Jardim das Indústrias CEP 12240-030 - São José dos Campos - SP PABX: (12) 3938-9900 | e-mail: [email protected] | www.apcd.com.br CONSELHO EDITORIAL DA REVISTA DA EAP Dentística: Profª. Tit. Maria Amélia Máximo de Araújo Profª. Dra. Regina Célia Santos Pinto Ortodontia: Profº. Dr. Weber José Ursi Profº. Dr. Gerval de Almeida Prótese: Profº. Dr. Aldari Raimundo Figueiredo Profº. Dr. Vicente de Paula Prisco da Cunha Odontopediatria: Profº. Dr. Marcos Augusto do Rego Profº. Dr. Marcelo Fava de Moreais Oclusão: Profº. Wagner de Oliveira Profº. Carlos Fernando Damião Implantes: Profº. Heichi Shinozaki Profº. Dr. Marco Antônio Battino Profº. Dr. Clóvis Pagani Profº. Dr. Renato S. Nishioka Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial: Profº. Newton Roberto Ribeiro Profº. Dr. Paulo Villela Santos Jr. Periodontia: Profº. Dr. Warley David Kerbauy Profª. Dra. Maria Aparecida Neves Jardini Profº. Dr. José Roberto Cortelli Endodontia: Profª. Dra. Ana Paula Martins Gomes Profª. Dra. Sandra Habitante Ciências Básicas: Profº. Dr. Horácio Faig Leite Profª. Dra. Yasmim Rodarte Carvalho Odontologia Preventiva e Sanitária: Profº. Dr. Wilson Galvão Naressi Profº. Dr. José Roberto Rodrigues Radiologia: Profº. Dr. Júlio César Castilho Prof. Roberto Antônio Nicodemo EXPEDIENTE REVISTA CIENTÍFICA EAP/APCD Diretoria Cintífica: Profª Tit. Maria Amélia Máximo de Araújo / Coordenador: Profº Leonardo Marchini / Vice-coordenador: Profº Dr. Bruno das Neves Cavalcanti / Assessoria de Normalização Técnica: Silvana Alvez / Editor Geral: Dilson Carvalho MTb 13.583 / Revisão: Profº Dr. Wilson Galvão Naressi / Edição e Artes e Impressão: JAC Gráfica e Editora - (12) 3928-1555 DIRETORIA APCD REGIONAL SJCAMPOS | BIÊNIO 2008/2010 Stefano Frugoli Peixoto Fernando Luiz Brunetti Montenegro Stefano Frugoli Peixoto Luciana Cassimiro Fernando Luiz Brunetti Montenegro O QUADRIHÉLICE NO TRATAMENTO DA DISCREPÂNCIA SAGITAL E TRANSVERSAL RELATO DE CASOS CLÍNICOS 5ª Jornada Odontológica da Univap (JOU) 19 e 20 de novembro de 2008 ASSOCIAÇÃO PAULISTA DOS CIRURGIÕES-DENTISTAS REGIONAL SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - ESTADO DE SÃO PAULO/BRASIL Silvana Pires de Oliveira Presidente: Wilson Galvão Naressi Diretora da EAP: Silvana Pires de Oliveira 1º Vice-Presidente: José Ângelo Tralli Coordenador da Revista: Leonardo Marchini 2º Vice-Presidente: Fernando Sérgio O. Duarte Diretor de Comunicação: Vitor Ribeiro Secretário: Fernando Paraíso Sério Diretoria de Prevenção e Voluntariado: Marignês Theotônio Dutra Paula Juliana Tavernaro Ruza Tesoureiro: Dimas Soares dos Santos Conselho Deliberativo: Antenor Araújo Ivan Torres Natividade Ana Beatriz Rangel Urizzi Maria Àngela Dias Prestes Luis Carlos Guimarães José Humberto Linhares Dutra Conselho Fiscal: Leonardo Marchini Patrick Rocha Sério Eduardo Galera da Silva Marcos Antônio Lima Conselho Eleitoral: Maria Carolina Ferreira Maria Célia Alkmin Bossolani Julio de Moura Magalhães Eduardo Pedrazza Dutra Diretoria de Esportes: Carlos Henrique Spinoza Bernardes Sérgio Augusto A. Torres Diretoria Social, Turismo e Cultura: Renata Costa Maria Antonia Tralli Diretor de Patrimônio: Edimilson Urizzi Presidente do Núcleo de Caçapava: Marco Aurélio Chaguri Conselho Acadêmico: Fabiana Facioli de Andrade Rodrigo Silva Primiceri Thais Priscila Brun Oliveira Thales Wilson Cardoso Conselho Nova Geração (CONOGE) Sabrina Pinotti FerreiraLeite Mateus Bertolini F. dos Santos CÁRIES RADICULARES NA TERCEIRA IDADE: CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO ROOT CARIES IN THE THIRD AGE: CONTRIBUTION TO THE STUDY AUTORES Stefano Frugoli Peixoto* Fernando Luiz Brunetti Montenegro** *Cirurgião-dentista do Centro de Referência do Idoso (Zona Leste) – CRI - São Paulo – SP Especialista em Odontogeriatria pela Associação Brasileira de Odontologia – SP **Mestre e Doutor – Faculdade de Odontologia – USP – SP Pesquisador, Mentor do Portal do Envelhecimento – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP – São Paulo – SP Prof. Dr. na Universidade Guarulhos - UnG – Guarulhos - SP Endereço para contato: Rua Lagoa Tai Grande, 1332 / 08290 - 500 São Paulo-SP [email protected] INTRODUÇÃO A longevidade do ser humano em todo o planeta vem aumentando no decorrer dos séculos, e existe a previsão que se torne ainda maior nas próximas décadas. Isto se deve, entre outros, ao avanço tecnológico da Medicina, à ênfase cada vez maior aos tratamentos preventivos na área da saúde, e à mudança cultural, principalmente urbana, levando a esta transição demográfica: a humanidade que anteriormente era caracterizada, em essência, por um grande número de nascimentos e por um grande número de óbitos, passa a ser vista com uma menor taxa de fecundidade e também de mortalidade. Embora aconteça também nos países desenvolvidos, o ritmo de crescimento da população idosa será mais acelerado nos países em desenvolvimento, causando nestes locais sério impacto social, visto que, historicamente, os países industrializados estruturam-se socioeconomicamente antes de Revisão da leitura Com a idade, ocorre uma série de mudanças no organismo, às vezes fisiológicas (conhecidas como advindas da senescência), às vezes patológicas (decorrentes da senilidade). Tais alterações deveriam ser atentadas por aqueles profissionais que de algum modo têm contato com o paciente idoso: saber das condições da saúde geral e do aspecto fisiológico normal de um paciente geriátrico é importante, visto que podem interferir no planejamento e na terapia odontológica dos idosos. Idosos institucionalizados ou hospitalizados têm, de uma maneira geral, um estado de saúde bucal mais pobre do que idosos ativos, favorecen1 Revista EAP/APCD | V 10 | Nº 2 | Junho 2009 RESUMO ABSTRACT DESCRITORES: Gerontologia; odontogeriatria; cáries radiculares - idosos. DESCRIPTORS: Gerontology; geriatric dentistry; root caries - elderly persons. terem a sua população envelhecida, ao passo que, nos países em desenvolvimento, ocorre exatamente o contrário, afirma Santos12 (2008). A referida transição demográfica trouxe como conseqüência uma transição epidemiológica de um modo geral na Saúde, e, como não poderia deixar de ser, na Saúde Bucal. A Odontologia, conseqüentemente, possui um papel de extrema relevância no bem estar dos idosos, uma vez que a saúde oral e a geral estão estreitamente inter-relacionadas; porém, não devemos esquecer que o profissional que quer dedicar-se ao tratamento deste grupo deve ter conhecimentos aplicados de Gerontologia, particularmente os concernentes à Geriatria e à Psicogeriatria. A in- terdisciplinaridade com outros profissionais, como cuidadores, médicos, psicólogos, enfermeiras, fisioterapeutas, nutricionistas e assistentes sociais, os quais têm um importante papel nas orientações e ações em saúde geral e oral, também é fundamental, salientam Carvalho Filho e Papaléo 4 (2005). As lesões de cárie de raiz e as deletérias conseqüências de sua evolução são muito freqüentes em idosos, e nós, profissionais de saúde, podemos tentar intervir no sentido de minimizar ou mesmo prevenir esta afecção que diminui a qualidade de vida de uma população que atualmente é, em sua maioria, significativamente negligenciada pelos serviços públicos e privados de odontologia, particularmente em nosso país. do o surgimento da cárie de raiz. Dificuldades motoras e falta de motivação e/ou conhecimento dos cuidadores e outros profissionais no que tange aos cuidados de higiene oral parecem ser problemas comumente ligados a pacientes em tais situações, como relatam Ueberschär e Günay14 (1991) e Jonhson e Almqvist9 (2003). Outros fatores de risco que merecem ser citados, segundo Fedele e Sheets6 (1998): diminuição do fluxo salivar ou xerostomia, superfícies radiculares expostas, radioterapia em cabeça e pescoço, deficiência física ou cognitiva, síndrome de Sjögren, diabetes, pobre higiene oral, múltiplo uso de medicamentos, dieta rica em carboidratos, A cárie radicular pode desenvolver-se velozmente: Burgess e Gallo3 (2002) realçam que a desmineralização é cerca de duas vezes mais rápida nas superfícies radiculares do que no esmalte, pois aquelas têm metade do conteúdo mineral do que este último, e também porque ocorre em um pH mais alto: o pH crítico para a ocorrência da cárie em cemento e/ou dentina é de aproximadamente seis; contudo, nos casos de lesões em esmalte é ao redor de 5,5. As lesões podem, ainda, solapar o esmalte adjacente, alertam Fonzi et al.7 (1984). Esta dissertação trata-se de uma revisão da literatura sobre a prevalente cárie radicular