RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 1 ÍNDICE PÁG. 02 SOBRE ESTE RELATÓRIO PÁG. 03 MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PÁG. 05 APRESENTAÇÃO DA ALTRI PÁG. 09 A FLORESTA DA ALTRI PÁG. 16 AS FÁBRICAS DA ALTRI PÁG. 21 O PRODUTO DA ALTRI PÁG. 23 GOVERNAÇÃO E GESTÃO PÁG. 27 COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS PÁG. 28 PARTES INTERESSADAS PÁG. 35 RESPONSABILIDADE AMBIENTAL PÁG. 51 RESPONSABILIDADE SOCIAL PÁG. 54 GLOSSÁRIO PÁG. 2 SOBRE ESTE RELATÓRIO Este é o segundo Relatório de Sustentabilidade da Altri SGPS, S.A. A quem se dirige Este Relatório tem como alvo todas as partes interessadas, nomeadamente clientes, acionistas, fornecedores, colaboradores, entidades oficiais, agentes do poder local, organizações da comunidade civil, comunidade académica e outro público interessado. Âmbito Este Relatório descreve, de uma forma integrada, as atividades e os resultados relevantes da Altri em 2012 e 2013, associadas à produção de madeira, de pasta de papel branqueada e de energia elétrica para uso interno e externo. Próximo Relatório O próximo Relatório será publicado em 2016 e será relativo ao desempenho da Organização em 2014 e 2015. Contactos Para informações adicionais, comentários ou sugestões contactar: Sofia Reis Jorge +351 233 955 600 [email protected] RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 3 MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Nos últimos anos, a Altri investiu em Portugal aproximadamente 470 milhões de Euros, essencialmente, nas unidades industriais da Celbi e da Celtejo. A Altri é um produtor europeu de referência de pasta de celulose, sendo um dos mais eficientes produtores da Europa de pasta de eucalipto branqueada de mercado. A visão da Altri é ser uma das melhores empresas do mundo no setor e ser o fornecedor preferido dos clientes. Operar de forma sustentável é um requisito essencial para a sua concretização. A Altri gere cerca de 84 mil hectares de floresta em Portugal, integralmente certificada por dois dos mais reconhecidos esquemas de certificação a nível mundial. A prossecução da estratégia industrial da Altri assenta na gestão florestal integrada em Portugal, garantindo um aproveitamento integral de todos os seus componentes. As suas plantações de eucalipto são fontes de matéria-prima renovável, contribuindo para o crescimento económico e para o desenvolvimento das comunidades locais. A Altri detém três fábricas de pasta de papel em Portugal com uma capacidade instalada de produção de 970 mil toneladas/ano de pasta de papel branqueada de eucalipto em 2013. Operam com as melhores técnicas disponíveis e em linha com o estado da arte praticado no setor, acrescentando valor às comunidades onde se inserem e ao País em geral, contribuindo de forma relevante para Estão ainda em curso um conjunto de investimentos que visam aumentar a eficiência produtiva da Celbi e da Caima, cuja conclusão se prevê para entre o final de 2014 e o início de 2015. Assim, a Caima, após a conclusão do projeto de conversão para pastas de setor de especialidades, produzirá cerca de 105 mil toneladas de pasta solúvel. A Celbi passará a deter uma capacidade instalada de produção superior a 700 mil toneladas de pasta branqueada. Complementarmente, o eucalipto processado nas fábricas da Altri é utilizado para produzir pasta de papel e energia elétrica (cogeração), sendo que a casca e a restante biomassa florestal, são também aproveitados para a produção de energia elétrica. Recentemente, o setor atravessou grandes turbulências devido ao cenário macroeconómico mundial, que se refletiu na lenta recuperação dos preços da pasta e do papel e que levou a que a empresa estivesse focada essencialmente na manutenção da estabilidade operacional e na redução de custos. Apesar das perspetivas otimistas do Conselho de Administração, para se subir a um patamar ainda mais elevado, é necessário trabalhar com criatividade, criar parcerias e apostar no desenvolvimento e na inovação do próprio negócio, dos produtos, dos processos e nas competências dos recursos humanos. Requer igualmente, que se trabalhem os pilares em que assenta o desenvolvimento sustentável, por forma a satisfazer todas as partes interessadas. o produto interno bruto e, especialmente, para as exportações. Paulo Fernandes Presidente do Conselho de Administração da Altri PÁG. 4 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 5 APRESENTAÇÃO DA ALTRI A Altri A Altri foi constituída em março de 2005, sendo o resultado do processo de cisão da Cofina. A Empresa é um produtor europeu de referência de pasta de papel de eucalipto e está cotada na NYSE Euronext Lisboa, integrando o seu índice de referência, o PSI-20. Até junho de 2008, a Altri possuía uma outra atividade industrial, através da F. Ramada, que se dedicava ao retalho de aços e ao desenvolvimento de soluções industriais de sistemas de armazenagem. Em junho de 2008, efetivou-se a cisão da F. Ramada, que deixou de integrar a Altri. O racional estratégico desta operação prendeu-se com a focalização exclusiva da Altri no seu core business, a gestão florestal e a produção de pasta celulósica. Desde a sua génese, o Grupo tem adquirido diversas unidades operacionais (Celtejo em 2005 e Celbi em 2006), que permitiram à Altri reforçar a sua posição nos mercados onde opera pelo desenvolvimento de um conjunto de projetos de expansão da atividade. Nos últimos anos, a Altri investiu em Portugal aproximadamente 470 milhões de Euros, essencialmente, nas unidades industriais da Celbi e da Celtejo. A empresa detém atualmente 3 fábricas em Portugal – Celbi, Caima e Celtejo – com uma capacidade instalada de produção de 970 mil toneladas/ano de pasta de papel branqueada de eucalipto. APRESENTAÇÃO DA ALTRI Estão em curso um conjunto de pequenos investimentos que visam aumentar a capacidade produtiva da Celbi, cuja conclusão se prevê para entre o final de 2014 e o início de 2015. PÁG. 6 O investimento da Caima insere-se na estratégia de transformar a unidade num produtor de pasta solúvel. Assim, a Caima, após a conclusão do projeto de conversão para pastas de setor de especialidades, produzirá cerca de 105 mil toneladas. Por seu turno, a Celbi passará a deter uma capacidade instalada de produção superior a 700 mil toneladas de pasta branqueada de eucalipto. A Altri, em dezembro de 2013, geria cerca de 83 760 hectares de floresta em Portugal, integralmente certificada pelos dois sistemas internacionais, o Forest Stewardship Council® (FSC®-FSCC004615) e o Programme of Endorsement of Forest Certification (PEFCTM). A concretização da estratégia industrial da Altri assenta na gestão florestal integrada e sustentada, visando a otimização da utilização dos recursos florestais e garantindo um aproveitamento integral de todos os seus componentes. Assim, o eucalipto é processado nas fábricas da Altri, produzindo pasta celulósica, especialidades químicas de base florestal e energia elétrica em cogeração, sendo a casca, os ramos e os desperdícios florestais utilizados para produzir energia elétrica. Para uma melhor valorização dos recursos florestais, a Altri adquiriu em 2005 50% da EDP Produção-Bioelétrica para, em parceria com a Energias de Portugal, produzir energia elétrica a partir de biomassa florestal. Esta empresa é líder no seu segmento de mercado, com uma quota de licenças de produção de energia elétrica através de biomassa florestal de 50%. Atualmente, a estrutura orgânica funcional do Grupo Altri pode ser representada como segue: Pasta celulósica Pasta celulósica Pasta celulósica EDP Biolétrica Biomassa RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 7 Estratégia e Visão A Altri está a desenvolver um conjunto de projetos de reforço da eficiência operativa na Celbi, que passam por reduções de custos variáveis, nomeadamente em termos de consumos específicos de madeira, água, químicos e eletricidade. A empresa tem também em curso um projeto de conversão da unidade industrial Caima, que visa transformar esta fábrica num produtor de pastas especiais. A conclusão de ambos os projetos está prevista para o ano de 2015. A estratégia de desenvolvimento da Altri está claramente assente no reforço da eficiência operativa e, simultaneamente, na diversificação das fontes de receita para segmentos de maior valor acrescentado e que possibilitem uma evolução na cadeia de valor. Assim, para competir confortavelmente no mercado das commodities, e num contexto adverso de taxa de câmbio, a empresa tem que reduzir os custos de operação e por outro lado investir na produção de produtos de maior valor acrescentado que permitam o crescimento do Grupo, apesar do aumento da capacidade de produção de pasta de papel que têm ocorrido nos últimos anos e os que já se encontram anunciados para um futuro próximo em vários pontos do Mundo. Eficiência operativa Para além de planear o aumento da capacidade instalada, a Altri pretende ser o produtor mais eficiente na colocação da pasta de papel à porta dos seus clientes. Com esse objetivo, a Altri desenvolveu uma estratégia assente em três pilares: Redução do cash-cost por tonelada. Os projetos em curso não implicam aumento dos custos fixos, conduzindo a uma diluição do cash-cost por tonelada. Localização estratégica da base de clientes. A localização privilegiada dos clientes da Altri é a Europa Ocidental e Central, o que permite otimizar a relação entre a qualidade de serviço aos clientes e o custo de transporte mínimo. Auto suficiência de madeira. A Altri gere cerca de 83 760 hectares de floresta em Portugal, o que lhe assegura um nível potencial de autossuficiência de madeira na ordem dos 25%. Indicadores principais da atividade da Altri em 2013 APRESENTAÇÃO DA ALTRI O ano de 2013 foi, uma vez mais, um ano record em termos de produção e de vendas de pasta. Assim, durante o período em causa as três unidades industriais da Altri produziram cerca de 973 mil toneladas de pasta de papel. PÁG. 8 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 9 A Floresta da Altri florestal sustentável e representa uma garantia para a prossecução dos objetivos da empresa, hoje e no futuro. A FLORESTA DA ALTRI A floresta é um ativo estratégico da Altri. Embora sob diversas formas jurídicas, em finais de 2013, a Altri mantinha sob sua intervenção 83,760 hectares de terrenos florestais. Nestes, o eucalipto destacase como a principal cultura da floresta da Altri, ocupando mais de 66,800 hectares e garantindo um autoabastecimento em madeira e biomassa complementar ao abastecimento proveniente do mercado. A gestão praticada pela Altri Florestal encontra-se certificada pelos principais sistemas de certificação de gestão PÁG. 10 A principal ocupação da área gerida pela Altri Florestal é a floresta de eucalipto. Ocupação Eucalipto Área (ha) 66,830 Pinho 2,908 Sobro 3,446 Azinho 640 Carvalho 217 Choupo 145 Ripícolas 377 Outras formações florestais 423 Matos e herbáceas 5,835 Afloramentos rochosos 154 Formações agrícolas 132 Infraestruturas Os recursos florestais da Altri, embora se encontrem dispersos em todo o País, na sua grande maioria, estão concentrados no Vale do Tejo, conferindo-lhes uma importância acrescida face à sua proximidade aos centros fabris da Altri. 