DINÂMICA ETÁRIA: ESTUDO DAS FAIXAS ETÁRIAS DOS MORADORES DOS POVOADOS DO ALTO DA LAGOINHA, TRÊS BRAÇOS E JENIPAPO E SUA INFLUÊNCIA NA ECONOMIA DO MUNICÍPIO DE UBAÍRA. Autor: Rodrigo Almeida de Souza Co-autora: Maricleia Alves Santos Orientadora: Samile Oliveira Santos INTRODUÇÃO Diante do exposto, o universo de análise partiu do conceito de região que segundo (Gilbert apud BEZZI, 2004, p. 183), conceitua a pluralidade conceitual que converge para a leitura da região como uma resposta local aos processos capitalistas, estando o foco das análises centrado na produção de desigualdades sócias espaciais intrínsecas à dinâmica de acumulação e reprodução do capital. Em termos gerais, costumam, mas não necessariamente, ser menores que um país, e podem ser delimitadas em diversas escalas de acordo com as necessidades do estudo. Partindo das perspectivas da Geografia Crítica que classificava a região como modo de produção, onde era vista através das conexões entre classes sociais e acumulação capitalista, por meio das relações entre Estado e a sociedade local e embasada no materialismo histórico e dialético, (Gilbert apud BEZZI, 2004, p. 183), conceitua a pluralidade conceitual que converge para a leitura da região como uma resposta local aos processos capitalistas, estando o foco das análises centrado na produção de desigualdades sócias espaciais intrínsecas à dinâmica de acumulação e reprodução do capital. Sendo assim, a partir do entendimento conceitual do que vem a ser região para a Geografia destaca-se a importância da mesma para este estudo, pois evidenciará as relações de poder econômico e de classes sociais dos povoados da zona rural de Ubaíra/Ba. O presente trabalho objetiva compreender as problemáticas populacionais que interferem na sociedade local para isto, utilizou-se como métodos de pesquisa os procedimentos de análise quantitativo para avaliar os dados estatísticos que serviram para comprovar as ideias pretendidas de verificar quais as influências que as faixas etárias dos moradores dos povos de Jenipapo, Três Braços e Alto da Lagoinha com suas respectivas regiões, causam na economia do município de Ubaíra. Assim, realizou-se o Levantamentos de dados quantitativos populacional dos povoados supracitados, análise das faixas etárias, através da criação de pirâmides, gráficos e tabelas que comprovarão os dados pesquisados. Diante das perspectivas, podemos referenciar a estatística como um ramo da matemática que passou a ser usada diariamente para explicar resultados de pesquisa de forma simples e dinâmica. Onde Ramos (2007), referenciava a estatística como: [...] uma ciência multidisciplinar que abrange praticamente todas as áreas do conhecimento humano. Podem fazer analises e utilizar de resultados estatísticos, profissionais como: economistas, agrônomos, químicos, geólogos, matemáticos, biólogos, sociólogos, psicólogos e cientistas políticos. Neste sentido a estatística tem sido utilizada para a otimização de recursos econômicos, aumento da qualidade e produtividade, na analise de decisões políticas e judiciais e tantas outras. A motivação para elaboração do artigo aconteceu em uma aula de Geografia da População, onde surgiu à ideia de produzir um trabalho acadêmico com o referido tema “Dinâmica etária: estudo das faixas etárias dos moradores dos Povoados do alto da Lagoinha, Três Braços e Jenipapo e sua influência na economia do município de Ubaíra.” Será tratada a seguir, toda a influência causada pela economia dos povoados na economia local, além de discutir sobre como de fato à dinâmica etária contribui e interfere para o progresso ou regresso da mesma. De modo específico, a contribuição cientifica acontece pelo fato de haver uma escassez muito grande de obras acadêmicas com o tema estudado, constatando-se a necessidade de construir um trabalho que pudesse de alguma forma servir de legado para as gerações futuras utilizarem e consequentemente poderem fazer consultas. Desenvolvimento Conforme informações do site Info escola, a estrutura etária de uma população não se divide apenas nas três faixas (jovens, adultos, idosos), pode-se também dividir a população através de um gráfico, que se denomina pirâmide etária, esse