na população idosa e dos diversos fatores relacionados a esta doença. Pode-se concluir que os idosos, principalmente os institucionalizados, têm alto risco para desenvolver cáries radiculares; que o consumo exagerado de carbohidratos, diminuição do fluxo salivar e falta de informação preventiva contribuem muito para aumentar os níveis das cáries radiculares; que a educação em saúde oral para pacientes idosos e seus cuidadores e familiares é o melhor meio de se manter os resultados dos tratamentos curativos; que o uso abrangente do flúor e a análise oclusal são essenciais para o sucesso clínico; que a durabilidade, estética e categoria de risco para a doença devem ser consideradas antes de selecionar o tipo de material restaurador e que um controle de placa realizado com eficiência minimiza o aparecimento destas lesões bem como aumenta a vida útil das restaurações sobre elas aplicadas. This dissertation is a review of literature about the prevalent root caries in the aged population and the various factors related to this disease. We can conclude the aged people, chiefly the institutionalized ones, have high risk to develop root caries; that the exaggerated consumption of carbohydrates, decrease of salivary flow and lack of preventive information contribute too much to increase the levels of root caries; that oral health education for elderly patients and their care givers and family is the best manner to keep the results of the curative treatments; that the wide use of fluoride and the occlusion analysis are essentials for the clinical success; that durability, aesthetics and risk category for the disease should be considered prior to select the type of restorative material and that a plaque control dealt with efficiency minimizes the appearance of these lesions as well as increases the useful life of the restorations applied on them. Nutrição Como ocorre, com o passar dos anos, uma diminuição na capacidade olfativa e gustativa, tornando menor a percepção dos quatro sabores primários (salgado, doce, amargo e ácido), o idoso passa a consumir uma maior quantidade de sal e de açúcar. Além disso, começa a haver uma per- da da eficiência mastigatória, levando-o a modificar seu padrão alimentar, muitas vezes para uma dieta com menor poder nutricional. O idoso tem também uma diminuição do trânsito gástrico, pois ocorre uma atrofia da mucosa que absorve os nutrientes e uma diminuição das enzimas que atuam no processo digestório. A dificuldade digestiva gerará desconforto ao ancião, sendo um estímulo a mais para que este consuma alimentos de menor consistência, principalmente carboidratos, normalmente pouco nutritivos e bastante cariogênicos, relatam Brunetti e Montenegro2 (2002). mente a uma lesão de cárie radicular, aumentam sobremaneira a proximidade da polpa com o meio bucal. Conseqüentemente, uma futura eventual seqüela de acidente vascular encefálico, ou doença de Parkinson, dentre tantos comprometimentos sistêmicos comuns na terceira idade, enfim, que prejudiquem a realização de uma boa escovação ou mesmo autolimpeza, seriam intercorrências altamente predisponentes para a instalação de lesões de cárie radicular, cuja evolução pode ser, em nossa opinião, ainda mais deletéria do que nos casos convencionais (onde não há concomitantemente a presença de LCNC). A abfração, muitas vezes inobservada, é uma alteração comum na terceira idade, pois grande parcela dos idosos já perdeu ao menos um elemento dental no decorrer da vida, compromentendo assim a harmonia oclusal e ortognática. Fedele e Sheets6 (1998) e Burgess e Gallo3 (2002) salientam que, se o dente em questão também é atingido por abfração, a não eliminação do fator causal, id est, o ajuste da oclusão, proporciona grandes chances de insucesso do tratamento restaurador, independentemente da retenção conferida ao preparo cavitário. A utilização de placas de mordida e o ajuste oclusal, através do preenchimento dos espaços protéticos, desgastes e tratamento periodontal ou mesmo avulsão de elementos com mobilidade irreversível nos parecem ser de grande valia, portanto, na conservação da zona cervical dos dentes. Vale lembrar que a sensibilidade dentária é diminuída nos idosos, podendo proporcionar ao paciente uma menor importância dada por eles às lesões cervicais. saliva, levando a uma desmineralização dos tecidos duros do dente, e conseqüentemente ao rápido progresso das lesões de cárie radicular. Não devemos nos esquecer, porém, que a diminuição do fluxo salivar ocorre fisiologicamente na senescência, devido a uma substituição das células acinosas, que são produtoras de saliva, por tecido gorduroso ou conjuntivo. Além disso, muitos dos medicamentos ingeridos pelos idosos também causam a diminuição do fluxo salivar, sendo os mais comuns os antidepressivos, os anti-histamínicos, os diuréticos, os anti-hipertensivos, os anticolinérgicos e os antineoplásicos. Tanto as PPRs (próteses parciais removíveis) como as PPFs (próteses parciais fixas) reintegram o ancião socialmente e na família, e melhoram a capacidade mastigatória, entre outros benefícios, como bem salientam Brunetti e Montenegro2 (2002). Porém, a falta de higienização apropriada pode levar ao aparecimento da cárie radicular. que ela tende a ser a mesma da sua juventude, como proferem Carvalho Filho e Papaléo Netto4 (2005). Partindo desta premissa, vale relevarmos a utilização de substitutos do açúcar, que é aconselhada por Fedele e Sheets6 (1998). Já De Los Santos et al.5 (1994) sugeriram o uso de goma de mascar ou similares que liberassem flúor como tratamento alternativo de grupos de risco. Parece ser alternativa de valia, pois o idoso possui o hábito de chupar balas, na tentativa de aliviar o desconforto produzido pela hipossalivação, segundo Steele et al.13 (2001). Lo et al.10 (2006) observaram um bom comportamento do cimento de ionômero de vidro de alta resistência ativado quimicamente associado à técnica operatória ART (atraumatic restorative treatment), sugerindo como alternativa no tratamento das lesões de cárie radicular em idosos institucionalizados ou outros grupos de risco, notadamente onde há dificuldade de acesso a serviços odontológicos convencionais. Brazzelli et al.1 (2006) foram alguns dos autores que estudaram sobre o tratamento de cáries com gás ozônio, que tem sido sugerido como meio de reversão, imobilização ou diminuição de progresso das lesões, seguido de aplicação de soluções fluoretadas. Lesões cervicais não-cariosas Conforme Kliemann, in Brunetti e Montenegro2 (2002), as lesões cervicais não-cariosas (ou LCNCs) são patologias que ocorrem na área do colo dentário, de etiologia não-bacteriana, que causam perda irreversível da estrutura dentária, e que podem ser diferenciadas em: abrasão (geralmente associada à escovação traumática), erosão (normalmente provocada por consumo exagerado de alimentos ácidos e/ou por regurgitações recorrentes) e abfração, que é a flexão do dente que ocorre notadamente no limite amelo-dentinário, ocasionada por sobrecarga oclusal, devido à concentração de esforços na área cervical. Provoca trincas e, como conseqüência, desestruturação local com perda gradual de esmalte, dentina e cemento. As LCNCs, apesar de não induzirem direta- Consequências da hipossalivação As propriedades diluente, lubrificante, remineralizadora, antibacteriana e tampão da saliva muito contribuem para a resistência às cáries. Todavia, doenças como a Síndrome de Sjögren e outras alterações causadas nas glândulas salivares, como as advindas da radioterapia em pacientes com neoplasias, diminuem ou mesmo impedem a produção de Influência das próteses dentárias Os profissionais de saúde bucal e os próprios pacientes idosos tentam diminuir os reveses causados pela perda de dentes, comum nas idades mais avançadas, através das próteses dentárias. Tratamento Diversas são as opções apresentadas no que se refere ao tratamento: na terapêutica preventiva, desde o abastecimento das comunidades com água fluoretada, ao dentifrício com flúor e à disseminação de orientações relacionadas à higiene oral. Na curativa, muitos preferem o uso de cimentos de ionômero de vidro resino-modificados, compômeros, resina composta fotopolimerizável. Mesmo o tradicional amálgama de prata é o material de eleição de alguns autores. A idéia de controle da dieta cariogênica é propagada por alguns autores, mas a alteração do padrão dietético do idoso pode não ser tarefa fácil, uma vez V 10 | Nº 2 | Junho 2009 | Revista EAP/APCD 2 Quadro 1 - Orientações de Burgess e Gallo3 (2002) sobre