2,650 Esta proximidade tem uma grande importância estratégica pois permite uma otimização dos custos de transporte, assim como, uma grande eficácia na mobilização de madeira quando comparada com a produção de madeira localizada a maiores distâncias. O conceito de otimização é transversal a toda a atividade florestal. A Organização está centrada no abastecimento das unidades industriais e na competitividade da produção própria de madeira. Desta forma, a estratégia florestal da Altri, assenta na aplicação de um modelo silvícola de longo prazo, capaz de garantir um nível de rentabilidade adequado, assente na aplicação das melhores práticas florestais e segundo os padrões mais evoluídos de sustentabilidade. A empresa dispõe também de recursos próprios para o desenvolvimento, experimentação e produção de novas plantas e variedades mais produtivas para a renovação cíclica da sua floresta. A disponibilidade de plantas produzidas em viveiros próprios com uma elevada eficiência produtiva, permitem a substituição gradual de povoamentos com baixa produtividade por outros mais produtivos. CELBI RELATÓRIO PÁG. 11 11 RELATÓRIO DE DE SUSTENTABILIDADE SUSTENTABILIDADE 2012/13 2012/13 PÁG. Ainda nesta área, a empresa mantém uma ligação interessante com outros viveiristas e produtores florestais produzindo e disponibilizando sementes e plantas de eucalipto de qualidade reconhecida, contribuindo assim para a melhoria da produtividade da floresta nacional. No âmbito do seu sistema de gestão, a Altri também tem claramente identificado o seu compromisso com a conservação do ambiente e a promoção da biodiversidade. Para tal, no âmbito de uma estratégia para as áreas de conservação, a empresa levou a cabo um levantamento extensivo dos valores naturais e considerados de ‘alto valor de conservação’. A identificação destes valores e a sua avaliação permitiu, sempre que considerado necessário, o estabelecimento de projetos especiais de recuperação ou reconversão com vista a melhorar o equilíbrio dos ecossistemas e aumentar o seu valor enquanto espaço de conservação. A Altri Florestal orienta a sua atuação pelos princípios preconizados na sua Declaração da Política Florestal. A FLORESTA DA ALTRI As atividades desenvolvidas pela empresa são, na sua quase exclusividade, realizadas por empresas e colaboradores locais ou de base regional. Existe assim uma forte contribuição positiva para a geração de riqueza e desenvolvimento económico e social em regiões onde por vezes são escassas as oportunidades. PÁG. 12 Certificação Aspirando a elevados padrões de qualidade e de sustentabilidade, a Altri Florestal foi pioneira na adoção voluntária e cumpre em simultâneo os requisitos para a Gestão da Qualidade e para a Gestão Florestal Sustentável. Uma das consequências naturais da aposta na qualidade é a certificação da Altri Florestal pela ISO 9001, nomeadamente na produção de rolaria de eucalipto para a produção de pasta de papel. O Sistema de Gestão da Qualidade assenta na satisfação das necessidades dos seus clientes, na melhoria contínua dos seus produtos e serviços e na eficiência da sua Organização. Adicionalmente, a empresa tem em vigor um Sistema Integrado de Gestão Florestal em conformidade com os Princípios e Critérios para a Gestão Florestal Sustentável do Programme for the Endorsement of Forest Certification (PEFCTM) e de acordo com os 10 princípios e critérios do Forest Stweardship Council® (FSC®). Este sistema, abrange igualmente a cadeia de responsabilidade para a comercialização da madeira certificada de acordo com os referenciais normativos FSC® e PEFCTM. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 13 Biodiversidade A Altri considera que a produção florestal e a proteção da natureza são dois aspetos complementares da gestão florestal ativa, sendo esta uma das características mais determinantes da floresta como ocupação do território. Enquanto grande proprietário e grande transformador de madeira, a empresa considera que tem uma responsabilidade acrescida na boa gestão e na demonstração das boas práticas culturais. Desta forma, o reconhecimento dos valores naturais, a proteção da diversidade biológica, a manutenção da integridade dos ecossistemas e a repartição justa dos benefícios extraídos dessa utilização são valores preconizados pela Altri. Para a empresa, na sua qualidade de agente ativo na investigação e na gestão de florestas, a defesa da biodiversidade é também a sua própria defesa, pois a manutenção dos recursos, a sua utilização e reposição são elementos fundamentais para a sua própria salvaguarda. Ao abastecer as suas unidades fabris com matéria-prima proveniente de florestas plantadas e geridas especificamente para este fim, a Altri contribui para a racionalidade da gestão e exploração florestais e para a redução da pressão sobre florestas e outros ecossistemas naturais, essenciais para a manutenção da biodiversidade a empresa definiu um conjunto de critérios e procedimentos para minimizar estes impactos, nomeadamente: A FLORESTA DA ALTRI A Altri Florestal está também empenhada em apoiar ativamente os seus parceiros na adoção de sistemas de certificação da gestão florestal sustentável. Para tal junto de associações de proprietários florestais, de prestadores de serviço e fornecedores de madeira, divulga e promove a adoção de boas práticas, apoia a realização de auditorias e colabora na adoção dos sistemas documentais necessários. Para além do apoio técnico, constituição e funcionamento dos agrupamentos de produtores, a Altri premeia o fornecimento de madeira certificada às suas unidades fabris, através da atribuição de uma bonificação aos fornecedores de madeira certificada. Também no âmbito do seu Sistema de Gestão e de acordo com a política de partilha de experiências e do desenvolvimento dos seus prestadores de serviço, a Altri Florestal, teve uma atividade intensa na formação em higiene e segurança na frente de trabalho, sendo reconhecido o seu trabalho através de uma apresentação do seu exemplo como estudo de caso no último seminário internacional de segurança e higiene do trabalho organizado pela Ordem dos Engenheiros (Porto). PÁG. 14 Política de abastecimento de madeira: agindo em plena conformidade e de forma empenhada na divulgação dos princípios e normas de gestão florestal sustentada dos sistemas FSC® e PEFCTM, a empresa avalia criteriosamente as fontes de madeira, atenuando desta forma o risco de fornecimentos provenientes de fontes que violem as regras estabelecidas. Assim, no âmbito dos sistemas de rastreabilidade, são avaliados os riscos de fornecimento de madeira provenientes de florestas de alto valor de conservação, desflorestações, ou de madeira explorada de forma ilegal ou proveniente de regiões onde os direitos civis são violados. De acordo com o referencial existente no âmbito do sistema PEFCTM, a Altri realiza avaliações de risco a todas as origens de abastecimento, de forma a garantir o funcionamento adequado da sua atividade de abastecimento, de proteção dos recursos florestais e cumprimento das boas práticas comerciais. - Envolver de forma direta a comunidade e as autoridades locais; Áreas de conservação e biodiversidade: foram identificadas no património florestal da Altri áreas de alto valor de conservação e outras áreas com elevados valores de biodiversidade, tal como, áreas significativas com um elevado potencial para o restauro ecológico. A gestão adequada dessas áreas tem um contributo relevante para a conservação e melhoria dos valores naturais existentes, contribuindo deste modo para o objetivo europeu de travar a perda de biodiversidade até 2020. A atividade de gestão florestal corrente e este compromisso materializou-se na assinatura do protocolo Business and Biodiversity entre a Altri e o Instituto para a Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), no desenvolvimento de uma estratégia de comunicação e envolvimento com as Partes Interessadas e na revisão em curso da sua Estratégia para as áreas de Conservação em vigor desde 2008. Neste sentido, a Altri mantém e tem vindo a reforçar a sua atividade de forma a: - Promover o restauro e a conservação da biodiversidade; - Praticar um modelo de gestão assente em princípios de valor acrescentado; - Promover a consciencialização junto de todos os seus stakeholders, incluindo os seus colaboradores de modo a que todos possam aderir aos princípios da defesa da biodiversidade; - Promover campanhas de divulgação e sensibilização dos valores da biodiversidade; - Manter uma política de abastecimento que elimine ou evite a aquisição de madeiras a partir de fontes que violem as regras do FSC® e do PEFCTM, nomeadamente no que diz respeito à exploração ilegal de madeiras sem atentar ao valor da biodiversidade, ou proveniente de regiões onde os direitos civis são violados. A Altri colabora ativamente com um conjunto alargado de entidades nacionais ligadas à gestão e promoção da biodiversidade. Assim, permite uma troca de experiências entre a investigação e a gestão florestal que, tem levado à implementação nos projetos de arborização de medidas de gestão inovadoras para a proteção e restauro dos valores naturais e à sua divulgação junto de terceiros dos resultados da sua experiência. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 15 Proteção florestal A floresta é um conjunto biológico sobre o qual impendem várias ameaças, das quais os incêndios florestais são uma das principais ameaças abióticas e pragas e doenças enquanto ameaças bióticas. Para reduzir a dimensão desta ameaça resultante dos incêndios florestais, os principais proprietários florestais portugueses (Grupo PortucelSoporcel e Altri) estão unidos em torno da Afocelca, empresa comum que pretende minimizar os prejuízos resultantes dos incêndios florestais, através da criação de uma estrutura mais eficiente e dotada de maior flexibilidade na vigilância, alerta e apoio no combate aos incêndios florestais. Já no campo das pragas e doenças, a empresa tem em funcionamento um sistema de monitorização do estado dos povoamentos florestais e colabora com outras entidades, empresas, autoridades e instituições de investigação em medidas de prevenção e controlo da sanidade da floresta. Merece particular destaque, o trabalho desenvolvido no combate à praga Gonipterus platensis, cujas ações estão integradas num programa de luta nacional e que tem envolvido o desenvolvimento de métodos de luta biológica e ações de comunicação e formação de inúmeros proprietários florestais e suas organizações. A estratégia de combate aos incêndios florestais assenta em quatro critérios técnicos: 1. Tempos de chegada: com o objetivo de controlar os incêndios na etapa nascente, deve-se atuar de forma que as unidades cheguem ao foco do incêndio no menor tempo possível independentemente da dimensão da brigada e/ou meio de mobilização. 2. Ataque inicial em massa (golpe único): consiste em fazer atuar todos os meios necessários para assegurar o controlo e total extinção dos fogos no primeiro ataque e quando estes ainda se encontram no início. 4. Perigo potencial: no mesmo sentido são determinantes as probabilidades de propagação do incêndio, para a avaliação das quais se consideram, entre outros fatores, a topografia, o declive do terreno, o vento, os combustíveis e a vegetação em perigo. A FLORESTA DA ALTRI 3. Dano material: com o objetivo de dar prioridade às propriedades de maior valor e perante a simultaneidade dos factos dos fogos, é determinante o valor comercial das plantações, madeiras e outros bens ameaçados. PÁG. 16 AS FÁBRICAS DA ALTRI A Altri detém três fábricas de pasta branqueada de eucalipto e de pasta branqueada de pinho localizadas em Portugal, sendo a sua produção reconhecida pela sua qualidade e eficiência produtiva. Celbi Os primeiros acionistas da Celbi foram a Billerud, com 71% do total do capital social, a CUF que participou com 23% e um grupo de produtores florestais, que subscreveram 6%. A empresa viria a localizar-se junto à costa, na Leirosa, uma pequena aldeia piscatória, 15 km a sul da Figueira da Foz. A empresa arrancou em 1967, com a produção de pasta solúvel, destinada à fabricação de fibras têxteis, com 80 000 t como capacidade máxima. A decisão de produzir pasta solúvel viria a ser revista nos primeiros anos de produção, por se concluir que este tipo de pasta defrontava sérios problemas de mercado. A unidade fabril viria a ser ajustada para produzir pasta papeleira com uma capacidade que, naquela data, atingia as 120 000 t anuais. Em 1970, a empresa alterou a sua designação social, passando a designar-se por Celulose Beira Industrial (Celbi), SARL. Em 1975, as nacionalizações transferiram as ações da CUF e dos pequenos acionistas para o Estado Português, que assumiria a sua titularidade através do IPE – Investimentos e Participações Empresariais, SA. Entretanto, na Suécia, diversas operações de concentração da indústria florestal fizeram com que o capital da Celbi passasse a ser detido pelo grupo sueco STORA, integrado na área de negócios liderada pela STORA CELL AB. Em 1995, o Governo Português viria a alienar integralmente a sua participação na empresa, vendendo a sua parte à STORA CELL AB que, assim, passou a deter 100% do seu capital, com o valor atual de 77,5 milhões de euros. A Celbi passou, então, a designar-se por Stora Celbi Celulose Beira Industrial, SA. No final de 1998, após o processo de fusão do grupo sueco STORA com o grupo finlandês ENSO, de onde resultou o Grupo Stora Enso, a Celbi retomou a sua denominação anterior: Celulose Beira Industrial (Celbi), SA. Desde 2006 que é detida na sua totalidade pelo Grupo Altri. A Celbi é uma referência mundial na produção de pasta de eucalipto do tipo Bleached Eucalyptus Kraft Pulp (BEKP), sendo um dos produtores mais eficientes da Europa. A Celbi tem uma capacidade de produção anual de cerca de 745 000 t. Toda a sua produção é