GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE DIRETORIA DE ÁREAS PROTEGIDAS COORDENADORIA DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO GERÊNCIA DA APA DE ALGODOAL – MAIANDEUA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 No dia dezoito de Abril do ano de 2011, na sede do Praiano, na Vila de Algodoal, município de Maracanã – PA, às 10 horas da manhã teve início à primeira Audiência Pública, cujo objetivo principal foi para esclarecimentos e orientação da população local. Inicialmente houve apresentação das instituições participantes, tais como: AGU (Advocacia Geral da União), SPU (Superintendência do Patrimônio da União), SEMA (Secretaria Estadual de Meio Ambiente), SEDUC (Secretaria Estadual de Educação) UFPA (Universidade Federal do Pará), UFRA (Universidade Federal Rural da Amazônia), MPEG (Museu Paraense Emilio Goeldi), BPA (Batalhão de Polícia Ambiental), PROCON, REDE CELPA e os moradores da comunidade. A audiência iniciou-se com a apresentação da Senhora Gerente Cristiane Nogueira da APA Algodoal-Maiandeua e do Senhor Celso Oliveira (Procurador da União), que explicou que a Audiência Pública seria um momento em que a comunidade poderia expor seus problemas de forma clara e concisa. O Senhor Raiol, o agente distrital ressaltou a respeito do levantamento da área. O senhor Luiz Alcântara, empreendedor da ilha questionou a respeito dos termos práticos que estão sendo utilizados para a regularização fundiária. O senhor Celso Oliveira (AGU), argumentou que esta sendo realizado todo o programa de mapeamento da área para reunir as informações e fazer uma mega ação e só assim poderá dar início a regularização fundiária, repassou o seu email para a população ([email protected]) para qualquer esclarecimento a respeito do cronograma das atividades. A senhora Dirse (SPU), esclareceu que está sendo realizado um estudo com todos os levantamentos para que ocorra a regularização, pois em alguns lugares onde estão sendo realizado, é preciso ainda trabalhar alguns termos de ajustes de conduta através da regularização, ressaltou também que o Projeto Orla vai ser uma construção de forma que a APA Algodoal-Maiandeua continue sustentável. O senhor Celso Oliveira (AGU), pediu para que a população denunciasse qualquer forma de invasão, uma ação preventiva, pois a partir do momento que a casa já estiver construída no local inadequado será mais difícil remaneja - lá. A senhora Elenice (Pousada Mitologia), perguntou se as ações da regularização fundiária já deram início. O senhor Celso Oliveira (AGU), ressaltou que a mesma já se encontra em andamento. O senhor Mello (Vereador), questionou sobre a importância do plano de manejo para que ocorra a regularização fundiária. O senhor Celso Oliveira (AGU), argumentou que para que ocorra a regularização fundiária é precisa realizar um termo de conduta para que não ocorra um desordenamento das barracas nas praias, mas essa questão será tratada através do Projeto Orla mais a frente. A senhora Cristiane Nogueira falou que a dificuldade na APA em relação ao plano de manejo está no uso do solo, que será repassado para o SPU. O Senhor Crisomar Lobato (Diretor da Diap/Sema/PA), relatou sobre a área de Algodoal e esclareceu que na gestão 2011 a 2014, a prioridade e a construção da Sede, com toda a infra-estrutura e com uma equipe em Belém e a outra in loco. O senhor Mello (Vereador) falou do remanejamento dos moradores para outras áreas. O senhor Crisomar Lobato, argumentou que este fato seria resolvido com a construção da ponte para o remanejamento da população para o interior da ilha. O senhor Celso Oliveira (AGU), disse que o governo federal tem programas GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE DIRETORIA DE ÁREAS PROTEGIDAS COORDENADORIA DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO GERÊNCIA DA APA DE ALGODOAL – MAIANDEUA 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 específicos para realocação de pessoas, visto que na Vila de Algodoal não tem mais como absorver a população que está morando em área de mangue. O senhor Misael (AETA), questionou a respeito das pessoas que moram no mangue o que acontecerá com elas. O Senhor Raiol, esclareceu que não será mais permitida a construção de casas no mangue e os que já estão lá serão remanejados para outras áreas com a construção da ponte. A senhora Cristiane Nogueira, declarou que foi realizado um estudo delimitado em 2009, onde esclarecia o problema de se morar no mangue. A Senhora Márcia (ACDESPIM), questionou sobre a existência de algum plano emergencial para o saneamento básico, para o abastecimento de água