Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz ÍNDICE Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 1 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz ÍNDICE INTRODUÇÃO.......................................................................................................................7 METODOLOGIA..................................................................................................................12 Capítulo I – Enquadramento 1. Localização, Acessibilidades e Rede de Transportes.............................................16 1.1. Localização..............................................................................................................16 1.2. Acessibilidades e Rede de Transportes..................................................................18 2. Economia.....................................................................................................................19 2.1. Actividade Económica.............................................................................................19 3. Urbanismo e Habitação..............................................................................................25 3.1. Urbanismo...............................................................................................................25 3.2. Habitação................................................................................................................27 4. Demografia...................................................................................................................28 4.1. Evolução Demográfica entre 1991/2001.................................................................28 4.2. Movimentos da População......................................................................................31 4.3. Movimentos Migratórios..........................................................................................34 Capítulo II – Caracterização Social e Recursos 1. Educação.....................................................................................................................37 1.1. Educação Pré-Escolar.............................................................................................41 1.2. Educação Escolar....................................................................................................43 1.2.1. Ensino Básico - 1º Ciclo.................................................................................43 1.2.2. Ensino Básico – 2º e 3º Ciclos e Ensino Secundário.....................................45 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 2 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz 1.2.3. Ensino Superior..............................................................................................55 1.2.3.1. Universidade Internacional da Figueira da Foz..................................56 1.2.3.2. Universidade Católica Portuguesa - Pólo da Figueira da Foz............57 1.3. Modalidades Especiais de Educação Escolar.........................................................62 1.3.1. Formação Profissional....................................................................................62 1.3.2. Ensino Recorrente..........................................................................................71 1.4. Educação Extra-Escolar..........................................................................................73 1.5. Apoios e Complementos Educativos.......................................................................74 1.5.1. Promoção do Sucesso Escolar......................................................................74 1.5.2. Apoio a alunos com Necessidades Educativas Especiais.............................81 1.5.3. Apoio Psicológico e Orientação Escolar e Profissional..................................88 1.5.4. Acção Social Escolar......................................................................................89 1.5.5. Apoio de Saúde Escolar.................................................................................93 1.5.6. Transporte Escolar.........................................................................................95 2. Emprego e Formação Profissional............................................................................97 2.1. Emprego..................................................................................................................97 2.2. Desemprego..........................................................................................................101 2.2.1. Atribuições de um Centro de Emprego........................................................104 2.2.2. População inscrita no Centro de Emprego da Figueira da Foz....................105 2.2.3. Grupos específicos.......................................................................................108 2.2.3.1. Titulares de habilitações Académicas de Nível Superior..................109 2.2.3.2. Beneficiários de Subsídio de Desemprego.......................................111 2.2.3.3. Beneficiários de Rendimento Mínimo Garantido..............................113 2.2.3.4. Portadores de Deficiência.................................................................116 2.3. Vulnerabilidades Estruturais do Sistema de Emprego..........................................120 2.4. Formação Profissional...........................................................................................125 2.4. Mercado Social de Emprego e Estruturas de Apoio ao Emprego.........................128 3. Saúde..........................................................................................................................129 3.1. Serviços Públicos..................................................................................................133 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 3 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz 3.1.1. Centro de Saúde da Figueira da Foz...........................................................138 3.1.1.1. Caracterização dos serviços prestados............................................138 3.1.1.1.1. Cuidados Médicos e de Enfermagem................................150 3.1.1.1.2. Programas de Promoção de Saúde...................................151 3.1.1.1.3. Serviço de Transporte Municipal.......................................153 3.1.1.2. Caracterização da população utente................................................156 3.1.2 Hospital Distrital da Figueira da Foz..............................................................158 3.1.2.1. Caracterização dos serviços prestados............................................158 3.1.2.1.1. Serviços e Especialidades.................................................160 3.1.2.1.2. Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica.....162 3.1.2.2. Caracterização da população utente................................................162 3.2. Serviços Privados..................................................................................................162 3.3. Outros Serviços.....................................................................................................162 3.4. Problemáticas específicas.....................................................................................165 3.4.1. Alcoolismo....................................................................................................165 3.4.2. Toxicodependência......................................................................................166 3.4.2.1. Caracterização dos utentes em acompanhamento no Centro de Atendimento de Toxicodependentes da Figueira da Foz..................166 3.4.2.2. Programa Troca de Seringas............................................................172 3.4.2.3. Atendimentos, Acompanhamentos e Encaminhamentos realizados pelas Equipas de Rua....................................................................................173 3.4. 3. Saúde Mental..............................................................................................179 3.4.3.1. Caracterização dos utentes do C.S. da Figueira da Foz..................179 4. Acção Social..............................................................................................................190 4.1. Equipamentos Sociais...........................................................................................190 4.1.1. Infância/Juventude.......................................................................................190 4.1.2. Terceira Idade..............................................................................................198 4.1.3. Deficiência....................................................................................................206 4.2. Programas e serviços para domínios e populações-alvo específicos...................211 4.2.1. Exclusão Social............................................................................................211 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 4 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz 4.2.1.1. Rendimento Mínimo Garantido.........................................................215 4.2.1.2. Centros Comunitários.......................................................................223 4.2.1.3. Projectos diversos............................................................................225 4.2.2. Crianças/Jovens em Perigo..........................................................................229 4.2.2.1. Comissão de Protecção de Crianças e Jovens................................229 4.2.3. Promoção de Igualdade de Oportunidades..................................................237 4.2.3.1. Formação Profissional......................................................................237 4.2.4. Reinserção Social.........................................................................................244 4.2.4.1. Factores de risco e diagnóstico das necessidades sociais em matéria de Justiça Penal e do Direito de Menores.....................................................245 4.2.4.1.1. Análise de dados referentes à Estatística do Ministério Público e da PSP................................................................................................................246 4.2.4.1.2. Análise de dados referentes à actividade operativa do IRS..........246 4.2.4.1.2.1. Jurisdição Penal..............................................................246 4.2.4.3.2.2. Jurisdição Tutelar............................................................248 4.2.4.1.3. Principais constrangimentos e problemas de ordem social encontradas em matéria de Justiça Penal e de Menores..............................249 4.2.5. Habitação Social...........................................................................................251 4.2.5.1. Promoção de Habitação Social........................................................251 4.2.5.2. Caracterização da população residente em Habitação Social Municipal........................................................................................................255 5. Desporto, Cultura e Lazer............................................................................................256 5.1. Desporto................................................................................................................256 5.1.1. Equipamentos Desportivos...........................................................................256 5.1.2. Actividades Desportivas...............................................................................258 5.2. Cultura...................................................................................................................259 5.2.1. Equipamentos Culturais...............................................................................259 5.3. Lazer......................................................................................................................263 5.3.1. Equipamentos de Lazer................................................................................263 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 5 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz 6. Segurança.....................................................................................................................264 6.1. Protecção Civil.......................................................................................................264 6.2. Forças de Segurança............................................................................................270 PLANO GEREAL DO TRABALHO...................................................................................273 SIGLAS..............................................................................................................................275 INDICE DE QUADROS ....................................................................................................277 INDICE DE GRÁFICOS ....................................................................................................291 GLOSSÁRIO......................................................................................................................298 BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................314 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 6 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz INTRODUÇÃO Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 7 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz INTRODUÇÃO “Esbatendo fronteiras e hierarquias as rede mobilizam interesses e vontades, envolvimento pessoal e empenhamento cívico, contribuindo assim para dar sentido ao vivido e construir a coesão social” (Cavaco; Tavares, 1999;41) A noção de que a vida quotidiana se organiza em torno de diversas redes e de que as interacções estabelecidas por seu intermédio influenciam processos diversos de constituição identitária (quer pessoal, quer social, territorial ou mesmo institucional), à muito que se encontra presente na abordagem das ciências sociais. Foi em 1954 que o antropólogo J. A. Barnes realizou as primeiras investigações e análises sobre as Redes Sociais e sobre a influência destas ao nível dos fenómenos societais. A partir desta data, esta noção tem sido muito utilizada na área da Terapêutica e das intervenções Psico-Sociais, e só mais recentemente a problemática das Redes sociais aparece associada a uma vertente mais sociológica, particularmente numa óptima de investigação-acção. A noção de Rede Social remete, desde logo, para a existência de relações, interconexões e interacções entre diversas unidades interligadas (indivíduos, grupos, territórios, cidades...) as quais convergem para um sistema de influências e de relacionamentos recíprocos entre actor social e meio ambiente. A noção de rede social tem como principal potencialidade o facto de permitir (re)conciliar as perspectivas macro e micro-sociológicas e mesmo psicológicas, entendendo o indivíduo na sua dimensão de actor social. Este conceito aponta para uma valorização das acções dos indivíduos incorporadas nos processos sociais, o que significa que o indivíduo enquanto actor social participa na construção do seu mundo social, capaz de nele interferir e produzir mudanças. Em termos conceptuais, as Redes Sociais classificam-se em: Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 8 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz • Redes Primárias ou Informais – Temos como exemplo de redes primárias, a família, vizinhança, amigos e os colegas de trabalho, tendo todas estas redes em comum o facto de poderem ser definidas como entidades colectivas, espontâneas, ligadas por laços afectivos, dinâmicos e alteráveis no tempo. • Redes Secundárias – Dividem-se em Redes Secundárias Não Formais, nas quais se verifica uma partilha de recursos e um suporte colectivo não institucional, para fazer face a dificuldades e problemas comuns de um determinado “agrupamento” específico; e em Redes Secundárias Formais, designação atribuída às instituições sociais, com existência oficial, estruturadas de forma precisa, duráveis no tempo e desempenhando funções específicas e/ou prestando serviços particulares. A Resolução do Conselho de Ministros nº 197/97 de 18 de Novembro criou o Programa Rede Social que corresponde à definição de Rede Secundária Formal, a qual reconhece o papel das tradições de entreajuda familiar e de solidariedade mais alargada. Pretendendo com base nos valores associados a estas tradições, fomentar uma consciência colectiva e responsável dos diferentes problemas sociais e incentivar redes de apoio social integrado de âmbito local. A Resolução do Conselho de Ministros perspectiva a Rede Social como uma estratégia de abordagem da intervenção social baseada num trabalho planeado, feito em parceria, visando racionalizar e trazer maior eficácia à acção das entidades públicas e privadas que actuam numa mesma unidade territorial. Tendo em conta que o Programa da Rede Social tem como finalidade combater a pobreza e exclusão social, numa perspectiva de promoção do desenvolvimento social, os seus objectivos são essencialmente três: - Articular a intervenção social dos diferentes agentes locais através do desenvolvimento de uma parceria efectiva e dinâmica; - Garantir uma maior eficácia do conjunto de respostas sociais; - Promover um planeamento integrado e sistemático, potenciando sinergias, competências e recursos a nível local. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 9 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz A Rede Social materializa-se a nível local através da criação dos Conselhos Locais de Acção Social CLAS) e das Comissões Sociais de Freguesia (CSF), constituindo plataformas de planeamento e coordenação da intervenção social, respectivamente, ao nível da Freguesia e do Município. As Comissões Sociais de Freguesia são compostas pelas Juntas de Freguesia (em principio, presididas pelos seus Presidentes), Organismos da Administração Pública Central implantados na área, entidades particulares sem fins lucrativos e representantes de grupos sociais, com relevância na intervenção local. Estas estruturas deverão elaborar diagnósticos e planos de desenvolvimento social nas sua esferas territoriais de acção, bem como conceber formas de articulação das diferentes parcerias existentes, tendo em vista a rentabilização dos recursos conjuntos e a optimização das respostas sociais no plano local. A Rede Social, ao ser um programa que deve ser implementado ao nível das Freguesias e do Município, deve permitir a sinalização de casos a descoberto na área da acção social e criar condições para a sua resolução a partir dos recursos locais ou, caso tal não seja possível, o seu encaminhamento para as estruturas adequadas. No entanto, este programa é ainda mais ambicioso, na medida em que para além da sinalização dos problemas existentes a nível local, visa essencialmente melhorar a eficácia do conjunto de respostas sociais nas Freguesias e no Município. Finalmente, a Rede Social deve promover um planeamento integrado e sistemático, baseado em diagnósticos sociais locais participados, envolvendo todos os parceiros e a própria população. Todo este processo implica levar a efeito várias etapas de trabalho, interligadas entre si: - Elaboração do Diagnóstico Social participado, instrumento que permite uma compreensão da realidade social, que inclui a identificação das necessidades e a detecção dos problemas prioritários e respectivas causalidades, bem como dos recursos e das potencialidades locais; Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 10 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz - Elaboração e operacionalização do Plano de Desenvolvimento Social (elaborado com base no Diagnóstico Social do Município) fixando os objectivos e as estratégias de intervenção, a médio e/ou longo prazo (3 anos); - Elaboração e concretização dos Planos de Acção, a realizar anualmente e em consonância com o Diagnóstico Social do Município e o Plano de Desenvolvimento Social. Actualmente, o Conselho Local de Acção Social da Figueira da Foz, mais concretamente a Equipa Executiva, tem vindo a elaborar um documento que visa constituir futuramente o Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz, tendo como objectivos principais: 1- Permitir a análise e interpretação da realidade social do Município, identificando, não só as necessidades e problemas, mas, também recursos e potencialidades, definindo áreas prioritárias de intervenção; 2- Possibilitar a construção de um instrumento que permita a tomada de decisões concertadas e estratégicas; 3- Facilitar a circulação da informação recolhida e a difusão dos conhecimentos produzidos a todas as entidades interessadas; 4- Contribuir para a consolidação das parcerias locais e consequentemente do CLAS. O Diagnóstico Social do Município surge como um instrumento inovador, uma vez que deve permite a produção de um conhecimento aprofundado, sistemático e articulado dos problemas sociais a nível local, apresentando-se como um elemento de veiculação de informação e de visibilização de situações sociais que permaneciam desconhecidas. Tratase de um documento que possibilita trazer à luz dados importantes para a compreensão dos contornos e das especificidades da pobreza e da exclusão social, revelando, de igual forma, saberes e recursos cujo potencial na promoção do desenvolvimento social e local era negligenciado na acção. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 11 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz METODOLOGIA Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 12 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz METODOLOGIA Um trabalho de diagnóstico deve ter subjacente uma metodologia de investigação-acção, isto é, deve ter uma lógica de interpretação das causas dos problemas, situando-os num contexto sócio-económico, com vista à definição de estratégias eficazes de intervenção. Só assim, é possível, alcançar uma definição estratégica de intervenção eficaz assente numa análise dinâmica dos problemas. Com o intuito de obter várias nuances da realidade social, os aspectos quantitativos e qualitativos, as perspectivas colectivas e individuais, julgou-se pertinente definir como unidade territorial básica do Diagnóstico Social, a Freguesia, construindo-se posteriormente, com base nestes diagnósticos “primários” (Diagnóstico de Freguesia), o Diagnóstico do Município, com indicadores de carácter mais geral, permitido elaborar interpretações com uma visão abrangente da realidade concelhia e retratando de forma mais fiel as dinâmicas sócio-económicas do Município. Na construção do Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz, a equipa técnica definiu na sua elaboração as seguintes prioridades: - Estruturação do documento em torno de diversas áreas temáticas consideradas, pela Equipa Executiva, como sendo, as mais significativas de forma a possibilitar um conhecimento o mais aproximado possível da realidade social global do Município. É neste sentido, que o documento foi construído integrando as seguintes áreas: Localização, Acessibilidades e Rede de Transportes, Economia, Educação, Emprego e Formação Profissional, Saúde, Acção Social, Desporto, Cultura e Lazer e Segurança. - Recolha de toda a informação pertinente disponível assente na unidade territorial concelhia, descendo ao nível da Freguesia sempre que possível; É neste sentido, que o Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz encontra-se dividido em 19 Volumes, onde o I Volume diz respeito ao Diagnóstico Social do Município e os 18 seguintes, são os Diagnósticos Sociais das 18 freguesias que o constituem. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 13 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz - Criação de instrumentos de recolha de informação - Análise e interpretação da informação recolhida; O processo de recolha de informação requereu uma análise documental e pesquisa bibliográfica, bem como uma análise dos dados estatísticos disponibilizados pelas entidades oficiais. Foi ainda necessário produzir documentos que auscultassem junto das Instituições Particulares de Solidariedade Social e das Juntas de Freguesia os principais problemas que afectam a comunidade onde se insere, bem como as estratégias de intervenção e as causas das problemáticas. Procedeu-se ainda a uma série de contactos informais com informadores privilegiados ou informantes-chave, com o intuito de ter uma visão mais completa sobre os recursos sociais e infra-estruturas materiais e humanas existentes no Município da Figueira da Foz. - Distribuição pelas Comissões Sociais de Freguesia já criadas e pelas Juntas de Freguesia de um Esboço de Diagnóstico Social , o qual foi corrigido, aprofundado e discutido pelos diferentes parceiros locais. Após o terminus deste trabalho pretende-se que os contributos de todos os parceiros locais sejam integrados no Diagnóstico Social Municipal, possibilitando, desta forma, uma visão global/globalizante dos contornos sociais do Município. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 14 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz CAPÍTULO I ENQUADRAMENTO Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 15 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Capítulo I - Enquadramento 1. LOCALIZAÇÃO, ACESSIBILIDADES E REDE DE TRANSPORTES 1.1. LOCALIZAÇÃO O Município da Figueira da Foz situa-se na Beira Litoral e constitui um dos oito Municípios do Baixo Mondego. Faz fronteira a Norte com o Município de Cantanhede e a Sul com o de Pombal. A Leste ficam os Municípios de Montemor-o-Velho e o de Soure. Em termos de área total, é o segundo maior Município da Região, com 379,1 Km2, sendo o maior o de Cantanhede com 391,1 Km2. Bragança Bragança Bragança Viana do Cast elo Viana Viana do do Cast Castelo elo Viana do Cast elo Braga Braga Braga Braga Póvoa Póvoa Póvoa de de Varzim Varzim de Varzim Póvoa Vila Vila Vila Real Real Real Vila Maia Maia Maia Maia Espinho Espinho Espinho Espinho Sant a Maria da Feira Sant Santa a Maria Maria da da Feira Feira Sant a Maria da Feira A A Aveiro veiro veiro Guarda Guarda Guarda Guarda Coimbra Coimbra Coimbra Coimbra Figueira Figueira Figueira da da Foz Foz da Foz Figueira Cast Cast Castelo elo elo Branco Branco Branco Cast Leiria Leiria Leiria Leiria Torres Torres Torres Vedras Vedras Vedras Torres A madora A Amadora madora A madora Covilhã Covilhã Covilhã Covilhã Sant Sant Santarém arém arém Sant Port Port Portalegre alegre alegre Port Vila Vila Vila Franca Franca Franca de de de Xira Xira Xira Vila Lisboa Lisboa Lisboa Lisboa Set Setúbal úbal Set úbal Évora Évora Évora Évora Beja Beja Beja Beja Tavira Tavira Tavira Tavira Lagos Lagos Lagos Lagos Faro Faro Faro Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 16 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Cantanhede Cantanhede Coim Coim Montemor-o-Velho Montemor-o-Velho Figueira Figueira da da Foz Foz Figueira da Foz Figueira Figueira da da Foz CondeixaCondeixaSoure Soure Po Pombal mbal A Serra da Boa Viagem é a área mais elevada do Município, com uma altitude da ordem dos 250 m, sobre o nível do mar, terminando a norte do Rio Mondego, num promontório chamado Cabo Mondego. Trata-se de um recurso natural essencial para a Figueira da Foz, mas que já sofre algumas pressões para a sua urbanização. O Município é cortado, sensivelmente a meio pelo Rio Mondego, abrindo numa espécie de estuário, o qual durante séculos lhe condicionou as actividades económicas e o povoamento, mas que continua a desempenhar um importante papel na depuração, na produtividade biológica e serve de suporte a vários ecossistemas marinhos próprios destes estuários. A Região do Baixo Mondego, mais concretamente o Município da Figueira da Foz, está estrategicamente localizado no Centro Litoral, entre as duas principais cidades do país, Lisboa e Porto. Por outro lado, possui uma boa rede de acessos quer rodoviários, quer ferroviários, o que possibilita facilmente aceder a outras cidades, nomeadamente: Coimbra, Leiria, Lisboa e Porto. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 17 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz 1.2. ACESSIBILIDADES E REDE DE TRANSPORTES Rede Rodoviária: Ligação ao Norte - Sub-lanço A14/IP3: ligação da Figueira da Foz à A1 (nó de Coimbra) Ligação a Sul - pelo IC1/IC8 - à A1 no Município de Pombal e à A8 nos Municípios de Leiria e Marinha Grande Ligação ao Interior/Espanha - pela A14/IP3 (Figueira da Foz, Coimbra, Vilar Formoso e pelo IC1/IC8 (Figueira da Foz, Castelo Branco) Fonte: Instituto de Estradas de Portugal Rede Ferroviária: Figueira da Foz – Lisboa (linha do Oeste) Figueira da Foz – Coimbra, com ligação em Alfarelos à linha do Norte Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 18 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Figueira da foz - Coimbra via Pampilhosa Vias de Comunicação Marítimas: Porto marítimo comercial em expansão com ligações marítimas aos principais portos europeus, sendo as ligações aéreas asseguradas pelos aeroportos de Lisboa e do Porto; 3 cais adequados a vários tipos de carga (carga geral, granéis e contentores); Ligação directa à rede ferroviária férrea. Em breve o Município da Figueira da Foz poderá também contar com um futuro Aeródromo, contíguo ao Parque Industrial & Empresarial da Figueira da Foz. 2. ECONOMIA 2.1 ACTIVIDADE ECONÓMICA Entre 1970 e o final do séc. XX, podem detectar-se duas características demográficas fundamentais no Município da Figueira da Foz: uma que assenta na descida gradual da população empregada na agricultura e pescas e outra que mostra o crescimento significativo do peso do sector terciário. A esta progressiva transferência de mão de obra do sector primário para o secundário e sobretudo terciário, deve-se em grande parte ao aumento dos níveis de escolaridade da população e ao conseqüente abaixamento substancial dos índices de analfabetismo. Importa assim, conhecer um pouco melhor o tecido económico do Município da Figueira da Foz, bem como a distribuição da população residente pelos vários sectores de actividade. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 19 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 1 - Número de Empresas com Actividade Económica no Município da Figueira da Foz, em 2001, por CAE CAE Empresas (excepto em nome individual) Agricultura, Produção Animal, Caça, Silvicultura e Pesca Empresas em nome individual Total 36 491 527 6 4 10 150 501 651 3 1 4 Construção 192 1265 1457 Comércio por Grosso e a Retalho 505 1986 2491 Alojamento e Restauração 153 459 612 Transp., Armaz. e Comunicações 155 78 233 5 215 220 207 368 575 Indústrias Extractivas Indústrias Transformadoras Prod. e Distrib. de Elect/ Gás/Água Act. Financeiras Act.s Imobiliárias, Alugueres e Serviços Prestados às empresas Educação 13 10 23 Saúde e Acção Social 58 6 64 Outras Act.s de Serviços Colectivos, Sociais e Pessoais 42 249 291 1525 5633 7158 Total Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 2001 Tendo por base de análise os dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística, podemos verificar que em 2001 existia um total de 7158 empresas sediadas no Município da Figueira da Foz, em que 5633 tratavam-se de empresas em nome individual. As empresas que maior número existem no Município encontram-se associadas, em primeiro lugar, com o Comércio por Grosso e a Retalho, seguido da Construção e das Indústrias Transformadoras. No entanto, existem outras empresas com igual importância para a caracterização do tecido económico do Município, encontrando-se estas associadas às actividades ligadas ao Alojamento e Restauração. Esta realidade encontra-se intimamente relacionada com a excelente localização geográfica do Município, que graças aos vários quilómetros de praia e serra, bem como da gastronomia local continua a constituir um pólo atractivo para os turistas, quer nacionais, quer estrangeiros. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 20 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 2 - Número de empresas com actividade económica em 2001, por Freguesia do Município da Figueira da Foz Zona Geográfica Zona Norte Freguesias 424 478 Bom Sucesso 37 178 215 Brenha 31 89 120 2 8 10 Ferreira-a-Nova 23 173 196 Maiorca 27 291 318 Quiaios 46 305 351 Santana 15 68 83 235 1536 1771 Buarcos 187 749 936 S. Julião da Fig. Foz 624 1434 2058 S. Pedro 58 141 199 Tavarede 125 412 537 Vila Verde 35 174 209 1029 2910 3939 15 174 189 7 40 47 Lavos 69 372 441 Marinha das Ondas 76 296 372 Paião 60 272 332 227 1154 1381 34 33 67 3016 11233 14249 Moinhos da Gândara Alqueidão Borda do Campo Total Desconhecido Total Total 54 Total Zona Sul Empresas em nome individual Alhadas Total Zona Urbana Empresas (excepto em nome individual) Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 2001 Nota: (a) Existem 67 empresas que se sabe que pertencem ao Município da Figueira da Foz mas que se desconhece com exactidão em que freguesia se sedia. Observando o número de empresas com actividade económica existentes no Município da Figueira da Foz, verificamos que é na Zona Urbana que existe uma maior concentração, representando um total de 3939 empresas. O elevado número registado deve-se Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 21 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz essencialmente à Freguesia de S. Julião da Figueira da Foz com 2058 empresas, seguida de Buarcos com 936 e Tavarede com 537. Para além das 3 Freguesias anteriormente mencionadas podemos apontar ainda as Alhadas na Zona Norte do Município e Lavos na Zona Sul como tendo, de igual forma, um número significativo de empresas sediadas, 478 e 441, respectivamente. Comparando a Zona Norte com a Zona Sul do Município verificamos que apesar de na primeira se situar a Freguesia de Moinhos da Gândara, que de todas as freguesias do Município é aquela que tem um menor número de empresas sediadas, apenas 10, a Zona Norte apresenta um maior número de empresas (1771) do que a Zona Sul (1381). GRÁFICO Nº 1 - Indústria Transformadora por Sectores 24% 1% 4% 2% 2% 5% 5% 9% 21% 11% Ind. Papel Artes Gráficas Outras Material Transporte Porcelanas e vidro Prod.Metálicos 7% 9% Ind. Mat. Plásticos Metalúrgica Base Prod. Químicos derivados Ind. Textil Ind. Madeira e Móveis Ind. Alimentar Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Constat (INE/DRC),1998 Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 1998 dentro da Indústria Transformadora, a Indústria Alimentar era aquela que tinha uma maior representatividade, ou seja 24%, logo seguida dos Produtos Metálicos, com 21%. Ainda com algum peso na indústria transformadora do Município da Figueira da Foz aparecem a Indústria de Madeiras e Móveis com 11%, as Porcelanas e Vidro e a Indústria Têxtil, com 9%, respectivamente. Com menor representatividade, mas com igual relevância para o Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 22 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Município, aparecem as indústrias associadas às artes gráficas, materiais plásticos e de transporte, produtos químicos e derivados, metalúrgica base e a Indústria do papel. GRÁFICO Nº 2 - Pessoal ao serviço por Sector de Actividade 1400 1200 1398 1005 1000 800 575 571 600 284 400 301 40 200 364 115 144 31 61 0 Ind. Alimentar,Bebidas e Tabaco Ind. Têxtil Ind. Madeira /Cortiça Ind. Pasta Papel e Cartão e seus Art.s Edição e Impressão Fab. Coque, Prod. Petrol. Ref in., Comb. Nuclear Fabric. Prod. Químicos e de Fibras Sintéticas ou Artif iciais Fab. Art. De Borracha e Mat. Plásticas Fab. De outros Produtos Minerais não Metálicos Ind. Metal. Base e de Produtos Metálicos Fab. Máquinas e Equipamentos, N.E Fab. Equipamento Eléctrico e de Óptica Fab. Material de Transporte Ind. Transf ormadora, N.E. Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Anuário Estatístico da Região Centro, 2002 No entanto, observando o número de pessoas ao serviço por Sector de Actividade, verificamos que são as indústrias ligadas ao papel, a industria têxtil e a alimentar aquelas, que no Município da Figueira da Foz, empregam um maior número de pessoas. QUADRO Nº 3 - População residente por condição perante a Actividade Económica e Sexo População População com Act. Residente Económica HM H HM H Baixo Mondego 340309 161437 159302 85356 Fig. Foz 62601 29873 28582 15707 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 2001 Zona Geográfica População sem Act. Económica HM H 134147 52269 25525 9776 No ano de 2001, 54,3% da população residente no Baixo Mondego com mais de 15 anos, exercia uma actividade económica, valor que se encontrava acima do apresentado pelo Município da Figueira da Foz, uma vez que a percentagem apresentada, se situava nos 52,8%. Por outro lado, observando a população residente, com a mesma idade, na região Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 23 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz do Baixo Mondego, 45,7% encontrava-se sem actividade económica, enquanto no Município em análise a percentagem baixa um pouco, apresentando valores na ordem dos 47,2%. Dos 28582 indivíduos com actividade económica residentes no Município da Figueira da Foz, em 2001, 54.9% eram do sexo masculino o que indica que a maioria da mão-de-obra do Município é composta por homens. GRÁFICO Nº 3 - Distribuição da População Residente Empregada, por Sector de Actividade 1364 9738 15353 Sector Prim ário Sector Secundário Sector Terciário Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 2001 Tendo por base de análise o número de população residente por sector de actividade verificamos que o Sector Terciário é aquele que emprega um maior número de pessoas, cerca de 58% da população residente empregada, sendo este maioritariamente ocupado por mulheres (55.7%). Dentro do Sector Terciário, 45% da população trabalha em Serviços de Natureza Social e 55% em Serviços Relacionados com a Actividade. O Sector Secundário, também assume bastante relevância no Município, na medida em que 36,8% da população encontra-se empregada neste sector. Por fim, aparece o Sector Primário com 1364 pessoas, sendo aquele que apresenta um menor número de trabalhadores, apenas 5.2%, do total da população empregada, sendo esta predominantemente do sexo masculino (65%). Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 24 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz 3. URBANISMO E HABITAÇÃO 3.1. URBANISMO Infraestruturas Conhecer e caracterizar as infraestruras básicas dos alojamentos familiares de residência habitual do Município da Figueira da Foz constitui uma outra dimensão que importa observar, uma vez que permite fazer uma avaliação da qualidade de vida em que os munícipes vivem. QUADRO Nº 4 - Alojamentos Familiares de Residência habitual,segundo a existência de Infraestruturas Básicas Total 22301 Electricidade C/ Elect. S/ Elect. 22218 83 Água C/ Água S/ Água 21658 Esgotos C/ Esgotos S/ Esgotos 643 21561 740 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Resultados Provisórios do Censos 2001 Segundo os Resultados Provisórios dos Censos 2001, naquele ano 99,6% dos alojamentos de residência habitual tinham electricidade, 97% possuíam água canalizada e 96,7% esgotos. Estes valores indicam uma cobertura praticamente total do Município da Figueira da Foz, no que diz respeito às infraestruturas básicas. No entanto, segundo dados fornecidos pelas Águas da Figueira, S.A. a taxa de cobertura do Município da Figueira da Foz relativa a saneamento é, em termos populacionais, de cerca de 70%. É na Zona Urbana do Município onde se encontram as freguesias com uma maior taxa de cobertura da rede de saneamento. Assim, Buarcos, S. Julião da Figueira da Foz e Tavarede apresentam uma taxa de cobertura de 95% e S. Pedro de 90%. Há ainda a destacar na Zona Norte a Freguesia de Brenha e de Maiorca, ambas com uma taxa de cobertura de 95%. No entanto, existem freguesias em que a taxa de cobertura da rede de saneamento é ainda baixa, como é o caso Paião (40%), Bom Sucesso e Vila Verde, ambas com 50%. Existem ainda freguesias em que a taxa de cobertura é nula: Moinhos da Gândara, Ferreira-a-Nova, Santana e Borda do Campo. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 25 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Relativamente, ao número de clientes domésticos a consumir gás natural, segundo dados da Lusitâniagás, em Janeiro de 2003 existiam 6174, residindo todos eles na Zona Urbana do Município, o que significa que apenas 27,7% dos alojamentos familiares dispõem deste tipo de serviço. Resíduos Sólidos Urbanos Consideram-se Resíduos Sólidos Urbanos “ todos os resíduos domésticos ou resíduos semelhantes, em razão da sua natureza ou composição, nomeadamente os provenientes do sector de serviços ou de estabelecimentos comerciais ou industriais de unidades prestadoras de cuidados de saúde, desde que, em qualquer um dos casos, a produção diária não exceda 1100l por produtor” (DL nº 239/97). Dado que, no ano de 2000, foram depositados no aterro sanitário da Figueira da Foz 26 090 000 Kg de resíduos e que no ano de 2001, em média cada habitante produzia 1.25 Kg de resíduos por dia é necessário um cuidado especial com vista à protecção do meio ambiente. Assim, segundo os Resultados Provisórios do Censos 2001, dos 22670 Edifícios existentes no Município, 21604 eram servidos com recolha de Resíduos Sólidos, ou seja, cerca de 95,3%, contra 4,7% dos que, no referido ano, indicavam não possuir este serviço. Após a recolha dos resíduos estes são encaminhados para o aterro sanitário do Município, o qual serve, de igual forma, a população de Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Mira, Montemor-o-Velho, Pampilhosa da Serra, Pedrogão Grande e Penela, sendo o Município da Figueira da Foz aquele que deposita maior quantidade de resíduos (aproximadamente 66% do total). Águas Residuais Antes de ser distribuída à população, através da rede, a água captada é submetida a processos de tratamento numa Estação de Tratamento de Água (ETA), no final de serem utilizadas as águas residuais regressam à novamente à Estação de tratamento. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 26 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Actualmente, existem no Município da Figueira da Foz 12 ETAR’s situadas nas seguintes Freguesias: Alhadas, Alqueidão, Brenha, Bom Sucesso, Lavos (uma em Lavos e outra na Costa de Lavos), Marinha das Ondas, Maiorca (uma em Maiorca e outra em Santo Amaro da Boiça), Quiaios (Praia de Quiaios), S. Pedro e uma localizada na zona urbana do Município, que é aquela que serve um maior número de população, cerca de 35000 pessoas. 3.2. HABITAÇÃO O Município da Figueira da Foz ao trata-se de uma zona balnear tem características próprias, que por um lado, se reflectem na forma de ocupação dos alojamentos familiares, e que importa conhecer um pouco melhor. QUADRO Nº 5 - Variação do Número de Alojamentos Familiares, Colectivos e Edifícios entre 1991/2001 Censos 1991 Censos 2001 Variação em % Alojamentos Alojamentos Familiares Colectivos Alojamentos Alojamentos Familiares Colectivos Alojamentos Alojamentos Familiares Colectivos 32229 82 Edifícios 21681 37784 73 Edifícios 22670 17,24% -10,98% Edifícios 4,56% Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 1991 e Censos 2001 Tendo por base de análise, os dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística entre o ano de 1999 e 2001 o Município da Figueira da Foz registou uma variação positiva, na ordem dos 17,24%, no que diz respeito ao número de Alojamentos Familiares e de 4,56% relativamente ao número de Edifícios. Apenas, o número de Alojamentos Colectivos sofreu uma variação negativa entre os dois momentos Censitários, verificando-se um decréscimo na ordem dos 10,98%. A época de construção da maioria dos Edifícios do Município (12020) situa-se entre 1971 e 2001, sendo a sua maioria composta por um único alojamento, o que indica que a maioria dos edifícios trata-se de habitações unifamiliares. Dos 22670 edifícios do Município, 21159, ou seja, 93,3% têm uma utilização exclusivamente residencial. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 27 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz O tipo de alojamento que caracteriza o Município é essencialmente do tipo clássico, tendo no momento censitário sido referenciadas 61 barracas, menos 7 do que no Censos de 1991. Quanto à forma de ocupação dos alojamentos familiares, dos 37784 existentes no Município, em 2001, a maioria, cerca de 59%, eram residência habitual, 33,6% para uso sazonal e Secundário e 7.3% encontravam-se vagos. 4. DEMOGRAFIA 4.1. EVOLUÇÃO DEMOGRÁFICA ENTRE 1991/2001 Entre 1991 e 2001 o nosso país, relativamente ao número de população Residente registou uma variação positiva, na ordem dos 5%, tendo essa variação sido proporcional para ambos os sexos. A Região Centro e o Baixo Mondego também sofreram uma igual variação positiva no entanto, ficou abaixo da registada pelo país, com 3,5%, respectivamente. QUADRO Nº 6 - Variação da População Residente entre 1991 e 2001 População Residente Zona Geográfica Variação em % Censos 1991 Censos 2001 1991/2001 HM H HM H Portugal 9867147 4756775 10355824 4999964 5,0% 5,1% Centro 1721650 826810 1782254 856660 3,5% 3,6% Baixo Mondego 328858 155729 340342 161448 3,5% 3,7% Figueira da Foz 61555 29398 62601 29874 1,7% 1,6% HM H Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 1991 e Censos 2001 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 28 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 4 - Evolução demográfica no Município da Figueira da Foz 63000 62500 62000 61500 61000 1991 1994 1995 1997 1998 2001 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Anuários Estatísticos de 1991, 1994, 1995, 1997, 1998 e 2001 O Município da Figueira da Foz, nos últimos 10 anos, também acompanhou este crescimento demográfico nacional, no entanto a variação ocorrida entre os dois momentos Censitários, apresenta um valor inferior relativamente às restantes zonas geográficas em análise, apresentando uma variação de apenas 1,7%. Paralelamente, ao crescimento demográfico, o Município assistiu também a um igual crescimento do número de famílias tendo o valor passado de 20999 em 1991 para 22718 em 2001, ou seja, ocorreu uma variação de 8,2%, que fica bastante acima da apresentada pela população residente. QUADRO Nº 7 - População Residente por grandes Grupos Etários Censos 1991 Zona Geográfica 0-14 Continente Região Centro 15-24 25-64 Censos 2001 65+ 0-14 15-24 25-64 65+ 1847544 1542112 4720620 1283650 1560715 1396896 5274643 1636796 843044 286425 265473 246911 918182 347769 Baixo Mondego 328396 263785 58923 51491 168565 49879 47969 44079 203911 64021 Figueira da Foz 11021 9254 31760 9520 8529 8180 33768 12070 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 1991 e 2001 Observando a distribuição da População Residente por grupos etários verificamos que a maior parte da população encontra-se em idade activa, ou seja, entre os 25 e os 64 anos. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 29 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz O peso deste grupo aumentou de 51,6% em 1999 para 53,7% em 2001. O grupo etário com mais de 65 anos também teve um aumento significativo, cerca de 4 valores percentuais, passando de 15,5% em 1991 para 19,5% em 2001. As classes etárias mais jovens, a dos 0 aos 14 e a dos 15 aos 24 anos foram aquelas que entre os dois anos em análise sofreram uma maior diminuição da população. Assim, em 1991 a população residente até aos 24 anos, correspondia a 32,9% da população total, tendo esse valor diminuído para 26,8 em 2001. GRÁFICO Nº5 - População Residente em 1991 e 2001, segundo os Grupos Etários 35000 31760 33619 30000 25000 20000 15000 1991 11021 8494 10000 9254 9520 8273 12215 2001 5000 0 0-14 15-24 25-64 65+ Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 2001 QUADRO Nº 8 - Variação da População Residente por grandes Grupos Etários Zona Geográfica Figueira da Foz Variação entre 1991/2001 0-14 15-24 25-64 65+ -22.9 -10.6 5.9 28.3 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 2001 Observando os valores apresentados no quadro anterior, verificamos que são sobretudo as camadas mais jovens da população residente no Município da Figueira da Foz aquelas que apresentam um maior decréscimo populacional entre 1991 e 2001, chegando mesmo a apresentar variações negativas. Por outro lado, é sobretudo a classe etária da população com mais de 65 anos aquela que apresenta uma maior variação, mas desta vez positiva. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 30 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Estes dados levam-nos a concluir que o Município encontra-se num processo gradual de duplo envelhecimento demográfico, que se caracteriza pelo aumento da população idosa (envelhecimento pelo topo da pirâmide etária) e pelo declínio de população jovem (envelhecimento pela Base). QUADRO Nº 9 - Famílias Residentes e Famílias Clássicas segundo a sua dimensão Ano Pop. Residente Famílias Residentes Clássicas Famílias Clássicas segundo a sua dimensão Institucionais 1 elemento 2 elementos 3 elementos 4 elementos 5 elementos 1991 61555 20984 15 2773 5592 4941 4538 1548 2001 62601 22595 29 3872 6925 5707 4315 1776 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 1991e 2001 Tal como aconteceu com a população residente, o Censos 2001 indica que, comparativamente ao ano de 1991 houve um aumento, quer do número de famílias clássicas, quer de famílias Institucionais a residir no Município. Relativamente, ao número de elementos por família clássica são sobretudo as famílias compostas por dois elementos aquela que caracteriza o maior número de agregados, seguida da de 3 elementos. Estes dados sugerem que se tratam de famílias compostas por um casal ou um casal com um único filho. Através do quadro apresentado, podemos verificar que à medida que o número de elementos aumenta diminui o número de famílias. Estes resultados parecem estar associados ao avanço, nos últimos anos, da ciência que se reflecte num maior controle da taxa de natalidade por parte das famílias e a um aumento do número de idosos, bem como à consequente diminuição da população em idade fértil. 4.2. MOVIMENTOS DA POPULAÇÃO Após a caracterização da população residente no Município da Figueira da Foz, importa agora conhecer os movimentos dessa mesma população. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 31 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 10 - Movimentos da população em Portugal, Região Centro, Baixo Mondego e Figueira da Foz, em 2001 Nados-Vivos Zona Geográfica Portugal Total H Óbitos Fora do Casamento Total Casamentos Menos de 1 ano H Celebrados Total Dissolvidos Católicos Total Por Divórcio 120008 62222 26642 105364 55023 662 63752 41331 65539 19104 Região Centro 17912 9187 2975 20475 10474 81 10440 7249 12028 2788 Baixo Mondego 3248 1685 555 3690 1858 13 1954 1341 2245 593 Figueira da Foz 621 322 144 771 398 5 356 224 488 144 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Anuário Estatístico de 2001 Assim, no ano de 2000, dos 3248 nascimentos ocorridos no Baixo Mondego 19% pertenciam ao Município da Figueira da Foz, tendo nesse ano, nascido mais 23 rapazes do que raparigas, onde 23% desses nados-vivos nasceram fora do casamento. Nesse mesmo ano, 41,5% dos óbitos ocorridos no Baixo Mondego eram de pessoas residentes no Município, onde 5 desses óbitos eram de crianças com idade inferior a 1 ano de vida. Ainda no ano de 2000 apesar de terem sido celebrados 356 casamentos, dos quais 224 eram católicos, registou-se um número superior de casamentos dissolvidos 488, em que 144 foram por divórcio. QUADRO Nº 11 - Estado Civil da População Residente no Município da Figueira da Foz, em 1991 e 2001 1991 Estado Civil HM Solteiros Casados C/ Registo Casados S/ Registo 2001 H HM Variação em % H HM H 5493 3363 20831 10907 279,23 224,32 18308 11323 32936 16425 79,90 45,06 673 420 2172 1065 222,73 153,57 Viúvos 544 112 4867 842 794,67 651,79 Separados 528 185 469 200 -11,17 8,11 Divorciados 469 156 1326 435 182,73 178,85 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 1991 e Censos 2001 O estado civil que engloba um maior número de pessoas é o casado com registo, atingindo um total de 32936 em 2001, seguido dos solteiros com 20831. Entre 1991 e 2001, Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 32 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz verificou-se uma variação positiva em relação ao número de solteiros, casados com registo e sem registo, viúvos e divorciados, apenas o número de separados apresentou valores inferiores aos registados no ano de 1991. Tendo como base de análise a variável sexo verificamos que são sobretudos as mulheres as mais afectadas pela viuvez, sendo este o estado civil que maior variação sofreu entre 1991 e 2001. São também as mulheres aquelas que em maior número declararam o divórcio como sendo o seu estado civil, 891 contra 435 homens, o que parece indicar uma maior facilidade por partes destes em voltar a casar. Quadro Nº 12 - Indicadores Demográficos em 2000: Indicadores Demográficos Portugal Região Centro Baixo Mondego Figueira da Foz Tx Natalidade 11,73 10,1 9,58 9,95 Tx Mortalidade 10,3 11,55 10,89 12,35 Tx Excedente de Vidas 1,43 -1,45 -1,3 -2,4 Tx Nupcialidade 6,23 5,89 5,76 5,7 Tx Divórcio Tx Fecundidade Índice Envelhecimento 1,87 1,57 1,75 2,31 46,01 41,76 38,69 40,42 102,25 131 133,46 141,52 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Anuário Estatístico de 2001 Um dos aspectos mais marcantes da evolução demográfica recente é, sem dúvida o envelhecimento da população e este parece ser um elemento a ter em consideração quando observamos alguns indicadores demográficos do Município da Figueira da Foz. Apesar da Taxa de Natalidade apresentada pelo Município em 2000, ser superior à da do Baixo Mondego, ela apresentou valores inferiores à Região Centro e ao país. Por outro lado, a Taxa de Mortalidade atingida pelo Município, nesse ano foi de 12,35, valor superior ao apresentado pelo Baixo Mondego, Região Centro e Portugal. Este dado indica que a diferença entre o número de nados-vivos e o número de óbitos ocorridos durante o ano é negativa, o que leva o Município a apresentar um Excedente de Vida negativo. Associado a este facto, está o envelhecimento da população, onde o Índice de Envelhecimento, que se traduz na relação existente entre o número de idosos e a população jovem, mais uma Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 33 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz vez apresenta valores superiores aos apresentados pelas restantes zonas geográficas em análise, podendo o Município ser caracterizado por uma população muito envelhecida. Enquanto, a Taxa de Nupcialidade, ou seja, o número de casamentos ocorridos durante o ano, referido à população residente média desse ano, tem apresentado, nos últimos anos um valor relativamente constante, na ordem dos 5,7%, a Taxa de Divórcio, em 1995 era de 1,3, passando para 1,5 em 1997, chegando a atingir o valor de 2,3 em 2000. 4.3. MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS Os movimentos migratórios de um Município é uma outra realidade que importa tomar em consideração ao proceder à elaboração de um diagnóstico social. QUADRO Nº 13 - População Residente segundo as Migrações (relativamente a 99/12/31), por Município habitual em 2001/03/12 População que não mudou de Município HM H 60369 28739 Imigrantes no Município Provenientes outro Provenientes do Município estrangeiro HM H HM H 1030 479 552 316 Emigrantes no Município para outro Município Saldo das Migrações Internas HM H HM H 867 412 163 67 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 2001 Neste sentido, segundo o Censos 2001, relativamente a 31 de Dezembro de 1999, da população residente no Município da Figueira da Foz, 96% não tinha mudado de Município de residência. Dos imigrantes no Município a sua maioria, 1030, provêm de outro Município, enquanto 552 são provenientes do estrangeiro, destacando-se em primeiro lugar os imigrantes vindos de França (117), seguido dos provenientes do Brasil (91) e dos PALOPS (42). Os restantes distribuem-se por países como os EUA, Alemanha, África do Sul, Venezuela, Canadá e Outros. Emigraram do Município da Figueira da Foz para outro Município 867 pessoas, número inferior aquele que no mesmo período tinha imigrado para o Município, daí o Saldo das Migrações Internas, que se obtém calculando a diferença entre o número de residentes imigrantes e o número de residentes emigrantes ser positivo, o que significa que no Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 34 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz período em análise entraram mais pessoas para o Município do que aquelas que saíram para residir fora dele. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 35 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz CAPÍTILO II CARACTERIZAÇÃO SOCIAL E RECURSOS Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 36 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Capítulo II - Caracterização Social e Recursos 1. EDUCAÇÃO Nos termos da Constituição da República todos os portugueses têm direito à educação e à cultura, sendo da especial responsabilidade do Estado promover a democratização do ensino, garantindo o direito a uma justa e efectiva igualdade de oportunidades no acesso e sucesso escolares. Assim, no presente Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz, importa fazer a caracterização da população residente no que toca ao nível de instrução. QUADRO Nº 14 - População Residente no Município da Figueira da Foz, segundo o nível de instrução em 1991 e 2001 Nível de Ensino Completo 1º ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Médio Incompleto 2001 Variação% 15304 13565 -11,36% 7714 5762 -25,30% -34,17% Frequenta 3752 2470 Completo 3698 4476 21,04% Incompleto 1266 1458 15,17% -29,65% Frequenta 2057 1447 Completo 2104 3079 46,34% Incompleto 2411 1889 -21,65% -34,51% Frequenta 3072 2012 Completo 2307 4397 90,59% Incompleto 1378 3471 151,89% Frequenta 2049 2551 24,50% Completo 634 395 -37,70% Incompleto 240 61 -74,58% 1710 3608 110,99% Incompleto 234 518 121,37% Frequenta 915 2536 177,16% Completo Superior 1991 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 2001 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 37 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Segundo o Instituto Nacional de Estatística entende-se por nível de instrução “o grau de ensino mais elevado atingido pelo recenseado, completo ou incompleto”. Observando o Quadro nº 14 podemos dizer que, entre 1991 e 2001, registou-se um aumento do nível de instrução da população residente no Município da Figueira da Foz, sendo este dado patente na diminuição de indivíduos, que no período em análise, apenas tinham completado o 1º Ciclo do Ensino Básico. Por outro lado, são cada vez menos aqueles que, em 2001, não tinham completado o 2º, 3º Ciclos e Secundário, chegando mesmo a verificar-se um aumento significativo da variação à medida que aumenta o nível de ensino. É sobretudo o Ensino Médio aquele, que entre 1991 e 2001, maior variação negativa registou. Entre estes dois momentos censitários verificou-se uma variação na ordem dos -37,70% relativamente ao número daqueles que completaram o nível médio de ensino. No entanto, se tomarmos como nível de análise a população que entre, 1999 e 2001, completou o Ensino Superior verificamos que houve uma variação de 110,99%, ou seja, em 2001 existia mais do dobro da população que, em 1991, tinha completado o Ensino Superior. Este não deixa de ser um dado curioso, uma vez que cada vez mais as pessoas parecem optar por continuar os seus estudos até atingirem um nível de Ensino Superior. QUADRO Nº 15 - População Residente no Baixo Mondego e no Município da Figueira da Foz, segundo o Nível de Instrução atingido e Sexo Nível de Ensino Nenhum nível de Ensino Baixo Mondego Figueira da Foz HM 47019 H 17215 HM 116455 1º Ciclo H 54471 HM 37538 2º Ciclo H 19914 HM 33932 3º Ciclo H 18788 HM 51439 Secundário H 27306 HM 2923 Médio H 1417 HM 51003 Superior H 22326 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 2001 8906 3274 21797 10011 7381 3910 6980 3928 10419 5580 456 252 6662 2918 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 38 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Segundo o Censos 2001 existiam, naquele ano, no Baixo Mondego, 47019 indivíduos sem nenhum Nível de Ensino atingido, sendo 18,9% pertencentes ao Município da Figueira da Foz o qual, logo seguido ao Município de Coimbra, apresentava um maior número de indivíduos. No Município em análise, a população residente que em 2001 tinha como nível de ensino unicamente o 1º Ciclo do Ensino Básico, eram 21797 pessoas, um número bastante elevado comparativamente aos restantes níveis de ensino. No entanto, não podemos esquecer que a maioria dos indivíduos que possui esta escolaridade tem idade superior a 45 anos, ou seja, completaram a escolaridade mínima obrigatória exigida na altura. GRÁFICO Nº 6 - População Residente no Município da Figueira da Foz, segundo o Nível de Instrução atingido e Sexo 12000 Nenhum Nível de Ensino 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo M Secundário Médio 2918 3744 252 204 5580 4839 3928 3052 0 3471 2000 5632 4000 3274 6000 3910 11786 8000 10011 10000 Superior H Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 2001 Desagregando a informação, tendo em consideração a variável sexo, verificamos que são as mulheres aquelas que, em maior número, no momento censitário, declararam não possuir nenhum nível de instrução, ou seja, 62%. O mesmo acontece em relação ao 1º Ciclo do Ensino Básico, em que mais uma vez são as mulheres aquelas que apenas completaram este nível de ensino. Relativamente ao 2º e 3º Ciclos e Secundário esta situação inverte-se passando os homens a ser aqueles que em maior número completam estes graus de escolaridade. Observando o nível de Ensino Superior verificamos que são novamente as mulheres, que em 2001, declararam, em maior número, ter completado o Ensino Superior (52%). Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 39 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 16 - Analfabetos com 10 ou mais anos/ Taxa de Analfabetismo Analfabetos com ≥ 10 anos em 2001 Zona Geográfica Tx Analfabetismo HM H 1991 Baixo Mondego 29216 7828 11.2 Cantanhede 3796 1043 13.5 Coimbra 8584 2169 7.1 Condeixa- a-Nova 1634 378 14.6 Figueira da Foz 5817 1562 11.7 Mira 1213 320 12.9 Montemor -o- Velho 3166 947 17.2 Penacova 1743 442 13.8 Soure 3263 967 20.1 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 2001 2001 9.4 11.0 6.4 11.8 10.2 10.4 13.6 11.4 16.9 Em 2001, existiam no Baixo Mondego 29216 indivíduos analfabetos, dos quais 19,9% pertenciam ao Município da Figueira da Foz, apresentando-se este como sendo o segundo Município do Baixo Mondego a registar uma menor taxa de analfabetismo, logo a seguir ao Município de Coimbra. Como é possível verificar através dos dados apresentados a taxa registada pelo Município da Figueira da Foz, no ano de 2001, foi na ordem dos 10,2%, que apesar de ser um valor inferior ao apresentado em 1991, situa-se acima da taxa detida pelo conjunto dos Municípios do Baixo Mondego (9,4). QUADRO Nº 17 - População Residente no Município da Figueira da Foz, segundo o Nível de Instrução, Grupo Etário e Sexo Escalões Etários Nível de Ensino 25-34 Total 55-64 H 50 57 59 234 1042 1442 1º ciclo HM 1120 2571 4639 4600 6203 19133 H 554 1094 1985 2020 2937 8590 1810 1747 762 493 514 5326 954 836 412 278 294 2774 1180 1216 765 453 470 4084 H 3º Ciclo HM Secundário HM Médio H 13 34 Superior HM 2096 1221 H 180 913 ≥ 65 HM HM 118 45-54 Sem nível de Ensino 2º Ciclo 86 35-44 4051 5348 708 681 421 275 277 2362 2523 2096 1038 475 505 6637 H 1309 1143 625 328 324 3729 HM 17 62 68 115 194 456 34 68 103 252 887 368 278 4850 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 2001 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 40 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 7 - População Residente segundo o Grupo Etário e o Nível de Instrução 7000 6000 5000 4000 3000 2000 1000 0 25-34 1º ciclo 35-44 2º Ciclo 3º Ciclo 45-54 Secundário 55-64 Médio 65 Superior Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 2001 Observando o Nível de Instrução, tomando em consideração a variável idade, verificamos que nas camadas mais jovens da população existe uma tendência para se registar um nível de instrução mais elevado. À medida que subimos nos escalões etários essa tendência inverte-se, existindo níveis de instrução mais baixos, sendo o predominante o 1º Ciclo do Ensino Básico, no grupo etário dos indivíduos com mais de 65 anos. Pelo contrário, o grupo-etário dos 25-34 anos apresenta-se como sendo aquele em que o Secundário é o nível de ensino maioritariamente atingido, logo seguido do Ensino Superior. Estes dados parecem reflectir um progressivo aumento do nível de instrução da população residente no Município da Figueira da Foz. 1.1. EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR Segundo a lei de Bases do Sistema Educativo “A educação pré-escolar, no seu aspecto formativo, é complementar e ou supletiva da acção educativa da Família, com a qual estabelece estreita cooperação” (Lei nº 46/86). Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 41 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO N.º 8 - Evolução do Nº de Jardins de Infância Públicos 25 20 15 16 22 20 18 10 5 0 1999/2000 2000/2001 2001/2002 2002/2003 Fonte: Divisão de Educação e Acção Social (DEAS) – Câmara Municipal da Figueira da Foz Assim sendo, o Município da Figueira da Foz tem assistido nos últimos anos ao reforço do número de jardins de infância públicos tendo, entre o ano lectivo de 1999/2000 e o ano 2002/2003, aberto 6 novos estabelecimentos de ensino. GRÁFICO Nº 9 - Evolução do nº de alunos e de educadores 600 500 400 300 200 100 0 20 16 332 418 23 23 552 447 25 20 15 Nº Alunos 10 Nº Educadores 5 0 1999/2000 2000/2001 2001/2002 2002/2003 Fonte: DEAS - Câmara Municipal da Figueira da Foz Observando a evolução do número de alunos matriculados no Ensino Pré-Escolar Público, entre os anos lectivos 1999/2000 e 2002/2003, verificamos que o Município tem assistido a uma evolução positiva, atingindo o seu valor máximo no presente ano lectivo, com 552 crianças. Este crescimento tem sido acompanhado do número de educadores, que passaram de 16, no ano lectivo de 1999/2000, para 23, no presente ano lectivo. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 42 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Paralelamente aos Jardins de Infância públicos o Município, conta com a existência de 12 Instituições Particulares de Solidariedade Social, que procuram, de igual forma, dar resposta a este nível de ensino. Assim, no Município da Figueira da Foz existem actualmente, 35 Jardins de Infância, sendo 22 da Rede Pública e 13 da Rede Solidária, abrangendo um total de 1500 crianças (552 do Ensino Público e 948 do Ensino Particular). QUADRO Nº 18 - Taxas de cobertura das respostas sociais dirigidas à população entre os 4 e os 5 anos Figueira da Foz Pop. 4-5 anos Nº utentes C/ acordo % Inclui utentes sem acordo % 1097 654 59,62% 666 60,71 Fonte: Serviço Regional de Segurança Social de Coimbra Segundo dados fornecidos pelo Centro Regional de Segurança Social de Coimbra a Figueira da Foz é o quinto Município do Distrito de Coimbra com uma maior taxa de cobertura de equipamentos educativos dirigidos a crianças entre os 4 e os 5 anos de idade (utentes com acordo). Incluindo os utentes sem acordo, a taxa de cobertura apesar de passar para os 60%, remete o Município para o sexta posição em termos de taxa de cobertura. 1.2. EDUCAÇÃO ESCOLAR 1.2.1 Ensino Básico - 1º Ciclo Acompanhando a tendência da evolução demográfica no Município da Figueira da Foz, onde nos últimos 10 anos os escalões etários mais jovens têm perdido população, o número de crianças matriculadas no 1º Ciclo do Ensino Básico, tem acompanhado essa tendência. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 43 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 10- Evolução do Nº de alunos matriculados no 1º Ciclo do Ensino Básico entre o ano lectivo de 1996/97 e 2002/03 2300 2260 2222 2250 2223 2193 2182 2200 2162 2150 2100 2059 2050 2000 1950 97 98 99 00 01 02 03 /19 /19 /19 /20 /20 /20 /20 96 97 98 99 00 01 02 9 9 9 9 0 0 0 1 1 1 1 2 2 2 Fonte: DEAS - Câmara Municipal da Figueira da Foz Assim, desde o ano lectivo de 1996/1997, a diminuição do número de alunos matriculados no 1º Ciclo, tem sido uma constante, registando o valor mínimo no ano lectivo de 2000/2001. Nos últimos dois anos, o número de alunos matriculados sofreu um ligeiro aumento, no entanto os valores situam-se abaixo dos apresentados entre 1996 e 1998. GRÁFICO Nº 11 - Evolução do Nº de professores do 1º Ciclo do Ensino Básico da Rede Oficial 148 144 140 146 142 141 138 136 137 135 132 128 03 02 01 00 99 98 /20 /20 /20 /20 /19 /19 2 1 0 9 8 7 0 0 0 9 9 9 20 20 20 19 19 19 Fonte: DEAS - Câmara Municipal da Figueira da Foz Paralelamente, à diminuição do número de alunos, o Município da Figueira da Foz tem assistido à igual diminuição do número de professores a leccionarem no 1º Ciclo do Ensino Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 44 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Básico da rede escolar oficial. Assim, dos 146 professores no ano lectivo de 1997/1998, existem actualmente no Município 135. Tal como acontece com a Educação Pré-Escolar, existem no Município Instituições Particulares de Solidariedade Social que também têm como valências o 1º Ciclo do Ensino Básico, são elas: Associação de Jardins- Escola João de Deus, com 3 delegações, 1 na Freguesia de Alhadas e 2 na Freguesia de S. Julião da Figueira da Foz e a Casa Nª Sª do Rosário, sediada em Tavarede. 1.2.2. Ensino Básico – 2º e 3º Ciclos e Ensino Secundário O Município da Figueira da Foz é dotada de 5 Escolas Básicas com 2º e 3º Ciclos, são elas: - E.B.2,3 Dr. Pedrosa Veríssimo – Paião - Colégio de Quiaios - Quiaios - E.B. 2,3 das Alhadas - Alhadas - E.B. 2,3 Infante D. Pedro – Buarcos - E.B.2,3 Dr. João de Barros – S. Julião Existem ainda duas Escolas Secundárias com 3º Ciclo, são elas: - Secundária com 3º Ciclo Dr. Joaquim de Carvalho - Secundária com 3º Ciclo de Cristina Torres Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 45 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Escolas Básicas do 2º e 3º Ciclos: Anos Esc. 2º e 3º Ciclos QUADRO Nº 19 - Número de alunos a frequentar o 2º e 3º Ciclos no ano lectivo 2001/2002 e sua distribuição por Escola e ano de escolaridade Pedrosa Veríssimo Colégio de Quiaios 2º e 3º Ciclo Alhadas Infante D. Pedro Dr. João de Barros Nº Total Alunos Nº Total Alunos Nº Total Alunos Nº Total Alunos Nº Total Alunos M M M F 42 28 F Total 43 Total 111 Total M F 50 41 91 190 141 331 107 136 70 Total M F Total 5º 42 50 92 6º 61 48 109 61 56 117 40 40 80 57 50 110 246 7º 39 50 89 70 63 133 41 20 61 43 51 94 31 36 67 8º 30 45 75 56 43 99 41 17 58 44 55 99 35 55 90 9º 32 56 88 48 43 91 23 27 50 49 45 94 50 38 88 204 249 453 303 248 551 187 132 319 243 242 485 442 380 822 Total 68 F Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 GRÁFICO Nº 12 - Número de alunos a frequentar o 2º e 3º Ciclos no ano lectivo 2001/2002 Dr. João Barros 822 Inf. D. Pedro 485 2º e 3º Alhadas 319 Nº Alunos Colégio Quiaios 551 Pedrosa Ver. 453 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 Das escolas do Município que apenas possuem o 2º e o 3º Ciclo, a E.B. 2,3 Dr. João de Barros, destaca-se como sendo aquela que tem um maior número de alunos (822), seguida do Colégio da Quiaios com 551 alunos e da E.B. 2,3 Infante D. Pedro, com 485 alunos. Por fim, surgem as escolas E. B. 2,3 Pedrosa Veríssimo com 453 alunos e a E.B. 2,3 de Alhadas, como sendo a que menos alunos tem, apenas 319. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 46 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Nas 5 escolas em análise, a maior parte dos alunos situam-se no 5º e 6º Ano de escolaridade, diminuindo o número de crianças matriculadas à medida que a escolaridade aumenta. Escola Secundária e Secundárias com 3º Ciclo Para os alunos que pretendem prosseguir os seus estudos para além do 3º Ciclo, o Município da Figueira da Foz possui três escolas com Ensino Secundário, podendo estes optar pela escola em função dos agrupamentos e dos cursos existentes em cada uma delas. Assim, a Escola Secundária c/ 3º Ciclo Dr. Joaquim de Carvalho tem todos os cursos de carácter geral: Científico-Natural, Económico-Social, Humanidades e Artes, sendo a única escola do Município com este último agrupamento. A Escola Secundária c/ 3º Ciclo de Cristina Torres, para além dos cursos de Carácter Geral, tem no Agrupamento 3 - Económico-Social, o curso Tecnológico: Serviços Comerciais. Por fim, a Escola Secundária Dr. Bernardino Machado é aquela que apresenta um maior número de cursos tecnológicos, como por exemplo o curso de Mecânica, Informática, Construção Civil e Electrotécnica/Electrónica. QUADRO Nº 20 - Agrupamentos e Cursos existentes nas Escolas Secundárias do Município Dr. Joaquim de Carvalho Agrupamentos 1 Científico-Natural 2 Artes 3 EconomicoSocial Cursos Bernardino Machado Cursos Cursos Carácter Geral Tecnológicos: Mecânica Informática Construção Civil Electrotécnica/Electrónica Carácter Geral Tecnológico: Informática Curso de Carácter Geral Carácter Geral Tecnológico: Design -- Carácter Geral Carácter Geral Tecnológico: Animação Social Fonte: DEAS - Câmara Municipal da Figueira da Foz 4 Humanidades Cristina Torres -- Curso de Carácter Geral Tecnológico: Serviços Carácter Geral Comerciais Tecnológico:Administração Curso de Carácter Geral Carácter Geral Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 47 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Relativamente ao número de Alunos, podemos verificar que a Escola Secundária com 3º Ciclo Dr. Joaquim de Carvalho tinha 1012 alunos e a Secundária com 3º Ciclo de Cristina Torres 859, não esquecendo que estas duas escolas para além do Ensino Secundário têm também o 3º Ciclo e no caso da Escola Secundária com 3º Ciclo Dr. Joaquim de Carvalho possui ainda o Ensino Recorrente. A Secundária Dr. Bernardino Machado ao ser a única escola Secundária do Município, possui apenas três anos de ensino, tendo na sua totalidade 845 alunos. Anos Esc. 3º Ciclo e Secundário QUADRO Nº 21 - Número de alunos a frequentar o 3º Ciclo e Secundário no ano lectivo 2001/2002 Joaquim Carvalho Cristina Torres Nº Total de Alunos Nº Total de Alunos M F Total M F Bernardino Machado Total 7º 64 62 126 65 36 101 -- 8º 61 39 100 53 37 90 -- 9 46 54 100 39 57 96 -- 10º 131 124 255 122 95 217 11º 95 94 189 64 86 150 12º 121 121 242 83 122 205 518 494 1012 426 433 859 Total 845 Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 GRÁFICO Nº 13 - Número total de alunos a frequentar o 2º e 3º Ciclos e Secundárias do Município, no ano lectivo de 2001/2002 845 Bernardino Machado 859 Cristina Torres 1012 Joaquim de Carvalho 822 Dr. João Barros Nº Alunos 485 Inf. D. Pedro 319 2º e 3º Alhadas 551 Colégio Quiaios 453 Pedrosa Ver. 0 200 400 600 800 1000 1200 Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 48 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz No ano lectivo de 2001/2002 existiam no Município da Figueira da Foz 5346 alunos a frequentar as Escolas Básicas do 2º e 3º Ciclos e Secundárias, sendo a Secundária com 3º Ciclo Dr. Joaquim de Carvalho aquela que no referido ano possuía um maior número de alunos (1012), seguida da Secundária com 3º Ciclo de Cristina Torres e da Secundária Dr. Bernardino Machado com 859 e 845 alunos, respectivamente. Em quarto lugar, surge a E.B.2,3 Dr. João de Barros com 822 alunos, seguida do Colégio de Quiaios com 551. Por fim, surgem as escolas E.B.2,3 Infante D. Pedro, E.B.2,3 Pedrosa Veríssimo e a E.B.2,3 de Alhadas como sendo aquelas que no referido ano menos alunos acolheram. Professores a leccionar nas Escolas Básicas 2º e 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz No ensino, o professor torna-se um elemento chave na formação geral dos alunos, contribuindo não só para a aquisição de conhecimentos académicos, mas também para a formação da sua personalidade, daí a importância de conhecer este tipo de técnicos que trabalha no Município da Figueira da Foz. QUADRO Nº 22 - Caracterização do número de professores existentes nas Escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias Escolas M Dr. João de Barros Dr. Bernardino Machado Cristina Torres Colégio de Quiaios Professores Efectivos/Provisórios Nº Professores F Totais EfectIvo Prov. Totais Nº Prof. Residentes Município 26 95 121(a) 82 1 83 103 66 84 150 125 25 150 120 36 71 107 74 12 86 94 14 33 47 24 23 47 38 Dr. Pedrosa Veríssimo 18 51 69 54 15 69 43 Inf. D.Pedro 20 64 84 66 12 78 66 Dr. Joaquim Carvalho 48 91 139 126 13 139 128 E.B. 2,3 Alhadas 15 39 54 42 12 54 35 243 528 771 593 113 706 627 Total Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 Nota: (a) Para além dos 83 professores efectivos da Escola estão também incluídos: 22 Prof.s do quadro de outras escolas ou de outros nível de ensino (1º Ciclo), colocados em destacamento; 5 Prof.s dos quadros de zona pedagógica; 11 Prof.s contratados não pertencentes ao quadro. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 49 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Dos 771 professores a leccionar nas Escolas Básicas 2º e 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz, 593 são efectivos e 113 provisórios. Observando os professores a residir no Município, verificamos que são 627. As Escolas que possuem um maior número de efectivos são a Secundária com 3º Ciclo Dr. Joaquim de Carvalho e a Secundária Dr. Bernardino Machado com 126 e 125 professores, respectivamente, sendo também a Secundária Dr. Bernardino Machado aquela que apresenta um maior número de professores provisórios. Segundo os dados apresentados 14,6% dos professores, não se encontram efectivos nas escolas onde estão a leccionar, o que deve ser um dado a ser tomado em consideração, uma vez que o número de professores efectivos contribui para o envolvimento dos docentes na escola. GRÁFICO N.º 14 - Relação de alunos por professor nas Escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias Bernardino Machado 5,6 8,03 Cristina Torres Joaquim de Carvalho 7,3 6,8 Dr. João Barros Inf. D. Pedro 5,8 2º e 3º Alhadas 5,9 Colégio Quiaios 11,7 6,6 Pedrosa Ver. 0 2 4 6 8 10 12 14 Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 Muitas vezes a qualidade do ensino está associada à possibilidade de dentro da sala de aula haver um espaço que atenda às diferença individuais de cada aluno, procurando seguir o ritmo próprio de cada um. No entanto, a criação desse espaço de trabalho individualizado exige recursos disponíveis. É nesse sentido, que nesta fase, parece imperativo, ver por escola, a relação de alunos por professor. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 50 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Tomando em consideração que os dados apresentados englobam os professores a leccionar no Ensino Recorrente na Secundária com 3º Ciclo Joaquim de Carvalho e na Secundária Dr. Bernardino Machado, procurou-se observar a relação de alunos por professor em cada escola do 2º , 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz. Em primeiro lugar, destaca-se o Colégio de Quiaios, com 11,7 alunos por professor, seguido da Escola Secundária com 3º Ciclo de Cristina Torres, com 8,03 e da Escola Secundária com 3º Ciclo Dr. Joaquim de Carvalho, com 7,3. As escolas que registam um menor número de alunos por professor são a E.B.2,3 das Alhadas e a E.B.2,3 Infante D. Pedro com 5,9 e 5,8 alunos por professor, respectivamente. QUADRO N.º 23 - Outros técnicos a trabalhar nas Escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias Totais Quadro Cont. Totais Nº Elementos em Serviço na Cantina Nº Auxiliares Educação Escolas Quadro Cont Nº de Funcionários Administrativos Dr. João de Barros 23 14 37 12 1 13 4 Dr. Bernardino Machado 18 3 21 14 -- 14 -- Cristina Torres 16 9 25 10 1 11 3 3 1 4 2 0 2 5 10 9 19 6 1 7 4 9 8 17 6 1 7 3 34 3 37 10 1 11 4 9 8 17 6(a) 1 7 4 122 55 177 66 6 72 27 Colégio de Quiaios Dr. Pedrosa Veríssimo Inf. D. Pedro Dr. Joaquim Carvalho E.B. 2,3 Alhadas Total Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 Nota: (a) Está contabilizado 1 funcionário pertencente à ASE. Assegurar uma formação geral a todos os alunos de forma a garantir a descoberta e o desenvolvimento dos seus interesses e aptidões, visando a formação de cidadãos civicamente responsáveis e democraticamente intervenientes não é única e exclusivamente função do professor dentro de uma escola. Estas e outras funções dependem em grande parte de todo o pessoal técnico que constitui o estabelecimento Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 51 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz escolar. Assim, no ano lectivo de 2001/2002 existiam no Município da Figueira da Foz 177 auxiliares de Educação, 122 pertencentes ao quadro da escola e 55 contratados. GRÁFICO N.º 15 - Número de Auxiliares de Acção Educativa e Funcionários Administrativos nas Escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias 60,4 40,2 78 34,4 92 27,4 Bernardino Machado Cristina Torres Dr. Joaquim de Carvalho Dr. João de Barros 22,2 Inf. D. Pedro 63 Nº Func. Adm. 28,5 69,3 18,8 45,6 E.B.2,3 Alhadas Colégio Quiaios Nº Auxiliares 275,5 137,8 Pedrosa Verissimo 23 0 50 64,7 100 150 200 250 300 Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 Nota: Não existem dados disponíveis da Escola Secundária Dr. Bernardino Machado, relativos ao número de elementos em serviço na cantina Observando o número de alunos por auxiliares de educação verificamos que o Colégio de Quiaios destaca-se com uma média de 137,8 alunos por auxiliar. As restantes escolas apresentam valores que variam entre 40,2 alunos por auxiliar de educação na Secundária Dr. Bernardino Machado, e os 18,8 na E.B.2,3 das Alhadas. Em relação ao número de funcionários administrativos verificamos que é novamente o Colégio de Quiaios aquele que detém um maior número de alunos por funcionário: 275,5. As restantes escolas apresentam valores muito abaixo, aparecendo a Secundária com 3º Ciclo Dr. Joaquim de Carvalho em segundo lugar, com 92 alunos por funcionário administrativo, seguida da Secundária com 3º Ciclo de Cristina Torres com 78 e da EB.2,3 Infante D. Pedro com 69,3 alunos. A E.B.2,3 das Alhadas surge como sendo aquela que em média apresenta um menor número de alunos por funcionários administrativos. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 52 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz No inquérito elaborado pela equipa técnica da Rede Social, para além dos funcionários referidos anteriormente. Todas as escolas mencionaram ter Guarda Nocturno, exceptuando o Colégio de Quiaios, sendo a Secundária com 3º Ciclo Dr. Joaquim de Carvalho aquela que possui um maior número: 2. A E. B. 2,3 Pedrosa Veríssimo foi a única que declarou ter apenas 1 profissional desta área. As restantes escolas todas elas referiram ter 2 Guardas Nocturnos. Número de animadores no Centro de Ocupação Juvenil Tal como os Centros de Actividades de Tempos Livres (ATL) que são tutelados pela Segurança Social os Centros de Ocupação Juvenil, apesar de não estarem sob a sua tutela visam os mesmos objectivos e que se prendem essencialmente com a criação de respostas que se destinam a proporcionar actividades do âmbito da animação sóciocultural a jovens, podendo-se “revestir de várias formas de acordos com o modelo de intervenção (...) para prática de actividades especializadas (...) para multiactividades.” (Min. Do Trabalho e da Solidariedade, Respostas Sociais – Nomenclaturas Conceitos). GRÁFICO Nº 16 - Número de Animadores no COJ e sua distribuição por Escola 0 0 0 Dr. Joaquim Carvalho 0 Inf. D. Pedro 0 0 Dr. Pedrosa Ver. 0 Colégio de Quiaios 0 E.B, 2,3 de Alhadas 2 Parceria 1 1 Cristina Torres 0 Dr. Bern. Machado 0 0 Dr. João de Barros 0 Contrados 2 2 0,5 1 1,5 2 2,5 Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 Apesar da importância que estes espaços assumem dentro de uma Escola, no ano lectivo de 2001/2002, apenas existiam 8 animadores a trabalhar nas Escolas do 2º, 3º Ciclos e Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 53 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Secundárias do Município, sendo a Secundária com 3º Ciclo de Cristina Torres a única com um animador contratado, tendo ainda um outro em regime de parceria. A E.B.2,3 Infante D. Pedro, a E.B. 2,3 Pedrosa Veríssimo e a E.B.2,3 Dr. João de Barros, no referido ano, tinham 2 animadores, mas em regime de parceria. A qualidade do ensino também depende, em grande parte, das condições materiais em que este se desenvolve e dos recursos existentes em cada escola. Assim, segundo o inquérito realizado, é a Escola Secundária com 3º Ciclo Dr. Joaquim de Carvalho aquela que possui um maior número de salas: 43, seguida da Secundária Dr. Bernardino Machado com 35. Convém ainda salientar que na E.B.2,3 das Alhadas, para além das 15 salas de aula, existem mais 3 gabinetes de trabalho a funcionar como sala de aula e 2 salas a funcionar num pré-fabricado. Estes dados parecem indicar alguma insuficiência de recursos face às necessidades sentidas. QUADRO Nº 24 - Número de Espaços complementares nas Escolas Básicas do 2º e 3º Ciclo e Secundário Escolas Dr. João de Barros Dr. Bernardino Machado Cristina Torres Colégio de Quiaios Dr. Pedrosa Veríssimo Inf. D.Pedro Dr. Joaquim Carvalho E.B. 2,3 Alhadas Pavilhão Gimn. × × × × × (a) × × Campo exterior de Jogos × × × × × × × × Auditório Sala Polivalente × × × × × × Biblioteca × × × × × × × × Sala de Alunos Sala de Associação de Estudantes × × × × × × × × × Total 7 8 1 5 8 6 3 Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 Nota: a) A E.B.2,3 Pedrosa Verissimo não dispõe de pavilhão gimnodesportivo, no entanto utiliza o Pavilhão Municipal do Paião, tendo por base um protocolo com a Câmara Municipal da Figueira da Foz. Para além das salas de aula, existem outros espaços complementares com igual importância para o adequado desenvolvimento bio-psico-social do aluno. No que diz respeito às infraestruturas desportivas, exceptuando a E.B.2,3 das Alhadas todas as restantes escolas possuem Pavilhões Gimnodesportivos. Há a salientar o facto da A Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 54 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz E.B.2,3 Pedrosa Verissimo não dispor de pavilhão gimnodesportivo, no entanto utiliza o Pavilhão Municipal do Paião, tendo por base um protocolo com a Câmara Municipal da Figueira da Foz. No que diz respeito aos campos exteriores de jogos e às bibliotecas, verificamos que todas as E.B. 2,3 e Secundárias do Município possuem estas infraestruturas. O Auditório é um espaço de que apenas a Secundária Cristina Torres é dotada. Em relação à existência de Salas Polivalentes são 5 as escolas que possuem este espaço: a E.B. 2,3 Dr. João de Barros, a Secundária com 3º Ciclo de Cristina Torres, o Colégio de Quiaios, a E.B.2,3 Infante D. Pedro e a Secundária com 3º Ciclo Dr. Joaquim de Carvalho. A Sala de Alunos ao ser um espaço informal e de convívio também constitui um recurso importante numa Escola, no entanto a Secundária Dr. Bernardino Machado e a Secundária com 3º Ciclo Dr. Joaquim de Carvalho são desprovidas deste espaço. 1.2.3. Ensino Superior O Ensino Superior compreende o ensino universitário e o ensino politécnico e visa “Formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em sectores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade portuguesa, e colaborar na sua formação contínua.” (Lei de Bases do Sistema Educativo – Lei nº46/86, de 14 de Outubro, Artº 11º, nº 2, alínea b). O Município da Figueira da Foz é dotado de 2 estabelecimentos de Ensino Superior, em que ambos são Privados: a Universidade Internacional da Figueira da Foz a Universidade Católica. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 55 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz 1.2.3.1. Universidade Internacional da Figueira da Foz Sendo a Universidade Internacional um dos estabelecimentos de Ensino Superior existentes no Município da Figueira da Foz, importa pois observar os cursos que administra, e a evolução do número de alunos nos últimos anos lectivos, bem como as Pós-Graduações existentes. GRÁFICO Nº 17 - Alunos inscritos na Universidade Internacional da Figueira da Foz, por Licenciatura e por Ano Lectivo 700 600 500 1998/1999 400 1999/2000 300 2000/2001 200 2001/2002 100 2002/2003 0 Direito Gestão Psicologia Fonte: Universidade Internacional da Figueira da Foz Tendo como base de análise os últimos 5 anos lectivos, podemos verificar que o número de alunos, a frequentar os cursos de Direito e Gestão na Universidade Internacional da Figueira da Foz tem, desde o ano lectivo de 1998/1999, sofrido uma progressiva diminuição. No entanto, o curso de Psicologia, que é o curso mais recente que esta instituição possui, tem vindo a assistir a um aumento da procura de jovens que pretendem obter formação superior nesta área. QUADRO Nº 25 - Alunos por licenciatura e Pós-Graduações Anos Lectivos Nº Alunos nas Licenciaturas Nº Alunos Pós-Graduações 1998/1999 978 157 1999/2000 794 52 2000/2001 753 21 2001/2002 700 55 2002/2003 701 109 Fonte: Universidade Internacional da Figueira da Foz Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 56 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Fazendo uma análise do número total de alunos da Universidade Internacional, esta instituição tem vindo a assistir entre o ano lectivo de 1998/1999 e 2002/2003 a uma progressiva diminuição do número de alunos, exceptuando no ano lectivo de 2002/2003 que teve 1 aluno a mais que no ano anterior. Para além das 3 licenciaturas referidas anteriormente este estabelecimento de ensino, oferece uma série de Pós-Graduações, umas leccionadas na Figueira da Foz e outras leccionadas em parceria no Brasil. São 6 as Pós-Graduações de que, no presente ano lectivo, a Universidade Internacional dispõe: Administração Escolar, Direito e Educação; Comportamento Organizacional e Recursos Humanos; Higiene e Segurança no Trabalho; Psicologia do Desporto; Ciência Política; Educação para a Cidadania. Em relação ao número de alunos a frequentar Pós-Graduações verificamos que, tal como se registou com as licenciaturas, o número de alunos em relação ao ano lectivo 1998/1999, também sofreu uma significativa redução. No entanto, no presente ano, houve um aumento do número de alunos para praticamente o dobro do registado no ano anterior. 1.2.3.2 Universidade Católica Portuguesa – Pólo da Figueira da Foz O Pólo da Figueira da Foz do Centro Regional das Beiras da Universidade Católica Portuguesa iniciou as suas actividades em 1991 com a licenciatura em Engenharia Industrial. Este curso, surgiu na década de 90 e foi um dos pioneiros de um movimento de criação de licenciaturas em engenharia e Gestão Industrial em Instituições de ensino superior público e privado, procurando, desta forma, suprimir uma lacuna à muito sentida no país. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 57 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Em 1998/1999, em complemento ao curso de Engenharia, Pólo da Figueira da Foz criou a licenciatura em Gestão Industrial. Licenciatura em Engenharia Industrial O Curso de Engenharia Industrial procura responder à necessidade sentida pelas organizações industriais de disporem de quadros técnicos com competências acrescidas em áreas de Gestão, que complementem, dessa forma, as áreas tecnológicas. QUADRO Nº 26 - Número de alunos do Curso de Engenharia Industrial da Universidade Católica Portuguesa – Pólo da Figueira da Foz, por Ano Lectivo, Ano de Escolaridade e Sexo Ano Lectivo 1º Ano M 2º Ano F M 3º Ano F 1999/2000 19 8 20 2000/2001 17 12 2001/2002 16 1 2002/2003 11 2003/2004 9 M 4º Ano F M 5º Ano F M Total F 6 13 8 8 10 8 10 110 25 6 16 6 5 7 12 9 115 11 12 24 5 6 7 6 3 91 7 1 0 15 13 18 6 12 6 89 3 9 5 10 4 12 12 16 5 85 Fonte: Universidade Católica Portuguesa – Pólo da Figueira da Foz, Novembro/2003 Observando o número de alunos que, nos últimos cinco anos lectivos, frequentaram o Curso de Engenharia Industrial da Universidade Católica Portuguesa – Pólo da Figueira da Foz, verificamos que este curso tem, desde o ano lectivo de 2000/2001, assistido a uma gradual diminuição do número de alunos tendo, no presente ano lectivo, apenas um total de 85 alunos matriculados, distribuídos pelos 5 anos lectivos do curso. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 58 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 18 - Número de alunos do Curso de Engenharia Industrial da Universidade Católica Portuguesa – Pólo da Figueira da Foz, por Ano Lectivo e Sexo 80 70 60 50 40 30 20 10 0 75 68 63 42 57 40 2000/2001 Masculino 32 28 1999/2000 56 2001/2002 29 2002/2003 Fem inino 2003/2004 Fonte: Universidade Católica Portuguesa – Pólo da Figueira da Foz, Novembro/2003 Segundo o gráfico apresentado anteriormente, verificamos que o Curso de Engenharia Industrial é um curso essencialmente constituído por alunos do sexo masculino, uma vez que ao longo dos 5 anos lectivos em análise, estes representam praticamente o dobro dos alunos do sexo feminino. Licenciatura em Gestão Industrial A licenciatura em Gestão Industrial cobre as áreas-chave das ciências Empresariais, como a Gestão Financeiras, a Contabilidade de Gestão, a Gestão de Recursos Humanos, o Marketing e a Estratégia à semelhança de um curso tradicional em Gestão. No entanto, partilhando a vocação industrial com a licenciatura em Engenharia Industrial, aprofunda os domínios associados à Gestão das Operações (tais como Gestão da Produção e Logística). QUADRO Nº 27 - Número de alunos do Curso de Gestão Industrial da Universidade Católica Portuguesa – Pólo da Figueira da Foz, por Ano Lectivo, Ano de Escolaridade e Sexo Ano Lectivo 1º Ano M 2º Ano F M 3º Ano F M F 4º Ano 5º Ano M M F 1999/2000 9 6 7 8 - - - - 2000/2001 4 5 7 8 6 4 - - 2001/2002 5 6 7 9 7 6 2 2 2002/2003 9 4 2 7 7 8 4 2 2003/2004 10 2 7 4 4 6 2 7 Total F - - 30 - - 34 - - 44 - - 43 - - 42 Fonte: Universidade Católica Portuguesa – Pólo da Figueira da Foz, Novembro/2003 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 59 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz O Curso de Gestão Industrial trata-se de um curso relativamente recente na Universidade Católica Portuguesa – Pólo da Figueira da Foz, tendo sido criado apenas no ano lectivo de 1998/1999, daí o reduzido número de alunos por ano lectivo. Nos últimos 5 anos lectivos, verificamos que houve um crescendo do número de alunos até ao ano lectivo de 2001/2002, no entanto, a partir desta data, o número tem vindo a reduzir ligeiramente. GRÁFICO Nº 19 - Número de alunos do Curso de Gestão Industrial da Universidade Católica Portuguesa – Pólo da Figueira da Foz, por Ano Lectivo e Sexo 25 21 20 15 16 23 22 21 17 17 23 19 14 Masculino 10 Fem inino 5 0 1999/2000 2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 Fonte: Universidade Católica Portuguesa – Pólo da Figueira da Foz, Novembro/2003 Contrariamente ao que se passa com os alunos matriculados no Curso de Engenharia Industrial, que se trata de um Curso predominantemente masculino, no curso de Gestão Industrial não existem diferenças significativas quanto à distribuição dos sexos pelos diferentes anos lectivos. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 60 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 20 - Evolução do número de alunos matriculados nos Cursos de Engenharia Industrial e Gestão Industrial da Universidade Portuguesa – Pólo da Figueira da Foz 160 155 140 153 131 120 100 80 59 60 73 122 87 40 20 113 110 20 18 29 34 100 100 43 43 0 / 92 91 / 93 92 / 94 93 / 95 94 / 96 95 / 97 96 Eng. Industrial / 98 97 / 99 98 / 00 99 03 02 / 01 / 20 / 20 00 02 01 0 0 2 2 Gestão Industrial Fonte: Universidade Católica Portuguesa – Pólo da Figueira da Foz Os dados apresentados anteriormente, reportam-se aos alunos matriculados nos diferentes anos lectivos, deixando de parte as eventuais desistências ou transferências ocorridas. Assim, podemos observar que o Curso de Engenharia Industrial iniciou, no ano lectivo de 1991/1992, com apenas 20 alunos, para nos anos seguintes, apresentar um gradual crescimento, o qual se mantém até ao ano lectivo de 1996/1997, com um total de 155 alunos. A partir desse ano, o número de alunos matriculados tem vindo a decrescer, tendo apresentado uma estagnação nos dois últimos anos lectivos, atingindo um total de 100 alunos. Por sua vez, o Curso de Gestão Industrial que iniciou no ano lectivo de 1998/1999 com apenas 18 alunos, nos anos seguintes tem assistido a um aumento do número de alunos matriculados, registando no ano de 2002/2003 um total de 43 alunos. No ano lectivo de 2003/2004, encontram-se 127 alunos a frequentar a Universidade Católica Portuguesa – Pólo da Figueira da Foz, 85 no Curso de Engenharia Industrial e 42 no Curso de Gestão Industrial. Destes 127 alunos 56, ou seja 44,1% pertencem ao Município da Figueira da Foz. Estes dados indicam que este estabelecimento escolar apesar de constituir uma resposta às necessidades educativas dos jovens residentes no Município, comporta na sua maioria estudantes originários de outros Municípios, constituindo assim um recurso não só para o habitantes locais, mas também para todos Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 61 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz aqueles que queiram prosseguir os seus estudos nas áreas da Engenharia Industrial e da Gestão Industrial. 1.3. MODALIDADES ESPECIAIS DE EDUCAÇÃO ESCOLAR 1.3.1. Formação Profissional A Formação Profissional para além de ter como objectivo o complemento da preparação para a vida activa iniciada no Ensino Básico, visa também dotar os indivíduos de conhecimentos e de competências profissionais que facilitem a sua integração no mercado de trabalho. No Município da Figueira da Foz existem 2 estabelecimentos de ensino profissional: o Instituto Tecnológico e Profissional (INTEP) e a Escola Profissional da Figueira da Foz. Instituto Tecnológico e Profissional (INTEP) O Instituto Tecnológico e Profissional da Figueira da Foz constitui um recurso em termos de formação profissional, no Município da Figueira da Foz, quer para os jovens residentes no Município, quer para os que residem nos municípios vizinhos, uma vez que, dos 272 alunos, que nos últimos 5 anos lectivos, frequentaram este Instituto, 39 residiam fora do Município em análise. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 62 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 28 - Alunos Matriculados no INTEP, segundo Curso de Formação, Sexo e Ano Lectivo Ano Lectivo 1998/99 1999/00 2000/01 Curso M Técnico Auxiliar de Infância Técnico de Mec./Manut. Industrial 2002/2003 1 1,11 F % 26 14,29 Total 27 27 30,00 0 0,00 27 Técnico Auxiliar de Infância 1 1,11 25 13,74 26 Técnico Comércio/Marketing 13 14,44 13 7,14 26 Técnico Auxiliar de Infância 0 0,00 25 13,74 25 Técnico de Serviços Jurídicos 7 7,78 16 8,79 23 16 17,78 9 4,95 25 Técnico de Com/Mark/R.P.e Pub. 2001/2002 % Técnico Auxiliar de Infância Técnico de Contabilidade Técnico Auxiliar de Infância Técnico de Promoção de Vendas Total 0 0,00 24 13,19 24 11 12,22 12 6,59 23 1 1,11 22 12,09 23 13 14,44 10 5,49 23 90 100,00 182 100,00 272 Fonte: INTEP, 2004 Nos 5 anos em análise, o número de alunos matriculados tem registado uma ligeira diminuição, passando de 27 alunos no ano lectivo de 1998/99, para 23 no ano lectivo de 2002/2003, sendo os alunos matriculados, na sua maioria (66,9%), do sexo feminino, aparecendo o curso Técnico Auxiliar de Infância, como sendo aquele que tem englobado a maioria das jovens matriculadas. Escola Profissional da Figueira da Foz A Escola Profissional da Figueira da Foz, iniciou a sua actividade em 1992, tendo desde dessa data ministrado os seguintes cursos: - Técnico de Hotelaria/Restauração, Organização e Controlo - Técnico de Hotelaria/Recepção e Atendimento - Técnico de Turismo/Profissionais de Informação e Animação Turística - Animador Sociocultural/Organização e Planeamento A duração destes cursos é de 3 anos e confere equivalência ao 12º ano. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 63 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz São condições de acesso para a entrada nesta Escola o possuir o 2º Ciclo do Ensino Básico e ter até aos 25 anos de idade. QUADRO Nº 29 - Alunos matriculados na Escola Profissional da Figueira da Foz entre o ano lectivo de 1998/1999 e 2002/2003 residentes no Município e fora deste Total % Figueira da Foz % Fora do Município % 249 100 184 73,90 65 26,10 Fonte: Escola Profissional da Figueira da Foz, 2003 Os alunos matriculados na Escola Profissional da Figueira da Foz, entre os anos lectivos de 1998/1999 e 2002/2003 residem na sua maioria no Município da Figueira da Foz, ou seja, 73,9%. No entanto, há a salientar o facto de 26,1% dos alunos matriculados residir fora do Município em análise, o que indica que esta Escola constitui um recurso, não só para o Município da Figueira da Foz, mas também para outros Municípios vizinhos. QUADRO Nº 30 - Alunos matriculados na Escola Profissional da Figueira da Foz, por ano lectivo, Curso Profissional e Sexo 1998/1999 1998/1999 2000/2001 2001/2002 2002/2003 Curso Profissional T. de Hotelaria/Rest., Org. e Controlo H M H M H M H M H M 31 42 16 19 36 42 31 23 38 32 Total 310 T. de Hotelaria/Recepção e Atendimento - - 7 13 5 13 3 11 - - 52 T. de Turismo/Prof. de Inf. e Anim. Turíst. 6 9 10 23 3 15 8 28 5 16 123 Animador Sociocultural/Org. e Plan. 4 13 4 9 - - - - - - 30 41 64 37 64 44 70 42 62 43 48 515 Total Fonte: Escola Profissional da Figueira da Foz, 2003 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 64 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 21 - Evolução do número de alunos matriculados nos últimos 5 anos lectivos na Escola Profissional da Figueira da Foz 120 100 105 114 101 104 91 80 60 40 20 0 1998/99 1999/2000 2000/2001 2001/2002 2002/2003 Fonte: Escola Profissional da Figueira da Foz, 2003 Como é possível observar pelo quadro e pelo gráfico anteriormente apresentados, desde o ano lectivo de 2000/2001 a Escola Profissional da Figueira da Foz tem assistido a uma gradual diminuição do número de alunos matriculados, registando no último ano lectivo em análise, apenas 91 alunos. Ao longo dos 5 anos em análise, os alunos são maioritariamente do sexo feminino, sendo o Curso de Técnico de Hotelaria/Restauração, Organização e Controlo e o Curso de Técnico de Turismo/Profissionais de Informação e Animação Turística aqueles que têm englobado um maior número de alunos ao longo do ano. QUADRO Nº 31 - Alunos desistentes da Escola Profissional da Figueira da Foz, por ano lectivo, Curso Profissional e Sexo 1998/1999 Curso Profissional H M 1999/2000 H M 2000/2001 H M 2001/2002 H M 2002/2003 H Total M T. de Hotelaria/Rest., Org. e Controlo 5 4 0 1 6 7 2 2 4 0 T. de Hotelaria/Recepção e Atendimento - - 2 0 2 2 0 1 - - 7 T. de Turismo/Prof. de Inf. e Anim. Turíst. 0 2 1 1 0 3 - - 1 2 10 Animador Sociocultural/Org. e Plan. 0 4 - - - - - - - - 4 5 10 3 2 8 12 2 3 5 2 52 Total 31 Fonte: Escola Profissional da Figueira da Foz, 2003 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 65 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Observando o número de desistências ocorridas nos últimos 5 anos lectivos, verificamos que é no Curso de Técnico de Hotelaria/Restaurante, Organização e Controlo onde se concentram o maior número de alunos desistentes, sendo estes maioritariamente do sexo feminino. GRÁFICO 22 - Idade dos alunos matriculados na Escola Profissional da Figueira da Foz, nos últimos 5 anos. 200 182 150 108 100 50 81 26 13 5 0 Menos 15 anos 16-17 18-19 20-21 22-23 Mais 23 anos Fonte: Escola Profissional da Figueira da Foz, 2003 Tendo por análise os escalões etários dos alunos matriculados nos últimos 5 anos na Escola Profissional da Figueira da Foz, verificamos que a maioria se concentra nos escalão etário dos 16-17 anos e no dos 18-19 anos, apresentando valores cada vez menores à medida que a idade vai aumentando. QUADRO Nº 32 - Número de alunos reprovados por Ano Lectivo, Curso e Sexo Curso Profissional 1998/1999 H M 1999/2000 H T. de Hotelaria/Rest., Org. e Controlo 5 7 T. de Hotelaria/Recepção e Atendimento - - T. de Turismo/Prof. de Inf. e Anim. Turíst. - - Animador Sociocultural/Org. e Plan. - - Total 5 7 2000/2001 M - H M 2001/2002 H Total M - 6 3 - - 21 - - - - 3 5 8 5 1 - - 3 7 16 3 - - - - - 3 8 1 6 3 6 12 48 Fonte: Escola Profissional da Figueira da Foz, 2003 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 66 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 23 - Percentagem de alunos Aprovados e Reprovados por Ano Lectivo 70% 60% 65% 59% 50% 41% 62% 62% 35% 40% 34% 26% 30% Aprovado Reprovado 20% 10% 0% 1998/1999 1999/2000 2000/2001 2001/2002 Fonte: Escola Profissional da Figueira da Foz, 2003 Ao observarmos a tabela anteriormente apresentada, verificamos que os alunos que frequentaram os últimos 5 anos lectivos da Escola Profissional da Figueira da Foz apesar de serem maioritariamente do sexo feminino, o maior número de reprovações foi verificado pelo alunos Hotelaria/Restaurante, do sexo Organização masculino. e Sendo Controlo e o o curso curso de de Técnico de Técnico de Turismo/Profissionais de Informação e Animação Turística os cursos que nos últimos 4 anos lectivos apresentaram um maior número de alunos reprovados, não sendo estes valores muito significativos, uma vez que também são estes os cursos que ao longo dos anos tem englobado um maior número de alunos. Segundo o gráfico apresentado anteriormente, podemos observar que entre o ano lectivo de 1998/1999 e o ano lectivo de 2000/2001 a percentagem dos alunos reprovados registou uma gradual diminuição. No entanto, no ano lectivo de 2001/2002 os dados apresentados revestem-se de alguma preocupação, uma vez que a percentagem de alunos reprovados é quase o dobro dos obtiveram aprovação nesse mesmo ano. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 67 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 24 - Percentagem de alunos carenciados, com subsidio de transporte e com subsidio de alojamento por ano lectivo 80% 70% 74% 70% 62% 66% 60% 41% 40% 29% 25% Transporte 20% 3% 1% 1998/1999 1999/2000 0% Carenciados 40% 31% 8% 4% 2000/2001 2001/2002 8% Alojam ento 2002/2003 Fonte: Escola Profissional da Figueira da Foz, 2003 A percentagem do número de alunos carenciados tem registado um progressivo aumento nos últimos 5 anos lectivos, registando-se apenas uma ligeira diminuição no ano lectivo de 2002/2003, comparativamente ao ano lectivo anterior. Assim, no ano lectivo de 1998/1999, 25% dos alunos matriculados nos vários cursos da Escola Profissional da Figueira da Foz, foram sinalizados como sendo carenciados, essa percentagem foi aumentando gradualmente atingindo o valor máximo no ano lectivo de 2001/2002, registando uma ligeira perda no ano seguinte. Relativamente, aos alunos com subsídio de transporte, através do gráfico apresentado anteriormente, podemos verificar que o número de alunos tem apresentado valores bastante elevados, atingindo o seu máximo no ano lectivo de 2001/2002, englobando 74% dos alunos matriculados nesse ano. No que diz respeito, ao número de alunos com subsidio de alojamento, as percentagens apesar de serem relativamente baixas, têm registado um ligeiro aumento, tendo nos dois últimos anos lectivos atingido 8% dos total dos alunos matriculados. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 68 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 33 - Número de formadores externos por Ano Lectivo e Habilitações Académicas Curso/Ano Lectivo 1998/1999 1999/2000 2000/2001 2001/2002 2002/2003 Licenciatura 25 29 22 23 21 120 Bacharelato 9 7 5 4 5 30 Freq. Ensino Superior 2 2 3 3 2 12 Técnico/Profissionais 3 4 4 3 2 16 39 42 34 33 30 178 Total Total Fonte: Escola Profissional da Figueira da Foz, 2003 No que diz respeito ao número de formadores externos por ano lectivo e habilitações académicas, verificamos que, nos últimos 5 anos lectivos em análise, os formadores são detentores, na sua maioria, de Licenciatura, logo seguido do Bacharelato. Em menor número surgem aqueles que detêm apenas um Curso Técnico Profissional ou que frequentam o Ensino Superior. Observando o número total de formadores externos por ano lectivo, verificamos que a partir do ano lectivo de 1999/2000, esse número tem registado uma ligeira diminuição, atingindo o valor mínimo de 30 formadores no ano lectivo de 2002/2003. QUADRO Nº 34 - Pessoal não docente por Cargo Ocupado e Ano Lectivo Curso/Ano Lectivo 1998/1999 1999/2000 2000/2001 2001/2002 2002/2003 Total Direcção Executiva 2 2 2 2 1 10 Dir. Pedagógica 1 1 1 1 1 5 Dir. Financeira 1 1 1 1 1 5 Serv. Administrativos 3 3 3 3 3 15 Serv. Auxiliares 3 3 3 3 3 15 10 10 10 10 9 49 Total Fonte: Escola Profissional da Figueira da Foz, 2003 Entre o ano lectivo de 1998/1999 e 2001/2002 a Escola Profissional da Figueira da Foz manteve os mesmos 10 funcionários distribuídos pelos cargos de Direcção Executiva, Pedagógica e Financeira, Serviços Gerais e Auxiliares. No entanto, no último ano lectivo em análise, o pessoal não docente, passou de 10 funcionários para 9, uma vez que a Direcção Executiva dos 2 funcionários que tinha anteriormente passa a ter apenas um. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 69 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Escola Profissional de Montemor-o-Velho A Escola Profissional de Montemor-o-Velho constitui um recurso em termos de formação profissional não só para os jovens residentes no Municipio onde esta Escola se encontra implantada, mas também para os jovens residentes nos Municípios vizinhos, como é o caso do Município da Figueira da Foz. Acolhe, essencialmente, jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 25 anos tendo, no ano lectivo de 2003/04, ao dispôr de todos aqueles que queiram posseguir os seus estudos, através de uma vertente mais profissinalizante, os seguintes cursos: - Técnico de Animação Sóciocultural - Técnico de Informática/Gestão - Técnico de Construção Civil - Técnico de Sistemas de Informação Geográfica - Técnico de Higiene e Segurança no Trabalho e Ambiente. GRÁFICO Nº 25 - Número de alunos a frequentar a Escola Profissional de Montemor-o-Velho, residentes no Município da Figueira da Foz e sua distribuição por ano lectivo. 90 89 88 85 81 82 80 78 75 70 1999/00 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 Fonte: Escola Profissional da Figueira da Foz, Fevereiro/2004 O Município da Figueira da Foz é o Município, logo a seguir a Montemor-o-Velho, que nos últimos 5 anos lectivos, tem um maior número de alunos matriculados na Escola Profissional de Montemor-o -Velho. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 70 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Teve o máximo de alunos matriculados, residentes no Município da Figueira da Foz, no ano lectivo de 1999/2000, num total de 89 alunos, baixando ligeiramente nos dois anos lectivos seguintes. Volta a sentir um crescimento no ano lectivo de 2002/03 e uma nova quebra no ano lectivo de 2003/2004, contando actualmente com 78 alunos matriculados, pertencentes ao Município em análise. 1.3.2. Ensino Recorrente O Ensino Recorrente é destinado aos indivíduos que não tiveram oportunidade de se enquadrar no sistema de educação escolar na idade normal de formação, tendo como objectivo último, a eliminação do analfabetismo e a obtenção da escolaridade mínima. QUADRO Nº 35 - Alunos a frequentar o 1º Ciclo do Ensino Recorrente, Curso de S. Julião, segundo o Grupo Etário, Sexo, e condição perante o R.M.G. Condição Perante R.M.G: <20 M F 21 - 30 31-40 M M F 41-50 F M F 51-60 61-70 M M F > 71 F M Total F Benef. R.M.G 0 0 1 6 5 5 1 6 1 2 0 1 0 0 28 Não Beneficiários 0 1 1 0 0 2 1 1 0 0 0 5 0 1 12 Total 0 1 2 6 5 7 2 7 1 2 0 6 0 1 40 Fonte: Coordenação Concelhia de Ensino Recorrente e Educação Extra-Escolar da Figueira da Foz, 2002/2003 No Município da Figueira da Foz, no ano lectivo de 2002/2003, existiam 2 cursos dirigidos a todos aqueles que possuíam uma idade superior a 15 anos, mas que ainda não tinham completado o 1º Ciclo do Ensino Básico. Um dos cursos decorria na Freguesia de S. Julião da Figueira da Foz e contava com um total de 40 alunos (desses 40, registou-se apenas um caso de abandono escolar). Na sua maioria, tratavam-se de indivíduos beneficiários do Rendimento Mínimo Garantido (RMG/RSI) que assinaram o acordo de inserção na área da educação, pretendendo-se com esta medida elevar as qualificações académicas dos beneficiários da medida, com vista à sua integração no mercado de trabalho. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 71 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Tratava-se de um público maioritariamente feminino (75%), e que se encontrava em plena idade activa, ou seja, cujas idades se situavam entre os 21 e os 50 anos. QUADRO Nº 36 - Alunos a frequentar o 1º Ciclo do Ensino Recorrente, Curso da Serra da Boa Viagem, segundo o Grupo Etário, Sexo, e condição perante o R.M.G. Condição perante R.M.G: <20 M 21 - 30 F M 31-40 F M 41-50 F M 51-60 F M 61-70 F M > 71 F M Total F Ben. R.M.G 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2 0 0 0 0 3 Não Beneficiários 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 13 0 5 20 Total 0 0 1 0 0 0 0 1 0 3 0 13 0 5 23 Fonte: Coordenação Concelhia de Ensino Recorrente e Educação Extra-Escolar da Figueira da Foz, 2002/2003 No mesmo ano lectivo, e com o Curso do 1º Ciclo do Ensino Básico da Serra da Boa Viagem, a realidade apresentou-se um pouco diferente da observada no Curso de S. Julião da Figueira da Foz. Assim, dos 23 alunos matriculados, apenas 3 eram beneficiários do RMG/RSI, onde 22 eram mulheres e apenas 1 era homem. Um dado curioso apontava para o facto da maioria dos alunos matriculados, 78%, não ser beneficiário do RMG/RSI, ser do sexo feminino e ter idade superior a 61 anos, o que revela uma forte motivação por parte deste público na continuidade da sua escolarização. Existem mais 2 cursos de alfabetização prestes a começar, um deles em S. Pedro e o outro em Lavos, mas que ainda aguardam monitor. A falta de recursos humanos é o principal constrangimento apontado pela Coordenadora da Extensão Educativa, indicando que antes da implementação da Medida do Rendimento Mínimo Garantido, os professores destacados eram suficientes para o número de alunos existentes, no entanto, após o início da Medida o volume de alunos matriculados aumentou consideravelmente, não sendo acompanhado esta evolução pelo aumento do número do pessoal docente. Esta realidade leva a que cerca de 12 pessoas em Lavos e 17 em S. Pedro aguardem a vinda de um monitor, sendo algumas destas pessoas beneficiárias do RMG/RSI e com acordo de inserção assinado na área da educação. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 72 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Paralelamente, à falta de recursos humanos a baixa motivação dos beneficiários do RMG/RSI, para a frequência do Ensino Recorrente e a procura de cursos de Formação Profissional que confiram uma bolsa de formação aos formandos em detrimento do tradicional Ensino Recorrente, constituem outros dois constrangimentos com os quais a Coordenadora da Extensão Educativa da Figueira da Foz se tem confrontado. Por último, foi ainda apontado a precariedade das instalações onde decorre o curso de S. Julião, como sendo mais uma dificuldade sentida pelo Ensino Recorrente no Município. Relativamente ao 2º Ciclo do Ensino Recorrente, não existe actualmente no Município da Figueira da Foz, este nível de ensino. Este constrangimento deve-se ao facto das actuais exigências do Ministério da Educação, que obrigam as turmas a ser constituídas por 25 alunos e não por 15 como em anos anteriores. Esta norma leva a que várias pessoas que queiram prosseguir os seus estudos se vejam impedidas de o fazer. Para todos aqueles que queiram frequentar o 3º Ciclo e Secundário é possível fazê-lo na E.B.2,3 Dr. Joaquim de Carvalho e na Secundária Dr. Bernardino Machado, através do Sistema de Ensino por Unidades Capitalizáveis, tendo no ano lectivo de 2001/2002, frequentado 252 e 210 alunos, respectivamente. 1.4. EDUCAÇÃO EXTRA-ESCOLAR Segundo a Lei de Bases do Sistema Educativo “a educação extra-escolar tem como objectivo permitir a cada indivíduo aumentar os seus conhecimentos e desenvolver as suas potencialidades, em complemento da formação escolar ou em suprimento da sua carência” (Lei de Bases do Sistema Educativo – Lei nº46/86, de 14 de Outubro, Artº 23º, nº 1). A Educação Extra-Escolar visa a globalidade e a continuidade da acção educativa, procurando eliminar o analfabetismo literal e funcional, contribuindo para a efectiva igualdade de oportunidades educativas. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 73 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 37 - Projectos e Parcerias Escolas Cristina Torres Dr. Pedrosa Veríssimo Projectos Programa de Educação para a Saúde PRODEP Desporto Escolar Ciência Viva Oficina Pedagógica Meteorologia Dia a Dia Parceiros Centro de Saúde, CAE, DREC Empresas da zona, Jardins de Infância, ATL CAE,DREC Ministério da Educação Prog. Ciência Viva do Min. da Ciência e Tecnologia, Protecção Civil, E.B. 1º Ciclo Matos, Sampaio, Sobral e Porto Godinho. Projecto Ciência Viva do Ministério da Ciência e Tecnologia Ao encontro do Universo/ Ao encontro das Vocações 2 Projectos no âmbito do Programa “Ciência Ministério da Ciência e Tecnologia E.B. 2,3 Viva” Alhadas Projecto de “Actividades de Tempos Livres” Ministério da Ciência e Tecnologia Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 É com o objectivo de assegurar a ocupação criativa dos tempos livres dos jovens, potenciando atitudes de solidariedade social e de participação na vida da comunidade que a E.B.2,3 de Alhadas, a E.B.2,3 Dr. Pedrosa Veríssimo e a Secundária com 3º Ciclo de Cristina Torres, promoveram vários projectos, que envolveram os mais diversos parceiros. Assim, a Secundária com 3º Ciclo de Cristina Torres desenvolveu no ano lectivo de 2001/2002 os projectos: Programa de Educação para a Saúde (PES), PRODEP, Desporto Escolar e o Projecto Ciência Viva. Por outro lado, a E.B.2,3 Dr. Pedrosa Veríssimo, teve uma Oficina Pedagógica, o Projecto Dia a Dia e o Projecto “Ao encontro do Universo/ Ao encontro das Vocações”. Por fim, surge a E.B.2,3 das Alhadas com dois projectos no âmbito do Programa “Ciência Viva” e um Projecto de Actividades de Tempos Livres. 1.5. APOIOS E COMPLEMENTOS EDUCATIVOS 1.5.1 Promoção do Sucesso Escolar Insucesso Escolar: Como forma de combate ao insucesso escolar “são estabelecidas e desenvolvidas actividades e medidas de apoio e complemento educativos visando contribuir para a igualdade de oportunidades de acesso e sucesso escolar” (Lei de Bases do Sistema Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 74 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Educativo – Lei nº46/86, de 14 de Outubro, Artº 24º, nº 1). No entanto, existem alunos que continuam a apresentar insucesso escolar, o qual se encontra associado aos mais diversos factores e que exigem um acompanhamento especial e diferenciado. Anos Esc. 2º e 3º Ciclos QUADRO Nº 38 - Alunos com insucesso escolar no ano lectivo de 2001/2002 e sua distribuição por escola Pedrosa Veríssimo Colégio de Quiaios 2º e 3º Ciclo Alhadas Infante D. Pedro Dr. João de Barros Alunos Alunos Alunos Alunos Alunos M F Total M F Total M F Total M F Total M F Total 5º 0 1 1 1 0 1 7 1 8 12 3 15 17 31 48 6º 5 4 9 0 1 1 7 2 9 13 6 19 9 3 12 7º 5 7 12 8 0 8 10 1 11 6 1 7 10 13 23 8º 0 3 3 3 3 6 3 6 9 1 6 7 9 13 22 9º 1 3 4 1 0 1 5 2 7 1 0 1 8 5 13 11 18 29 13 4 17 32 12 44 33 16 49 53 65 118 Total Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 Anos Esc. Secundário e 3º Ciclos QUADRO Nº 39 - Alunos com insucesso escolar no ano lectivo de 2001/2002 e sua distribuição por escola Dr. Joaquim Carvalho Cristina Torres Dr. Bernardino Machado Alunos Alunos Alunos M F Total M F Total M F Total 7º 0 0 0 1 2 3 -- 8º 1 0 1 4 4 8 -- -- 9º 0 0 0 2 1 3 -- -- 10º 30 22 52 26 27 53 12 1 13 11º 15 12 27 10 13 23 1 2 3 12º 33 16 49 29 51 80 0 0 0 79 50 129 72 98 170 13 3 16 Total Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 A escola que apresenta um maior número de alunos com insucesso escolar é a Secundária com 3º Ciclo de Cristina Torres, apresentando um total de 170 alunos, ou seja, Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 75 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz 19,8% dos 859 alunos da escola. De seguida, surge a Secundária com 3º Ciclo Dr. Joaquim de Carvalho, em que 129 alunos, ou seja, 12,7% foram sinalizados com insucesso escolar e a E.B.2,3 Dr. João de Barros com 118 alunos, correspondendo a 14,4% do total dos alunos da escola. As restantes escolas registam valores inferiores aos apresentados anteriormente, oscilando entre os 49 alunos na E.B.2,3 Infante D. Pedro e os 16 na Secundária Dr. Bernardino Machado. GRÁFICO 26 - Alunos com insucesso escolar por nível de ensino 300 300 250 200 150 123 149 100 50 0 2º Ciclo 3º Ciclo Se cundár io Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 Observando o número de alunos que apresentam insucesso escolar, tomando em consideração o nível de ensino em que se encontram, verificamos que à medida que aumenta o nível de escolaridade aumenta, de igual forma, o número de alunos com insucesso escolar. Associado a esta realidade podem estar diversos factores, desde a falta de infra-estruturas de apoio à educação até ás estruturas familiares existentes e que se repercutem numa baixa literacia. Abandono Escolar: Ao fazer o Diagnóstico da Educação no Município da Figueira da Foz, torna-se imperativo observar dados relativos aos casos de abandono escolar existentes, procurando relacionar os números constactados com questões mais profundas e que podem afectar a continuidade da escolaridade por parte de franjas da população mais fragilizada socialmente. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 76 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 40 - Número de casos de abandono escolar nos anos lectivos 2000/2001 e 2001/2002 2º e 3º Ciclos Anos Esc. Pedrosa Veríssimo 2000/2001 M F 2º e 3º Ciclo Alhadas 2001/2002 Total M F 2000/2001 Total M F 2001/2002 Total M F Total 5º 0 0 0 2 0 2 0 0 0 0 0 0 6º 0 2 2 0 2 2 0 0 0 0 0 0 7º 1 0 1 2 0 2 0 0 0 2 0 2 8º 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 9º 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 4 4 2 6 0 0 0 2 1 3 Total Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 Anos Esc. 2º e 3º Ciclos QUADRO Nº 41 - Número de casos de abandono escolar nos anos lectivos 2000/2001 e 2001/2002 Colégio de Quiaios 2000/2001 M F Infante D. Pedro 2001/2002 Total M F 2000/2001 Total M F E.B.2,3 Dr. João de Barros 2001/2002 Total M F 2000/2001 Total M F 2001/2002 Total M F Total 5º 0 0 0 1 0 1 2 0 2 5 0 5 4 1 5 5 3 8 6º 0 1 1 0 0 0 0 0 0 3 2 5 1 1 2 2 1 3 7º 6 0 6 3 0 3 3 0 3 0 0 0 0 2 2 0 2 2 8º 1 1 2 1 0 1 0 0 0 0 1 1 4 3 7 2 3 5 9º 0 0 0 1 1 2 0 0 0 0 0 0 0 2 2 3 2 5 7 2 9 6 1 7 5 0 5 8 3 11 9 9 18 12 11 23 Total Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 Anos Esc. 2º e 3º Ciclos QUADRO Nº 42 - Número de casos de abandono escolar nos anos lectivos 2000/2001 e 2001/2002 Dr. Joaquim de Carvalho 2000/2001 M F Cristina Torres 2001/2002 Total M F 2000/2001 Total M F 2001/2002 Total M F Total 7º 0 0 0 1 2 3 1 0 1 6 0 6 8º 0 0 0 0 0 0 0 1 1 3 0 3 9º 0 0 0 0 0 0 2 1 3 1 4 5 0 0 0 1 2 3 3 2 5 10 4 14 Total Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 77 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO 27 - Número de casos de abandono escolar nos anos lectivos 2000/2001 e 2001/2002 e sua distribuição por escola Cristina Torres 14 5 Dr. Joaquim de Carvalho 0 3 Dr. João de Barros 18 Inf. D. Pedro 0 2001/2002 11 5 E.B.2,3 Alhadas 23 2000/2001 3 7 Colégio Quiaios 9 Pedrosa Verissimo 4 0 5 6 10 15 20 25 Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 Observando o total das E.B.2,3 e Secundárias com 3º Ciclo do Município da Figueira da Foz apenas o Colégio de Quiaios apresentou uma diminuição do número de casos de abandono escolar, passando de 9 casos, no ano lectivo de 2000/2001, para 7 no ano lectivo de 2001/2002. Nas restantes E.B.2,3 do Município, verificou-se um aumento do número de casos de abandono escolar nos dois anos lectivos em análise. É exemplo disso a E.B.2,3 Pedrosa Veríssimo que passou de 4 para 6 alunos e da E.B.2,3 Infante D. Pedro, que passa de 5 casos de abandono escolar, no ano lectivo de 2001/2002, para 11 no ano lectivo seguinte. Por outro lado, a E.B.2,3 das Alhadas e a Secundária com 3º Ciclo Dr. Joaquim de Carvalho que, no ano lectivo de 2000/2001, não sinalizaram nenhum caso de abandono escolar, no ano lectivo seguinte, ambas registaram 3 casos. O maior aumento de casos de abandono escolar foram registados pela E.B. 2,3 Dr. João de Barros e pela Secundária com 3º Ciclo de Cristina Torres, tendo a primeira registado um aumento de 6 casos de abandono escolar e a segunda um aumento de 9 casos. O fenómeno do abandono escolar parece ser uma problemática sentida mais de perto pelos rapazes do que pelas raparigas, na medida em que, nos dois anos lectivos em Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 78 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz análise, foram estes que em maior número abandonaram o sistema educativo. Assim, no ano lectivo de 2000/2001, no total do Município da Figueira da Foz, foram sinalizados 26 alunos do sexo masculino que abandonaram o 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico. No ano seguinte, esse número sofreu um aumento significativo, passando para 42 alunos. Por outro lado, no grupo dos alunos do sexo feminino, o número de casos de abandono escolar apresenta-se abaixo dos valores apresentados pelos rapazes, tendo-se registado no ano lectivo de 2000/2001, um total de 15 casos, sofrendo, de igual forma, um acréscimo no ano seguinte, passando para 22 raparigas que abandonaram o ensino. GRÁFICO N.º 28 - Nº de casos de abandono escolar por nível de ensino 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 41 29 26 2000/2001 2001/2002 12 2º Ciclo 3º Ciclo Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 Fazendo uma análise comparativa entre os anos lectivos 2000/2001 e 2001/2002, verificamos que o número total de alunos que abandonaram o 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico no Município da Figueira da Foz aumentou, passando de 41 casos para 67. Os dados apontam para uma reflexão preocupante e que se prende com o aumento do número de alunos que abandonaram o 2º e o 3º Ciclos, deixando desta forma de frequentar o Ensino, sem terem completado a Escolaridade Obrigatória. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 79 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Currículos Alternativos: O Despacho Normativo 98-A/92, de 20 de Junho cria um novo modelo de avaliação dos alunos do Ensino Básico, o qual “prevê a aplicação de medidas de compensação educativa, traduzidas no desenvolvimento de programas específicos e ou alternativos, destinados a superar dificuldades detectadas no decurso do processo de aprendizagem” (Despacho nº 22/SEEI/96, DR. Nº 140 – II de 19/06/96). A criação de currículos alternativos surge assim como uma via inovadora e com inúmeras potencialidades na procura de soluções alternativas que se ajustem à diversidade de casos que não se enquadram, quer no Ensino Regular, quer no Ensino Recorrente. GRÁFICO N.º 29 - Alunos com Currículos Alternativos e sua distribuição por escola Bernardino Machado 0 Cristina Torres 0 Dr. Joaquim de Carvalho 2 Dr. João de Barros 54 Inf. D. Pedro 85 E.B.2,3 Alhadas 22 Colégio Quiaios 0 Pedrosa Verissimo 11 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 No ano lectivo de 2001/2002 eram a E.B 2,3 Infante D. Pedro e a Secundária com 3º Ciclo Dr. João de Barros as escolas que tinham um maior número de alunos com currículos alternativos, 85 e 54 alunos, respectivamente. De seguida, surge a E.B.2,3 de Alhadas com 22 alunos, a E.B.2,3 Pedrosa Veríssimo com 11 e a Secundária com 3º Ciclo Dr. Joaquim de Carvalho com 2. As restantes escolas, no ano lectivo em questão não sinalizaram qualquer aluno com currículos alternativos. Através destes dados surge uma questão e que se prende com o facto da Secundária com 3º Ciclo de Cristina Torres ser a Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 80 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz escola onde foram registados um maior número de alunos com insucesso escolar, sendo também aquela que apresenta uma maior taxa de abandono escolar, no entanto não regista nenhum aluno com currículos alternativos, sendo esta uma modalidade educativa que visa a aplicação de medidas de compensação dirigida a alunos com dificuldades de adaptação ao Ensino Regular. 