de mercado. Caima A Caima-Indústria de Celulose SA é uma empresa centenária que em 2013 comemorou125 anos de existência. Em 1888 foi fundada a empresa “The Timber Estate and Wood Pulp Company Ltd”, com o objetivo da produção de pasta para papel. Para tal foi adquirida, em 1889, a Quinta do Carvalhal a William Cruickshank, situada entre as freguesias das Fráguas e da Branca, no concelho de Albergaria a Velha, distrito de Aveiro. A fábrica da Caima foi uma das primeiras unidades industriais de fabrico de pasta fora da Suécia. A produção iniciou-se com o fabrico de pasta crua de pinho pelo processo ao sulfito. A produção cresceu gradualmente até 1928 quando, após sete anos de estudos e de experiências no domínio do cozimento do eucalipto pelo processo de sulfito, decidiu-se substituir o pinho pelo RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 17 eucalipto como matéria-prima, muito embora alguma pasta de pinho tenha sido produzida até 1945. Albergaria foi então a primeira unidade industrial no Mundo a produzir fibra de eucalipto. A produção em 1948 era de 6 000 t por ano. Em 1960 iniciou-se a construção da fábrica de Constância. Foi escolhida esta localização por se considerar o local privilegiado em termos de fornecimento de madeira e de água. A produção arrancou em 1962. Atualmente a Caima é uma das poucas fábricas na Europa que produz pasta de eucalipto branqueada através do processo de sulfito. Tem uma capacidade de 125 000 t de pasta branqueada de eucalipto do tipo Total Chlorine Free (TCF) e ainda de cerca de 40 000 t de lenhosulfonato de magnésio. Toda a sua produção é de mercado. Atendendo à especificidade do processo e à dimensão da unidade industrial, a Caima procura nichos de mercado dedicando-se à produção de pastas especiais para a produção de papel e para aplicação noutras indústrias, entre as quais, de base química e têxtil. Neste contexto está em curso um projeto de conversão desta unidade para a produção de pasta para especialidades. Celtejo Pertencente numa primeira fase a um grupo privado português, foi nacionalizada e integrada em 1976 na Portucel. Mais tarde, já em 1993, viria a converter-se em sociedade anónima, sob a designação de Portucel Tejo, SA, no âmbito de um processo de reestruturação que visava a sua futura reprivatização. Mais recentemente, em 2005, a Celtejo passou a incluir o universo do Grupo Altri. Durante o ano de 2008 foi implementada uma transformação do processo produtivo da Celtejo, com vista à produção de pasta branqueada, que permitiu aumentar a capacidade produtiva desta fábrica. Como resultado deste projeto, atualmente esta unidade produz pastas branqueadas de eucalipto (fibra curta) ou de pinho (fibra longa), pelo processo Kraft. A capacidade teórica de produção atual da Celtejo ascende a cerca de 210 000 t de pasta de eucalipto branqueada ou a 140 000 t de pasta branqueada de pinho. Em 2011 a empresa iniciou uma série de investimentos com vista a melhorar o impacte ambiental e a fiabilidade da produção e como tal a sua sustentabilidade. Destes salientam-se a ampliação da instalação de Evaporação e Stripping e a melhoria de fiabilidade da sua rede de distribuição de energia elétrica. A partir de 1968, a empresa instalou-se num novo parque industrial, com uma área de cerca de 80 hectares, e arrancou em 1971 com a produção de pasta kraft crua de pinho. AS FÁBRICAS DA ALTRI Inicialmente com o nome de Companhia de Celulose do Tejo, SARL, a Celtejo foi fundada, há cerca de 45 anos, em Vila Velha de Ródão, distrito de Castelo Branco. PÁG. 18 DA MADEIRA À PASTA Madeira As fábricas da Altri produzem pasta de papel usando madeira de eucalipto e no caso da Celtejo também madeira de pinho. A madeira chega às fábricas sob a forma de rolaria com casca, rolaria sem casca ou em aparas. A madeira sem casca é descascada e junto com a madeira sem casca é destroçada em aparas que são armazenadas em pilhas. No caso da Celbi e da Celtejo, após um processo de crivagem, as aparas são alimentadas em conjunto com licor branco (químicos para cozimento compostos essencialmente por soda cáustica e sulfureto de sódio) a um digestor contínuo. Os químicos dissolvem a lenhina, a substância responsável pela agregação das fibras, com libertação destas, resultando a chamada pasta crua. A base de qualquer processo químico de produção de pasta é a separação da lenhina da celulose. Para a Celbi e Celtejo usa-se o processo kraft alcalino, no caso da Caima o processo usado é o sulfito de base magnésio. Neste caso o agente que promove a separação da lenhina e celulose é o bissulfito de magnésio, o qual dissolve a lenhina separando esta das fibras de celulose. No caso da Caima a estilha de madeira é alimentada a um conjunto de digestores descontínuos, os quais após descarga no tanque de descarga de pasta alimentam o processo que passa a ser contínuo. A pasta crua resultante do cozimento é lavada, para remover produtos residuais, orgânicos e inorgânicos, resultantes Descasque Destroçamento Cozimento da Madeira do processo de cozimento e submetida a operações de crivagem, para remoção de partículas incozidas e outras impurezas. Na Celbi e na Celtejo depois destas operações, a pasta crua é submetida a uma deslinhificação adicional com oxigénio, do qual resulta uma pasta semi-branqueada, de tonalidade amarela que é enviada para a instalação de branqueamento. Na Caima a pasta é alimentada de imediato ao branqueamento. À entrada da instalação de branqueamento, a pasta contém ainda compostos residuais, resultantes da decomposição da lenhina, que são gradualmente removidos na sua quase totalidade através de reações químicas, com agentes branqueadores como o oxigénio, o ozono (no caso da Celtejo), o peróxido de hidrogénio e o dióxido de cloro. No final desta fase, a pasta apresenta-se sob a forma de uma suspensão espessa, de cor branca. Na Caima, a pasta contendo celulose e alguma lenhina residual é branqueada recorrendo unicamente a agentes isentos de cloro – oxigénio, peróxido de hidrogénio e hidróxido de sódio. A suspensão de pasta branqueada é submetida a uma crivagem e depuração finais, sendo depois lançada sobre um sistema de tela dupla em movimento para formação da folha, onde lhe é retirada grande parte da água, primeiro por prensagem e posteriormente por ação de vácuo. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 19 Lavagem da pasta Branqueamento da pasta Secagem da pasta Fardos de pasta Recuperação de químicos e produção de energia No armazém da pasta, os fardos são agrupados com arames em unidades de 8 fardos. São depois empilhados e posteriormente carregados para camiões que os transportam para o Porto Comercial ou diretamente para o cliente. No caso da Celbi e da Celtejo que utilizam o processo kraft, o licor negro descarregado do digestor, resultante do cozimento das aparas de madeira e sob a forma diluída, é concentrado até se obter um espesso biocombustível, o licor negro concentrado, que é queimado na caldeira de recuperação. Os produtos químicos inorgânicos do licor negro formam uma substância que depois de dissolvida em água dá origem ao licor verde, constituído por uma grande fração de carbonato de sódio e por sulfureto de sódio. Ao licor verde é adicionada cal viva, no chamado processo de caustificação, dando origem ao licor branco (hidróxido de sódio e sulfureto de sódio) e a carbonato de cálcio. Este, em suspensão, é retirado e seco, sendo depois novamente transformado em cal viva no forno da cal. Fechando um ciclo, o licor branco regenerado na caustificação vai ser de novo utilizado no processo de cozimento. No caso da Caima que utiliza o processo sulfito, o licor negro que resulta da lavagem é concentrado numa instalação de evaporação e uma parte é utilizada para a produção de lenhosulfonato e a quantidade remanescente é queimada na caldeira de recuperação produzindo vapor e energia elétrica. Os produtos químicos inorgânicos resultantes da queima do licor são recuperados para a produção do agente de cozimento (bissulfito de magnésio), o magnésio é recuperado num eletrofiltro e o enxofre é recuperado num lavador de gases com 5 estágios. Abastecimento de água Dependendo da fábrica, a água bruta tem duas proveniências distintas: água subterrânea de poços e água superficial do Rio Mondego ou do Rio Tejo. O tratamento consiste essencialmente numa floculação seguida de sedimentação e filtração em filtros de areia. Abastecimento de energia A energia utilizada no processo de fabrico de pasta resulta da queima do licor negro concentrado na caldeira de recuperação. O vapor de alta pressão produzido na caldeira é expandido numa turbina, sendo posteriormente utilizado no processo a média pressão ou a baixa pressão. A energia libertada através da expansão de vapor na turbina é convertida em energia elétrica, a qual, em termos médios e em regime normal de operação, satisfaz as necessidades da fábrica. O sistema interno de distribuição de energia elétrica em média tensão da fábrica está interligado em paralelo de forma permanente com a rede elétrica nacional, DA MADEIRA À PASTA A seguir é prensada e seca através de um sistema compacto de secagem com ar quente ou com vapor. Após a secagem, a folha final é cortada em folhas mais pequenas que são empilhadas em fardos que seguem para o armazém da pasta. PÁG. 20 permitindo trocas de energia (compra e venda) com a mesma. A central termoelétrica da Celbi, que integra a caldeira de recuperação e o turbogerador, está licenciada com o estatuto de co-gerador e utiliza fundamentalmente biomassa como combustível. Na Celtejo, o vapor turbinado satisfaz em termos médios as necessidades do processo. Dado que a empresa não possui caldeira de biomassa própria que permita fazer co-geração a partir desta fonte de energia primária, torna-se assim necessário recorrer à instalação de co-geração a gás natural, instalada em 2013, no sentido de aumentar a autonomia da fábrica em energia (vapor e eletricidade). A central termoelétrica da Caima integra uma caldeira de recuperação, uma caldeira de biomassa e duas turbinas, utiliza portanto, fundamentalmente, biomassa para a produção de energia. A produção de energia é excedentária relativamente às necessidades de toda a instalação sendo injetada na rede o excedente de energia elétrica contribuindo para a redução de emissão de CO2 fóssil da rede elétrica nacional. Tratamento de águas residuais No que diz respeito às águas residuais, todos os efluentes líquidos das unidades industriais da Altri, são submetidos a processos de tratamento primário para remoção de sólidos suspensos, sendo posteriormente tratados em unidades de tratamento biológico, nos quais a matéria orgânica é decomposta por ação de microorganismos. As lamas resultantes destes processos são posteriormente valorizadas energeticamente ou em operações de compostagem. Tratamento de emissões gasosas Nas fábricas, os gases resultantes da queima de licor negro na caldeira de recuperação, são depurados em precipitadores eletrostáticos para remoção de partículas e do enxofre antes de serem lançados na chaminé. As emissões gasosas (partículas, SO2, TRS, CO e NOx) são medidas em contínuo por instrumentos em linha. Os gases resultantes do forno da cal passam por precipitadores electrostáticos para remoção de partículas antes de serem lançados na chaminé. As emissões gasosas (partículas, CO, NOx, SO2 e TRS) são medidas em contínuo por instrumentos em linha. Os condensados que resultam da evaporação do licor negro passam por um processo de purificação num “stripper”, do qual resulta metanol e gases não condensáveis, que são posteriormente valorizados energeticamente. Gestão de resíduos e biomassa Parte dos resíduos industriais não perigosos de origem processual são depositados nos aterros controlados de resíduos. Os resíduos orgânicos resultantes da preparação de madeiras, em conjunto com as lamas provenientes dos tratamentos de efluentes, são enviados para compostagem. Os resíduos resultantes das atividades não processuais (papel, plástico, vidro, óleos usados, resíduos contaminados com óleos, resíduos metálicos, etc) são recolhidos através de uma extensa rede de contentores de recolha seletiva e encaminhados para operadores externos de gestão de resíduos devidamente licenciados para o efeito, visando o seu tratamento, eliminação ou valorização. A casca e a biomassa residual resultantes do descasque da madeira para o processo, são enviados para valorização energética. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 21 O PRODUTO DA ALTRI A Celbi e a Celtejo produzem pasta de papel de eucalipto, pelo processo ao sulfato, branqueada sem utilização de cloro elementar (pasta ECF, elemental chlorine free). de cerca de 7% face ao ano anterior. A Europa Ocidental é o principal mercado de destino das vendas da empresa, representando 80% das vendas, ou seja, cerca de 735 mil toneladas. A Celtejo produz também pasta de eucalipto branqueada TCF (totally chlorine free), através de uma sequência de branqueamento utilizando ozono “e sem utilização de aditivos difíceis de depurar como o EDTA”. Outros Ásia Portugal As propriedades da fibra desta espécie conferem à pasta produzida características especiais que a tornam especialmente adequada para a produção de determinados tipos de papel e cartão. 1% 8% 6% Estas características recomendam a sua utilização para a produção de papéis finos para impressão, papéis para laminados decorativos e papéis ou cartões destinados a servirem de suporte a impressões de elevada qualidade. Europa 85% A Caima produz pasta celulósica de eucalipto, pelo processo ao sulfito, com branqueamento sem utilização de cloro nem seus derivados (pasta TCF Totally Chlorine Free). Estas características específicas conferem à pasta celulósica propriedades especiais e tornam-na particularmente adequada para certas aplicações papeleiras, nomeadamente em segmentos altos de papéis do tipo tissue bem como em papéis de impressão e escrita, com especial incidência em papéis com marcas de água e papéis de cor, bem como propriedades que a tornam apta para aplicações especiais noutras indústrias doutros setores como por exemplo de base química e têxtil. Em termos de utilização da pasta, os produtores de papel de tissue são os maiores clientes da Altri, com uma quota de 46% (40% no ano anterior). Solúvel 10% Outros 4% Especialidades 13% O Mercado As vendas de pasta de papel ascenderam em 2013 a cerca de 473 milhões de Euros, correspondendo a cerca de 83% das receitas totais da Altri. Embalagem Tissue 3% 46% Impressão e escrita Em 2013 a Altri exportou aproximadamente 907 000 toneladas de pasta o que correspondeu a um crescimento 24% O PRODUTO DA ALTRI A Caima produz ainda lenhosulfonatos os quais têm como principal aplicação a indústria da construção. PÁG. 22 A distribuição Depois de em 2012 termos assistido a uma profunda alteração na geografia das vendas do Caima, em 2013 consolidamos a nossa cadeia de transporte para o mercado asiático da Caima e fluxos de transportes europeus da Celtejo. A distância média percorrida para servir os nossos clientes baixou ligeiramente para os 2090 kms. Essa distância foi vencida sobretudo através da utilização de transporte marítimo, cujo peso se manteve praticamente inalterado face a 2013 representando 94% das toneladas/km movimentadas (83% em 2010). Em termos modais há ainda um ligeiro acréscimo na utilização do transporte rodoviário que se cifrou em cerca de 5% de utilização (10% em 2010). O transporte ferroviário resume-se agora ao fluxo intensivo Rodão – Porto da Figueira da Foz já que os restantes fluxos, nomeadamente para a Catalunha, estiveram suspensos pelos operadores ferroviários sendo provável que se reativem a partir de 2015. Com este desenho mantivemos praticamente inalteradas as externalidades provocadas pelo nosso mix de transportes. A consolidação do transporte marítimo potenciou ainda o crescimento do porto da Figueira da Foz que se cifrou em 21% (2,13 milhões de toneladas). A Altri manteve-se como o maior utilizador do porto crescendo para uma quota de 43% do total da carga movimentada. Responsabilidade pelo produto As pastas de papel produzidas estão aprovadas pelo Nordic Ecolabelling of Paper Products (Celbi e Celtejo) e pelo European Ecolabel (Celbi), para poderem ser utilizadas em produtos que pretendam utilizar este rótulo ambiental. Estes são ambos programas de rotulagem ambiental baseados na análise do ciclo de vida do produto. No âmbito do Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho, certificado em conformidade com a Norma OHSAS 18001, foi feita a identificação dos perigos e a avaliação dos riscos para todas as etapas do processo de produção de pasta. Para as operações que envolvem riscos, foram estabelecidos procedimentos para diminuir ou mesmo mitigar o seu efeito. Não foram identificadas não conformidades com regulamentos e códigos voluntários, relacionados com os impactes causados por produtos e serviços na saúde e segurança ao longo do ciclo de vida do produto. Não foram também levantados processos judiciais, nem multas ou sanções por não cumprimento de leis ou regulamentos relativos à utilização do produto. As fábricas da Altri têm também os seus processos de cadeia de responsabilidade certificados por dois dos mais reconhecidos sistemas de certificação de produtos florestais, nomeadamente pelo “Forest Stewardship Council®” (FSC®) e pelo “Programme for the Endorsement of Forest Certification” (PEFCTM). RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 23 GOVERNAÇÃO E GESTÃO Conselho de Administração (Final 2013) Paulo Jorge dos Santos Fernandes – Presidente João Manuel Matos Borges de Oliveira – Vogal Domingos José Vieira de Matos – Vogal Laurentina da Silva Martins – Vogal (Membro não Executivo) Pedro Macedo Pinto de Mendonça – Vogal (Membro não Executivo) Para além deste, a Empresa é composta por mais três órgãos sociais: - Assembleia Geral, composta por todos os acionistas com direito de voto, a quem compete deliberar sobre alterações estatutárias, proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da Sociedade, deliberar sobre o relatório de gestão e contas do exercício, proceder à eleição dos corpos sociais de sua competência e, de uma forma geral, deliberar sobre todos os termos que lhe forem submetidos pelo Conselho de Administração. - Conselho Fiscal, designado pela Assembleia Geral, é composto por 3 membros e 1 substituto, competindo-lhe a fiscalização da sociedade, bem como a designação de um Revisor Oficial de Contas ou Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. - Revisor Oficial de Contas (ou Sociedade de Revisores Oficiais de Contas), a quem compete proceder ao exame das contas da sociedade. O modelo de governação do Grupo Altri está disponível no Relatório do Conselho de Administração em www.altri.pt . O modelo de gestão praticado na Altri, assegura a integração da responsabilidade ambiental e da responsabilidade social nas atividades diárias. São várias as ferramentas utilizadas para o fazer, nomeadamente: t$ØEJHPEF$POEVUB t1PMÓUJDBTEBTFNQSFTBTEB"MUSJ t4JTUFNBTEF(FTUÍP t0CKFUJWPTEFTVTUFOUBCJMJEBEFEBTFNQSFTBTEB"MUSJ t(FTUÍPEBDBEFJBEFGPSOFDFEPSFT t3FMBUØSJPEF4VTUFOUBCJMJEBEF Código de Conduta O Código de Conduta estabelece o conjunto de princípios e de valores em matéria de ética profissional que deve ser reconhecido e adotado por todos os trabalhadores do Grupo Altri, incluindo os órgãos de gestão. GOVERNAÇÃO E GESTÃO A Administração da Altri é confiada a um Conselho de Administração composto por 5 membros, eleitos pela Assembleia Geral, pelo período de três anos, conforme definido no Regulamento do Conselho de Administração da Altri, SGPS, S.A. Compete a este órgão social praticar todos os atos de gestão na concretização de operações inerentes ao seu objeto social, tendo por fim o interesse da Sociedade, acionistas e trabalhadores. PÁG. 24 O Código de Conduta constitui ainda uma referência para o público, no que respeita aos padrões de conduta da Altri no seu relacionamento com terceiros, por forma a incentivar a criação de um clima de confiança entre a empresa e todas as partes interessadas. Políticas As Políticas das empresas da Altri definem a sua estratégia nas vertentes económica, social, ambiental, saúde e segurança no trabalho e qualidade do produto. São suportadas também pela Política de abastecimento de madeira do Grupo Altri, na qual se definem as orientações a seguir no processo de aquisição desta matéria-prima para as unidades fabris do Grupo. Sistemas de Gestão As Políticas são colocadas em prática através das ferramentas fornecidas pelos Sistemas de Gestão. Os Sistemas de Gestão são utilizados para estabelecer objetivos e metas, atribuir responsabilidades e fazer o seguimento do desempenho das empresas do universo do Grupo Altri no que diz respeito aos seus impactes ambientais, sociais, saúde e segurança no trabalho e qualidade do seu produto. Historial dos Sistemas de Gestão Caima Celbi Celtejo Altriflorestal 1995 1995 1996 1998 2003 1999 2008 --- 2009 2001 --- --- 2006 2005 2010 --- 2009 2005 2008 2010 2006 2005 2008 2011 2005 1996 1989 Gestão Florestal - FSC® n.a. n.a. n.a. 2005 Gestão Florestal - PEFCTM n.a. n.a. n.a. 2005 - 2012 2012 - - - 2013 - Sistema de Gestão da Qualidade - ISO 9001 Sistema de Gestão Ambiental - ISO 14001 Sistema de Gestão Ambiental - Registo EMAS SIstema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho - OHSAS 18001 Cadeia de responsabilidade de produtos florestais PEFCTM Cadeia de Responsabilidade, FSC® Acreditação do Laboratório NP EN/IEC ISO 17025 Sistema de Gestão de Energia - ISO 50001 Sistema de Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI) Gestão da cadeia de fornecedores Todos os fornecedores de madeira, produtos químicos e serviços, são sujeitos a um processo de qualificação e avaliação. Deste processo fazem parte requisitos de desempenho de qualidade, ambiente e segurança. A bolsa de fornecedores qualificados tem vindo a crescer significativamente nos últimos anos. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 25 Objetivos de sustentabilidade Anualmente são definidos pela gestão de topo, os objetivos de sustentabilidade para as empresas do Grupo Altri. Estes objetivos são continuamente seguidos e são revistos sempre que necessário. Permitem gerir de forma eficiente o desempenho de sustentabilidade das unidades da Altri. Relatório de Sustentabilidade O Relatório de Sustentabilidade é uma ferramenta importante para gerir questões relacionadas com a responsabilidade ambiental e a responsabilidade social. É uma ferramenta de comunicação muito importante para a Altri. Identificação e gestão dos fatores de risco A gestão de risco é um pilar da governação da Altri, estando presente em todos os processos de gestão, sendo uma responsabilidade de todos os colaboradores do Grupo, nos diferentes níveis da organização. A gestão de risco é desenvolvida tendo como objetivo a criação de valor, através da gestão e controlo das oportunidades e ameaças que podem afetar os objetivos de negócio e as empresas do Grupo, numa perspetiva de continuidade das suas atividades. A gestão de riscos é assegurada pelas diversas empresas da Altri com base numa identificação e prioritização prévia de riscos críticos, desenvolvendo estratégias de gestão de risco, com vista a pôr em prática os procedimentos de controlo considerados adequados à redução do risco para um nível aceitável. Os principais fatores de risco identificados pela Altri são os seguintes: Este relatório dá ênfase à gestão dos riscos ambientais, sociais, aos associados à gestão florestal a ao abastecimento de madeira sendo os outros mencionados no “Relatório do Conselho de Administração da Altri” (disponível em www. altri.pt). GOVERNAÇÃO E GESTÃO t3JTDPEF$SÏEJUP t3JTDPEF.FSDBEP t3JTDPEF5BYBEF+VSP t3JTDPEF5BYBEF$ÉNCJP t3JTDPEFWBSJBCJMJEBEFOPTQSFÎPTEFcommodities com impacto no preço da pasta de papel; t3JTDPEF-JRVJEF[ t3JTDPEF3FHVMBÎÍP t3JTDP'MPSFTUBM t3JTDPTBNCJFOUBJT t3JTDPTTPDJBJT t3JTDPTBTTPDJBEPTBPBCBTUFDJNFOUPEFNBEFJSB PÁG. 26 Princípio da Precaução Para que o ambiente seja protegido, serão aplicadas pelos Estados, de acordo com as suas capacidades, medidas preventivas. Onde existam ameaças de riscos sérios ou irreversíveis não será utilizada a falta de certeza científica total como razão para o adiamento de medidas eficazes em termos de custo para evitar a degradação ambiental. O princípio da precaução está presente em todas as atividades das empresas do Grupo Altri. Mediante uma adequada identificação, avaliação e planeamento de todos os aspetos de gestão, é possível prevenir eficazmente os riscos, acidentes e impactes que afetem pessoas, bens e o meio ambiente. O princípio da precaução para as atividades de qualidade, ambiente e segurança é assegurado pelos requisitos das normas que regem os respetivos sistemas de gestão. Os aspetos ambientais e de saúde e segurança estão devidamente identificados e, para cada um deles, estão definidas as medidas de prevenção, mitigação e controlo. A aplicação do princípio da precaução é evidente nos capítulos relativos à responsabilidade ambiental e à responsabilidade social. Principais afiliações e participações em outras organizações t .FNCSP EP World Business Council for Sustainable Development (WBCSD). Participa no grupo de trabalho “Forest Solution”, subscrevendo neste âmbito as suas regras e princípios. t .FNCSP EP $POTFMIP &NQSFTBSJBM QBSB P %FTFOWPMWJmento Sustentável (BCSD Portugal) t .FNCSP GVOEBEPS EB "TTPDJBÎÍP QBSB B $PNQFUJUJWJdade da Indústria da Fileira Florestal (AIFF) t .FNCSP EB "TTPDJBÎÍP &NQSFTBSJBM QBSB B *OPWBÎÍP (COTEC Portugal) t.FNCSPEB"TTPDJBÎÍPEF*OEÞTUSJB1BQFMFJSB$&-1" t.FNCSPEB5FDOJDFMQBQBSUJDJQBÎÍPFNØSHÍPTEJSJHFOtes t.FNCSPEP'4$® Portugal t$POGFEFSBÎÍP&VSPQFJBEBT*OEÞTUSJBTEF1BQFM$&1* participação em grupos de trabalho t1BSUJDJQBÎÍPOP*OJDJBUJWBBusiness and Biodiversity t.FNCSPEB*OJDJBUJWBBusiness & Biodiversity t .FNCSP EB "'0$&-$" BHSVQBNFOUP EF FNQSFTBT para vigilância e combate a fogos florestais) t .FNCSP EB *6'30 o International Union of Forest Research Organizations t.FNCSPEP*&'$*OTUJUVUP&VSPQFVEB'MPSFTUB$VMUJWBEB t.FNCSPEP$FOUSP1JOVT t.FNCSPEB"/&'"WJB7JWFJSPTEP'VSBEPVSP t .FNCSP EP /ÞDMFP &NQSFTBSJBM EF 4BOUBSÏN /&3SANT), participação em órgãos dirigentes t .FNCSP EP /ÞDMFP &NQSFTBSJBM EF $BTUFMP #SBODP (NERCAB), participação em órgãos dirigentes. Princípios subscritos pela Altri A Altri subscreve, através do seu Código de Conduta, a Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas. Através da sua Política de Abastecimento de Madeira, a Altri compromete-se com o código de conduta para a indústria do papel da CEPI, relativo ao corte legal de madeiras. COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS O Princípio da precaução é o princípio 15 da Declaração do Rio que consta do relatório da Conferência da Nações Unidas sobre ambiente e desenvolvimento, realizada em 1992 no Rio de Janeiro. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 27 COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS PÁG. 28 PARTES INTERESSADAS PARTES INTERESSADAS Acionistas Clientes PARTES INTERESSADAS CANAIS DE COMUNICAÇÃO Acionistas Reuniões periódicas do Conselho de Administração. Relatório de Contas (anual). Relatório de Sustentabilidade (anual). Informações relevantes à Comissão do Mercado e Valores Imobiliários (CMVM). Informação no site da Altri. Existe um responsável por comunicação com os acionistas da Altri. Clientes Visitas a clientes. Auditorias de clientes. Inquéritos dos clientes. Inquéritos de avaliação da perceção externa aos clientes. Relatório de Sustentabilidade (anual). Participação na International Pulp Week. Participação na London Pulp Week. Fornecedores Qualificação e avaliação de fornecedores de serviços e de matérias-primas. Ações de formação a prestadores de serviço, contemplando matérias ambientais e de segurança. Ações da Altri Florestal são realizadas nas frentes de trabalho. Dinamização, ao nível da CELPA, do projeto “Cartão de Segurança da Indústria de pasta e papel”, destinado a trabalhadores de empresas externas que prestam serviço nas fábricas de pasta e papel. Sessões de informação sobre ambiente e segurança, destinadas a responsáveis de empresas de prestação de serviços. Participação dos técnicos de segurança de empresas externas nas ações organizadas pela empresa. Relatório de Sustentabilidade. Visitas regulares para informação sobre o negócio. Auditorias a fornecedores. Comunidade Doações financeiras, e em espécie, às várias instituições. Colaboração no apoio a instituições de Solidariedade Social. Organização conjunta com corporações de bombeiros em diversos simulacros de atuação. Cedência dos campos de treinos para corporações de bombeiros. Apoio a diversas iniciativas das Escolas. Relatório de Sustentabilidade. Blog da Altri Florestal. Visitas de Associações de Produtores Florestais e de proprietários às áreas florestais, a atividades de I&D e aos viveiros florestais. Autorização de utilização de áreas sob gestão florestal para a realização de eventos desportivos. Utilização de áreas florestais sob sua gestão para atividades cinegéticas, pastorícia e apícolas. Promoção de certificação de gestão florestal junto de outros produtores e suas associações. Entidades oficiais Envio regular de estatísticas e relatórios de diversa natureza (fiscal, laboral, ambiental, saúde e segurança no trabalho, formação profissional, etc). Inspeções e auditorias oficiais Relatório de Sustentabilidade. Comunidade académica Protocolos de colaboração com Universidades. Concessão de estágios curriculares e pós-curriculares em colaboração com os Centros de Formação, Escolas e Universidades. Estágios Profissionais em colaboração com o Instituto de Emprego e Formação Profissional. Autorização de acesso e utilização de instalações em mestrados e doutoramentos. Visitas às fábricas e às atividades florestais. Relatório de Sustentabilidade. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 29 Reuniões diárias e mensais com apresentação dos principais indicadores de desempenho. Intranet. Fibra Nova (revista interna de publicação quadrimestral). Floresta Altri (revista interna sobre temas da floresta). Sistema de Gestão de Desempenho. Ações de formação. Acordo Empresa. Reuniões com Comissões Sindicais. Comissão de Ambiente, Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho. Relatório de Sustentabilidade. Programas de Participação. Documentação e informação do Sistema de Gestão. Visitas periódicas ao campo para acompanhar e discutir soluções florestais e partilha de experiências. PARTES INTERESSADAS Colaboradores PÁG. 30 Impactes nas partes interessadas A atividade da Altri tem impacte nas várias partes interessadas, essencialmente locais e nacionais. Clientes As receitas totais da Altri em 2013 representaram cerca de 573 M¤. A distribuição da pasta da Altri por mercados e utilizações encontra-se no capítulo “Produto” Fornecedores A Altri representa uma fonte de rendimento credível para muitos fornecedores de matérias-primas e prestadores de serviços. Em 2013 os custos com fornecimentos e serviços externos ascenderam a 151 M¤, valor superior em 7 M¤ ao registado em 2012. Em 2013, as compras de matérias-primas, subsidiárias e materiais de consumo, atingiram 240 M¤, mais 31 M ¤ do que em 2012. Em virtude do estatuto de cogerador das suas fábricas, a Altri registou como receitas o valor de 52 M¤, provenientes da venda de energia verde à Rede Elétrica Nacional, O acréscimo de produção registado em 2011, teve um efeito multiplicador na atividade de todos os parceiros que se relacionam com a Celbi quer se situem a montante ou a jusante do ciclo de vida do produto. O acréscimo de 4,5 % no volume de vendas relativamente a 2012, implicou a necessidade de recurso a um maior número de meios logísticos, nomeadamente a comboios e camiões. Consequentemente, os transportadores, os operadores portuários e todos os outros agentes envolvidos no transporte rodoviário e marítimo tiveram um aumento na procura diretamente proporcional ao incremento das vendas. Colaboradores Os Custos com o pessoal da Altri totalizaram 27 M¤. Os fundos de pensões do Grupo Altri, registavam em 31 de dezembro de 2013 ativos no valor de 23,2 milhões euros para responsabilidades por serviços passados de 23,1 milhões de euros. O Grupo privilegia a remuneração variável, tendo concedido nos últimos anos um bónus em função dos resultados obtidos, por comparação com objetivos definidos anualmente. Celbi e Celtejo - Apoiam iniciativas Apoiam as iniciativas organizadas pelos seus Clubes de trabalhadores, que visem proporcionar a satisfação do seu bem-estar e a prática do desporto ou atividades de lazer. Celbi e Celtejo - Festa de Natal A Celbi e a Celtejo têm organizado todos os anos Festas de Natal para os seus trabalhadores e familiares. No ano de 2013, esta festa na Celbi juntou perto de 400 pessoas. São seguramente dias com muita animação e convívio entre todos os participantes com a sempre muito esperada distribuição das prendas de Natal aos mais pequenos. Celbi - Colónia de Férias A Colónia de Férias, tem lugar durante o mês de agosto de cada ano e é destinada aos filhos dos trabalhadores da Celbi com idades compreendidas entre os 7 e os 12 anos. No passado esta atividade ocorria nas quintas da própria empresa mas desde 1998 a iniciativa decorre nas instalações do Campo Aventura, em Óbidos, perto da Quinta do Furadouro. Com a escolha deste espaço, que tem instalações ímpares a nível nacional e que recebe mais de 50.000 crianças por ano, a Celbi procura proporcionar umas férias diferentes aos filhos dos seus trabalhadores. Acionistas A Altri é uma empresa aberta, cotada na Euronext Lisbon. A Altri não foi notificada de quaisquer participações acima de 20% dos direitos de voto. - acionistas com uma participação superior a 15 % do capital RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 31 CADERNO AZUL – SGPS, S.A 14,14% Paulo Jorge dos Santos Fernandes 11,72% Domingos José Vieira de Matos 11,02% Acionistas com uma participação superior a 5% dos direitos de voto: Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira 5,33%. Bestinver Gestión S.A., SGIIC 5,01%. Em 2013 foram propostos dividendos no montante de 8.615.530 ¤ correspondendo a 0.04¤ por acção. A dívida líquida remunerada a 31 de dezembro de 2013 era de 563 M¤, registando uma diminuição de 57 M¤, relativamente a igual período do ano transato. Entidades oficiais Os impostos são uma das fontes mais importantes de financiamento do Estado. O imposto sobre o rendimento estimado pela Altri foi de 8,7 M¤. Comunidade A Altri reconhece a sua responsabilidade de envolvimento com a Comunidade e, nesse âmbito, desenvolve e apoia um conjunto de iniciativas e atividades, das mais diversas instituições, que são essenciais no seu compromisso em criar relacionamentos duradouros e relevantes com as comunidades locais. Através de donativos e apoio logístico, o Grupo procura identificar projetos e atividades com mérito e com impacto significativo na sociedade e na qualidade de vida das populações. As empresas do Grupo desenvolvem ainda outras ações de proximidade com as comunidades vizinhas. Caima - Apoio à comunidade Os efluentes domésticos do Município de Constância são tratados da Estação de tratamento de efluentes da Caima, assumindo os custos de tratamento e a taxa de recursos hídricos destes efluentes. É o principal apoiante da Festas de Nossa Senhora da Boa viagem do concelho de Constância. Celtejo - Projeto RIOS Projeto RIOS - Colaboração com a Liga para a Proteção da Natureza, no âmbito da formação e da vigilância das espécies da fauna e flora presentes no habitat do Tejo Internacional e seus efluentes. Alimentador de Grifos – Colaboração com a QUERCUS e com a Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão na instalação e manutenção do alimentador da colónia de aves necrófagas existente na zona do Tejo Internacional. Comunidade escolar e académica As empresas da Altri têm uma longa tradição de cooperação com escolas e universidades. A política de concessão de estágios, quer de profissionais quer de complemento de curriculum escolar, está definitivamente adquirida, sendo frequente a presença de jovens nas empresas, o que lhes permite um contacto com a realidade empresarial e que deixa um vasto grupo de contacto para futuros recrutamentos. Em 2013 foram gastos 66 mil euros com 54 estagiários e 38 jovens num programa ocupação de tempos livres. Celbi - Programa de Ocupação de Tempos Livres Este programa é uma iniciativa que ocorre, sem interrupção, há mais de 25 anos e que decorre normalmente nos meses de julho a setembro, em diversas áreas da empresa. No ano de 2012 e 2013 a Celbi, foi “invadida” pela irreverência de 90 jovens com idades compreendidas entre os 17 e os 22 anos, provenientes de 5 escolas secundárias e perto de uma dezena de estabelecimentos de ensino superior. Os jovens são filhos dos trabalhadores e alunos com mérito escolar. PARTES INTERESSADAS PROMENDO – SGPS,S.A. 15.03% - acionistas com uma participação superior a 10% do capital PÁG. 32 Um dos objetivos da CELBI ao organizar este programa, é possibilitar aos jovens um primeiro contacto com o mundo do trabalho, melhorar os seus conhecimentos sobre o setor florestal e as atividades que a empresa desenvolve no âmbito da sua responsabilidade social e ambiental e contribuir para o seu desenvolvimento pessoal. Celtejo Concessão regular de estágios de curta e média duração a recém licenciados, contribuindo para a sua rápida adaptação e inserção no mercado de trabalho. contou com as presenças do presidente da Câmara Municipal, Dr. João Ataíde, do Diretor Geral da EPIS, Eng.