tratamento da cárie radicular Categoria de risco Condições Opções preventivas Materiais restauradores Baixo *Sem histórico de cárie nos últimos três anos*Boa higiene oral*Não comprome- *Reforçar programa preventivo*Retorno tido por medicamentos*Não usuário de anual PPR ou de aparelho ortodôntico fixo *Selantes*Resina composta*Amálgama Médio *Uma lesão de cárie nos últimos três anos*Raízes expostas*Higiene oral razoável*Manchas brancas oudesmineralização*Visitas irregulares ao dentista*Usuário de PPR ou de aparelho ortodôntico fixo*Comprometido por medicamentos ou fisicamente *Aconselhamento nutricional*Bochechos diários com fluoreto de sódio neutro*Aplicação tópica de flúor profissional*Dentifrício fluoretado*Retorno semestral *Resina composta*Ionômero de vidro resino-modificado*Compômeros *Mais de duas lesões de cárie nos últimos três anos*Grande número de raízes expostas*Alta contagem de Streptococcus mutans*Pobre higiene oral*Fóssulas e fissuras profundas*Consumo freqüente de açúcar*Uso inadequado de flúor tópico*Visitas irregulares ao dentista*Inadequado fluxo salivar*Fisicamente comprometido *Mensuração e monitoramento da contagem de Streptococcus mutans*Aplicação de clorexidina duas vezes ao dia*Modificação da dieta com aconselhamento nutricional*Recomendação do uso de balas ou gomas com xilitol*Bochechos diários com fluoreto de sódio neutro e 1,1% de gel de fluoreto de sódio*Retorno trimestral *Ionômero de vidro resinomodificado*Agentes adesivos e ionômero de vidro*Núcleos*etc. Alto Discussão Convém citar Henriksen et al.8 (2004), que afirmaram que a cárie é um problema de menor monta para os idosos. Nem a idade, nem a quantidade de dentes remanescentes na boca foram fatores determinantes para a evolução das cáries. Relatam inclusive que tais conclusões foram similares nas diferentes regiões geográficas estudadas, todas na Noruega. Seria de certo modo imperioso mencionar que os países escandinavos ou, mais precisamente, os países nórdicos (Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia) estão entre os melhores do planeta no sentido socioeconômi- co e, como não poderia deixar de ser, também no âmbito de saúde geral e bucal. Desta feita, uma boa parcela dos trabalhos escandinavos, a despeito de sua conhecida qualidade, se realizada com indivíduos habitantes daquela região, podem não servir de parâmetro para o que se desenrola no restante do globo. A indicação de próteses é relevante no processo da doença. Fonzi et al.7 (1984) e Nevalainen et al.11 (2004), são alguns dos autores que afirmam que as PPRs favorecem., de algum modo, o aparecimento das cáries radiculares. Porém, Brunetti e Montenegro2 (2002) relevam que uma indicação adequada pode fazer das PPRs as próteses de eleição o idoso, especialmente em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, nos quais o custo das próteses fixas e implantes osseointegrados é proibitivo. Dentre as vantagens, quando comparada às PPFs, estes estudiosos citam a maior rapidez na confecção, custo expressivamente menor e a facilidade de higienização (não somente da prótese, mas inclusive dos dentes pilares), notadamente quando a idade do paciente é bem avançada e/ou há pouca expectativa de vida. meio de se manter os resultados dos tratamentos curativos; • Mesmo depois de instaladas, as lesões podem ser tratadas de modo conservador, principalmente com a utilização de fluorterapia de diversas formas: bochechos, géis, dentifrícios, balas ou pastilhas que liberem flúor; • A análise oclusal dos dentes envolvidos deve fazer parte do estudo dos casos previamente aos procedimentos restauradores, para evitar um deslocamento prematuro dos mesmos; • Havendo necessidade de dentística restauradora, o amálgama, as resinas compostas e os cimentos de ionômero de vidro podem ser usados, de acordo com as necessidades prioritárias do caso: durabilidade, estética e grau de risco para a doença cárie; • A observada alta incidência de carie de raiz na 3a Idade pode ser bastante minimizada com um controle constante do acúmulo de placa bacteriana, o que também aumentará a vida útil das restaurações previamente instaladas. Conclusão • Pacientes idosos têm alto risco de desenvolver lesões de cárie radicular, principalmente os institucionalizados; • O grande consumo de carboidratos por esta faixa etária é um importante fator que predispõe ao surgimento e evolução das lesões de cárie de raiz, somado a outros como a diminuição do fluxo salivar e a desinformação preventiva; • A terapêutica preventiva, através de orientações sobre nutrição e higienização bucal ao idoso e aos cuidadores/familiares é o melhor 3 Revista EAP/APCD | V 10 | Nº 2 | Junho 2009 Referências bibliográficas 1 – BRAZZELLI, M. et al. Systematic review of the effectiveness and cost-efectiveness of HealOzone for the treatment of occlusal pit/fissure caries and root caries. Health Technol Assess ,v.10, n.16, p.iii-iv,ix-80, 2006. 2 – BRUNETTI, R.F.; MONTENEGRO, F.L.B. Odontogeriatria: noções de interesse clínico. São Paulo: Artes Médicas, 2002. 350 p. 3 – BURGESS, J.O.; GALLO, J.R. Treating root surface caries. 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V 10 | Nº 2 | Junho 2009 | Revista EAP/APCD 4 A PRÓTESE TOTAL E OS PRECONCEITOS NO TRATAMENTO DE IDOSOS PORTADORES DE DOENÇAS MENTAIS COMPLETE DENTURES AND SOME PREJUDICES IN THE TREATMENT OF ELDERLY WITH MENTAL ILLNESS AUTORES Stefano Frugoli Peixoto* Luciana Cassimiro** Fernando Luiz Brunetti Montenegro*** *Cirurgião-dentista do Centro de Referência do Idoso (Zona Leste) – CRI - São Paulo - SP - Especialista em Odontogeriatria Mestrando em Saúde Coletiva pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo – São Paulo – SP **Psicóloga do Centro de Referência do Idoso (Zona Leste) – CRI - São Paulo - SP - Gerontóloga, Especializanda em Neuropsicologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo – São Paulo – SP ***Mestre e Doutor - Faculdade de Odontologia – Universidade de São Paulo – FOUSP São Paulo – SP - Prof. Adjunto – Universidade de Guarulhos - UnG – Guarulhos – SP Pesquisador- Mentor do Portal do Envelhecimento – Pontifícia Universidade Católica - PUC-SP – São Paulo – SP Endereço para contato: Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra, 34 - São Paulo, SP CEP 08011-010 - e-mail: [email protected] RESUMO ABSTRACT Nas últimas décadas a média de idade dos indivíduos tem aumentado. Simultaneamente, nos deparamos com novos desafios no tratamento dos idosos, muitos dos quais com problemas cognitivos. A doença mental pode levar o cirurgião-dentista ao preconceito contra o paciente, ao invés de ajudá-lo, proporcionando um tratamento inadequado. Desta maneira, é muito importante uma interação de dentistas, médicos, psicólogos e outros profissionais de saúde, inclusive cuidadores, para promover um melhor tratamento ao paciente geriátrico. During recent decades the average age of individuals has increased. Simultaneously, we face new challenges in the treatment of the elderly, many of them with cognitive impairments. Mental illness can lead the dentist to make prejudices against the patient instead of helping him, providing an inadequate treatment. So, it is very important an interaction among dentists, physicians, psychologists and other health professionals, included the caregivers, to promote a better treatment for the geriatric patient. DESCRITORES: Interdisciplinaridade; odontogeriatria; prótese dentária. DESCRIPTORS: Interdisciplinarity; geriatric dentistry; dental prosthesis. INTRODUÇÃO A média de idade do ser humano vem rapidamente aumentando em todo o globo, apresentando novos desafios ao tratamento odontológico, muitas vezes relacionados com os não raros problemas neurocognitivos presentes no idoso (CHIAPPELLI et al.