gráfico não informa apenas informações sobre a faixa etária, mas também da proporção dos sexos em cada idade. De acordo ao referido tema pode-se perceber que conforme Preti (1991, p.75), existe no Brasil e praticamente em todo o mundo o aumento preocupante da população idosa. Isso ocorre pela modificação notável que está acontecendo na estrutura da pirâmide etária. Segundo Veiga (2002 apud MARQUEZ, 2002) com base em critérios como a densidade demográfica e o tamanho populacional, considera que, no Brasil, 90% do território, ou, 80% dos municípios, ou ainda, 30% de toda a população do país, sejam essencialmente rurais. Tais mudanças ocorrem por muitos motivos dos quais segundo Ranña (2005), a busca por excitações cada vez maiores e a ilusão de ser um super-homem fazem com que os adolescentes sintam fascínio pela velocidade e pelos esportes radicais, e por este que os acidentes então ocorrem. Ainda seguindo a mesma visão Borges e Fujimori (2009) ratifica que acidentes e homicídios, sobretudo relacionados ao tráfico de drogas e uso abusivo de álcool e as intercorrências da gravidez e maternidade são as principais causas-base desse panorama. Outro fator preponderante é a falta de estudo dos jovens das regiões rurais, onde da mesma forma Moreno (1982, apud Pereira, 2000) destaca que os jovens rurais que não estudam são estigmatizados por suas comunidades, expostos a exploração do trabalho. Segundo Abramovay (2000), as regiões dinâmicas incorporam uma densa rede de relações entre serviços e organizações públicas, iniciativas empresariais urbanas e rurais, agrícolas e não agrícolas. O fenômeno da proximidade social viabiliza a coordenação entre os atores capazes de converter o ambiente em que atuam em base para empreendimentos inovadores. Ainda conforme Abramovay (2000) influenciado pela perspectiva da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico (OCDE) sugere que haja uma classificação que diferencie as regiões rurais e urbanas de acordo com a dinâmica econômica de cada local. Apesar dos estudos de Graziano da Silva, Grossi e Campanhola (2002) constatarem a presença intensiva do êxodo agrícola, que indica novas configurações ocupacionais para o campo, acredita-se que esse fato isoladamente não configura uma urbanização do campo, como salienta Abramovay (2000). Na verdade o desenvolvimento rural parte das atividades agrícolas e não agrícolas. A hipótese que sustenta essa análise é de que as regiões que alcançam prosperidade, ou seja, as regiões dinâmicas são as que incorporaram de forma inovativa elementos naturais e sociais nas novas estratégias de desenvolvimento econômico. Pode- se verificar que essa influência rural na economia urbana acontece porque a agroindústria familiar rural é definida por Mior (2005, p. 191), como “uma forma de organização em que a família rural produz, processa e/ou transforma parte de sua produção agrícola e/ou pecuária, visando, sobretudo a produção de valor de troca que se realiza na comercialização”. Outro fator importante para permanência dos jovens e aumento da economia foi falado de acordo a Mendonça et al. (2008), que é de suma importância que o poder público defina políticas e incentivos a agricultura familiar, para que assim o jovem desperte interesse em permanecer no campo e que possa ser valorizado pelo seu trabalho rural. A autora ainda faz outra ressalva de que a ocupação do espaço rural não deve ser deixada somente sob a responsabilidade das forças do mercado. O referido tema traz uma visão do rural e do urbano. Onde segundo Robert Redfield (1956) nos anos 1940 e 1950 fomentou, entretanto, a concepção de que o “meio rural” estaria cada vez mais sob influência do meio urbano. Na mesma perspectiva Segundo Oliveira (2004) também deveria ser considerado urbano os habitantes dos aglomerados rurais de extensão urbana e dos aglomerados rurais isolados, sejam esses povoados, núcleos ou outros aglomerados. Seguindo a expectativa da produção agrícola, geralmente associada ao campo, também aparece no cenário da cidade. De acordo com Queiroz (1979), o meio rural não pode ser estudado em si mesmo, mas como parte de um conjunto social do qual a cidade faz parte. Uma comparação importante é