1.5.2. Apoio a alunos com Necessidades Educativas Especiais O Decreto-Lei nº 6/2001, de 18 de Janeiro definiu Alunos com Necessidades Educativas Especiais de carácter permanente todos “os alunos que apresentem incapacidade ou incapacidades que se reflictam numa ou mais áreas de realização de aprendizagens, resultantes de deficiências de ordem sensorial, motora ou mental, de perturbações da fala e da linguagem, de perturbações graves da personalidade ou do comportamento ou graves da personalidade ou do comportamento ou graves problemas de saúde”. (Decreto-Lei nº 6/2001 de 18 de Janeiro, Art.10º). Para os alunos com Necessidades Educativas Especiais de carácter permanente, existe a modalidade de Educação Especial, a qual pressupõe a adaptação das condições em que se processa o ensino – aprendizagem, a esse tipo de alunos. A Educação Especial traduzse nas seguintes medidas: - Equipamentos especiais de compensação - Adaptações materiais - Adaptações Curriculares - Condições especiais de matrícula; - Condições especiais de frequência; - Condições especiais de avaliação; - Adequação na organização de classes ou turmas; Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 81 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz - Apoio pedagógico acrescido; - Ensino Especial. Existe actualmente uma política que orienta os seus princípios para a adaptação da escola ao aluno e não o contrário, devendo existir uma escola inclusiva, aberta a todas as crianças e jovens capaz de satisfazer as necessidades diversas dos seus alunos, adaptando-se aos vários estilos de aprendizagem de forma a garantir um bom nível de educação para todos. Assim, importa conhecer esta realidade no Município da Figueira da Foz, nomeadamente o número de crianças com Necessidades Educativas Especiais, por nível de Ensino. Intervenção Precoce O Projecto Integrado de Intervenção Precoce (PIIP) do Distrito de Coimbra é constituído por um conjunto de serviços que mediante a assinatura de um protocolo uniram esforços com o intuito de apoiar famílias com crianças dos 0-3 anos que apresentem algumas das seguintes problemáticas: - Que evidenciam algum atraso de desenvolvimento, ou que apresentam síndromes que se associem a esse atraso; - Que passaram por situações que as colocam em risco de vir a ter problemas no seu desenvolvimento; - Inseridas em meios com problemas Sócio-Económicos. Foram vários os serviços que assinaram o protocolo e colaboraram neste Projecto, a saber: - Administração Regional de Saúde de Coimbra (ARS); - Direcção Regional de Educação do Centro (DREC); - Centro Hospitalar de Coimbra – Hospital pediátrico/ Centro Desenvolvimento Criança (HP/CDC); Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 82 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz - Centro Regional de Segurança Social de Coimbra (CESSC); - Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental – APPACDM; - IPSS’s Em todos os Municípios do distrito de Coimbra há um Núcleo de Intervenção Local, constituído por uma equipa de técnicos, é com base no trabalho desenvolvido pelo Núcleo que intervém no Município da Figueira da Foz que podemos fazer a caracterização das crianças existentes no Município, com uma idade inferior a 3 anos, e que no ano lectivo 2002/2003, tiveram o apoio deste serviço. QUADRO Nº 43 - Crianças apoiadas pela Equipa de Intervenção Precoce e sua caracterização por tipo de problemática Domínio Cognitivo Caracterização Sexo Dificuldades de Aprendizagem Severas H 2 M 0 H 4 M 2 Atraso Desenvolvimento Audição Surdez Profunda Fala, Linguagem e Comunicação Sem Caracterização Nº H 4 M 0 H 1 M 0 H 1 M 1 Total 15 Fonte: Centro da Área Educativa de Montemor- o -Velho Assim, actualmente estão a ser acompanhadas 15 crianças, em que 2 delas apresentam dificuldades de aprendizagem severas, 6 atraso de desenvolvimento, 4 surdez profunda, 1 com dificuldades associadas à Fala, Linguagem e Comunicação e 2 crianças sem caracterização. Das 15 crianças mencionadas anteriormente 6 encontram-se integradas Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 83 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz num estabelecimento escolar no entanto, 9 não se encontram inseridas em nenhuma Creche ou Jardim de Infância. Pré-Escolar Ao nível do Ensino Pré-Escolar foram sinalizadas 49 crianças, na sua maioria do sexo masculino (37), sendo o Atraso de Desenvolvimento a problemática que maior representatividade apresenta no total das problemáticas referidas, logo seguida dos problemas associados à Fala, Linguagem e Comunicação (15 crianças). QUADRO Nº 44 - Crianças com Necessidades Educativas Especiais a frequentar o ensino Pré-Escolar e sua caracterização por tipo de problemática Domínio Visão Caracterização Sexo Visão Reduzida Multideficiência Cognitivo Atraso Desenvolvimento Audição Surdez Profunda Fala, Linguagem e Comunicação Autismo Emoc./Pers. Graves Problemas de Comportamento Nº H 1 M 0 H 1 M 3 H 14 M 2 H 0 M 4 H 13 M 2 H 5 M 0 H 3 M 1 Total 49 Fonte: Centro da Área Educativa de Montemor- o -Velho Das 49 crianças sinalizadas praticamente todas elas estão integradas numa estrutura de ensino, geralmente num Jardim de Infância, no entanto 4 destas crianças, 2 com Multideficiência, e 2 com Autismo, no presente ano lectivo não se encontram a frequentar nenhum estabelecimento de ensino. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 84 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz 1º Ciclo do Ensino Básico: No 1º Ciclo do Ensino Básico foram sinalizadas 132 crianças com Necessidades Educativas Especiais, o que significa que das 2162 crianças que se encontram matriculadas no ano lectivo de 2002/2003, 6,1% encontram-se sob uma modalidade de Educação Especial. QUADRO Nº 45 - Crianças com Necessidades Educativas Especiais a Freqüentar o 1º Ciclo e sua caracterização por tipo de problemática Domínio Caracterização Motor Motor Visão Visão Reduzida Sexo Multideficiência Cognitivo Dificuldades de Aprendizagem Severas Surdez Moderada Audição Surdez Profunda Fala, Linguagem Comunicação Autismo Saúde Emocionais/ Personalidade Problemas Graves de Comportamento Sem Caracterização Nº H 2 M 4 H 2 M 1 H 8 M 3 H 19 M 17 H 3 M 3 H 8 M 6 H 18 M 3 H 1 M 0 H 3 M 0 H 19 M 9 H 1 M 2 Total 132 Fonte: Centro da Área Educativa de Montemor- o -Velho Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 85 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Das 132 crianças sinalizadas 63,6% são rapazes, sendo as Dificuldades de Aprendizagem Severas a problemática apresentada por um maior número de crianças (36), seguido dos Problemas Graves de Comportamento (28) destacando-se, nesta problemática, o número de crianças do sexo masculino, 19 contra 9 do sexo feminino. Os problemas relacionados com a Fala, Linguagem e Comunicação também assumem valores que se revestem de alguma preocupação, uma vez que afecta 18 rapazes e 3 raparigas. 2º e 3º Ciclos do Ensino Básicos e Secundário Através do inquérito realizado pela Equipa da Rede Social e passado a todas as E.B.2,3 e Secundárias do Município da Figueira da Foz podemos verificar que são sobretudo os rapazes aqueles que em maior número apresentam Necessidades Educativas Especiais, tendo sido sinalizados um total de 128 rapazes e 73 raparigas, ou seja, 201 alunos. Anos Esc. 2º e 3º Ciclos QUADRO Nº 46 - Alunos com NEE a frequentar o 2º e 3º Ciclos no ano lectivo 2001/2002 e sua distribuição por Escola e ano de escolaridade Pedrosa Veríssimo Colégio de Quiaios 2º e 3º Ciclo Alhadas Infante D. Pedro Dr. João de Barros Alunos C/ NEE Alunos C/ NEE Alunos C/ NEE Alunos C/ NEE Alunos C/ NEE M M M M F M F Total F Total F Total F Total Total 5º 0 4 4 6 1 7 5 3 8 8 2 10 23 10 33 6º 5 3 8 3 3 6 2 0 2 7 2 9 5 8 13 7º 1 3 4 6 2 8 2 0 2 9 2 11 2 2 4 8º 3 3 6 0 0 0 0 0 0 1 3 4 2 0 2 9º 3 3 6 4 0 4 1 0 1 3 2 5 1 4 5 12 16 28 19 6 25 10 3 13 28 11 39 33 24 57 Total Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 86 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Secundário /3º Ciclo Anos Esc. QUADRO Nº 47 - Alunos com NEE a frequentar o 2º, 3º Ciclos e Secundário no ano lectivo 2001/2002 e sua distribuição por Escola e ano de escolaridade Dr. Joaquim Carvalho Cristina Torres Dr. Bernardino Machado Alunos C/ NEE Alunos C/ NEE Alunos C/ NEE M F Total M F Total M F Total 7º 3 6 9 5 2 7 - - - 8º 0 0 0 1 2 3 - - - 9º 1 0 1 3 2 5 - - - 10º 0 0 0 0 0 0 4 1 5 11º 0 0 0 0 0 0 4 0 4 12º 1 0 1 0 0 0 4 0 4 5 6 11 9 6 15 12 1 13 Total Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 GRÁFICO Nº 30 - Alunos com NEE e sua distribuição por escola Bernardino Machado 13 Cristina Torres 15 Joaquim de Carvalho 11 Dr. João Barros 57 Inf. D. Pedro 39 2º e 3º Alhadas 13 25 Colégio Quiaios Pedrosa Ver. 28 0 10 20 30 40 50 60 Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 Das Escolas do 2º e 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz é a E.B.2,3 Dr. João de Barros aquela que apresenta um maior número de crianças com Necessidades Educativas Especiais, 57 alunos, seguida da E.B.2,3 Infante D. Pedro, com 39 e da E.B.2,3 Pedrosa Veríssimo, com 28. As restantes escolas apresentam números que oscilam entre os 25 alunos (Colégio de Quiaios) e os 11 (Secundária com 3º Ciclo Dr. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 87 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Joaquim de Carvalho). É possível ainda constatar que são as Escolas Secundárias aquelas que apresentam um menor número de crianças com NEE. GRÁFICO Nº 31 - Alunos com NEE por Nível de Ensino 100 100 87 80 60 40 14 20 0 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 Através do gráfico acima apresentado, verificamos que no ano lectivo 2001/2002 existiam 100 crianças com NEE a frequentar o 2º Ciclo do Ensino Básico, 87 a frequentar o 3º Ciclo e 14 a frequentar o Secundário, o que leva a concluir que, à medida que a escolaridade aumenta, o número de crianças com N.E.E. diminui. Estes dados sugerem algumas reflexões, nomeadamente no acompanhamento e no apoio que é prestado a estas crianças, bem como ao tipo de recursos de que se dispõe, de forma a possibilitar a continuidade dos estudos para além da escolaridade mínima obrigatória. 1.5.3. Apoio Psicológico e Orientação Escolar e Profissional Segundo a Lei de Bases do Sistema Educativo “O apoio ao desenvolvimento psicológico dos alunos e à sua orientação escolar e profissional, bem como o apoio psicopedagógico às actividades educativas e ao sistema de relações da comunidade escolar, são realizados por serviços de psicologia e orientação escolar profissional inseridos em estruturas regionais escolares” (Lei de Bases do Sistema Educativo – Lei nº46/86, de 14 de Outubro, Artº 26º) Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 88 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 48 - Técnicos a trabalhar nas Escolas Básicas do 2º e 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz Escolas Psicólogo Técnico de Orientação Escolar e Profissional Técnico de Serviço Social Dr. João de Barros ? ? ? Dr. Bernardino Machado 1 0 0 Cristina Torres 1 1 0 Colégio de Quiaios 1 0 0 Dr. Pedrosa Verissimo 1 0 0 Infante D.Pedro 0 0 0 1(a) 1 1 E.B. 2,3 Alhadas 0 0 0 Total 5 2 1 Dr. Joaquim Carvalho Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 Nota: O psicólogo desempenha funções de Técnico de Orientação Escolar e Profissional Através do quadro acima apresentado, podemos verificar que existem 5 psicólogos pertencentes às E. B. 2,3 e Secundárias do Município, estando eles distribuídos pela Secundária Dr. Bernardino Machado, Secundária com 3º Ciclo de Cristina Torres e pela Secundária com 3º Ciclo Dr. Joaquim de Carvalho e pelas Escolas Básicas do 2º e 3º Ciclos Dr. Pedrosa Verissimo e Colégio de Quiaios. Relativamente à existência de técnicos de Serviço Social, apenas a Secundária com 3º Ciclo de Cristina Torres e Dr. Joaquim de Carvalho declararam dispor deste recurso técnico. No que diz respeito, ao técnico de orientação escolar e profissional, apenas a Secundária com 3º Ciclo Dr. Joaquim de Carvalho declarou possuir este recurso, que acumula com as funções de Psicólogo. 1.5.4. Acção Social Escolar Com o objectivo de promover medidas de combate à exclusão social e de igualdade de oportunidades no acesso e sucesso escolar o Ministério da Educação assumiu uma série Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 89 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz de medidas de apoio sócio-educativo aos alunos do Ensino Básico e Secundário. Essas medidas prendem-se sobretudo com a atribuição de benefícios em espécie ou de natureza pecuniária, devendo o seu montante ser modelado em função das condições económicas apresentadas pelos agregados familiares dos alunos. A atribuição dos escalões A e B prende-se com a capitação do agregado e com o nível de ensino frequentado pelo aluno. 1º Ciclo do Ensino Básico Segundo dados fornecidos pela Divisão de Educação e Acção Social da Câmara Municipal da Figueira da Foz, entre o ano lectivo de 2001/2002 e 2002/2003 verificou-se uma diminuição dos alunos subsidiados pelo Escalão A, passando de 460 alunos para 333. Por sua vez, o número de alunos apoiados pelo Escalão B teve um ligeiro aumento, de 256 no ano lectivo de 2001/2002 para 276 no ano lectivo seguinte. QUADRO Nº 49 - Número de alunos a frequentar o 1º Ciclo do Ensino Básico, no ano lectivo de 2001/2002 e 2002/2003, por Escalão Ano lectivo Nº Subsidiados Escalão A Total Escalão B 2001/2002 460 256 716 2002/2003 333 276 609 Fonte: DEAS - Câmara Municipal da Figueira da Foz No geral, nos dois anos em análise, verificou-se uma diminuição, do total dos alunos subsidiados, passando dos 716 alunos, no ano lectivo de 2001/2002, para os 609 no ano lectivo seguinte. 2º, 3º Ciclos do Ensino Básico e Secundário Para além dos alunos a frequentar as escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico do Município da Figueira da Foz e que se encontram apoiados com o subsídio de acção social escolar Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 90 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz importa observar, de igual forma, o número de estudantes subsidiados, a frequentar o 2º e 3º ciclos e Secundárias do Município. Anos Esc. 2º e 3º Ciclo QUADRO Nº 50 - Número de alunos subsidiados, no ano lectivo de 2001/2002, por Escola, Nível de Ensino e Escalão Pedrosa Veríssimo Colégio de Quiaios Escalão Escalão A B 2º e 3º Ciclo Alhadas Escalão A Escalão B Dr. João de Barros Infante D. Pedro Escalão Escalão A B Escalão A Escalão Escalão B A Escalão B 5º 22 7 35 9 29 6 35 2 97 7 6º 32 2 38 7 37 3 38 3 60 11 7º 19 3 38 1 35 5 28 7 23 8 8º 18 3 18 4 26 3 25 6 39 3 9º 9 3 26 4 14 3 27 4 19 1 100 18 155 25 141 20 153 22 238 30 Total Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 Total Anos Esc. Secundário/ 3º Ciclo QUADRO Nº 51 - Número de alunos subsidiados, no ano lectivo de 2001/2002, por Escola, Nível de Ensino e Escalão Dr. Joaquim de Carvalho Escalão A Dr. Bernardino Machado Cristina Torres Escalão B Escalão A Escalão B Escalão A Escalão B 7º 12 0 23 3 -- -- 8º 4 2 23 2 -- -- 9º 8 2 13 1 -- -- 10º 10 5 33 13 24 19 11º 7 1 12 10 9 3 12º 4 5 12 3 1 7 45 15 116 32 34 29 Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 No Município da Figueira da Foz, nas escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias, existiam no ano lectivo de 2001/2002, um total de 1173 alunos subsidiados, ou seja, perto de 22% do total dos alunos que frequentavam estes níveis de ensino no referido ano lectivo. A maioria Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 91 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz dos subsidiados concentrava-se no Escalão A, cerca de 84%, auferindo do Escalão B apenas 16% dos alunos. GRÁFICO Nº 32 - Alunos Subsidiados, por Escalão e por Escola 29 34 32 Bernardino Machado Cristina Torres 15 Dr. Joaquim de Carvalho 116 45 Dr. João de Barros 30 Inf. D. Pedro 22 E.B.2,3 Alhadas 20 238 155 18 Pedrosa Verissimo 0 Escalão A 153 141 25 Colégio Quiaios Escalão B 100 50 100 150 200 250 Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 Através dos quadros e do gráfico apresentados anteriormente, podemos verificar que a escola que apresenta um maior número de alunos subsidiados é a Secundária com 3º Ciclo Dr. João de Barros, com 238 alunos pertencentes ao Escalão A e 30 ao Escalão B. De seguida, surgem as Escolas Básicas do 2º e 3º Ciclos, destacando-se o Colégio de Quiaios com 180 alunos subsidiados, a E. B. 2,3 Infante D. Pedro com 175 e a E. B. 2,3 das Alhadas com 161. São as Escolas Secundárias que aparecem como sendo aquelas que têm um menor número de alunos subsidiados, surgindo em primeiro lugar a Secundária com 3º Ciclo de Cristina Torres com 148 alunos subsidiados, seguida da Secundária Dr. Bernardino Machado com 63 e da Secundária com 3º Ciclo Dr Joaquim de Carvalho. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 92 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 33 - Número de alunos por Nível de Ensino e Escalão 500 447 423 400 300 Escalão A 200 100 Escalâo B 112 57 68 2º Ciclo 3º Ciclo 66 0 Secundário Fonte: Rede Social – Inquérito realizado às escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz – Abril, 2002 A maioria dos alunos subsidiados concentram-se no 3º Ciclo do Ensino Básico, cerca de 44%, logo seguido do 2º Ciclo com 40,9% dos alunos subsidiados, o que significa que se encontram dentro da escolaridade mínima obrigatória. Apenas 15,2% frequenta o Ensino Secundário. Estes dados parecem indicar que os alunos que continuam os seus estudos para além do 9º ano de escolaridade pertencem a agregados familiares que auferem rendimentos cuja capitação atinge valores superiores aos permitidos pelo Ministério da Educação para a atribuição do subsidio escolar. Ao verificar-se uma diminuição tão grande do número de alunos subsidiados entre o 3º Ciclo do Ensino Básico e o Ensino Secundário, subsiste a dúvida se os alunos cujos agregados auferem baixos rendimentos, prosseguem os seus estudos, ou abandonam o ensino após completarem a escolaridade obrigatória. 1.5.5. Apoio de Saúde Escolar Segundo a Lei de Bases do Sistema Educativo, ao aluno deverá ser “realizado o acompanhamento do saudável crescimento e desenvolvimento (...), o qual é assegurado, em princípio, por serviços especializados dos centros comunitários de saúde em articulação com as estruturas escolares”. (Lei de Bases do Sistema Educativo – Lei nº46/86, de 14 de Outubro, Artº 28º). É neste sentido, que o Ministério da Educação em parceria com o Ministério da Saúde, levam a cabo o Programa de Saúde Escolar, o qual Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 93 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz visa abranger todas as crianças que frequentam o ensino Pré-escolar e o 1º Ciclo do Ensino Básico. No Município da Figueira da Foz, os técnicos envolvidos no Programa de Saúde Escolar 2002/2003, são: 1 Médico de Saúde Pública 1 Técnica de Saúde Oral 2 Enfermeiras 2 Técnicas de Higiene e Saúde Ambiental 1 Motorista Dirigida à população que frequenta o Ensino Pré-Escolar o Programa de Saúde Escolar promove a Educação para a Saúde através do fornecimento de algumas noções básicas no âmbito da Higiene e Alimentação e a Saúde Oral garantindo a distribuição de flúor a 100% dos alunos. Ao nível do 1º Ciclo do Ensino Básico este Programa desenvolve as seguintes acções: Educação para a Saúde - onde são abrangidos 50% dos alunos a frequentar este nível de ensino; Programa de Saúde Oral – Consiste na distribuição de flúor aos alunos, tendo esta acção uma cobertura de 100%. São ainda aplicados selantes aos nascidos em 1995; Exame global de saúde a todos os alunos que entram no 1º ano; Encaminhamento dos alunos com Necessidades de Saúde Especiais; Verificação do cumprimento do Plano Nacional de Vacinação; Avaliação das condições de segurança, higiene e salubridade a todas as escolas do 1º ciclo. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 94 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz O Despacho Conjunto 734/2000 do Ministério da Educação e do Ministério da Saúde vem reforçar a parceria entre estes dois sectores, fomentando o desenvolvimento sustentado do processo de alargamento da Rede Nacional de Escolas Promotoras de Saúde garantindo que as Escolas ou Agrupamentos de Escolas e os Centros de Saúde assumam responsabilidades complementares na promoção de saúde da comunidade educativa alargada. A Rede visa essencialmente a criação de condições para a promoção da saúde das crianças e dos jovens e a prevenção de acidentes e doenças nestes grupos etários, procurando envolver os diferentes agentes do sistema educativo. Para além da Rede Nacional de Escolas Promotoras de Saúde o Centro de Saúde tem um outro programa específico: Trabalho Seguro Melhor Futuro. Este Programa baseia-se numa parceria realizada entre o Instituto de Desenvolvimento e Inspecção das Condições de Trabalho (IDICT), a Direcção Regional da educação do Centro (DREC) e a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC). São objectivos deste Programa a abordagem de princípios básicos de prevenção de riscos profissionais. 1.5.6. Transporte Escolar Segundo o disposto no Decreto-Lei nº 299/84, de 5 de Setembro, podem candidatar-se ao serviço de transporte escolar todos os alunos do ensino oficial – 1º, 2º e 3º Ciclos e Secundário – bem como os alunos de estabelecimentos de ensino particular ou cooperativo que possuam cumulativamente, contrato de associação e paralelismo ou autonomia pedagógica, quando residam a mais de três ou quatro quilómetros dos estabelecimentos de ensino, respectivamente sem ou com refeitório. Esta rede assenta na utilização de carreiras normais de passageiros das transportadoras a operar no Município e nos caminhos de ferro. Tendo em conta as áreas pedagógicas de influência das escolas e a rede de transportes existentes a área de influência do Plano de Transportes Escolares é a área do Município da Figueira da Foz. Não têm direito ao Serviço de Transportes Escolares os alunos que se Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 95 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz matriculem em estabelecimento de ensino em desacordo com as áreas de influência definida em Rede Escolar. Podem ainda ser subsidiados os alunos residentes no Município da Figueira da Foz, mas que frequentam um estabelecimento de ensino noutro Município, desde que: Não tenham no Município da Figueira da Foz a área vocacional escolhida; Tenham Necessidades Educativa Especiais que aconselham a frequência de outro estabelecimento de ensino. GRÁFICO Nº 34 - Plano de Transportes Escolares 2002/2003 e 2003/2004 600 535 500 383 400 300 200 225 197 161 486 511 388 347 347 337 202 194 192 130 111 100 0 s s s o o os do ro lho re dr da im iai ha ar or va ha Pe u ss c r l T i B . a r Q A Ca M de .D Ve io ina B. B. de Inf P. ist ão lég E. J. o Cr Jo C 2002/2003 2003/2004 Fonte: Divisão de Educação e Acção Social da Câmara Municipal da Figueira da Foz Como é possível visualizar através do gráfico acima exposto, entre o ano lectivo de 2002/2003 e 2003/2004, verificou-se uma ligeira diminuição quanto à previsão do número de alunos a utilizar o transporte escolar. Enquanto no ano lectivo de 2002/2003 se previa um total de 2572 a beneficiar de transporte escolar, no ano lectivo de 2003/2004 essa previsão sofre uma redução, passando para 2179 alunos. No presente ano lectivo, a Secundária com 3º Ciclo de Cristina Torres é o Estabelecimento de Ensino do Município da Figueira da Foz em que foi previsto um maior número de alunos Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 96 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz a beneficiar de transporte escolar, totalizando 535 alunos, seguido do Colégio de Quiaios, com 511 e da Secundária Bernardino Machado, com 388 alunos. Prevê-se que para o ano lectivo de 2003/2004 para além dos estabelecimentos de ensino representados no gráfico, seja ainda assegurado o transporte a 1 criança que frequenta a Escola Básica do 1º Ciclo Rui Martins e que é acompanhada pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens da Figueira da Foz e a 3 crianças com Necessidades Educativas Especiais apoiadas pela Equipa dos Apoios Educativos. 2. EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL 2.1. EMPREGO O índice de emprego é um dos factores que caracteriza um Município. Nos últimos anos, a estrutura económica tem sofrido grandes alterações que se encontram intimamente ligadas às novas relações criadas entre as estruturas familiares e o mercado de trabalho. Com o inicio do Século XXI assiste-se à entrada da mulher no mercado de trabalho, o que conduziu a uma transformação sem precedentes no seio da maioria das estruturas familiares e na organização social dos diferentes Estados. A Taxa de Actividade ao permitir definir o peso da população activa sobre o total da população, torna-se um indicador que assume alguma relevância na análise do mercado de trabalho. QUADRO Nº 52 - Taxas de Actividade no Baixo Mondego e no Município da Figueira da Foz 1991 2001 Baixo Mondego Figueira da Foz Baixo Mondego Figueira da Foz Tx de Actividade 44,1% 42,3% 46,8% 45,7% Tx de Actividade Masculina 53,5% 52,9% 52,9% 52,6% Tx de Actividade Feminina 35,7% 32,5% 41,3% 39,3% Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 1991 e Censos 2001 Taxa de Actividade Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 97 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Como é possível ver pelo quadro exposto, a Taxa de Actividade, quer Masculina, quer Feminina, tanto no Censos de 1991 como no de 2001, no Município da Figueira da Foz, sempre apresentou valores abaixo das taxas apresentadas pelo Baixo Mondego. A leitura que mais ressalta dos dados apresentados está directamente associada ao número cada vez maior de mulheres a entrar no mercado de trabalho, sendo que a Taxa de actividade feminina no Baixo Mondego passa de 35,7% para 41,3% em 2001 e no Município da Figueira da Foz essa variação positiva é ainda mais acentuada, passando de 32,5% em 1991 para 39,3% em 2001. Apesar deste forte aumento do número de mulheres no mercado de trabalho, nos últimos dez anos, a mão-de-obra do Município é maioritariamente masculina apesar da ligeira diminuição da taxa de actividade, que passou de 52,9% em 1991 para 52,6% em 2001. O cálculo da taxa de actividade ao permitir definir o peso da população activa sobre o total da população constitui um importante indicador a tomar em consideração. QUADRO Nº 53 - População residente por Taxa de Actividade e Sexo em 1991 e 2001 Zona Geográfica Zona Norte Zona Urbana Zona Sul Figueira da Foz Taxa de Actividade (%) Freguesias Alhadas Brenha Bom Sucesso Ferreira-a-Nova Maiorca Quiaios Santana 1991 2001 HM H M 41,3 41,1 44,7 50,8 40,0 38,0 37,2 54 51,8 49,7 58,8 55,3 52,1 52,8 29,6 30,6 40,0 43,4 25,9 24,9 22,9 HM H M 44,3 49,7 43,0 44,5 44,1 42,2 45,5 53,3 59,0 49,8 54,0 54,7 48,4 53,9 35,8 40,8 36,6 35,6 34,2 36,2 37,9 40,3 S. Pedro 40,8 50,5 31,8 45,3 50,5 Buarcos 40,9 51,1 31,6 46,2 52,4 40,6 S.Julião 46,3 54,5 39,2 46,4 51,6 42,1 Tavarede 46,0 53,9 38,4 53,4 57,1 49,8 Vila Verde 40,2 51,9 29,3 44,5 50,7 38,5 Alqueidão 40,9 55 27,5 43,0 51,5 35,4 Borda Campo 48,9 54 44,1 43,7 53,9 34,1 Lavos 37,4 51,9 23,5 42,3 50,6 34,6 Marinha das Ondas 37,7 53 23,5 44,1 53,8 35,1 Paião 38,5 49,4 28,5 41,1 50,3 32,8 42,3 52,9 32,5 45,7 52,6 39,3 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal, Censos 1991 e Censos 2001 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 98 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Observando a distribuição da taxa de actividade pelas várias freguesias que constituem o Município da Figueira da foz, verificamos que as maiores taxas concentram-se na Zona Urbana, com especial destaque para a Freguesia de Tavarede que no ano de 2001 era aquela que apresentava uma maior taxa de actividade, com 53,4%. No último Censos destaca-se ainda a Freguesia de Brenha com 49,7%, que foi a segunda Freguesia com uma maior taxa de actividade do Município. Por outro lado, é na Zona Sul que aparece a Freguesia em que este indicador aparece com valores mais baixos. Tratase da Freguesia do Paião que apesar de ter passado de uma taxa de actividade de 38,5% em 1991 para 41,1% em 2001 apresentou, neste último ano, a menor taxa de actividade registada no Município. QUADRO Nº 54 - População Residente Empregada, segundo o Sector de Actividade Económica e Sexo, por Situação na Profissão Situação na Profissão Sector Primário HM Empregador Sector Secundário H HM H Sector Terciário HM H Total HM H 214 138 830 694 1607 826 2651 1658 261 100 621 403 1019 481 1901 984 57 8 14 9 113 21 184 38 812 634 8204 6091 12396 5365 21412 12090 Membro Activo Cooperativa 6 6 2 2 4 2 12 10 Outra Situação 14 7 67 29 214 104 295 140 1364 893 9738 7228 15353 6799 26455 14920 Trabalhador Conta Própria Trabalhador Familiar não remunerado Trabalhador Conta Outrem Total Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 2001 Ao observarmos a população residente empregada segundo o Sector de Actividade e a Situação na Profissão, verificamos que a maioria é trabalhador do Sector Terciário e encontra-se na categoria Trabalhador por Conta de Outrém, ou seja, 46,9% do total da população empregada. Em segundo lugar temos a categoria de Empregador, existindo no Município 2651, estando o maior número também concentrado no Sector Terciário. Em terceiro lugar, surgem os Trabalhadores por Conta Própria, onde em 2000, existiam 1901, Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 99 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz ou seja 7,2% da população empregada. Por fim, encontram-se os Trabalhadores Familiares Não Remunerados, sendo esta uma mão-de-obra essencialmente feminina, e os Membros Activos de Cooperativas. QUADRO Nº 55 - População Residente com actividade económica, segundo o grupo etário e o nível de instrução Nível de Instrução 15-29 30-44 45-59 60+ S/ Nível de Ensino 26 64 147 221 1º Ciclo 525 2495 4172 924 2º Ciclo 1251 2385 731 109 3º Ciclo 1473 1588 770 124 Secundário 2821 2994 1055 102 Ensino Superior 1417 1893 985 128 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 2001 Analisando os dados relativos à população residente com actividade económica verificamos que a mão-de-obra no Município tende a ser cada vez mais qualificada, uma vez que a população com níveis de escolaridade mais baixa, situam-se na sua maioria no escalão etário dos 45-59 anos, no entanto à medida que baixa a idade tende a aumentar o nível de instrução. Estes valores são o reflexo de um conjunto de políticas de âmbito nacional com o objectivo de elevar os níveis de instrução da população, de forma a ingressar no mercado de trabalho uma mão de obra cada vez mais qualificada e competitiva. QUADRO Nº 56 - População Residente, com Actividade Económica, empregada segundo a situação na profissão Zona Trab. Conta Trab. Familiar Não Emp. Geográfica Própria Remunerado Baixo Mondego 14899 10685 1523 Figueira da Foz 2651 1901 184 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 2001 Trabalhador por Conta de Outrém 119731 21412 Membro Act. Coop. 114 12 Outra Situação 2156 295 Da população residente com actividade económica a maioria, 21412, é trabalhador por conta de outrém, sendo o segundo Município do Baixo Mondego com um maior número de empregadores e o terceiro em termos do número de trabalhadores por conta própria. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 100 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz 2.2. DESEMPREGO O cálculo da Taxa de Desemprego permite definir o peso da população desempregada sobre o total da população activa. QUADRO Nº 57 - Taxas de Desemprego no Baixo Mondego e no Município da Figueira da Foz 1991 2001 Baixo Mondego Figueira da Foz Baixo Mondego Figueira da Foz Tx de Desemprego 5,9% 7,7% 6,4% 7,4% Tx de Desemprego Masculina 4,0% 5,0% 4,8% 5,0% Tx de Desemprego Feminina 8,5% 11,7% 8,3% 10,4% Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 1991 e Censos 2001 Taxa de Desemprego Assim, segundo os dados fornecidos pelo INE a Taxa de Desemprego, quer masculina, quer feminina encontrava-se em 1991 e 2001 acima das taxas apresentadas pelo Baixo Mondego. O fenómeno do desemprego parece afectar sobretudo a população feminina, uma vez que, e apesar da evolução positiva verificada nos últimos 10 anos, a Taxa de Desemprego Feminina, em 2001, representa o dobro da apresentada pela taxa de desemprego masculina. QUADRO Nº 58 - População Residente Sem Actividade Económica, segundoo grupo etário Pop. S/ Actividade Económica 15-29 30-44 45-59 60+ Estudantes 4542 44 3 5 Domésticas 264 1030 1857 1315 Reformados 46 134 1416 12198 Incapacitados para trabalho 97 190 293 530 4949 1398 3569 14048 Total Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 2001 Observando a população residente no Município, sem actividade económica, verificamos que o maior número são estudantes e reformados. As domésticas também representam um número significativo, no total da população sem actividade económica, 4466, sendo o escalão dos 45-59 anos, aquele que engloba um maior número de mulheres. Por fim, surgem os incapacitados para o trabalho, categoria caracterizada sobretudo por pessoas com mais de 45 anos. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 101 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 59 - População Residente segundo a procura de emprego no Baixo Mondego e no Município da Figueira da Foz 1991 2001 Procura 1º Procura Novo Procura 1º Procura Novo Total Total Emprego Emprego Emprego Emprego Baixo Mondego 8553 2720 5833 10194 2847 7347 Figueira da Foz 2002 458 1544 2127 498 1629 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 1991 e Censos 2001 Zona Geográfica Entre 1991 e 2001 o número de indivíduos que se encontravam à procura de 1º emprego e de novo emprego no Município da Figueira da Foz sofreu um ligeiro aumento, passando de 2002 pessoas para 2127. Segundo o Censos 2001 dos 2127, a maioria, 76,6% dos indivíduos procurava novo emprego e 23,2% encontrava-se à procura de novo emprego. QUADRO Nº 60 - População residente desempregada no Baixo Mondego e no Município da Figueira da Foz, segundo o Nível de Instrução Nível de Instrução Não sabe ler e escrever Completo 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Ensino Superior Total Figueira da Foz 130 30 2362 479 116 Incompleto 471 Frequenta 25 2 Completo 1198 295 74 Incompleto 358 Frequenta 26 7 Completo 706 196 131 Incompleto 485 Frequenta 104 24 Completo 868 218 959 233 513 77 Ensino Incompleto Secundário Frequenta Ensino Médio Baixo Mondego Completo 17 2 Incompleto 10 1 Completo 865 145 Incompleto 146 14 Frequenta 951 83 10194 2127 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 2001 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 102 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Ao fazermos uma caracterização da população residente desempregada, constatamos que são sobretudo os indivíduos com baixos níveis de instrução, possuindo apenas o 1º Ciclo do Ensino Básico, aqueles que mais dificuldade têm em se integrar no mercado de trabalho. No entanto, e contrariamente ao que seria de supor, o detentores de cursos superiores também parecem ter alguma dificuldade em serem absorvidos pela esfera económica, contrariamente aos que possuem um Ensino Médio, em que apenas 2 indivíduos, com este grau de ensino completo, em 2001, se encontravam desempregados. GRÁFICO 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 Nº 35 - População Residente, Desempregada segundo o Grupo Etário 900 682 469 76 15-29 30-44 45-59 60 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 2001 Como é possível visualizar através do gráfico abaixo exposto, o número dos desempregados diminui à medida que a idade aumenta. Esta constatação reveste-se de alguma preocupação, na medida em que é o escalão da população mais jovem, entre os 15 e os 29 anos, aquele que detém um maior número de população desempregada, o que denota que para além de serem os jovens aqueles que possuem um nível de escolaridade mais elevada, são também estes que mais dificuldade encontram em integrar-se profissionalmente. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 103 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz 2.2.1 – Atribuições de um Centro de Emprego A um Centro de Emprego, enquanto unidade orgânica do IEFP, compete-lhe genericamente contribuir para uma eficaz organização e funcionamento do mercado de Emprego, nomeadamente através dos apoios prestados aos trabalhadores para obtenção de emprego adequado e em estreita colaboração com os empregadores no recrutamento de trabalhadores (D.L 132/99 de 21 de Abril). Ainda na linha directiva do Decreto - Lei, o funcionamento do mercado de emprego incorpora os seguintes eixos de intervenção: 1- Informação pública sobre emprego e formação; 2- Análise do mercado de emprego, através da recolha e utilização da informação disponível, tendo em conta a sua evolução no País e nos sectores de actividade, profissões e regiões, sem esquecer o enquadramento internacional; 3- Levantamento das necessidades e das ofertas de formação; 4- Participação no diálogo social através da promoção de parecerias, redes, observatórios, nacionais e transnacionais e outras entidades que actuem em prol da prevenção e solução dos problemas de emprego. Na opinião de Mário Caldeira Dias “a situação do mercado de emprego tem vindo a reflectir-se no chamado coeficiente de desajustamento estrutural que traduz a coexistência de níveis reduzidos de colocações, em relação às ofertas, e de pessoas desempregadas sem a ocupação efectiva dos postos de trabalho vagos” (1997, in Revista Sociedade e Trabalho, nº1). De facto, a economia e a sociedade de informação, são fenómenos que operam rápidas e profundas mudanças na sociedade local e global. A competitividade dentro e fora da União Europeia requer, por parte de todos os actores, inovação e capacidade de antecipar mudanças. Não estar preparado para enfrentar as permanentes mudanças contextuais, pode significar um preço muito alto: desemprego e exclusão social. O combate a estes dois fenómenos exige adequação entre a oferta e a procura do mercado de emprego, o que implica que os indivíduos sejam dotados de qualificações e Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 104 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz competências que lhes permitam acompanhar o ritmo das transformações do mercado de emprego e da sociedade em geral. A questão da empregabilidade, terá de ser analisada no contexto das transformações do mercado de trabalho e consequente mercado de emprego, emergindo novas competências ligadas às mudanças técnico-organizativas e na difusão de formas atípicas de emprego. 2.2.2. População inscrita no Centro de Emprego da Figueira da Foz Apesar da taxa de desemprego no Município da Figueira da Foz ter sofrido uma ligeira redução entre 1991 e 2001, apresentava, no último Censos valores percentuais superiores à Região do Baixo Mondego. Considerou-se, assim pertinente conhecer um pouco melhor a situação actual da população desempregada no Município em análise. Os dados disponibilizados pelo Centro de Emprego da Figueira da Foz (CE), reportados a Janeiro de 2003, permitiram o tratamento e análise de algumas características de todos os indivíduos maiores de 15 anos inscritos no CE, “sem trabalho e disponíveis para trabalhar” (desempregado), mas também empregados à procura de novo emprego, residentes no Município da Figueira da Foz. Por se entender ter especial interesse para o presente Pré-Diagnóstico e por forma a permitir um primeiro esboço do perfil da população inscrita, escolheram-se as variáveis sexo, idade, habilitações literárias e Código Nacional das Profissões (CNP). Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 105 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 61 -Residentes do Município da Figueira da Foz inscritos no CE por Grupo Etário e Sexo Grupos Etários H Nº M % Nº Total % Nº % 15-19 53 6,04 58 4,08 111 4,83 20-24 122 13,90 218 15,34 340 14,79 25-29 117 13,33 233 16,40 350 15,22 30-34 87 9,91 169 11,89 256 11,14 35-39 74 8,43 179 12,60 253 11,00 40-44 86 9,79 139 9,78 225 9,79 45-49 60 6,83 140 9,85 200 8,70 50-54 80 9,11 122 8,59 202 8,79 55-59 99 11,28 113 7,95 212 9,22 60-64 89 10,14 40 2,81 129 5,61 65 e + 11 1,25 10 0,70 21 0,91 Total 878 100,00 1421 100,00 2299 100,00 Fonte: Centro de Emprego da Figueira da Foz/Equipa Técnica da Rede Social - Jan. 2003 Como é possível observar através do Quadro anteriormente apresentado, trata-se de um desemprego maioritariamente feminino, na medida em que foram identificadas 1421 mulheres desempregadas, para um total de 878 homens, ou seja, do total da população inscrita no CE, 61,8% são mulheres. Um outro dado preocupante, prende-se com a idade dos desempregados, uma vez que é a faixa etária entre os 20 e os 29 anos aquela que engloba um maior número de população inscrita. Sendo de salientar que na população masculina inscrita, o grupo etário dos 55-64 anos ocupa uma parcela significativa dos residentes inscritos. Este grupo carece de especial atenção, uma vez que se trata de indivíduos que ainda não atingiram a idade da reforma, e que, ou se encontram desempregados, ou numa situação precária de trabalho. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 106 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 62 - Residentes do Município da Figueira da Foz inscritos no CE por Habilitações Literárias e Sexo H Habilitações Literárias Nº Sem Escolaridade Não sabe ler % 12 Nº 1,37 Total % 20 Nº % 1,41 32 1,39 26 2,96 78 5,49 104 4,52 1º CEB (4º ano) 255 29,04 392 27,59 647 28,14 Ensino Básico 2º CEB (6º ano) 182 20,73 277 19,49 459 19,97 3º CEB (9º ano) 20,44 Ensino Secundário Ensino Superior Total Sabe Ler M 215 24,49 255 17,95 470 11º ano 35 3,99 90 6,33 125 5,44 12º ano 104 11,85 208 14,64 312 13,57 Bacharelato 13 1,48 14 0,99 27 1,17 Licenciatura 36 4,10 87 6,12 123 5,35 Mestrado 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Doutoramento 0 0,00 0 0,00 0 0,00 878 100,00 1421 100,00 2299 100,00 Fonte: Centro de Emprego da Figueira da Foz/Equipa Técnica da Rede Social - Jan. 2003 São sobretudo, aqueles que apenas possuem como Habilitações Literárias o 1º Ciclo do Ensino Básico os que, em maior número, são atingidos pelo fenómeno do desemprego. Os dados parecem indicar que são os detentores de habilitações literárias mais baixas, aqueles que mais de perto sentem a falta de emprego. No entanto, os dados fornecidos apontam ainda para um número considerável de inscritos cujas habilitações académicas são ao nível do 12º ano e até da licenciatura, tendo o número de indivíduos nesta última categoria, sofrido um significativo aumento nos últimos meses, segundo informações dadas pelos técnicos do Centro de Emprego. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 107 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 63 - Residentes do Município da Figueira da Foz inscritos no CE segundo o Código Nacional de Profissões e Sexo Código Nacional de Profissões Quadros Sup. da Adm. Pública, Dirigentes e Quadros Sup. de Empresas Especialistas das Profissões Intelectuais e Cientificas Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio Pessoal Administrativo e Similares Pessoal dos Serviços e Vendedores Agricultores e Trabalhadores Qualificados da Agricultura e Pescas Operários, Artífices e trabalhadores Similares Operadores de Instalações e Máquinas e Trabalhadores de Montagem Trabalhadores não Qualificados Total H Nº M % Total Nº % Nº % 7 0,80 13 0,91 20 0,87 44 90 101 60 5,01 10,25 11,50 6,83 79 59 267 423 5,56 4,15 18,79 29,77 123 149 368 483 5,35 6,48 16,01 21,01 30 3,42 27 1,90 57 2,48 235 26,77 119 8,37 354 15,40 161 18,34 54 3,80 215 9,35 150 17,08 380 26,74 530 23,05 878 100,00 1421 100,00 2299 100,00 Fonte: Centro de Emprego da Figueira da Foz/Equipa Técnica da Rede Social - Jan. 2003 Tendo por base o Código Nacional das Profissões, a maioria dos inscritos no CE são Trabalhadores não Qualificados, ou seja, 23,05%. De seguida, surge o Pessoal dos Serviços e Vendedores, com 21% e o Pessoal Administrativo e Similares englobando um total de 16,01% dos inscritos. No entanto, convém salientar que esta distribuição é diferente entre ambos os sexos. Enquanto, nos homens o grupo profissional que engloba um maior número de indivíduos é o dos Operários, Artífices e Trabalhadores Similares (26,8%), nas mulheres é o grupo profissional do Pessoal dos Serviços e Vendedores (29,8%). É o grupo dos Quadros Superiores da Administração Pública, Dirigentes e Quadros Superiores de Empresas e o dos Agricultores e Trabalhadores Qualificados da Agricultura e Pescas aqueles que têm uma menor representação no conjunto dos inscritos no Centro de Emprego. 2.2.3. Grupos específicos Confirmando a preocupação já manifestada pelo CE, constatou-se que o grupo dos Titulares de Habilitações Académicas de Nível Superior representa 5,3% do total da Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 108 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz população inscrita, ou seja, um potencial de recursos que está a ser excluído profissionalmente e que importa caracterizar. Por outro lado, considerando os grupos que podem apresentar maior risco de exclusão profissional e social, optou-se por também por caracterizar os Beneficiários de Subsidio de Desemprego, os Beneficiários de Rendimento Mínimo Garantido e os Portadores de Deficiência. 2.2.3.1. Titulares de Habilitações Académicas de Nível Superior Os desempregados titulares de Habilitações Académicas de Nível Superior são uma recente realidade que tem vindo a preocupar os técnicos deste Centro de Emprego. Apesar de se tratar de um público com qualificações o mercado de trabalho parece não conseguir absorver esta mão-de-obra, constituindo assim um novo problema social que nos últimos anos tem vindo a engrossar a lista dos desempregados inscritos no CE. QUADRO Nº 64 -Residentes no Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, titulares de Habilitações Académicas de Nível Superior, por Grupos Etários e Sexo Grupos Etários H Nº M % Nº Total % Nº % 15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65 e + 0 10 9 6 3 2 2 2 1 1 0 0,00 27,78 25,00 16,67 8,33 5,56 5,56 5,56 2,78 2,78 0,00 0 12 41 19 8 4 1 0 0 0 0 0,00 14,12 48,24 22,35 9,41 4,71 1,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0 22 50 25 11 6 3 2 1 1 0 0,00 18,18 41,32 20,66 9,09 4,96 2,48 1,65 0,83 0,83 0,00 Total 36 100,00 85 100,00 121 100,00 Fonte: Centro de Emprego da Figueira da Foz/Equipa Técnica da Rede Social - Jan. 2003 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 109 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Trata-se de um novo público, maioritariamente feminino, uma vez que 70,2% deste público é constituído por mulheres. Caracteriza-se de igual forma como sendo um grupo jovem, na medida em que uma grande parte tem idades dos indivíduos identificados tem compreendidas entre os 20 e os 34 anos. Este grupo é basicamente composto por professores que não obtiveram colocação na rede de ensino e pelos detentores de licenciaturas em Ciências Sociais. QUADRO Nº 65 - Residentes no Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, Titulares de Habilitações Académicas de Nível Superior, segundo o Código Nacional das Profissões e Sexo H Código Nacional de Profissões Nº Quadros Sup. da Adm. Pública, Dirigentes e Quadros Sup. de Empresas Especialistas das Profissões Intelectuais e Cientificas M % Nº Total % 3 8,33 12 Nº % 14,12 15 12,40 71,07 26 72,22 60 70,59 86 Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio 0 0,00 9 10,59 9 7,44 Pessoal Administrativo e Similares 1 2,78 3 3,53 4 3,31 Pessoal dos Serviços e Vendedores 2 5,56 0 0,00 2 1,65 Agricultores e Trabalhadores Qualificados da Agricultura e Pescas 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Operários, Artífices e trabalhadores Similares 2 5,56 0 0,00 2 1,65 Operadores de Instalações e Máquinas e Trabalhadores de Montagem 1 2,78 0 0,00 1 0,83 Trabalhadores não Qualificados 1 2,78 1 1,18 2 1,65 85 100,00 121 100,00 Total 36 100,00 Fonte: Centro de Emprego da Figueira da Foz/Equipa Técnica da Rede Social - Jan. 2003 Os desempregados titulares de habilitações académicas de nível superior segundo o Código Nacional de Profissões pertencem, na sua maioria, ao grupo dos Especialistas das Profissões Intelectuais e Científicas, seguido do grupo profissional dos Quadros Superiores da Administração Pública, Dirigentes e Quadros Superiores de Empresas não existindo diferenças significativas entre homens e mulheres. Dirigido aos licenciados e bacharéis desempregados o Instituto de Emprego e Formação Profissional promoveu um programa designado por FORDESQ (Formação para Activos Desempregados Qualificados), o qual dá possibilidade às entidades públicas ou privadas, acreditadas pelo INOFOR, em se candidatar, para dar formação a este tipo de público. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 110 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz 2.2.3.2. Beneficiários de Subsídio de Desemprego Os beneficiários de subsídio de desemprego inscritos no CE é uma outra categoria que importa observar, uma vez que representam 49,3% do total dos inscritos no referido Centro. QUADRO Nº 66 - Residentes no Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, beneficiários do subsidio de desemprego, por Grupos Etários e Sexo Grupos Etários H Nº M % Nº Total % 12 2,63 20-24 38 8,32 73 10,80 111 9,80 25-29 40 8,75 103 15,24 143 12,62 30-34 37 8,10 88 13,02 125 11,03 35-39 39 8,53 86 12,72 125 11,03 40-44 41 8,97 70 10,36 111 9,80 45-49 38 8,32 83 12,28 121 10,68 50-54 54 11,82 72 10,65 126 11,12 55-59 76 16,63 65 9,62 141 12,44 60-64 75 16,41 27 3,99 102 9,00 Total 0,15 % 15-19 65 e + 1 Nº 13 1,15 7 1,53 8 1,18 15 1,32 457 100,00 676 100,00 1133 100,00 Fonte: Centro de Emprego da Figueira da Foz/Equipa Técnica da Rede Social - Jan. 2003 Assim, foi identificado um total de 1133 beneficiários de subsidio de desemprego, 457 homens e 676 mulheres. Observando a distribuição do número de inscritos pelos diferentes escalões etários e em ambos os sexos, verificamos que os homens apresentam uma percentagem mais elevada no grupo etário entre os 50 e os 64 anos, constituindo assim um grupo que é preciso ter uma especial atenção, uma vez que, apesar de se encontrarem em plena idade activa e ainda não atingiram a idade da reforma, o mercado de trabalho também parece não oferecer condições para os absorver. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 111 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Por sua vez as mulheres, entre os 25 e os 39 anos representam uma percentagem igualmente elevada. Trata-se de uma população que apresenta pouca disponibilidade para a mobilidade, quer profissional quer geográfica, uma vez que os encargos familiares, na maior parte das vezes, sobrepõem-se à realização profissional. QUADRO Nº 67 - Residentes no Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, beneficiários do subsidio de desemprego, segundo as Habilitações Literárias e Sexo H Habilitações Literárias Nº Sem Escolaridade Ensino Básico Ensino Secundário Ensino Superior Não sabe ler Sabe Ler M % 10 2,19 Nº Total % 13 1,92 Nº % 23 2,03 21 4,60 49 7,25 70 6,18 1º CEB (4º ano) 169 36,98 233 34,47 402 35,48 2º CEB (6º ano) 84 18,38 121 17,90 205 18,09 17,48 3º CEB (9º ano) 99 21,66 99 14,64 198 11º ano 12 2,63 34 5,03 46 4,06 12º ano 46 10,07 84 12,43 130 11,47 Bacharelato 7 1,53 9 1,33 16 1,41 Licenciatura 9 1,97 34 5,03 43 3,80 Mestrado 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Doutoramento 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Total 457 100,00 676 100,00 1133 100,00 Fonte: Centro de Emprego da Figueira da Foz/Equipa Técnica da Rede Social - Jan. 2003 Dos 1133 indivíduos identificados, a maioria possui apenas o 1º ou o 2º Ciclo do Ensino Básico, ou seja, possuem baixas qualificações académicas, o que constitui uma dificuldade na inserção no mercado de trabalho deste tipo de público. No entanto, 11,5% dos inscritos possuem o Ensino Secundário completo e 3,8% são detentores de uma licenciatura, existindo um número superior de mulheres com habilitações académicas ao nível do Ensino Superior, do que homens (1,97%). Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 112 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 68 - Residentes no Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, beneficiários do subsidio de desemprego, segundo o Código Nacional de Profissões e Sexo H Código Nacional de Profissões Nº Quadros Sup. da Adm. Pública, Dirigentes e Quadros Sup. de Empresas M % 3 0,66 Nº Total % 3 0,44 Nº % 6 0,53 Especialistas das Profissões Intelectuais e Cientificas 17 3,72 40 5,92 57 5,03 Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio 42 9,19 28 4,14 70 6,18 Pessoal Administrativo e Similares 59 12,91 124 18,34 183 16,15 Pessoal dos Serviços e Vendedores 24 5,25 160 23,67 184 16,24 Agricultores e Trabalhadores Qualificados da Agricultura e Pescas 21 4,60 15 2,22 36 3,18 Operários, Artífices e trabalhadores Similares 115 25,16 68 10,06 183 16,15 Operadores de Instalações e Máquinas e Trabalhadores de Montagem 99 21,66 35 5,18 134 11,83 Trabalhadores não Qualificados 77 16,85 203 30,03 280 24,71 457 100,00 676 100,00 1133 100,00 Total Fonte: Centro de Emprego da Figueira da Foz/Equipa Técnica da Rede Social - Jan. 2003 Do total dos desempregados subsidiados 24,7% são Trabalhadores não Qualificados, existindo para além desta categoria profissional outras três que assumem de igual forma alguma representatividade, são elas: o Pessoal Administrativo e Similares, o Pessoal dos Serviços e Vendedores e os Operários, Artífices e Trabalhadores Similares. Observando as diferenças entre homens e mulheres, verificamos que enquanto na população masculina o grupo profissional que tem maior representatividade são os Operários, Artífices e Trabalhadores Similares, na população feminina são os Trabalhadores não Qualificados que engloba um total de 30% das mulheres identificadas. 2.2.3.3. Beneficiários de Rendimento Mínimo Garantido Os beneficiários da Medida do Rendimento Mínimo Garantido representam 3,6% do total dos inscritos no Centro de Emprego da Figueira da Foz, tratando-se de um grupo, que quer pela sua especificidade, quer pela dificuldade em integrar profissionalmente, a Equipa Técnica da Rede Social julgou pertinente conhecer. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 113 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 69 - Residentes do Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, beneficiários do Rendimento Mínimo Garantido, por Grupos Etários e Sexo Grupos Etários H Nº M % Nº Total % Nº % 15-19 1 4,35 1 1,67 2 2,41 20-24 1 4,35 5 8,33 6 7,23 25-29 4 17,39 8 13,33 12 14,46 30-34 3 13,04 9 15,00 12 14,46 35-39 2 8,70 10 16,67 12 14,46 40-44 7 30,43 12 20,00 19 22,89 45-49 3 13,04 8 13,33 11 13,25 50-54 1 4,35 5 8,33 6 7,23 55-59 1 4,35 2 3,33 3 3,61 60-64 0 0,00 0 0,00 0 0,00 65 e + 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Total 23 100,00 60 100,00 83 100,00 Fonte: Centro de Emprego da Figueira da Foz/Equipa Técnica da Rede Social - Jan. 2003 Foram identificados 83 beneficiários da Medida do Rendimento Mínimo Garantido, e que se encontram inscritos no CE, tendo as mulheres uma maior representatividade neste grupo (72,3%). São os beneficiários entre os 25 e os 49 anos que em maior número se encontram inscritos no Centro de Emprego. Trata-se de um público maioritariamente feminino e com idades compreendidas entre os 25 e os 49 anos, ou seja em plena idade activa e que reúne condições para ingressar no mercado de trabalho, daí os acordos de inserção assinados no âmbito da Medida contemplarem a inscrição deste tipo de público no Centro de Emprego, estando desta forma disponíveis para serem integrados profissionalmente. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 114 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 70 - Residentes no Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, beneficiários do Rendimento Mínimo Garantido, segundo as Habilitações Literárias e Sexo H Habilitações Literárias Nº M % Nº Total % Nº % Não sabe ler 0 0,00 3 5,00 3 Sabe Ler 1 4,35 6 10,00 7 8,43 1º CEB (4º ano) 7 30,43 18 30,00 25 30,12 Ensino Básico 2º CEB (6º ano) 6 26,09 23 38,33 29 34,94 3º CEB (9º ano) 5 21,74 7 11,67 12 14,46 Ensino Secundário 11º ano 3 13,04 0 0,00 3 3,61 12º ano 1 4,35 2 3,33 3 3,61 Sem Escolaridade Ensino Superior 3,61 Bacharelato 0 0,00 1 1,67 1 1,20 Licenciatura 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Mestrado 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Doutoramento 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Total 23 100,00 60 100,00 83 100,00 Fonte: Centro de Emprego da Figueira da Foz/Equipa Técnica da Rede Social - Jan. 2003 Observando as habilitações literárias dos beneficiários do Rendimento Mínimo Garantido, verificamos que praticamente todos os inscritos possuem habilitações literárias inferiores à Escolaridade Mínima Obrigatória, tendo a maioria completado apenas 1º Ciclo ou o 2º Ciclos do Ensino Básico. Estas baixas qualificações académicas constituem uma barreira na integração profissional destes indivíduos, levando a que na maior parte das vezes sejam canalizados para o Ensino Recorrente ou para cursos de formação profissional, de forma a qualificá-los profissionalmente. No entanto, 14,46% dos inscritos chegou a completar a Escolaridade Mínima Obrigatória e 3,61% o Ensino Secundário. Segundos os dados foi ainda identificado um indivíduo do sexo feminino com Bacharelato, beneficiário do Rendimento Mínimo Garantido e que na altura se encontrava inscrito no Centro de Emprego da Figueira da Foz. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 115 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 71 - Residentes no Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, beneficiários do Rendimento Mínimo Garantido, segundo o Código Nacional de Profissões e Sexo H Código Nacional de Profissões Nº M % Nº Total % Nº % Quadros Sup. da Adm. Pública, Dirigentes e Quadros Sup. de Empresas Especialistas das Profissões Intelectuais e Cientificas 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio 3 13,04 0 0,00 3 3,61 Pessoal Administrativo e Similares 3 13,04 4 6,67 7 8,43 Pessoal dos Serviços e Vendedores Agricultores e Trabalhadores Qualificados da Agricultura e Pescas Operários, Artífices e trabalhadores Similares 1 4,35 23 38,33 24 28,92 2 8,70 1 1,67 3 3,61 0 0,00 0 0,00 0 0,00 3 13,04 4 6,67 7 8,43 Operadores de Instalações e Máquinas e Trabalhadores de Montagem 2 8,70 0 0,00 2 2,41 Trabalhadores não Qualificados 9 39,13 28 46,67 37 44,58 Total 23 100,00 60 100,00 83 100,00 Fonte: Centro de Emprego da Figueira da Foz/Equipa Técnica da Rede Social - Jan. 2003 Do total dos 83 beneficiários do Rendimento Mínimo Garantido inscritos no Centro de Emprego da Figueira da Foz, a sua maioria, 44,6%, são Trabalhadores não Qualificados, seguido do grupo Pessoal dos Serviços e Vendedores, com 28,9%, sendo estes os dois grupos com maior representatividade na população feminina. Por sua vez, no grupo dos homens, para além das duas categorias identificadas anteriormente, existem outros três grupo profissionais com alguma relevância: Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio, Pessoal Administrativo e Similares e Operários e Artífices e trabalhadores Similares 2.2.3.4. Portadores de Deficiência Apesar do número de inscritos portadores de deficiência apenas representar 1,1% do universo da população do CE julgou-se pertinente, quer pela sua especificidade, quer pelas dificuldades que este tipo de público enfrenta na inserção no mercado de trabalho, observar o número de desempregados portadores de deficiência. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 116 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 72 - Residentes no Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, portadores de deficiência, por tipo de deficiência Tipo de Deficiência Nº Auditiva % 3 12,00 Fala - 0,00 Intelectual 5 20,00 Linguagem 1 4,00 14 56,00 Musculo-Esquelética e Motora Psicológica 1 4,00 Sensitiva 1 4,00 Visual - 0,00 25 100,00 Total Fonte: Centro de Emprego da Figueira da Foz/ Equipa Técnica da Rede Social –Jan. 2003 GRÁFICO Nº 36 - Residentes no Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, portadores de deficiência, por tipo de deficiência 4% 4% 0% 12% 0% 20% 56% Auditiva Intelectual Musculo-Esquelética e Motora Sensitiva 4% Fala Linguagem Psicológica Visual Fonte: Centro de Emprego da Figueira da Foz/Equipa Técnica da Rede Social –Jan. 2003 Foram identificados um total de 25 indivíduos portadores de deficiência e que se encontram inscritos no CE, em que a deficiência predominante é a Musculo-Esqueletica e Motora, englobando 56% da população. De seguida, aparece a deficiência de ordem Intelectual e a Auditiva, representando 20% e 12%, respectivamente. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 117 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Por fim, com apenas uma pessoa, aparece a deficiência associada à Linguagem, a Psicológica e a Sensitiva. QUADRO Nº 73 - Residentes no Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, portadores de deficiência, por Grupos Etários e Sexo Grupos Etários H Nº M % Nº Total % Nº % 15-19 1 5,88 1 12,50 2 8,00 20-24 3 17,65 2 25,00 5 20,00 25-29 3 17,65 1 12,50 4 16,00 30-34 2 11,76 2 25,00 4 16,00 35-39 1 5,88 1 12,50 2 8,00 40-44 6 35,29 1 12,50 7 28,00 45-49 1 5,88 0 0,00 1 4,00 50-54 0 0,00 0 0,00 0 0,00 55-59 0 0,00 0 0,00 0 0,00 60-64 0 0,00 0 0,00 0 0,00 65 e + 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Total 17 100,00 8 100,00 25 100,00 Fonte: Centro de Emprego da Figueira da Foz/Equipa Técnica da Rede Social - Jan. 2003 Relativamente, ao sexo dos inscritos no Centro de Emprego, verificamos que a maioria são os homens (17 homens para um total de 8 mulheres), sendo o grupo etário entre os 40 e os 44 anos aquele que engloba um maior número de indivíduos. No entanto, observando o número de inscritos segundo o sexo e a idade verificamos que existem diferenças entre homens e mulheres. Enquanto no grupo dos homens portadores de deficiência o grupo etário onde se regista um maior número de inscritos é o dos 40-44 anos, no grupo das mulheres o escalão etário com maior representatividade é o dos 20-24 e o dos 30-34 anos. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 118 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 74 - Residentes no Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, portadores de deficiência, segundo as Habilitações Literárias e Sexo H Habilitações Literárias M Nº Sem Escolaridade Ensino Básico Ensino Secundário Ensino Superior % Nº Total % Nº % Não sabe ler 0 0,00 0 0,00 0 Sabe Ler 2 11,76 0 0,00 2 0,00 8,00 1º CEB (4º ano) 5 29,41 2 25,00 7 28,00 36,00 2º CEB (6º ano) 7 41,18 2 25,00 9 3º CEB (9º ano) 1 5,88 1 12,50 2 8,00 11º ano 1 5,88 1 12,50 2 8,00 12º ano 1 5,88 2 25,00 3 12,00 Bacharelato 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Licenciatura 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Mestrado 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Doutoramento 0 0,00 0 0,00 0 0,00 17 100,00 8 100,00 25 100,00 Total Fonte: Centro de Emprego da Figueira da Foz/Equipa Técnica da Rede Social - Jan. 2003 De uma forma geral, as habilitações literárias dos desempregados portadores de deficiência, é baixa, uma vez que 72% dos inscritos não têm a escolaridade mínima obrigatória concluída. QUADRO Nº 75 - Residentes no Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, portadores de Deficiência, Segundo o Código Nacional das Profissões e Sexo H Código Nacional de Profissões Nº Quadros Sup. da Adm. Pública, Dirigentes e Quadros Sup. de Empresas M % 0 0,00 Nº Total % 0 0,00 Nº % 0 0,00 Especialistas das Profissões Intelectuais e Cientificas 0 0,00 1 12,50 1 4,00 Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio 1 5,88 0 0,00 1 4,00 Pessoal Administrativo e Similares 1 5,88 2 25,00 3 12,00 Pessoal dos Serviços e Vendedores 1 5,88 2 25,00 3 12,00 Agricultores e Trabalhadores Qualificados da Agricultura e Pescas 2 11,76 0 0,00 2 8,00 Operários, Artífices e trabalhadores Similares 5 29,41 0 0,00 5 20,00 Operadores de Instalações e Máquinas e Trabalhadores de Montagem 2 11,76 0 0,00 2 8,00 Trabalhadores não Qualificados 5 29,41 3 37,50 8 32,00 17 100,00 8 100,00 Total 25 100,00 Fonte: Centro de Emprego da Figueira da Foz/Equipa Técnica da Rede Social - Jan. 2003 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 119 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Segundo o Código Nacional das Profissões os Trabalhadores não Qualificados são aqueles que em maior número integram o grupo dos portadores de deficiência, seguido dos Operários, Artífices e Trabalhadores Similares, sendo estes os grupos com maior representatividade na população masculina. Por sua vez, no grupo das mulheres identificadas o Pessoal Administrativo e Similares e o Pessoal dos Serviços e Vendedores também assumem alguma relevância. Como podemos inferir pelo desemprego registado no Centro de Emprego da Figueira da Foz, reportado a 2002, persistem importantes debilidades estruturais no desemprego registado. Impera a necessidade de uma estratégia coordenada para o emprego e um conhecimento exaustivo dos utentes/necessidades, em estreita articulação com as mudanças globais da economia, que passa pela formação ao longo da vida, pela utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), poderá permitir a aquisição ou a renovação das competências necessárias à participação sustentada na sociedade do conhecimento. 