durante o período do feriado para atender os turistas. O senhor Raiol, falou que o problema da água acontece por que 70% dos poços estão contaminados e que é necessário recuperar cerca de seis poços e assim realizar a distribuição da água e isso só será possível através da arrecadação de impostos. A senhora Márcia, falou que a FUNASA (Fundação Nacional de Saúde) disponibilizou uma verba para a Prefeitura de Maracanã, mais como a Prefeitura devia não pode receber o recurso. A senhora Márcia, falou também a respeito dos estudos realizados até hoje no Plano de manejo, se os mesmo já foram concluídos ou serão realizados outros estudos. O senhor Raiol, declarou que faltou planejamento para receber o recurso da FUNASA e que já entrou em contato com a mesma para resolver o problema da água. O senhor Celso Oliveira, argumentou que é preciso deter a ocupação desordenada para não agravar o problema da água. O senhor Luiz (Morador da comunidade), discorreu que quando houve à liberação dos recursos através da FUNASA, não havia nenhum projeto onde o recurso pudesse ser inserido. O senhor Bergo, fala que são oito poços que abastecem a Ilha, então nenhum pode ser descartado e sim recuperado. O Senhor Celso Oliveira (AGU), se propôs a ajudar a Prefeitura de Maracanã a captar recursos. O senhor Mello (Vereador), ressaltou que em relação ao convênio com a FUNASA que foi realizada uma audiência em 2006 e que a liberação do recurso ocorreu somente em 04/02/2011, cerca de R$ 210.000,00 dos R$ 420.000,00 solicitado, em virtude da Prefeitura está em situação irregular, pois não repassou o INSS dos seus funcionários e ficou impossibilitada de receber o recurso. O senhor Paulo Teixeira (AMM), declarou que já foi realizado um estudo na APA, que foi encaminhado para a COSANPA (Companhia de saneamento do Pará) para a implantação de um microssistemas que foi criado nas quatro Vilas, mais que em Algodoal foi desativado, mais nas outras vilas continuam e enfatiza dizendo que é necessário temos mais representações políticas para nos organizarmos. O senhor Raiol, argumentou que em relação aos R$ 400.000,00 que foi liberado pela FUNASA, não havia nenhum projeto para ser utilizado o recurso. A senhora Maristela (Moradora da comunidade), questionou a respeito da revitalização da praça. O senhor Raiol, se comprometeu que até 30 de Junho de 2011, a praça vai ser revitalizada, inclusive com a construção de uma quadra poliesportiva. O senhor Misael (AETA), declarou que em relação às denúncias as mesma não são atendidas, uma solução para esta situação seria que existisse pessoas específicas para recebê-las no local, por isso ressalta a importância de se ter uma sede fixa da Prefeitura para agilizar as soluções. O senhor Celso Oliveira, ressaltou sobre a criação de um centro integrado de segurança. O senhor Paulo Teixeira, questionou GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE DIRETORIA DE ÁREAS PROTEGIDAS COORDENADORIA DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO GERÊNCIA DA APA DE ALGODOAL – MAIANDEUA 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 sobre a realização dos projetos para a construção dos trapiches e dos terminais de carroças nas quatro vilas e ressalta a importância da execução desses projetos para alavancar o turismo na APA, solicitando também a reforma da praça da vila de Fortalezinha que se encontra deteriorada e está localizada em uma área que está sofrendo processo de erosão. O senhor Francisco, denúncia a mortalidade de peixes que estão ocorrendo na Ilha e que foi encontrado um boto morto a tiros na praia e apresentou uma foto para a comunidade comprovado o fato. A senhora Cristiane Nogueira, falou da importância de se denunciar os crimes ambientais e passa a palavra para o Grupo GEMAN (Grupo de Estudos dos Mamíferos Aquáticos da Amazônia), que é representado pelo senhor Fernando do Instituto Refazenda que apresentou a proposta do Projeto do Ecomuseu na vila de Algodoal. A senhora Cristiane Nogueira esclareceu que ficou acordado um termo de Cooperação entre a SEMA e o MPEG. O Senhor Celso Oliveira, em conjunto com a comunidade aprovarão o projeto do Ecomuseu na Vila de Algodoal. A senhora Márcia, questionou sobre a situação dos ambulantes no feriado da semana santa. O senhor Raiol, declarou que será realizada a contratação de três funcionários para realizarem a fiscalização durante este período. A senhora Cristiane Nogueira, ressaltou que já foram realizadas cinco reuniões com o Prefeito de Maracanã, onde foram feitas diretrizes, delimitação dos espaços e nada resolveu, então, este é o momento em que a FORÇA TEREFA se faz