¹, 2002). O ideal seria sempre proporcionar saúde juntamente com qualidade de vida, uma vez que estão interrelacionadas (FONSECA; PAÚL³, 2007). Infeliz- mente, a óptica com a qual muitas vezes a sociedade ocidental enxerga a velhice pode influenciar na nossa conduta profissional. Vicente Faleiros (UCB), em 2008, afirma que a sociedade crê “que os idosos estão fora de época, de lugar e, por isso, são incapazes e vistos como descartáveis”. Neste mesmo ano, Isolda Günther (UnB), apregoa que devemos “deixar de entender a velhice como um momento de perdas e inutilidade”. Esta visão, muitas vezes negativa, e partilhada freqüentemente pelo próprio idoso, pode ser incrementada se o paciente geriátrico possuir, ainda, uma doença mental (SPADINI; SOUZA¹º, 2007; GONÇALVES7, 2008). Apresentaremos a seguir um caso clínico no qual foi observada a aparição de preconceitos tanto por parte da equipe odontológica como da cuidadora em relação às observações externadas pela paciente. sicótico e neuroléptico. A paciente disse estar sem usar suas próteses há cerca de dois anos, relato desmentido pela cuidadora, que retificou o lapso de tempo para 25 anos. A confecção das PTs (que seriam muco suportadas, o tipo comumente confeccionado neste local) durou aproximadamente dois meses (de 6/08 a 8/10/2008), quando foram entregues à paciente. É importante notificar que, durante as consultas, a paciente “falava sozinha” constantemente. Na consulta seguinte, realizada uma semana depois, a paciente queixou-se que a PT superior estava “machucando”. Ao ser indagada onde seria, retirou-a da boca e apontou com precisão e rapidez as regiões de freio labial superior e de bridas laterais superiores, atitude incomum na maioria dos idosos usuários deste serviço de prótese. A idéia primeira sobre a queixa foi, tanto do nosso ponto de obser- Relato do caso clínico Paciente S.E.D., sexo feminino, latina, 63 anos, procurou atendimento odontológico no Centro de Referência do Idoso “José Ermírio de Moraes” (CRI – Leste), acompanhada de sua irmã e cuidadora D.E.D., almejando confeccionar uma Prótese Total (PT): superior e inferior. Na anamnese, a acompanhante relatou que a paciente portava esquizofrenia, fazendo inclusive uso contínuo de Risperidona, medicamento antip- 5 Revista EAP/APCD | V 10 | Nº 2 | Junho 2009 vação quanto da cuidadora, desta ser improcedente, devido ao estado mental da paciente. A despeito disto, pedimos para ela repetir suas queixas, exigência que ela atendeu prontamente, com mesma exatidão e velocidade anteriormente observadas. Efetuamos logo a seguir um desgaste nas regiões apontadas. A paciente, então, ao colocar novamente a PT superior, afirmou que a peça tornou-se confortável. A mesma faltou nas duas sessões subseqüentes, retornando apenas em 9, 21 e 28 de janeiro de 2009. Nestas últimas datas, a paciente reclamou pontos de incômodo desta vez na PT inferior. A reclamação quanto à superior passou apenas à referência que “a de cima junta muito cuspe” (sic). Neste mesmo mês, encaminhamos S.E.D. para o setor de Psicologia Clínica do CRI – Leste, que constatou, entre outras características da paciente, desorientação temporo-espacial, atenção e concentração rebaixadas, embotamento afetivo, percepção delirante, pensamento e discurso desorganizados, ilusões intensas, incoerência ideoverbal, nos fornecendo o setor acima uma hipótese diagnóstica de esquizofrenia indiferenciada. Paciente sem as próteses totais (vista frontal) Paciente com as próteses novas (vista frontal) Paciente sem as próteses em vista lateral Paciente com as próteses novas (vista lateral) Vista interna das próteses novas, mostrando boa fidelidade de ajuste e acabamento. Vista interna das próteses novas, mostrando boa fidelidade de ajuste e acabamento. orientação e a troca de informações em relação aos cuidadores e/ou à família é igualmente importante: eles estão em contato com o paciente por muito mais tempo do que o cirurgião-dentista. Existem diversas associações, inclusive no Brasil, que procuram, por meio de palestras e outras atividades, englobar no tratamento os familiares de portadores de transtornos mentais (SOARES9, 2008). Cremos que o cuidado sugerido por Durso² (2005) em relação a manter-se em contato com outros profissionais é válido, mas também é importante não desviarmos o foco da nossa capacidade técnica particular, ou seja, odontológica. Talvez déssemos maior valor às reclamações de S.E.D., se focalizássemos a PT confeccionada, e não o comportamento psicossocial da paciente. Marchini et al.5 (2000) ressaltam a necessidade do acompanhamento do paciente após a conclusão do tratamento, comumente negligenciado não só pelos profissionais, mas também pelos pacientes. Lesões na fibromucosa podem ocorrer em usuários de PT, tornando importante o controle profissional do trabalho, muitas vezes realizando constantes pequenos ajustes. Aliás, lesões nos tecidos moles podem ocorrer mesmo em usuários de PTs bem adaptadas (MONTENEGRO et al.6, 2007). Finalizando, acreditamos serem a técnica e os conhecimentos específicos de extrema valia, e se constituem em instrumentos que serão potencializados pela interdisciplinaridade, agindo sinergicamente no cuidado da saúde global do paciente, na tentativa de proporcionar uma melhor qualidade de vida. Considerações finais A estigmatização social da loucura leva não raro à formação de preconceitos. Não necessariamente um portador de doença mental terá um QI menor do que uma pessoa mentalmente saudável no contexto daquela comunidade. Yellowitz¹² (2005) nos aconselha a atentar para o reconhecimento de alterações cognitivas em idosos, e Tibério et al.¹¹ (2006) chegam a sugerir o uso de avaliações do nível de depressão ou demência do paciente como auxílio do plano de tratamento. É imprescindível ao Odontogeriatra e para o clínico geral que trata de idosos o contato com outras áreas. A multidisciplinaridade num enfoque interdisciplinar faz-se mister para todos os que trabalham com Gerontologia, otimizando o resultado final do tratamento (MONTENEGRO et al.7, 2002; DURSO², 2005; PADILHA et al.8, 2006). A V 10 | Nº 2 | Junho 2009 | Revista EAP/APCD 6 Referências bibliográficas 1. CHIAPPELLI, F. et al. Dental needs of the elderly in the 21st century. General dentistry, v.50, n.4, p.358-63, 2002. atendimento do idoso. In: BRUNETTI, R.F.; MONTENEGRO F.L.B. Odontogeriatria: noções de interesse clínico. São Paulo: Artes Médicas, 2002. p.71-84. 2. DURSO, S.C. Interaction with other health team members in caring for elderly patients. Dent Clin N Am, v.49, p.377-88, 2005. 8. PADILHA D.; HILGERT J.B.; HUGO, F. Saúde bucal. In: FREITAS, E.V. et al. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2006. p.1189-96. 3. FONSECA, A.M.; PAÚL, C. Saúde e qualidade de vida ao envelhecer: perdas, ganhos e um paradoxo. 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Sua etiologia é vasta e podemos começar pela síndrome da respiração bucal, por obstrução de vias aéreas superiores, persistência de hábitos de sucção de ação prolongada, padrão de deglutição atípica ou adaptada, hábitos bucais deletérios; perda precoce ou retenção prolongada dos dentes decíduos; interferências oclusais; hábitos posturais, fatores genéticos; entre outros (MATTA et al.³, 2003). Ricketts6 (1979) relaciona a deficiência da função nasal com inibição de crescimento do maxilar. Não é passível de auto-correção (THELANDER et al. 7, 1984) e, em idade de crescimento, exige intervenção, tão logo seja diagnosticada, a fim de restaurarmos o equilíbrio funcional dos maxilares, importante fator para a obtenção da simetria, durante o desenvolvimento e crescimento harmônicos do paciente. Por ser fixo, o quadrihélice independe da colaboração do paciente. Transfere a eficácia da terapêutica, para habilidade do especialista em diagnóstico e gerenciamento passo a passo, das respostas orgânicas do paciente aos estímulos das ativações, durante a evolução clínica do tratamento. O controle adequado das ativações aumenta a eficiência da movimentação pretendida, reduzindo o tempo de tratamento, quando comparado aos inconvenientes do uso de um expansor móvel. É um aparelho de expansão, com atuação de força contínua, que deve ser mantida com magnitude suave. RESUMO ABSTRACT Este estudo foi realizado com a finalidade de evidenciar resultados de tratamentos das maloclusões relacionadas com discrepâncias transversais e sagitais, até o ponto em que foram tratadas exclusivamente, com o aparelho quadrihélice de Ricketts. Nossa opção terapêutica recai, especificamente, sobre o expansor fixo, tipo quadrihélice para o tratamento da mordida cruzada posterior, mordida aberta, recuperação de espaço, alteração de forma e dimensão da arcada. Para tal escolha, consideramos fatores como: simplicidade, baixo desconforto, boa aceitação e eficiência. This study was done in order to show malocclusions treatment results related with sagitals and transversal discrepancies, when we use exclusively the Ricketts quad helix. Our therapeutical option goes to the fix expansor, as quad helix appliance, in case of posterior cross bite, open bite, space gain, treatment, arc shape and dimension alterations. For this choise, we consider factors as: simplicity, low discomfort, good acceptation and efficiency. DESCRIPTORS: Quad Helix; cross bite. DESCRITORES: Quadrihélice; mordida cruzada