2.2.4. Vulnerabilidades Estruturais do Sistema de Emprego Actualmente, a par da modernização da economia e de uma enorme turbulência empresarial, verificaram-se significativas alterações na organização da produção e do trabalho, destacando-se: - o aparecimento de novas indústrias, produtos, equipamentos, materiais e processos de trabalho; - Segmentação e deslocalização das empresas; - Externalização da produção pela via da subcontratação; - Novos tipos de relações de trabalho, com grande incidência na precaridade; - Novas formas de organização de trabalho, através da flexibilização funcional e dos tempos de trabalho. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 120 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz De acordo com Atkinson, (1987: 3-48), através do modelo da empresa flexível analisa três grupos de trabalhadores: o núcleo estável dos trabalhadores chave, os grupos periféricos e os trabalhadores externos à empresa, verificando-se assim, um crescimento e diversificação das formas de emprego e da flexibilização do mercado de trabalho, estando ligada à contenção de custos com o recurso a vínculos contratuais instáveis e à substituição de contratos de trabalho por contratos comerciais, vulgarmente designados por subcontratação. São, sobretudo, mulheres, jovens, os grupos etários mais elevados, os pouco qualificados e os menos escolarizados que fazem parte da mão-de-obra com empregabilidade frágil. A sua mobilidade limitar-se-á a trabalhos pouco qualificados, tanto dentro da mesma empresa ou na mudança de uma empresa para outra, arrastando consigo características que vão sempre perpetuar a sua fragilidade na entrada no mercado de trabalho. Na verdade as mulheres recorrem mais aos Centros de Emprego do que os homens, possivelmente porque, em geral os seus trabalhos são mais precários. A imagem da mulher pode estar ainda associada a uma menor assiduidade, por razões de ordem familiar, o que faz com que a mão-de-obra feminina seja menos atractiva para um empregador. Além do mais, é ainda culturalmente aceite que a condição do papel da mulher passa pela responsabilidade das actividades domésticas e familiares. Esta situação corrobora com os imensos artigos que denunciam que a natureza do trabalho, a estrutura do emprego e as competências requeridas sofrem grandes alterações sob a pressão das transformações estruturais da economia e da utilização das novas tecnologias, aliadas a novas formas organizacionais e novos “actores”. A entrada dos jovens na vida activa é uma questão problemática. Trata-se de uma categoria, que na maioria das vezes, obtêm uma preparação escolar e formação profissional que, à partida, lhes permitiu criar um conjunto de expectativas. Contudo, é longo o período de encontro com um emprego compatível com as suas habilitações, aptidões e expectativas sociais. Pelo que destacam-se importantes debilidades no desemprego registado, tais como: Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 121 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz 1- A existência de grupos com especiais problemas de reinserção no mercado de trabalho, a saber: Os jovens, que revelam dificuldade de acesso ao primeiro emprego, enfrentando importantes entraves na transição da escola para a vida activa; Os adultos com idade superior a 50 anos, que enfrentam maiores dificuldades com os processos de reestruturação e modernização; As mulheres, que estão maioritariamente abrangidas pelo desemprego de longa duração; As minorias étnicas; As pessoas portadoras de deficiência. 2 - A realidade de uma população desempregada possuidora de um baixo nível de habilitações escolares e qualificações e competências profissionais. Assiste-se a um desajustamento entre as qualificações escolares e as requeridas pelo mercado de trabalho. A formação profissional e a formação escolar são consideradas como factor fundamental para o sucesso empresarial, para a valorização pessoal e para o desenvolvimento sócioeconómico. Os velhos conhecimentos têm que ser permanentemente enriquecidos com a aquisição de novas competências profissionais. Verifica-se um número significativo de jovens que abandonam o sistema educativo sem diplomas, o que significa uma menor absorção pelo mercado de trabalho, na medida em que essas pessoas não têm qualquer competência reconhecida. Acredita-se que a formação contínua e qualificante é susceptível de promover a valorização dos recursos humanos, aumentar o seu nível de empregabilidade, melhorar o nível de desempenho das empresas e assim promover a estabilidade do emprego. O desafio que se coloca é o aproximar a formação oferecida no sistema de ensino às novas exigências da actividade empresarial. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 122 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Os perfis profissionais – entendidos como as competências, atitudes e comportamentos necessários para o exercício das actividades que definem uma profissão ou um conjunto de profissões afins – assumem particular relevância enquanto instrumentos a partir dos quais é possível a certificação dos actuais trabalhadores e, principalmente, a organização de formações que produzam as qualificações adequadas às novas exigências do mercado de trabalho. Há que incutir-se na população activa a educação e formação / aprendizagem ao longo da vida (Memorando da Comissão, 2000), através das quais conseguir-se-á atingir dois objectivos: a promoção de uma cidadania activa e a promoção das capacidades profissionais a fim de se adaptar às necessidades da nova sociedade do conhecimento e permitir a plena participação na vida social e económica. Actualmente, as pessoas têm que mudar mais vezes de trabalho e de emprego. Por isso, são confrontadas com novos problemas, tornando-se necessário uma competência – chave: a capacidade de aprender. O Conhecimento é um pilar tácito de quase todas as competências. Segundo Lindley (2000), as chamadas competências genéricas, consideradas “fundamentais”, “essenciais”, “chave” ou “transferíveis”, estão relacionadas com: - Comunicação (literacia); - Aplicação de números (literacia numérica); - Resolução de problemas; - Trabalho em colaboração em outras pessoas; - Aperfeiçoamento da aprendizagem e desempenho próprios; - Conhecimento das tecnologias de comunicação (literacia informática) A Comissão Europeia aponta mesmo como prioridade o desenvolvimento dos recursos humanos ao longo da vida activa, começando com uma educação básica, seguida de formação profissional inicial e contínua. Pretende-se que os jovens adquiram conhecimentos básicos de carácter geral para depois desenvolverem competências de Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 123 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz carácter não só tecnológico como social, como seja a capacidade de desempenhar funções em ambientes tecnológicos complexos (Comissão Europeia, 1995). No quadro da sociedade do conhecimento, o domínio das tecnologias da informação e da comunicação (TIC) são instrumentos extremamente relevantes para a qualificação dos recursos humanos. A importância crescente das TIC introduz novas exigências a nível do mercado de emprego, nomeadamente no que se refere às qualificações da mão-de-obra. A sociedade do conhecimento exige modelos de ensino e de aprendizagem altamente flexíveis e abrangentes, visando a formação de um trabalhador qualificado de forma polivalente, com o potencial de aperfeiçoamento continuado, para que possa actuar nos diferentes contextos de trabalho. O Plano Nacional de Emprego (PNE) adoptado pela RCM n.º 59/98 de 6 de Maio, materializa o compromisso, assumido pelo Estado Português, no quadro da Cimeira Extraordinária sobre o emprego do Luxemburgo, realizada em Novembro de 1997, de dar sequência às directrizes sobre o emprego. Estas directrizes assentam em quatro pilares: melhorar a empregabilidade, desenvolver o espírito empresarial, incentivar a capacidade de adaptação dos trabalhadores e das empresas e reforçar as políticas de igualdade de oportunidades. Há que não esquecer que qualquer acção formativa deve ter como desígnio a emergência de dotar o indivíduo de qualificações e que não passem só pelo aprender de um ofício, de uma profissão ou de criar o seu próprio emprego, mas também por uma aprendizagem pessoal e social. O que está em causa não é apenas formar pessoas em situação de exclusão, mas também de criar trabalhadores do futuro, na sociedade do conhecimento, devendo saber relacionar-se com os outros e desempenhar as suas funções com qualidade e apresentação. Estrategicamente dever-se-á trabalhar em rede (intra e inter) e sobretudo ao promover programas especiais para as pessoas desempregadas, deverá ter em conta que não basta criar condições técnicas para criar empregos, mas conferir prioridades a competências transversais, a nível comportamental, associadas à criatividade e operacionais, relacionadas com a tecnologia, análise e resolução de problemas. Tornar-se empresário, Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 124 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz exige ser capaz de transferir conhecimentos para distintas situações, bem como saber gerir informações várias. Em suma, estamos a falar da importância dos chamados balanços de competências que segundo, Luís Imaginário “compreendem três fases, a preliminar (de informação do sujeito, análise do seu pedido estabelecimento de um contrato de intervenção), a de investigação (de análise do percurso pessoal e profissional do sujeito, que culmina com a elaboração da sua carteira de competências), e a de conclusão (de definição de um ou de vários planos de acção exequíveis)” Revista Sociedade e Trabalho nº2, 1998. 2.3. FORMAÇÃO PROFISSIONAL FORPESCAS O FORPESCAS é um Centro de Formação Profissional, criado em 1986, por protocolo estabelecido entre o Instituto de Emprego e Formação Profissional e a Escola de Pesca e da Marinha de Comércio, e tem por missão principal, garantir a valorização e qualificação dos recursos humanos do sector das pescas, através da promoção de formação profissional destinada aos jovens, profissionais e empresas de todas as actividades associadas a este sector. Com uma oferta formativa diversificada – nas áreas Marítima, Aquacultura, Construção e Reparação Naval e Transformação e Comercialização do Pescado – e apostando na descentralização da formação ao longo da costa continental portuguesa, o Forpescas tem assegurado a qualificação técnica e valorização sócio-cultural dos recursos humanos que, ao longo de quase duas décadas têm passado pelas suas estruturas, usufruindo dos seus serviços. Os primeiros anos de actividade do Forpescas, foram marcados por uma preocupação com a qualificação profissional dos activos do sector, em especial na área da pesca/captura. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 125 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Nos anos seguintes, a estratégia assentou no desenvolvimento da formação inicial, através da implantação de cursos no âmbito do sistema de aprendizagem destinados a jovens. Em 2001, deu-se início aos cursos EFA – Educação e Formação de Adultos, destinados a adultos com idade igual ou superior a 18 anos, desempregados, com baixas qualificações profissionais e sem escolaridade obrigatória. Perspectivas Futuras para a Actividade do Forpescas: O Forpescas prevê desafios de extrema importância para a sua actividade formativa nos próximos anos, a qual se orientará por uma crescente adequação da formação profissional às necessidades emergentes da evolução do sector, e aos novos perfis profissionais, de forma a compatibilizar a qualificação exigida pelo mercado de trabalho, com o perfil técnico-profissional dos profissionais do sector. É com plena consciência destes desafios que o Forpescas procurará prosseguir a realização de três objectivos fundamentais: − Valorização dos modelos de formação flexíveis e adequados aos novos perfis profissionais e reais necessidades das empresas. − Adaptação dos modelos formativos às necessidades individuais de valorização profissional e cultural de forma contínua ao longo da vida. − Implementação de critérios de avaliação e parâmetros de qualidade cada vez mais exigentes O FORPESCAS procurará garantir uma maior eficiência/eficácia para a actividade formativa, prosseguindo novas formas de intervenção que assegurem uma melhor adequação da formação às necessidades dos agentes económicos, vocacionando claramente o serviço para a satisfação dos respectivos destinatários. Para o próximo ano o Forpescas prevê a realização de 18 cursos, os quais abaixo se apresentam. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 126 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 76 Cursos disponíveis do Forpescas para o ano de 2005 Curso Período de Realização Horário Marinheiro (I) 3 Janeiro/2005 a 31 Setembro/2005 Laboral Pescador 14 Fevereiro/2005 a 31 Maio/2005 Laboral Operário de Transformação de Pescado 4 Abril/2005 a 3 Junho/2005 Laboral Práticas Administrativas 19 Janeiro/2005 a 16 Dezembro/2005 Laboral Electricidade , Refrigeração e Climatização 27 Janeiro/2005 a 16 de Dezembro/2005 Laboral Artes da Pesca 2 Maio/2005 a 30 Junho/2005 Laboral Marinheiro (II) 1 Setembro/2005 a 16 de Dezembro/2005 Laboral Mecânico de Bordo 5 Setembro/2005 a 16 Dezembro/2005 Laboral Contramestre Pescador 8 Setembro/2005 a 25 Novembro/2005 Laboral Máquinista Principal de 2ª Classe 8 Setembro/2005 a 16 Dezembro/2005 Laboral Máquinista Principal de 1ª Classe 5 Maio/2005 a 8 Julho/2005 Pós-Laboral Gestão da Pequena Pesca 2 Março/2005 a 21 Março/2005 Pós-Laboral Técnico de Detecção 2 Março/2005 a 31 Março/2005 Pós-Laboral Segurança Alimentar 10 Março/2005 a 30 Março/2005 Pós-Laboral Técnico de Pequena Pesca 24 Outubro/2005 a 31 Novembro/2005 Pós-Laboral Arrais de Pesca 15 Setembro/2005 a 18 Novembro/2005 Pós-Laboral Condução de Motores 19 Outubro/2005 a 30 Novembro/2005 Pós-Laboral 5 Setembro/2005 a 16 Dezembro/2005 Pós-Laboral Qualidade Fonte: Forpescas, Setembro/2004 Tendo em conta os últimos anos de actividade formativa podemos concluir que: - Iniciaram formação 757 formandos, dos quais 635 formandos a concluíram com êxito; - A taxa de aprovação é de 84% e a taxa de reprovação/desistência é de 16%; - A média anual de frequência é de 151 formandos; - A média anual de aprovações é de 127 formandos; - 83% dos formandos aprovados é do sexo masculino e 17% do sexo feminino; - 30% dos formandos procura uma dupla certificação e 70% uma qualificação inicial e progressão na carreira; - A média de acções por ano é de 14 acções; - Possui 29 formadores no activo: 3 internos e 26 externos; - São 22 as empresas do Município da Figueira da Foz que aceitam formandos para a da formação prática. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 127 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz A ACIFF (Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz) é outra entidade que promove cursos de formação no Município da Figueira da Foz. Actualmente, dispõe do curso de Tecnologias da informação e de Apoio à Gestão Empresarial, cujo público-alvo são 10 mulheres e 1 homem. Possui ainda o curso de Criação e Gestão de Pequenos Negócios, em que os formandos são 11 mulheres e 3 homens. 2.4. MERCADO SOCIAL DE EMPREGO E ESTRUTURAS DE APOIO AO EMPREGO UNIVAS As Unidades de Inserção para a Vida Activa (UNIVAS) inserem-se numa política de reforço dos mecanismos de apoio à inserção/reinserção profissional dos jovens, através da instalação em estabelecimentos de ensino, de formação profissional e outras organizações, de serviços que promovem, junto dos jovens, em articulação com o Centro de Emprego, actividades de orientação, colocação, organização de estágios e formação profissional, bem como de outras formas de contacto com o mercado de trabalho. O seu público-alvo são os jovens desempregados, em especial os que procuram o 1º emprego. O Município da Figueira da Foz dispõe de duas UNIVAS (Unidades de Inserção à Vida Activa), uma pertencente à Casa da Nª Srª do Rosário e a outra à Universidade Internacional. EMPRESAS DE INSERÇÃO As Empresa de Inserção pretendem gerar condições de empregabilidade de pessoas pertencentes aos grupos mais desfavorecidos face ao mercado de trabalho, através da profissionalização, da aquisição de um currículo profissional, de hábitos de trabalho em organização, de elevação da auto-confiança e melhoria da imagem desses indivíduos. Os objectivos das empresas de inserção contemplam: Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 128 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz - o combate à pobreza e à exclusão social através da inserção ou da reintegração profissionais; - a aquisição e o desenvolvimento de competências pessoais, sociais e profissionais adequadas ao exercício de uma actividade; - a criação de postos de trabalho para a satisfação de necessidades sociais não satisfeitas pelo normal funcionamento do mercado e para a promoção do desenvolvimento sócio-local. Segundo dados fornecidos pelo Centro de Emprego da Figueira da Foz, existem actualmente 3 empresas de inserção no Município. Uma das empresas pertence à Associação para o Desenvolvimento da Figueira da Foz e dispõe do curso de Limpeza Domiciliária que conta com a presença de 10 mulheres. A Associação Fernão Mendes Pinto promove o curso de Cozinha e Animação e tem como público alvo 7 mulheres. Por fim, surge a CERCIFOZ que promove um curso de Cozinha, cujos destinatários são 8 mulheres, em que 3 delas, são portadoras de deficiência e 2 homens. QUADRO Nº 77 - Empresas de Inserção existentes no Município da Figueira da Foz Instituição Associação para o Desenvolvimento da Figueira da Foz Associação Fernão Mendes Pinto Curso Limpeza Domiciliária Cozinha e Animação CERCIFOZ Cozinha Destinatários 10 Mulheres 7 Mulheres 8 Mulheres (3 deficientes) 2 Homens Observações 2 anos de profissionalização e 3 meses de formação 2 anos de profissionalização e 6 meses de formação 2 anos de profissionalização e 6 meses de formação Fonte: Centro de Emprego da Figueira da Foz 3. SAÚDE Segundo a Constituição da República Portuguesa, todos os cidadãos têm o direito à protecção da saúde e o dever de a defender e promover. Este direito é materializado no Sistema Nacional de Saúde o qual é universal e geral. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 129 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 78 - Centro de Saúde e suas Extensões Centro de Saúde Pessoal ao Serviço Extensões do Centro de Com Sem Total Médico Enfermagem Saúde Internamento Internamento 0 1 18 157 41 38 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Anuário Estatístico, 2001 Segundo dados fornecidos pelo Anuário Estatístico de 2001, em 2000 o Município da Figueira da Foz possuía um Centro de Saúde, sem internamento, o qual é composto por 18 extensões. Ainda segundo a mesma fonte existiam, nesse ano, 41 médicos e 38 técnicos de enfermagem a trabalhar no Centro de Saúde e suas extensões. Actualmente, existem 49 médicos a trabalhar no Centro de Saúde da Figueira da Foz, estando 2 na Saúde Escolar, 3 na Saúde Pública, 1 a Tempo Parcial e 1 como Director do Centro de Saúde. Relativamente, ao pessoal de enfermagem, este Centro conta com 39 técnicos, 2 em acumulação de funções e outros 2 com contratos de 3 meses. QUADRO Nº 79 - Pessoal em serviço no Centro de Saúde da Figueira da Foz Técnicos Nº Técnico Serviço Social 2 Técnico de Radiologia 1 Técnico de Saúde Ambiental 3 Técnico de Saúde Oral 1 Administrativos 47 Auxiliares de Acção Médica 15 Motoristas 2 Telefonistas 2 Fonte: Centro de Saúde da Figueira da Foz, Janeiro/2003 Para além do pessoal médico e de enfermagem o Centro de Saúde dispõe de outros técnicos, sem os quais seria impossível o seu normal funcionamento. Assim, dispõe de 2 Técnicos de Serviço Social, 1 Técnico de Radiologia, 3 Técnicos de Saúde Ambiental e 1 de Saúde Oral. Em termos de pessoal administrativo, dispõe de 47 elementos, em que 2 detêm funções de chefia e 1 com contrato a termo certo. O Cento de Saúde tem ainda 15 Auxiliares de Acção Médica, 2 Motoristas e 2 Telefonistas. No ano de 2002, o Centro de Saúde da Figueira da Foz confrontou-se com a ausência prolongada de 9 profissionais médicos, em que 6 médicos de família foram suspensos Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 130 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz durante quase 3 meses e outros 3 estiveram ausentes por um período superior a 3 meses, por motivo de doença prolongada. GRÀFICO Nº 37 - Profissionais de Saúde e Distribuição Etária 25 2233 20 18 15 13 11 10 5 0 9 6 6 2 00 3 1 0 <=30 anos Clinico Ge ral Administrativos 31/39 11 7 4 3 1 2 1 40 /4 9 50/59 Saúde Pública Auxiliare s 5 3 2 1 0 >=60 Enfe rme iros O utros Prof.Saúde Fonte: Relatório Sumário Comparativo (2000, 2001, 2002) do Centro de Saúde da Figueira da Foz Nota: Outros Profissionais de Saúde engloba Médicos Saúde Escolar, Técnicos de Serviço Social; Motoristas, Telefonistas, Técnicos de Saúde Pública e Técnicos de CDP e Técnica de Saúde Oral. Observando os profissionais do Centro de Saúde da Figueira da Foz, tendo como base de análise o escalão etário, verificamos que os dados apontam para a existência de um quadro de profissionais que, na sua maioria, apresentam uma idade superior aos 40 anos. Sendo de salientar que 23 dos clínicos gerais e administrativos e 11 dos auxiliares apresentam idades que se situam entre os 50 e os 59 anos, tratando-se desta forma, das categorias profissionais mais envelhecidas do Centro de Saúde da Figueira da Foz. O Município pode contar ainda com uma Unidade de Saúde Familiar, um Centro de Diagnóstico Pneumonológico e com um Serviço de Saúde Pública. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 131 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 80 - Infra-estruturas Complementares de Saúde Estabelecimentos Farmacêuticos Farmácias Postos Médicos Pessoal ao Serviço Postos de Farmacêuticos Profissionais Oficiais Particulares Consultas Medicamentos de Oficina de farmácia Total Médico Enfermagem 22 1 41 85 2 2 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Anuário Estatístico, 2001 8342 11 4 6 Relativamente, às infra-estruturas complementares de saúde existentes no Município, segundo o Anuário Estatístico de 2001, em 2000 existiam 22 farmácias e 1 único posto de medicamentos. Quanto ao pessoal a trabalhar na área, existiam 41 farmacêuticos de Oficina e 85 profissionais de farmácia. No mesmo ano o Município dispunha ainda de 2 postos médicos oficiais e 2 particulares, onde foram realizadas 8342 consultas, existindo um total de 11 técnicos ao serviço (4 médicos e 6 enfermeiros). QUADRO Nº 81 - Consultas médicas efectuadas no Centro de Saúde e suas Extensões segundo as Especialidades em 2000 Medicina Geral e Familiar Planeamento Saúde Infantil e Total e Clinica Geral Familiar Juvenil e Pediatria 195149 172129 5652 16150 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Anuário Estatístico, 2001 Saúde Materna e Obstetrícia 1218 Observando as consultas médicas, segundo as especialidades, verificamos que 88,2% das consultas efectuadas no Centro de Saúde e suas extensões, são de Medicina Geral e Familiar e Clínica Geral, 8,3% Saúde Infantil, Juvenil e Pediatria, 2,9% de Planeamento Familiar, e 0,6% Saúde Materna e Obstetrícia. QUADRO Nº 82 - Médicos por Município de Residência em 2000 Especialidades Medicina Cirurgia Total Estomat. Ginec./Obst. Oftalm. Geral/ Geral Fam 170 41 132 8 6 10 31 2 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Anuário Estatístico, 2001 Total Não Espec. Ortop. Pediatria Psiquiatria 8 5 2 Ao analisar o número de médicos, verificamos que 170 residem no Município da Figueira da Foz, onde 41 não tem especialidade. Dos 132 médicos com especialidade a Medicina Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 132 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Geral e Familiar é aquela que tem um maior número de médicos, seguida da Cirurgia Geral e das Ortopedia. QUADRO Nº 83 - Indicadores de Saúde Taxa Média de Médicos por 1000 Farmácias por Mortalidade habitantes 10000 habitantes Infantil Zona 1996/2000 2000 Geográfica Nº %0 Portugal 6,1 3,2 2,5 Região Centro 4,9 3,1 2,8 Baixo Mondego 4,1 9,4 3,3 Figueira da Foz 4,7 2,7 3,5 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Anuário Estatístico, 2001 De seguida, podemos observar alguns indicadores de saúde do Município da Figueira da Foz, comparativamente a outras zonas geográficas. Assim, a taxa Média de Mortalidade Infantil entre 1996/2000 era de 4,7% , valor que se situa acima dos 4,1% apresentado pelo 0 Baixo Mondego. Segundo dados fornecidos pelo Centro de Saúde, no ano de 2001, o número de nados vivos foi de 568, tendo-se registado 1 nado morto. O Município da Figueira da Foz apresentava uma média de 2,7 médicos por utente, valor inferior ao apresentado pelo Baixo Mondego 9,4%, Região Centro 3,1% e Portugal 2,5%. Contrariamente, ao que se passa com o número de médicos, o Município da Figueira da Foz é aquele que regista, em média, um maior número de farmácias por 10000 habitantes, cerca de 3,5, média essa que se situa muito acima da média apresentada pelo Baixo Mondego, Região Centro e Portugal. 3.1. SERVIÇOS PÚBLICOS Para efeitos da distribuição das Unidades de Saúde a área do Município da Figueira da Foz encontra-se dividida em 4 zonas: Urbana 1, Urbana 2, Norte e Sul. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 133 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Zona Urbana 1 - Unidade de Saúde da Figueira da Foz/Buarcos - Unidade de Saúde de Vila Verde - Unidade de Quiaios - Centro de Diagnóstico Pneumológico Zona Urbana 2 Unidade de S. Julião - Zona Norte - Unidade de Saúde das Alhadas - Unidade de Saúde de Brenha - Unidade de Saúde do Bom Sucesso - Unidade de Saúde de Ferreira-a-Nova - Unidade de Saúde de Santana - Unidade de Saúde de St. Amaro da Boiça - Unidade de Saúde de Maiorca Zona Sul - Unidade de Saúde da Cova-Gala - Unidade de Saúde da Costa de Lavos - Unidade de Saúde de Lavos - Unidade de Saúde do Paião - Unidade de Saúde do Alqueidão - Unidade de Saúde da Atouguia - Unidade da Marinha das Ondas - Unidade de Saúde da Leirosa Existem no Município freguesias com duas extensões: Lavos: Regalheiras e Costa de Lavos Marinha das Ondas: Marinha das Ondas e Leirosa Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 134 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Maiorca: Maiorca e Santo Amaro Existem também duas freguesias sem Extensão de Saúde, são elas: Moinhos da Gândara Tavarede Segundo o Relatório Sumário Comparativo (2000, 2001, 2002) apresentado pelo Centro de Saúde da Figueira da Foz, foram identificadas como prioridades: 1 - Organização Interna - Consolidação – Administração – Dar mais profissionalismo a toda a administração apostando na formação, quer dos 3 elementos da Direcção, quer dos restantes 8 elementos que a constituem, os quais passaram a ter reuniões periódicas e uma geral por mês. – Unidades de Saúde – As Unidades de Saúde foram distribuídas por Zonas, tendo cada Zona uma equipa de coordenação, procurando, desta forma, agilizar algumas áreas e aproximar as pessoas dos serviços. – Consolidação das Zonas com Coordenações – Rendibilização dos Atendimentos nas Unidades de Saúde • Novos Horários e Novos Modelos de Atendimento – Preocupação em uniformizar o horário de atendimento de vários profissionais, para que o atendimento ao utente seja feito tendo a equipa toda reunida. • Programação Prioritária de Consultas e Criação de Espaços Abertos para Problemas Urgentes. – Coerência e Consistência às Equipas Multidisciplinares de Saúde – Conclusão da “Limpeza” de Ficheiros – Pretende-se que todos os utentes estejam informatizados Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 135 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz – Criação de Atendimento Organizado para os Utentes Sem Médico de Família – No Centro de Saúde de Buarcos, foi criada um consulta para todos os indivíduos que não têm médico de família – Informatização dos Atendimentos Administrativos – Utilização Adequada dos Transportes e Horas Extraordinárias: • Tem-se procedido à sensibilização dos técnicos do Centro de Saúde para utilizarem os carros particulares em vez de táxis • Optimizando os horários não é necessário recorrer a horas extraordinárias. – Orientações/Regras para as Ausências de Serviço – Não podem estar ausentes mais de um terço do pessoal técnico. – Orientações Utilização Adequada dos Telefones e Telefonista • Anteriormente à aplicação deste modelo de gestão existia apenas uma telefonista, o que provocava um congestionamento. • Os profissionais passaram a pedir as chamadas telefónicas fora de horas de serviço. – Criação da Equipa Clínica de Aquisições e Serviço de Património, Aquisições e Armazém. • A Equipa Clinica de define prioridades em termos da aquisição de material tendo como preocupação a existência de stock apenas para 3 meses. • O Serviço de Património tem por objectivo fazer o inventário do material existente no Centro de Saúde. – Contabilidade – Existência de um Gabinete de Legislação 2 - Dinamização de Consultas a Grupos Vulneráveis e de Risco Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 136 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz A falta de médicos levou à necessidade de se definir prioridades, apostando mais no tratamento e não tanto na prevenção. Daí a diminuição do número de consultas de Planeamento Familiar e Saúde Materna entre 2001 e 2002. 3 – Proceder a obras de beneficiação da Unidade de Saúde das Alhadas e da Unidade de Saúde de Vila Verde 4- Criação de uma sala de espera na Unidade de Saúde de S. Julião 5- Articulação entre o Apoio Domiciliário e o Centro de Saúde 6 – Necessidade de se proceder a uma nova sensibilização das Unidades de Saúde da Zona Norte do Município da Figueira da Foz para aderirem ao Serviço Municipal de Transporte 7- Dinamização de Consultas a Doentes 8 - Formação do Grupo de Promoção da Saúde Concelhia9 - Participação nos Programas Nacionais de Saúde 10 - Alargamento das Consultas – Consultas de Recurso Urgente 11 - Estrutura para a Formação de Médicos do Internato Geral e Complementar, Alunas de Enfermagem e alunos da Faculdade de Medicina 12 - Equipa de Intervenção Domiciliária 13 – Elaboração de candidaturas a Programas de Humanização, possibilitando o equipamento, por exemplo, das salas de espera nas diferentes Unidades de Saúde. 14 – Articulação com Hospital Distrital da Figueira da Foz 15 – Cooperação com a Liga Portuguesa contra o Cancro 16 – Participação na Rede Social Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 137 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz 3.1.1. Centro de Saúde da Figueira da Foz 3.1.1.1. Caracterização dos serviços prestados Consultas de Saúde Infantil As consultas de Saúde Infantil destinam-se à população mais jovem e vai desde o período do nascimento até aos 14 anos de idade, podendo as consultas ser por vigilância ou por doença. QUADRO N.º 84 - Primeiras e Segundas Consultas de Saúde Infantil do Centro de Saúde da Figueira da Foz Grupo Etário Primeiras Consultas Consultas Seguintes F F M M Total Total Total F M Total 10-14 931 929 1860 1260 1058 2318 2191 1987 4178 5-9 876 966 1842 1039 1189 2228 1915 2155 4070 2049 3-4 442 428 870 636 543 1179 1078 971 24-35 Meses 210 263 473 205 252 457 415 515 930 12-23 Meses 243 272 515 310 374 684 553 646 1199 1-11 Meses 278 288 566 501 582 1083 779 870 1649 88 95 183 9 16 25 97 111 208 3068 3241 6309 3960 4014 7974 7028 7255 14283 < 1 Mês Total Fonte: Centro de Saúde da Figueira da Foz, Janeiro/2001 a Dezembro/2001 Através do quadro apresentado anteriormente, no ano de 2001 foram realizadas 14283 consultas de Saúde Infantil, 6309 tratam-se de primeiras consultas e 7028 de consultas seguintes. O maior número de consultas é realizado pelas crianças entre os 5 e os 14 anos. Estes valores estão associado não só ao facto de em termos demográficos estas idades englobarem um maior número de crianças, mas também a muitas das famílias com crianças em idade precoce optarem por um acompanhamento médico, recorrendo a pediatras particulares. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 138 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 38 - Evolução do total de consultas de Saúde Infantil (1ªs Consultas Global) realizadas no Centro de Saúde da Figueira da Foz 7478 8000 6315 6000 4161 2000 4000 2001 2002 2000 0 Consultas Realizadas Fonte: Relatório Sumário Comparativo (2000, 2001, 2002) do Centro de Saúde da Figueira da Foz Como é possível visualizar através do gráfico, as primeiras consultas de Saúde Infantil têm registado um progressivo aumento nos últimos 3 anos. Entre 2001 e 2002 o aumento verificado foi na ordem dos 18,4% e entre 2000-2002 esse aumento já foi de 79,7%. Observando as primeiras consultas de Saúde Infantil de crianças com idade inferior a um ano verificamos que a taxa de cobertura em 2000 é de 45%, em 2001 de 61% e em 2002 de 71%, ou seja, têm registado um aumento constante nos 3 anos em análise. Nas consultas de Saúde Infantil entre os 2 e os 14 anos verificou-se de igual forma um progressivo aumento da taxa de cobertura. Assim, a taxa de cobertura de 2000 era de 42,4%, em 2001 de 65% e em 2002 na ordem dos 75%. QUADRO Nº 85 - Crianças com 5 e 6 anos que realizaram o exame global 5 Anos 6 Anos Total F M Total F M Total F M Total 49 65 114 79 76 155 128 141 269 Fonte: Centro de Saúde da Figueira da Foz, Janeiro/2001 a Dezembro/2001 Por volta dos 5, 6 anos a criança é submetida a um exame global, o qual pretende avaliar alguns parâmetros de desenvolvimento físico e psico-motores. Este exame é realizado pelo médico assistente, o qual pode ser médico de família ou um pediatra particular. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 139 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Segundo os dados fornecidos pelo Centro de Saúde da Figueira da Foz, no ano 2001 foram realizados exames globais a 269 crianças. GRÁFICO Nº 39 - Evolução do total de consultas de Saúde Infantil realizadas no Centro de Saúde da Figueira da Foz 17598 20000 14302 15000 11668 2000 10000 2001 5000 2002 0 Consultas Realizadas Fonte: Relatório Sumário Comparativo (2000, 2001, 2002) do Centro de Saúde da Figueira da Foz O Centro de Saúde da Figueira da Foz tem assistido nos últimos 3 anos a um progressivo aumento das consultas de Saúde Infantil. Assim, entre 2001 e 2002 a evolução foi cerca de 23% e entre 2000 e 2002 na ordem dos 50,8%. Estes valores poderão significar um aumento de confiança dos utentes nas equipas do Centro de Saúde, que cada vez mais começam a preferir este tipo de acompanhamento. GRÁFICO Nº 40- Evolução do total de consultas de Saúde Infantil – Escolar realizadas no Centro de Saúde da Figueira da Foz 486 500 400 268 300 264 2000 2001 200 2002 100 0 Consultas Realizadas Fonte: Relatório Sumário Comparativo (2000, 2001, 2002) do Centro de Saúde da Figueira da Foz Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 140 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Entre 2001 e 2002 verificou-se uma evolução negativa do número de consultas de Saúde Infantil – Escolar realizadas entre 2001 e 2002, na ordem dos –1,5% e entre 2000 e 2002 na ordem dos –45,7%. Estes valores devem-se sobretudo ao facto de muitas das crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 6 anos deixarem de ser observadas pela Saúde Escolar para passarem a ser observadas pelo médico de família. Saúde do Adulto Como é possível observar através do gráfico o número total de consultas da Saúde do Adulto tem registado uma evolução positiva nos últimos 3 anos. GRÁFICO Nº 41 - Evolução do número total de consultas da Saúde do Adulto 116929 120000 115000 109391 110000 105000 2000 99805 2001 2002 100000 95000 90000 Consultas Realizadas Fonte: Relatório Sumário Comparativo (2000, 2001, 2002) do Centro de Saúde da Figueira da Foz Assim, entre 2001 e 2002 foi registada uma evolução na ordem dos 6,9% e entre 2000 e 2002 cerca de 17,2%. A taxa de cobertura em 2000 foi de 50,2%, em 2001 de 59% e em 2002 sofreu um novo aumento, passando a apresentar uma Taxa de Cobertura de 62,2%. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 141 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Saúde do Idoso Entre 2001 e 2002, o Centro de Saúde da Figueira da Foz registou uma evolução na ordem dos 4,9% do número total de consultas da Saúde do Adulto, e entre 2000 e 2002 essa evolução foi ainda maior, cerca de 13,4%. GRÁFICO Nº 42 - Evolução do número total de consultas da Saúde do Adulto 87165 90000 83042 85000 80000 76868 2001 2002 75000 70000 2000 Consultas Realizadas Fonte: Relatório Sumário Comparativo (2000, 2001, 2002) do Centro de Saúde da Figueira da Foz A Taxa de Cobertura relativamente às primeiras consultas dos idosos com uma idade igual e superior aos 65 anos, em 2000 foi na ordem dos 75,2%, registando um aumento em 2001, em que passou a apresentar uma Taxa de 87,9% e em 2002 sofreu um novo aumento, apresentando uma Taxa de cobertura de 89%. Saúde Materna Com vista ao acompanhamento da gravidez o Centro de Saúde da Figueira da Foz dispõe do Serviço de Saúde Materna. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 142 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO 86 - Primeiras e Segundas Consultas de Saúde Materna do Centro de Saúde da Figueira da Foz Primeiras Consultas Consultas Seguintes Revisão do Puerpério 45-49 5 0 0 40-44 4 4 1 35-39 29 40 4 30-34 81 95 14 25-29 108 119 8 20-24 69 93 13 15-19 23 4 5 Total 319 355 45 Grupo Etário Fonte: Centro de Saúde da Figueira Janeiro/2001 a Dezembro/2001 da Foz, Trata-se de um serviço que no ano de 2001 realizou 319 primeiras consultas e 355 consultas seguintes e 45 revisões do puerpério. O maior número de consultas situa-se nos escalões etários entre os 20 e os 39 anos, ou seja, em plena idade fértil. GRÁFICO Nº 43 - Evolução do número de consultas de Saúde Materna realizadas no Centro de Saúde da Figueira da Foz 700 674 590 613 600 500 400 2000 300 2001 2002 200 100 0 Consultas Realizadas Fonte: Relatório Sumário Comparativo (2000, 2001, 2002) do Centro de Saúde da Figueira da Foz O gráfico que representa a evolução do número de consultas de Saúde Materna aponta para uma evolução de 3,9% entre 2000 e 2002. Entre 2001 e 2002 registou-se um Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 143 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz decréscimo do número de consultas, na ordem dos –9%, no entanto esta diminuição devese essencialmente a um erro na codificação. GRÁFICO Nº 44 - Evolução do número de consultas de Saúde Materna (1ªs consultas) realizadas no Centro de Saúde da Figueira da Foz 250 218 200 150 146 2000 98 100 2001 2002 50 0 Consultas Realizadas Fonte: Relatório Sumário Comparativo (2000, 2001, 2002) do Centro de Saúde da Figueira da Foz Em relação à evolução do número das primeiras consultas de Saúde Materna entre 2001 e 2002 registou-se um decréscimo na ordem dos –32,9% e entre 2000 e 2002 esse decréscimo passou para –55%. Planeamento Familiar O avanço da ciência e consequentemente da medicina permitiu, entre outras coisas, o controle da natalidade e a escolha consciente do número de filhos. É neste sentido, que o Centro de Saúde da Figueira da Foz dispõe do Serviço de Planeamento Familiar. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 144 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 87 - Consultas de Planeamento Familiar do Centro de Saúde da Figueira da Foz Grupo Etário Primeiras Consultas Consultas Seguintes F F M Total M Total Total F M Total 45-49 322 6 328 180 0 180 502 6 508 40-44 382 7 389 258 3 261 640 10 650 35-39 437 7 444 274 0 274 711 7 718 30-34 489 11 500 293 1 294 782 12 794 25-29 531 12 543 362 4 366 893 16 909 20-24 556 4 560 404 0 404 960 4 964 15-19 277 5 282 156 1 157 433 6 439 Total 2994 52 3046 1927 9 1936 4921 61 4982 Fonte: Centro de Saúde da Figueira da Foz, Janeiro/2001 a Dezembro/2001 No ano de 2001, foram realizadas 4982 consultas de Planeamento Familiar, sendo o público feminino entre os 20 e os 29 anos aquele que recorre maioritariamente a este serviço. QUADRO Nº 88 - Primeiras Consultas com referência a Métodos Contraceptivos Grupo Etário Esterilização C. Orais DIU C. Pós Coital Outros F M F M F F F M 45-49 11 4 115 0 11 1 6 1 40-44 13 5 263 0 26 0 13 1 35-39 21 3 329 1 13 1 2 0 30-34 10 8 407 0 5 1 2 0 25-29 14 5 444 0 4 2 3 1 20-24 5 3 483 0 0 3 1 1 15-19 5 4 210 0 1 1 1 1 Total 79 32 2251 1 60 9 28 5 Fonte: Centro de Saúde da Figueira da Foz, Janeiro/2001 a Dezembro/2001 Quanto aos métodos contraceptivos referidos nas primeiras consultas, verificamos que os Contraceptivos Orais, foram os mais referidos, seguido da Esterilização e do Dispositivo intra-uterino. São sobretudo as mulheres que recorrem a estas consultas, variando o Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 145 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz método de contracepção em função da idade da utente. Assim a população mais jovem opta maioritariamente pelo uso do contraceptivo oral e pelo contraceptivo pós-coital, enquanto a população com idade superior a 35 anos, para além de uma grande parte referir os contraceptivos orais como método de contracepção, existe um número mais elevado de mulheres que opta pelo Dispositivo Intra-Uterino e pela Esterilização. GRÁFICO Nº 45 - Evolução do número total de consultas de Planeamento Familiar do Centro de Saúde da Figueira da Foz 5000 4877 4982 4618 4000 3000 2000 2001 2002 2000 1000 0 Cons ultas Re aliz a das Fonte: Relatório Sumário Comparativo (2000, 2001, 2002) do Centro de Saúde da Figueira da Foz Entre 2000 e 2002 as consultas de Planeamento Familiar tiveram um decréscimo na ordem dos 5,3% e entre 2001 e 2002 esse decréscimo foi ainda maior, um total de –7,3%. GRÁFICO Nº 46 - Evolução do número das primeiras consultas de Planeamento Familiar do Centro de Saúde da Figueira da Foz 4000 3072 3000 2399 2937 2000 2000 2001 1000 2002 0 Consultas Realizadas Fonte: Relatório Sumário Comparativo (2000, 2001, 2002) do Centro de Saúde da Figueira da Foz Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 146 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Relativamente, à evolução do número das primeiras consultas de Planeamento Familiar, verificamos que entre 2001 e 2002 a evolução registada foi na ordem dos –4,4%. No entanto, a evolução entre o ano 2000 e 2002 aponta para um crescimento positivo dessas consultas, na ordem dos 23%. A taxa de cobertura das primeiras consultas de Planeamento Familiar nas mulheres com idades compreendidas entre os 15 e os 49 anos, em 2000 era de 25,3%, em 2001 a taxa passa para 30,4%, tendo em 2002 essa taxa sofrido uma ligeira diminuição, passando para 28,3%. QUADRO Nº 89 - Número de Consultas e de Utentes que realizaram Mamografias e Citologias no Centro de Saúde da Figueira da Foz Grupo Etário Mamografia Consultas Citologia Utentes Consultas Utentes 15-19 0 0 14 14 20-24 0 0 52 51 25-29 0 0 80 78 30-34 0 0 95 89 35-39 193 189 107 98 40-44 287 281 130 123 45-49 319 307 103 98 50-54 327 323 74 73 55-59 244 236 53 50 60-64 217 213 0 0 65-69 157 155 0 0 70-74 129 126 0 0 75-79 52 51 0 0 > 80 13 13 0 0 1938 1894 708 674 Total Fonte: Centro de Saúde da Figueira da Foz, Janeiro/2001 a Dezembro/2001 O rastreio ao cancro de mama e ao cancro do colo do útero é outro dos serviços de que o Centro de Saúde da Figueira da Foz dispõe. Foi através deste serviço que em 2001, 1894 utentes fizeram o teste da mamografia, tendo a maioria das mulheres idades compreendidas entre os 45 e os 54 anos. Quanto ao Rastreio do cancro do colo do útero Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 147 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz foi um exame realizado por 674 utentes, em que a maioria tinha idades entre os 30 e os 49 anos. 99 74 3 11 69 29 10 93 91 GRÁFICO Nº 47 - Movimento Global das consultas dos Grupos vulneráveis 120000 76 86 8 87 16 5 83 04 2 100000 80000 2000 2001 2002 60000 S.INFANTIL S.ADULTO S.IDOSO P.FAMILIAR 62 1 71 9 61 3 0 48 77 49 8 46 2 18 20000 11 66 14 8 30 17 2 59 8 40000 S.MATERNA Fonte: Relatório Sumário Comparativo (2000, 2001, 2002) do Centro de Saúde da Figueira da Foz O maior número de consultas realizadas pelo Centro de Saúde da Figueira da Foz prendese com a Saúde do Adulto e com a Saúde do Idoso, as quais têm registado um progressivo aumento desde 2000 até 2002. De seguida, surge a Saúde Infantil que também tem assistido a uma evolução positiva entre os anos em análise. As consultas de Planeamento Familiar e de Saúde Materna foram as que apresentaram um menor movimento, chegando mesmo a registar uma ligeira diminuição entre 2001 e 2002, estes valores encontram-se associados à falta de técnicos que levou à necessidade de se definir prioridades apostando mais no tratamento e não tanto na prevenção. Doentes Portadores de Paramiloidose Desde Maio de 1981 que o Centro de Saúde da Figueira da Foz mantém em funcionamento a consulta para doentes portadores de Paramiloidose. Este serviço é composto por um equipa do Centro de Saúde: 2 médicas de Clínica Geral, 2 Técnicas de Serviço Social e 1 Enfermeira. Tendo por base um protocolo entre o Hospital Sobral Cid, o qual disponibiliza a colaboração de 1 Psiquiatra e de 1 Técnica de Serviço Social. Existe ainda todo um trabalho de articulação com as seguintes instituições e serviços: Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 148 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Hospital Distrital da Figueira da Foz; Hospital da Universidade de Coimbra; Centro de Estudos da Polineuropatia Amiloidótica Familiar do Porto; Centro Regional de Segurança Social; Grupos Locais de Solidariedade Social. Existem actualmente 86 utentes a ser acompanhados pelo Centro de Saúde da Figueira da Foz: 21 são de fora do Município, 14 fora do Distrito e 51 pertencentes ao Município (16 do Sexo Masculino e 35 do Sexo Feminino). Esta equipa tem apostado essencialmente no domínio da Prevenção. Esta processa-se através da motivação e encaminhamento para o diagnóstico precoce, diagnóstico pré-natal e planeamento familiar. É de salientar o facto de não se encontrar nenhum doente acamado, o que segundo os técnicos, parece estar intimamente associado ao acompanhamento que é feito pela equipa, aos avanços em termos de transplante e ao leque de respostas que são atribuídas em consonância com a progressividade da doença, traduzindo-se na melhoria da qualidade de vida dos doentes e famílias. Doentes d’Hansen, Ostomizados e doentes em Programa de Diálise O Centro de Saúde da Figueira da Foz presta ainda apoio a 35 doentes d’Hansen, 23 do sexo masculino e 12 do sexo feminino, a maioria destes doentes, tem mais de 65 anos, em que apenas 3 têm uma idade entre os 31 e 50 anos e 7 entre os 51 e os 65. Fazendo uma caracterização do estado civil destes doentes, 22 são casados, 7 solteiros e 6 viúvos. Atendendo à idade já avançada destes doentes a maioria (30 indivíduos) são reformados, e apenas 5 desenvolvem uma actividade profissional. Para além do serviço dirigido aos doentes d’Hansen o Centro de Saúde presta ainda apoio a 55 doentes Ostomizados e a 50 em Programa de Diálise, em que todos eles residem no Município da Figueira da Foz. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 149 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Projecto Integrado de Intervenção Precoce (PIIP) O Projecto de Intervenção Precoce (PIIP) constitui uma outra acção da qual o Centro de Saúde da Figueira da Foz faz parte. Dirige-se principalmente às crianças com idade inferior a 3 anos e que evidenciem algum atraso de desenvolvimento, ou que passaram por situações que as colocam em risco de vir a ter problemas no seu desenvolvimento, ou ainda que se encontrem inseridas em meios com problemas sócio-económicos. A equipa é constituída por 3 Educadoras a tempo parcial, 1 Médica, 1 Técnica de Serviço Social e 1 Enfermeira que actualmente acompanham 14 crianças, as quais apresentam as mais diversas problemáticas que vão desde: Risco Ambiental, Síndroma de Down e de West, Perturbações Espectro Autista, Atrasos de Desenvolvimento e Deficiência Auditiva. 3.1.1.1.1. Cuidados Médicos e de Enfermagem Em paralelo aos cuidados médicos prestados pelo Centro de Saúde da Figueira da Foz, este Centro conta com os cuidados de enfermagem que contribuem, de igual forma, para proporcionar uma maior e melhor qualidade de vida aos seus utentes. GRÁFICO Nº 48 - Evolução do número de atendimentos dos cuidados de Enfermagem 138374 140000 132534 135000 130000 2000 125000 120000 117345 2001 2002 115000 110000 105000 2000 2001 2002 Fonte: Relatório Sumário Comparativo (2000, 2001, 2002) do Centro de Saúde da Figueira da Foz Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 150 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Através do gráfico acima exposto, podemos constactar que o número de atendimentos individuais, no âmbito dos cuidados de enfermagem, têm apresentado um gradual crescimento nos últimos 3 anos. Entre 2001 e 2002 a evolução foi na ordem dos 4,2% e entre 2000 e 2002 essa evolução foi de 15,2%. 3.1.1.1.2. Programas de Promoção de Saúde O Centro de Saúde da Figueira da Foz desenvolve uma série de Programas de Âmbito Nacional e Local direccionados para o Tratamento, Promoção da Saúde e Prevenção na Doença os quais, paralelamente aos cuidados tradicionalmente prestados, constituem um conjunto de resposta que contribuem para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos: - Plano Nacional de Luta contra a Tuberculose - Programa Saúde Oral - Programa Nacional Diabetes - Prevenção na Sida - Projecto Integrado de Intervenção Precoce (P.I.I.P). e Ataxias Hereditárias - Paramiloidose Adquirida Familiar (P.A.F.) - Doença de Hansen - Rede Nacional Escolas Promotoras de Saúde - Programa de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento das Doenças do Aparelho Circulatório - Programa Nacional Controlo da Asma - E.I.D. - Equipa de Intervenção Domiciliária – Visa acompanhar os casos mais problemáticos, nomeadamente os acamados, sem médico de família. - Comissão de Infecção Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 151 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz - Comissão de Humanização – Procedeu-se à realização de um serie de candidaturas a fundos com o objectivo de humanizar os serviços. Temos como exemplo o equipamento da sala de espera do Centro de Saúde com material lúdico. Paralelamente, a estes Programas Nacionais o Centro de Saúde desenvolve também alguns Programas Locais de Promoção da Saúde e Prevenção da Doença, são eles: - Vacinação - Saúde Escolar - Prevenção do Tabagismo - Doenças Oncológicas – Rastreio do Cancro da Mama - Doenças Oncológicas – Rastreio do Cancro do Colo do Útero - Campanha de Verão (Prevenção cancro da pele e cuidados com águas balneares) - Promoção da qualidade das águas e alimentos - Prevenção Alcoolismo - Sexualidade, Contracepção, Doenças Sexualmente Transmissíveis - Menopausa sem problemas Dos programas anteriormente referidos o Grupo de Promoção da Saúde desenvolve os seguintes: - Saúde Oral - Vacinação - Saúde Escolar - Prevenção de Tabagismo - Campanha de Verão Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 152 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz - Qualidade das águas e alimentos - Rastreio do Cancro da mama - Menopausa sem problemas - Prevenção do Alcoolismo - Sexualidade, Contracepção e Doenças Sexualmente Transmissíveis O Centro de Saúde da Figueira da Foz tem várias parcerias institucionais criadas, são elas: - Rede Social - Projecto Apoio Integrado a Idosos (PAII) - Comissão Moradores Borda do Campo – Equipa de Saúde de Borda do Campo - Centro Social Aqua Viva – Equipa de Saúde de Alhadas - Rede Interinstitucional IPSS Casa Nossa Senhora do Rosário - Associação Fernão Mendes Pinto – Projectos: Violência entre Laços e Janela Aberta - Apoio a IPSS Nossa Senhora de O - Apoio a IPSS Vela Azul 3.1.1.1.4. Serviço de Transporte Municipal O Serviço de Transporte Municipal é um serviço assegurado pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, o qual pretende garantir a igualdade de acesso aos cuidados de saúde dos habitantes, que ao não terem transporte próprio, tenham de percorrer distâncias consideráveis para serem atendidos na extensão de saúde mais próxima. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 153 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Este serviço poderá ser utilizado pelos munícipes que, cumulativamente, reúnam as seguintes condições: - Residam em localidade não servida por carreira de transporte público até à localidade da Extensão de Saúde mais próxima; - Não disponha de transporte próprio; - Se encontre em situação de carência económica, que o impossibilite de suportar o custo da deslocação. QUADRO Nº 90 - Número de utilizações do Serviço de Transporte Municipal por Freguesia e sua distribuição mensal durante o ano de 2002 Número de Utilização Freguesia Jan. Fev. Março Abril Maio Junho Julho Totais Ag. Set. Out. Nov. Dez. Alqueidão 6 5 3 9 10 10 11 4 6 13 13 11 101 Borda do Campo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Lavos 7 6 4 8 5 7 2 7 5 3 6 2 62 Paião 49 31 39 25 49 29 33 21 40 37 40 15 408 Marinha das O. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Alhadas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Bom Sucesso 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 2 Brenha 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Ferreira-a-Nova 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Maiorca 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Santana 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Fig. Foz/ V. Verde 0 0 4 4 2 1 2 2 1 3 5 5 29 Quiaios/Buarcos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Total 62 42 50 46 68 47 48 34 52 56 64 33 602 Fonte: DEAS – Câmara Municipal da Figueira da Foz, Janeiro/2002 a Dezembro/2002 Como é possível observar através do quadro anteriormente apresentado, no ano de 2002, foram feitos 602 transportes de utentes para as diferentes Unidades de Saúde do Município (este transporte implica o levar do utente até à Unidade de Saúde e o posterior regresso a casa, contando como uma única utilização). Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 154 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz No ano de 2002, o maior número de utilizações do Serviço de Transporte Municipal foi registado pelos utentes da Unidade de Saúde do Paião, com 408 e da Unidade de Saúde do Alqueidão, com 101 utilizações. De seguida, surge a Unidade de Saúde de Lavos com 62 utilizações e a Unidade de Saúde da Figueira da Foz e a de Vila Verde com 29. Por fim, aparece a Unidade de Saúde do Bom Sucesso, em que no ano de 2002 foram realizadas apenas 2 serviços de transporte. Para as restantes Unidades de Saúde, do Município da Figueira da Foz, no ano em análise, não foram realizados quaisquer serviços de transporte de utentes. O número de utilizações realizadas oscila entre as 33 no mês de Dezembro e as 68 no mês de Maio, sendo neste mês e no de Janeiro e de Novembro aqueles em que foi registado um maior número de serviços de transporte. As Unidades de Saúde da zona sul do Município são as que maioritariamente recorrem ao Serviço Municipal de Transporte da Câmara Municipal da Figueira da Foz, mais concretamente da Freguesia do Alqueidão e do Paião, a este facto encontram-se associados diferentes factores: - Insuficiência da rede de transportes na Zona Sul - Organização interna das diferentes Unidades de Saúde – Os utente para beneficiarem deste serviço terão de fazer uma marcação prévia com a antecedência mínima de 7 dias. No entanto, em algumas Unidades de Saúde a marcação das consultas apenas pode ser realizada no próprio dia, o que impossibilita a requisição deste serviço, com a devida antecedência, à Câmara Municipal. É neste sentido que surge como prioridade a sensibilização das Unidades de Saúde da Zona Norte do Município da Figueira da Foz, no sentido de estas divulgarem o Serviço Municipal de Transportes junto dos seus utentes. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 155 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz 3.1.1.2. Caracterização da população utente Existia no ano de 2001, um total de 66617 utentes inscritos no Centro de Saúde da Figueira da Foz. Sendo a população residente no Município 62601 habitantes, isto significa que 6,02% dos utentes inscritos certamente residirão fora da área geográfica de influência do Centro de Saúde. GRÁFICO Nº 49 - Distribuição por grupos etários da população utente do Centro de Saúde da Figueira da Foz 4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 0 0a4 5 a 9 10 a 14 15-19 20-24 25- 29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65-69 70-74 75 e + Masc. Fem. Fonte: Centro de Saúde da Figueira da Foz, Janeiro/2001 a Dezembro/2001 Fazendo uma análise comparativa dos utentes inscritos no Centro de Saúde do Município da Figueira da Foz verificamos que a maioria é do sexo feminino, exceptuando nos primeiros anos de vida em que existem mais rapazes do que raparigas. Através do gráfico apresentado verificamos que a faixa etária que compreende um maior número de indivíduos é a dos 75 e mais anos, sendo as faixas etárias mais jovens aquelas que apresentam um menor número de inscritos. Estes dados encontram-se associados não só à debilidade física das pessoas mais idosas, que consequentemente necessitam de mais cuidados de saúde, mas prende-se, de igual forma, com a estrutura etária da população, que gradualmente caminha para um envelhecimento da população residente. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 156 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 50 - Evolução do número de consultas total global do Centro de Saúde da Figueira da Foz 229199 230000 214808 220000 210000 2000 196224 200000 2001 190000 2002 180000 170000 Consultas Realizadas Fonte: Relatório Sumário Comparativo (2000, 2001, 2002) do Centro de Saúde da Figueira da Foz Entre 2000 e 2002 o Centro de Saúde da Figueira da Foz assistiu a um aumento do número de consultas. Entre 2001 e 2002 a evolução registada foi cerca de 6,7% e entre 2000 e 2002 cerca de 16,8%. A taxa de cobertura global em 2001 era de 71% e em 2002 essa taxa passou para 75%. GRÁFICO Nº 51- Evolução do número de utentes inscritos no Centro de Saúde da Figueira da Foz e sua distribuição por sexo 70000 68535 66436 63171 60000 50000 40000 30000 33699 35970 34982 29472 31454 32565 Feminino Masculino Totais 20000 10000 0 2000 2001 2002 Fonte: Relatório Sumário Comparativo (2000, 2001, 2002) do Centro de Saúde da Figueira da Foz Observando o gráfico acima exposto, verificamos que o número de utentes inscritos no Centro de Saúde da Figueira da Foz tem assistido a uma evolução positiva, assim Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 157 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz enquanto no ano 2000 existiam 63171 utentes inscritos e no ano de 2001 um total de 66436, em 2002 passaram a existir 68535. Analisando a distribuição da população utente por sexo verificamos que são sobretudo as mulheres que em maior escala recorrem ao Centro de Saúde, tendo nos últimos 3 anos em análise, registado tal como os homens uma evolução positiva. Entre 2001 e 2002 a evolução do número de utentes inscritos registou uma evolução na ordem dos 3% e entre 2000 e 2002 na ordem dos 8,5%. 3.1.2 Hospital Distrital da Figueira da Foz 3.1.2.1. Caracterização dos serviços prestados O Hospital Distrital da Figueira da Foz constitui, sem dúvida, um recurso em termos de saúde para o Município, uma vez que serve não só a população residente, mas também as populações dos distritos vizinhos, nomeadamente Coimbra e Leiria. Segundo dados fornecidos por este Hospital em Março de 2001 existiam 82 médicos, 190 enfermeiros e 56 administrativos. O Hospital dispõe dos seguintes serviços: - Medicina; - Pediatria - Cirurgia - Ortopedia - Obstetrícia/Ginecologia - Especialidades/Cirúrgicas - Urgência - Imagiologia - Anestesiologia Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 158 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz - Fisiatria - Patologia Clínica - Imunohemoterapia QUADRO Nº 91 - Alguns dados do Hospital Distrital da Figueira da Foz Relatório de 2001 1999 2000 Doentes Tratados 6827 6705 Doentes internados 45791 43144 Dias de Internamento Doentes Saídos 46437 42900 Demora Média 6,80 6,40 % de ocupação 68,18 64,07 Nº de Consultas 57788 60224 Nº de Urgências 77459 79126 Nº de Partos 708 678 Nº Internados 718 691 Nº Dias (Internados) 2615 2385 Berçário Nº Dias (Saídos) 2618 2390 Nº de Doentes 373 274 Hospital de Dia Nº Sessões 1471 1364 S.O Doentes tratados 3383 2999 Fonte: Relatório de 2001 do Hospital Distrital da Figueira da Foz 2001 6469 40648 40708 6,29 60,52 60906 83543 586 600 2181 2180 289 1343 3014 Segundo o Relatório de 2001 do Hospital Distrital da Figueira da Foz, entre 1999 e 2001, o número de doentes tratados e saídos teve ao longo destes 3 anos uma ligeira diminuição, a qual foi acompanhada de uma igual redução da demora média e da percentagem de ocupação. No entanto, no que toca ao número de consultas e de urgências, nos 3 anos em análise, tem-se verificado um progressivo aumento. Quanto ao número de partos e de internamentos de recém nascidos o Hospital da Figueira da Foz tem registado uma gradual redução, que está associado à diminuição da Taxa de natalidade nos últimos anos. Relativamente aos dados do Hospital de Dia, verificamos que o número de doentes passou de 373 em 1999 para 274 em 2000, voltando a subir o número em 2001 para 289. Esta oscilação verificou-se de igual forma no S.O., que passou de 3383 em 1999 para 2999 em 2000 e em 2001 para 3014. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 159 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 52 - Movimento mensal no ano de 2001 e 2002 nas urgências do Hospital Distrital da Figueira da Foz 7000 6896 6000 5402 5416 5000 5188 5739 5466 5420 4914 5160 4728 4488 4371 3890 5341 5292 5020 5012 4827 4394 4815 4686 4889 4484 4784 4000 3000 2000 1000 2001 Ju lh o A go st o Se te m br o O ut ub ro N ov em br o D ez em br o Ju nh o M ai o A br il M ar ço Ja ne ir o Fe ve re ir o 0 2002 Fonte: Relatório Sumário Comparativo (2000, 2001, 2002) do Centro de Saúde da Figueira da Foz Observando o movimento mensal entre 2001 e 2002 no serviço de urgência do Hospital Distrital da Figueira da Foz, podemos constatar que é sobretudo nos meses de Janeiro e Dezembro em que o Hospital registou um maior movimento. A criação do serviço de Consultas de Recurso Urgente (CRU) no Centro de Saúde de Buarcos e nas Unidades de Saúde de S. Julião, Alhadas e Paião, possibilitaram o atendimento de muitos utentes, em situação de urgência, libertando, desta forma o serviço de urgência do Hospital Distrital da Figueira da Foz. No ano de 2002 o serviço de urgência do Hospital registou uma diminuição de 6330 doentes residentes no Município da Figueira da Foz. 3.1.2.1.1. Serviços Especialidades O Hospital Distrital da Figueira da Foz dispõe de 26 especialidades, tendo no ano de 2000 sido realizadas 60224 consultas. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 160 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 92 - Estatística do Movimento Assistencial do Hospital Distrital da Figueira da Foz em 2000. Número Especialidades Primeiras Total Subsequentes Anestesiologia 609 622 1231 Cardiologia 789 2573 3362 2047 2954 5001 439 425 864 48 46 94 220 1538 1758 2 35 37 Cirurgia Dermatologia Desabituação Tabágica Diabetologia Doenças HepaticoTerapêuticas Gastrenterologia 421 556 977 Ginecologia 614 2254 2868 Imunohemoterapia 145 2617 2762 Medicina 891 3574 4465 2883 1672 4555 Medicina Física e Reabilitação Neurologia 709 1985 2694 Obstetricia 697 2188 2885 2957 3146 6103 Oftalmologia Oncologia 38 616 654 Ortopedia 2108 3643 5751 Otorrino 1640 2706 4346 Patologia da Mama 111 632 743 1054 2227 3281 Planeamento Familiar 266 263 529 Pneunonologia 589 2010 2599 97 459 556 Reumatologia 9 312 321 Saúde Ocupacional 0 5 5 641 1142 1783 Pediatria Rastreio Oncológico Urologia Total 20024 40200 60224 Fonte: Hospital Distrital da Figueira da Foz, Janeiro/2000 a Dezembro/2000 A Oftalmologia apresenta-se como sendo a especialidade que maior número de consultas obteve no referido ano, logo seguido da Ortopedia e da Cirurgia. As especialidades que menos movimento registaram em 2000 foram a Saúde Ocupacional e as Doenças Hepatico-Terapêuticas. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 161 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz 3.1.2.1.2. Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica 3.1.2.2. Caracterização da população utente Dados não disponíveis 3.2. SERVIÇOS PRIVADOS Segundo o inquérito “Carta de Equipamentos e Serviços de Apoio à População (CESAP) de 2002, do Instituto Nacional de Estatística, passado aos presidentes de Junta de Freguesia do Município da Figueira da Foz, foram identificados os seguintes estabelecimentos de saúde particulares: 7 Postos de Enfermagem; 25 farmácias; 11 Laboratórios onde é possível realizar análises clínicas, 4 radiologias, 4 ecografias e 1 TAC; 40 Consultórios médicos. 