feita por Wanderley (2001) que afirma que rural e urbano se aproximam, porém mesmo assim suas peculiaridades não desaparecem, o que reafirma a existência do rural. Conforme citações acima, verificou-se que devido à grande divergência entre os especialistas quanto aos critérios de agrupamento etário optou-se por agrupar crianças (até 11 anos de idade) e adolescentes (12 a 18 anos de idade) segundo o que preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990) e, idosos (60 anos ou mais de idade) o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741 de 01 de outubro de 2003), contudo, agrupou-se na categoria adulto o número de habitantes com idade entre 19 a 59 anos de idade. Segundo dados do IBGE, no Brasil, em consequência da desaceleração do aumento médio anual da população (crescimento demográfico) e o envelhecimento populacional, está havendo a mudança do desenho da pirâmide etária. Até os anos 1980, a pirâmide era afunilada na ponta e larga na base, setor em que estão representadas as camadas de jovens. No ano de 2000, a pirâmide mostrou uma base mais estreita e formato menos afunilado, indicando a tendência de crescimento da população adulta. Nas últimas décadas, aumentou o percentual de idosos e adultos e diminuiu a porcentagem de jovens. Esse fato é o resultado da diminuição das taxas de mortalidade e natalidade e aumento da expectativa de vida. Depois de feita as análises observou-se que a estatística é muito importante para a Geografia e para a construção de qualquer trabalho científico, onde segundo Salzburg (2009), a Estatística revolucionou a ciência através do fornecimento de modelos úteis que sofisticaram o processo de pesquisa na direção de melhores parâmetros de investigação. Na mesma linha de raciocínio Para Stigler (1986), os métodos estatísticos foram desenvolvidos como uma mistura de ciência, tecnologia e lógica para a solução e investigação de problemas em várias áreas do conhecimento humano. Diante dos estudos viu-se também que Segundo Morettin (1981), o cidadão comum pensa que a estatística se resume a apresentar tabelas e gráficos em colunas esportivas ou econômicas de jornais e revistas ou, ainda, associam-na à previsão de resultados eleitorais. Porém, ressalta que a estatística moderna não é responsável apenas pela criação de tabelas e gráficos, mas trabalha também com metodologias científicas muito mais complexas. Depois do processo histórico referenciado acima, o referido projeto será iniciado com alguns exemplos da cidade de Ubaíra. A seguir será demonstrada em forma de tabelas e gráficos a quantidade de habitantes da zona rural e da zona urbana da cidade de Ubaíra-Bahia, para que possa ser feita uma interrelação com a economia local. Tabela1. Quantidades de habitantes da Zona Rural e Zona Urbana de Ubaíra-BA. HABITANTES DA ZONA RURAL HABITANTES DA ZONA URBANA 11.455 hab. 8.295 hab. Fonte: Secretária Municipal de Saúde de Ubaíra Gráfico 1. Quantidade dos habitantes da Zona Rural e da Zona Urbana da cidade de Ubaíra-BA. Autor: Souza, Rodrigo Almeida. 2013. Gráfico 2. Percentual de habitantes da Zona Rural e da Zona Urbana de Ubaíra-BA. Autor: Souza, Rodrigo Almeida. 2013. A tabela e os gráficos acima vêm demonstrando que a maioria dos habitantes da cidade de Ubaíra é da zona rural, onde consequentemente eles impactam efetivamente na economia local, pois se verifica que a agricultura é a principal atividade econômica do município com as culturas de cacau, café, mandioca, cereal e hortifrutigranjeiro. A pecuária está se desenvolvendo também e é de vital importância para a economia rural. Seguindo a linhagem das análises acima Jean (1985) diz que o mundo rural, em uma sociedade urbana, não é um espaço à espera da urbanização ou da desertificação; é um território com vida socioeconômica específica e irredutível às dinâmicas urbanas. (JEAN, 1985. 