º Diogo Simões Pereira e o Eng.º Carlos Van Zeller, membro do Conselho de Administração da Celbi. Este projeto ambicioso insere-se no âmbito da responsabilidade social da nossa empresa, que há largos anos tem participado e colaborado com as escolas do concelho no sentido de apoiar a integração profissional dos jovens que frequentam os diferentes níveis de ensino escolar e profissional. Celbi Celbi assina protocolo de colaboração com Hospital Distrital da Figueira da Foz. A Liga dos Amigos do Hospital Distrital da Figueira da Foz, assinalou o primeiro aniversário no passado dia 14 de janeiro de 2013, com a assinatura de um protocolo de colaboração entre o Hospital Distrital da Figueira da Foz e a Celbi, que formaliza uma parceria baseada em critérios de responsabilidade social. Associação EPIS – Empresários Pela Inclusão Social foi criada em 2006, com o compromisso cívico para a inclusão social, no sentido de se romper com o conformismo e o comodismo de relegar para o Estado a solução do problema No seu ato fundacional, como missão prioritária, os dez empresários fundadores estabeleceram que a atividade da EPIS se deveria O protocolo visa garantir o auxílio na área dos cuidados médicos à população que recorre aos serviços do Hospital e materializou-se na doação pela Celbi à Liga dos Amigos do Hospital, de vinte e um computadores e oito monitores, equipamentos necessários ao funcionamento da Unidade de Internamento de Curta Duração do Serviço de Urgência e ao projeto tendente à implementação do Processo Clínico Único Eletrónico. Celbi - Inclusão social A Celbi assinou no ano de 2012, um protocolo com a Câmara Municipal da Figueira da Foz e a EPIS – Empresários pela Inclusão Social. Este protocolo tem por objetivo a implementação de uma rede de mediadores profissionais de capacitação para o sucesso escolar no concelho da Figueira da Foz, durante 3 anos, junto dos alunos do 3º ciclo do ensino básico. A assinatura do protocolo centrar na Educação e, especificamente, no combate ao insucesso escolar e ao abandono escolar. Esta opção fundamentou-se na forte convicção de que este é o ponto de partida para o desenvolvimento individual dos jovens portugueses e não portugueses, residentes em Portugal, com vista à sua inclusão social e tendo por aspiração a construção de um modelo coletivo de cidadania moderna. Celbi - Apoia Cáritas de Coimbra A Cáritas de Coimbra afirma-se como uma referência nacional pela qualidade e capacidade nos serviços que presta à comunidade. Dando continuidade ao trabalho que tem vindo a desenvolver junto da população da Praia da Leirosa, particularmente junto dos idosos, a Cáritas abriu uma creche para crianças dos 3 aos 36 meses. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 33 Celbi - Team Buiding Na continuidade de projetos desenvolvidos anteriormente, a CEGOC realizou a convite da Celbi, uma ação de formação de “Team Building”, em formato de outdoor. Em 2013, esta iniciativa decorreu em Arganil durante 2 dias e representou um investimento significativo no desenvolvimento de competências comportamentais a mais de 70 colaboradores. Os participantes, de diferentes níveis hierárquicos, diversas áreas funcionais e de vários níveis de qualificação, foram colocados perante desafios relativos ao planeamento, à comunicação, à confiança nos outros e à obrigatoriedade de trabalharem em equipa e cooperarem perante situações adversas. Altri Florestal A Altri Florestal em 2013 envolveu a totalidade dos seus Fornecedores de Serviços Florestais num projeto de promoção das principais medidas de saúde e segurança no trabalho e a forma de organização dos mesmos para que, em todas as frentes de trabalho o Fornecedor evidencie perante a sociedade os seus compromissos legais e de boas práticas com os seus colaboradores. Foi distribuído a cada empresa, um Dossier de Segurança que cada fornecedor evidencia nas frentes de trabalho. Após as ações de divulgação do projeto realizaram-se um conjunto alargado de auditorias internas, especialmente focadas nos aspetos de saúde e segurança. Programa de Formação para Quadros do grupo ALTRI O Breakthrough Program for Altri Future Leaders foi construído pela Porto Business School em parceria com a Altri. O Programa foi estruturado de acordo com o seguinte enquadramento: 1) Estar alinhado com a estratégia de negócio do Grupo Altri para os próximos anos; 2) Estar integrado com os valores e a cultura organizacional do Grupo Altri; 3) Estar orientado para novas competências que os futuros líderes do Grupo têm que desenvolver, de forma a garantir o crescimento sustentado e sustentável do Grupo, num mercado cada vez mais global e crescentemente competitivo; 4) Assumir-se como um programa inovador e diferenciador, que integre, de forma coerente e adaptada à especificidade do Grupo Altri, as últimas tendências nas áreas da gestão e liderança, desenvolvidas e praticadas nas melhores escolas de negócios a nível internacional. O Programa envolverá três turmas, com um total de 85 participantes e tem uma carga horária de 180 horas/turma. Com o objetivo de assegurar uma equilibrada distribuição temporal do esforço dos participantes optou-se por uma duração mais alargada e menos intensiva do Programa que teve início em novembro de 2013 e ficará concluído no primeiro semestre de 2015. De forma a atingir os objetivos pretendidos pelo Grupo, o Programa foi estruturado em 4 grandes áreas : A) Conhecimento do negócio; B) Visão Estratégica e Criação de Valor; c) Gestão e d) Liderança de equipas. PARTES INTERESSADAS Em 2012, a Celbi apoiou, financeira e logisticamente, a aquisição de material pedagógico para atividades de atelier das crianças da creche. Em 2013, pela altura do Natal, a Celbi promoveu a recolha de bens, junto dos seus trabalhadores, para entrega a famílias carenciadas, conseguindo garantir a entrega de mais de uma dezena de cabazes na Praia da Leirosa. Por outro lado, a administração da Celbi reforçou este gesto solidário, com a entrega à instituição de um cheque no valor de mercado de uma tonelada de pasta. PÁG. 34 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 35 RESPONSABILIDADE AMBIENTAL A Altri tem mantido e pretende continuar a manter uma atitude de abertura e diálogo com as entidades interessadas e responsáveis pela proteção do ambiente. As questões ambientais são temas presentes na gestão corrente das empresas do Grupo e são tidas em conta durante o estudo e execução de novos projetos. Todas as unidades industriais da Altri dispõem de Sistemas de Gestão Ambiental implementados e certificados em conformidade com normas internacionais. Neste âmbito, estão identificados todos os aspetos ambientais e avaliados os respetivos impactes para todas as atividades realizadas, bem como definidas as medidas de controlo e mitigação associadas. Todas as reclamações ambientais são devidamente tratadas e, se relevantes, incorporadas nos processos de melhoria contínua existentes. Considera-se que a eliminação dos agentes poluentes no seu local de origem é a forma mais adequada para minimizar o impacte das atividades industriais sobre o meio envolvente. Esta estratégia de prevenção baseia-se fundamentalmente, na aplicação de tecnologias relacionadas com as características intrínsecas do processo, que são as chamadas medidas internas. A sua aplicação está associada à introdução das melhores técnicas disponíveis, tornando dispensáveis, quando possível, os sistemas de tratamento externo, que são, muitas vezes, fontes de agressão ambiental. Tem sido feito um esforço, ao longo dos anos, para minimizar os consumos de matérias-primas, de combustíveis fósseis e de água. Pretende-se continuar neste caminho, por forma a otimizar o desempenho ambiental, reduzindo custos e aumentando a competitividade. Por outro lado, tem-se trabalhado na redução do impacte ambiental provocado pelas atividades das fábricas da Altri, com o desenvolvimento de ações conducentes à diminuição dos poluentes líquidos das emissões atmosféricas e dos resíduos produzidos. RESPONSABILIDADE AMBIENTAL A Altri reconhece ser esta a forma mais adequada de harmonizar a qualidade do ambiente com a qualidade do produto final. PÁG. 36 Em 2012 e 2013 foram ministradas 13 122 horas de formação em ambiente e saúde e segurança, o que ilustra a preocupação da Altri relativamente a estes temas. Esforço de formação em matérias de proteção ambiental e saúde e segurança no trabalho Total de horas em 2012 e 2013 A trabalhadores da Altri A prestadores de serviços Total 6021 7101 13122 A Altri e o Ambiente - Resultados e evoluções • Aspetos gerais • Foram cumpridos os limites de emissão de poluentes estabelecidos nas Licenças Ambientais da Caima, Celbi e Celtejo e aplicadas as medidas obrigatórias de gestão ambiental, designadamente quanto a efluentes, emissões, resíduos, energia, reclamações e emergências. • Não se verificaram cenários de emergência ambiental nem derrames significativos. • Em 2012 e 2013 não foram aplicadas quaisquer coimas ambientais. Produção anual RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 37 Materiais A base para a produção de pasta de papel da Altri é a madeira, matéria-prima renovável proveniente de florestas geridas de forma sustentável. São também utilizados vários produtos químicos, sendo os mais relevantes o clorato de sódio, a soda cáustica, o peróxido de hidrogénio, o oxigénio líquido, o ozono e o ácido sulfúrico. Energia O processo de produção de pasta de papel é energeticamente intensivo, mas, nas fábricas da Altri, as necessidades energéticas são satisfeitas maioritariamente recorrendo à biomassa resultante de subprodutos e resíduos do processo, nomeadamente licor negro, serradura e casca, cujo teor em carbono é considerado ambientalmente neutro. A Altri é autossuficiente em energia elétrica, utilizando sistemas de cogeração otimizados, baseados na produção combinada de energia térmica e energia elétrica para uso industrial. O excedente de eletricidade é colocado na rede elétrica nacional. O investimento em novas tecnologias assim como a aposta nas melhores práticas de eficiência energética, permitiram que praticamente toda a energia fosse produzida a partir da queima de biocombustíveis. A dependência dos combustíveis fósseis nas unidades fabris tem vindo a baixar desde 2009. Na sequência do Projeto de expansão e modernização da Celbi, em 2009, entraram em operação uma nova Caldeira de Recuperação e um novo Forno da Cal, saindo de serviço as instalações antigas, o que permitiu deixar de se utilizar fuelóleo nesta unidade fabril, passando-se a utilizar o gás natural. O aumento do consumo de madeira e de produtos químicos está diretamente relacionado com o aumento da produção de pasta que se tem vindo a verificar desde 2009, fruto de vários projetos de modernização e expansão das unidades fabris. RESPONSABILIDADE AMBIENTAL Na Caima, apenas 2,6% dos combustíveis consumidos são de origem fóssil. Para além disso, esta unidade fabril tem um excedente de cerca de 20% na produção de energia elétrica, que injeta na Rede Elétrica Nacional com um fator de emissão de CO2 bastante baixo (36,15 g CO2/kWh), contribuindo assim para a redução do fator de emissão desta. PÁG. 38 Tendo como principal objetivo o aumento da eficiência energética, a Celbi e a Celtejo implementaram e certificaram em 2012 Sistemas de Gestão da Energia em conformidade com os requisitos da Norma ISO 50001. Com a implementação destes Sistemas de Gestão, já foi possível verificar variações positivas no balanço energético das fábricas. Foram entretanto abertos vários programas específicos de melhoria, que vão permitir identificar mais medidas adicionais de racionalização do consumo de energia. Consumo específico de energia elétrica, kwh/tpsa Água A Altri está consciente da importância da gestão eficiente do consumo de água. Ao longo dos anos têm sido realizadas diversas ações de melhoria no sentido de diminuir o consumo deste recurso natural, reciclando e reutilizando o mais possível. Entre 2009 e 2013 verificou-se uma redução de cerca de 37% no consumo específico de água. Consumo específico de água (m3/tpsa) RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 39 Aproximadamente 70% da água captada em 2013 foi de origem superficial, tendo sido a restante água subterrânea. Emissões gasosas Em 2013 verificou-se um acréscimo nas emissões diretas de CO2 fóssil devido essencialmente ao acréscimo de produção verificado em 2013 na Celtejo, coincidindo com o ano de arranque e otimização da instalação de