posterior. Por deixar livre a abóbada palatina, preserva a propriocepção entre a mucosa do palato e a língua, tão importante na reabilitação miofuncional oral ou fonoaudiológica das funções estomatognáticas, muitas vezes, comprometidas nestes casos. Estas qualidades fazem do quadrihélice o aparelho de eleição para a solução de inúmeros problemas ortodônticos transversais e sagitais (DUARTE1, 2006). Constitui-se de um aparelho formado por um arco palatino contendo helicóides (figura 1). Este é soldado ou encaixado na banda dos dentes posteriores. Inicialmente, Ricketts6 (1979) o utilizava com 4 helicóides, daí seu nome, quadrihélice. Nos casos mostrados, foi suprimida a confecção de 2 helicóides. Temos feito esta alteração há mais de 1 década, sem qualquer prejuízo para a atuação e desempenho do aparelho, como será mostrado. Figura 1 - Quadrihélice A necessidade de conhecê-lo melhor, identificando suas aplicações, aumentando o conhecimento de como obter dele o melhor desempenho, vem atraindo a atenção de muitos colegas, que não o utilizam por desconhecerem sua simplicidade e eficiência. A correção das mordidas cruzadas e sua estabilização pós-tratamento depende da competência do profissional em diagnosticar corretamente a maloclusão, sua etiologia e implicações, alem do conhecimento e domínio da técnica de tratamento escolhida. Lembramos que a estabilidade pós-tratamento tem mais a ver com a correta identificação e controle dos fatores etiológicos, do que com técnica ou com o tipo do aparelho utilizado. A reabilitação funcional inclui adequação da musculatura envolvida nas funções estomatognáticas, como deglutição, fala, mastigação, incluindo repouso de lábio e língua (MARCHESAN4, 1994). Pretendemos abordar a atuação do quadrihélice na correção da discrepância sagital e transversal, recuperação de espaço, distalização assimétrica, alinhamento simultâneo do arco dentário, auxiliar de ancoragem, bem como coadjuvante da correção de mordidas abertas anteriores, pela utilização simultânea de grade palatina soldada ao corpo do aparelho. V 10 | Nº 2 | Junho 2009 | Revista EAP/APCD 8 Relato de casos clínicos 1 - DISCREPÂNCIA SAGITAL E TRANSVERSAL, CORREÇÃO SIMULTÂNEA DE MORDIDA ABERTA E CRUZADA Paciente BCC iniciou o tratamento aos 7 anos de idade, apresentando um quadro combinado de mordida cruzada posterior bilateral e aberta anterior, figura 8. Foi utilizado um quadrihélice, com grade palatina soldada, fig 5. Este dispositivo não apenas auxiliou a eliminar o hábito de sucção, relacionado a esta mordida aberta, como também a tratar suas conseqüências. Autores como Van Norman8 (1984) preconizam que o tratamento da mordida cruzada antece- da ao da mordida aberta. No presente caso, o tratamento de ambas as deformidades foi simultâneo, com um único aparelho. Analisando as tele radiografias anuais, figuras 2, 3 e 4, evidenciamos significativas alterações, ao longo do tratamento. Dentre elas, salientamos a correção da mordida aberta e da protrusão dos incisivos superiores, a melhora gradativa no perfil tegumentar, nos lábios, devido à resposta do organismo à ação do uso concomitante da grade impedidora, soldada no quadrihélice. Concomitantemente, a reabilitação fonoaudiológica restabelecia a adequação das funções estomatognáticas, tão logo ocorriam alterações morfológicas no maxilar. Lembrando que a arcada inferior não recebeu nenhum tratamento direto, apenas reagiu ao estímulo funcional direto do plano oclusal se normalizando e da guia incisiva se estabelecendo. As figuras 5, 6 e 7 evidenciam as alterações dimensionais oclusais superiores obtidas com o tratamento. As figuras 8, 9 e 10 mostram, ao início do tratamento, a “curva “oclusal, em lugar do plano oclusal, e a relação de classe II de molares e caninos, quando comparadas com a fase final do tratamento com o quadri hélice, nas figuras 11,12,e 13. Figura 2 - Antes do tratamento Figura 3 - Vias aéreas e inclinação do inc. incisivo Figura 4 - Fim da fase-Quadrihélice Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 8 Figura 9 Figura 10 9 Revista EAP/APCD | V 10 | Nº 2 | Junho 2009 2 - RECUPERAÇÃO DE ESPAÇO G. F. iniciou o tratamento aos 7 anos. Documentamos a recuperação de espaço e a correção da mordida cruzada unilateral total, esquerda, resultado da resposta do organismo à Figura 14 - Bloqueio do canino sup esquerdo Observamos que na região anterior, figuras 15, 16 e 17, apenas os incisivos laterais foram tocados pelo aparelho. Com este toque, visamos favorecer o alinhamento, sem que isto tenha tido um efeito de projeção sobre tais dentes, como mostra a sequência de figuras de 16 a 25. Figura 16 Figura 22 adequada seqüência de ativação do quadrihélice. Evidencia-se a falta de espaço para o canino superior esquerdo, na figura 14 e a recuperação do espaço para o mesmo, na figura 15. Lembrando novamente que a arcada inferior seguiu seu desen- Figura 15 - recuperando espaço para os sucessores permanentes Em casos assimétricos, quando um dos molares superiores requer rotação ou distalização, inicialmente a força da ativação será dirigida a este dente, sem que a haste lateral do quadrihélice toque em nenhum outro, deste mesmo lado. Com a evolução do tratamento, todos os outros dentes, O caso encontra-se agora com a finalização facilitada, figuras 23 a 25. Podemos aguardar a em posição mesial ao molar, só terão o toque da haste lateral do aparelho em uma segunda fase, isto é, após atingirmos o reposicionamento da molar e a relação de Cl I. Esta sequência de ativação foi muito bem descrita por Duarte¹ (2006). Figura 18 Figura 19 Figura 20 Figura 21 Figura 24 Figura 25 Figura 17 Figura 23 volvimento e não recebeu nenhuma intervenção direta com aparelhos, apenas o estímulo oclusal da arcada antagonista, em tratamento. acomodação funcional, acompanhando a evolução clínica do caso, com controles periódicos. Desta forma, definiríamos melhor a necessidade, ou não, de intervenção futura. V 10 | Nº 2 | Junho 2009 | Revista EAP/APCD 10 3 - DISTALIZAÇÃO G. C. C, iniciou o tratamento com 9 anos, apresentando um caso complexo, assimétrico, comprometendo, com cruzamento e perda de espaço, a região anterior e posterior da maxila. Evidenciamos radiograficamente, no maxilar, a falta de espaço para acomodação bilateral dos caninos e do incisivo lateral esquerdo, figura 26. O 1º molar superior direito fez uma erupção ectópica, reabsorvendo parte da raiz do dente adjacente, o 2º molar decíduo. Com isto, ocorreu a mesialização do segmento e a conseqüente, perda de espaço. Compara-se a figura 26 com a seqüência anual de radiografias, nas figuras 27 a 29 onde evidenciamos o trabalho de recuperação de espaço do quadrihélice em casos assimétricos. Figura 26 - Severa perda de espaço assimétrica Figura 27 - 1º quadrihélice e início de resposta evolutiva Figura 28 - 2º quadrihélice com toque no 22 cruzado Figura 28 - 2º quadrihélice com toque no 22 cruzado Cefalometricamente, nas figuras 30 e 31, não encontraram desarmonia entre as bases maxilares. Observamos também que não houve projeção indesejada de incisivos, figura 31, durante a condução do lateral cruzado, para o alinhamento primá- Figura 30 - Antes do tratamento rio, com o aparelho. Antes do início do tratamento, no lado esquerdo, este incisivo já havia feito sua erupção cruzado, figuras 32 e 37. Na figura 35 vemos parte da oclusal do 16, Figura 31 - Término da fase quadrihélice 11 Revista EAP/APCD | V 10 | Nº 2 | Junho 2009 em virtude de sua inclinação mesial. A figura 37 mostra a relação molar de topo e o cruzamento posterior, a partir do incisivo lateral. Da figura 38 a 40, vemos o término da fase-quadrihélice. Figura 32 Figura 33 Figura 34 Figura 35 Nas figuras 41 a 43 vemos os novos registros de acompanhamento, em novembro de 2005, para os ajustes finos da oclusão, torques e inclinações adequadas. F.E.M. Este também é um caso de erupção ectópica do 16, em posição mesializada, fechando o espaço para o 15, figura 46. Difere do caso apresentado acima, embora ambos tenham sofrido perda de espaço assimétrico, no fato de que este paciente apresenta, alem da mordida cruzada severa, a mordida aberta anterior, figura 53. Comparando-se, morfologicamente, figura 32 e 49, vista oclusal do maxilar de ambos, a atresia, neste caso é bem mais severa. Não foi utilizada grade impedidora, como no caso de mordida cruzada e aberta, inicialmente mostrado. Apenas o quadrihélice e a terapia fonoaudiológica foram suficientes para produzir o resultado abaixo. Figuras 44 e 45 mostram o padrão cefalomé- Figura 45 Aproximadamente 1 