431 p.). Tabela 2. Quantidades de habitantes dos Povoados estudados. T. Braços Alto da Lagoinha Jenipapo Demais localidades 1.241 hab. 2.513 hab. 1.881 hab. 5.820 hab. Fonte: Secretaria Municipal de Saúde de Ubaíra. Seguindo esta linhagem da influência do rural e no urbano, Marques (2002) salienta que existiriam atualmente duas grandes abordagens sobre as definições de campo e cidade: a dicotômica e o continuum. Na abordagem dicotômica o campo se opõe a cidade; já na abordagem do continuum a industrialização seria elemento que aproximaria o campo da realidade urbana. A autora destaca que Sorokin, Zimmermann e Galpin (1986) são referências da abordagem dicotômica e enfatizam diferenças entre rural e urbano. A autora assim sintetiza os elementos expostos pelos autores e que contribuiriam para classificar o rural e o urbano: (1) diferenças ocupacionais ou principais atividades em que se concentra a população economicamente ativa; (2) diferenças ambientais, estando à área rural mais dependente da natureza; (3) diferenças no tamanho das populações; (4) diferenças na densidade populacional; (5) diferenças na homogeneidade e na heterogeneidade das populações; (6) diferenças na diferenciação, estratificação; e complexidade social; (7) diferenças na mobilidade social e (8) diferenças na direção da migração. (MARQUES, 2002, p.100). Gráfico 3. Comparação da quantidade dos habitantes dos povoados do alto da Lagoinha, Três Braços e Jenipapo com as outras localidades rurais do município de Ubaíra. Autor: Souza, Rodrigo Almeida. 2013. Gráfico 4. Percentual de habitantes da zona rural do município de Ubaíra Autor: Souza, Rodrigo Almeida. 2013. Pelo fato dos três povoados estudados serem os maiores do município de Ubaíra equivalendo a quase 50% dos habitantes da zona rural, achou-se necessário representarmos a quantidade total dos habitantes dos três povoados que são referenciadas na tabela 2 e no gráfico 3, onde em quantidade representa 5635 pessoas. Estes povoados também são os que mais contribuem para o desenvolvimento econômico municipal, pois dentre as sete que possui em Ubaíra os três povoados supracitados são os que mais produzem e consequentemente por serem maiores são os que mais consomem. Segue abaixo a produção agrícola e a pecuária do município de Ubaíra. Pib = 53.916 mil IBGE/2005 Agrícola cacau: 85.280 arroubas. café: 6.555 sacas. banana da prata: 100.500 centos. banana da terra: 7.200 centos. banana pacovan: 1.000 centos. tomate: 50 toneladas. pimentão: 150 toneladas. chuchu: 150 toneladas. pepino: 30 toneladas. mandioca: 1.700 toneladas. outras olericulturas: 200 toneladas. Pecuária bovinocultura de corte: 9.099 cabeças. bovinocultura de leite: 282 cabeças. bovinocultura mista: 5.172 cabeças. apicultura: 120 colmeias. equinocultura: 300 cabeças. Outro fator interessante no processo econômico é a influência etária. Então diante do exposto será demonstrada em forma de pirâmides e de tabelas etária uma comparação entre o estado da Bahia, a cidade de Ubaíra e as localidades rurais pretendidas. As mudanças ocorridas na pirâmide etária do Brasil é consequência da evolução urbano-industrial do país, pois nestas condições é natural que os índices de natalidade sejam baixos. A partir da década de 80, o uso de métodos contraceptivos tornou-se muito intenso, e foi uma contribuição considerável para a redução da taxa de natalidade. Nos anos 90, a base da pirâmide reduziu-se com intensidade, devido à redução percentual do contingente de jovens na população total. Assim, em 1996 a pirâmide etária brasileira foi marcada pela transição demográfica de um país jovem para um país maduro. (Dados definitivo Pirâmide). Seguindo o que foi salientado segue um exemplo com as pirâmides etárias do estado da Bahia e do município de Ubaíra. Gráfico 5. Pirâmide etária do estado da Bahia Gráfico 6. Pirâmide Etária da população de Ubaíra Fonte: IBGE 2009. Autor: Souza, Rodrigo Almeida. 