3.2. OUTROS SERVIÇOS O Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais, apesar de se localizar no Município vizinho de Cantanhede constitui um recurso para a população residente no Município da Figueira da Foz. Nesta perspectiva, interessa conhecer um Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 162 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz pouco melhor os utentes que frequentam as consultas deste centro e que residem no Município em análise. Segundo dados deste Centro, no que concerne à área do Município da Figueira da Foz, nomeadamente ao nível de Escolaridade, à Dependência de Terceira Pessoa e ao Apoio Familiar, pode-se aferir que, ao nível da Escolaridade, do universo de utentes residentes no Município da Figueira da Foz, 60% tem a escolaridade mínima obrigatória e 30% não a possuem devido a insuficiência económica e a uma faixa etária elevada. Em relação à Dependência de Terceira Pessoa, 40% dos utentes requerem informação e apoio para o Complemento por Dependência a Terceira Pessoa, 35% acham que esse complemento não compensa e 25% são utentes que não necessitam desse mesmo apoio. No Apoio Familiar 90% dos utentes têm apoio familiar, embora não se manifeste na sua plenitude e de forma satisfatória e 10% têm apoio de Instituição e de outros serviços. QUADRO N.º 93- Distribuição de Consultas segundo Ano, Escalão Etário e Sexo Ano <1 (1-5) ( 5 - 10 ) ( 10 - 15 ) ( 15 - 25 ) ( 25 - 45 ) ( 45 - 65 ) ( 65 - 75 ) > = 75 Total F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M 2003 0 0 0 1 0 0 2 0 0 2 3 4 14 2 10 4 3 2 32 15 2004 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 4 10 10 2 7 6 0 0 22 19 Total 0 0 0 2 0 0 2 0 1 2 7 14 24 4 17 10 3 2 54 34 Fonte: Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais, Agosto 2004 Observando o quadro anteriormente exposto, podemos verificar que, no ano de 2003, no Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais, foram realizadas 47 consultas, a utentes residentes no Município da Figueira da Foz. Do total das consultas realizadas 32 foram realizadas a utentes do sexo feminino e 15 a utentes do sexo masculino. A faixa etária dos 45–65 anos, foi aquela que, no sexo feminino, obteve maior número de consultas, enquanto no sexo masculino, foi a faixa etária dos 65-75 anos aquela que registou o maior número de consultas. Em 2004, o quadro mostra uma redução, relativamente ao ano anterior, do número total de consultas a utentes residentes no Município. Assim, do total de 47 consultas realizadas no ano de 2003, registou-se um ligeiro decréscimo no ano seguinte, passando Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 163 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz para 41 consultas. Esse decréscimo deve-se essencialmente à redução do n.º de consultas de utentes do sexo feminino, uma vez que o n.º de consultas de utentes do sexo masculino, aumentou de 15, no ano de 2003, para 19 no ano de 2004. A faixa etária dos 45-65 anos continua a ser aquela que, no sexo feminino, obteve maior número de consultas, enquanto nos utentes do sexo masculino, o maior número de consultas registadas incidiu sobre a faixa etária dos 25-45 anos. QUADRO N.º 94- Distribuição de Consultas por Ano, Residência e Sexo Municípios 2003 F Total M 2004 F Total M Cantanhede 128 126 254 134 71 205 Coimbra 1 12 13 2 6 8 Condeixa-a-Nova 0 1 1 0 3 3 Figueira da Foz 31 15 46 22 19 41 Mira 85 51 136 69 58 127 Miranda do Corvo 1 1 2 0 3 3 Montemor-o-Velho 16 16 32 23 4 27 Soure 1 3 4 1 1 2 Vila Nova de Poiares 1 0 1 2 0 2 Total 264 225 489 253 165 418 Fonte: Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais, Agosto 2004 Observando a distribuição de consultas, no ano de 2003, no Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais, segundo a Residência e Sexo dos utentes, verifica-se que o Município da Figueira da Foz é o terceiro Município com maior número de consultas, num total de 46, seguido do Município de Mira, com um total de 139 consultas, e do Município de Cantanhede, que registou 254 consultas. No referido ano, foi o sexo feminino que apresentou um maior número de consultas, um total de 31, enquanto nos utentes do sexo masculino esse número baixou para 15 consultas. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 164 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz No ano de 2004 e apesar da redução do número de consultas, de 46 para 41, o Município da Figueira da Foz manteve-se como sendo o terceiro a registar o maior número de consultas, seguido mais uma vez do Município de Mira, com 127 consultas, e do Município de Cantanhede com 205 consultas. No Município da Figueira da Foz o sexo feminino foi o que continuou a registar maior número de consultas, num total de 22 consultas, continuando o sexo masculino a registar um menor número de consultas, num total de 19. 3.4. PROBLEMÁTICAS ESPECÍFICAS 3.4.1. Alcoolismo Em Portugal, como em outros países europeus, os níveis correntes de consumo de álcool são demasiados elevados para serem considerados compatíveis coma saúde, estando muitas vezes associado aos mais diversos problemas sociais e de Saúde Pública das Sociedades Modernas. O que há anos seria impossível de prever tornou-se realidade, Portugal conseguiu atingir o primeiro lugar do mundo no consumo de álcool puro por habitante, com a quantia de 11,3 litros (World Drink Trends, 1998). Os cálculos mais dramáticos apontam para 700 000 (mais de 10% da população com idade inferior a 15 anos) o número de doentes alcoólicos que existem em Portugal. Segundo dados fornecidos pelo Centro Regional de Alcoologia do Centro, calcula-se que em 2001 existiam no Município da Figueira da Foz 7880 Bebedores Excessivos e 5860 Doentes Alcoólicos, sendo assim o segundo Município, do Distrito de Coimbra a apresentar um maior número de pessoas com esta problemática. Relativamente, ao número de doentes alcoólicos inscritos neste Centro, no ano 2001, dos 138 utentes, 15,2% residiam no Município da Figueira da Foz, tendo este Centro, desde a sua fundação, em 1972, acolhido 5078 doentes alcoólicos, dos quais 629 pertenciam ao Município em análise. Sendo mais uma vez, o segundo Município do Distrito de Coimbra, a Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 165 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz apresentar um maior número de alcoólicos inscritos no Centro de Reabilitação de Alcoologia de Coimbra. Segundo dados fornecidos pelo Hospital Sobral Cid, Serviço de Alcoologia, entre Janeiro de 2001 e Dezembro de 2002, dos 353 utentes que tiveram o acompanhamento desse Hospital, 39, ou seja, 11,5%, pertenciam ao Município da Figueira da Foz sendo, desta forma, o terceiro com maior número de utentes , logo a seguir a Coimbra e Soure. Também segundo dados fornecidos pelo Centro de Saúde, no ano de 2001, existiam 266 doentes codificados com alcoolismo crónico, o que representa 0,4% da população inscrita neste Centro. 3.4.2. Toxicodependência 3.4.2.1. Caracterização dos utentes em acompanhamento no Centro de Atendimento de Toxicodependentes da Figueira da Foz Segundo dados fornecidos pelo Centro de Atendimento a Toxicodependentes em Novembro de 2002 existiam 439 utentes em ficheiro neste Centro, dos quais 257 encontravam-se em activo no ano em análise. Desses utentes, 40 encontravam-se em Programa de Substituição com Metadona, cujo tempo médio de permanência é de 15,2 meses. No programa de substituição com Buprenurfina existiam, na altura, 14 utentes, sendo o tempo médio de permanência no programa 5,5 meses. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 166 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 53 - Freguesia de residência dos utentes em atendimento no CAT da Figueira da Foz Desconhecidos 50 1 M. Gândara 2 2 Santana B. Sucesso 17 S.Pedro 16 Vila Verde 39 Tavarede 110 S.Julião 10 Quiaios 3 Paião 18 20 M. Ondas Maiorca 25 Lavos 2 Ferreira Nova 67 Buarcos 17 Brenha 4 Alqueidão 36 Alhadas 0 20 40 60 80 100 120 Fonte: CAT da Figueira da Foz, 2002 Observando a Freguesia de residência dos utentes em atendimento no CAT, verificamos que a maior parte reside na Zona Urbana do Município, destacando-se as Freguesias de S. Julião da Figueira da Foz, com 110 utentes, seguida de Buarcos com 67 e Tavarede com 39 utentes. No entanto, há ainda a salientar, na Zona Norte do Município, a Freguesia de Alhadas com 36 utentes e na Zona Sul a Freguesia de Lavos, com 25 utentes. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 167 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 95- Caracterização dos indivíduos em acompanhamento no Centro de Atendimento a Toxicodependentes, segundo as habilitações Literárias Escolaridade Nº Indivíduos Nunca foi à escola 2 1º Ciclo 47 2º Ciclo 86 3º Ciclo 203 Secundária 47 Bacharelato/ Licenciatura 5 Desconhecido 49 Total 439 Fonte: CAT da Figueira da Foz, Novembro de 2002 A maior parte dos indivíduos em acompanhamento no CAT possui o 2º ou o 3º Ciclo do Ensino Básico, tendo 47 completado o Ensino Secundário. De destacar que dos 439 utentes, 5 possuem Habilitações Superiores: Bacharelato/ Licenciatura. Estes valores indicam, que o consumo de substâncias não está unicamente associado aos estratos da população com baixas qualificações académicas. A toxicodependência parece ser uma realidade transversal aos vários estratos que compõem a sociedade. Quadro Nº 96 - Caracterização dos indivíduos em acompanhamento no CAT segundo os escalões etários Escalões Etários Nº Indivíduos <20 6 >20 e <25 90 >26 e <35 228 >36 e < 40 68 > 40 47 Total 439 Fonte: CAT da Figueira da Foz, Novembro de 2002 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 168 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 54 - Caracterização dos indivíduos em acompanhamento no CAT segundo os escalões etários 228 90 68 47 6 -20 20-25 26-35 36-40 40 Fonte: CAT da Figueira da Foz, Novembro de 2002 A caracterização dos indivíduos em acompanhamento no CAT da Figueira da Foz, segundo os escalões etários revela um dado preocupante e que se prende com o facto de 73,8% dos indivíduos em acompanhamento ter uma idade inferior aos 35 anos, o que revela que iniciaram os consumos muito cedo. Daí a importância, de medidas no âmbito da prevenção primária, de forma a sinalizar as situações o mais precocemente possível e potenciar estratégias que levem a que menos jovens iniciem os consumos de substâncias. QUADRO Nº 97 - Caracterização dos indivíduos em Acompanhamento no CAT por Estado Civil Estado Civil Nº Indivíduos Solteiro 258 Casado/ União de Facto 107 Separado/ Divorciado Viúvo Desconhecido Total 36 3 35 439 Fonte: CAT da Figueira da Foz, Novembro de 2002 A problemática da Toxicodependência parece afectar sobretudo as pessoas solteiras. No entanto, 24,4% dos utentes em acompanhamento no CAT da Figueira da Foz são pessoas Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 169 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz casadas ou que vivem em união de facto, o que significa que para além dos indivíduos sinalizados existe todo um trabalho que é necessário ser feito com o agregado onde o indivíduo se encontra inserido. A fragilidade e a instabilidade das relações parece ser uma das realidade que caracteriza este tipo de famílias, assim dos 439 indivíduos em acompanhamento no CAT da Figueira da Foz 36, ou seja 8,2%, apresentam o estado civil, como estando divorciados ou separados. QUADRO Nº 98 - Caracterização dos indivíduos em acompanhamento no CAT por ocupação Estado Civil Nº Indivíduos Solteiro Casado/União de Facto Separado/Divorciado Viúvo Desconhecido 258 107 36 3 35 Total 439 Fonte: CAT da Figueira da Foz, Novembro de 2002 Dos 439 utentes, 137 encontram-se Empregados e 57 Desempregados o que parece constituir um dado revelador da dificuldades deste tipo de público em se inserir no mercado de trabalho. Os números apontam também para a existência de 4 indivíduos reformados e 7 detidos, sendo os problemas com a justiça um denominador comum a muitos dos consumidores de estupefacientes. De salientar, que 13 iniciaram os seus consumos ainda enquanto estudantes, o que indica que a escola pode (e deve) assumir um papel preventivo, desenvolvendo e fomentando acções no âmbito da prevenção primária de forma a dotar o seu público-alvo de competências capazes de dissuadir o consumo de substâncias. Programa Vida Emprego: O Programa Vida-Emprego criado no contexto global das medidas activas de emprego, visa potenciar a reinserção social e profissional de toxicodependentes, como parte integrante e fundamental do processo de tratamento da Toxicodependência Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 170 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz No ano de 2002, através do CAT da Figueira da Foz, encontravam-se inseridos 15 indivíduos no Programa Vida Emprego: 9 na Medida Apoio ao Emprego, 3 num Programa Ocupacional, 2 com um Estágio de Integração Sócio-Cultural e 1 que se encontrava ainda em avaliação. QUADRO Nº 99 - Número de indivíduos integrados nas diferentes medidas do Programa VidaEmprego Medidas do Programa Vida-Emprego Nº Indivíduos Estágio de Integração Sócio-Cultural Apoio ao Emprego Programa Ocupacional (POC) Em carteira Total 2 9 3 1 15 Fonte: CAT da Figueira da Foz, Novembro de 2002 Segundo dados fornecidos pelo Hospital Sobral Cid, entre Janeiro de 2001 e Dezembro de 2002, recorreram a este Hospital 29 utentes, para consultas na área da toxicodependência, 7 do sexo feminino e 22 do sexo masculino, residentes no Município da Figueira da Foz. Estes dados fazem do Município em análise, o segundo com maior número de utentes, logo seguido do de Coimbra, uma vez que dos 294 utentes, cerca de 10% pertence ao Município da Figueira da Foz. Comunidade Terapêutica “Encontro” Dirigido à população toxicodependente o Município da Figueira da Foz, dispõe, desde 1991, de um Lar Residencial, designado por Comunidade Terapêutica “Encontro”, situado na Freguesia de Maiorca. Esta Comunidade pertence à Cáritas Diocesana de Coimbra e tem como principal objectivo proporcionar um ambiente livre de drogas propício ao desenvolvimento e à estabilidade psíquica e emocional dos utentes, bem como, promover o crescimento e a maturidade pessoais dos utentes, no sentido de se tornarem independentes e autónomos, com capacidade para delinearem um novo projecto de vida, Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 171 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz enfrentando de forma positiva as dificuldades e respondendo com responsabilidade e eficácia a todos os desafios. A Unidade dispõe de 25 camas convencionadas e 7 não convencionadas, sendo estas últimas pagas na totalidade pelo próprio ou família ao mesmo preço das convencionadas. Segundo dados da Comunidade Terapêutica Encontro actualmente existe apenas 1 cama vaga. 3.4.2.2. Programa Troca de Seringas Dos toxicodependentes do Município da Figueira da Foz que não recorrem às consultas do CAT, a única informação disponível diz respeito ao número de trocas de seringas efectuadas. Assim, e segundo dados fornecidos pela Associação Nacional de Farmácias entre Outubro de 1993 e 31 de Julho de 2002 foram trocadas no Município da Figueira da Foz 105194 seringas, correspondendo a 20,12% das seringas trocadas no distrito de Coimbra. QUADRO Nº 100 - Evolução do número de seringas trocadas e farmácias aderentes ao projecto Ano de 2001 Farmácias 11 8 7 9 6 7 8 7 8 10 8 7 Total Ano de 2002 Nº Seringas 1856 1032 1330 1870 1400 1920 1320 2000 1720 2080 1840 940 19308 Meses Jan. Fev. Mar Abril Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Farmácias Nº Seringas 12 6 6 12 9 9 5 - 2470 950 1100 1700 1040 880 720 - Total 8860 Fonte: CAT da Figueira da Foz, Novembro de 2002 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 172 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz No ano de 2001, foram trocadas 19308 seringas no total de farmácias que aderiram ao Programa Troca de troca de Seringas tendo, no referido ano, atingido o valor máximo no mês de Outubro, onde foram trocadas 2080. No ano de 2002, e até ao mês de Julho, tinham já sido trocadas 8860 seringas, sendo o mês de Janeiro aquele onde se registou um maior número de trocas. 3.4.2.3. Atendimentos, Acompanhamentos e Encaminhamentos realizados pelas Equipas de Rua “As equipas de intervenção directa ou equipas de rua são unidades de intervenção directa junto da população toxicodependente e suas famílias e, de uma forma geral, junto de comunidades afectadas pelo fenómeno, com o objectivo de fomentar a integração de toxicodependentes em processos de recuperação, tratamento e de reinserção social, através de acções articuladas de sensibilização, orientação e encaminhamento.” O Município da Figueira da Foz possui duas Associações, com equipas de rua constituídas e que direccionam a sua intervenção para a população toxicodependente e suas famílias, são elas: Associação Novo Olhar e Associação Fernão Mendes Pinto. Associação Novo Olhar A Associação Novo Olhar é uma Organização Não Governamental (ONG), sem fins lucrativos, que tem como objectivo a prevenção da Sida. Actua na Região Centro, mediante informação, distribuição de material preventivo e aconselhamento. Tem como objectivo principal a prevenção do VIH e da SIDA, através de políticas de redução de comportamentos de risco e minimização de danos, actuando em três áreas de prevenção: primária, secundária e terciária. A Associação Novo Olhar, no Município da Figueira da Foz, desenvolve 2 projectos: - Projecto Rua Jovem - Surgiu no âmbito do Plano Municipal de Prevenção Primária das Toxicodependências do Município da Figueira da Foz e tem como base a Prevenção Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 173 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Primária do VIH/SIDA, onde a acção é exercida junto de grupos/organizações (Escolas, Grupos de Jovens e Associações Juvenis), cujo objectivo é o da sensibilização para a exposição e risco de infecção por VIH. - Projecto Tóxico - o qual visa a diminuição dos comportamentos de risco, através da veiculação de informação preventiva, apoio psicossocial, promoção da educação para a saúde e encaminhamento para estruturas de aconselhamento e tratamento, aumentando assim a rede secundária e terciária dos utentes. Neste projecto integra-se o trabalho das equipas de rua, que no Município da Figueira da Foz actuam em dois pontos onde se verifica a pratica da prostituição, são eles: Leirosa e Ferrugenta. No âmbito deste trabalho, no ano de 2001, foram distribuídas 690 seringas e no ano de 2002 foram distribuídas 742. No entanto, estes números apenas caracterizam a população toxicodependente que consome via injectável, tendo em conta que a maioria dos indivíduos que recorre ao CAT da Figueira da Foz, consome heroína via fumada, existe provavelmente um número de consumidores que não recorre a qualquer serviço de saúde e aos quais é difícil aceder. É ainda intenção desta Associação criar um Posto Fixo Móvel na Quinta do Paço, o qual possibilite “in loco” o desenvolvimento de estratégias que visem a diminuição dos comportamentos de risco, através da veiculação de informação preventiva. Associação Fernão Mendes Pinto A Associação Fernão Mendes Pinto possui uma Equipa de Rua (Equipa de Apoio Social Directo) cuja sua constituição obedece a uma lógica de complementaridade interdisciplinar, e cujos objectivos, visam essencialmente: - “Intervir junto de toxicodependentes e família com o objectivo de despistar, encaminhar e acompanhar casos; - Facilitar o processo de (re)integração sócio-profissional do toxicodependente; - Estimular a constituição de uma rede de parceiros com intervenção nas diferentes fases do processo de reintegração; - Actualizar os conhecimentos técnico-metodológicos na área das toxicodependências.” Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 174 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 101 - Estatísticas da Equipa de Rua da Associação Fernão Mendes Pinto, referentes aos 3 primeiros meses de 2001 Janeiro Actividades H Saídas Fevereiro M H 28 Março M H 34 Total M 25 57 Contactos Pop. Alvo 52 7 64 5 39 11 178 Atendimentos Individuais 22 3 42 7 19 10 103 Atendimentos Familiares 6 1 6 1 3 2 19 Casos Acompanhados 8 0 3 2 1 1 15 C.A.T 6 0 3 2 1 1 13 Cruz Vermelha 1 2 0 1 0 0 4 Encaminhamento Outros 10 2 19 0 8 3 42 Outras Actividades 0 0 0 1 0 0 1 Reuniões com parceiros 3 0 1 4 Acções de Sensibilização 0 0 0 0 Formação 0 0 5 5 Fonte: Associação Fernão Mendes Pinto, Novembro de 2002 Segundo dados fornecidos pela Associação Fernão Mendes Pinto nos primeiros 3 meses de 2001, a Equipa de Rua realizou 57 saídas, as quais possibilitaram 178 contactos com a população alvo, sendo maioritariamente composta por elementos do sexo masculino. Neste período, há ainda a destacar os 103 atendimentos individuais e 19 familiares, bem como o acompanhamento de 25 casos. Atendendo ao tipo de público a que este projecto de se destina, grande parte dos encaminhamentos realizados são para o C.A.T e para outras instituições que trabalham directamente com o fenómeno. A Associação Fernão Mendes Pinto procurou ainda desenvolver outras duas actividades com vista à prossecução dos objectivos inicialmente traçados, são elas: as reuniões com parceiros e a formação. Toda a intervenção de ajuda ou terapêutica se baseia numa relação de escuta, confiança e empatia com os toxicodependentes envolvendo-os com a Equipa, de forma a quebrar os estigmas existentes: rejeição da família, da sociedade e mesmo dos técnicos de saúde e sociais. Isto implica que não se trabalhe para o toxicodependente, mas sim com ele. O acompanhamento (toxicodependentes motivados para tratamento ou não), realizado pela Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 175 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Equipa, vai numa fase inicial no sentido da melhoria de condições do toxicodependente encontrando respostas às suas necessidades elementares(alimentação, etc.) é neste tempo de organização das ajudas necessárias a uma estabilização e restauração de um vínculo social mínimo que se inicia o apoio motivacional, se necessário. QUADRO N.º 102- Utentes residentes no Município da Figueira da Foz acompanhados no ano de 2003 Sexo Estado Civil Habilitações Literárias Casado Grupo União Etário F M Sol. de Divor. Viúvo S/ 1ºCiclo 2ºCiclo 3ºCiclo Secundário Superior Facto 15-19 2 1 1 20-24 3 3 4 1 1 25-29 4 21 17 3 3 30-34 6 12 11 3 2 35-39 2 1 11 10 6 40-44 6 3 3 45-49 2 + 50 Total 17 1 1 57 47 1 1 1 2 1 1 17 7 1 1 (inc.) 3 (inc.) 7 8 8 4 3 6 2 5 5 3 3 2 4 1 1 1 1 (inc.) 22 20 1 (inc.) 1 (inc.) 3 3 18 10 1 Fonte: Equipa de Apoio Social Directo da Associação Fernão Mendes Pinto Nota: Destes 74 utentes, 25 pertencem à freguesia de S. Julião sendo 15 Homens e 10 Mulheres. Os principais objectivos deste apoio são avaliar a situação dos toxicodependentes, fornecer informação específica, prestar apoio social e psíquico que permita a recuperação do seu estatuto de cidadão e encaminhá-lo para estruturas sociais (Centros de Abrigo/Acolhimento; Arquivos de Identificação, etc.) e terapêuticas (CAT´s, Comunidades Terapêuticas). Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 176 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO N.º 103 - Encaminhamentos efectuados no ano de 2003 N.º Para 12 Emprego / Formação Resultados Problema Desemprego/Baixas qualificações 4 Comunidade Terapêutica Ausência de redes de suporte 22 Emergência Social Carência económica/ Ajuda alimentar 6 Hospital de Dia Serviço de Infecciosas 7 Segurança Social 3 Mat. Bissaya Barreto 2 Doença Infecto-contagiosa C.A.T 2 Figueira Domus 2 Trabalho 2 Integrados 2 Abandonaram Supressão das necessidades básicas Acompanhamento médico Ausência de rendimentos / Doença Atribuição de R.M.G e Crónica Pensões de invalidez Gravidez de risco Apartamento de Reinserção 10 4 Formação Sem Abrigo Acompanhamento médico 1 Integrado 1 Abandonou Utilização abusiva de substâncias Início / Recomeço de psicoactivas programa terapêutico Más condições de habitação Sinalização do caso Fonte: Equipa de Apoio Social Directo da Associação Fernão Mendes Pinto Plano Municipal de Prevenção das Toxicodependências Sendo a toxicodependência um fenómeno actual e que preocupa, pela sua gravidade e dimensão, toda a sociedade, foi criado pela Resolução de Conselho de Ministros nº 39/2001, de 9 de Abril o Plano de Acção Nacional de Luta contra a Droga e a Toxicodependência – Horizonte 2004. Este documento define as linhas de intervenção e as acções prioritárias a desenvolver até ao final de 2004, sendo a área da prevenção primária uma das mais enfatizadas. É neste contexto que surgem os Planos Municipais de Prevenção Primária das Toxicodependências, que através de uma articulação com autarquias e instituições/organizações da própria comunidade, visam pôr em prática um modelo de intervenção comunitária mais eficaz e adaptado à realidade de cada município. É neste sentido, que em 2001, foi criado o Plano Municipal de Prevenção Primária de Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 177 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Toxicodependências do Município da Figueira da Foz, através de um protocolo assinado entre a Autarquia e o Instituto Português da Droga e Toxicodependência (IPDT). Este Plano, inclui 2 Projectos, os quais foram implementados por duas entidades: Associação Novo Olhar e Grupo de Escuteiros nº 207 AEP/Grupo de Instrução e Sport, sendo seu âmbito de intervenção nas áreas da prevenção na família, prevenção em meio escolar e prevenção em espaços recreativos, de lazer e desportivos, nomeadamente nas Freguesias de S, Julião, Buarcos e Tavarede. - Projecto “Rua Jovem” - já referido anteriormente, e cuja entidade Promotora é a Associação Novo Olhar. Este Projecto através de um Programa Comunitário, de um Programa de Formação, de um trabalho de Rua e Campanhas de Sensibilização, pretende sistematizar e divulgar informação sobre substâncias psicoactivas; apoiar e acompanhar acções de informação/sensibilização junto de adolescentes, famílias e agentes educativos; reforçar conhecimentos técnicos sobre as toxicodependências e despistar e encaminhar situações diagnosticadas. Este projecto visa o trabalho com crianças e jovens dos 6 aos 20 anos, com adultos acima dos 21 e também com as famílias com adolescentes/jovens, técnicos, população em geral e proprietários de espaços nocturnos. - Projecto “Crescer com Vícios Saudáveis”, cuja entidade promotora é o Grupo de Escuteiros nº 207 AEP. Este projecto visa através de um programa escolar e de um programa de formação prevenir/evitar comportamentos de risco; atenuar/reduzir situações de risco; alterar comportamentos de risco; promover a integração social e prevenir o abandono escolar. Pretende implementar este Projecto em Escolas do 1º CEB e em Escolas do 2º e 3º CEB, mas também na própria entidade promotora, em Associações e Clubes, bem como nos próprios agregados familiares. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 178 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz 3.4. 3. Saúde Mental 3.4.3.1. Caracterização dos utentes do Centro de Saúde da Figueira da Foz A Saúde Mental constitui uma problemática que assume especial importância para os técnicos da área da saúde, na medida em que no seu dia a dia se vêm confrontados com uma série de situações às quais é necessário dar resposta, mas para as quais o Município não apresenta estruturas capazes de satisfazer as necessidades sentidas. Assim, parece de todo pertinente conhecer os contornos que esta realidade assume no Município. GRÁFICO Nº 55 - Utentes em Ambulatório com Perturbações Mentais e sua caracterização por sexo 600 516 500 457 465 451 454 477 402 400 333 316 300 135 100 51 329 257 219 200 0 454 113 115 168 154 178 135 129 132 144 137 144 90 00 1 0 14 2 4 24 26 2114 -1m 1-2a 5-9a 10a-14 15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65-69 70-74 75-79 1-11m 3-4a M 81 80+ F Fonte: Centro de Saúde da Figueira da Foz, Janeiro/2002 a Dezembro/2002 Observando o número de utentes com Perturbações Mentais em ambulatório no Centro de Saúde da Figueira da Foz, verificamos que à medida que aumenta a idade aumenta, de igual forma, o número de utentes, apresentando a maioria idades compreendidas entre os 35 e os 74 anos. Os utentes com problemas de saúde mental que recorrem às consultas do ambulatório do Centro de Saúde são predominantemente do sexo feminino 74,55% e apresentam entre 35 e 74 anos. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 179 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 56 - Consultas em Ambulatório de utentes com Perturbações Mentais e sua caracterização por sexo 10 01 1011 1029 10 10 836 637 664 0 0 10 15 2 6 -1m 0102a 1-11m 14 36 31 27 74 57 993 11 10 665 478 336 292 278 272 28 0 337 319 248 245 216 189 203 128 193 142 75 3-4a 5-9a 10a-14 15-19 20-24 25-29 3 0-34 35-39 40-44 45-4 9 50 -54 55-59 60 -64 6 5-69 70-74 75-79 M 80+ F Fonte: Centro de Saúde da Figueira da Foz, Janeiro/2002 a Dezembro/2002 Tendo por base de análise o número de consultas em ambulatório, de utentes com perturbações mentais, os dados vão de encontro à informação anteriormente apresentada, sendo as mulheres aquelas que em maior número recorrem às consultas do Centro de Saúde da Figueira da Foz são, de igual forma, os escalões etários entre os 35 e os 74 anos aqueles que mais consultas registam. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 180 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 104 - Utentes com Perturbações Mentais do Centro de Saúde da Figueira da Foz e sua caracterização por Problema e Sexo H Problemas N F N % 26 51 8 27 721 45 625 74 26 102 28 1,21 2,37 0,37 1,25 33,47 2,09 29,02 3,44 1,21 4,74 1,30 35 68 27 44 2539 165 2798 176 18 264 66 0,54 1,05 0,42 0,68 39,13 2,54 43,12 2,71 0,28 4,07 1,02 61 119 35 71 3260 210 3423 250 44 366 94 0,71 1,38 0,40 0,82 37,72 2,43 39,60 2,89 0,51 4,23 1,09 Pert. Situacional transitória, reacção aguda ao stress, reacção de adaptação 39 1,81 78 1,20 117 1,35 Pert. de comportamento Disfunções sexuais de origem psicogénica Abuso Crónico do álcool Intoxicação alcoólica aguda, embriaguez e ingestão excessiva de álcool 27 17 119 1,25 0,79 5,52 34 3 28 0,52 0,05 0,43 61 20 147 0,71 0,23 1,70 10 0,46 2 0,03 12 0,14 Tabagismo Abuso, habituação ou dependência de outras drogas 78 3,62 36 0,55 114 1,32 22 1,02 5 0,08 27 0,31 Alterações da personalidade e do carácter Atraso Mental Outras perturbações mentais ou psicológicas Doença Psico-Somática Stress Toxicodependência 4 16 18 4 26 41 0,19 0,74 0,84 0,19 1,21 1,90 4 10 27 11 46 5 0,06 0,15 0,42 0,17 0,71 0,08 8 26 45 15 72 46 0,09 0,30 0,52 0,17 0,83 0,53 Totais 2154 100,00 6489 100,00 Fonte: Centro de Saúde da Figueira da Foz, Janeiro/2002 a Dezembro/2002 8643 100,00 Psicoses Orgânicas Esquizofrenia Psicoses Afectivas Outras Psicoses Pert. Ansiosas, estado ansioso Pert. histéricas e hipocondríacas Pert. depressivas Outras Neuroses Pert. da aprendizagem Perturbações do Sono Dores de origem mental % N Totais % Dentro das perturbações mentais podem ser identificados 24 problemas, que segundo o quadro apresentado anteriormente, assumem uma representatividade diferente em ambos os sexos. As patologias mais frequentes no sexo masculino , são : Perturbações Ansiosas/ Estado Ansioso Perturbações Depressivas (depressão neurótica) Abuso Crónico do álcool Insónia e outras perturbações do Sono Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 181 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Tabagismo Os problemas que mais afectam as mulheres, dentro desta problemática, são : Perturbações Depressivas (depressão neurótica) Perturbações Ansiosas/ Estado Ansioso Insónia e Outras Perturbações do Sono Outras Neuroses Perturbações Histéricas e Hipocondríacas Sendo os problemas anteriormente apresentados aqueles que afectam um maior número de utentes da Unidade de Saúde da Figueira da Foz torna-se pertinente conhecer um pouco melhor esta realidade. QUADRO N 105 - Utentes do Centro de Saúde da Figueira da Foz com Perturbações Mentais e sua caracterização por problema e Sexo Neuroses Escalão Etário Perturb. Ansiosas, Estado Ansioso M <9 anos H 0 Perturb. Histéricas e hipocondriacas M 0 H 0 Perturbações Depressivas M 0 H 1 Outras Neuroses M 1 H 0 0 10-19 anos 5 5 0 0 3 6 0 0 20-29 anos 32 15 0 0 49 10 2 0 30-39 anos 112 33 2 1 81 18 2 2 40-49 anos 210 73 11 2 206 39 5 4 50-59 anos 219 87 10 3 199 69 9 3 60-69 anos 233 74 17 3 229 53 15 3 70-79 anos 215 94 11 8 152 32 15 9 90 31 2 0 46 8 5 2 Total 1116 412 53 17 966 236 Fonte: Centro de Saúde da Figueira da Foz, Janeiro/2002 a Dezembro/2002 53 23 >80 anos Dos 2876 indivíduos identificados com Neurose 2188, ou seja, 76,1%, são do sexo feminino. Dentro desta problemática destacam-se as Perturbações Ansiosas, Estado Ansioso que englobam um total de 1116 mulheres e 412 homens, sendo as idades Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 182 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz compreendidas entre os 40 e os 79 anos aqueles que englobam um maior número de indivíduos. De seguida, surgem as Perturbações Depressivas, que englobam um total de 1202 indivíduos, sendo 80,4% dos indivíduos do sexo feminino. Trata-se de um problema que afecta maioritariamente os utentes do sexo feminino entre os 60 e os 69 anos e os utentes do sexo masculino entre os 50 e os 59 anos. Com uma menor representatividade aparecem as Perturbações Histéricas e Hipocondríacas com um total de 70 utentes e Outras Neuroses com 76 utentes. QUADRO N 106 - Utentes do Centro de Saúde da Figueira da Foz com Perturbações Mentais e sua caracterização por problema e Sexo Outras Perturbações Mentais e Psicológicas Escalão Etário Insónia e outras perturbações de sono M H Abuso Crónico do Álcool M H Tabagismo M H <9 anos 0 0 0 0 0 0 10-19 anos 0 0 0 0 0 1 20-29 anos 1 0 0 1 1 7 30-39 anos 1 0 4 15 3 16 40-49 anos 6 2 5 24 5 26 50-59 anos 2 4 7 51 0 8 60-69 anos 20 8 14 62 1 8 70-79 anos 23 6 12 52 1 1 >80 anos 17 4 3 12 1 0 Total 70 24 45 217 12 Fonte: Centro de Saúde da Figueira da Foz, Janeiro/2002 a Dezembro/2002 67 Para além das Neuroses existem Outras Perturbações Mentais e Psicológicas que parecem afectar um número considerável de utentes, um total de 435 indivíduos, em que 308 são homens, os seja, cerca de 70,8% e 127 mulheres (29,2%). Dentro das Outras Perturbações Mentais e Psicológicas destaca-se o Abuso Crónico do Álcool, sendo este um problema maioritariamente sentido pela população do sexo Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 183 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz masculino, uma vez que do total dos utentes identificados com esta problemática, 82,8% são homens com idades compreendidas entre os 50 e os 79 anos. A Insónia e Outras Perturbações de Sono são um problema que afecta maioritariamente as mulheres, entre os 60 anos e 79 anos, sendo também esta a faixa etária que engloba um maior número de homens. Por último, surge o Tabagismo, sendo esta uma problemática que mais uma vez, obtém maior representatividade junto da população masculina, uma vez dos 79 utentes identificados, 84,8% são homens, entre os 30 e os 39 anos. Os utentes com perturbações mentais ao acederem aos cuidados primários prestados pelo Centro de Saúde, são muitas vezes encaminhados para consultas de Especialidade, que no caso da Figueira da Foz são: Centro de Reabilitação Alcoólica (CRA), Centro de Atendimento a Toxicodependentes (CAT), Unidade de Desabituação do Centro de Atendimento a Toxicodependentes (UDCAT) e Hospital do Sobral Cid. No ano de 2002, foram enviados para os cuidados secundários 4589 utentes com perturbações mentais, sendo 63,5% do sexo feminino e 36,5% do sexo masculino. GRÁFICO Nº 57 - Número de utentes, do sexo masculino, enviados para Cuidados Secundários em Ambulatório por Especialidade Neurologia Neuropsiquiatria Infantil Toxicodependência Psicologia Serv. De Urgência Neuropsiquiatria Psiquiatria Alcoologia Des. Tabágica Outras Especialidades Fonte: Centro de Saúde da Figueira da Foz, Janeiro/2002 a Dezembro/2002 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 184 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 58 - Número de utentes, do sexo feminino, enviados para Cuidados Secundários em Ambulatório por Especialidade Neurologia Neuropsiquiatria Infantil Toxicodependência Psicologia Serv. De Urgência Neuropsiquiatria Psiquiatria Alcoologia Des. Tabágica Outras Especialidades Fonte: Centro de Saúde da Figueira da Foz, Janeiro/2002 a Dezembro/2002 Como é possível observar através dos gráficos anteriormente apresentados a maioria dos utentes encaminhados para os cuidados secundários vão para a especialidade de Outras Especialidades e para os Serviços de Urgência. De seguida, surge a Neurologia e a Psiquiatria como sendo as especialidades para as quais mais utentes são encaminhados, isto tanto no caso dos homens, como das mulheres. No entanto, observam-se algumas diferenças entre os sexos , uma vez que dos 5 utentes enviados para a especialidade de Psiquiatria, 4 são do sexo masculino. Por outro lado, são as mulheres que maioritariamente são enviadas para a Neuropsiquiatria, Psicologia e Desabituação Tabágica. Em situações agudas é para o Hospital do sobral Cid que a maioria é enviada, uma parte para o Hospital da Universidade de Coimbra e mais recentemente para o Hospital Distrital da Figueira da Foz, com a abertura de uma consulta bissemanal. Sendo o Hospital do Sobral Cid uma das estruturas para as quais os utentes com perturbações são enviados para as consultas de especialidade, convém conhecer um pouco melhor os utentes residentes no Município da Figueira da Foz que recorrem à consulta externa deste Hospital. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 185 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 59 - Distribuição por sexo e grupo etário dos doentes, residentes na Figueira da Foz, em consulta externa 2000 1681 1371 1500 913 1000 M 675 500 178 182 0 0 16-25 F 184 1 -16 520 26-45 46-65 79 66-75 218 75 Fonte: Hospital Sobral Cid, 30/06/01 a 30/06/03 Dos 6005 utentes residentes no Município da Figueira da Foz, que no período de 30 de Junho de 2001 a 30 de Junho de 2003, recorreram à consulta externa do Hospital do Sobral Cid, 66,2% eram mulheres e 33,8% eram homens, sendo o escalão etário entre os 46 e os 65 anos, seguido do escalão dos 26 aos 45 anos, aqueles que englobam um maior número de utentes de ambos os sexos. Em termos de reabilitação o Centro Psiquiátrico de Arnes e a Associação de Reabilitação Social e Desinstitucionalização de Doentes Psiquiátricos de Alfarelos surgem como dois recursos para o Município. Neste sentido, importa saber que a Associação de Reabilitação Social e Desinstitucionalização de Doentes Psiquiátricos de Alfarelos (ARDSDOP) acolhia em Abril de 2003, 3 utentes residentes na área do Município da Figueira da Foz. QUADRO Nº 107 - Utentes residentes no Município da Figueira da Foz apoiados pela Associação de Reabilitação Social e Desinstitucionalização de Doentes Psiquiátricos de Alfarelos Nº Sexo Utentes 1 M Idade 44 Habilitações Literárias 4ª Classe 1 M 39 6º ano 1 M 26 6º ano Diagnóstico Clínico Psicose Esquizofrénica Perturbação da Personalidade Oligofrenia Dependência de 3ª pessoa C/ Apoio Familiar × × × × Fonte: Associação de Reabilitação Social e Desinstitucionalização de Doentes Psiquiátricos de Alfarelos, Abril/2003 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 186 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Tratam-se de 3 indivíduos do sexo masculino, com 44, 39 e 26 anos, em que dois têm o 6º ano do Ensino Básico como escolaridade e o outro tem o 1º Ciclo Completo. Segundo o Diagnóstico Clínico um dos utentes sofre de Psicose Esquizofrénica e encontra-se dependente de 3ª pessoa. Foi sinalizado ainda um outro com Perturbação da Personalidade e um terceiro com Oligofrenia. Todos os utentes dispõem de Apoio Familiar. O Centro Psiquiátrico de Recuperação de Arnes presta actualmente apoio a 23 indivíduos residentes no município da Figueira da Foz, tratam-se de 19 homens e de 4 mulheres, cuja média de idade são os 42 anos. A maioria dos utentes identificados são solteiros, um total de 17, existindo no entanto 2 cujo estado civil é o de casado, 1 de divorciado e 1 de viúva. Todos os indivíduos têm menos do 9º ano de escolaridade, em que 7 têm o 1º Ciclo do Ensino Básico, 5 possuem o 2º Ciclo e 6 o 3º Ciclo. Em termos de reabilitação os únicos recursos são o Centro Psiquiátrico de Arnes e a ARSDOP, que mesmo assim não respondem a todas as nossas necessidades e levanta alguns problemas sobretudo na questão da deslocação, uma vez que há doentes que não têm capacidade para efectuar a viagem até Alfarelos, onde os espera um transporte do Centro, levando muitas vezes à desmotivação destes utentes e consequentemente à desistência da frequência das consultas Nas últimas décadas assiste-se a uma nítida tendência para o acompanhamento, a nível ambulatório de doentes que apresentam perturbações psíquicas de gravidade ligeira ou média e que, excepto durante as crises psicóticas curtas, podem ser tratados fora do hospital. O que caracteriza, fundamentalmente, os utentes do Centro de Saúde com problemas de saúde mental grave são : - Redes de suporte insuficientes ou inexistentes - Solicitações frequentes aos Serviços - Vários Internamentos - Situação económica precária - Situação de exclusão e de violência familiar e social. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 187 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz As Instituições Locais de Solidariedade Social não têm respostas específicas para este tipo de utentes, no entanto, respondem a algumas situações, nomeadamente nas valências de Centro de Dia e de Apoio Domiciliário. As respostas sociais a esta problemática são insuficientes e desadequadas. No entanto, o Despacho Conjunto nº407/98, dos Ministérios da Saúde e do Trabalho e da Solidariedade, de 18 de Junho prevê um conjunto de respostas sociais específicas para as pessoas idosas, com deficiência e/ou com problemas de saúde mental, em situação de dependência física, mental ou social, transitória ou permanente. Tratam-se de respostas que privilegiam a prestação de cuidados no domicílio e em ambulatório, evitando a hospitalização e/ou institucionalização. A eficácia deste modelo de intervenção exige, no entanto, o estabelecimento de redes sociais de apoio integrado que possam garantir a efectiva continuidade dos cuidados necessários e a participação e colaboração de vários parceiros sociais e do próprio estado para a convergência de esforços e apoios. Assim sendo, junto das populações mais fragilizadas, aposta-se actualmente numa intervenção articulada de apoio social e cuidados de saúde continuados, que envolva vários parceiros e rentabilize os recursos existentes. Esta intervenção deverá ter como objectivos: Promover a autonomia das pessoas em situação de dependência; Reforçar as competências das famílias para lidar com estas situações; Privilegiar a prestação de cuidados no domicílio, recorrendo-se ao internamento em unidades residenciais em situações necessárias ao processo de reabilitação e sempre com vista ao seu regresso a casa. Como resposta às pessoas com perturbações mentais torna-se imperativo apostar: Apoio Social. Cuidados de Saúde Continuados (promoção da saúde, prevenção da doença e da dependência e acompanhamento prioritário de idosos, doentes e convalescentes no domicílio). Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 188 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Respostas Integradas (com natureza preventiva e reabilitadora, de apoio a pessoas em situação de dependência, compreendem o Apoio Domiciliário Integrado e a Unidade de Apoio Integrado. As respostas no âmbito do apoio social podem ser desenvolvidas localmente por Acordo de Cooperação entre os serviços competentes da Segurança Social e das Administrações Regionais de Saúde e as Instituições envolvidas – IPSS, Misericórdias e Mutualidades. Tratam-se de respostas de apoio social genéricas, como é o caso do Serviço de Apoio Domiciliário, Centro de Dia, Acolhimento Familiar, Lar, Centro de Actividades Ocupacionais Lar de Apoio e Lar Residencial. A legislação existe tornando-se necessário concretizá-lo, nomeadamente as respostas de apoio social especificamente dirigidas às pessoas com Doença do Foro Mental ou Psiquiátrico previstas pelo Despacho Conjunto Nº 407/98 do Ministério da Saúde e do trabalho e Solidariedade que cria: Unidade de Vida Apoiada – Resposta habitacional para pessoas com limitação mental crónica e factores sociais graves, que não necessitam de intervenção médica frequente, mas que, por si só, não conseguem organizar as suas actividades de vida diária. Unidade de Vida Protegida – Estrutura habitacional para treino da autonomia de pessoas adultas com problemática psiquiátrica grave e de evolução crónica, clinicamente estável, com potencialidades que possam ser desenvolvidas em programas de reabilitação psicossocial e que não tenham alternativa residencial. Unidade de Vida Autónoma – Estrutura habitacional para adultos com problemática psiquiátrica grave, estabilizada, de evolução crónica e com boa autonomia, que permita a sua integração em programa de formação profissional ou em emprego normal ou protegido, sem alternativa residencial satisfatória. Fórum Sócio-Ocupacional – Equipamento para pessoas com desvantagem de origem psíquica, transitória ou permanente, que visa a reintegração sócio-familiar e profissional ou integração em programas de formação ou emprego protegido dos seus utentes. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 189 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Estas respostas já se encontram contempladas na lei, falta agora a sua criação e implementação a nível local, como forma de constituir um passo decisivo na melhoria da qualidade de vida dos doentes com perturbações psiquiátricas. 4. ACÇÃO SOCIAL 4.1. EQUIPAMENTOS SOCIAIS Os Equipamentos Sociais são a tradução física da maioria das respostas criadas pelo Estado e que alojam as valências, tenham estas uma natureza residencial, ambulatória ou mista. De uma quase exclusiva relação “1 equipamento-1 valência”, tem-se vindo a progredir no sentido de aumentar o número de valências sediadas no mesmo equipamento, quer sejam dirigidas ou não para o mesmo grupo etário ou população-alvo. Esta situação traduz-se em benefícios de aproveitamento de infraestruturas e de vantagens para os diversos tipos de utentes, tendo-se vindo a concretizar quer a nível de concepção inicial do equipamento, quer posteriormente por ampliação ou remodelação das instalações. Seguidamente iremos observar os equipamentos de que o Município da Figueira da Foz dispõe dirigidos à infância, juventude, terceira idade e deficientes. 4.1.1. Infância/Juventude A crescente participação da mulher no mercado de trabalho produziu, nas últimas décadas, modificações que se reflectem na organização da vida familiar e social. Esta realidade conduziu à necessidade da criação de serviços que assegurem o bem estar das crianças durante o período de trabalho dos pais. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 190 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Para acolher estas crianças o Município dispõe de uma rede de equipamentos, querda Rede Pública, quer da Rede Solidária, dirigidos a este tipo de público, são eles a Creche, Jardim de Infância e ATL. Creche A Creche é uma das respostas sociais de carácter sócio-educativo que se destina a acolher crianças até aos 3 anos de idade, durante o período de trabalho dos pais, pretendendo proporcionar às crianças condições adequadas ao desenvolvimento harmonioso e global, cooperando com as famílias em todo o processo educativo. A Creche tem como principais objectivos: - Proporcionar o bem estar e desenvolvimento integral das crianças num clima de segurança afectiva e física, durante o afastamento parcial do seu meio familiar através de um atendimento individualizado; - Colaborar estreitamente com a família numa partilha de cuidados e responsabilidades em todo o processo evolutivo das crianças; - Colaborar de forma eficaz no despiste precoce de qualquer inadaptação ou deficiência assegurando o seu encaminhamento adequado. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 191 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 108 - Número de utentes e capacidade da valência Creche das diferentes Instituições Particulares de Solidariedade Social do Município Freguesia Creche Capacidade Jardim-Escola João de Deus - Associação de Alhadas Jardins-Escola João de Deus Borda do Campo Conselho de Moradores da Borda do Campo Centro Social Vela Azul Bom Sucesso Casa de S. Pedro - Instituto de S. Miguel Centro Paroquial de Solidariedade Social de Buarcos Buarcos Creche Fernãozinho - Casa da Pequenada Associação Fernão Mendes Pinto Associação Goltz de Carvalho Jardim de Infância de Santo Amaro da Boiça - Obra Maiorca de Promoção Social do Distrito de Coimbra Creche do Paião - Centro de Solidariedade Social do Paião Paião Casa do Povo de Quiaios Quiaios Associação para o Desenvolvimento Cultural e Social Santana de Santana Casa da Criança de S. Julião - Fund. Bissaya Barreto S. Julião Centro Social da Cova e Gala S. Pedro Creche da Fontela - APPACDM Vila Verde CEPI - OSME S. Julião Total Nº Utentes 35 35 20 25 35 30 30 20 23 35 30 30 30 10 30 10 30 30 25 20 19 20 42 71 50 33 42 71 50 33 486 478 Fonte: Serviço Local de Segurança Social da Figueira da Foz, Dezembro/2002 No Município da Figueira da Foz existem 14 Instituições Particulares de Solidariedade Social que possuem a valência Creche. Existe ainda o Centro de Educação e Protecção na Infância da Obra Social do Ministério da Educação (CEPI – OSME), que se trata de uma entidade pública que possui, de igual forma, a valência Creche. Ao todo, no Município, existem 478 crianças que se encontram integradas nesta estrutura, sendo a capacidade total desta valência no Município, de 486, valor que se situa acima do número de crianças integradas, o que aparentemente demonstra uma boa cobertura desta valência no Município da Figueira da Foz. Das instituições, anteriormente referidas, há a destacar a Associação Portuguesa dos Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental, que das 50 crianças que tem capacidade para acolher, 10 encontram-se integradas no serviço de “estimulação precoce”. Tratam-se de crianças com Necessidades Educativas Especiais que necessitam de cuidados de estimulação mais específicos e individualizados. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 192 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Segundo dados fornecidos pelo Centro Distrital de Segurança Social de Coimbra, o Município da Figueira da Foz, apresenta uma taxa de cobertura na ordem dos 20,86%, para o número de utentes com acordo, o que o coloca na sexta posição relativamente aos restantes Municípios do Distrito de Coimbra. Ao serem incluídos os utentes sem acordo a taxa de cobertura passa para 21,26%, passando assim para o 5º lugar dos concelhos com maior taxa de cobertura do Distrito de Coimbra. Jardim de Infância O Jardim de Infância é um estabelecimento de Educação Pré-Escolar, cujo objectivo se encontra vocacionado para o desenvolvimento da criança proporcionando-lhe actividades educativas e actividades de apoio à família. Paralelamente, aos 23 Jardins de Infância Públicos que existem no Município e cuja caracterização já foi feita no Capítulo da Educação, existem 12 Instituições Particulares de Solidariedade Social que possuem esta valência, representando um total de 13 Jardins de Infância da Rede Solidária. QUADRO Nº 109 - Número de utentes e capacidade da valência Jardim de Infância das diferentes Instituições Particulares de Solidariedade Social do Município Freguesia Jardim de Infância Capacidade Jardim-Escola João de Deus - Associação de JardinsAlhadas Escola João de Deus Borda do Campo Conselho de Moradores da Borda do Campo Casa de S. Pedro - Instituto de S. Miguel Buarcos Centro Paroquial de Solidariedade Social de Buarcos Jardim de Infância de Sto Amaro da Boiça - Obra de Maiorca Promoção Social do Distrito de Coimbra Jardim de Infância do Paião - Centro de Solidariedade Paião Social do Paião Casa do Povo de Quiaios Quiaios Associação de Jardins- Escola 1º Jardim Escola João de Deus 2º Jardim Escola S. Julião Casa da Criança de S. Julião - Fundação Bissaya Barreto Centro Social da Cova e Gala S. Pedro Casa Nª Srª Rosário Tavarede Jardim de Infância da Fontela - APPACDM Vila Verde Total Nº Utentes 62 62 44 70 50 25 40 70 50 25 60 56 50 130 120 60 48 120 75 60 100 75 75 90 75 75 921 846 Fonte: Serviço Local de Segurança Social da Figueira da Foz, Dezembro/2002 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 193 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Enquanto no ano lectivo de 2002/2003, existiam 552 crianças a frequentar a totalidade dos Jardins de Infância Públicos do Município, em Dezembro de 2002, existiam 948 a frequentar os Jardins de Infância da Rede Solidária, o que perfaz um total de 1500 crianças a frequentar esta estrutura educativa. Comparando o número de crianças total a frequentar os Jardins de Infância da Rede Solidária (846) com a capacidade total das várias instituições nesta valência (921), os números apontam para uma boa cobertura desta valência. Esta ideia sai reforçada se observarmos a taxa de cobertura da valência Jardim de Infância, para a população entre os 4 e os 5 anos, apresentada pelo Centro Distrital de Segurança Social de Coimbra. Assim, para os utentes com acordo a taxa de cobertura é de 59,62%, sendo o Município da Figueira da Foz o quinto do Distrito de Coimbra a apresentar uma maior taxa de cobertura. Incluindo o número de utentes sem acordo o Município passa a ser o sexto do Distrito com uma maior taxa, cerca de 60,71%. Lar de Crianças e Jovens O Lar de Crianças e Jovens constitui uma “resposta social que tem por finalidade o acolhimento de crianças/jovens, no sentido de lhes proporcionar estruturas de vida tão aproximadas quanto possível às das famílias com vista ao seu desenvolvimento global, criando condições para a definição do projecto de vida de cada criança/jovem”. Min. do Trabalho e da Solidariedade, Direcção Geral da Acção Social, Respostas Sociais – Nomenclaturas Conceitos. Os Lares têm como principais objectivos: - Proporcionar às crianças/jovens a satisfação de todas as suas necessidades básicas em condições de vida tão aproximadas quanto possível às da estrutura familiar; - Promover a sua reintegração na família e na comunidade; - Proporcionar os meios que contribuam para a sua valorização pessoal, social e profissional. No Município da Figueira da Foz existem 2 Lares para Crianças e Jovens: Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 194 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Lar Costa Ramos – Misericórdia – Obra da Figueira. Trata-se de um Lar feminino com capacidade para acolher 40 crianças, encontrando-se, neste momento, atingida essa capacidade. Lar de Stº António, pertencente ao Lar de S. Martinho em Coimbra. Este Centro de Acolhimento encontra-se localizado na Freguesia de Vila Verde. Trata-se de um Centro, de carácter misto, com capacidade para 16 crianças, estando actualmente essa capacidade esgotada. Dos 16 utentes do Lar de Santo António 5 nasceram no Município da Figueira da Foz e os restantes, embora não tendo nascido no Município, foram integrados dando resposta a um problema existente. Actualmente a Instituição, juntamente com a Segurança Social de Coimbra e o Tribunal Judicial da Figueira da Foz, tem vindo a fazer um trabalho conjunto para a reequação das medidas aplicadas, sendo que, os casos que forem julgados passíveis de redefinição de medidas, originarão a saída destes e o surgimento de novas vagas, que nesse caso, a instituição, de acordo com o seu regulamento interno, fará prevalecer o princípio de preferência para as crianças e jovens provenientes do Município da Figueira da Foz. ATL Consideram-se Centros de Actividades de Tempos Livres os estabelecimentos com suporte jurídico em entidades públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, que se destinam a proporcionar actividades de lazer a crianças a partir dos 6 anos aos 30 anos, nos períodos disponíveis das responsabilidades escolares e de trabalho. Os Centros de Actividade de Tempos Livres têm como objectivos principais: - Permitir a cada criança ou jovem, através da participação na vida em grupo, a oportunidade da sua inserção; - Contribuir para que cada grupo encontre os seus objectivos, de acordo com as necessidades, aspirações e situações próprias de cada elemento e do seu grupo social, favorecendo a adesão aos fins livremente escolhidos; Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 195 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz - Criar um ambiente propício ao desenvolvimento pessoal de cada criança ou jovem, por forma a ser capaz de se situar e expressar num clima de compreensão, respeito e aceitação de cada um; - Favorecer a inter-relação família/escola/comunidade/estabelecimento, em ordem a uma valorização, aproveitamento e rentabilização de todos os recursos do meio. Tendo por base os dados do Censos 2001 que apontavam para a existência de 6538 indivíduos com uma idade compreendida entre os 6 e os 16 anos o Centro Distrital de Segurança Social de Coimbra calculou a taxa de cobertura em termos de ATL situando-se esta, no Município da Figueira da Foz, na ordem dos 16,95% (número de utentes com acordo) colocando-o na décima posição relativamente aos restantes Municípios do Distrito de Coimbra. Incluindo os utentes sem acordo, a taxa de cobertura passa para 17,28%, remetendo o Município para a décima primeira posição. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 196 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 110 - Número de utentes e capacidade da valência ATL das diferentes Instituições Particulares de Solidariedade Social do Município Instituição - Suporte Centro Social Sede Paroquial “Aqua Pólo Nª Srª Conceição Viva” de Alhadas Pólo Nª Srª Saúde (Moinhos da Gândara) Capacidade Nº Utentes 22 22 20 15 15 22 E.B.2,3 Alhadas 40 40 E.B.2,3 Infante D. Pedro 70 70 ATL da Costa de Lavos 15 16 Nª Srª da Boa Viagem (Marinha das Ondas) 40 34 E.B.2º,3º do Paião 75 80 ATL Paião – 1º Ciclo 50 49 Bº Bela Vista 30 27 E.B.2,3 Dr. João de Barros 70 70 100 132 Centro Paroquial de Sol. Social do Alqueidão 40 40 Conselho de Moradores de Borda do Campo 30 27 Centro Social Vela Azul (Bom Sucesso) 20 20 Centro Paroquial C. Paroquial de Sol. Social de Buarcos de Sol. Social de ATL dos Vais (Buarcos) Buarcos Associação Goltz As. Goltz de Carvalho (Buarcos) de Carvalho ATL Fontela 40 40 30 30 30 30 30 30 Centro Social Paroquial Ferreira a Nova 40 42 Centro Social C. Dia Nª Srª Conceição (Lavos) Paroquial de Lavos Lar Nª Srª da Luz (Lavos) 30 31 30 30 Cáritas Diocesana Secundária com 3º Ciclo de Cristina Torres 35 35 Centro Social Stº Amaro da Boiça (Maiorca) C. Paroquial de S. Pedro (S. Pedro) 25 24 C. Comunitário de Maiorca Associação Fernão ATL - Fernãozinho (R: Dr Santos Rocha) Mendes Pinto ATL - Fernãozinho (E.B.1º Ciclo Rui Martins) 40 40 75 75 45 45 Casa do Povo de Quiaios 30 42 Misericórdia - Obra da Figueira 40 40 Centro Social Cova Gala (S. Pedro) 70 30 Centro Social Paroquial de S. Martinho de Tavarede 30 26 Associação Dr. Joaquim de Carvalho 30 60 203 125 1490 1439 Casa Nª Srª do Rosário (Tavarede) Total Fonte: Serviço Local de Segurança Social da Figueira da Foz, Dezembro/2002 O Município da Figueira da Foz conta com um total de 33 ATL’s, englobando 1439 crianças/jovens. Sendo a capacidade total da valência ATL no Município da Figueira da Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 197 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Foz de 1490 utentes, estes dados parecem apontar para uma cobertura satisfatória desta valência no Município. No entanto, segundo os dados apresentados, podemos constactar que as maiores dificuldades sentidas prendem-se com a Secundária com 3º Ciclo de Cristina Torres e com a Associação Dr. Joaquim de Carvalho, que ao terem ATL dirigido aos alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico debatem-se com algumas dificuldades no que toca aa capacidade para acolherem esses mesmos alunos. Outros Para além das instituições anteriormente referidas e que prestam apoio à infância, o Município da Figueira da Foz dispõe ainda de mais 2 instituições que prestam serviço a crianças, são elas: Centro Social Stº António, cuja instituição suporte é a Cáritas Diocesana de Coimbra. Esta instituição desenvolve anualmente campos de férias para crianças. Colónia Balnear de Vila Nova de Poiares. Trata-se de um equipamento da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares, mas que promove no Município da Figueira da Foz Colónia de Férias para Crianças, acolhendo anualmente cerca de 300. 4.1.2. Terceira Idade Os dados do Censos vieram confirmar a tendência que o nosso país tem vindo a assistir nos últimos anos, e que se prende com o gradual envelhecimento da população. Este fenómeno tem vindo a ser sentido, de igual forma, no Município da Figueira da Foz, tendose verificado no grupo etário até aos 14 anos, entre 1991 e 2001, uma variação negativa na ordem dos –22,9%. No entanto, no escalão etário acima dos 65 anos a variação foi positiva, cerca de 28,3%. Associado a este envelhecimento está a diminuição da taxa de natalidade e com o aumento da esperança média de vida. Estes dados indicam que paralelamente a uma população cada vez mais envelhecida têm de existir respostas sociais que atendam às necessidades sentidas por este tipo de população. Seguidamente, Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 198 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz iremos elencar todos os recursos sociais existentes no Município e que se encontram dirigidos à população mais idosa. Serviços e Equipamentos para Idosos 1 - Lar O Lar de Idosos trata-se de um estabelecimento em que são “desenvolvidas actividades de apoio social a pessoas idosas através do alojamento colectivo, de utilização temporária ou permanente, fornecimento de alimentação, cuidados de saúde, higiene, conforto, fomentando o convívio e proporcionando a animação social e a ocupação dos tempos livres dos utentes “ (Despacho Normativo nº 12/98, de 5 de Março). São objectivos de um Lar: - Atender e acolher pessoas idosas cuja situação social, familiar, económica e/ou de saúde, não permita resposta alternativa; - Proporcionar serviços adequados à satisfação das necessidades dos residentes; - Proporcionar alojamento temporário como forma de apoio à família (doença de um dos elementos, fins de semana, férias e outras); - Prestar os apoios necessários às famílias dos idosos, no sentido de preservar e fortalecer os laços familiares. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 199 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 111 - Número de utentes e capacidade da valência Lar de Idosos das diferentes Instituições Particulares de Solidariedade Social do Município Freguesia Instituição Capacidade Bom Sucesso Centro Social Vela Azul Nº Utentes 18 13 30 30 Cáritas 106 100 Lavos Lar Nª Sr.ª da Luz - Centro Social Paroquial Lavos 20 30 Paião Centro Social Paroquial Paião 47 45 Casa Povo Quiaios 28 30 116 112 25 48 390 408 Sta Casa Misericórdia Buarcos Buarcos Quiaios S. Julião Lar Nª Srª da Encarnação Diocesana de Coimbra Sta Casa Misericórdia Obra da Figueira - Lar Stº António Lar Silva Soares Total Fonte: Serviço Local de Segurança Social da Figueira da Foz, Dezembro/2002 O Município da Figueira da Foz dispõe de 8 Lares comparticipados pelo Centro Regional de Segurança Social, albergando na sua totalidade 408 idosos. Observando a diferença entre o número total de utentes e a capacidade total dos lares, verificamos que a capacidade se encontra abaixo das necessidades sentidas. Segundo o Serviço Local da Segurança Social da Figueira da Foz o número total de camas existentes está equilibrado com as necessidades locais, no entanto alguns lares ultrapassam a sua capacidade, acolhendo idosos que residem fora do Município. Um outro constrangimento sentido por este Serviço, prende-se com o facto de em muitas situações, o idoso apesar de obter alta médica, não tem alta social. Tratam-se de pessoas dependentes que não têm qualquer tipo de apoio familiar, levando a que seja a Segurança Social a intervir em casos de grande carência económica, colocando o idoso em lares particulares com fins lucrativos, uma vez que os que são comparticipados não têm vagas e não recebem pessoas dependentes. Associados a esta medida encontram-se custos muito avultados para o Estado. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 200 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz 2- Centro de Dia O Centro de Dia constitui uma resposta social que consiste na prestação de um conjunto de serviços que contribuem para a manutenção dos idosos no seu meio sócio-familiar. São objectivos de um Centro de Dia: - A prestação de serviços que satisfaçam necessidades básicas: - A prestação de apoio psico-social; - O fomento das relações interpessoais ao nível dos idosos e destes com outros grupos etários, a fim de evitar o isolamento. QUADRO Nº 112 - Número de utentes e capacidade da valência Centro de Dia das diferentes Instituições Particulares de Solidariedade Social do Município Centros de Dia Centro Social Paroquial “Aqua Viva” de Alhadas Capacidade Sede Nº Utentes 25 Pólo Nª Srª Conceição - Alhadas Nª Srª Saúde - Moinhos da Gândara C. Solidariedade Social do Alqueidão 26 14 20 50 20 58 Cons. Moradores da Borda do Campo 40 37 Centro Social Vela Azul - Bom Sucesso 30 8 Centro Social Nª Srª da Conceição Paroquial de Nª Srª da Luz Lavos 30 30 20 22 Centro Social S Salvador - Maiorca 10 2 Cáritas Diocesana de Coimbra C. S. Nª Srª da Boa Viagem Marinha das Ondas 20 18 C. Social P. Vila Verde 15 15 Casa do Povo da Marinha das Ondas 30 16 Centro Social Paroquial do Paião 30 0 Casa Do Povo de Quiaios 10 3 As. para o Des. Cultural e Social de Santana 25 27 Misericórdia - Obra da Figueira 30 30 Centro Paroquial de S. Pedro - Centro Paroquial Social de Lavos 20 15 Centro Social Paroquial de S. Martinho de Tavarede 30 30 435 371 Total Fonte: Serviço Local de Segurança Social da Figueira da Foz, Dezembro/2002 a) Dados não disponíveis Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 201 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Existem actualmente 14 Instituições Particulares de Solidariedade Social no Município que possuem esta valência, constituindo um total de 18 Centros de Dia. Como é possível constatar pelo quadro acima exposto, existe actualmente no Município um número de utentes inferior à capacidade total desta valência, ou seja, existem actualmente 371 idosos integrados nesta valência, sendo a capacidade do Município, de cerca de 435. Segundo dados fornecidos pelo Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Coimbra, o Município da Figueira da Foz para uma população de 12215 idosos (população com 65 e mais anos), possui uma taxa de cobertura, relativamente à valência de Centro de Dia, na ordem dos 2,54%, colocando-o assim na décima quinta posição, relativamente aos 17 Municípios que constituem o Município de Coimbra. Estes dados indicam que, comparativamente aos restantes concelhos dos Distritos de Coimbra, o Município da Figueira da Foz surge como sendo um daqueles que apresenta uma menor taxa de cobertura da valência Centro de Dia. 3 - Centros de Convívio Os Centros de Convívio trata-se de uma resposta social de apoio a actividades sóciorecreativas e culturais, organizadas e dinamizadas com participação activas dos idosos. QUADRO Nº 113 - Número de utentes e capacidade da valência Centro de Convívio das diferentes Instituições Particulares de Solidariedade Social do Município Freguesia Bom Sucesso Buarcos Centro de Convívio Capacidade Nº Utentes Centro Social Vela Azul 16 16 Lar Nª Sr.ª da Encarnação - Cáritas Diocesana de Coimbra 23 27 Total 39 43 Fonte: Serviço Local de Segurança Social da Figueira da Foz, Dezembro/2002 No Município da Figueira da Foz existem apenas duas instituições com esta valência, o Centro Social Vela Azul, na Freguesia de Bom Sucesso e o Lar Nª Sr.ª da Encarnação da Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 202 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Cáritas Diocesana de Coimbra em Buarcos. Através dos dados apresentados, podemos constactar que o número de utentes que se encontram integrados na valência Centro de Convívio é superior à capacidade total existente nas duas Instituições Particulares de Solidariedade Social existentes no Município. Para além das duas instituições referidas anteriormente o Conselho de Moradores de Borda do Campo possui, de igual forma, um Centro de Convívio, no entanto é o próprio Centro que assume todas as despesas, uma vez que não tem acordo com a Segurança Social. A taxa de cobertura deste equipamento no distrito de Coimbra, de uma forma geral é muito baixa, sendo no Município da Figueira da Foz de 0,008%, constituindo o quarto Município do distrito com uma maior taxa de cobertura. 4 – Apoio Domiciliário O Apoio Domiciliário “consiste na prestação de cuidados individualizados e personalizados, no domicílio, a indivíduos e famílias quando, por motivo de doença deficiência ou outro impedimento, não possam assegurar, temporária ou permanentemente a satisfação das suas necessidades básicas e/ou as actividades da vida diária “ (Despacho Normativo nº 62/99, de 12 de Novembro). Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 203 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 114 - Número de utentes e capacidade da valência Apoio Domiciliário das diferentes Instituições Particulares de Solidariedade Social do Município Instituição - Suporte Centro Social Paroquial “Aqua Viva” de Alhadas Capacidade Sede Pólo Nª Srª Conceição Nº Utentes 19 4 Nª Srª Saúde (Moinhos da Gândara) C. Paroquial de Sol. Social do Alqueidão 19 4 3 3 24 24 Conselho de Moradores de Borda do Campo 45 45 Centro Social Vela Azul (Bom Sucesso) 30 30 Lar Nª Srª Encarnação (Buarcos) 30 30 Nª Srª Boa Viagem (Marinha das Ondas) 10 7 C. Social P. Vila Verde 15 14 30 30 35 36 10 10 7 7 25 38 Cáritas Diocesana de Coimbra Associação Goltz de Carvalho C. Social Paroquial de Ferreira-a-Nova Lar Nª Srª da Luz (Lavos) Centro Social Paroquial de Lavos Centro Paroquial de S. Pedro Centro Social S. Salvador (Maiorca) Casa do Povo da Marinha das Ondas 9 9 Centro Social Paroquial do Paião 36 36 Casa do Povo de Quiaios 30 28 Associação para o Desenvolvimento Cultural e Social de Santana 30 30 Santa Casa da Misericórdia 30 30 Associação para Desenvolvimento da Fig. da Foz 40 40 Centro Social Cova e Gala 35 35 Centro Social Paroquial de S. Martinho Tavarede 30 30 527 535 Total Fonte: Serviço Local de Segurança Social da Figueira da Foz, Dezembro/2002 Existem no Município da Figueira da Foz 22 Instituições Particulares de Solidariedade Social com a valência Apoio Domiciliário. Existem actualmente 535 utentes que usufruem deste serviço, sendo a capacidade total do Município de 527 utentes, o que significa que a cobertura deste equipamento está abaixo das necessidades sentidas. Segundo o Centro Distrital de Solidariedade Social de Coimbra a taxa de cobertura do Município da Figueira da Foz para o número de utentes com acordo é de 4,03% e incluindo os utentes sem acordo essa taxa passa para 3,64%, colocando o Município na décima posição relativamente aos restantes Municípios do distrito de Coimbra. Segundo o Serviço Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 204 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Local de Segurança Social da Figueira da Foz esta valência devia ser melhorada e ampliada, apostando no reforço deste serviço ao fim de semana e à noite. 5 – Equipamentos sociais para idosos com fins lucrativos Para além dos equipamentos sociais dirigidos aos idosos pertencentes às Instituições Particulares de Solidariedade Social e que obtêm apoios por parte do Centro Regional de Segurança Social, o Município dispõe ainda de 9 equipamentos sociais com fins lucrativos, dirigidos a este tipo de público, são eles: QUADRO Nº 115 - Lotação dos equipamentos sociais com fins lucrativos dirigidos aos idosos Freguesias Alqueidão Bom Sucesso Buarcos Lavos Marinha das Ondas Paião Tavarede S. Julião da Fig. Foz Designação Lotação Lar Residencial Paraíso 15 Lar Nª Srª Remédios 12 Centro Residencial Colina do Sol 15 Residencial 4 Sois 20 Centro Geriátrico S. José Casa de Repouso do Paião 24 35 Lar quinta do Outeiro 38 Casa de Repouso S. Paulo 14 Abadias Lar 24 Total 197 Fonte: Serviço Local de Segurança Social da Figueira da Foz, Dezembro/2002 Estes equipamentos sociais constituem mais um recurso para o Município, na medida a que corresponde à possibilidade de mais 197 idosos poderem desfrutar de uma série de cuidados individualizados e personalizados. 6- Outros Para além das 4 valências anteriormente referidas existem ainda mais 2 instituições que prestam serviço aos idosos, são elas: Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 205 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Centro Social Stº António, cuja instituição suporte é a Cáritas Diocesana de Coimbra. Esta instituição desenvolve anualmente campos de férias para idosos. Colónia Balnear de Vila Nova de Poiares. Trata-se de um equipamento da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares, mas que promove no Município da Figueira da Foz um OTL para idosos acolhendo anualmente 150 idosos. 4.1.3. Deficiência Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) “deficiência representa qualquer perda ou alteração de uma estrutura ou de uma função psicológica, fisiológica ou anatómica” (OMS, Classificação Internacional das Deficiências, Incapacidades e Desvantagens). GRÁFICO Nº 60 - População residente deficiente por tipo de deficiência 1400 1235 1200 1322 1014 1000 800 600 635 347 400 200 0 86 Auditiva Visual Motora Mental Paralisia Cerebral Outra deficiência Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 2001 Segundo dados fornecidos pelo Censos 2001 existem 4666 pessoas portadoras de deficiência (2524 Homens e 2142 Mulheres), sendo a Deficiência Motora aquela que atinge um maior número de indivíduos, 1322, seguido da visual com 1235 e de outras deficiências, com 1044. A deficiência auditiva também atinge um número significativo de pessoas, cerca de 13,6%, do total da população deficiente. Com valores um pouco Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 206 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz inferiores surge a Deficiência Mental, com 347 pessoas e por último a Paralisia Cerebral com 86. GRÁFICO Nº 61 - População residente deficiente por Tipo de Deficiência e Escalão Etário 800 700 600 500 400 300 200 100 0 0-19 Auditiva 20-39 Visual Motora Mental 40-59 Paralisia Cerebral + de 60 Outra Deficiência Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 2001 Segundo o gráfico acima apresentado, podemos verificar que são os escalões etários mais elevados, aqueles que englobam um maior número de população portadora de deficiência, ou seja, do total da população deficiente cerca de 48% apresenta uma idade superior a 60 anos. No entanto, 45% do total dos deficientes do Município possui idades compreendidas entre os 20 e os 59 anos, ou seja, em plena idade activa, o que para muitas destas pessoas pode constituir uma real barreira à plena inserção profissional. O escalão etário mais jovem, até aos 19 anos, engloba um total de 321 crianças/jovens e representa 6,8% da população total deficiente do Município Atendendo a que a maioria dos deficientes tem uma idade superior a 60 anos leva a que um número elevado destes indivíduos sejam reformados (2093). Tendo em atenção o tipo de deficiência e o seu grau de incapacidade o Censos 2002 indica que das 4666 pessoas deficientes 766 encontrava-se incapacitada para o trabalho, logo dependente de terceiros. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 207 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 116 - População residente deficiente, de acordo com a Actividade Económica Empregados Desempregados Estudantes Domésticos Reformados 1019 123 152 203 Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 2001 2093 Incapacitados para Trabalho 766 Apesar das dificuldades de integração com que estas pessoas se debatem diariamente, 1019, cerca de 22% encontra-se inserida no mercado de trabalho, mas existe, ainda que de uma forma residual, uma percentagem de 2,6% pessoas desempregadas. Os restantes deficientes são estudantes (152) e domésticos (203). QUADRO Nº 117 - População residente deficiente, com 15 ou mais anos, segundo o Tipo de Deficiência, Sexo e por condição perante a Actividade Económica Condição Perante Actividade Total Auditiva Económica HM H HM H Com Actividade Económica 1142 764 171 118 Pop. Empregada 1019 690 153 107 123 74 18 11 3341 1649 439 226 5625 3177 781 Pop. Desempregada Sem Actividade Económica Total Visual HM Motora H Outra Deficiência HM HM H H 426 242 235 185 41 28 10 7 259 184 381 216 214 168 35 25 10 7 226 167 21 17 6 3 0 0 33 17 746 315 1067 535 315 171 62 32 712 370 462 1598 799 1537 905 397 227 82 46 1230 738 26 HM Paralisia Cerebral HM 45 H Mental H Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 2001 GRÁFICO Nº 62 - População residente deficiente, com 15 ou mais anos, segundo o Tipo de Deficiência por condição perante a Actividade Económica 1200 1000 800 600 400 200 0 C/Act. Econ. Auditiva Visual Pop. Emp. Motora Pop. Desemp. Mental S/ Act. Econ. Paralisia Cerebral Outra Deficiência Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Portugal - Censos 2001 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 208 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Observando a população residente, tendo em conta a sua condição perante a actividade económica, verificamos que a maioria dos indivíduos não desenvolve qualquer actividade económica, devendo-se muitas vezes ao facto da deficiência conferir um grau de incapacidade que impossibilita a integração destes indivíduos no mercado de trabalho. Com actividade económica, o Censos 2001 refere a existência de 1142 indivíduos, sendo a sua maioria do sexo masculino. Dos 5625 indivíduos portadores de deficiência 1019, ou seja, cerca de 18%, encontravam-se empregados. Observando a população com actividade económica e a população empregada verificamos que a deficiência visual é aquela que engloba um maior número de indivíduos, logo seguido da deficiência motora. Por fim, surge a população desempregada que atinge um total de 123 indivíduos sendo, mais uma vez, a deficiência visual aquela que atinge um maior número de indivíduos. Com um trabalho exclusivamente direccionado para a população deficiente, o Município da Figueira da Foz conta com a existência de duas instituições: APPACDM e a Cercifoz. QUADRO Nº 118 - Número de utentes e capacidade da APPACDM e da Cercifoz Instituição - Suporte Valência Capacidade Centro Apoio Ocupacional - Alhadas APPACDM de Figueira da Foz Cercifoz Nº Utentes 25 25 Centro Apoio Ocupacional - Lavos 25 25 Centro Apoio Ocupacional - Buarcos 20 20 Unidade Residencial 10 10 Pré- Profissionalização/Profissionalização 50 50 Total 130 130 Fonte: Segurança Social, Dezembro/2002 A APPACDM possui 3 Centros de Apoio Ocupacional acolhendo um total de 70 pessoas portadoras de deficiência. Trata-se de uma estrutura destinada a desenvolver actividades para jovens e adultos com deficiência grave e profunda, tendo por objectivo: - “Estimular e facilitar o desenvolvimento das suas capacidades; - Facilitar a sua integração social; Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 209 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz - Facilitar o seu encaminhamento, sempre que possível, para programas adequados de integração sócio-profissional” Min. do Trabalho e da Solidariedade, Direcção Geral da Acção Social, Respostas Sociais – Nomenclaturas Conceitos. A APPACDM, conta ainda com uma Unidade Residencial, a qual acolhe 10 indivíduos, e é “destinada a alojar jovens e adultos com deficiência, de idade não inferior a 16 anos, que se encontrem impedidos, temporária ou definitivamente, de residir no seu meio familiar”. Min. do Trabalho e da Solidariedade, Direcção Geral da Acção Social, Respostas Sociais – Nomenclaturas Conceitos. A Cercifoz – Cooperativa para a Educação e Reabilitação da Crianças Inadaptadas da Figueira da Foz - tem como objectivo último a solidariedade social e o desenvolvimento de actividades, de apoio em diferentes domínios de intervenção a crianças, jovens e adultos deficientes ou com problemas de inserção sócio-profissionais, visando a defesa dos seus direitos individuais e de cidadania. A CERCIFOZ tem como principais objectivos da sua intervenção: - Promover a prevenção da deficiência, recorrendo a vários meios como por exemplo informativos e de aconselhamento. - Desenvolver acções de informação e sensibilização junto da opinião pública para a problemática associada à defesa dos direitos da pessoa com deficiência e família. - Promover a detecção precoce das perturbações no desenvolvimento da personalidade das crianças. - Promover o desenvolvimento das capacidades de crianças, jovens e adultos deficientes ou com graves problemas ao nível de inserção social e a aquisição de conhecimentos escolares e profissionais necessários à sua integração na sociedade. - Promover o desenvolvimento de actividade de apoio a pessoas com graves problemas ao nível da autonomia. - Pugnar pela erradicação de preconceitos e atitudes de incompreensão ou geradoras de situações de marginalização ou exclusão social que porventura se coloquem relativamente à pessoa com deficiência. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 210 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Actualmente a CERCIFOZ tem 50 pessoas em cursos de Pré-Profissionalização e Profissionalização. No total, o Município da Figueira da Foz, tem cerca de 130 utentes integrados numa estrutura de apoio a indivíduos portadores de deficiência, estando assim esgotadas a capacidade desses mesmos equipamentos. 4.2. PROGRAMAS E SERVIÇOS PARA DOMÍNIOS E POPULAÇÕES-ALVO ESPECÍFICOS 4.2.1. Exclusão Social A Equipa Técnica da Rede Social procurou Junto das Instituições Particulares de Solidariedade Social e das Juntas de Freguesia saber quais os principais problemas que afectam a comunidade em que se inserem, quais as causas das problemáticas e estratégias de intervenção apontadas. GRÀFICO Nº - Principais problemas que afectam o Município da Figueira da Foz e sua distribuição por Zona Geográfica 5 5 4 4 3 3 3 3 3 3 4 3 3 1 0 2 2 2 1 1 1 0 Zona Norte 0 Zona Urbana Alcoolismo Desemp./Trabalho Precário Isolamento Pop.Envelhecida 1 0 1 0 Zona Sul Toxicodependência Pobreza/Baixos Rendim. Habitação Fonte: Rede Social - Questões colocadas às Juntas de Freguesia e IPSS's do Município da Figueira da Foz, 2002 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 211 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Observando a distribuição dos problemas sociais mais apresentados por zona geográfica do Município, verificamos que na Zona Norte a Pobreza e os Baixos Rendimentos, muitas vezes associados às baixas pensões auferidas pelos idosos, foi a problemática mais vezes referida, uma vez que foi assinalada em 5 freguesias. De seguida, foram apontadas em 3 Freguesias a problemática do Isolamento sendo a população idosa a mais afectada. A Toxicodependência e os Problemas com a Habitação foram igualmente referidas por 3 freguesias. Nesta Zona Geográfica do Município foram ainda apontadas, em duas freguesias, as problemáticas do Alcoolismo e o do Envelhecimento da População. Para além dos problemas referidos anteriormente, a Zona Norte do Município apontou ainda outras fragilidades, como sejam: • Baixa Formação/Qualificação • Famílias desestruturadas, onde existem menores em perigo e episódios de vilolência familiar • Prostituição • Delinquência • Falta de prolongamento dos horários das estruturas educativas públicas • Falta de policiamento • Emigração Na Zona Urbana do Município é o Desemprego, sobretudo na população feminina, e o Trabalho Precário que afecta um maior número de Freguesias, um total de quatro, das cinco que constituem esta Zona Geográfica. De seguida, surge o Alcoolismo, a Toxicodependência e a Pobreza/Baixos Rendimentos , sendo estas problemáticas referidas por 3 freguesias. Na Zona Urbana os problemas associados à Habitação, como seja, a habitação degradada, foi referido por uma Freguesia. Para além destas problemáticas foram ainda apontadas: • Baixa formação/qualificação • Famílias desestruturadas Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 212 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz • Falta de Apoio às famílias • Menores em Risco • Violência Familiar • Prostituição • Delinquência • Minorias étnicas Na Zona Sul do Município a Pobreza, associada a Baixos Rendimentos, foi a referida por mais freguesias, um total de quatro. De seguida, surgem os Problemas relacionados com a Habitação, o Alcoolismo e o Envelhecimento da População. Por fim, e apesar de terem sido referidas por apenas uma freguesia, aparece o Desemprego/Trabalho Precário e o Isolamento sentido por algumas populações, sobretudo a idosa. Para além destas problemáticas foram ainda referidas as seguintes: • Baixa densidade populacional • Analfabetismo • Falta de transportes públicos GRÀFICO Nº - Principais causas para os problemas sentidos no Município da Figueira da Foz e sua distribuição por Zona Geográfica 3 3 3 3 2 2 1 3 2 1 1 1 0 0 Zona Norte Situação Económica das Famílias 1 0 0 0 1 0 1 0 Zona Urbana Zona Sul Falta de ocupação dos jovens Empregos Precários/Falta de postos de trabalho Baixo nível de Instrução e Qualificação Familias desestruturadas Isolamento dos idosos Fonte: Rede Social - Questões colocadas às Juntas de Freguesia e IPSS's do Município da Figueira da Foz, 2002 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 213 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Na Zona Norte são apresentadas como principais causas para os problemas anteriormente apresentados: a Situação Económica de algumas famílias e a Falta de Ocupação dos Jovens, sendo ambas as causa enunciadas por três freguesias. O Emprego Precário/ Falta de Postos de Trabalho, a existência de Famílias Desestruturadas e o Isolamento dos Idosos foram, de igual forma, causas apontam nesta Zona Geográfica. Na Zona Urbana do Município, o Baixo Nível de Instrução/Qualificação foi uma das causas apontadas por três freguesias, seguido dos Empregos Precários/Falta de Postos de Trabalho e da existência de Famílias Desestruturadas, com problemas transgeracionais. Por sua vez, as freguesias situadas na Zona Sul do Município apresentam como principais causas para os problemas sentidos os Empregos Precários/Falta de Postos de Trabalho, causas apontadas por três Freguesias, a Debilidade Económica das Famílias, o Baixo Nível de Qualificação/Instrução e o Isolamento da população Idosa. GRÀFICO Nº - Principais Estratégias de Intervenção apontadas para os problemas sentidos no Município da Figueira da Foz e sua distribuição por Zona Geográfica 3 3 2 2 1 1 1 1 1 1 1 0 0 Zona Norte 2 2 2 2 1 0 0 Zona Urbana 1 0 1 1 0 Zona Sul Criação/Melhoramento de Estrut. de Apoio ao Idoso Trab. interdisciplinar/inter institucional Sensib./Formação junto das famílias Apoiar na hab./construção de hab. Social Ocupação dos tempos livres dos jovens Criação/Melhoramento de inf. Rec./Cult./Educ. Incentivo à formação profissional Fonte: Rede Social - Questões colocadas às Juntas de Freguesia e IPSS's do Município da Figueira da Foz, 2002 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 214 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Nas questões colocadas às Juntas de Freguesia e às IPSS's do Município procurou-se ainda tentar apontar para possíveis estratégias de intervenção, enquanto formas de combate aos problemas diagnosticados. Neste sentido, na Zona Norte a Criação/Melhoramento de Estruturas de Apoio ao Idoso é uma das estratégias de intervenção apontadas em três freguesias. Seguidamente surge o Apoio/Construção de Habitação Social e a Ocupação do tempo livre dos jovens, como sendo estratégias apontadas em duas freguesias da Zona Norte. Por fim, surge o Trabalho Interdisciplinar/Inter-institucional, a Sensibilização/Formação junto das Famílias, a Criação/Melhoramento de Infraestruturas Recreativas, Culturais e Educativas e o Incentivo à Formação Profissional, sobretudo dos jovens e das mulheres. Na Zona Urbana as estratégias mais referidas pelas freguesias prendem-se com a Ocupação do tempo livre dos jovens e com o Incentivo à Formação Profissional. Foram ainda apontadas como possíveis estratégias o Trabalho Interdisciplinar/Inter-institucional e a Sensibilização/Formação junto das Famílias. Por sua vez a Zona Sul do Município referiu enquanto estratégia o Incentivo à Formação Profissional, a Criação/Melhoramento de Estruturas de Apoio ao Idoso, o Apoio/Construção de Habitação Social, a Ocupação do tempo livre dos jovens e a Criação/Melhoramento de Infraestruturas Recreativas, Culturais e Educativas. 4.2.1.1. Rendimento Mínimo Garantido O Rendimento Mínimo Garantido, possui uma dupla vertente de atribuição de uma prestação pecuniária do regime não contributivo da segurança social e do desenvolvimento de programas de inserção social “por forma a assegurar aos indivíduos e seus agregados familiares recursos que contribuam para a satisfação das suas necessidades mínimas e para o favorecimento de uma progressiva inserção social e profissional” (Art. 1º, Lei nº 19/A/96). Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 215 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Trata-se de uma medida de política social que visa dar resposta a problemas de grupos de cidadãos afastados do exercício pleno de cidadania, o qual veio consolidar um trabalho de parceria que já há algum tempo se vinha implementando no Município. Segundo o Relatório de Evolução – Inserção do Rendimento Mínimo Garantido da Comissão Local de Acompanhamento da Figueira da Foz até Dezembro de 2002 foram assinados 716 Acordos de Inserção, abrangendo um total de 738 beneficiários. Sem acordos de Inserção assinados encontram-se 153 beneficiários. QUADRO Nº 119- Evolução do número de processos Entrados, Deferidos, Indeferidos e Cessados Processos Nº Processos De 1997/07 a 2001/10 De 1997/07 a 2002/12 Entrados 2193 2274 Deferidos 1360 1565 Indeferidos 630 310 Cancelados 680 865 Fonte: Serviço Local de Segurança Social da Figueira da Foz Através da tabela apresentada anteriormente é possível verificar que desde o início da implementação da medida do Rendimento Mínimo Garantido, tem-se verificado um aumento do número de processos entrados, deferidos e cancelados, por sua vez o número de processos indeferidos apresentou um decréscimo para cerca de metade dos processos indeferidos até Outubro de 2001. Este aumento do número de processos entrados é acompanhado por um consequente aumento do número de beneficiários, assim até Janeiro de 2001, existiam 480 beneficiários da Medida no Município da Figueira da Foz. Em Outubro de 2001, esse valor passa para 674, atingindo em Dezembro de 2002 um total de 891 beneficiários. Estes progressivos aumentos parecem indicar uma maior procura por parte dos cidadãos de uma política social que visa atenuar as condições mais extremas de pobreza e integrar socialmente os seus beneficiários. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 216 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 63 - Caracterização dos beneficiários por idade e sexo a frequentar acções de inserção (com ou sem acordo de inserção) 140 133 123 120 91 100 80 80 68 60 40 20 0 63 56 47 46 21 22 17 0-5 anos 06-18 anos 40 37 19-24 anos 25-34 anos Masc. 35-44 anos 45-54 anos 22 25 55-64 anos Mais 65 anos Fem. Fonte: Serviço Local de Segurança Social da Figueira da Foz Segundo os últimos dados fornecidos pelo Centro Distrital de Solidariedade Social e Segurança Social de Coimbra são os grupos etários dos 25-34 anos e dos 35- 44 aqueles em que existe um maior número de beneficiários a frequentar Acções de Inserção (com ou sem Acordo de Inserção), correspondendo a 20,9% e a 21.2%, respectivamente, do total da população beneficiária. Através do gráfico anterior podemos verificar que dentro destes dois escalões etários, são, sobretudo as mulheres aquelas que representam um maior número da população beneficiária. Um outro dado preocupante fornecido por estes dados prende-se não só com o facto da maior parte dos beneficiários se situar em plena idade activa, o que pode significar que o mercado de trabalho não apresenta resposta para este tipo de população com baixas qualificações académicas, mas também no facto de que 14,8% dos beneficiários a frequentar Acções de Inserção terem uma idade inferior a 18 anos. Esta realidade parece apontar para a necessidade de se intervir o mais precocemente possível, criando estruturas compensatórias para estas crianças, de forma, a cortar com o ciclo de pobreza geracional. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 217 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 120 - Caracterização dos Beneficiários do Rendimento Mínimo Garantido segundo o Tipo de Agregado Tipo de Agregado Nº Agregados Família Alargada Nº Indivíduos 7 25 13 34 143 405 Família Monoparental Homem Família Monoparental Mulher Família Nuclear com filhos 171 726 Família Nuclear sem filhos 98 202 Isolada-Homem 87 97 Isolada - Mulher 160 181 679 1670 Total Fonte: Serviço Local de Segurança Social da Figueira da Foz Entre Julho de 1997 e Dezembro de 2002 do total dos 1670 beneficiários do Rendimento Mínimo Garantido 726 pertencem a famílias nucleares com filhos, e 405 são famílias monoparentais compostas por mulheres. O fenómeno da pobreza parece afectar, sobretudo a população do sexo feminino, uma vez que se verifica um elevado número de mulheres que têm os filhos a seu cargo, esta ideia vem ser reforçada quando observamos que 181 mulheres beneficiárias da Medida vivem isoladas, não tendo uma rede familiar de suporte. GRÁFICO Nº 64 - Motivos de dispensa de disponibilidade activa para a inserção profissional Estudante 18 Apoio a Familiares 19 C/ Actividade 11 Idade 193 Saúde 63 0 50 100 150 200 250 Fonte: Serviço Local de Segurança Social da Figueira da Foz Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 218 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Ao requerer a prestação do Rendimento Mínimo Garantido existem beneficiários que estão dispensados da Inserção Profissional. No caso concreto do Município da Figueira da Foz, a maior parte dos indivíduos, 193, encontram-se dispensados da Inserção Profissional por terem uma idade inferior a 16 anos (135 indivíduos) ou por terem uma idade superior a 65 (58 indivíduos). Em segundo lugar, 63 beneficiários encontram essa dispensa por motivos de Saúde, seguido do Acompanhamento/Apoio a familiares com 19 beneficiários e por serem estudantes 18. Por último, surge o caso dos beneficiários que se encontravam integrados numa actividade aquando da atribuição da prestação, correspondendo a um total de 11 indivíduos. GRÁFICO Nº 65 - Distribuição dos beneficiários por Áreas de Inserção 30 144 Educação 264 120 Form. Prof. Emprego Saúde 252 258 Acção Social Habitaçâo Fonte: Serviço Local de Segurança Social da Figueira da Foz Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 219 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 121 - Distribuição de todos os beneficiários por Área de Inserção (com ou sem Acordo de Inserção) Nº Total de pessoas por acção Áreas de Inserção Educação Formação Profisssional Emprego Saúde Acção Social Habitação Escolaridade Obrigatória Ensino Secundário Ensino Recorrente Educação Extra-Escolar Form. Prof. Especial Qualificação Inicial Qualificação Profissional Aprendizagem Educação e Formação Informação. e Orientação Prof. Mercado Social de Emprego Criação de Emprego Formação e Emprego Colocação em Mercado Trabalho Reabilitação Profissional Apoio Auto-Colocação Prevenção Primária Consultas/Tratamentos Desintoxicação Alcoolismo Toxicodependencia Jardim de infância Amas/Creche Familiar/Creche ATL Acolhimento Crianças/Jovens Apoio Domiciliário Centro Dia/ Lar de Idosos Apoio Psicossocial Educação Sócio-Familiar Frequência CAO Acesso à Habitação Apoio à melhoria de Alojamento Acções de Realojamento Regularização da Situação Habitacional Total Nº de pessoas com acções em execução 35 0 108 1 81 1 16 7 15 3 13 6 5 230 0 1 6 218 9 19 12 22 10 0 2 0 218 0 0 1 31 0 47 1 60 0 3 0 1 0 5 2 1 23 0 1 5 180 4 14 6 8 4 0 2 0 203 0 0 0 17 10 7 2 5 0 1068 613 Fonte: C.D.S.S.S de Coimbra, Relatório de Evolução – Inserção do R.M.G., C.L.A da Figueira da Foz, Dezembro 2002. O Rendimento Mínimo Garantido tem como máxima potencialidade a componente programas de inserção, cujo objectivo é a integração social e profissional dos seus destinatários e inclui a satisfação das mais básicas necessidades. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 220 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Dos 1068 beneficiários distribuídos pelas diferentes áreas de inserção a Acção Social é aquela que engloba um maior número de indivíduos, cerca de 24,8%. Nesta Área de Inserção destaca-se o Apoio Psicossocial, prestado a 218 indivíduos, há ainda a salientar a colocação em Amas/Creche Familiar/Creche de 22 crianças e de 12 em Jardim de Infância. Nestes números estão patentes a importância da Medida na colocação de crianças em estruturas de acolhimento ou em estruturas educativas, capazes de assegurar os cuidados necessários a crianças em idade tão precoce. Em segundo lugar surge o Emprego, que engloba um total de 258 indivíduos, sendo de destacar que 230 encontramse encaminhados para a colocação em Mercado de Trabalho e 13 para Mercado Social de Emprego. Estes valores parecem estar associados ao facto de 42.1% dos beneficiários a frequentar Acções de Inserção terem idades compreendidas entre os 25 e os 44 anos, ou seja, em plena idade da vida activa. No entanto, estes elevados valores contrastam com o reduzido número de pessoas com acções em execução. Assim, das 230 encaminhadas para a colocação em Mercado de Trabalho, apenas 23 viram essa acção executada, o mesmo acontece com as 13 pessoas encaminhadas para o Mercado Social de Emprego, em que apenas 5 se encontram integradas no Mercado Social de Emprego. Em terceiro lugar, surge a área da Saúde englobando um total de 23,5% dos beneficiários, onde 218 são encaminhados para Consultas/Tratamentos, 19 para tratamentos associados à toxicodependência e 9 ao alcoolismo. Mais uma vez o número de pessoas com acções em execução apresentam um número inferior ao total de pessoas encaminhadas. Assim, das 218 encaminhadas para Consultas/Tratamentos, apenas 180 vêem essa acção em execução, das 19 na área da toxicodependência, 14 encontram-se em efectivo tratamento. Em quarto lugar, e associado às baixas qualificações académicas da maioria dos beneficiários da Medida do Rendimento Mínimo Garantido, 13.5% dos beneficiários foi encaminhado para a área da Educação, e desses 108 para o Ensino Recorrente, onde apenas 47 encontram essa acção de integração em execução. Ainda na área da Educação existem 4 crianças, que apesar de terem sido encaminhadas para o ensino, com o objectivo de atingirem a escolaridade obrigatória, no entanto não vêem essa acção concretizada. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 221 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Em penúltimo lugar, surge a área da Formação Profissional que pretende abranger 11,2% dos 1068 beneficiários. Nesta área de Inserção destaca-se a Formação Profissional Especial que pretende englobar um total de 81 indivíduos, mas em que apenas 60 vêm essa acção em execução. A Qualificação Profissional e a Educação e Formação aparecem de seguida com 16 e 15 indivíduos, respectivamente. Por último, surge a Habitação como a Área de inserção para a qual um menor número de indivíduos é encaminhado, apenas 30, ou seja, 2,8%, dos 1068 beneficiários. É sobretudo, no apoio à melhoria do Alojamento e a Acções de Realojamento, as áreas para as quais um maior número de indivíduos é encaminhado. Após esta leitura ressalta o facto de o número de beneficiários com acções em execução ser, na maioria dos casos, inferior ao total de pessoas encaminhadas pelas Técnicas de Serviço Social para as várias áreas de Inserção. Este facto deve-se essencialmente à falta de respostas para este tipo de público. GRÁFICO Nº 66 - Evolução do número de acordos de inserção no Município da Figueira da Foz 200 179 150 118 115 100 67 50 0 6 1998 1999 2000 2001 2002 Fonte: Serviço Local de Segurança Social da Figueira da Foz Observando a evolução do número de acordos de inserção, verificamos que desde a implementação da Medida em 1998 até 2001, verificou-se um crescendo, atingindo nesse ano, um máximo de 179 acordos. No entanto, no ano de 2002, o número de acordos no Município da Figueira da Foz sofreu uma ligeira diminuição, relativamente ao ano anterior, registando um total de 115 acordos de inserção. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 222 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 122 - Evolução do número de Acordos por área de Inserção Áreas de Inserção Ano Acção Social Formação Profissional Saúde Emprego Habitação Educação 1998 4 0 2 1 1 0 1999 27 28 22 9 2 5 2000 29 29 23 41 3 25 2001 43 36 27 102 2 24 2002 61 53 9 20 5 10 Total 164 146 83 173 13 64 Fonte: Serviço Local de Segurança Social da Figueira da Foz Entre 1998 e 2002, verificamos que o Emprego é a área de inserção que apresentou um maior número de acordos, um total de 173, seguido da Acção Social com 164 e da Saúde com 146 acordos. A área da Formação Profissional, nos 5 anos em análise, conta com um total de 83 acordos de inserção, a Educação com 64 e por fim a Habitação, com apenas 13 acordos assinados. 4.2.1.2. Centros Comunitários Segundo o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social Centro Comunitário é uma “estrutura polivalente onde se desenvolvem serviços e actividades que, de uma forma articulada, tendem a constituir um pólo de animação com vista à prevenção de problemas sociais e à definição de um projecto de desenvolvimento local colectivamente assumido”. Min. do Trabalho e da Solidariedade, Direcção Geral da Acção Social, Respostas Sociais – Nomenclaturas Conceitos. A concepção de um Centro comunitário inscreve-se num modelo de respostas integrado, dinâmico e evolutivo assente nos seguintes pressupostos: Conhecimento Global da Realidade, Integração, Parceria e Co-Responsabilização. O objectivo geral do Centro Comunitário é o de “Contribuir para a criação de condições que possibilitem aos indivíduos, o exercício pleno do seu direito de cidadania e apoiar as Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 223 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz famílias no desempenho das suas funções e responsabilidades, reforçando a sua capacidade de integração e participação social”. Guiões Técnicos, nº15, Direcção Geral da Acção Social, Núcleo de Documentação Técnica e Divulgação, Lisboa, Setembro de 2000. O Centro Comunitário tem como Objectivos Específicos: - constituir um pólo de animação gerador de dinâmicas locais; - Fomentar a participação das pessoas, das famílias e dos grupos; - Dinamizar e envolver os parceiros locais e fomentar a criação de novos recursos; - Desenvolver actividades dinamizadoras da vida social e cultural da comunidade; - Promover a inserção social de pessoas e grupos mais vulneráveis; - Criar condições para responder às necessidades concretas da população; - Gerar condições para a mudança. As actividades de um Centro Comunitário devem corresponder a necessidades expressas e deve ter como princípio orientador, o conhecimento global da realidade. Este conhecimento traduz-se na noção de que são conhecidos os problemas nas suas vertentes essenciais, isto é, as suas causas, consequências, bem como as suas tendências evolutivas. Embora as actividades devam ser desenvolvidas em função do tipo de comunidade em presença, consideram-se como mais importantes, na fase inicial, as actividades de informação e animação sócio-cultural, por permitirem uma maior aproximação e envolvimento da comunidade, fomentando a processo da participação. Para além das duas actividades anteriormente mencionadas, o Atendimento/Acompanhamento Social é outra actividade que no contexto das acções desenvolvidas por alguns Centros Comunitários assume particular importância, na medida em que tem por objectivos orientar e apoiar, através de metodologias próprias, indivíduos e famílias na prevenção e ou reparação de problemas geradores ou gerados por situações de exclusão social. Estes Centros Comunitários foram criados, tendo por base a realização de acordos atípicos com a Segurança Social. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 224 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz No Município da Figueira da Foz existem 4 Centros Comunitários com comparticipação económica da Segurança Social, tendo estes por base a realização de acordos atípicos com o Instituto de Solidariedade e Segurança Social, são eles: - Associação Goltz de Carvalho - Buarcos - Casa Nª Srª do Rosário - Tavarede - Associação Fernão Mendes Pinto – Maiorca - Cruz Vermelha Portuguesa – S. Julião da Figueira da Foz 4.2.1.3. Projectos diversos Projecto Municipal de Educação Especial e Reabilitação “Crescer em Harmonia” Foi criado no âmbito de um Protocolo entre a Autarquia (entidade promotora), a APPACDM da Figueira da Foz (entidade gestora), o Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social, a Direcção Regional de Educação do Centro e ao Hospital Distrital da Figueira da Foz o Projecto Municipal de Educação Especial e Reabilitação “Crescer em Harmonia”. Este Projecto, assinado no dia 30 de Abril de 2002, foi criado com o objectivo de melhor apoiar as crianças com necessidades educativas especiais que frequentem estabelecimentos de ensino Pré-escolar e/ou do 1º Ciclo do Ensino Básico na área do município da Figueira da Foz. Este Projecto tem como objectivos: - Detecção precoce, encaminhamento e acompanhamento de crianças com NEE que não dispõem de acompanhamento técnico-pedagógico específico face às suas características; - Definição de prioridades e de actividades a desenvolver em matéria de prevenção secundária e terciária no âmbito das dificuldades de aprendizagem e da promoção da inclusão escolar e social; Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 225 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Projecto “Ser Pessoa” O Projecto Ser Pessoa teve início a 1 de Abril de 2002, sendo o Centro Social Aqua Viva das Alhadas a entidade promotora e os parceiros: o Centro de Saúde da Figueira da Foz, o Centro Distrital de Solidariedade Social e Segurança Social, a Junta de Freguesia das Alhadas e a Câmara municipal da Figueira da Foz. O Projecto tem como objectivo principal dar resposta mais eficaz à população idosa abrangida por esta IPSS, ao nível dos cuidados de saúde e do apoio domiciliário, através de: - Aumento do número de idosos em Apoio Domiciliário; - Alargamento do Apoio Domiciliário para 7 dias por semana e até às 21h; - Introdução de cuidados de saúde articulados com o apoio domiciliário; - Promoção de momentos e espaços de convívio para idosos; - Melhoria das condições de habitabilidade de alguns utentes. QUADRO Nº 123 - Caracterização da população-alvo de acordo com a situação de dependência e sexo População-Alvo Homens Mulheres Idosos isolados geograficamente Totalmente dependentes Parcialmente dependentes 1 Idosos a viverem sós Totalmente dependentes 3 3 Parcialmente Dependentes 2 3 Sem dependência 4 1 5 9 Idosos a viverem em família Totalmente dependente Parcialmente dependente Famílias com idosos doentes/dependentes a cargo 5 2 2 Total 16 24 Fonte: Relatório de Avaliação Trimestral do Projecto Ser Pessoa- Período de 01/04/03 a 30/06/03 No período de Abril a Junho de 2003, o Centro Social Aqua Viva prestou apoio em termos do serviço de Apoio Domiciliário a 16 homens e a 24 mulheres, ou seja, a 40 idosos. A maior parte dos idosos apoiados, vive em família, encontrando-se um grande número, Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 226 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz numa situação de total dependência. Existe também um número considerável de idosos a viverem sós, estando a maior parte deles numa situação de dependência. Os serviços prestados, são essencialmente cuidados de enfermagem, apoio psicossocial, higiene pessoal e habitacional, fornecimento de refeições, tratamento de roupas no domicílio e na instituição e acompanhamento no exterior. QUADRO Nº 124 - Recursos Humanos envolvidos no Projecto Recursos Humanos Nº de Funcionários Enfermeiro 3 Técnico de Serviço Social 3 Ajudante Familiar 13 Cozinheira 1 Ajudantede Cozinha 1 Funcionária de Lavandaria 1 Total 22 Fonte: Relatório de Avaliação Trimestral do Projecto Ser Pessoa- Período de 01/04/03 a 30/06/03 Este Projecto conta com um total de 22 funcionários envolvidos, sendo a maioria Ajudantes Familiares, existindo ainda 3 Enfermeiros e 3 Técnicos de Serviço Social, uma Cozinheira, uma Ajudante de Família e uma Funcionária de Lavandaria. Projecto “Entre Culturas” Tendo como objectivo principal o combate à exclusão social. A Associação Fernão Mendes Pinto encontra-se a desenvolver o projecto “Entre Culturas”, iniciado em Março de 2004 e que decorrerá até Dezembro de 2005. O referido projecto propõe realizar um trabalho junto de alguns agregados de etnia cigana, residentes no Município da Figueira da Foz. Este trabalho pressupõe o envolvimento da comunidade em geral no sentido de promover a integração social desta minoria étnica, actuando directamente nos acampamentos, encontrando-se actualmente em acompanhamento 13 agregados familiares, num total de 60 indivíduos. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 227 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Objectivos gerais do projecto: • Sensibilizar e educar na e para a interculturalidade e multiculturalidade, aproximar modos de vida diferentes, sensibilizar para a riqueza social e cultural das diferenças, minimizar ou mesmo erradicar preconceitos culturais. • Promover o desenvolvimento de competências pessoais, sociais e relacionais de elementos de etnia cigana, através do seu envolvimento em acções de natureza pré-formativa e de dinamização sócio-comunitária. Bolsa de Voluntariado da Figueira da Foz Segundo o nº1 do artº 2º da Lei nº71/98 de 3 de Novembro, voluntariado “é o conjunto de acções de interesse social e comunitário realizadas de forma desinteressada, por pessoas, no âmbito de projectos, programas e outras formas de intervenção ao serviço dos indivíduos, das famílias e da comunidade desenvolvidas, sem fins lucrativos, por entidades públicas ou privadas”. Atendendo a que o voluntariado não é feito de actos espontâneos e isolados, mas sim de actos colectivos e organizados, em Outubro de 2002, a Câmara Municipal da Figueira da Foz criou a Bolsa de Voluntariado, iniciativa que surge como resposta ao desafio de aproximação entre os cidadãos e as instituições do Município e visa facilitar e estimular o trabalho voluntário. A formação do compromisso concretiza-se na celebração de um acordo de Colaboração entre a Câmara Municipal, a Organização Promotora de Voluntariado e o Voluntário, tendo, até à data, sido assinados 19 Acordos de Colaboração. Actualmente, a Bolsa de Voluntariado conta com a inscrição de 92 cidadãos (sendo a faixa etária mais representativa a dos 18-34 anos) e 19 entidades. Até ao momento, as áreas com maior procura pelos Voluntários são: o apoio a actividades complementares de acção educativa, à infância, à 3ª idade e saúde. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 228 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Curiosamente, o apoio a actividades complementares de acção educativa, à infância, à 3ª idade e a animação sociocultural, são as áreas nas quais se verifica uma maior oferta por parte das Organizações Promotoras. 4.2.2. Crianças/Jovens em Perigo 4.2.2.1. Comissão de Protecção de Crianças e Jovens da Figueira da Foz A Lei nº 147/99 de 1 de Setembro, Lei de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo, legitima a intervenção para a promoção dos direitos e protecção da criança e do jovem em perigo sempre que “os pais, o representante legal ou quem tenha a guarda de facto ponham em perigo a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento, ou quando esse perigo resulte de acção ou omissão de terceiros ou da própria criança ou do jovem a que aqueles não se oponham de modo adequado a removê-lo”. (Lei de Protecção de Crianças e Jovens em perigo – Lei nº 147/99, de 1 de Setembro, nº1 do Art.22º). É neste sentido, que surgem as Comissões de Protecção de Crianças e Jovens, que “são instituições oficiais não judiciárias com autonomia funcional que visam promover os direitos da criança e do jovem e prevenir ou pôr termo a situações susceptíveis de afectar a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento integral”. (Lei de Protecção de Crianças e Jovens em perigo – Lei nº 147/99, de 1 de Setembro, do nº1 do Art.22º). A intervenção desta Comissão depende do consentimento expresso dos pais da criança, do representante legal ou da pessoa que tenha a guarda de facto. A intervenção das entidades com competência em matéria de infância e juventude, bem como as Comissões de Protecção de Crianças e Jovens, depende da não oposição da criança ou do jovem com idade igual ou superior a 12 anos, sendo a oposição da criança com idade inferior a 12 anos relevante de acordo com a sua capacidade para entender o sentido da intervenção. (Lei de Protecção de Crianças e Jovens em perigo – Lei nº 147/99, de 1 de Setembro, do Art. 9º e Art.10º). Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 229 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Sempre que não se verifiquem as duas anuências anteriores a Comissão remete para o Tribunal, para que se verifique uma intervenção judicial. A Comissão de Protecção funciona em modalidade Alargada e Restrita, sendo a Comissão Alargada, no caso da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens da Figueira da Foz, constituída por: - Um representante da Câmara Municipal da Figueira da Foz; - Um representante da Segurança Social; - Um representante dos serviços do Ministério da Educação; - Um representante do Ministério da Saúde; - Um representante das Instituições Particulares de Solidariedade Social (actividades de carácter institucional); - Um representante das Instituições Particulares de Solidariedade Social (actividades de carácter não institucional); - Um representante das Associações de Pais; - Um representante das associações ou outras organizações privadas que desenvolvam, na área de competência da Comissão de Protecção, actividades desportivas, culturais ou recreativas destinadas a crianças e jovens; - Um representante das Associações de jovens; - Dois representantes das Forças de Segurança; - Quatro cidadãos eleitores designados pela Assembleia Municipal /de Freguesia; - Cinco elementos cooptados pela Comissão. A Comissão Restrita da Comissão de Protecção de Menores da Figueira da Foz, é constituída por: - Presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens da Figueira da Foz; Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 230 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz - Representante da Câmara Municipal da Figueira da Foz; - Um representante da Segurança Social; - Um representante dos serviços do Ministério da Educação; - Um representante do Ministério da Saúde; - Um representante das Instituições Particulares de Solidariedade Social (actividades de carácter não institucional); - Um representante das Associações de Pais; - Cinco elementos cooptados pela Comissão. QUADRO Nº 125 - Evolução do Movimento Processual da CPCJ da Figueira da Foz Ano Processos Abertos no ano Nº Crianças/Jovens Nº Agregados Nº Processos Familiares Arquivados 1995 18 31 17 15 1996 28 46 28 20 1997 26 37 26 19 1998 60 76 60 32 1999 59 89 59 16 2000 39 48 39 12 2001 59 78 59 30 2002 61 79 61 19 350 484 349 163 Total Fonte: Comissão de Protecção de Crianças e Jovens da Figueira da Foz O Município tem assistido nos últimos 8 anos a um aumento do movimento processual, sendo o ano de 2002, aquele que registou um maior número de processos abertos, um total de 61. O mesmo aconteceu em relação ao número de agregados familiares que nos último anos também tem assistido a um crescendo, atingindo o seu máximo no ano de 2002, com 61 agregados familiares. Relativamente, ao número de crianças/jovens, este atinge o seu máximo no ano de 1999, englobando 89 utentes, baixando para perto de metade no ano seguinte. Regista um novo aumento no ano de 2001. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 231 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Segundo o Relatório Anual de Avaliação da CPCJ de 2002, a maioria das sinalizações foram realizadas pelo estabelecimento de ensino que a criança frequenta, seguido do Ministério Público e dos próprios pais, sendo a modalidade de contacto mais privilegiada por escrito, seguido da presença e só por fim o telefone. QUADRO Nº 126 - Caracterização das crianças/jovens em acompanhamento por sexo e idade Idade 0-2 3-5 69 10-12 13-15 16-17 Sexo 2001 2002 M 6 F 4 8 5 M 4 5 F 2 5 M 11 9 F 3 6 M 9 10 F 4 4 M 11 9 F 7 11 M 2 2 F 6 5 69 74 Total Fonte: Relatório de Avaliação da Actividade da CPCJ da Figueira da Foz no ano de 2002 Dos dados, possíveis de recolher, relativos ao sexo e à idade da criança, verificamos que nos anos em análise a maioria dos casos sinalizados são do sexo masculino, sendo a classe etária mais predominante a dos 13 aos 15 anos. Os processos acompanhados pela Comissão são maioritariamente compostos por crianças/jovens naturais do Município da Figueira da Foz, havendo apenas 7 casos em que a criança é natural de outro Município. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 232 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 127 - Problemáticas apresentas pelas crianças sinalizadas Problemática Sexo Nº Abandono M F 1 Negligência M 14 F 24 M 5 Abandono escolar 0 F 5 Maus tratos físicos M 5 F 5 Maus Tratos Psicológicos/Abuso emocional M 4 F 1 Abuso Sexual M 1 F 1 Exercício abusivo da autoridade M 1 F 1 Mendicidade M 0 F 1 Exposição a modelos de comportamento desviante M 3 F 3 Prática de facto qualificado como crime M 6 F 0 M 0 F 2 M 1 F 0 M 0 F 1 Uso de estupefacientes Ingestão de bebidas alcoólicas Problemas de saúde Total 85 Fonte: Relatório de Avaliação da Actividade da CPCJ da Figueira da Foz no ano de 2002 Através do quadro acima exposto, podemos verificar que a problemática mais sinalizada é a Negligência, verificando-se sobretudo no sexo feminino. De seguida, surge o Abandono Escolar e os Maus Tratos Físicos. A Exposição a Modelos de Comportamento Desviante, e a Prática de Facto Qualificado como Crime, são outras duas problemáticas identificadas, em que cada uma delas, afecta 6 crianças. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 233 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 128 - Tipo de Agregado da criança acompanhada Tipo de Agregado Nº Família Nuclear com filhos 30 Família Monoparental Feminina 14 Família Monoparental Masculina 1 Família Reconstruída 7 Família Alargada 7 Família de Acolhimento 2 Total 61 Fonte: Relatório de Avaliação da Actividade da CPCJ da Figueira da Foz no ano de 2002 Dos 61 agregados em que foi possível fazer uma caracterização, verificamos que 30 tratam-se de famílias nucleares com filhos, sendo 14 famílias monoparentais feminina e apenas 1 masculina. A família reconstituída, ou seja, pais com filhos de outras uniões, abrange um total de 7 agregados, verificando-se o mesmo número com as famílias alargadas. Existem ainda 2 famílias de acolhimento. QUADRO Nº 129 - Escolaridade do Agregado Familiar da criança acompanhada Escolaridade Nº Sem escolaridade 4 Sabe ler e escrever 8 1º Ciclo completo 8 2º Ciclo completo 3 3º Ciclo completo 2 Ensino Secundário 0 Curso Formação Profissional 1 Bacharelato/Curso Superior 1 Total 27 Fonte: Relatório de Avaliação da Actividade da CPCJ da Figueira da Foz no ano de 2002 Observando a escolaridade do agregado familiar onde a criança acompanhada se encontra integrada, verificamos que a maioria se caracteriza por uma baixa escolaridade, onde 8 agregados possuem o 1º ciclo completo, 8 não sabem ler nem escrever e 4 não possuem escolaridade. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 234 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 130 - Rendimentos/Situação perante o trabalho do Agregado Familiar da criança acompanhada Rendimentos/Situação perante Trabalho Nº Rendimento do Trabalho Pensão Subsidio de desemprego Rendimento Social de Inserção Bolsa de Formação Sem rendimentos 39 4 2 16 1 1 Total 63 Fonte: Relatório de Avaliação da Actividade da CPCJ da Figueira da Foz no ano de 2002 Da caracterização realizada a 63 agregados, verificamos que 39 vivem do rendimento auferido pelo trabalho, 16 são beneficiários do Rendimento Social de Inserção, 4 têm uma pensão, seja ela social, de invalidez ou de sobrevivência. Do subsídio de desemprego vivem 2 agregados, de bolsa de formação 1 e sem auferir rendimentos encontra-se igualmente um agregado. QUADRO Nº 131 - Problemáticas associadas à Saúde do Agregado Familiar da criança acompanhada Saúde Nº Doença Física Doença Mental Alcoolismo Toxicodependência 5 2 8 12 Total 27 Fonte: Relatório de Avaliação da Actividade da CPCJ da Figueira da Foz no ano de 2002 Muitas vezes associado a este tipo de agregado encontram-se outras problemáticas como seja o alcoolismo que afecta 8 dos agregados ou a toxicodependência que afecta 12, existindo ainda a doença física em 5 dos agregados e a doença mental em 2. Paralelamente à disfuncionalidade da família está a igual disfuncionalidade do meio envolvente onde a família se encontra integrada. Assim, dos 50 agregados analisados 22 encontram-se integrados em meios com problemas sociais (marginalidade, droga, Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 235 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz prostituição), tendo ainda sido referido pelo Relatório de 2002 da CPCJ a inexistência de equipamentos educativos/lúdicos nos locais onde estes agregados residem. Sendo de destacar, no caso da Figueira da Foz, os vários bairros de habitação social existentes no Município, os quais para além dos problemas que geralmente se encontram associados a este tipo de famílias, associa-se a inexistência, ou o número reduzido de equipamentos educativos/lúdicos. A equipa que constitui a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens do Município da Figueira da Foz tem, pela sua prática diária, um conhecimento dos contornos da realidade que caracteriza as famílias, que pelos mais variados motivos, são acompanhadas por esta Comissão. É neste sentido, que a Equipa Técnica da Rede Social julgou pertinente procurar saber quais os principais problemas que afectam a comunidade em que esta Comissão se encontra inserida, quais as causas das problemáticas e estratégias de intervenção apontadas. Assim, a CPCJ da Figueira da Foz apontou como principais problemas que afectam o Município onde decorre a sua intervenção: Absentismo Escolar; Abandono Escolar; Insucesso Escolar; Baixas habilitações literárias; Negligência; Alcoolismo; Inexistência de estruturas de acolhimento temporário para dar resposta a situações de emergência. Sendo as principais causas apontadas: Falta de competências familiares; Desestruturação familiar; Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 236 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Falta de suporte familiar; Inexistência de estruturas de apoio para crianças/jovens com horários diferenciados. Como principais estratégias de intervenção foram referidas: Criação de um Centro de Acolhimento Temporário; Criação de espaços lúdicos, artísticos e culturais; Sensibilizar os conselhos Executivos para a constituição de turmas heterogêneas e para a criação de cursos, com recurso ao “Programa Educação/Formação”; Tornar a escola mais atractiva, utilizando projectos pedagógicos que vão ao encontro dos interesses das crianças/jovens; Criação de equipas multidisciplinares, que incluam técnicos na área do Serviço Social, Psicologia, etc... Reestruturação do “Programa Aprendizagem”, no que concerne a cargas horárias e pausas; Recurso a formação para pais a nível de freguesia (Escola de Pais); Recurso a “Visitadoras familiares” para darem formação; Criação de uma delegação do CRA na Figueira da Foz. 4.2.3. Promoção de Igualdade de Oportunidades 4.2.3.1. Formação Profissional O conceito de aprendizagem ao longo da vida é a chave que dá acesso ao século XXI. Neste contexto, “a educação de adultos ganhou uma nova profundidade e amplitude e tornou-se um imperativo no local de trabalho, no lar e na comunidade, à medida que Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 237 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz homens e mulheres se esforçam por criar novas realidades em todas as etapas da vida” (Declaração de Hamburgo). Nos dias de hoje, preconiza-se a aquisição e o desenvolvimento de competências de vida ou competências-chave que permitam às pessoas compreender e participar na sociedade do conhecimento, mobilizando através delas o saber, o ser e o saber resolver os problemas com que o mundo actual em mudança as confronta constantemente. Centro Comunitário Casa N.ª Sr.ª do Rosário É neste sentido, que a Casa Nª Srª do Rosário tem vindo nos últimos anos a promover algumas acções, dirigidas ao público mais desfavorecido, acções essas que para além de dotar os formandos de algumas competências pessoais, sociais e profissionais, confere um determinado grau académico. QUADRO Nº 132 - Educação e Formação de Adultos Ano Área Restauração, Doçaria 2000 Tradicional e Catering Saída Competências Adquiridas Nível 2 de qualificação profissional e 2º Ciclo do Ensino Básico Animadores Nível 2 de de campos de qualificação férias profissional Básico 2 Nícvel 1 de Acção qualificação Educativa profissional e 2001 2º Ciclo do Ensino Básico Básico 3 Nível 2 de Acção qualificação Educativa profissional e 3º ciclo do Ensino Básico Básico 2 Nível 1 de Cozinha qualificação 2002 profissional e 2º Ciclo do Ensino Básico Média Etária F 16 38 16 15 M Nº Benef. RMG/R SI 5 Inserção Profissional dos Benef. RMG/RSI 2 Formandos que já frequentaram outras acções 3 2 3 2 8 Sexo Nº Formandos 13 15 36,5 15 6 4 3 15 34 15 6 * 9 15 33 13 1 * 5 2 * Ainda não é possível apresentar dados fidedignos quanto à sua inserção profissional, uma vez que no momento em que os dados foram recolhidos estas acções de formação tinham terminado recentemente. Fonte: Casa Nossa Senhora do Rosário, janeiro/2003 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 238 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Entre 2000 e 2002 esta Instituição Particular de Solidariedade Social promoveu 5 cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA), sendo estes ligados à área da Cozinha, Acção Educativa e Animação. Dado ter sido no ano de 2001, aquele em que se realizaram um maior número de cursos, foi igualmente aquele que registou um maior número de formandos, um total de 45, distribuídos uniformemente pelos 3 cursos. No ano de 2000, o Curso de Restauração, Doçaria Tradicional e Catring contou com 16 formandos e em 2002 o Curso de Cozinha contou com 15. No total dos 3 anos, esta IPSS prestou formação, no âmbito dos cursos EFA, a 76 indivíduos. Trata-se de um público maioritariamente feminino, onde no total dos 3 anos, 72 formandos são mulheres e apenas 4 homens, sendo a média de idades entre os 30 e os 40 anos. Nos vários cursos, e nos 3 anos em análise, 21 dos formandos eram beneficiários do RMG/RSI, tendo até ao momento, sido inseridas profissionalmente 8 pessoas beneficiárias da Medida. Do total dos 76 formandos, 28 já tinham frequentado outras formações, o que indica a dificuldade que este tipo de público tem na plena integração sócio-profissional, levando a que estes indivíduos frequentem novos cursos com o objectivo da aquisição de novas competências capaz de os integrar no mercado de trabalho. No entanto, globalmente a Casa N.ª Nª Sr.ª do Rosário considera que tem tido uma elevada taxa de conclusão dos cursos que ministra, bem como uma taxa de integração profissional e social igualmente elevada. Refere ainda que tem tido uma elevada receptividade do tecido empresarial para acolher este público. A Casa N.ª Sr.