cogeração a gás natural, que levou a uma maior utilização de fuelóleo na Caldeira de Recuperação, durante os períodos de inatividade e testes da nova cogeração a GN. RESPONSABILIDADE AMBIENTAL Emissões específicas de CO2 fóssil, kg CO2/tpsa PÁG. 40 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 41 Relativamente aos outros indicadores de desempenho ambiental no domínio do ar, os mesmos têm-se mantido estáveis e em consonância com as Melhores Técnicas Disponíveis definidas para o Setor da Pasta e do Papel refletidas nas Licenças Ambientais das três unidades fabris da Altri. Emissões específicas de NOx RESPONSABILIDADE AMBIENTAL Emissões específicas de SO2, kg S/tpsa PÁG. 42 Emissões líquidas No que diz respeito às emissões liquidas, todos os efluentes líquidos das unidades industriais da Altri, são submetidos a processos de tratamento primário para remoção de sólidos suspensos, sendo posteriormente tratados em unidades de tratamento biológico, nos quais a matéria orgânica é decomposta por ação de microorganismos. Verificou-se, ao longo do ano, o cumprimento dos limites de emissão em todas as fábricas. Caudal de efluente produzido (m3/tpsa Entre 2009 e 2013, verificou-se uma diminuição de cerca de 36% na quantidade de efluente proveniente das fábricas da Altri. Os restantes indicadores no domínio das emissões líquidas têm vindo na generalidade a decrescer. Emissões específicas de CQO, kg O2/tpsa RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 43 Resíduos Parte dos resíduos industriais não perigosos de origem processual são depositados em aterros controlados de resíduos, no caso da Celbi e da Celtejo aterros integrados nas unidades fabris. Na Celbi, os resíduos orgânicos resultantes da preparação de madeiras, em conjunto com as lamas provenientes do tratamento de efluentes, são processados na Estação de Compostagem de Resíduos. Os resíduos resultantes das atividades não processuais (papel, plástico, vidro, óleos usados, resíduos contaminados com óleos, resíduos metálicos, etc) são recolhidos através de uma extensa rede de contentores de recolha seletiva e encaminhados para operadores externos de gestão de resíduos devidamente licenciados para o efeito, visando o seu tratamento, eliminação ou valorização. A casca e a biomassa residual das áreas do Parque e Preparação de Madeiras, resultante do descasque da madeira para o processo, são utilizadas pelas Centrais Termoelétricas a Biomassa, através de processos de valorização energética. RESPONSABILIDADE AMBIENTAL Os fardos de pasta são embalados utilizando folhas de pasta ou papel kraft e arame. As folhas de pasta e o papel são incorporadas no processo de produção dos clientes e o arame é retirado. No caso da pasta de papel colocada no mercado nacional, é paga uma taxa à Sociedade Ponto Verde que é uma entidade privada sem fins lucrativos, com a missão de promover a recolha seletiva, a retoma e a reciclagem de resíduos de embalagens a nível nacional. PÁG. 44 Gestão da biodiversidade As áreas florestais sob gestão da Altri são geridas com base em avaliações do seu estado de conservação. No caso particular das áreas cuja gestão visa proteger os valores naturais, as áreas de conservação, é decidido quais as intervenções necessárias para conservar e melhorar os valores ecológicos. A Altri implementou, após caracterização das áreas de conservação, um programa de gestão e monitorização das mesmas. Com base em visitas de campo é avaliado o estado das propriedades visitadas e são identificadas medidas de gestão que visam proteger ou restaurar os valores de conservação. Estas medidas são integradas num plano plurianual de intervenções nas áreas de conservação e executadas conforme o seu planeamento. As medidas de gestão das áreas de conservação são definidas com base nos valores neles presentes (prováveis ou comprovados) e nas orientações provenientes de fontes como Plano Setorial Rede Natura 2000, Livro Vermelho de Vertebrados de Portugal, entre outros. Na elaboração de projetos de florestação de maior dimensão ou com condicionantes (por exemplo nas áreas integradas no Sistema Nacional das Áreas Classificadas), é avaliada a oportunidade de estabelecer novas áreas de conservação, nomeadamente através de zonas de descontinuidade ou corredores ecológicos. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 45 Fases Tarefas Resultados Recolha de informação Consulta de: Plano Setorial Rede Natura 2000, Planos de ordenamento de Áreas Classificadas, Planos Regionais de Ordenamento Florestal, Informação fornecida por especialistas. O sistema nacional de Áreas Classificadas inclui amostras representativas de ecossistemas existentes na paisagem. Assim, e dada a dispersão do património da empresa pelo País, considera-se que o património da empresa situado dentro das Áreas Classificadas pode assegurar a conservação destas amostras. Identificação de estratos de vegetação Compartimentação da propriedade através dos diferentes estratos de vegetação. Os estratos potencialmente interessantes para a função de conservação são identificados e mapeados. Visita de campo às propriedades com potenciais áreas de conservação Avaliação do valor ecológico global da propriedade, com base na comprovação da presença dos valores de conservação. Critérios para a avaliação: - Potencial para conservar as espécies ameaçadas (e/ou seus habitats); - Potencial para conservar a diversidade de habitats a uma escala pequena/ média; - Potencial de restauro (exemplo: áreas plantadas com eucalipto mas ainda com abundantes elementos de vegetação semi-natural); - Conectividade, dimensão da área de conservação; - Grau de naturalidade da comunidade; - Raridade ou importância regional do habitat; - Importância para a proteção de recursos hídricos e/ou solo. RESPONSABILIDADE AMBIENTAL A identificação das áreas de conservação é efetuada para cada propriedade presente no património da Altri Florestal, através das seguintes fases: PÁG. 46 A Altri gere as seguintes áreas integradas no Sistema Nacional das Áreas Classificadas: Sítios de Importância Comunitária (Rede Natura 2000) Zonas de Proteção Especial (Aves) Alvão / Marão 11 101 Cabeção 59 27 Cabrela 340 Caldeirão 101 Carregal do Sal 100 Caldeirão Estuário do Tejo Monchique Paul de Madriz Área (ha) 579 2 Área (ha) Tejo Internacional, Erges e Pônsul 2.271 Estuário do Sado 8 Total 2.980 Estuário do Tejo 27 Parques Naturais Serra da Estrela Serra de Montejunto Serra de São Mamede Serras de Aire e Candeeiros Área (ha) 7 342 1.133 109 Gardunha 223 Malcata 268 Monchique 579 Nisa / Lage da Prata 783 Rio Paiva 218 São Mamede 1.828 Tejo Internacional 2.264 Serra da Estrela 7 Total 3.855 Serra da Lousã 239 Serra de Montejunto 344 Serra de Montemuro 87 Serras da Freita e Arada 207 Serras de Aire e Candeeiros 136 Sicó / Alvaiázere 125 Valongo Total 78 5.768 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 47 Para cada área sob gestão da Altri presente em Áreas Classificadas, foram elaborados Planos de Gestão da Biodiversidade. Para todo o seu património, a Altri tem vindo a recolher informação sobre a presença provável ou comprovada de espécies ameaçadas. Para tal recorre à ajuda de diversos especialistas e partes interessadas, devido ao elevado grau de conhecimento específico necessário para a identificação destas espécies. Também tem vindo a compilar a informação disponível em diversos organismos e instituições, tanto públicos como privados, disponibilizando a informação a todas as áreas da empresa. Habitats identificados e protegidos Habitats de água doce Área 2013 (ha) 51 Coruja-do-nabal - Asio flammeus EN Noitibó da Europa - Caprimulgus europaeus VU Tartaranhão-caçador - Circus pygargus EN Falcão-peregrino - Falco peregrinus VU Ógea - Falco subbuteo VU Colhereiro - Platalea leucorodia VU ANFÍBIOS Salamandra-lusitânica - Chioglossa lusitânica VU VU Charnecas e matos das zonas temperadas 599 Tritão-palmado - Triturus helveticus Matos esclerofilos 905 RÉPTEIS Formações herbáceas naturais e seminaturais 2.349 Cágado-de-carapaça-estriada - Emys orbicularis EN MAMÍFEROS Habitats rochosos e grutas 24 Morcego-de-franja - Myotis nattereri Florestas Total VU 453 4.381 Espécies de fauna vulneráveis e ameaçadas observadas na floresta e com medidas de proteção definidas e implementadas CR - Criticamente em Perigo EN – Em Perigo VU - Vulnerável Categoria Noitibó-de-nuca-vermelha - Caprimulgus ruficollis VU Chasco-ruivo - Oenanthe hispânica VU Abutre-preto - Aegypius monachus CR Aguia-real - Aquila chrysaetos EN Cegonha-preta - Ciconia nigra VU Abutre do Egipto - Neophron percnopterus EN Açor - Accipiter gentilis VU Alcaravão - Burhinus oedicnemus VU RESPONSABILIDADE AMBIENTAL AVES PÁG. 48 Adicionalmente criou uma ferramenta informática de registo da biodiversidade, acessível a todos os colaboradores da Altri para a recolha dos avistamentos de fauna. Posteriormente a informação é colocada na plataforma pública – BioDiversity4All - www.biodiversity4all.org, disponibilizando os seus dados a toda a comunidade. Os principais projetos de identificação e monitorização dos valores de conservação que decorrem no período deste relatório foram: PROJETOS PARCERIAS Monitorização da avifauna (2008 –2013) Mãe d’Água Avaliação dos impactes das plantações florestais na fauna (2009-2013) CIBIO (Univ. Porto) University of York Business and Biodiversity (desde 2007) ICNB Projeto Cabeço Santo (desde 2005) Quercus – Núcleo Regional de Aveiro Parceiro do projeto Charcos com Vida CIBIO (univ. Porto) Projeto FISHTREE – Identificação e monitorização da ictiofauna ISA Prospeção de ninhos de rapinas florestais em povoamentos de eucalipto Ornitólogos Voluntariado RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 49 RESULTADOS -Identificação e monitorização da presença de espécies ameaçadas em todo o património sob gestão; -Implementação de medidas de proteção dos ninhos e aplicação de restrições temporais às atividades florestais nos períodos de nidificação; -Colocação de plataformas para ninhos de grandes rapinas. A Altri estabeleceu um procedimento que identifica e avalia os aspetos e impactes ambientais associados às atividades da empresa com vista a garantir que os aspetos ambientais negativos considerados significativos são controlados. -Monitorização das populações de anfíbios, morcegos e mamíferos; -Colocação de câmaras noturnas para monitorização dos mamíferos que utilizam o eucaliptal (javali, raposa, texugo, etc). -Compromisso do Grupo Altri perante a sociedade na conservação dos valores naturais nas áreas sob gestão e na divulgação das suas práticas de gestão; -Participação em ações de divulgação e promoção do valor da biodiversidade. Esta avaliação identificou como principais impactes potenciais a menor diversidade de espécies de flora e fauna, a degradação ou perturbação de habitats e espécies de fauna ameaçadas, a compactação e erosão do solo e a contaminação de aquíferos ou águas superficiais. -Cedência da gestão de áreas de conservação ao Núcleo de Aveiro da Quercus; -Ações de restauro do habitat ribeirinho da Ribeira de Belazaima; -Erradicação e controlo de invasoras lenhosas; -Envolvimento de voluntários nos trabalhos de restauro (plantação de espécies autóctones). -Inventário e publicação no site www.charcoscomvida.org de todos os charcos presentes no património da Altri; -Ações de restauro dos habitats ribeirinhos; -Aplicação do manual de construção de charcos temporários nos projetos de florestação da Altri. -Prospeção das populações de fauna piscícola nas principais sub-bacias hidrográficas sob gestão da Altri; -Recomendações para manutenção/restauro do habitat ribeirinho; Para o controlo dos riscos negativos significativos são estabelecidas medidas de gestão, de modo a prevenir ou minimizar o risco. Estas medidas de gestão podem incluir formação específica, alteração das práticas da empresa ou em alguns casos, a definição de práticas reparadoras ou compensadoras do impacte. São exemplo destes casos, a definição de práticas reparadoras para os impactes dos incêndios florestais, derrames de derivados de petróleo ou situações de erosão. -Elaboração de ferramenta de apoio à decisão sobre a gestão florestal, de acordo com a sua relevância na bacia hidrográfica. -Colaboração entre a Altri e dois ornitólogos da região Oeste e Médio Tejo na identificação de ninhos de rapinas florestais em florestas da Altri; -Adequação das atividades de exploração e manutenção florestal aos períodos de reprodução das rapinas; RESPONSABILIDADE AMBIENTAL -Deteção de novos locais de reprodução. PÁG. 50 Recursos