2013. Com a análise das pirâmides do estado da Bahia e do município de Ubaíra, viu-se que são muitos semelhantes em sua estrutura, a única diferença e que na Bahia a faixa etária com maior quantidade de pessoas e a entre 15 e 19 anos e em Ubaíra é entre 20 e 29 anos. Isso nos diz que após esta leitura da pirâmide etária, percebeu-se que, de acordo a dados do site (Aula Rural) como o município de Ubaíra está situado no Vale do Jiquiriça, verificou-se que a população economicamente ativa (PEA) da bacia do Jiquiriçá está distribuída da seguinte forma: 73% em atividades agropecuárias, 11% em atividades industriais, 9% em atividades de serviços e 7% em atividades de comércio (CIJ 2005). Há, na região, uma vocação para o turismo sob formas de turismo rural, ecoturismo, turismo de aventura e turismo de evento. Tabela 3. Classificação da população do Povoado de Jenipapo por faixa etária. Faixa etária Masculino Feminino Total <1 2 3 5 1a4 42 41 83 5a6 21 29 50 7a9 45 61 106 10 a 14 81 80 161 15 a 19 89 96 185 20 a 39 352 307 659 40 a 49 111 91 202 50 a 59 87 77 164 > 60 124 142 266 Fonte: Secretaria Municipal de Saúde de Ubaíra. Gráfico 7. Percentual das faixas etária do povoado de Jenipapo. <1 ANOS 7 a 9 ANOS 20 a 39 ANOS >60 ANOS 1 a 4 ANOS 10 a 14 ANOS 40 a 49 ANOS 0% 5 a 6 ANOS 15 a 19 ANOS 50 a 59 ANOS 3% 6% 4% 14% 8% 9% 10% 11% 35% Autor: Souza, Rodrigo Almeida. 2013. O gráfico 7, mostra o percentual das faixas etárias do povoado de Jenipapo, que apresenta as idades entre 20 e 29 anos como a que possui a maior quantidade de pessoas e também é a que em quantidade apresentada na tabela 3, equivale a 659 pessoas, que comparada com as outras faixas possui quatro vezes maior quantidades de habitantes. Outro fator percebido, é que o povoado só não interfere mais na economia de Ubaíra, porque a soma das pessoas que fazem parte da população economicamente inativa ultrapassam 600 pessoas. Verifica-se que a quantidade e o percentual de pessoas não são todas moradoras deste povoado, pois foram estudadas também as regiões circunvizinhas que tem vínculos com o mesmo, tais como: Volta do Rio, Lagoa do Boi e Cachoeirinha. Este povoado tem como carro chefe a fabricação e comercialização de produtos derivados do leite, que mesmo sendo artesanal, são comercializados no município e com certeza injeta muito dinheiro na economia local e além do, mas o trabalho realizado para tal, e feito pela faixa etária economicamente ativa. Outra influência econômica e imposta pelas regiões circunvizinhas que são produtoras de café e produtos agrícolas que também geram renda para Ubaíra. Tabela 4. Classificação da população do Povoado de Três Braços por faixa etária. Faixa etária Masculino Feminino Total <1 2 6 8 1a4 31 25 56 5a6 17 26 42 7a9 35 40 75 10 a 14 79 61 140 15 a 19 87 81 168 20 a 39 258 206 464 40 a 49 81 75 156 50 a 59 63 68 131 >60 88 93 181 Fonte: Secretaria Municipal de Saúde de Ubaíra. Gráfico 8. Percentual das faixas etária do povoado de Três Braços <1 ANOS 1 a 4 ANOS 5 a 6 ANOS 7 a 9 ANOS 10 a 14 ANOS 15 a 19 ANOS 20 a 39 ANOS 40 a 49 ANOS 50 a 59 ANOS >60 ANOS 0% 13% 4% 3% 5% 9% 10% 11% 12% 33% Autor: Souza, Rodrigo Almeida. 2013. Na tabela 4 e no gráfico 8, vem apresentando o percentual e a quantidade de habitantes do povoado de Três Braços, onde possui características semelhantes só que com a quantidade de habitantes um pouco menor do que no povoado citado anteriormente, que neste caso as idades entre 20 e 29 anos apresenta 464 pessoas. As interferências desse povoado vêm por conta da produção de farinha e de cacau que é o carro chefe economia dessa região. Os produtos assim como nos outros povoados, são comercializados e também tem uma grande influência da mão de das faixas etárias que são consideradas economicamente ativas através da força de trabalho que oferecida pelos mesmos. Outro caso totalmente inverso ao citado acima é o da faixa etária de 1 ano abaixo, que de acordo ao gráfico percentual não atinge nem 1%. Verificou-se também que o percentual de pessoas das faixas etárias que variam de 20 a 59 anos somadas equivale a quase 55% ou 751 pessoas, enquanto as outras faixas somadas atingem aproximadamente 45% ou 490 pessoas. Tabela 5. Classificação da população do Povoado do Alto da Lagoinha por faixa etária Faixa etária Masculino Feminino Total <1 8 6 14 1a4 57 47 104 5a6 25 42 67 7a9 53 47 100 Font 10 a 14 103 120 123 e: 15 a 19 93 109 202 Secr 20 a 39 431 374 805 etari 40 a 49 149 143 292 a 50 a 59 157 119 276 Muni >60 197 233 430 cipal de Saúde de Ubaíra. Após análise de dados feita com o povoado do Alto da Lagoinha, percebeu-se que a faixa etária que mais influência na economia também é a entre 20 e 39 anos pelo fato de possuir a maior quantidade de habitantes que neste caso são 805 pessoas e a mesma somada às faixas de 40 a 49 anos e a faixa entre 