ª do Rosário apresenta como plano de formação 2003/2004, mais 3 cursos EFA: Curso de Acção Educativa, Práticas Técnico-Comerciais e Práticas Administrativas. Estes cursos realizar-se-ão, no âmbito do Projecto ViverMais, Eixo 5 da Medida 5.3 do Programa Operacional de Emprego, Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS), conferindo a equivalência ao 3º Ciclo do Ensino Básico e nível 2 de Qualificação Profissional. Cruz Vermelha Portuguesa A Cruz Vermelha Portuguesa é uma Instituição Particular de Solidariedade Social que promove formação dirigida à população mais vulnerável socialmente. Tendo desde 2001, Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 239 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz desenvolvido, no âmbito do POEFDS, Medida 5.3.1.1, de Nível II, 3 cursos de formação profissional: QUADRO Nº 133 - Formação Profissional da Cruz Vermelha Portuguesa Área de Formação Nº Formandos Sexo M F Apoio à Família e à comunidade 15 0 15 04/06/01 – 06/05/01 Agente Acção Educativa 15 1 14 03/12/01 – 27/12/02 Instalação e Operação de Sistemas Informáticos 13 4 9 01/07/02 – 26/09/03 Fonte: Cruz Vermelha Portuguesa, Janeiro/2002 Benef. RMG/R SI Reinserção. Form. Outras Instituições 8 4 6 8 1 4 QUADRO Nº 134 - Impacto ao nível da Empregabilidade Área de Formação Apoio à Família e à comunidade 04/06/01 – 06/05/01 Agente de Acção Educativa Nº Formandos iniciais Formandos que concluíram formação Emprego no local de estágio Emprego na área de Formação Emprego fora área de formação Criação do próprio Desemp. Emprego 15 7 1 1 3 1 1 15 11 2 1 0 0 8 30 18 3 2 3 1 9 03/12/01 – 27/12/02 Total Fonte: Cruz Vermelha Portuguesa, Janeiro/2002 No ano de 2001, a Cruz Vermelha Portuguesa promoveu no Município da Figueira da Foz uma formação profissional no Âmbito do Apoio à Família e à Comunidade, englobando um total de 15 mulheres, em que 8 eram beneficiários do RMG/RSI. Das 15 formandas que iniciaram a formação, apenas 7 concluíram. Dessas 7 formandas, uma conseguiu emprego no local de estágio, e outra criou o seu próprio emprego. Uma formanda obteve emprego na área de formação, 3 fora dessa área e 1 manteve-se desempregada. A formação seguinte, Agente de Acção Educativa, iniciou com 15 formandos em que, mais uma vez, são as mulheres que se encontram em maior número, sendo 6 beneficiários do RMG/RSI. Neste segundo curso, não se verificou um número tão elevado de desistências como no primeiro, na medida em que dos 15 formandos iniciais, 11 concluíram a formação. No entanto, a avaliação da colocação destes no mercado de trabalho, não é a mais animadora, uma vez que, nos 6 meses seguintes à formação, 8 permaneciam Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 240 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz desempregados. Somente 2 conseguiram emprego no local de estágio e apenas 1 na área em que tinha obtido formação. Actualmente, encontra-se a decorrer o curso de Formação Profissional Instalação e Operação de Sistemas Informáticos, englobando um total de 13 formandos, 4 homens e 9 mulheres, onde apenas 1 indivíduo é beneficiário do Rendimento Mínimo Garantido. Associação Goltz de Carvalho A Associação Goltz de Carvalho enquanto Centro Comunitário tem como objectivo último, a melhoria da qualidade de vida das populações e o combate à exclusão social. Para tal, tem sido preocupação desta Associação, o desenvolvimento de cursos de formação profissional, capazes de estimular e desenvolver a aquisição de competências facilitadoras da inserção no mercado de trabalho. QUADRO Nº 135 - Cursos de Formação Profissional da Associação Goltz de Carvalho em 1998,1999 e 2002 Beneficiárias R. M. G. Ano 1998 1999 2002 Curso de Programa/ Formação Projecto Profissional Carpintaria Integrar de limpos Medida 4 Ajudante de Apoio Social Rede Despacho MaternoNormativo Infantil 140/92 Prog. 140 Animadora SócioEducativa Ajudante Familiar e de POEFDS Rede de Apoio à comunidade Auxiliar de Educação Nº Formandos Total Fonte: Associação Goltz de Carvalho, Abril/2003 Nº Formandos Sexo Inserção Profissional Observações 15 6 F 2 15 6 F 3 12 3 F 1 12 0 F 0 12 4 F 2 12 1 F 1 78 20 Os restantes formandos recusaram a integração no mercado de trabalho 9 É neste sentido, que a Associação Goltz de Carvalho tem promovido cursos de formação profissional, sobretudo ao público que mais dificuldade tem em se Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz inserir 241 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz profissionalmente. Assim, e como é possível verificar através do quadro anteriormente exposto, dos 6 cursos administrados pela Associação Goltz de Carvalho, todos eles têm um público exclusivamente feminino, em que uma grande parte são beneficiárias do RMG/RSI. Observando os níveis de inserção profissional, verificamos que estes são bastantes reduzidos, uma vez que das 20 beneficiárias da medida do RMG/RSI, apenas 9, ou seja 45%, conseguiram uma efectiva inserção profissional. As dificuldades de integração deste tipo de público, prendem-se com questões de várias ordens, como sejam: a desestruturação familiar, as baixas competências pessoais e sociais, a baixa motivação, um mercado de emprego exigente e pouco receptivo a acolher este tipo de público. Associação Fernão Mendes Pinto A Associação Fernão Mendes Pinto enquanto Centro Comunitário, tem como uma das suas acções a formação profissional, destinada principalmente às pessoas em processo de exclusão social e beneficiários do RMG/RSI. QUADRO Nº 136- Cursos de Formação Profissional da Associação Fernão Mendes Pinto entre 1997 e 2002 Duração do Curso Área de Formação Programa/ Financ. Manutenção Doméstica Serviços de Costura Nov. Ferramentas Adm. I Nov. Ferramentas Adm. II Const. Civil - Peq. Reparações Novas Ferramentas Admin. Produções Domésticas Oficinas Domésticas Dez/97 a Dez/98 Fev/99 a Dez/99 Jan/98 a Dez/98 Ab/98 a Fev/99 Costura/ Cozinha Costura DN 140/93 IEFP Informática Integrar Medida 2 Out/00 a Jun/01 Construção DN 140/93 IEFP Mar/99 a Dez/99 Informática Mar/99 a Dez/99 Out/99 a Fev/00 Costura/ Cozinha Artes e Espectáculos Dez/99 a Ab/00 Org. Programas Lazer Ferramentas Tecn. Actuais A arte de trab. o Estuque Mai/01 a Dez/02 Artes e Espectáculo Animação Jun/01 a Dez/02 Informática Jul/01 a Maio/02 Anim. Prevenção Local Out/01 a Ag/02 Construção Civil Anim./ Prevenção Comp. Risco Nome do Curso Agentes Interv Local Nov/01 a Mar/02 Des. Local Tecn. da Inf. e Comun. Nov/01 a Dez/02 Informática Integrar Medida 2 Integrar Medida 4 POEFDS 5.3.1.1 POEFDS 1.2.1.0 Total Nº Formandos H M Benef. R.M.G. Tipo Form. 0 0 0 0 14 12 12 12 6 5 4 4 3 8 5 0 12 4 Especialização 0 0 12 14 5 14 0 1 10 0 3 12 0 3 9 5 0 7 0 Formação Prof. Especial Inicial Formação Prof. Especial Inicial Qualificação inicial 1 8 0 Inicial 0 12 1 Pré-Formação 25 154 39 Fonte: Associação Fernão Mendes Pinto, Abril/2003 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 242 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz A Associação Fernão Mendes Pinto de 1997 a 2002 realizou um serie de candidaturas que possibilitou a concretização de 15 cursos de formação profissional, associados às áreas da costura, cozinha, informática, construção civil, animação, artes e espectáculos e desenvolvimento local. Estes cursos de formação têm como público alvo essencialmente: - Indivíduos pertencentes a grupos em situação ou risco de exclusão social; - Desempregados de Longa Duração (DLD); - Beneficiários do RMG/RSI; - Indivíduos com baixos níveis de qualificação; - Mulheres com baixo nível de escolaridade, social e economicamente carenciadas, em situação de desemprego ou trabalho precário; - Minorias étnicas. Observando o quadro anteriormente exposto, podemos verificar que a população que frequenta estes cursos é maioritariamente uma população feminina, uma vez que dos 179 indivíduos que frequentaram os 15 cursos referidos 154, ou seja 86%, são mulheres. Estes dados apontam para o facto de ser a população feminina a que mais vulnerabilidades apresenta face aos processos de exclusão social. Muitas vezes ao não completarem a escolaridade mínima obrigatória e ao apresentar baixos níveis de qualificação, surgem como sendo um dos grupos sociais que mais dificuldades apresenta em se integrar profissionalmente, debatendo-se com situações de desemprego de longa duração ou a ocupar empregos precários. Para além das mulheres, os beneficiários do RMG/RSI são outra categoria que integra, de igual forma, estes cursos profissionais. Assim, dos 179 formandos que frequentaram os vários cursos administrados pela Associação Fernão Mendes Pinto entre 1997 e 2002, 39, ou seja, 21,8% são beneficiários da Medida. De acordo com os dados apresentados, podemos definir a população alvo destes cursos de formação, como sendo uma população maioritariamente feminina, onde os beneficiários da Medida do RMG/RSI obtêm alguma representatividade. Tratam-se de indivíduos que Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 243 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz quer pelas baixas qualificações, quer pelas baixas competências pessoais e sociais e, muitas vezes, pela própria disfuncionalidade do meio sócio-familiar onde se encontram inseridos apresentam maiores dificuldades de integração quer profissional, quer social. Associação Viver em Alegria A Associação Viver em Alegria dispõe, neste momento, de dois cursos de formação: Agente de Geriatria e Apoio Familiar e à Comunidade. Esta Associação aguarda ainda resposta da candidatura a 9 novos cursos. Centro Social Paroquial de Ferreira-a-Nova Quanto à Educação e Formação de Adultos esta Instituição deu início, em 2004, a dois cursos de “Serviços Pessoais prestados à comunidade” com as saídas profissionais de “Acompanhantes de crianças” e “Agentes em Geriatria” com equivalência ao 9.º Ano de Escolaridade. Um destes cursos já terminou e certificou 13 pessoas, estando ainda a decorrer o de Acompanhante de crianças, que irá finalizar brevemente e no qual se prevê também a certificação a nível global; de salientar que estes cursos foram frequentados por 90% de pessoas da Freguesia de Ferreira-a-Nova. 4.2.4. Reinserção Social 4.2.4.1 Factores de risco e diagnóstico das necessidades sociais em matéria de justiça penal e de direito de menores A presente avaliação teve como fontes: ● A estatística do Ministério Público – Tribunal da Figueira da Foz, referente aos mapas anuais e mensais do movimento de inquéritos – área penal, respeitantes ao ano de 1999 e 2000, bem como mapas anuais da jurisdição tutelar cível, referente ao mesmo período. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 244 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz ● A estatística da PSP da Figueira da Foz referente à criminalidade denunciada dos anos de 1999 e 2000. ● Dados referentes à actividade operativa do Instituto de Reinserção Social (IRS), resultante da leitura dos dados estatísticos e da prática profissional. 4.2.4.1.1. Análise de dados referente à estatística do Ministério Público e da PSP A ausência de uma análise comparativa com outras cidades, nomeadamente do litoral, limita-nos à partida a avaliação da problemática criminal do Município da Figueira da Foz. Ressaltando esta imprecisão, bem como da ausência de informação sobre os contextos em que ocorrem as problemáticas criminais, faremos uma apreciação sobre os dados disponibilizados pelas fontes já referenciadas, de forma a aproximar-nos ao conhecimento de alguma desta realidade. Da análise do número de processos penais entrados em 1999 e 2000 não se registam oscilações significativas relativamente ao número de crimes e à tipologia dos mesmos, sucedendo o mesmo com a sua distribuição ao longo do ano, à excepção de um ligeiro aumento nos meses de Verão, cuja leitura explicativa se encontrará no aumento da população residente. Os crimes mais expressivos são crimes contra o património e dentro destes os que tem como objecto viaturas. O mesmo não se passa com os furtos a residências com valores sem expressão, facto que não deixa de surpreender atentos ao número de residências não habitadas na zona urbana. Nos crimes estradais, nomeadamente os que se referem à condução de viaturas sobre o efeito do álcool, registase um aumento no ano 2000, com especial incidência nos meses de Verão. Também se pode inferir que a criminalidade violenta é pouco significativa – homicídio, roubos e ofensas corporais graves. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 245 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz 4.2.4.1.2. Análise de dados referente à actividade operativa do IRS É sobretudo com base na caracterização do destinatário desta equipa do IRS que podemos trazer indicadores explicativos e mais abrangentes sobre a conduta delituosa. Ressalve-se contudo que a caracterização realizada tem um valor sobretudo qualitativo e retrata uma criminalidade em que a dimensão da ressocialização dos fins das penas está presente por excelência, já que existiram muitos outros casos em que o Tribunal não teve este entendimento. Os serviços de reinserção social – órgão auxiliar da administrativa da Justiça, têm como competências a elaboração de relatórios sociais e psicológicos para apoio à tomada de decisões e o acompanhamento da execução das penas alternativas à prisão e das medidas tutelares educativas. 4.2.4.1.2.1 Jurisdição Penal Com a reorientação da política criminal em que o legislador passou a dar a preferência às penas não privativas de liberdade, surge a intervenção processual dos serviços de reinserção social na execução das penas não privativas de liberdade. Neste contexto, é legalmente instituído um leque de penas não detentivas, decorrendo daí a manutenção do delinquente na comunidade, muito embora restringindo-se a sua liberdade através da imposição de obrigações/deveres/ condições que supõem necessariamente a sua cooperação/ auto-implicação, bem como o controle/fiscalização/apoio na sua execução. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 246 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 137 - Medidas e Penas em execução na comunidade Sanções Penais N.º Suspensão Provisória do Processo 12 Substituição de Multa por Trabalho 7 Suspensão de Execução da Pena de Prisão com Imposição de regras de Conduta ou subordinada de regime de Prova 27 Liberdade Condicional 19 Liberdade para Prova de Inimputáveis 5 Total 70 Fonte: Base de Dados do Instituto de Reinserção Social,15 Setembro/2003 QUADRO Nº 138 - Relação entre a Medida ou Pena Aplicada e a Tipologia do Crime Crime Suspensão Suspensão Liberdade Liberdade Substituição Provisória Pena com Condicional para Prova da Multa por Processo Acompanhamento Inimputáveis Trabalho Total Sanção Contra a Propriedade Crimes Estradais 12 14 7 3 24 5 1 2 20 Contra a Vida Respeitante a estupefacientes Contra a Liberdade Pessoal Contra a Integridade Física Crime contra a Honra 2 7 7 4 6 2 2 4 2 1 3 1 1 2 Contra a Vida em Sociedade (falsificação) Contra o património em Geral Contra o Estado 1 1 1 1 1 1 De perigo comum (Incêndio) 1 1 Fonte: Equipa do Instituto de Reinserção Social do Círculo Judicial da figueira da Foz, 15 de Setembro/2003 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 247 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Da análise dos dados, conclui-se por uma maior distribuição de casos nos crimes contra a propriedade ( furtos, danos), sendo estes, na sua maioria, transversais ao consumo de drogas ilícitas. As patologias de dependência de drogas, com especial incidência no consumo de estupefacientes funcionaram inequivocamente como factores de risco no comportamento delinquente. Enquanto os crimes contra o património são conexos ao consumo de drogas ilícitas, a dependência de álcool está representada nos crimes estradais e nos crimes contra a integridade física. Das 20 condenações a medidas e penas não detentivas, 15 são respeitantes à condução em estado de embriaguês e 5 a condução sem habilitação legal. Os crimes contra a vida (homicídios) e o crime de tráfico de drogas estão sobrerepresentados na liberdade condicional, já que foi a pena de prisão a reacção penal por excelência. Nos crimes contra a propriedade a maioria dos condenados reside na área urbana do Município, vive com a família de origem e tem problemas de dependência de drogas. 4.2.4.3.2.2. – Jurisdição Tutelar No domínio da jurisdição tutelar importa observar a síntese das solicitações no âmbito do direito de menores, em Processo Tutelar Educativo, Processo Tutelar Cível e em Processos de outra Natureza. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 248 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 139 - Síntese das Solicitações no âmbito do direito de menores em 2001/2002 Ano Em Processo Tutelar Educativo Em Processo Tutelar Cível Em Processos de Outra Natureza Total 2001 25 178 55 258 2002 49 238 24 311 2003 63 217 35 Fonte: Base de Dados do Instituto de Reinserção Social 315 Observando o número de solicitações no âmbito do direito de menores verifica-se um peso significativo dos processos tutelares cíveis, que nada têm a ver com a delinquência e marginalidade, mas antes são resultado de conflitos no exercício do poder paternal havendo por tal necessidade de uma decisão em oportunidade. A Lei tutelar Educativa, que entrou em vigor em Janeiro de 2000, veio enformar a intervenção estadual relativa a menores de idade compreendida entre os 12 e os 16 anos, agentes de factos qualificados pela lei penal como crimes, não portadores de anomalia psíquica. Interiorizando um novo paradigma face à delinquência juvenil, onde são privilegiadas as dimensões responsabilizadora, pedagógica e reparadora sem esquecer a sansionatória, aos serviços de reinserção social compete a elaboração de relatórios sociais e psicológicos para apoio a tomada de decisões e o acompanhamento das medidas tutelares aplicadas. 4.2.4.1.3 - Principais constrangimentos e problemas de ordem social encontradas em matéria de Justiça Penal e de Menores Tendo como base a experiência de trabalho com adultos e com menores, importa ainda tecer algumas considerações que possam vir ao encontro das realidades diagnosticadas, Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 249 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz quer pela Equipa do IRS do Círculo Judicial da Figueira da Foz quer por outras organizações locais, com o objectivo de promover a integração das políticas de acção junto de crianças, jovens e adultos. O destinatário adulto destes serviços é portador de patologia de saúde, em especial de dependência de estupefacientes. Não se ignore contudo os efeitos gravosos do comportamento alcoólico na conduta delituosa, apesar da desvalorização social destes mesmos delitos, como o que se passa com os crimes estradais. Decorre assim da prática diária destas instituições, que os problemas de saúde mental, quer por abuso de drogas lícitas ou não lícitas, quer por doenças psiquiátricas, apresentam-se como os principais factores de risco no comportamento delinquente. Os problemas de saúde mental são também sentidos de uma forma acentuada no exercício da responsabilidade parental, já que as crianças são utilizadas como alvo projectivo das disfunções psicossociais das famílias. Acrescenta-se que a evolução marginal é uma das áreas em que mais facilmente se detecta a ligação com as doenças psíquicas. Se relativamente à problemática da dependência de estupefacientes se estão a conseguir respostas suficientemente eficazes com preocupações na articulação e ajustamento das diversas sinergias dos serviços públicos e de algumas Instituições Particulares de Solidariedade Social, o mesmo não se passa nas doenças psiquiátricas. Assim neste último campo, os portadores de anomalia psíquica que praticaram factos ilícitos, quando termina a intervenção das instâncias judiciais, ficam numa terra de ninguém, em que não se sabe a quem pertence esta supervisão dos cuidados de saúde mental e evitamento das situações de exclusão social em que vem a ser remetidos. Trata-se de uma área que merece ser repensada ao nível sistémico. Ao nível dos recursos locais merece-nos também especial atenção a falta de oportunidades para formação profissional de jovens com o 6º ano de escolaridade que abandonam o sistema escolar. Segundo a Equipa do IRS do Círculo Judicial da Figueira da Foz torna-se uma prioridade a requalificação do PIEF – Programa de Educação e Formação com o seu reconhecimento, implicação e operacionalização em tempo útil, como Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 250 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz forma de resposta sócio-educativa à prevenção dos estilos de vida e comportamentos de risco. A prevenção surge como conceito chave quando se trabalha no fim da linha, já que em matéria de justiça é particularmente difícil alterar comportamentos que por vezes atingiram estados de cristalização. Por todas as razões, de justiça, de solidariedade social, de saúde pública e até económicas, as metodologias preventivas devem merecer em especial destaque, como formas de intervenção em idades mais precoces do desenvolvimento. A família deve merecer um espaço privilegiado de promoção de saúde mental e de cidadania, e a intervenção junto de crianças deve ter como base a relação. Segundo a Equipa do IRS do Círculo Judicial da Figueira da Foz, o Município da Figueira da Foz tem condições para melhorar esta intervenção preventiva, através da rentabilização dos recursos existentes, o seu ajustamento às reais necessidades, através de planos coerentes e em que sejam optimizadas as relações de cooperação e parceria. Nas políticas de integração social são de mais valia as iniciativas/programas que contribuam para uma melhoria dos “sistemas de confiança”, para que o envolvimento da comunidade no reforço dos laços de sociabilidade contribua para a redução das situações de isolamento e exclusão social. 4.2.5. Habitação Social 4.2.5.1. Promoção de Habitação Social A Constituição da República Portuguesa através do seu Artº n.º 65 consagra o direito a todos os cidadãos a uma habitação condigna. Este direito leva a que seja um dever do Estado garantir o acesso à habitação às franjas da população mais carenciada, concretizando-se este dever através da implementação de políticas de habitação social, as quais são levadas a cabo pelas Autarquias. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 251 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Com objectivo de proceder a uma adequada política de habitação, em Julho de 2000, a Câmara Municipal da Figueira da Foz criou uma Empresa Municipal de Gestão de Habitação designada Figueira Domus que desenvolve, essencialmente, as seguintes vertentes: Promoção de Habitação Social a Custos Controlados; Atribuição de Habitação Social a Custos Controlados em regime de arrendamento e venda; Gestão social dos fogos que constituem o parque habitacional Em 1999, o Município da Figueira da Foz assinou um acordo de colaboração com o Instituto Nacional de Habitação, o qual permitiu o desenvolvimento de um programa de construção/aquisição de 143 fogos de Habitação a Custos Controlados para Arrendamento Social, cujo objectivo era o de realojar a população que vivia em barracas ou construções abarracadas identificadas por um levantamento realizado pela Autarquia. GRÁFICO N.º 67 - N.º de famílias realojadas por Bairro Social 23 Bairro do Hospital 14 Vila Verde - 3ª Fase 9 Vila Robim 10 Gala/Sidney - 1ª Fas e Qta Recolhidas - 4ª Fase 4 Leirosa 2ª Fase 5 0 5 10 15 20 25 Fonte: Figueira Domus Até à data, das 143 famílias que constam do acordo, já foi possível o realojamento de 65, faltando ainda o realojamento de 78 agregados. Até ao momento, foi o Bairro do Hospital Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 252 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz aquele que apresentou um maior número de famílias realojadas, seguido de Vila Verde e Gala/Sidney. Para além do realojamento das famílias incluídas no Programa de Realojamento a Empresa Municipal de Habitação – Figueira Domus procura ainda dar resposta a famílias não integradas nesse programa, mas que também apresentam graves problemas habitacionais. Relativamente, à compra de habitação a custos controlados, existem 2 tipos de Programas: Programa Jovem – Casa na Figueira Tem como objectivo principal facilitar a aquisição de habitação a jovens casais com idade inferior a 35 anos, que aufiram baixos rendimentos. Até ao momento, já foram contemplados alguns jovens: 7 fogos no empreendimento de Vila Verde – 3ª Fase, 16 fogos no empreendimento de Vila Robim e 8 fogos em Gala/Sidney. Ficheiro Normal de Compra de Habitação a Custos Controlados É ainda possível aos munícipes interessados na habitação a custos controlados proceder à sua inscrição para a aquisição de habitação. Assim, no empreendimento Gala/Sidney – 1ª Fase, foram colocados 7 agregados familiares e no empreendimento da Leirosa 15. QUADRO Nº 140 - Fogos Atribuídos pela Figueira Domus Freguesias Quinta das recolhidas – 3ª Fase Vila Robim Gala/Sidney – 1ª Fase Quinta Recolhidas - 4ª Fase Leirosa – 2ª Fase Regime Arrendamento Venda Arrendamento Venda Arrendamento Venda Arrendamento Venda Arrendamento Venda Promoção Directa Municipal 0 0 0 0 0 0 0 0 33 Promoção Cooperativa 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 0 CDH’s Total 29 7 41 31 41 15 14 0 0 0 36 72 56 14 48 Fonte: Figueira Domus Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 253 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Até à presente data, foram atribuídos nos empreendimentos de habitação social, no Município da Figueira da Foz, 226 fogos, tendo a sua construção sido entregue a empresas de construção, mediante a celebração de protocolos entre estas e a empresa municipal (CDH). Dos fogos atribuídos pela Figueira Domus, 48 são de Promoção Directa Municipal, 33 através de arrendamento e 15 de venda, situando-se todos eles na Leirosa. Os restantes 178 fogos são através dos CDH’s, onde a maioria encontra-se sob o regime de arrendamento, no empreendimento de Vila Robim e Gala/Sidney - 1ª Fase. QUADRO N.º 141- N.º de fogos geridos pela Figueira Domus Bairro Arrend. Quinta do Paço 65 Bela Vista 19 Alto da Fonte 11 Bairro das Viúvas – Leirosa 4 Bairro Social da Leirosa 63 Quinta das Recolhidas – CDH’s 5 Quinta das Recolhidas – Cooperativa 10 Pré-Fabricados da Qtª da Borloteira – Carritos 4 Diversos 5 Hospital 24 Quinta das Recolhidas – 3ª Fase 29 Vila Robim 41 Gala/Sidney 41 Quinta das Recolhidas – 4ª Fase 14 Leirosa – 2ª Fase 33 Total 368 Fonte: Figueira Domus, 2002 Compete ainda à Figueira Domus a gestão corrente e gestão social de 368 fogos distribuídos por 15 bairros municipais. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 254 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz 4.2.5.2. Caracterização da população residente em Habitação Social Municipal A Figueira Domus, empresa de habitação Municipal, fazia em Novembro de 2002 actualmente a gestão de 241 fogos distribuídos por 8 bairros do Município: Quinta do Paço, Bela Vista, Alto da Fonte, Leirosa, Bairro das Viúvas, Quinta das Recolhidas, Hospital e Gala Sidney – 1ª Fase. QUADRO Nº 142 - Média de Habitantes em fogos de habitação social por Tipologia Fogos/ Tipologia Nº Fogos por Tipologia Nº habitantes por Tipologia Média de Habitantes T0 1 T1 24 35 1,4 T2 86 252 2,9 T3 115 495 4,3 T4 15 71 4,7 241 854 Total 1 1 Fonte: Figueira Domus, Novembro/2001 GRÁFICO Nº 68 - Distribuição do número de habitantes por tipo de agregado familiar 120 105 100 80 47 60 40 20 0 18 Unipessoais 47 24 Cônjuges sem filhos Família Nuclear Familia Nuclear Incompleta Família Alargada Fonte: Figueira Domus, Novembro/2001 Observando o número de fogos por tipologia, verificamos que é a tipologia T3 aquela que engloba um maior número de fogos, 115, seguido do T2, com 86, sendo também estas que englobam um maior número de habitantes. Estes dados estão directamente relacionados com o tipo de agregado que reside nestas habitações sociais, em que um elevado número Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 255 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz trata-se de famílias nucleares com filhos. Seguidamente, são as famílias nucleares incompletas e as famílias alargadas aquelas que, seguidas às nucleares, englobam um maior número de agregados, 47 respectivamente. QUADRO Nº 143 - Grupo etário dos residentes em habitação social Classe Etária Nº Indivíduos % 0-14 134 15,69 15-24 198 23,19 25-64 423 49,53 65 99 11,59 854 100,00 Total Fonte: Figueira Domus, Novembro/2001 Observando a distribuição dos indivíduos que residem em habitações sociais, verificamos que a maioria se situa na faixa etária entre os 25 e os 65 anos, englobando um total de 49,5% da população total. No entanto, 332 indivíduos, ou seja, 38,9% da população residente apresenta uma idade inferior a 24 anos, o que significa que a população que reside em habitação social pode ser caracterizada como sendo uma população jovem. 5. DESPORTO, CULTURA E LAZER 5.1. DESPORTO 5.1.1. Equipamentos Desportivos Segundo dados fornecidos pela Divisão da Juventude, Desporto e Colectividades da Câmara Municipal da Figueira da Foz existem actualmente 125 infraestruturas desportivas, sendo que 48 são Infraestruturas Municipais e 77 Infraestruturas Não Municipais. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 256 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO N.º 69 - Infraestruturas Desportivas: Municipais e Não Municipais Centro Naútico 1 Pista de Karting 1 Sala de Squash 2 4 Parque Radical Campo Basquete 6 Pavilhão Gimnodesportivo 1 6 Centro Equitação 2 Campo Ténis 1 Infraestruturas Municipais 8 Infraestruturas Não Municipais 5 Ginásio Circuito Manutenção 2 9 Campo Relva Sintética 12 Polidesportivos Campo Futebol 11 2 30 15 Campo Tiro 2 Piscina Descoberta 7 4 Piscina Coberta 2 3 0 10 20 30 40 50 Fonte: Divisão da Juventude, Desporto e Colectividades da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Abril de 2003 Através do gráfico apresentado, podemos verificar que são os Polidesportivos a infraestrutura desportiva que maior representatividade apresenta no Município da Figueira da Foz, estando referenciados actualmente 42 Polidesportivos: 12 Municipais e 30 Não Municipais. Com uma representatividade igualmente elevada, surgem os Campos de Futebol de 11, uma vez que existem 2 Municipais e 15 Não Municipais. Relativamente ao número de Piscinas existentes Município, segundo o levantamento realizado, verificou-se a existência de 7 Piscinas Descobertas e 2 Cobertas, sendo estas de cariz Municipal e 4 Piscinas Descobertas e 3 Cobertas de cariz Não Municipal. O Município encontra-se igualmente bem servido de Pavilhões Gimnodesportivos, uma vez que existem 6 Não Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 257 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Municipais e 1 Municipal. O mesmo acontece com os Campos de Ténis, que existe um total de 9 campos no Município: 8 Não Municipais e 1 Municipal. De carácter Municipal o Município dispõe ainda de 4 Parques Radicais, 6 Campos de Basquete, 2 Circuitos de Manutenção, 9 Campos de Relva Sintética e 2 Campos de Tiro. De carácter Não Municipal o Município da Figueira da Foz conta ainda com a existência de um Centro Náutico, uma Pista de Karting, 2 Salas de Squash e 2 Centros de Equitação. Através destes dados é possível verificar que o Município da Figueira da Foz apresenta uma grande variedade e uma boa cobertura em termos de equipamentos desportivos, possibilitando, desta forma, a prática dos mais variados desportos aos seus munícipes. 5.1.2. Actividades Desportivas A Divisão da Juventude, Desporto e Colectividades da Câmara Municipal da Figueira da Foz realizou um inquérito em Janeiro de 2002, tendo de um universo de 153 colectividades, apenas respondido 96, pelo que os dados apresentados encontram-se necessariamente incompletos. Quadro Nº 144 - Modalidades Desportivas por Colectividades Modalidades Desportivas Nº Colectividades Atletismo 8 Bodyboard, Surf 1 Basquetebol 4 Desportos de Aventura 1 Enduro, Motocross 1 Futebol 11 Futsal 9 Ginástica 3 Halterofilismo 1 Hoquei patins 1 Karate, Kempo, Ninjutsu 1 Kikboxing 1 Pesca 2 Remo 1 Ténis 1 Vela, Motonáutica 1 Voleibol 1 Total 48 Fonte: Divisão da Juventude, Desporto e Colectividades da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Janeiro 2002 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 258 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Assim, e segundo o inquérito realizado o Futebol, Futsal e o Atletismo foram as actividades desportivas praticadas num maior número de colectividades: 11, 9 e 8, respectivamente. Com uma menor representatividade, mas com igual importância para o Município da Figueira da Foz surge o Basquetebol, cuja prática existe em 4 colectividades, a Ginástica em 3 e a Pesca em 2 colectividades. Existem ainda, no Município, uma serie de actividades desportivas que, apesar de terem menor representatividade junto das colectividades, não deixam de ter a sua importância, são elas os Desportos Naúticos e de Aventura, Artes Marciais e de Combate, Ténis e Vela, entre outros. 5.2. CULTURA 5.2.1. Equipamentos Culturais Associações/Colectividades O associativismo pode ser visto como uma expressão organizada da sociedade civil, constituindo um importante meio de exercer a cidadania, apelando para a responsabilização da intervenção dos cidadãos nas diferentes esferas da vida social. Assim, no Município da Figueira da Foz, existem actualmente, 146 Associações/Colectividades, as quais desenvolvem actividades de âmbito cultural, desportivo, musical e recreativo. Ao dinamismo cultural está muitas vezes associado a capacidade da sociedade civil em se organizar, formando grupos com interesses comuns, é neste sentido que no Município da Figueira da Foz através das suas Associações/Colectividades, surgem diferentes estruturas culturais com relevância para os seus munícipes. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 259 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 70 - Distribuição do número de colectividades por Freguesia do Município da Figueira da Foz 46 50 40 30 20 10 8 5 3 12 3 4 7 4 6 11 9 8 6 1 11 4 3 aio rc a M .O nd as M .G ân da ra Pa iã o Q uia ios Sa nt an a S. Ju liã o S. Pe dr o Ta va re de Vi la Ve rd e M La vo s Al ha da s Al qu ei Bo dã m o Su Bo ce rd ss a o do Ca m po Bu ar co s Br en ha F. No va 0 Fonte: Divisão da Juventude, Desporto e Colectividades da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Abril 2003 Em Abril de 2003, existiam no Município da Figueira da Foz 151 Associações/Colectividades, sendo a Zona Urbana aquela que apresentava um maior número, um total de 76, seguida da Zona Norte com 40 e por fim a Zona Sul com 35 Associações/Colectividades. QUADRO Nº 145- Estruturas Culturais existentes no Município da Figueira da Foz Estruturas Culturais Nº Grupo de Profissional 1 Teatro Amador 45 Escolas de música 29 Orquestras Ligeiras 7 Grupos Corais 3 Grupos de Dança 13 Grupos de Baile 3 Grupos de Cantares 8 Ranchos de Folclore 21 Grupos Etnográficos 4 Filarmónicas 10 Fonte: Divisão da Juventude, Desporto e Colectividades da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Fevereiro 2002 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 260 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Observando o quadro anterior podemos ver que o Município é muito rico em termos de estruturas culturais, possuindo uma série de grupos, sejam eles corais, de dança, de baile ou de cantares. Existem ainda 29 escolas de música, 7 orquestras ligeiras e 10 filarmónicas. O folclore enquanto forma de expressão cultural de um povo, ganha particular interesse no Município em análise existindo 21 ranchos de folclore e 4 grupos etnográficos. Tendo por base um questionário que a Divisão da Juventude, Desporto e Colectividades da Câmara Municipal da Figueira da Foz passou a todas as Colectividades e Associações, 40 afirmaram ter actividade teatral. No entanto, apenas 13 demonstraram possuir uma peça para apresentar nas jornadas Clube Amador do Lions Clube. Estes dados indicam a necessidade em ser feito um novo levantamento junto destas entidades para aferir quais são aquelas que efectivamente desenvolvem actividade teatral. Para além dos grupos de teatro das Colectividades e Associações existe ainda uma Instituição Particular de Solidariedade Social, “Associação Viver em Alegria”, que possui, de igual forma, um grupo de teatro. Existem ainda várias escolas no Município que possuem Clubes de Teatro, são elas: a Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de Cristina Torres, a Secundária com 3º Ciclo Dr. Bernardino Machado, Escola Básica do 2º e 3º Ciclos Dr. Pedrosa Veríssimo e a Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico Dr. Joaquim de Carvalho. Para além dos grupos de teatro amador referidos anteriormente, o Município possui uma companhia de teatro profissional: Mar a Mar/Teatro – Companhia de Teatro da Figueira da Foz. Imprensa No Município da Figueira da Foz a Imprensa local apresenta alguns jornais e rádios com relevância para a vida dos seus munícipes, são eles: 1 – Jornais: A Voz da Figueira Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 261 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz O Dever O Figueirense Delegação do Diário de Coimbra Delegação Diário As Beiras Correio da Figueira 2 – Rádio: Rádio Clube Foz do Mondego Rádio Maiorca Outros equipamentos São vários os equipamentos culturais existentes no Município da Figueira da Foz e que constituem um recurso capaz de melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes, são eles: Museus: Museu Municipal Santos Rocha Núcleo Museológico do Mar Arquivo Fotográfico: 1 Arquivo Fotográfico Municipal Auditórios: Auditório Municipal Auditório da Santa Casa da Misericórdia da Figueira da Foz Auditório da Universidade Internacional Auditório da Escola Secundária Cristina Torres Centro de Artes e Espectáculos: Possui 1 pequeno auditório e 1 grande auditório Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 262 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Sala de Congressos: Sala de Congressos do Hotel-Apartamento Atlântico Sala de Congressos do Hotel-Apartamento Sotto Mayor Grande Auditório do Centro de Artes e Espectáculos Pequeno Auditório do Centro de Artes e Espectáculos Salas de cinema 5 salas no Centro Comercial Jumbo 1 sala no Grupo Caras Direitas Pequeno Auditório do Centro de Artes e Espectáculos Pólos de Leitura Pólo de leitura da Junta de Freguesia de Quiaios Armazém do Sal da Marinha Municipal 5.3. LAZER 5.3.1. Equipamentos de Lazer Em 2003, a Divisão da Juventude, Desporto e Colectividades da Câmara Municipal da Figueira da Foz, realizou um levantamento e caracterização dos parques infantis (escolares e públicos) existentes no Município. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 263 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 71 - Parques Infantis, Escolares e Públicos e sua caracterização quanto ao estado de conservação 30 29 25 20 20 15 Parques Públicos 10 6 5 0 Parques Escolares 13 3 0 Bom Estado A Melhorar A Eliminar Fonte: Divisão da Juventude, Desporto e Colectividades da Câmara Municipal da Figueira a Foz, Abril de 2003 Assim, existem, actualmente 29 parques infantis escolares em bom estado de conservação e 6 a substituir, sendo da responsabilidade da própria escola, a gestão e a manutenção desses mesmos parques, cabendo à Câmara Municipal da Figueira da Foz a fiscalização desses espaços. No que diz respeito, aos parques infantis públicos, os quais são geridos e mantidos pela Câmara Municipal e cuja fiscalização compete ao Instituto Nacional do Desporto, existiam aquando do levantamento, 20 parques em bom estado, 13 a melhorar e 3 a eliminar. 6. SEGURANÇA 6.1. PROTECÇÃO CIVIL A Protecção Civil é a actividade desenvolvida pelo Estado e pelos cidadãos com a finalidade de prevenir os riscos colectivos inerentes a situações de acidente grave, catástrofe ou calamidade, de origem natural ou tecnológica, e de atenuar os seus efeitos e Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 264 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz socorrer as pessoas em perigo, quando aquelas situações ocorram. O Sistema de Protecção Civil em Portugal é composto: - Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, com 18 centros distritais de operação de socorro, dependente do Ministro da Administração Interna. - Serviços Regionais de Protecção Civil dos Açores e da Madeira, dependentes dos respectivos Governos das Regiões Autónomas. - Serviços Municipais de Protecção Civil, dependentes dos Presidentes das Câmaras Municipais. É neste último, mais concretamente no Serviço Municipal de Protecção Civil da Figueira da Foz, que nos vamos debruçar, uma vez que este constitui um recurso para o Município, no que diz respeito à segurança dos cidadãos. O Serviço Municipal de Protecção Civil da Figueira da Foz é o serviço incumbido de executar a política Municipal de Segurança sendo, desta forma, o responsável, no Município, pelas acções de informação, formação, planeamento, controlo e coordenação das acções em situação de normalidade ou de emergência, em todos os campos que respeitem à protecção civil. O Serviço Municipal de Protecção Civil da Figueira da Foz tem como Atribuições/Competências: Criar mecanismos de articulação e colaboração com todas as entidades públicas e privadas que concorrem para a Protecção Civil. Assegurar a elaboração e actualização do Plano Municipal de Emergência, dos Planos Especiais de Emergência e de outros documentos de Planeamento Municipal adequados à problemática da Protecção Civil Inventariar os meios e os recursos, humanos e materiais, potenciando e dinamizando as capacidades existentes no Município da Figueira da Foz, para desenvolvimento das acções de salvaguarda da vida e dos bens, em situação de emergência. Coordenar as acções de gestão da emergência. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 265 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Promover a normalidade nas áreas afectadas, minimizando os efeitos dos acidentes graves, catástrofes ou calamidades sobre a vida, a Economia, o Património e o Ambiente. Promover acordos de cooperação visando os fins próprios da Protecção Civil. Desenvolver e promover acções de prevenção, Estudar e divulgar formas adequadas de protecção dos edifícios em geral, de monumentos e outros bens culturais, de instalação dos serviços essenciais, bem como do ambiente e dos recursos naturais. Este Serviço dispõe do seguinte equipamento de apoio às actividades desenvolvidas: 3 Motos 4×4 e 2 Motos DT 50 para vigilância e primeira intervenção 1 Moto DT 50 1 Nissan PicKup equipada com um Kit florestal e equipamento de silvicultura 1 viatura preventiva todo o terreno para a coordenação de meios em situação de emergência de meios em situação de emergência 1 viatura todo o terreno para transporte de pessoal e/ou equipamento O serviço de Protecção Civil da Figueira da Foz desenvolve vários programas, dos quais se destacam: 1 – Programa “Criança Segura” É um Programa de Sensibilização, Informação e Educação para a Protecção Civil direccionado para as crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico e tem como principais objectivos: - Fornecer conselhos e contributos vários com vista a uma Auto-Protecção eficaz e à criação de um espírito solidário na relação com o seu semelhante; - Fornecer informações quanto à actuação imediata em caso de acidente, incêndio ou qualquer ocorrência anómala no campo da segurança; Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 266 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz - Visa chamar a atenção para a existência de vários perigos ou situações que potencialmente possam provocar acidentes. Neste Programa foram consideradas três áreas prioritárias de actuação: Segurança na Rua e nos Espaços Públicos Segurança em Casa Prevenção de Incêndios O programa tem início em meados do mês de Setembro e termina no final de Junho de cada ano, com sessões todas as 3ª feiras do ano lectivo. Conta com a participação das principais entidades intervenientes nas acções de emergência, nomeadamente: os Bombeiros Municipais, os Bombeiros Voluntários, a Polícia de Segurança Pública ou Guarda Nacional Republicana, a Cruz Vermelha e o INEM. 2 – Programa “Da Praia à Floresta, Todos em Segurança” Este é um programa de vigilância e sensibilização da população para os fogos florestais, para os comportamentos de segurança a adoptar na praia, na floresta, na estrada e na própria cidade, sendo este Programa desenvolvido entre os meses de Julho a Setembro de cada ano. Envolve cerca de 62 jovens com idade compreendida entre os 16 e os 25 anos que exercem funções de: - Vigilância Florestal em Postos Fixos e Distribuição de Folhetos informativos de Sensibilização – É efectuada por 21 jovens, 24 sobre 24 horas, nos postos de observação situados no Abrigo da Montanha, na Bandeira e na Casa das Cruzinhas. São também realizadas rondas pela serra da Boa Viagem de bicicleta todo-terreno e a sensibilização através da distribuição de folhetos informativos aos utentes da Serra. Existem ainda mais 32 jovens, distribuídos por 6 equipas, que procedem à limpeza da Serra da Boa viagem e que também distribuem folhetos informativos e de sensibilização por todas as praias do Município. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 267 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz - Vigilância Motorizada – Integrada neste programa a Vigilância Motorizada é feita por 12 jovens, 24 sobre 24 horas, com a utilização de uma moto DT equipada com extintores e duas motos 4×4 equipadas com meios de extinção que permitem uma primeira intervenção imediata no caso de pequenos focos de incêndio. 3 – Programa de Vigilantes Florestais O Programa de Vigilantes Florestais decorre entre os meses de Junho e Setembro de cada ano e consiste na prevenção de incêndios florestais, através das acções de Silvicultura Preventiva, nomeadamente através de: - Roça de matas - Limpeza de povoamentos - Manutenção e beneficiação da rede divisional, linhas quebra-fogo e outras infraestruturas. Para além destas acções, o Vigilante Florestal exerce ainda funções de vigilância das áreas a que se encontra adstrito, de apoio ao combate de incêndios florestais e às subseqüentes operações de rescaldo e ainda de sensibilização do público para as normas de conduta em matéria de acções de prevenção, do uso do fogo e da limpeza das florestas. A unidade base da operação é constituída por 5 elementos, dispondo de uma viatura própria equipada com um Kit de combate a incêndios, moto-serras, extintores, pás, etc... Estes elementos têm ainda colaborado com os Bombeiros do Município nas missões em que são chamados a intervir. 4 – Programa “Em Segurança Sempre” É um Programa de sensibilização, informação e educação para a protecção civil direccionado para os funcionários de Lares da 3ª idade e Centros de Dia para que, o seu Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 268 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz contacto diário com os idosos lhes possam transmitir os conceitos de segurança e prevenção aqui ministrados. São considerados prioritários os seguintes temas: - Regras gerais de segurança e atitudes de auto-protecção - Segurança na rua e nos espaços públicos - Segurança em casa - Prevenção de incêndios Estas acções coordenadas pelo Serviço Municipal de Protecção Civil, contam também com a participação dos Bombeiros Municipais, Bombeiros Voluntários, INEM, Cruz Vermelha, Guarda Nacional Republicana e Polícia de Segurança Pública O Serviço Municipal de Protecção Civil da Figueira da Foz, para além do desenvolvimento dos Programas anteriormente referidos, elaborou o Plano de Emergência nas Escolas do Município. Nas Escolas Básicas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias, os Planos de Emergência são elaborados pelas próprias escolas e posteriormente entregues à Protecção Civil. No caso das Escolas Básicas do 1º Ciclo é o Serviço Municipal de Protecção Civil a fazer os Planos de Emergência, havendo paralelamente a preocupação de explicar aos alunos e docentes a importância do Plano, bem como fazer um teste de evacuação. Presentemente, falta apenas concluir os Planos de Emergência dos Estabelecimentos de Ensino Particulares. No trabalho que tem vindo a ser desenvolvido, pelo Serviço Municipal de Protecção Civil, há a salientar o interesse e empenho demonstrado pelas crianças, em áreas como a Educação e a Prevenção. Dado, grande parte das pessoas, não se encontrar ainda sensibilizada para as questões relacionadas com a Segurança, tem de ser realizado todo um trabalho de base, que pretende a alteração de mentalidades, despertando-as para os riscos a que estão sujeitas no seu dia-a-dia. É neste sentido, que a Equipa do Serviço Municipal de Protecção Civil da Figueira da Foz, julgou pertinente começar com uma sensibilização junto das camadas mais jovens da população, nomeadamente através de acções junto das Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico do Município. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 269 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Como Prioridades futuras, a Equipa do Serviço Municipal de Protecção Civil da Figueira da Foz, apontou a necessidade em terminar a Carta de Risco, a qual possibilitará o conhecimento da estrutura dos edifícios da Zona Urbana, bem como a avaliação do risco de cada habitação. Foi apontada, de igual forma, como prioridade, a continuidade dos Programas desenvolvidos até à data e, se possível, a implementação de novos. 6.2. FORÇAS DE SEGURANÇA No Município da Figueira da Foz estão sediados alguns Agentes de Protecção Civil que no âmbito da sua competência intervêm na área do Município, são eles: Polícia de Segurança Pública (P.S.P.) – Tem como âmbito de intervenção a Prevenção e o Combate do crime, bem como a preservação da segurança dos cidadãos. Este Agente tem como área de intervenção geográfica, a Zona Urbana do Município. Guarda Nacional Republicana (G.N.R.) – Tem o mesmo âmbito de intervenção que a P.S.P. no entanto, a sua zona geográfica de intervenção são as Zonas Rurais do Município. O Município da Figueira da Foz dispõe de 3 Postos da G.N.R., são eles: - Posto da G.N.R. do Paião - Abrange toda a Zona Sul do Município, excepto S.Pedro; - Posto da G.N.R. de Quiaios – Tem como área de jurisdição a Freguesia de Quiaios, Bom Sucesso, Brenha e uma parte de Alhadas; - Posto da G.N.R. de Maiorca – Abrange a Freguesia de Ferreira-a-Nova, Santana, Moinhos da Gândara, Maiorca e parte das Alhadas. Bombeiros Municipais e Bombeiros Voluntários – O âmbito de intervenção destes dois agentes está associado à prevenção e combate de incêndios, acidentes de qualquer ordem e socorro a náufragos. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 270 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Cruz Vermelha Portuguesa – O Município da Figueira da Foz tem uma Delegação da Cruz Vermelha na Freguesia de S. Julião e mais 4 Núcleos distribuídos pelo Município: Maiorca, Quiaios, Lavos e Borda do Campo. Esta instituição actua na área da Saúde e da Acção Social. Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) – Esta Entidade tem sediada uma viatura VMER (Viatura Médica de Emergência e Reanimação) no Hospital Distrital da Figueira da Foz. Sistemas de Autoridade Marítima – Dentro dos sistemas de autoridade marítima o Município da Figueira da Foz dispõe da Capitania que tem como competências o licenciamento de embarcações, a vigilância da Zona Marítima (até 50 metros para terra da linha de água) e Fluvial e o socorro a embarcações . Por outro lado, a Marinha surge , como sendo a Entidade que faz a gestão do Porto e o licenciamento de barcos ligados à pesca, bem como a gestão dos meios do Instituto de Socorro a Náufragos, o qual tem como função o salvamento de indivíduos no mar. No domínio da Segurança importa referir que a Lei nº33/98 de 18 de Julho, veio criar os Conselhos Municipais de Segurança, que podem ser qualificados como uma entidade de âmbito municipal, com funções de natureza consultiva, de articulação, informação e cooperação. O Município da Figueira da Foz já tem constituído o seu Conselho Municipal de Segurança, o qual é presidido pelo presidente da Câmara Municipal, tendo sido aprovado o seu Regulamento, na sessão ordinária da Assembleia Municipal de 28 de Dezembro de 2000. São objectivos do Conselho Municipal de Segurança da Figueira da Foz: Contribuir para o aprofundamento do conhecimento da situação de segurança na área do município, através da consulta entre todas as entidades que o constituem; Formular propostas de solução para os problemas de marginalidade e segurança dos cidadãos no respectivo município e participar em acções de prevenção; Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 271 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Promover a discussão sobre medidas de combate à criminalidade e à exclusão social do município; Aprovar pareceres e solicitações e remeter a todas as entidades, que julgue oportunos e directamente relacionados com as questões de segurança e inserção social. É neste sentido, que compete ao Conselho Municipal de Segurança da Figueira da Foz, emitir parecer sobre as seguintes matérias, na área do Município: Evolução dos níveis de criminalidade; Dispositivo legal de segurança e a capacidade operacional das forças de segurança; Índices de segurança e ordenamento social; Resultados da actividade municipal de protecção civil e de combate a incêndios; Condições materiais e os meios humanos empregues nas actividades sociais de apoio aos tempos livres, particularmente dos jovens em idade escolar; Situação sócio-económica; Acompanhamento e apoio das acções dirigidas, em particular, à prevenção da toxicodependência e à análise da incidência social do tráfico de droga; Levantamento das situações sociais que, pela sua particular vulnerabilidade, se revelem de maior potencialidade criminógena e mais carenciadas de apoio à inserção. Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 272 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz PLANO GERAL DO TRABALHO Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 273 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz PLANO GERAL DO TRABALHO VOLUME I - Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz VOLUME II - Diagnóstico Social da Freguesia de Alhadas VOLUME III - Diagnóstico Social da Freguesia de Alqueidão VOLUME IV - Diagnóstico Social da Freguesia de Bom Sucesso VOLUME V - Diagnóstico Social da Freguesia de Borda do Campo VOLUME VI - Diagnóstico Social da Freguesia de Brenha VOLUME VII - Diagnóstico Social da Freguesia de Buarcos VOLUME VIII - Diagnóstico Social da Freguesia de Ferreira-a-Nova VOLUME IX - Diagnóstico Social da Freguesia de Lavos VOLUME X - Diagnóstico Social da Freguesia de Maiorca VOLUME XI - Diagnóstico Social da Freguesia de Marinha das Ondas VOLUME XII - Diagnóstico Social da Freguesia de Moinhos da Gândara VOLUME XIII - Diagnóstico Social da Freguesia de Paião VOLUME XIV - Diagnóstico Social da Freguesia de Quiaios VOLUME XV - Diagnóstico Social da Freguesia de S. Julião VOLUME XVI - Diagnóstico Social da Freguesia de S. Pedro VOLUME XVII - Diagnóstico Social da Freguesia de Santana VOLUME XVIII - Diagnóstico Social da Freguesia de Tavarede VOLUME XIX - Diagnóstico Social da Freguesia de Vila Verde VOLUME XX – Plano de Desenvolvimento Social do Município da Figueira da Foz e Plano de Acção (2004/2005) Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 274 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz SIGLAS Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 275 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz SIGLAS AFMP – Associação Fernão Mendes Pinto ANEFA - Agência Nacional de Educação e Formação de Adultos APAV - Associação Portuguesa de Apoio à Vítima CAT - Centro de Atendimento a Toxicodependentes CLA - Comissão Local de Acompanhamento CLAS - Comissão Local de Acção Social CPCJ - Comissão de Protecção de Crianças e Jovens CSF - Comissão Social de Freguesia IDT - Instituto da Droga e da Toxicodependência IPSS – Instituição Particular de Solidariedade Social ISSS – Instituto de Solidariedade e Segurança Social MSE - Mercado Social de Emprego PAII - Programa de Apoio Integrado a Idosos PDS - Plano de Desenvolvimento Social PIJVA - Programa para a Integração dos Jovens na Vida Activa PNAI - Plano Nacional de Acção para a Inclusão POC - Programa Ocupacional para Carenciados POEFDS – Programa Operacional Emprego, Formação e Desenvolvimento Social PVE - Programa Vida Emprego RCM - Resolução de Conselho de Ministros REAPN - Rede Europeia Anti-Pobreza RMG - Rendimento Mínimo Garantido RSI – Rendimento Social de Inserção SMN – Salário Mínimo Nacional SNS – Serviço Nacional de Saúde SOLARH - Programa de Solidariedade e Apoio à Recuperação de Habitação UNIVA - Unidade de Inserção na Vida Activa CEFF – Centro de Emprego da Figueira da Foz NEE – Necessidades Educativas Especiais Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 276 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz ÍNDICE DE QUADROS Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 277 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz ÍNDICE DE QUADROS QUADRO Nº 1 - Número de Empresas com Actividade Económica no Município da Figueira da Foz, em 2001, por CAE QUADRO Nº 2 - Número de empresas com actividade económica em 2001, por Freguesia do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 3 - População residente por condição perante a Actividade Económica e Sexo QUADRO Nº 4 - Alojamentos Familiares de Residência habitual, segundo a existência de Infraestruturas Básicas QUADRO Nº 5 - Variação do Número de Alojamentos Familiares, Colectivos e Edifícios entre 1991/2001 QUADRO Nº 6 - Variação da População Residente entre 1991 e 2001 QUADRO Nº 7 - População Residente por grandes Grupos Etários QUADRO Nº 8 - Variação da População Residente por grandes Grupos Etários QUADRO Nº 9 - Famílias Residentes e Famílias Clássicas segundo a sua dimensão QUADRO Nº 10 - Movimentos da população em Portugal, Região Centro, Baixo Mondego e Figueira da Foz, em 2001 QUADRO Nº 11 - Estado Civil da População Residente no Município da Figueira da Foz, em 1991 e 2001 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 278 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 12 - Indicadores Demográficos em 2000 QUADRO Nº 13 - População Residente segundo as Migrações (relativamente a 99/12/31), por Município habitual em 2001/03/12 QUADRO Nº 14 - População Residente no Município da Figueira da Foz, segundo o nível de instrução em 1991 e 2001 QUADRO Nº 15 - População Residente no Baixo Mondego e no Município da Figueira da Foz, segundo o Nível de Instrução atingido e Sexo QUADRO Nº 16 - Analfabetos com 10 ou mais anos/ Taxa de Analfabetismo QUADRO Nº 17 - População Residente no Município da Figueira da Foz, segundo o Nível de Instrução, Grupo Etário e Sexo QUADRO Nº 18 - Taxas de cobertura das respostas sociais dirigidas à população entre os 4 e os 5 anos QUADRO Nº 19 - Número de alunos a frequentar o 2º e 3º Ciclos no ano lectivo 2001/2002 e sua distribuição por Escola e ano de escolaridade QUADRO Nº 20 - Agrupamentos e Cursos existentes nas Escolas Secundárias do Município QUADRO Nº 21 - Número de alunos a frequentar o 3º Ciclo e Secundário no ano lectivo 2001/2002 QUADRO Nº 22 - Caracterização do número de professores existentes nas Escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 279 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO N.º 23 - Outros técnicos a trabalhar nas Escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias QUADRO Nº 24 - Número de Espaços complementares nas Escolas Básicas do 2º e 3º Ciclo e Secundário QUADRO Nº 25 - Alunos por licenciatura e Pós-Graduações QUADRO Nº 26 - Número de alunos do Curso de Engenharia Industrial da Universidade Católica Portuguesa – Pólo da Figueira da Foz, por Ano Lectivo, Ano de Escolaridade e Sexo QUADRO Nº 27 - Número de alunos do Curso de Gestão Industrial da Universidade Católica Portuguesa – Pólo da Figueira da Foz, por Ano Lectivo, Ano de Escolaridade e Sexo QUADRO Nº 28 - Alunos Matriculados no INTEP, segundo Curso de Formação, Sexo e Ano Lectivo QUADRO Nº 29 - Alunos matriculados na Escola Profissional da Figueira da Foz entre o ano lectivo de 1998/1999 e 2002/2003 residentes no Município e fora deste QUADRO Nº 30 - Alunos matriculados na Escola Profissional da Figueira da Foz, por ano lectivo, Curso Profissional e Sexo QUADRO Nº 31 - Alunos desistentes da Escola Profissional da Figueira da Foz, por ano lectivo, Curso Profissional e Sexo QUADRO Nº 32 - Número de alunos reprovados por Ano Lectivo, Curso e Sexo QUADRO Nº 33 - Número de formadores externos por Ano Lectivo e Habilitações Académicas Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 280 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 34 - Pessoal não docente por Cargo Ocupado e Ano Lectivo QUADRO Nº 35 - Alunos a frequentar o 1º Ciclo do Ensino Recorrente, Curso de S. Julião, segundo o Grupo Etário, Sexo, e condição perante o R.M.G. QUADRO Nº 36 - Alunos a frequentar o 1º Ciclo do Ensino Recorrente, Curso da Serra da Boa Viagem, segundo o Grupo Etário, Sexo, e condição perante o R.M.G. QUADRO Nº 37 - Projectos e Parcerias QUADRO Nº 38 - Alunos com insucesso escolar no ano lectivo de 2001/2002 e sua distribuição por escola QUADRO Nº 39 - Alunos com insucesso escolar no ano lectivo de 2001/2002 e sua distribuição por escola QUADRO Nº 40 - Número de casos de abandono escolar nos anos lectivos 2000/2001 e 2001/2002 QUADRO Nº 41 - Número de casos de abandono escolar nos anos lectivos 2000/2001 e 2001/2002 QUADRO Nº 42 - Número de casos de abandono escolar nos anos lectivos 2000/2001 e 2001/2002 QUADRO Nº 43 - Crianças apoiadas pela Equipa de Intervenção Precoce e sua caracterização por tipo de problemática QUADRO Nº 44 - Crianças com Necessidades Educativas Especiais a frequentar o ensino Pré-Escolar e sua caracterização por tipo de problemática Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 281 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 45 - Crianças com Necessidades Educativas Especiais a Freqüentar o 1º Ciclo e sua caracterização por tipo de problemática QUADRO Nº 46 - Alunos com NEE a frequentar o 2º e 3º Ciclos no ano lectivo 2001/2002 e sua distribuição por Escola e ano de escolaridade QUADRO Nº 47 - Alunos com NEE a frequentar o 2º, 3º Ciclos e Secundário no ano lectivo 2001/2002 e sua distribuição por Escola e ano de escolaridade QUADRO Nº 48 - Técnicos a trabalhar nas Escolas Básicas do 2º e 3º Ciclos e Secundárias do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 49 - Número de alunos a frequentar o 1º Ciclo do Ensino Básico, no ano lectivo de 2001/2002 e 2002/2003, por Escalão QUADRO Nº 50 - Número de alunos subsidiados, no ano lectivo de 2001/2002, por Escola, Nível de Ensino e Escalão QUADRO Nº 51 - Número de alunos subsidiados, no ano lectivo de 2001/2002, por Escola, Nível de Ensino e Escalão QUADRO Nº 52 - Taxas de Actividade no Baixo Mondego e no Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 53 - População residente por Taxa de Actividade e Sexo em 1991 e 2001 QUADRO Nº 54 - População Residente Empregada, segundo o Sector de Actividade Económica e Sexo, por Situação na Profissão QUADRO Nº 55 - População Residente com actividade económica, segundo o grupo etário e o nível de instrução Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 282 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 56 - População Residente, com Actividade Económica, empregada segundo a situação na profissão QUADRO Nº 57 - Taxas de Desemprego no Baixo Mondego e no Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 58 - População Residente Sem Actividade Económica, segundoo grupo etário QUADRO Nº 59 - População Residente segundo a procura de emprego no Baixo Mondego e no Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 60 - População residente desempregada no Baixo Mondego e no Município da Figueira da Foz, segundo o Nível de Instrução QUADRO Nº 61 -Residentes do Município da Figueira da Foz inscritos no CE por Grupo Etário e Sexo QUADRO Nº 62 - Residentes do Município da Figueira da Foz inscritos no CE por Habilitações Literárias e Sexo QUADRO Nº 63 - Residentes do Município da Figueira da Foz inscritos no CE segundo o Código Nacional de Profissões e Sexo QUADRO Nº 64 -Residentes no Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, titulares de Habilitações Académicas de Nível Superior, por Grupos Etários e Sexo QUADRO Nº 65 - Residentes no Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, Titulares de Habilitações Académicas de Nível Superior, segundo o Código Nacional das Profissões e Sexo Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 283 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 66 - Residentes no Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, beneficiários do subsidio de desemprego, por Grupos Etários e Sexo QUADRO Nº 67 - Residentes no Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, beneficiários do subsidio de desemprego, segundo as Habilitações Literárias e Sexo QUADRO Nº 68 - Residentes no Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, beneficiários do subsidio de desemprego, segundo o Código Nacional de Profissões e Sexo QUADRO Nº 69 - Residentes do Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, beneficiários do Rendimento Mínimo Garantido, por Grupos Etários e Sexo QUADRO Nº 70 - Residentes no Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, beneficiários do Rendimento Mínimo Garantido, segundo as Habilitações Literárias e Sexo QUADRO Nº 71 - Residentes no Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, beneficiários do Rendimento Mínimo Garantido, segundo o Código Nacional de Profissões e Sexo QUADRO Nº 72 - Residentes no Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, portadores de deficiência, por tipo de deficiência QUADRO Nº 73 - Residentes no Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, portadores de deficiência, por Grupos Etários e Sexo QUADRO Nº 74 - Residentes no Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, portadores de deficiência, segundo as Habilitações Literárias e Sexo QUADRO Nº 75 - Residentes no Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, portadores de Deficiência, Segundo o Código Nacional das Profissões e Sexo Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 284 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 76- Cursos disponíveis do Forpescas para o ano de 2005 QUADRO Nº 77 - Empresas de Inserção existentes no Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 78 - Centro de Saúde e suas Extensões QUADRO Nº 79 - Pessoal em serviço no Centro de Saúde da Figueira da Foz QUADRO Nº 80 - Infra-estruturas Complementares de Saúde QUADRO Nº 81 - Consultas médicas efectuadas no Centro de Saúde e suas Extensões segundo as Especialidades em 2000 QUADRO Nº 82 - Médicos por Município de Residência em 2000 QUADRO Nº 83 - Indicadores de Saúde QUADRO N.