ano após Figura 44 - Antes do tratamento Figura 46 - Antes do início do tratamento trico favorável à correção. Nas figuras 46 a 48 a evolução do caso no acompanhamento radiográfico panorâmico anual. Das figuras 55 a 57, mostramos o final da fase ativa do quadrihélice. Nas figuras 58 e 59 mostramos 10 meses após, em contenção, mantendo o espaço. Das figuras 49 a 59 temos a evolução do tratamento. Figura 47 - Aproximadamente 1 ano de quadrihélice Figura 48 - Fim da fase quadrihélice Figura 49 Figura 50 Figura 51 Figura 52 Figura 53 Figura 54 Figura 55 Figura 56 Figura 57 Figura 58 Figura 59 V 10 | Nº 2 | Junho 2009 | Revista EAP/APCD 12 4 - ALINHAMENTO DO ARCO DENTÁRIO E SUPORTE DE ANCORAGEM O aparelho quadrihélice também pode ser utilizado como auxiliar de ancoragem nos casos onde haja necessidade da colocação do aparelho total fixo. Para tal, ele deve permanecer em posição após o término da correção da mordida cruzada (figura 61). Na eventual necessidade do prosseguir o tratamento, figura 62, o quadrihélice pode ser mantido e utilizado como apoio para ancoragem da movimentação necessária à boa finalização do caso. Figura 60 - Antes do início Figura 61 - Alinhamento com o quadrihélice Figura 62 - Quadrihélice como ancoragem ação ortodôntica (FRANK; ENGEL²,1982). Com a harmonização da forma e uma melhor distribuição de forças oclusais, contribui para a normalização da morfologia dos maxilares e sua conseqüente reabilitação funcional. Visando a estabilização do resultado obtido, a ortodontia corrigiria a forma dos maxilares e a oclusão, contando com a ação coadjuvante da fonoaudiologia, para reabilitar o equi- líbrio funcional do sistema estomatognático, que manteriam a estabilidade oclusal pós-correção. Este trabalho é apenas um relato de casos clínicos, com a finalidade de estimular a busca de conhecimento para o correto manuseio do aparelho, a fim de que se possa tirar melhor proveito de seu desempenho, de acordo com a necessidade de cada caso. colegas que nos sucederão, tratando das gerações futuras, de forma digna e responsável. Ao colega que, interessado no contínuo aprender busca sempre conhecimentos, para fazer me- lhor o que muitas vezes já faz bem. A todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste trabalho. Considerações finais O quadrihélice tem demonstrado sua eficiência, não apenas para correção da mordida cruzada, como também para o reposicionamento dentário, correção de giroversões, suporte para ancoragem e para solda de grade impedidora, recuperação de espaço, distalizações, etc. Este aparelho promove a remodelação do arco superior, mesmo considerando sua ação ortopédica, 6 vezes menor que sua Agradecimentos Ao paciente, cuja imagem foi, respeitosamente, aqui colocada, contribuindo com o compartilhar de experiências profissionais, visando a valorização da ortodontia e a boa formação dos novos Referências bibliográficas 1. DUARTE, M.S. O aparelho quadrihélice e suas variações. Rev. Dental Press Ortodon Ortop Facial, v.11, n.2,p.128-156, 2006. 2. FRANK, S. W.; ENGEL, G.H. The effects of the maxillary quad helix appliance expansion on cephalometric measurements in growing orthodonthic patients. Am J Orthod Dentofacial Orthop, v.81, n. 5, p.378-89, 1982. 3. MATTA, E.N.R. et al. Quadrihélice: aspectos dentários da sua utilização em mordida cruzada posterior funcional. Rev. Dental Press Ortodon Ortop Facial, v.8,n.1,p.4550, jan/fev.2003. 4. MARCHESAN, I.Q. O trabalho fonoaudiológico nas alterações do sistema estomatognático. Tópicos em fonoaudiologia. São Paulo: Lovise, 1994. v.1. 5. MONGUILHOTT, L.M.J. et al. Hábitos de sucção: como e quando tratar na ótica da Ortodontia X Fonoaudiologia. Rev. Dental Press Ortodon Ortop Facial, v.8, n.1, p.95-104, jan./fev.2003. 6. RICKETTS, R.M. Interview: early treatment, Part II. Journal Clin Orthod, v.13, n.3, p. 115-27,1979. 7. THILANDER, B. et al. The effect of early interceptive treatment in children with posterior cross bite. Eur J Orthod,v.6, p.25-34,1984. 8. VAN NORMAM, R.A. Digit sucking: it’s time for an attitude adjustment on a rationale for the elimination of digit-sucking habits through positive behavior modification. 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Neste estudo foram utilizados 36 dentes bovinos, os mesmos tiveram suas coroas seccionadas no terço cervical, padronizando o tamanho dos espécimes em 20 mm de comprimento. Os canais foram preparados com brocas do tipo largo no5 com irrigação constante, correspondente ao tamanho e calibre dos pinos de fibra de vidro no 3 Reforpost da Angelus. Os pinos foram cimentados com cimento resinoso Enforce, sendo 16 mm de pino dentro da raiz, e 4 mm externo à raiz, depois polimerizados por 30 segundos de cada lado. Os corpos de prova foram divididos em três grupos de 12, aos quais foram feitos munhões de 4 mm de diâmetro por 5mm de altura, confeccionados a partir de um padrão pré-fabricado, sendo utilizados 3 tipos de resina, sendo grupo 1 Z100(3M), grupo 2 Z250(3M), e grupo 3 P60(3M). Os corpos-de-prova foram fixados em um dispositivo cilíndrico com um adaptador com inclinação de 45º. Este dispositivo foi adaptado a uma máquina de Teste Universal (EMIC) para simular a força até à fratura do espécime. Observou-se que os munhões confeccionados com resina Z250 apresentaram a maior média de valores de força necessárias para fratura (45, 453 Kgf.), enquanto os grupos G1 e G2 obtiveram os seguintes valores de força para fratura (38, 014 KGF e 39, 506 Kgf. respectivamente). Foi observado também que a resina P60 causou maior número de fraturas radiculares. RESUMO - A identificação de diversos tipos de enfermidades gengivais está associada a alterações dos hormônios sexuais. Este fato tem levado pesquisadores a terem crescente interesse nos efeitos hormonais sobre os tecidos periodontais e na cicatrização da ferida periodontal. Os níveis de hormônio sexuais femininos circulantes durante a puberdade, gestação, menopausa ou durante a ingestão de contraceptivos orais sintéticos alteram a resposta do hospedeiro frente à placa bacteriana e cicatrização da ferida periodontal. O presente trabalho tem por finalidade abordar por meio de uma revisão bibliográfica, as manifestações clínicas relacionadas ás alterações hormoais, envolvendo a gravidez, puberdade e uso de anticoncepcionais orais. Os hormônios estrógenos e a progesterona tem produção cíclica controlada pelo ovário feminino. Estrógenos são responsáveis pelas mudanças fisiológicas que ocorrem na puberdade das mulheres, e junto com a progesterona, têm um papel vital na preparação do trato reprodutor feminino para a fecundação e implantação do óvulo fertilizado no útero. Há muitos tipos de enfermidades gengivais em que a taxa de hôrmonios sexuais é considerada o fator coadjuvante à placa dental como fato etiológico, podendo ocorrer a tendência à hemorragia e alterações inflamatórias não específicas como um componente vascular predominante. Os hormônios sexuais têm um importante papel na progressão da doença periodontal. Portanto sempre que houver alterações nos níveis de hormônios sexuais circulantes, os tecidos periodontais tornam-se susceptíveis a mudanças inflamatórias induzidas por placa dental. Lembramos que esses efeitos são diferentes dependendo do gênero e do período da vida do indivíduo. RESUMO - A saliva é essencial para a umidificação, limpeza da cavidade bucal, lubrificação das mucosas orofaríngeas e dos alimentos, facilita a mastigação e deglutição. Mantém o pH equilibrado devido ao efeito tampão, defesa imunológica contra vírus e bactérias invasoras dos tratos respiratório e digestivo, acelera erupções dentais, cicatrização de ferimentos. Os ácidos bucais formados pela fermentação de alimentos e por bactérias cariogênicas são responsáveis pela desmineralização do esmalte dentário, causando a cárie dentária. A diminuição do fluxo salivar leva à evolução de doenças periodontais, pois a defesa imunológica fica comprometida devido à deficiência de células de defesa e outros fatores como o efeito tampão e a cicatrização. Conseqüentemente compromete a digestão e a absorção nutricional, devido à ausência das enzimas responsáveis pelo inicio do processo digestivo, por exemplo, a amilase - responsável pela quebra dos carboidratos em maltose - e a enzima maltase - que quebra a maltose em glicose para ser absorvida no organismo. Palavras-chave: Pinos intra radiculares; Munhões de resina; Resina composta. Especialidade: Prótese Palavras-chave: Hormônios Sexuais - Periodontia [email protected], alimac. sjc@ gmail.com , [email protected], [email protected], [email protected] COMPARAÇÃO DE RESISTÊNCIA MECÂNICA DE AMALGAMA E DEMAIS RESINAS ODONTOLÓGICAS Souza PC*, Silva FA *, Massí J*, Sá RC*, Lazaro JC** * Graduação em Engenharia Biomédica - Faculdade de Engenharia e Arquitetura e Urbanismo - Universidade do Vale do Paraíba – FEAU / UNIVAP – São José dos Campos – SP ** Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento - Universidade do Vale do Paraíba – IP&D / UNIVAP – São José dos Campos - SP Brasil, 12244-000 - Fone: 12 3947 1142 As alterações podem parecer sutis nos estágios iniciais da evolução dos problemas desencadeados como gengivites, mas as alterações subjacentes são bem acentuadas. Podem ocorrer alterações vasculares com abertura de muitos capilares, tumefação dos tecidos e, à medida que o infiltrado celular se desenvolve, as composições estrutural e celular dos tecidos sofrem alterações. O objetivo deste trabalho é confirmar a importância da saliva à saúde bucal. Este trabalho foi realizado através de revisão bibliográfica, onde obtemos resultados da importância da saliva e o que um baixo fluxo pode causar à saúde bucal. Com este estudo concluímos que a saliva tem grande importância na cavidade bucal, desempenhando grandes funções na mastigação, quebra do alimento, limpeza e defesa imunológica bucal. Seu baixo fluxo pode acarretar doenças bucais como a cárie. RESUMO - Amalgama é um material comumente utilizado em clinicas odontológicas pelo mundo inteiro, porém contêm substâncias prejudiciais ao ser humano. Apesar disso ainda é extremamente utilizada no SUS, devido ao seu baixo custo e alta durabilidade. A amalgama custa até três vezes menos que outros tipos de resinas e dura cerca de quatro vezes mais. Porém esse fator não deve ser o único elemento a ser levado em conta na hora das restaurações, já que mercúrio, um elemento prejudicial à saúde, é um dos principais componentes da amalgama. Este trabalho tem como objetivo a comparação da qualidade mecânica entre resinas odontológicas e amalgama. Inicialmente as amostras foram pesadas e submetidas a um teste de resistência mecânica com carga de 0,80 kg. O teste foi repetido 15 vezes em cada material, com duração de 30 segundos cada. Após cada teste a resina e a amalgama foram pesadas para verificar um possível desgaste. Os resultados mostram que a resina perdeu 7,13% do seu peso inicial, enquanto na amalgama este valor foi de 4,11%. Concluise a superioridade mecânica da amalgama quando comparada a outras resinas. Como trabalho futuro, pretende-se fazer uma comparação entre diversas outras resinas, demonstrando as suas resistências mecânicas, facilitando assim na escolha de qual resina utilizar. RESUMO - O presente trabalho tem por finalidade abordar uma revisão bibliográfica, envolvendo a Eletromiografia aplicada na odontologia. A eletromiografia tem se mostrado um método eficaz no auxilio de diagnósticos e tratamentos de desordens musculares. Na odontologia sua principal aplicação é no tratamento das Disfunções Temporomandibulares. Um dos principais objetivos do tratamento utilizando eletromiografia é mostrar ao paciente o estado atual do músculo analisado e sua evolução durante o tratamento, até chegar a uma função satisfatória. O monitoramento da atividade dos músculos através da eletromiografia (EMG) é uma forma insubstituível para se verificar as condições fisiológicas do sistema estoma- tognático. Apresenta-se como um método seguro, fácil e não invasivo que permite a quantificação objetiva da energia do músculo estudado. Os resulatos das pesquisas utilizando (EMG) comprovam a grande eficiência no diagnóstico auxiliar e preventivo das disfunções que envolvam a musculatura do sistema estomatognático. Recursos do eletrodiagnóstico ainda encontram-se distantes de uma realidade profissional concreta, devido à falta de conhecimento da técnica acompanhado ao alto custo dos aparelhos. Palavras-chave: Saliva; Hipossalivação; Doenças bucais. Especialidade: Anatomia / Fisiologia. Palavras-chave: amalgama, resina odontológica, resistência Mecânica. Especialidade: Materiais Dentários. [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected] ELETROMIOGRAFIA: APLICAÇÃO NA ODONTOLOGIA Perale LN* , Alem NC* , Alexsandra MC* , Carreira GS*, Andrade GC*, Cogo JC** *Curso de Odontologia - Faculdade de Ciências da Saúde - Universidade do Vale do Paraíba – FCS /UNIVAP – São José dos Campos - SP Brasil **Laboratório de Fisiologia e Farmacologia Universidade do Vale do Paraíba – IP&D/UNIVAP – São José dos Campos - SP Palavras-chave: Eletromiografia; Odontologia Especialidade: Ciências da Saúde [email protected]; marcelaalexsandra@ hotmail.com; [email protected]; naty_ [email protected]; graziela@labsorridente. com.br V 10 | Nº 2 | Junho 2009 | Revista EAP/APCD 16 Tel.: 3519-3300 17 Revista EAP/APCD | V 10 | Nº 2 | Junho 2009 IND ICA D O R PROF ISSIONAL ATENDIMENTO EM DOMICÍLIO CLÍNICA GERAL Dra. Vera Lúcia Sizue Tenguan CROSP 42.020 Av. Pedro Álvares Cabral, 845 Jd. Paulista - S.J. Campos Fone: 3942-2060 Dr. José Ângelo Tralli CROSP 25.881 R. Engº João Fonseca, 32 Vila Ady-Anna - SJCampos Fone: 3922-8577 APARELHOS ORTODÔNTICOS Dr. Norberto Marchini CROSP 23.757 Av. Adhemar de Barros, 1567 Jardim Maringá - S.J.Campos Fone: 3922-1555 TPD Solange Ap. R. S. Pinto CROSP 5.422 Aparelhos Ortodônticos e Ortopédicos Rua Maranduba, 294 - J. Satélite São José dos Campos Fone: (12) 3931-6248 CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCO-MAXILO-FACIAL Dr. Antenor Araújo CROSP 5.428 Cirurgia Ortognática, Cirurgia Oral Menor, Implantes - Traumatologia Buco-Maxilo-Facial Rua Marcondes Salgado, 64 Vila Ady-Anna - S.J. dos Campos Fone: 3922-4678 / 3921-5354 Dra. Elaine Duarte A. de Mello CD - CROSP 76.874 Cirurgia Ortognática Implantes Dentários e Zigomático Oral Menor - Cirurgia a Laser Trauma Facial Rua Santa Clara, 848 Vila Ady-Anna - SJCampos Fones: 3921-1260 / 3922-6231 [email protected] Dr. Marcelo Marotta Araújo CROSP 49.790 Cirurgia e Traumatologia BucoMaxilo-Facial - Prof. de Cirurgia da FOSJC/UNESP e UNIB/SP R. Marcondes Salgado, 64 V. Ady-Anna - S.J. dos Campos Fone: 3922-4678 e-mail: [email protected] Dr. Márcio Abdo Arbex CROSP 20.300 Especialista em Implantodologia e Prótese Dentária - Docente de Especialização de Implantologia da Unitau Av. Adhemar de Barros, 585 São José dos Campos - SP Fones: 3921-9797 e 3941-1313 Av. Guarda-Mor Lobo Viana, 920 São Sebastião - SP Fone/Fax: (12) 3892-2399 ODONTOPEDIATRIA ENDODONTIA Dr. Edmilson Urizzi CROSP 29.323 Av. Dr. João Guilhermino, 439 3º andar - sala 32 Ed. St. James Centro S.J.Campos - Fone: 3921-3317 Dra. Maria Marta Sarraf CROSP 32.761 Endodontia - Periodontia Implantodontia Cirurgia Paraendodôntica Av. Adhemar de Barros, 566 sala 601 - São José dos Campos Fone: 3921-3734 IMPLANTOLOGIA Dr. Dimas Soares dos Santos CROSP 18.242 Implantes Osseointegrados, Cirurgia e Prótese Av. 9 de Julho, 95 - Sala 53 Center Nove - Vila Ady-Anna SJCampos - Fone: 3921-4775 Dr. Thelmo Ferreira Leite CROSP 20.720 Implantes Dentários Av. Guadalupe, 611 - Jd. América São José dos Campos Fones: 3931-0148 / 3934-8400 Dra. Lícia B. de Assis Arbex CROSP 28.325 Especialista em Odontopediatria e Prevenção Av. Guarda-Mor Lobo Viana, 920 São Sebastião-SP Fone: (12) 3892.2399 ORTODONTIA E ORTOPEDIA Dr. Adriano Marotta Araújo CROSP 57.590 Doutor em ortodontia UNESP/ Araraquara R.Marcondes Salgado, 64 V.Ady-Anna - SJCampos Fone: 3922.4678 Dr. Ewerson B. Shinozaki CROSP 58.115 Especialista em Ortodontia e Ortopedia facial Especialista em Implantodontia Mestre em Bioengenharia Av. Dr. Adhemar de Barros, 585 V. Adyana - Fone: 3913-1412 e-mail: [email protected] Dr. Fernando Paraíso Sério CROSP 07.212 Ortodontia e Ortopedia Facial Av. São João, 1100 - sala 42 SJCampos - Fone: 3921-1269 e-mail: [email protected] Dr. José Rubens Cavalca Pinto CROSP 10.331 Av. São João, 364 - Esplanada São José dos Campos Fones: 3922-3944 - 3922-5510 Dra. Maria Ângela L. R. Esper CROSP 28.438 Especialista em Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares (Reconhecido pelo CFO) R. Gomide Santos, 35 - M. Castelo SJCampos - Fone: 3941.4840 Dr. Marco A. Martins Paiva CROSP 10.790 R. Mj Francisco de Paula Elias, 265 S.J.Campos - Fone: 3922-3099 Dra. Silvana Pires de Oliveira CROSP 22.665 Rua Esperança, 282 - Sala 41 Tel.: 3921-5399 - Fax: 3923-3830 [email protected] SJCampos PRÓTESE Dr. Alberto Alvarenga de Oliveira CROSP 37.900 Mestre e Doutor em Prótese Dentária pela USP/SP - Reabilitação Oral, ATM, Prótese sobre Implantes R. Cel. João