presente na APA e aproveitarmos para organizar os ambulantes e realizar os cadastros, a SEMA se responsabiliza em mobilizar as outras instituições para a regularização dos ambulantes, caso a Prefeitura não consiga realizar esta mobilização. A senhora Alcione, fala a respeito das fiscalizações que irão ocorrer na ilha. O senhor Celso Oliveira, declarou que as fiscalizações só poderão ocorrer a partir do momento em que são realizadas as denúncias. O senhor Celso Oliveira, ressaltou que uma forma de reverter esta situação dos ambulantes é através de uma parceria da Prefeitura de Maracanã com a Prefeitura de Marapanim para realizarem um recadastramento, onde poderão futuramente providenciar a criação de uma lei ou até mesmo a de um selo para a identificação dos ambulantes. O Senhor Ivan (GAF), questionou a respeito da situação dos moradores de Mocooca que moram em áreas de mangues e restingas e reclamou das condições precárias do transporte cedido pela Prefeitura para transportar os moradores das outras comunidades para participarem da Audiência Pública na Vila de Algodoal. O Senhor Misael (AETA), falou sobre a reunião realizada entre a Prefeitura e os empreendedores de Algodoal e qualquer esclarecimento sobre a regularização é para procura o Senhor Beco, representante da Prefeitura na Vila. O Senhor Raiol, comentou que vai solicitar uma conferência contábil para regularizar a situação dos empreendedores. A senhora Cristiane Nogueira, falou sobre as ações realizadas na APA Algodoal-Maiandeua no ano de 2010 e ressalta a importância de fomentar e dá mais incentivo para os moradores da APA. O senhor Raiol, se comprometeu em organizar a redução dos ambulantes com relação ao ano de 2010. O Senhor Mello (Vereador), esclareceu que a Prefeitura tem um controle de quantos ambulantes entram na praia no período de alta temporada e que a solução seria reduzir essa quantidade pela metade. O Senhor Bergo, ressaltou que a quantidade de ambulantes que entram na ilha esta GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE DIRETORIA DE ÁREAS PROTEGIDAS COORDENADORIA DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO GERÊNCIA DA APA DE ALGODOAL – MAIANDEUA 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 diretamente relacionada à quantidade de turistas e questionou se SEMA está realizado algum estudo em relação à capacidade de uso para diminuir o fluxo de turistas na ilha. A Senhora Cristiane Nogueira, argumentou que para que isso se torne fato e necessário que haja parcerias para que seja realizado a normatização do termo de cooperação. Ressaltou também que não existe ainda um estudo de capacidade de carga e que vai ficar para 2012, já que, a prioridade será a regularização fundiária e a finalização do Plano de manejo. O senhor Paulo Teixeira, sugeriu que após a realização dos estudos sobre a capacidade de carga, se há a possibilidade de se implantar uma lei para a regularização dos ambulantes na ilha. O Senhor Luiz, ressaltou sobre a dificuldade encontrada pela população para encaminhar os ofícios para a Capitania dos Portos. O senhor Bergo, ressaltou que a organização dos barqueiros e dos carroceiros não oferece qualidade nos transportes. O senhor Crisomar Lobato, argumentou que está sendo realizada uma minuta para a regularização dos carroceiros. O senhor Júlio Meyer (Médico Veterinário), falou que a Associação dos carroceiros está sem representante na reunião, e percebeu a necessidade de regulamentar a profissão para o carroceiro, visando o bem-estar do animal, foi realizada a elaboração de uma minuta que foi apresentada na reunião do dia 06/04/2011, com os carroceiros e os mesmos entraram em comum acordo dando toda a assistência para o segmento. A minuta está em fase final de elaboração e será encaminhada nos próximos dias para a regulamentação dessa atividade. O Senhor Carlos Teixeira (ACA), citou que a partir das 18 horas não existe mais policiamento na praia da princesa, não existe a presença de bombeiros no lago da princesa e solicita a presença da segurança pública no local. Após, o término dos questionamentos o Senhor Celso Oliveira, realizou alguns encaminhamentos tais como: O ciclo de palestra que será realizado no dia seguinte na Sede do praiano para a comunidade local; e a reunião a respeito da situação dos ambulantes pelo horário da tarde. O Sr. Celso Oliveira encerrou a reunião às 14:00h, agradecendo a presença de todos. E nada mais havendo a tratar, eu, Tanice da Silva Aguiar lavrei a presente ata. Cristiane Silva Nogueira Presidente do Conselho Gestor da APA de Algodoal – Maiandeua Gerente da APA de Algodoal - Maiandeua