º 84 - Primeiras e Segundas Consultas de Saúde Infantil do Centro de Saúde da Figueira da Foz QUADRO Nº 85 - Crianças com 5 e 6 anos que realizaram o exame global QUADRO 86- Primeiras e Segundas Consultas de Saúde Materna do Centro de Saúde da Figueira da Foz QUADRO Nº 87 - Consultas de Planeamento Familiar do Centro de Saúde da Figueira da Foz QUADRO Nº 88- Primeiras Consultas com referência a Métodos Contraceptivos Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 285 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 89- Número de Consultas e de Utentes que realizaram Mamografias e Citologias no Centro de Saúde da Figueira da Foz QUADRO Nº 90 - Número de utilizações do Serviço de Transporte Municipal por Freguesia e sua distribuição mensal durante o ano de 2002 QUADRO Nº 91 - Alguns dados do Hospital Distrital da Figueira da Foz QUADRO Nº 92 - Estatística do Movimento Assistencial do Hospital Distrital da Figueira da Foz em 2000. QUADRO N.º 93- Distribuição de Consultas segundo Ano, Escalão Etário e Sexo QUADRO N.º 94- Distribuição de Consultas por Ano, Residência e Sexo QUADRO Nº 95- Caracterização dos indivíduos em acompanhamento no Centro de Atendimento a Toxicodependentes, segundo as habilitações Literárias QUADRO Nº 96 - Caracterização dos indivíduos em acompanhamento no CAT segundo os escalões etários QUADRO Nº 97 - Caracterização dos indivíduos em Acompanhamento no CAT por Estado Civil QUADRO Nº 98 - Caracterização dos indivíduos em acompanhamento no CAT por ocupação QUADRO Nº 99 - Número de indivíduos integrados nas diferentes medidas do Programa Vida-Emprego Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 286 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 100 - Evolução do número de seringas trocadas e farmácias aderentes ao projecto QUADRO Nº 101 - Estatísticas da Equipa de Rua da Associação Fernão Mendes Pinto, referentes aos 3 primeiros meses de 2001 QUADRO N.º 102- Utentes residentes no Município da Figueira da Foz acompanhados no ano de 2003 QUADRO N.º 103 - Encaminhamentos efectuados no ano de 2003 QUADRO Nº 104 - Utentes com Perturbações Mentais do Centro de Saúde da Figueira da Foz e sua caracterização por Problema e Sexo QUADRO N 105 - Utentes do Centro de Saúde da Figueira da Foz com Perturbações Mentais e sua caracterização por problema e Sexo QUADRO N 106 - Utentes do Centro de Saúde da Figueira da Foz com Perturbações Mentais e sua caracterização por problema e Sexo QUADRO Nº 107 - Utentes residentes no Município da Figueira da Foz apoiados pela Associação de Reabilitação Social e Desinstitucionalização de Doentes Psiquiátricos de Alfarelos QUADRO Nº 108 - Número de utentes e capacidade da valência Creche das diferentes Instituições Particulares de Solidariedade Social do Município QUADRO Nº 109 - Número de utentes e capacidade da valência Jardim de Infância das diferentes Instituições Particulares de Solidariedade Social do Município Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 287 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 110 - Número de utentes e capacidade da valência ATL das diferentes Instituições Particulares de Solidariedade Social do Município QUADRO Nº 111 - Número de utentes e capacidade da valência Lar de Idosos das diferentes Instituições Particulares de Solidariedade Social do Município QUADRO Nº 112 - Número de utentes e capacidade da valência Centro de Dia das diferentes Instituições Particulares de Solidariedade Social do Município QUADRO Nº 113 - Número de utentes e capacidade da valência Centro de Convívio das diferentes Instituições Particulares de Solidariedade Social do Município QUADRO Nº 114 - Número de utentes e capacidade da valência Apoio Domiciliário das diferentes Instituições Particulares de Solidariedade Social do Município QUADRO Nº 115 - Lotação dos equipamentos sociais com fins lucrativos dirigidos aos idosos QUADRO Nº 116 - População residente deficiente, de acordo com a Actividade Económica QUADRO Nº 117 - População residente deficiente, com 15 ou mais anos, segundo o Tipo de Deficiência, Sexo e por condição perante a Actividade Económica QUADRO Nº 118 - Número de utentes e capacidade da APPACDM e da Cercifoz QUADRO Nº 119- Evolução do número de processos Entrados, Deferidos, Indeferidos e Cessados QUADRO Nº 120 - Caracterização dos Beneficiários do Rendimento Mínimo Garantido segundo o Tipo de Agregado Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 288 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 121 - Distribuição de todos os beneficiários por Área de Inserção (com ou sem Acordo de Inserção) QUADRO Nº 122 - Evolução do número de Acordos por área de Inserção QUADRO Nº 123 - Caracterização da população-alvo de acordo com a situação de dependência e sexo QUADRO Nº 124 - Recursos Humanos envolvidos no Projecto QUADRO Nº 125 - Evolução do Movimento Processual da CPCJ da Figueira da Foz QUADRO Nº 126 - Caracterização das crianças/jovens em acompanhamento por sexo e idade QUADRO Nº 127 - Problemáticas apresentas pelas crianças sinalizadas QUADRO Nº 128 - Tipo de Agregado da criança acompanhada QUADRO Nº 129 - Escolaridade do Agregado Familiar da criança acompanhada QUADRO Nº 130 - Rendimentos/Situação perante o trabalho do Agregado Familiar da criança acompanhada QUADRO Nº 131 - Problemáticas associadas à Saúde do Agregado Familiar da criança acompanhada QUADRO Nº 132 - Educação e Formação de Adultos QUADRO Nº 133 - Formação Profissional da Cruz Vermelha Portuguesa Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 289 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz QUADRO Nº 134 - Impacto ao nível da Empregabilidade QUADRO Nº 135 - Cursos de Formação Profissional da Associação Goltz de Carvalho em 1998,1999 e 2002 QUADRO Nº 136- Cursos de Formação Profissional da Associação Fernão Mendes Pinto entre 1997 e 2002 QUADRO Nº 137 - Medidas e Penas em execução na comunidade QUADRO Nº 138 - Relação entre a Medida ou Pena Aplicada e a Tipologia do Crime QUADRO Nº 139 - Síntese das Solicitações no âmbito do direito de menores em 2001/2002 QUADRO Nº 140 - Fogos Atribuídos pela Figueira Domus QUADRO N.º 141- N.º de fogos geridos pela Figueira Domus QUADRO Nº 142- Média de Habitantes em fogos de habitação social por Tipologia QUADRO Nº 143- Grupo etário dos residentes em habitação social QUADRO Nº 144 - Modalidades Desportivas por Colectividades QUADRO Nº 145- Estruturas Culturais existentes no Município da Figueira da Foz Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 290 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz ÍNDICE DE GRÁFICOS Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 291 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz ÍNDICE DE GRÁFICOS GRÁFICO Nº 1 - Indústria Transformadora por Sectores GRÁFICO Nº 2 - Pessoal ao serviço por Sector de Actividade GRÁFICO Nº 3 - Distribuição da População Residente Empregada, por Sector de Actividade GRÁFICO Nº 4- Evolução demográfica no Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº5- População Residente em 1991 e 2001, segundo os Grupos Etários GRÁFICO Nº 6 - População Residente no Município da Figueira da Foz, segundo o Nível de Instrução atingido e Sexo GRÁFICO Nº 7 - População Residente segundo o Grupo Etário e o Nível de Instrução GRÁFICO N.º 8- Evolução do Nº de Jardins de Infância Públicos GRÁFICO Nº 9- Evolução do nº de alunos e de educadores GRÁFICO Nº 10- Evolução do Nº de alunos matriculados no 1º Ciclo do Ensino Básico entre o ano lectivo de 1996/97 e 2002/03 GRÁFICO Nº 11 - Evolução do Nº de professores do 1º Ciclo do Ensino Básico da Rede Oficial GRÁFICO Nº 12 - Número de alunos a frequentar o 2º e 3º Ciclos no ano lectivo 2001/2002 Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 292 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 13 - Número total de alunos a frequentar o 2º e 3º Ciclos e Secundárias do Município, no ano lectivo de 2001/2002 GRÁFICO N.º 14 - Relação de alunos por professor nas Escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias GRÁFICO N.º 15 - Número de Auxiliares de Acção Educativa e Funcionários Administrativos nas Escolas do 2º, 3º Ciclos e Secundárias GRÁFICO Nº 16 - Número de Animadores no COJ e sua distribuição por Escola GRÁFICO Nº 17 - Alunos inscritos na Universidade Internacional da Figueira da Foz, por Licenciatura e por Ano Lectivo GRÁFICO Nº 18 - Número de alunos do Curso de Engenharia Industrial da Universidade Católica Portuguesa – Pólo da Figueira da Foz, por Ano Lectivo e Sexo GRÁFICO Nº 19 - Número de alunos do Curso de Gestão Industrial da Universidade Católica Portuguesa – Pólo da Figueira da Foz, por Ano Lectivo e Sexo GRÁFICO Nº 20 - Evolução do número de alunos matriculados nos Cursos de Engenharia Industrial e Gestão Industrial da Universidade Portuguesa – Pólo da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 21 - Evolução do número de alunos matriculados nos últimos 5 anos lectivos na Escola Profissional da Figueira da Foz GRÁFICO 22 - Idade dos alunos matriculados na Escola Profissional da Figueira da Foz, nos últimos 5 anos. GRÁFICO Nº 23 - Percentagem de alunos Aprovados e Reprovados por Ano Lectivo Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 293 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 24 - Percentagem de alunos carenciados, com subsidio de transporte e com subsidio de alojamento por ano lectivo GRÁFICO Nº 25 - Número de alunos a frequentar a Escola Profissional de Montemor-oVelho, residentes no Município da Figueira da Foz e sua distribuição por ano lectivo. GRÁFICO 26 - Alunos com insucesso escolar por nível de ensino GRÁFICO 27- Número de casos de abandono escolar nos anos lectivos 2000/2001 e 2001/2002 e sua distribuição por escola GRÁFICO N.º 28 - Nº de casos de abandono escolar por nível de ensino GRÁFICO N.º 29 - Alunos com Currículos Alternativos e sua distribuição por escola GRÁFICO Nº 30 - Alunos com NEE e sua distribuição por escola GRÁFICO Nº 31 - Alunos com NEE por Nível de Ensino GRÁFICO Nº 32 - Alunos Subsidiados, por Escalão e por Escola GRÁFICO Nº 33 - Número de alunos por Nível de Ensino e Escalão GRÁFICO Nº 34 - Plano de Transportes Escolares 2002/2003 e 2003/2004 GRÁFICO Nº 35 - População Residente, Desempregada segundo o Grupo Etário GRÁFICO Nº 36 - Residentes no Município da Figueira da Foz, inscritos no CE, portadores de deficiência, por tipo de deficiência GRÀFICO Nº 37 - Profissionais de Saúde e Distribuição Etária Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 294 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 38 - Evolução do total de consultas de Saúde Infantil (1ªs Consultas Global) realizadas no Centro de Saúde da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 39 - Evolução do total de consultas de Saúde Infantil realizadas no Centro de Saúde da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 40- Evolução do total de consultas de Saúde Infantil – Escolar realizadas no Centro de Saúde da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 41 - Evolução do número total de consultas da Saúde do Adulto GRÁFICO Nº 42 - Evolução do número total de consultas da Saúde do Adulto GRÁFICO Nº 43 - Evolução do número de consultas de Saúde Materna realizadas no Centro de Saúde da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 44 - Evolução do número de consultas de Saúde Materna (1ªs consultas) realizadas no Centro de Saúde da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 45 - Evolução do número total de consultas de Planeamento Familiar do Centro de Saúde da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 46 - Evolução do número das primeiras consultas de Planeamento Familiar do Centro de Saúde da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 47 - Movimento Global das consultas dos Grupos vulneráveis GRÁFICO Nº 48 - Evolução do número de atendimentos dos cuidados de Enfermagem GRÁFICO Nº 49 - Distribuição por grupos etários da população utente do Centro de Saúde da Figueira da Foz Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 295 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 50 - Evolução do número de consultas total global do Centro de Saúde da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 51- Evolução do número de utentes inscritos no Centro de Saúde da Figueira da Foz e sua distribuição por sexo GRÁFICO Nº 52 - Movimento mensal no ano de 2001 e 2002 nas urgências do Hospital Distrital da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 53 - Freguesia de residência dos utentes em atendimento no CAT da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 54 - Caracterização dos indivíduos em acompanhamento no CAT segundo os escalões etários GRÁFICO Nº 55 - Utentes em Ambulatório com Perturbações Mentais e sua caracterização por sexo GRÁFICO Nº 56 - Consultas em Ambulatório de utentes com Perturbações Mentais e sua caracterização por sexo GRÁFICO Nº 57 - Número de utentes, do sexo masculino, enviados para Cuidados Secundários em Ambulatório por Especialidade GRÁFICO Nº 58 - Número de utentes, do sexo feminino, enviados para Cuidados Secundários em Ambulatório por Especialidade GRÁFICO Nº 59 - Distribuição por sexo e grupo etário dos doentes, residentes na Figueira da Foz, em consulta externa GRÁFICO Nº 60 - População residente deficiente por tipo de deficiência Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 296 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 61 - População residente deficiente por Tipo de Deficiência e Escalão Etário GRÁFICO Nº 62 - População residente deficiente, com 15 ou mais anos, segundo o Tipo de Deficiência por condição perante a Actividade Económica GRÁFICO Nº 63 - Caracterização dos beneficiários por idade e sexo a frequentar acções de inserção (com ou sem acordo de inserção) GRÁFICO Nº 64 - Motivos de dispensa de disponibilidade activa para a inserção profissional GRÁFICO Nº 65 - Distribuição dos beneficiários por Áreas de Inserção GRÁFICO Nº 66 - Evolução do número de acordos de inserção no Município da Figueira da Foz GRÁFICO N.º 67 - N.º de famílias realojadas por Bairro Social GRÁFICO Nº 68 - Distribuição do número de habitantes por tipo de agregado familiar GRÁFICO N.º 69 - Infraestruturas Desportivas: Municipais e Não Municipais GRÁFICO Nº 70 - Distribuição do número de colectividades por Freguesia do Município da Figueira da Foz GRÁFICO Nº 71- Parques Infantis, Escolares e Públicos e sua caracterização quanto ao estado de conservação Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 297 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GLOSSÁRIO Rede Social - Conselho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 298 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz GLOSSÁRIO Acção Social Escolar: Subsídios destinados a comparticipar nas despesas escolares do aluno inerente à freqüência de aulas. São eles, o subsídio para a alimentação,transporte, alojamento, para livros escolares e material escolar e equipamentos contra a chuva ou frio, que são concedidos em espécie. Actividade Económica: Conjunto de relações que os homens estabelecem com os bens e serviços, e com os recursos disponíveis visando a satisfação das necessidades e a resolução dos problemas econômicos. Agregado Familiar ou Família: Conjunto de pessoas que vivem em economia comum, especificando o cônjuge ou pessoa que viva com o titular em união de facto há mais de um ano, e em geral todos os menores a cargo, quer tenham ou não laços de parentesco com o titular. Poderão ainda ser considerados outros adultos que se encontrem na exclusiva dependência económica do agregado, caso tenham estudantes ou estejam dispensados de disponibilidade activa para a inserção profissional ou quando o agregado não tenha, incluindo a pessoa em causa, direito à prestação. Alcoolismo: Doença de carácter progressivo, que se traduz no abuso e dependência do álcool. Alojamento: Local distinto e independente que, pelo modo como foi construído, reconstruído, ampliado ou transformado, se destina à habitação humana e, no momento censitário, não está a ser utilizado totalmente para outros fins; ou qualquer outro local que, no momento censitário, estivesse a ser utilizado como residência de pessoas. Por distinto e independente entende-se o seguinte: Distinto significa que é cercado por paredes de tipo clássico ou de outro tipo, que é coberto e permite que um indivíduo ou grupo de indivíduos possa dormir, preparar refeições e abrigar-se das intempéries, separados de outros membros da colectividade. Independente significa que os seus ocupantes não têm que atravessar outras unidades de alojamento para entrar ou sair da unidade de alojamento onde habitam. Alojamento colectivo: Local que, pela forma como foi construído ou transformado, se destina a alojar mais do que uma família e, no momento censitário, está ocupado por uma ou mais pessoas, independentemente de serem residentes ou apenas presentes não residentes. Convivência: local, distinto e independente, ocupando a totalidade ou parte de uma construção permanente ou de um conjunto de construções permanentes ou de circunstância (acampamento de trabalho) que, pela forma como foi construído, reconstruído ou transformado, se destina a ser habitado por um grupo numeroso de pessoas submetidas a uma autoridade, ou a um regime comum, ligadas por um objectivo ou interesses pessoais comuns. Incluem-se neste grupo as instituições de: apoio social (lar de idosos, asilo, orfanato), educação (colégio, seminário, internato, etc.), saúde (hospital, casa de saúde), religiosa (convento, mosteiro, etc.), militar, prisional e trabalho. Hotéis e similares: local, distinto e independente, ocupando a totalidade ou parte de uma construção permanente ou conjunto de construções permanentes que, tendo em conta a maneira como foi construído, reconstruído ou transformado, se destina a albergar mais do que Rede Social - Concelho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 299 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz uma família sem objectivos comuns e segundo um determinado preço. Alojamento familiar: Unidade de habitação que, pelo modo como foi construída, ou como está a ser utilizada, se destina a alojar, normalmente, apenas uma família. Barraca: construção independente, feita geralmente com vários materiais velhos e usados e/ou materiais locais grosseiros, sem plano determinado e que estava habitada no momento censitário. Casa rudimentar de madeira: habitação construída com madeira que não foi previamente preparada para aquele fim e estava habitada no momento censitário. São exemplo as habitações familiares individuais de operários, construídas normalmente com tábuas destinadas a cofragens. Clássico: divisão ou conjunto de divisões e seus anexos que, fazendo parte de um edifício com carácter permanente ou sendo estruturalmente separados daquele, pela forma como foi construído, reconstruído ou reconvertido se destina à habitação permanente de uma família, não estando no momento censitário a servir totalmente para outros fins. Improvisado: unidade de alojamento situada numa construção permanente (moinho, celeiro, garagem, etc) que não foi reconstruída ou transformada para habitação, nem sofreu adaptação funcional para esse fim e estava habitada no momento censitário. Móvel: instalação, destinada à habitação humana, que tenha sido construída para ser transportada, ou seja, uma unidade móvel (barco, caravana, etc) e que se encontrava ocupada no momento censitário, funcionando como habitação de, pelo menos, uma pessoa. Outros: local que, sem qualquer intervenção directa do homem no sentido de o adaptar funcionalmente para a habitação, estava a ser utilizado como alojamento de um ou mais indivíduos, no momento censitário (por exemplo: grutas, vãos de escada, etc). Alojamento familiar ocupado: Alojamento familiar que, no momento censitário, não está disponível no mercado de habitação. São consideradas as seguintes situações: Residência habitual: alojamento familiar ocupado que constitui a residência principal e habitual de, pelo menos, uma família. Uso sazonal ou secundário: alojamento familiar ocupado que é utilizado periodicamente e onde ninguém tem a sua residência habitual. Alojamento familiar vago: Alojamento familiar clássico que, no momento censitário, se encontra disponível no mercado de habitação. Analfabeto: Indivíduo com 10 ou mais anos que não sabe ler nem escrever, isto é, o indivíduo é incapaz de ler e compreender uma frase escrita ou de escrever uma frase completa. Apoio Domiciliário: Resposta social, que consiste na prestação de cuidados individualizados e personalizados no domicílio, a indivíduos e famílias quando, por motivo de doença, deficiência ou outro impedimento, não possam assegurar temporária ou permanentemente, a satisfação das suas necessidades básicas e/ou as actividades da vida diária. Apoio Psicológico e Orientação Escolar e Profissional: Conjunto de acções diversificadas, que visam o acompanhamento do aluno, individualmente ou em grupo, ao longo do processo educativo, bem como o apoio Rede Social - Concelho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 300 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz psicopedagógico às actividades educativas e ao desenvolvimento do sistema de relações da comunidade escolar. Apoio de Saúde Escolar: Acções de prevenção e educação para a Saúde. Atendimento/Acompanhamento Social: Resposta social que visa apoiar as pessoas e famílias em dificuldade, na prevenção e/ou resolução de problemas geradores ou gerados por situações de exclusão, assente numa relação de reciprocidade técnico/utente, tendo em vista a promoção de condições facilitadoras da sua inserção, através, nomeadamente do apoio à elaboração e acompanhamento de um projecto de vida. Beneficiário: Pessoa inscrita como titular do direito a protecção social no âmbito dos regimes da segurança social, contributivos e não contributivos. Bolsa de Voluntariado: Espaço de aproximação entre os interessados em realizar trabalho voluntário e as organizações promotoras de voluntariado, que pretendem enquadrá-los em alguns dos seus projectos, em áreas como educação, solidariedade social, saúde, cultura, desporto, ambiente e protecção civil. Cantina Social/Refeitório: Resposta social desenvolvida em equipamento destinada ao fornecimento de refeições, em especial a indivíduos economicamente desfavorecidos, podendo integrar outras actividades, nomeadamente de higiene pessoal, tratamento de roupas e ainda outras actividades desenvolvidas em ateliers. Centro Comunitário: Estrutura polivalente onde se desenvolvem serviços e actividades que, de uma forma articulada, tendem a construir um pólo de animação, com vista à prevenção de problemas sociais e à definição de um projecto de desenvolvimento assumido. local, colectivamente Centro de Acolhimento Temporário: Resposta social que tem por finalidade o acolhimento urgente e transitório de crianças e jovens em situação de urgência, decorrente de abandono, maus tratos, negligência ou outros factores, com vista ao seu adequado encaminhamento. Centro de Actividades de Tempos Livres: Estabelecimento com suporte jurídico em entidades públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, que se destinam a proporcionar actividades de lazer a crianças a partir dos 6 anos e aos jovens até aos 30 anos, de ambos os sexos, nos períodos disponíveis das responsabilidades escolares e de trabalho. Centro de Atendimento a Toxicodependentes: Unidade de tratamento em regime ambulatório, em que são prestados cuidados globais a toxicodependentes, individualmente ou em grupo, através de uma abordagem biopsico-social. Centro de Convívio: Resposta social, desenvolvida em equipamento, de apoio a actividades sócio-recreativas e culturais, organizadas e dinamizadas pelos idosos de uma comunidade. Centro de Dia: Resposta social, desenvolvida em equipamento, que consiste na prestação de um conjunto de serviços que contribuem para a manutenção dos idosos no seu meio sócioeconómico. Centro de Emprego: Organismo público, sob a tutela do Ministério da Segurança Social e do Trabalho, ao qual compete a execução das Políticas de Emprego e Formação Profissional, definidas e aprovadas pelo Emprego. Centro de Férias: Resposta que proporciona a crianças e jovens estadia Rede Social - Concelho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 301 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz temporária, fora do domicílio familiar, por ocasião das férias escolares, de trabalho ou outras. Centro de Noite: Resposta Social desenvolvida em equipamento, que tem por finalidade o acolhimento nocturno, com carácter temporário ou prolongado, prioritariamente de pessoas idosas com autonomia que por vivenciarem situações de solidão, isolamento e insegurança, necessitam de suporte de acompanhamento durante a noite. Centro de Saúde: Estabelecimento público de saúde, integrado polivalente e dinâmico, prestador de cuidados de saúde primários, que visa a promoção e a vigilância da saúde, a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da doença, dirigindo-se globalmente a sua acção ao indivíduo, à família e à comunidade. Colónia de Férias: Resposta social destinada à satisfação das necessidades de lazer e de quebra da rotina, essencial ao equilíbrio físico, psicológico e social dos seus utilizadores. Comércio: Actividades comerciais, que têm um papel fundamental na criação de riqueza e no desenvolvimento de um país. Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ): Instituição oficial não judiciária, que visa prevenir e/ou intervir em todas as situações capazes de afectar a integridade física ou moral das crianças e jovens, ou que ponham em risco a sua inserção na família e/ou comunidade. Comissão Social de Freguesia (CSF): Entidade de âmbito de Freguesia, com funções de natureza consultiva, de dinamização, de articulação das parcerias, apreciação e análise dos problemas e das propostas de solução, orientação, encaminhamento e articulação com o Conselho Local de Acção Social. Comunidade: Grupo social que vive em conjunto, que tem bens comuns, interesses e finalidades comuns, e/ou sector geográfico delimitado e restrito e aos diversos aspectos da vida social que ocorrem nesse espaço. Condição perante a actividade económica (sentidos lato e restrito): Tipo de relação existente entre o indivíduo e a actividade económica desenvolvida. Atendendo à situação do indivíduo na semana de referência, consideraram-se as seguintes categorias: Empregado, Desempregado (em sentido lato ou restrito consoante se pretenda a condição perante a actividade económica), Sem actividade económica (os desempregados no sentido lato mas não no restrito são classificados como inactivos quando se pretende analisar apenas o sentido restrito). Condição de procura de emprego: Relação existente entre o indivíduo desempregado e a procura de emprego. Considera-se que o indivíduo desempregado procura emprego se, ao longo de um determinado período de referência, tiver feito diligências para encontrar um emprego, remunerado ou não. Consideraram-se como diligências: Contacto com um centro de emprego público ou agências privadas, Contacto com empregadores, Contactos pessoais, Colocação ou respostas a anúncios, Realização de provas ou entrevistas para selecção, Procura de terrenos, imóveis ou equipamento, com a finalidade de criar uma empresa pessoal, Solicitação de licenças ou recursos financeiros para a criação de empresa própria. Rede Social - Concelho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 302 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Conselho Local de Acção Social (CLAS): Órgão de concertação, um fórum de articulação e congregação de esforços, que visa articular e integrar os contributos das entidades que o constituem, com vista ao planeamento da intervenção social no Concelho. Creche: Resposta social de âmbito sócioeducativo que se destina a crianças até aos três anos de idade, após o período de licença dos pais, prevista na lei de protecção da maternidade/paternidade, durante o período diário, correspondente ao trabalho dos pais, proporcionando às crianças condições adequadas ao desenvolvimento harmonioso, global e cooperativo com as famílias em todo o seu processo educativo. Crianças e Jovens em Perigo: Considerase que a criança ou o jovem está em perigo quando, designadamente, se encontra numa das seguintes situações: Está abandonado ou vive entregue a si própria; Sofre maus tratos físicos ou psíquicos ou é vítima de abusos sexuais Não recebe os cuidados ou a afeição adequados à sua idade e situação pessoal. É obrigada a actividades ou trabalhos excessivos ou inadequados à sua idade, dignidade e situação pessoal ou prejudiciais à sua formação ou desenvolvimento. Está sujeita de forma directa ou indirecta, a comportamentos que afectem gravemente a sua segurança ou o seu equilíbrio emocional. Assume comportamentos ou se entrega a actividades ou consumos que afectem gravemente a sua saúde, segurança, formação, educação ou desenvolvimento sem que os pais, o representante legal ou quem tenha a guarda de facto se lhes oponham de modo adequado situação. a remover essa Deficiência: Perda ou alteração de uma estrutura ou de uma função psicológica, fisiológica ou anatómica. Desempregado à procura de novo emprego: Indivíduo que já trabalhou ou que já teve um emprego e que estava à procura de um emprego. Desempregado à procura do primeiro emprego: Indivíduo que nunca teve emprego e que está à procura de um emprego. Desempregado em sentido lato: Indivíduo com idade mínima de 15 anos que, na semana de referência, se encontrava, simultaneamente, nas situações seguintes: Sem trabalho, ou seja, sem emprego, remunerado ou não, Disponível para trabalhar num trabalho remunerado ou não. Desempregado em sentido restrito: Indivíduo com idade mínima de 15 anos que, na semana de referência, se encontrava simultaneamente nas situações seguintes: Sem trabalho, ou seja, sem emprego, remunerado ou não, Disponível para trabalhar num trabalho remunerado ou não, À procura de trabalho, ou seja, tendo realizado diligências para encontrar um emprego, remunerado ou não, nos últimos 30 dias. Desemprego: Situação que decorre da inexistência total e involuntária de empregado beneficiário com capacidade e disponibilidade para o trabalho e inscrito como candidato a emprego, no centro de emprego da área de residência. O requisito da inexistência total de emprego considerase, ainda preenchido, nas situações em que: Rede Social - Concelho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 303 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Cumulativamente com o trabalho por conta de outrem; O beneficiário exerça uma actividade independente; Cujos rendimentos mensais não ultrapassem 50% do SMN. Diagnóstico Social: Conjunto de procedimentos através dos quais se tenta estabelecer a natureza e magnitude das necessidades e problemas, assim como das potencialidades de uma realidade social que é motivo de estudo ou investigação. Comporta, também, a determinação dos recursos disponíveis e dos potenciais, e tem por finalidade servir de base para a acção (projecto ou intervenção) e para fundamentar estratégias conforme as necessidades e aspirações manifestadas pelos interessados directamente ou através das suas organizações ou associações. Implica, por isso, a participação da população envolvida, em todo o processo. Doença: É considerada doença toda a situação mórbida, evolutiva, de causa não profissional, que determine incapacidade temporária para o trabalho. Edifício: Construção independente, compreendendo um ou mais alojamentos, divisões ou outros espaços destinados à habitação de pessoas, coberta e incluída dentro de paredes externas ou paredes divisórias, que vão das fundações à cobertura, independentemente da sua afectação principal ser para fins residenciais, agrícolas, comerciais, industriais, culturais ou de prestação de serviços. Educação Especial: Intervenção e apoios pedagógicos destinados a atender as necessidades educativas especiais, que se desenvolve de acordo com as necessidades de cada criança ou jovem, quer nas Escolas, no âmbito de grupos, turmas indiferenciadas ou unidades especializadas , quer em Instituições de Educação Especial. Educação Pré-Escolar: Educação ministrada a crianças com idade compreendidas entre os três anos e a idade de ingresso no ensino básico, que frequentam os jardins de infância. Encaminhamento: É realizado quando se presta apoio social e psíquico e se encaminha os utentes para estruturas de apoio. Ensino Básico: Compreende o 1º Ciclo (inclui o ensino primário – do 1º ao 4º anos de escolaridade), 2º e 3º Ciclos (inclui o ensino preparatório – 5º e 6º anos de escolaridade) e o ensino secundário unificado (7º, 8º e 9º anos de escolaridade). Ensino Profissional: Ensino ministrado em escolas profissionais, que conferem um diploma que certifica a qualificação profissional de nível três e a equivalência à conclusão dos estudos secundários. Ensino Recorrente: Oportunidade de formação para os que não usufruíram dela na idade própria ou que abandonaram a escola precocemente. Caracteriza-se pela flexibilidade e adaptabilidade aos ritmos de aprendizagem, à disponibilidade, aos conhecimentos e às experiências de cada aluno. Ensino Secundário: O 2º e 3º Ciclos correspondem respectivamente ao ensino secundário complementar (1ºº e 11º anos de escolaridade), o 12º ano de escolaridade, o ensino secundário liceal e o ensino secundário técnico-profissional. Ensino Superior: Inclui o ensino que exige como condição mínima de admissão o aproveitamento no 12º ano de escolaridade. Equipa de Rua: Unidades de Intervenção Directa junto da população toxicodependente. Têm como objectivo fundamental a prestação de apoio a grupos de risco fomentando a sua integração em processos de recuperação, tratamento e Rede Social - Concelho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 304 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz reinserção social, através do desenvolvimento da acção articulada de sensibilização, orientação, acompanhamento e encaminhamento, bem como na perspectiva de redução de riscos. Equipamentos Sociais: Os equipamentos sociais são a tradução física da maioria das respostas, já que alojam as valências, tenham estas uma natureza residencial, ambulatória ou mista. Equipamentos Culturais: Espaços qualificados, com diferentes dimensões e funcionalidades, desenhando uma rede de centros que poderão acolher os mais variados eventos culturais. Equipamentos Desportivos: Espaços qualificados, com diferentes dimensões e funcionalidades, desenhando uma rede de centros que poderão acolher os mais variados eventos desportivos. Estado Civil: Situação real em que um indivíduo vive em termos de relacionamento conjugal (situação de “facto”) e perante o registo civil (situação de “direito” ou legal). Sempre que a situação de “facto” e a de “direito” não coincidem, prevalece a primeira. Estabelecimento de Educação PréEscolar: Instituição que presta serviços vocacionados para o desenvolvimento da criança, proporcionando-lhe actividades educativas e actividades de apoio à família. Estabelecimento de Ensino: A unidade que, funcionando em uma ou mais instalações, agrupa alunos para lhes ser ministrado o ensino por um ou mais professores, uns e outros colocados sob uma única direcção administrativa e/ou pedagógica. No mesmo estabelecimento pode ser ministrado mais do que um grau de ensino. Exclusão Social: Fenômeno pluridimensional, que impede os indivíduos de participarem plenamente na sociedade. Traduz-se na impossibilidade de acesso a certos serviços, estatutos sócio culturais e nível de qualidade de vida. Extensão de Centro de Saúde: Unidade periférica do centro de saúde, situada em local da sua área de influência, tendo em vista proporcionar aos utentes uma maior proximidade dos cuidados de saúde. Família ou Agregado Familiar: Conjunto de pessoas que vivem em economia comum, especificando o cônjuge ou pessoa que viva com o titular em união de facto há mais de um ano, e em geral todos os menores a cargo, quer tenham ou não laços de parentesco com o titular. Poderão ainda ser considerados outros adultos que se encontrem na exclusiva dependência económica do agregado, caso tenham estudantes ou estejam dispensados de disponibilidade activa para a inserção profissional ou quando o agregado não tenha, incluindo a pessoa em causa, direito à prestação. Forças de Segurança: Responsabilidade colectiva e direito de cada cidadão assumida pelo Estado, para garantir a ordem, a segurança e a tranqüilidade pública, proteger pessoas e bens, prevenir criminalidade e contribuir para assegurar o normal funcionamento das instituições democráticas, o regular exercício dos direitos e liberdade fundamentais dos cidadãos e o respeito pela legalidade democrática. Formação Profissional: Aquisição de competências com vista a obter emprego. Divide-se em Formação Inicial e Formação Contínua. A Formação Inicial é orientada para a aquisição e desenvolvimento de conhecimentos e competências específicas, num domínio profissional específico, obtendo qualificação reconhecida. A Formação Contínua é a formação ao longo da vida, envolvendo todos os processos Rede Social - Concelho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 305 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz organizados e institucionalizados após a formação inicial, que é concebida de forma a permitir ao indivíduo a sua adaptação às evoluções tecnológicas e técnicas e a favorecer o seu desenvolvimento social. Grau de incapacidade: O objectivo desta variável foi conhecer o grau de incapacidade, atribuído por uma autoridade de saúde, em resultado de uma deficiência. A avaliação da incapacidade é calculada de acordo com a Tabela Nacional de Incapacidades, sendo a atribuição do grau de incapacidade da responsabilidade de juntas médicas constituídas para esse efeito. Grupo sócio-económico: Variável estabelecida através de vários indicadores socio-económicos, que procura reflectir o universo da actividade económica, visto sob o ângulo da inserção profissional dos indivíduos. Estão presentes as seguintes variáveis primárias: profissão, situação na profissão e número de trabalhadores da empresa onde trabalha. Existe um grupo sócio-económico específico para os inactivos, com o objectivo de garantir a cobertura de toda a população na caracterização dos grupos sócio-económicos. Habitação Social: Intervenção, por parte do Estado, em nome dos cidadãos mais desfavorecidos em termos habitacionais, tentando, deste modo, reduzir a sua situação de exclusão. Hospital: Estabelecimento de saúde, de diferentes níveis de diferenciação, constituído por meios tecnológicos que não existem no Centro de Saúde, cujo objectivo principal é a prestação de cuidados de saúde durante 24 horas por dia. A sua actividade é o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação, que pode ser desenvolvida em regime de internamento ou ambulatório. Compete-lhe, igualmente, promover a investigação e o ensino, com vista a resolver problemas de saúde. Indicadores Sociais: Têm por objectivo resumir, nalguns números, um conjunto de fenômenos sociais e ilustrar a evolução desses fenômenos e os mecanismos dessa evolução. Índice de envelhecimento: Relação existente entre o número de idosos e a população jovem (número de residentes com 65 e mais anos por 100 residentes com menos de 15 anos). Indivíduo com actividade económica – Indivíduo, com idade mínima de 15 anos, que se encontrava, na semana de referência, numa das seguintes situações: A exercer uma profissão ou a cumprir o serviço militar obrigatório, Sem emprego e disponível para trabalhar num emprego remunerado ou não (desemprego em sentido lato). Indivíduo isolado: Homem ou mulher que vive sozinho. Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS): Instituição constituída sem finalidade lucrativa, por iniciativa de particulares, com o propósito de dar expressão organizada ao dever moral de solidariedade e de justiça entre os indivíduos. Internamentos: São considerados os indivíduos admitidos num estabelecimento de saúde com internamento, que ocupam cama (ou berço de neonatologia ou pediatria), para diagnóstico, tratamento ou cuidados paliativos, com permanência de, pelo menos, uma noite. Incluem-se, ainda, os doentes que vieram a falecer ou que saíram com alta contra parecer médico, transferidos para outro estabelecimento de saúde, ou por procedimento não realizado e que, tendo sido admitidos, não chegam a permanecer Rede Social - Concelho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 306 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz durante uma noite nesse estabelecimento de saúde. Englobam-se as categorias dos internados vindos do ano anterior e dos internados entrados durante o ano. Lar de Idosos: Constitui uma resposta social desenvolvida em alojamento colectivo, de utilização temporária ou permanente, para idosos em situação de maior risco de perda de independência e/ou autonomia. Lar de Crianças e Jovens: Os lares são equipamentos que têm por finalidade o acolhimento de crianças e jovens, no sentido de lhes proporcionar estruturas de vida tão aproximadas quanto possível às das famílias, com vista ao seu desenvolvimento global. Naturalidade: Local de residência da mãe, à data do nascimento. O critério de recolha desta informação foi o seguinte: o concelho de nascimento, para todos os nacionais nascidos no Continente, Madeira e Açores; o país de nascimento, para os indivíduos que nasceram no estrangeiro. Necessidade: Designa ausência de determinadas coisas que são essenciais para uma vida condigna. Nível de Instrução: Grau de ensino mais elevado atingido pelo recenseado completo ou incompleto. Nível de Ensino: Grau de ensino mais elevado atingido pelo indivíduo completo ou incompleto. Óbito: Desaparecimento permanente de qualquer sinal de vida em qualquer momento, após o nascimento com vida. Planeamento Familiar: Consulta destinada a apoiar e informar os indivíduos ou casais, para que estes possam planear uma gravidez, proporcionando-lhes a possibilidade de viverem a sua sexualidade de forma saudável e segura. Plano Nacional de Emprego (PNE): Instrumento de base de Participação de Portugal na Estratégia Européia para o Emprego, que tem como finalidade garantir o desenvolvimento de uma política de emprego coerente e integrada, com vista à realização de três grandes objectivos de médio prazo: pleno emprego, aumento da qualidade e da produtividade no trabalho e reforço da coesão e da inclusão sociais. População activa – Conjunto de indivíduos com idade mínima de 15 anos que, na semana de referência, constituem a mãode-obra disponível para a produção de bens e serviços que entram no circuito económico. Consideram-se como fazendo parte da população activa os seguintes subconjuntos de indivíduos: População empregada, População desempregada à procura de novo emprego, População desempregada à procura do primeiro emprego; População Desempregada: Abrange todos os indivíduos com idade mínima de 15 anos que, no período de referência, se encontrava numa das seguintes situações: Não tinham trabalho remunerado nem outro qualquer Que estavam disponíveis para trabalhar num trabalho remunerado ou não; Que tinham procurado um trabalho nos últimos 30 dias, remunerado ou não. População Empregada: População com 15 ou mais anos de idade que, na semana de referência, se encontrava numa das seguintes situações: Tinha trabalhado durante pelo menos uma hora, mediante o pagamento de uma remuneração ou com vista a um benefício ou ganho familiar em dinheiro ou em gêneros; Rede Social - Concelho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 307 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Tinha um emprego e não estava ao serviço, mas mantinha uma ligação formal com o seu emprego; Tinha uma empresa mas não estava temporariamente ao trabalho por uma razão específica. Os trabalhadores familiares não remunerados foram considerados população empregada se trabalharam pelo menos 15 horas na semana de referência. Atendendo à situação dos indivíduos na semana de referência, foram considerados como população empregada: A população a exercer profissão qualquer que seja a sua situação na profissão, Os indivíduos a fazer formação profissional e que mantêm um vínculo com a entidade empregadora, Os militares de carreira, Os indivíduos a prestar o serviço militar obrigatório. Os indivíduos que, na semana de referência, não trabalharam por motivos passageiros, tais como doença, maternidade, férias, acidentes de trabalho, redução de actividade, por motivos técnicos, condições climatéricas desfavoráveis ou outros motivos, foram incluídos na população empregada. População inactiva: Conjunto de indivíduos, qualquer que seja a sua idade, que, na semana de referência, não podem ser considerados economicamente activos, isto é, não estão empregados nem desempregados. Na população inactiva incluem-se os seguintes grupos: Indivíduos com menos de 15 anos de idade, Estudantes: compreende os indivíduos, com pelo menos 15 anos de idade e que, na semana de referência, frequentavam qualquer tipo de ensino, e que não exerciam uma profissão, não cumpriam o serviço militar obrigatório, nem declararam estar desempregados, Domésticos: inclui os indivíduos que, na semana de referência, se ocuparam principalmente das tarefas domésticas, nos seus próprios lares, Incapacitados permanentes para o trabalho: são os indivíduos com 15 anos ou mais de idade que, na semana de referência, não trabalharam por se encontrarem permanentemente incapacitados para trabalhar, quer recebam ou não pensão de invalidez, Outros inactivos: engloba os inactivos, com 15 ou mais anos de idade, que não podem ser classificados em qualquer das categorias anteriores. Nota: os inactivos que sejam estudantes e simultaneamente se ocupam de tarefas do lar, foram incluídos na modalidade “estudantes”. Os estudantes, domésticos, ou indivíduos que, no período de referência, desenvolvem uma actividade não económica, mas que satisfazem (todas) as condições para ser considerados desempregados, foram incluídos neste grupo. População residente: Indivíduos que, independentemente de no momento censitário – zero horas do dia 12 de Março de 2001 – estarem presentes ou ausentes numa determinada unidade de alojamento, aí habitavam a maior parte do ano com a família ou detinham a totalidade ou a maior parte dos seus haveres. Prestações de Desemprego: Prestações pecuniárias que se destinam a: compensar o beneficiário da falta de remuneração, ou da sua redução, determinada pela aceitação de trabalho a tempo parcial; promover a criação de emprego. Prestação de Rendimento Mínimo Garantido: Atribuição pecuniária, de carácter variável em função dos rendimentos e da composição dos agregados familiares dos titulares e Rede Social - Concelho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 308 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz calculada por referência ao valor fixado como rendimento mínimo garantido. Principal meio de vida: Fonte principal de onde o indivíduo retirou os seus meios financeiros ou em gêneros necessários à sua subsistência, durante os últimos doze meses, anteriores ao momento censitário. Esta característica é observada para toda a população com 15 ou mais anos de idade. As modalidades consideradas foram as seguintes: Rendimento do trabalho: rendimento recebido pelos trabalhadores por conta de outrem e pelos trabalhadores por conta própria, em directa ligação com o exercício da respectiva actividade profissional (abrange os indivíduos que vivem principalmente do seu trabalho, quer seja remunerado ou não, e os indivíduos a prestar SMO se este representar a principal fonte de rendimento nos últimos doze meses); Rendimento da propriedade e da empresa: quando a principal fonte de subsistência reveste a forma de rendas, juros, dividendos, lucros, seguros de vida, direitos de autor, etc.; Subsídios de desemprego: prestação financeira, de carácter temporário, que o indivíduo recebe enquanto estiver na situação de desempregado à procura de emprego; Subsídio temporário por acidente de trabalho ou doença profissional: considerar-se-á esta modalidade quando o principal meio de subsistência for um subsídio por uma das razões enunciadas, ou seja, o subsídio atribuído à pessoa temporariamente impossibilitada de trabalhar devido a acidente de trabalho ou doença profissional, mantendo-se o vínculo à entidade empregadora; Outros subsídios temporários: classificam-se aqui os indivíduos cuja principal fonte de subsistência é um subsídio de carácter temporário, diferente dos indicados anteriormente, como por exemplo, o subsídio de doença. Rendimento Mínimo Garantido: prestação mensal do regime não contributivo da Segurança Social, destinado a assegurar aos titulares e aos elementos da sua família, em situação de grave carência económica, recursos que contribuam para a satisfação das suas necessidades mínimas; Pensão/Reforma:prestação pecuniária, periódica e permanente, destinada a substituir a remuneração do trabalho que o indivíduo já não aufere (reforma), ou a prestação recebida pelos indivíduos que foram considerados como não capazes de prover os seus próprios meios de subsistência. Incluem-se todos os tipos de pensão que estiverem em vigor no momento censitário; Apoio Social: quando a principal fonte de subsistência á assegurada através do Estado, Organismos Públicos, Instituições Sem Fins Lucrativos de particulares, através de subsídios, equipamentos sociais ou outros, isto é, abrange os indivíduos cuja principal fonte de sobrevivência seja a assistência, que pode ser fornecida em regime de internato ou não; A cargo da família: quando o principal meio de subsistência provém de familiares; Outra situação: modalidade onde são classificados os indivíduos que não são abrangidos por nenhuma das anteriores, como por exemplo, aqueles que vivem de dádivas, bolsas de estudo, etc. Problema Social: Define-se como uma dificuldade que é preciso resolver e que exige tomada de decisão. Rede Social - Concelho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 309 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz Foi utilizada a classificação de profissões mais recente – CNP 94 (Classificação Nacional de Profissões). Programas de Inserção: Já que é essencial pugnar pela inserção social, laboral e comunitária das pessoas e promover a sua autonomia, os programas de inserção são um elemento preponderante no desenvolvimento bem sucedido desse propósito. Estes constituem um conjunto articulado e coerente de acções a desenvolver ao longo do tempo, concebidas e programadas em função das características e necessidades específicas das pessoas abrangidas e das respectivas famílias. Programas de Promoção de Saúde: Conjunto de opções fundamentais, em que se estabelece o carácter público ou não da responsabilidade pela saúde da população e o grau de universalidade, de integridade e equidade, da gratutidade de planificação e mobilidade de trabalho a efectuar pelos serviços de saúde. Assim, deve ser desenvolvida e implementada no sentido de eliminar as causas mais do que curar as doenças. Protecção civil: Conjunto de medidas destinadas a proteger o cidadão como pessoa humana e a população no seu conjunto, de tudo o que represente perigo para a sua vida, saúde, recursos, bens culturais e materiais, limitando os riscos e minimizando os prejuízos quando ocorrer sinistros, catástrofes ou calamidades, incluindo os imputáveis à guerra. Qualificação académica: Grau de instrução completo mais elevado que o indivíduo atingiu no momento censitário. Estado, a sociedade e o cidadão delinqüente, quem visa reconstruir nos mais ínfimos pormenores uma vida que, durante longo tempo, se desenvolveu em condições totalmente à margem da sociedade dita normal. Rendimento Mínimo Garantido (RMG): Montante indexado ao valor legalmente fixado para a pensão social do regime não contributivo da segurança social e calculado por referência à composição dos agregados familiares. Rendimento Social de Inserção: Actual RMG, que visa contribuir para a dignificação das condições de vida das pessoas mais desfavorecidas e para a satisfação das suas necessidades essenciais. Representante da família clássica: Elemento da família clássica que como tal seja considerado pelos restantes membros e que resida no alojamento; seja maior de idade, sempre que possível, e, preferencialmente, seja o titular do alojamento. Residência: Resposta social desenvolvida em equipamento constituído por um conjunto de apartamentos, com serviços de utilização comum, para idosos com autonomia total ou parcial. Saúde: Completo bem estar físico e mental e não apenas a ausência de doença ou efermidade. Saúde Infantil: Consultas destinadas à vigilância, manutenção e promoção da saúde da criança e do jovem, desde o nascimento até ao final da adolescência (18 anos). Recursos: Meios imprescindíveis, para realizar uma acção. Disponibilidades humanas, financeiras, materiais, técnicas, institucionais e sociais. Saúde Materna: Consultas acompanhamento da gravidez e preparação para o parto. Reinserção Social: Todo o processo que envolve uma relação complexa entre o Sector de actividade económica: Cada um dos três grandes agregados da Rede Social - Concelho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz de da 310 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz actividade económica: sector primário (CAE 0), Sector secundário (CAE 1 a 4) e sector terciário (CAE 5 a 9). Sector Primário: Compreende todas as actividades agrícolas, a pesca e a caça. Sector Secundário: Diz respeito às actividades industriais, às actividades de construção, às minas, à produção de energia. Sector Terciário: Agrupa todas as actividades comerciais, os transportes, as actividades administrativas, ou seja, todos os serviços. Situação na profissão: Relação de dependência ou independência de um indivíduo activo, no exercício da profissão, na semana de referência. Quando o indivíduo esteve em mais do que uma situação na semana de referência, deveria indicar a que lhe ocupou mais tempo. Os indivíduos desempregados à procura de novo emprego indicavam a situação que possuíam no último emprego. Esta variável tem as seguintes modalidades: Patrão é o indivíduo activo a exercer uma profissão por conta própria e que emprega, habitualmente, um ou mais trabalhadores remunerados. Trabalhador por conta própria é o indivíduo activo que trabalha por sua conta, sem assalariados, mas podendo ter a ajuda de trabalhadores familiares não remunerados. Trabalhador familiar não remunerado é o indivíduo activo que, na semana de referência, trabalhou pelo menos 15 horas por conta de um familiar, sem remuneração regular previamente fixada. Classificam-se também nesta categoria os indivíduos que habitualmente trabalham por conta de um familiar sem remuneração, mas que na semana de referência não o fizeram por motivos passageiros, tais como: férias, acidente de trabalho, causas técnicas, etc. Trabalhador por conta de outrem é o indivíduo activo que, na semana de referência, trabalhou para uma entidade pública ou privada e que, por isso, recebe uma remuneração, salário, comissão, etc., ou que não o fez por motivos passageiros, tais como: doença, férias, causas técnicas, condições climatéricas desfavoráveis, etc. Incluem-se nesta categoria os “trabalhadores familiares remunerados” e os “trabalhadores das unidades colectivas de produção”. Membro activo de cooperativa é o indivíduo activo, sócio de uma cooperativa de produtores de bens ou serviços, e que nela exerça a sua profissão, qualquer que seja o tipo de actividade desenvolvida pela cooperativa. Segundo orientação da ONU incluem-se nesta rubrica todos os familiares dos membros da cooperativa de produção que tenham participado em qualquer actividade produtiva da cooperativa. Incluem-se também todos os indivíduos que exerçam a sua profissão em empresas de autogestão. Serviço militar obrigatório: todo o indivíduo que, na semana de referência, se encontra a cumprir o S.M.O., qualquer que seja a situação anterior. Outra situação: indivíduos empregados ou desempregados à procura de novo emprego, que não possam ser incluídos em nenhuma das modalidades anteriores. Subsídio de Desemprego: Prestação pecuniária concedida aos trabalhadores que à data do desemprego reúnam as seguintes condições gerais: Tenham trabalhado por conta de outrem com o correspondente registo de remunerações nos 12 Rede Social - Concelho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 311 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz meses imediatamente anteriores à ocorrência da eventualidade (prazo de garantia); Estejam em situação de desemprego involuntário; Tenham capacidade e disponibilidade para o trabalho; Estejam inscritos no centro de emprego da área de residência. A atribuição do subsídio depende do cumprimento do prazo de garantia: seis meses civis, seguidos ou interpolados, com registo de remunerações, à data do facto determinante da protecção (1º dia impeditivo para o trabalho), e de o descendente residir com o beneficiário e estar integrado no respectivo agregado familiar. Taxa de Actividade – Taxa que permite definir o peso da população activa sobre o total da população; deste modo, a fórmula utilizada foi a seguinte: População activa Taxa de Actividade (%) = ------------------------------ X 100 Total da População Esta Taxa pode ser aplicada nos sentidos lato ou restrito consoante se pretenda tratar os desempregados de acordo com o respectivo sentido. Taxa de Analfabetismo – Taxa definida tendo como referência a idade a partir da qual um indivíduo que acompanhe o percurso normal do sistema de ensino deve saber ler e escrever. Considerou-se que essa idade correspondia aos 10 anos, equivalente à conclusão do ensino básico primário. Deste modo a fórmula utilizada é a seguinte: População com 10 ou mais anos que não sabe ler nem escrever Taxa de Analf. (%) = ------------------------------------- X 100 População com 10 ou mais anos Taxa de Desemprego: A taxa de desemprego foi utilizada tomando como referência o desemprego em sentido lato, de acordo com o seguinte: População desempregada (sentido lato) Taxa de Desemprego (%) = ------------------------------ X 100 População activa Esta taxa também pode ser utilizada em sentido restrito, retirando da população desempregada e activa os desempregados só em sentido lato. Taxa de Fecundidade: número de nadosvivos ocorridos durante o ano, referido ao efectivo médio de mulheres em idade fecunda (entre os 15 e os 49 anos) desse ano (número de nados-vivos por 1000 mulheres em idade fecunda). Taxa de Mortalidade: Número de óbitos ocorridos durante o ano, referido à população residente média desse ano (número de óbitos por 1000 habitantes) Taxa de Natalidade: Número de nadosvivos ocorridos durante o ano, referido à população residente média desse ano (número de nados-vivos por 1000 habitantes). Toxicodependência: Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é um estado de intoxicação periódica ou crónica produzido pelo uso repetido de uma droga natural ou sintética, sendo o seu consumo lícito ou ilícito. Trabalhador por Conta de Outrem: Indivíduo que trabalha para um empregador público ou privado e que recebe um pagamento em dinheiro ou em gêneros. Inclui o trabalho no domicílio, Rede Social - Concelho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 312 Volume I Diagnóstico Social do Município da Figueira da Foz desde que sob a responsabilidade de terceiros. instaladas, as quais têm vindo a ajustar-se qualitativa e quantitativamente à evolução das necessidades sociais. Trabalhador por Conta Própria: Indivíduo que explora a sua própria empresa ou que exerce independentemente uma profissão, não tendo habitualmente trabalhadores remunerados ao seu serviço, podendo trabalhar com ou sem ajuda de familiares. Transporte Escolar: Esquema adequado de transportes aos alunos do ensino básico e secundário, que residem em localidades que não disponham de Estabelecimentos Escolares acessíveis a pé, nem de transportes públicos colectivos utilizáveis. Transporte de Pessoas com Deficiência: Serviço de apoio a crianças, jovens e adultos com deficiência, que tem por objectivo facilitar a sua mobilidade, assegurando transporte e acompanhamento personalizado, em ordem à prossecução dos objectivos gerais de reabilitação e integração da pessoa com deficiência. Urbanismo: Conjunto de conceitos e regras que estruturam e organizam as cidades. Arte e Ciência de conceber a adaptação de espaços concretos do território, de forma a criar condições favoráveis à instalação de comunidades humanas. UNIVA: Serviço inserido no âmbito dos programas do Ministério para a Qualificação e o Emprego e do Ministério do Emprego e Formação Profissional. Tem por objectivo apoiar os jovens , cuja idade se situa entre os 16 e os 30 anos com o objectivo de informação, orientação profissional e o apoio e acompanhamento dos jovens em experiências no mundo do trabalho e procura de formação e/ou emprego. Valência: Resposta social desenvolvida no interior ou a partir de um equipamento social. Mais do que o número de equipamentos assume especial significado o volume e a diversidade das valências Rede Social - Concelho Local de Acção Social do Município da Figueira da Foz 313 Volume I Caracterização do Concelho da Figueira da Foz BIBLIOGRAFIA Pré-Diagnóstico Social do Concelho da Figueira da Foz 314 Volume I Caracterização do Concelho da Figueira da Foz Bibliografia American Psychiatric Association, DSM – IV – Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais, 4ª Edição, Lisboa, 1996 Agência Nacional de Educação e Formação de Adultos, Referencial de CompetênciasChave, Maio 2001 Anuário Estatístico, INE, 1994 Anuário Estatístico, INE, 1995 Anuário Estatístico, INE, 1997 Anuário Estatístico, INE, 1998 Anuário Estatístico, INE, 2001 Cadernos Regionais – Região Centro, nº 12, INE, 2001 Censos, INE, 1991 Censos, INE, 2001 Censos 2001, Resultados Provisórios, INE Comissão Nacional do Rendimento Mínimo, Manual para a Inserção, marcaD’água, Julho 1998 Comissão Nacional do Rendimento Mínimo, Programas de Inserção: Reflexões Metodológicas, marcaD’água, Julho 1998 Constat, INE, 1998 Decreto-Lei nº 319/91, Diário da República, I Série-A, de 23 de Agosto de 1991 Dias, M.C, Os Serviços Públicos de emprego: Actualidades e Perspectivas. Revista Sociedade e Trabalho nº1, CICT, Lisboa, 1997. Pré-Diagnóstico Social do Concelho da Figueira da Foz 315 Volume I Caracterização do Concelho da Figueira da Foz Instituto para o Desenvolvimento Social, Encontro Nacional da Rede Social (Documentos de Apoio), 7 de Novembro de 2000. Instituto Superior Técnico, Coord. Luís Tadeu Almeida, Plano Estratégico de Desenvolvimento do Eixo da Figueira da Foz/Montemor/Soure/Coimbra, Lisboa, Maio de 2004. Figueira da Foz Um Concelho Seguro, Serviço Municipal de Protecção Civil, Outubro de 2001 Gomes Paulino, Figueira da Foz – Memória Conhecimento e Inovação..., Hestia- Editores Guia do Munícipe, Câmara Municipal da Figueira da Foz Imaginário, L. Problemas de inserção Profissional dos Adultos pouco Escolarizados. Revista Sociedade e Trabalho nº2, CICT, Lisboa, 1999. Inventário Municipal – Equipamentos, Serviços e Produtos, Região Centro, INE, 1998 Lei de Bases do Sistema Educativo – Lei nº46/86, Diário da República, I Série – Número 237, de 14 de Outubro de 1986 Lindley, R., Economias baseadas no conhecimento : o debate europeu sobre emprego num novo contexto. Para uma Europa da Inovação e do Conhecimento: Emprego, Reformas Económicas e Coesão Social. Celta, Oeiras, 2000. Ministério do Trabalho e da Solidariedade, Departamento de Estudos, Prospectiva e Planeamento, Carta Social, Rede de Serviços e Equipamentos, Lisboa, 2000. Módulos Profisss, Sistema Modular de Formação Profissional para a Solidariedade e Segurança Social, Guia do Formando, Ministério do Trabalho e da Solidariedade. Módulos Profisss, Diagnóstico Social, Guia do Formando, Ministério do Trabalho e da Solidariedade, Maio de 1999. Nazareth, J. Manuel, Princípios e Métodos de Análise da Demografia Portuguesa, Ed. 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