Humanos A gestão de recursos humanos na Altri tem-se orientado com a finalidade de dotar a organização de uma estrutura adequada e RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 51 RESPONSABILIDADE SOCIAL Índice de gravidade de acidentes com incapacidade* eficiente para vencer os desafios futuros. Para o conseguir procura: • criar uma cultura de desempenho capaz de mobilizar os seus colaboradores para comportamentos excelentes e orientá-los para a prossecução de objetivos desafiantes; • desenvolver as competências dos seus colaboradores; • atrair e reter os melhores profissionais para assegurar a excelência da sua prestação e consolidar a imagem de qualidade do Grupo. Durante 2013, a Altri contou com a colaboração de 643 trabalhadores. Em 2013 foram ministradas 19 140 horas de formação o que representa 1,7% do potencial de horas de trabalho, ilustrando a sua aposta na valorização profissional contínua das pessoas. No que diz respeito aos indicadores de sinistralidade, a evolução dos mesmos não tem sido como seria desejável. No decorrer de 2012 e 2013, devido aos projetos em curso nas unidades industriais, verificou-se um aumento dos índices de frequência e de gravi- *número de dias perdidos causados por acidente por mil horas trabalhadas. dade de acidentes. Índice de frequência de acidentes com incapacidade* *número de acidentes ocorridos com dias perdidos por 1milhão de horas de trabalho. RESPONSABILIDADE SOCIAL Absentismo PÁG. 52 Segurança e Saúde Ocupacional As três unidades industriais da Altri estão certificadas em conformidade com a OHSAS 18001. Os Sistemas de Gestão da Saúde e Segurança no Trabalho implementados, assentam nos seguintes pilares: • Certificação em conformidade com a Norma OHSAS 18001; • Existência de um Posto Médico, com um Médico do Trabalho e um serviço de enfermagem a funcionar adequadamente e equipado com moderno equipamento de diagnóstico e tratamento; • Instalações próprias de segurança, com disponibilidade de materiais e equipamentos para proteção individual e coletiva e para o acompanhamento da execução de trabalhos; • Disponibilidade de meios técnicos e humanos de atuação em emergências, designadamente em caso de acidentes individuais, incêndios e outras incidências de carácter industrial. Relações laborais A Altri mantém um diálogo institucional com as organizações representativas dos trabalhadores baseado na transparência e respeito mútuo. Este diálogo manifesta-se em reuniões periódicas de informação com a Direção da empresa sobre os seus aspetos mais relevantes e nas negociações no âmbito do Acordo de Empresa aplicável à generalidade dos colaboradores. Diversidade e igualdade de oportunidades Não há práticas de diferenciação salarial entre homens e mulheres no exercício das mesmas funções. Código de Conduta A Altri tem em vigor um Código de Conduta onde se estabelece o conjunto de princípios e de valores em matéria de ética profissional que deve ser reconhecido e adotado por todos os trabalhadores do Grupo, incluindo os órgãos de gestão. O Código de Conduta constitui ainda uma referência para o público. Ele estabelece os padrões de conduta da Altri no seu relacionamento com terceiros, promovendo o estabelecimento de um clima de confiança entre a empresa e todas as partes interessadas. Anualmente, realizam-se um conjunto de iniciativas por forma a promover a divulgação do Código de Conduta da Altri, nomeadamente a inclusão deste tema em todas as sessões de Acolhimento e Integração, destinadas a novos colaboradores e estagiários, bem como, nas sessões dedicadas aos visitantes. Direitos Humanos A Altri cumpre rigorosamente a lei e orienta-se de acordo com o seu Código de Conduta, no que se refere ao respeito pelos direitos de personalidade dos seus colaboradores e à igualdade de oportunidades e não discriminação em razão do sexo, origens étnicas, religiosas, convições políticas, ideológicas ou sindicais, não havendo quaisquer processos judiciais sobre estas matérias nem conhecimento de quaisquer factos que indiciem problemas nesta matéria. Sociedade Na sua relação com a sociedade, a Altri dinamiza a economia das zonas em que opera, nomeadamente através da geração de emprego direto e indireto. O programa de formação na frente de trabalho que, decorre em todas as atividades na floresta da Altri, permite a transmissão de conhecimentos e a qualificação dos fornecedores de serviços florestais. Estas ações de curta duração, mas de elevada frequência pretendem transmitir as boas práticas florestais e promover uma relação de proximidade entre a Altri e as empresas que trabalham na floresta. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 53 A Altri relaciona-se com as comunidades envolventes às suas áreas florestais, através do diálogo com os vizinhos e com os representantes do poder local (juntas de freguesia, municípios) que, recebem informação sobre as atividades florestais que estão planeadas nos respetivos territórios. Este diálogo permite identificar e discutir os potenciais impactos decorrentes das operações e promover as medidas para os prevenir. Permite também estabelecer uma rede de comunicação e alerta sobre qualquer ocorrência ou emergência (ex. fogo florestal). Tem também uma política de concessão de estágios, quer profissionais quer de complemento de curriculum escolar, que permitem aos jovens a possibilidade de terem um contacto com a realidade empresarial. Em parceria com diversas instituições locais, são desenvolvidas e apoiadas iniciativas e atividades essenciais para a criação de relacionamentos relevantes com a comunidade envolvente. Através de donativos e de apoio logístico, a empresa procura identificar e apoiar projetos com mérito e com impacto significativo na qualidade de vida das populações. A Altri não assume posições quanto a políticas públicas nem participa em lobbies. É membro de várias associações empresariais que têm como objetivo assegurar, junto de diversas entidades e organismos, nacionais e internacionais, públicos ou privados, a representação dos interesses coletivos da sua atividade. RESPONSABILIDADE SOCIAL Não existem quaisquer processos judiciais por concorrência desleal, antitrust, ou práticas de monopólio. Não foram identificadas práticas de corrupção. PÁG. 54 GLOSSÁRIO AOX – Sigla correspondente à designação inglesa de “adsorbable organic halogens”. Parâmetro que serve para avaliar o conteúdo em organo-clorados de um efluente líquido. BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (www.bcsdportugal.org) BEKP - Sigla correspondente à designação inglesa “Bleached Eucalyptus Kraft Pulp” cuja tradução em português é pasta branqueada de eucalipto pelo processo kraft. Cash-cost - É a despesa corrente que forma o custo industrial, identificada pelas rubricas custos variáveis e custos fixos totais. Na sua relação inversa são os custos totais deduzidos das amortizações, do custo das vendas, dos custos financeiros e do imposto sobre o rendimento. rine free” e que significa pasta branqueada sem utilização de cloro elementar. EMAS – Sigla correspondente à designação inglesa “Environmental Management and Audit Scheme”, cuja tradução em português é Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria. (www.iambiente.pt) FSC® – O Forest Stewardship Council® (FSC®) é uma organização não governamental, internacional e independente, constituída por três câmaras – económica, ambiental e social - que define os Princípios e Critérios FSC® para uma gestão florestal responsável. (www.fsc.org) GRI – O GRI (www.globalreporting.org) é uma organização com o objetivo de desenvolver um conjunto de critérios para a divulgação de resultados económicos, ambientais e sociais que possam ser aceites e usados globalmente. CELPA – Associação da Indústria Papeleira (www.celpa.pt). ha - hectares CEPI – Confederação Europeia da Indústria Papeleira (www.cepi. org) CO2 – Dióxido de Carbono H2S – Sulfureto de hidrogénio. Índice de Frequência – Número de acidentes ocorridos com dias perdidos por um milhão de horas trabalháveis (potenciais). COTEC – Associação Empresarial para a Inovação (www.cotec.pt) CQO - Carência química de oxigénio. Parâmetro que mede o potencial impacte ambiental de um efluente líquido sobre o meio recetor, causado pela oxidação química dos compostos orgânicos. EBITDA - Sigla correspondente à designação inglesa “earnings before interest, taxes, depreciation and amortization”, cuja tradução em português é resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização, ou seja, é o Resultado Operacional adicionado das amortizações. ECF - Sigla correspondente à designação inglesa “elemental chlo- Índice de Gravidade – Número de dias perdidos causados por acidente por mil horas trabalhadas. ISO 9001 – Norma Internacional que especifica requisitos para um sistema de gestão da qualidade. ISO 14001 – Norma Internacional que especifica requisitos para um sistema de gestão ambiental. ISO 17025 - Norma Internacional que especifica os requisitos gerais de competência para laboratórios de ensaio e calibração. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 55 Nordic Ecolabelling – Rótulo Ecológico. Considera o impacte do produto no ambiente ao longo do seu ciclo de vida. Os produtos têm que obedecer a padrões mínimos de qualidade e desempenho, obrigando a que sejam pelo menos tão bons como produtos similares no mercado. Os critérios são continuamente elevados, assegurando que o rótulo se mantém sempre na linha da frente da qualidade ambiental. As decisões são tomadas pelo Comité Nórdico para a Rotulagem Ecológica, que inclui um representante de cada país e inclui também representantes da indústria. (www.svanen.nu/Eng) Resultados líquidos – Resultados da empresa após impostos. SO2 – Dióxido de enxofre. Gás formado na combustão de combustíveis contendo enxofre. Por oxidação e reação com a humidade da atmosfera, pode dar origem a chuvas ácidas. SST – Sólidos suspensos totais. Parâmetro que mede a quantidade de materiais sólidos em suspensão num efluente líquido. t – tonelada NOx – Designação geral dos óxidos de azoto formados durante a queima de um combustível. Pode dar origem a chuvas ácidas e ser responsável pela acidificação dos solos e reservas de água doce. Taxa de absentismo – percentagem das horas de absentismo relativamente ao potencial de horas de trabalho no ano. OHSAS 18001 – Norma que especifica requisitos para um sistema de gestão da segurança e saúde do trabalho. TCF - Sigla correspondente à designação inglesa “total chlorine free” e que significa pasta branqueada sem utilização de cloro. Parte interessada – (“Stakeholder” em inglês) – Indivíduo ou grupo interessado ou afetado pelo desempenho de uma organização. TRS – Sigla correspondente à designação inglesa “total reduced sulphur”. Parâmetro que mede a quantidade de gases de enxofre, na forma reduzida (isto é, suscetíveis de serem oxidados/queimados), nas emissões gasosas de uma instalação ou de uma chaminé. Processo Kraft – Também designado “processo ao sulfato”. As aparas de madeira são cozidas num recipiente pressurizado (digestor), na presença de hidróxido de sódio e de sulfureto de sódio. PSI-20 - índice de referência do mercado de bolsa nacional, refletindo a evolução dos preços das 20 emissões de ações de maior dimensão e liquidez selecionadas do universo das empresas admitidas à negociação no Mercado de Cotações Oficiais tpsa – Tonelada de pasta seca ao ar. Valor acrescentado – Valor de produção deduzido das compras de bens e serviços (excluindo as mercadorias) mais ou menos, consoante a variação positiva ou negativa dos stocks de matérias-primas subsidiárias e de consumo, e deduzidos de outros impostos sobre a produção ligados ao volume de negócios mas não dedutíveis. Representa a fração que fica para distribuição do VAB, após o pagamento de todos os impostos sobre a produção e o recebimento de todos os subsídios sobre a produção. Vendas líquidas – Vendas deduzidas de descontos e abatimentos. WBCSD – Sigla correspondente à designação inglesa “World Business Council for Sustainable Development” cuja tradução em português é Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável. GLOSSÁRIO GERAL PEFCTM - “Programme for the Endorsement of Forest Certification schemes” é um esquema de certificação que pretende assegurar aos compradores de madeira e papel que estão a comprar produtos de gestão florestal sustentável, assente nos pilares social, ambiental e económico. Rua do General Norton de Matos, 68 – r/c 4050-424 Porto PORTUGAL Tel. +351 22 8346502 Fax. +351 22 8346503 www.altri.pt