50 e 59 chegam a 1373 pessoas. E essa observação é muito importante, pois são estas faixas que contribui ativamente e direta e indiretamente para o crescimento econômico local. Outro fator percebido foi que as faixas de 19 anos abaixo, somadas e comparada com a faixa de 20 a 39 anos, possui a quantidade de pessoas bem menor. Este povoado, com suas regiões, é o maior do município de Ubaíra, possuindo 2513 habitantes. Sua influência na economia é muito grande porque nesta localidade é produzida uma enorme quantidade de cacau, além de ser um dos maiores criadores de gado do município. Então através dessas culturas contribui grandemente para o avanço econômico do município. Gráfico 9. Percentual das faixas etária do povoado do alto da lagoinha Autor: Souza, Rodrigo Almeida. 2013. Com os dados referenciados acima se verificou que em ambos, o intervalo entre 20 e 39 anos é o que contem a maior quantidade de habitantes com mais de 30%, e efetivamente é a faixa etária que mais interfere na economia, pois são uns dos grupos que mais contribuem para economia, porque de acordo a reportagem do (Portal G1) é a faixa que junto com a de 40 a 49 anos que mais possui pessoas ocupadas no mercado de trabalho no país, e concomitantemente consomem mais e movimentam a economia local. Através de pagamentos de impostos, contribuições sociais, entre outros. Há também uma disparidade da referida faixa etária com as outras, pois, os números de pessoas caem bruscamente em torno de mais de 50%. De acordo a pesquisas no mesmo portal, verificou-se que os fatores contribuintes para tal são as mortes causadas por tráficos de drogas, por acidentes de trânsito, por doenças, por migrações para outras cidades, entre outras. Seguindo a linhagem das migrações, Graziano da Silva (1998), ao estudar as recentes permutações ocorridas no campo brasileiro, constata que nas últimas décadas do século XX, houve a redução da migração campo-cidade com relação a décadas anteriores. Verificou-se na estrutura etária que nos três povoados a taxa de natalidade está bem pequena, porque a faixa etária abaixo de um ano não apresenta nem 1% relacionada com as outras. Esse fator também interfere na dinâmica econômica. CONSIDERAÇÕES FINAIS Portanto, diante dos casos analisados, observou-se que, se existisse mais pessoas na faixa etária inicial, consequentemente teria mais pessoas nas outras faixas e a influência na economia seria bem maior do que a atual. Verificou-se também que além da contribuição por parte dos agricultores familiares, a renda da população economicamente ativa rural, não vêm só da produção agrícola ou da pecuária, vem também de alguns habitantes da mesma que são servidores municipais e contribuem para o desenvolvimento econômico do município. Percebe-se também que se os adultos da faixa etária ente 20 e 29 anos tivessem cuidados maiores não morreriam tanto, a população não reduziria muito e a contribuição para aumento da economia local aumentaria. Pelo fato dessa primeira análise ter tido um caráter superficial, futuramente pretendese estender esta pesquisa para serem estudados de uma maneira mais profunda. Com análises de todos os fatores que interferem direta e indiretamente na dinâmica econômica do município de Ubaíra onde para tal, serão aplicados questionários e feito um minicenso agropecuário de todas as regiões rurais do município, para saber de uma forma mais concisa quais as rendas per captas dos moradores das mesmas e o que deve ser feito para melhorá-la. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. A importância da disciplina de metodologia científica no desenvolvimento de produções acadêmicas de qualidade no nível superior. Disponível em: <http://www.urutagua.uem.br/014/14maia.htm>. Acesso em <14/03/2013>. ABRAMOVAY, R. O capital social dos territórios: repensando o desenvolvimento rural. Economia Aplicada, São Paulo, v. 4, n. 2, p. 379-397, abr./jun. 2000. Artigos Científicos. Disponível em: <http://www.bu.ufsc.br/ArtigoCientifico.pdf> Acesso em: <07/03/2013>. Dados populacionais. Disponível em: <www. g1.globo.com>. Acesso em 04-03-2013. DANTAS. Eugênia Maria, MORAIS. Ione Rodrigues Diniz. 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