Cursino, 75 Vila Ady-Anna - SJCampos Fones: 3922-8745 / 3941-5162 Dr. Carlos Fernando Damião CROSP 30.986 Mestre em Prótese Dentária - UNITAU Especialista em Prótese Dentária - CFO Especialista em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial - CFO Practitioner em Programação Neurolinguística - INEXH • Diagnóstico e Tratamento das disfunções Temporomandibulares e Dor Orofacial • Reabilitação Oral e Prótese • Reabilitação Neuro-Oclusal • Prótese sobre Implantes • Acupuntura Av. Lisboa, 115 - (em frente ao CenterVale) - Fone: 3923-2130 - SJC Dra. Ana Beatriz Rangel Urizzi CROSP 29.321 R. Major Fco. de Paula Elias, 387 S. Dimas - S.J.Campos Fone: 3922-9281 Dr. Edson Hilgert CROSP 60.445 Prótese Dentária, Prótese sobre Implantes e Estética Mestre e Doutor em Prótese Dentária pela Unesp/SJC R. Madre Paula São José, 568 Jd. Apolo - SJCampos Fone: 3941-8397 - Fax: 3942-3378 Dra. Luciana Mattiotti CROSP 53.394 Mestre em Periodontia e Especialista em Implantodontia Av. Andrômeda, 693 sala 407 Espaço Andrômeda-Jd Satélite S.J.Campos - Fone: 3933-7892 Dr. Leonardo Marchini CROSP 63.509 Atendimento Domiciliar a Pacientes Idosos Av. Adhemar de Barros, 1567 Jardim Maringá SJCampos – Fone: 3922.1555 PERIODONTIA V 10 | Nº 2 | Junho 2009 | Revista EAP/APCD 18 NORMAS DE PUBLICAÇÃO 1. Os artigos enviados para publicação devem ser inéditos, não sendo permitida a sua apresentação simultânea em outro periódico. 2. Os artigos não serão remunerados e a revista terá direito autoral sobre os trabalhos por ela publicados. 3. Os conceitos, idéias e opiniões emitidos nos artigos são de inteira responsabilidade dos autores. 4. O número máximo de autores por trabalho é de cinco (5). 5. Os artigos devem ser enviados em duas (2) vias em papel, cada qual acompanhada das respectivas ilustrações, bem como uma cópia em disquete (software Word for Windows 7.0) devidamente identificado. Estas cópias, bem como as ilustrações, não serão devolvidas ao autor e, portanto, recomenda-se que o mesmo tenha em seu poder cópias do texto e das ilustrações. 6. Os trabalhos deverão ser apresentados impressos em folhas de papel tamanho A4, com espaço duplo e margens de três (3) centímetros de cada lado. A lauda deverá ser numerada com algarismos arábicos e ter um máximo de 30 linhas. Os trabalhos devem ser redigidos em conformidade com a ortografia oficial, sem rasuras ou emendas. 7. Serão aceitas ilustrações na forma de fotografias, desenhos, tabelas e gráficos, devendo ser enviadas em folha à parte. As tabelas deverão ser numeradas em algarismos arábicos, com apresentação sintética e objetiva, para a compreensão do trabalho. Não usar os dados de originais e tabelas de variância. Sempre que possível, valores quantitativos deverão ser apresentados na forma de quadros. 8. As fotografias devem ser coloridas e enviadas na forma de slides, emoldurados e em porta-slides transparentes. Todas as ilustrações devem estar numeradas e com legenda sintética e objetiva, datilografada em folha separada. Serão aceitos no máximo doze (12) slides por artigo. 9. Os trabalhos serão submetidos à apreciação do Conselho Editorial, que decidirá, de maneira soberana, pela publicação ou não do artigo, indicando, se necessárias, as retificações. Desta forma, a revista, ao receber o artigo, não assume o compromisso de o publicar. 10. O Conselho Editorial será constituído por profissionais experientes de diferentes especialidades, listados na primeira página de cada volume do periódico. Cada trabalho será submetido a três relatores para que haja imparcialidade na avaliação. 11. As referências bibliográficas serão limitadas a 30 por artigo, exceto nas revisões de literatura. Os autores relacionados nas referências devem obrigatoriamente estar citados no texto. As referências devem estar relacionadas em ordem alfabética de autor e numeradas, seguindo as normas da ABNT NBR 6023, 2002, conforme exemplos: Artigos: Com dois autores: MARCHINI, L.; CERVEIRA NETTO, H. Desordem craniomandibular em idosos: revisão da literatura. Rev Odontociência, v.14, n.28, p.79-88, 1999. Com quatro autores ou mais: MARCHINI, L. et al. Prótese total imediata superior e inferior. Rev Assoc Paul Cir Dent, v.52, n.4, p.293-6, 1998. Livro: SCHLUGER, S.; YOUDELIS, R. A.; PAGE, R. C. Periodontal disease: basic phenomena, clinical management, and occlusal and restorative interrelationship. Philadelphia: Lea & Febiger, 1977.737p. Capítulo de livro: RIES, G.E. The neutral zone as applied to oral and facial deformities. In: BERESIN, V.E., SCHIESSER, F.J. The neutral zone in complete and partial dentures. 2. ed. Saint Louis: Mosby, 1978. p. 208-20. Dissertação ou tese: PINHEIRO, J.M.M. Estudo com- 19 Revista EAP/APCD | V 10 | Nº 2 | Junho 2009 parativo in vitro dos valores obtidos nas técnicas radiográficas da bissetriz e da perpendicular ao plano do filme quando da realização da odontometria.,1986. 58f. Dissertação (Mestrado em Clínicas Odontológicas) - Faculdade de Odontologia, Universidade de São Paulo, São Paulo. 12. As citações das referências no texto devem seguir as normas da ABNT NBR 10520, 2002, conforme exemplos a seguir: Como descrito por Silva10 (1975) Silva e Souza11 (1976) descobriam e seus... Silva et al.13 (1977) estudaram as... ou ... como foi estudado SILVA10 (1975). ... nas pesquisas (SILVA e SOUZA11, 1976). ... ondontológicos (SILVA et al.13, 1976). 13. Todos os trabalhos deverão ter a primeira folha composta por: título do artigo em português, título do artigo em inglês e autores. Estes devem ser identificados com nome completo, departamento e/ou Universidade, endereço completo e e-mail. 14. Para que haja isenção na avaliação dos trabalhos pelos relatores, a identificação dos autores deverá constar única e exclusivamente na primeira página do trabalho. 15. A segunda folha deve conter: resumo em português (sintético: máximo 150 palavras), descritores, abstract (resumo em inglês) e descriptors (palavras-chave em inglês). 16. Serão aceitos para publicação artigos inéditos de investigação científica, relatos de casos clínicos e revisões de literatura. Cada trabalho, a partir da terceira página, deve seguir uma apresentação específica, contida nas normas a seguir. Normas específicas: 1. Artigos inéditos de investigação científica: Serão aceitas, no máximo, doze (12) laudas, incluindo as duas primei- ras e as referências bibliográficas. A partir da terceira página, os trabalhos devem apresentar, nesta ordem: introdução, material e método, resultados, discussão, conclusão, agradecimentos (se houver) e referências bibliográficas. 2. Relatos de casos clínicos: Serão aceitas, no máximo oito (8) laudas, incluindo as duas primeiras e as referências bibliográficas. A partir da terceira página, os trabalhos devem apresentar, nesta ordem: introdução, relato(s) do(s) caso(s) clínico(s), considerações finais, agradecimentos (se houver) e referências bibliográficas. 3. Revisões de literatura: Serão aceitas, no máximo dez (10) laudas, incluindo as duas primeiras e as referências bibliográficas. A partir da terceira página, os trabalhos devem apresentar, nesta ordem: introdução, revisão da literatura (dividida em tópicos, se for necessário), considerações finais, agradecimentos e referências bibliográficas. Transferência de direitos autorais: Todos os artigos devem estar acompanhados de uma cópia do texto abaixo, assinada por todos os autores, sem a qual não serão avaliados para a publicação. Transferência de direitos autorais Os autores abaixo assinados transferem todos os direitos autorais referentes ao trabalho intitulado ______________à Revista da EAP/ APCD, da Associação Paulista dos Cirurgiões-Dentistas Regional de São José dos Campos, no caso de publicação do artigo. Os mesmos autores garantem a originalidade do artigo e que este não infringe nenhum direito autoral de terceira parte, não está em avaliação por outro periódico e não foi publicado previamente. Os autores confirmam que revisaram e aprovaram a versão final do trabalho. CURSOS EAP - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS | 2009 3º CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ODONTOPEDIATRIA Reconhecido pelo CFO - Decisão CFO 59/2004 CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA CURSO DE AUXILIAR EM SAÚDE BUCAL (Ex. ACD) - 2009 CURSO INFORMATIVO DE ODONTOGERIATRIA CURSO DE PRÓTESE PARCIAL FIXA (CDs e TPDs) CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CIRURGIA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PRÓTESE DENTÁRIA V 10 | Nº 2 | Junho 2009 | Revista EAP/APCD 20