CICLO OVARIANO
Formado por várias alterações em um ovário, os quais se repetem a intervalos mensais
Estas alterações estão sob influencia dos hormônios gonadotrópicos da hipófise
anterior.
Principais fases do ciclo ovariano
a)
b)
c)
Resultados das alterações ovarianas
a) Maturação e extrusão de um óvulo;
b) Possibilidade de que o óvulo seja fecundado a cada mês;
c) Produção de hormônios ovarianos.
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Desenvolvimento Folicular
 formação do estoque de óvulos de cada mulher termina antes do nascimento;
No nascimento = cada ovário com 200.000 folículos imaturos
Na puberdade = cada ovário com cerca de 50.000 oócitos
 os oócitos imaturos ou primários são células dispersas no tecido conjuntivo do
córtex ovariano;
 oócitos só são chamados de óvulo quando atingem a maturação completa.
 Folículo Primário = estrutura formada por um oócito circundado por células
epiteliais
 alguns folículos imaturos estão sempre em fase de desenvolvimento para
atingir um estágio mais maduro
 até a puberdade = folículos imaturos se desenvolvem na parte mais profunda
do córtex e não atingem a superfície do ovário para se romper, como faz o
folículo maduro durante os anos reprodutores.
Folículo de Graaf
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Quando o folículo amadurece, ocorre alterações
1) No oócito;
2) Nas células do folículo;
3) No tecido conjuntivo adjacente (próximo) ao folículo.
•
Quando o folículo primário inicia sua maturação duas camadas de células
derivadas do estroma (ovariano adjacente) se desenvolvem em torno dele.
•
Camada externa de células = teca externa
•
Camada interna de células = teca interna
 a camada única de células do folículo primário que circunda o oócito, prolifera
durante a maturação do folículo = ficando o oócito circundado por várias
camadas de células epiteliais.
 fluido que se forma entre as células foliculares = se acumula no centro do
folículo e forma uma vesícula.
 esta estrutura descrita constitui o folículo de Graaf.
 Durante a ocorrencia dos fenomenos já descritos, o oócito cresce, podendo
atingir até 0,2 mm de diametro.
Neste período (crescimento)
depositam no seu citoplasma
grânulos vitelinos (deutoplasma) se
Tem a finalidade de servir como nutrição durante os primeiros dias de
desenvolvimento embrionário
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OBSERVAÇÕES
A maturação folicular ocorre regularmente a cada mês
 restrições com relação a isto pode ocorrer durante a gravidez e lactação
(processo de maturação é suspenso)
 mais de um folículo inicia o processo de maturação, porém apenas um
completa a maturidade.
Ocasionalmente, quando mais de um folículo amadurece e se rompe juntos =
chances de gestação gemelar.
OVULAÇÃO
Processo de extrusão de um oócito maduro por meio da ruptura de um folículo de
Graaf.
 o óvulo com algumas células epiteliais aderidas é expulso na extremidade
fimbriada da trompa.
A ovulação é o período divisório entre as duas fases de um ciclo ovariano e menstrual
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CICLO OVARIANO
Algumas considerações…
 a ovulação ocorre cerca de 14 dias antes do fim do ciclo
significa que…
...Ocorre cerca de 14 dias antes do primeiro dia do ciclo seguinte.
Então, em um ciclo de 28 dias, a ovulação ocorrerá no meio do ciclo, ou entre os 12 e
16 dias
Sinais de que a ovulação está prestes a ocorrer ou já ocorreu
 muco cervical se altera devido efeito do estrogenio a medida que o folículo de
Graaf se desenvolve;
 dor abdominal (pode ser sentida na época da ovulação);
 durante a ovulação ou um pouco depois pode haver aumento da temperatura
basal - 0,2 - 0,6ºC (temp. mais alta no pós do que no pré).
CORPO LÚTEO



Funciona como órgão endócrino por produzir a PROGESTERONA e também
secreta o estrogênio
O corpo lúteo segue sua atividade e crescimento por cerca de 8 dias. Após este
período sua evolução é determinada pela fertilização ou não.
Massa compacta de tecido que se forma na cavidade do folículo de Graaf, após
este ter se rompido e liberado o óvulo.
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# se não houver a fertilização = atividade secretória diminui e ocorre a
menstruação em aproximadamente 6 dias.
# se o óvulo for fertilizado = corpo lúteo cresce e mantém sua função secretória
durante os primeiros dois meses de gestação. A partir do terceiro mês sofre alterações
regressivas.
A placenta inicia a produção dos hormônios do corpo lúteo no terceiro mês,
assumindo a função do corpo lúteo conforme ele regride.
Hormônios envolvidos
Hormônio liberador de Gonadotropina (GnRH) = secretado pelo hipotálamo.
Tem a função de estimular a liberação do hormônio folículo-estimulante (FHS) e do
hormônio luteinizante (LH) a partir da adenoipófise.
FSH = inicia o crescimento folicular e a secreção de estrogenios pelos folículos
em crescimento.
LH = estimula o desenvolvimento adicional dos folículos ovarianos e sua
secreção total de estrogenios provoca a ovulação, promove a formação do corpo lúteo
e estimula a produção de estrogenios, progesterona, relaxina e inibina pelo corpo
lúteo.
Estrogenios = promove o desenvolvimento e manutenção das estruturas
genitais femininas, das características secundárias e das mamas; aumentam a síntese
proteica; diminuem o nível de colesterol no sangue.
Níveis moderados de estrogenio no sangue inibem a liberação de GnRH e de
LH e FSH
Progesterona = secretada principalmente pelas células do corpo lúteo;
Atua em sinergia com o estrogênio para preparar o endométrio para a
implantação do óvulo fertilizado e a glândulas mamárias para secretarem leite .
Altos níveis de progesterona também inibem a secreção de GnRH e LH.
Relaxina = produzida pelo corpo lúteo. Relaxa o útero inibindo as contrações
facilitando a implantação do óvulo fertilizado.
Obs- na gravidez a placenta continua produzindo a relaxina.
Inibina = secretada pelos folículos em crescimento. Inibe a secreção de FSH e
em menor grau de LH.
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CICLO MENSTUAL
 Dura aproximadamente 5 dias.
 O primeiro dia da menstruação marca o primeiro dia de um novo ciclo.
 Ocorre descarga de cerca de 50-150 ml de sangue, líquido tecidual, muco e
células epiteliais do endométrio.
 Isto deve-se a diminuição do nível dos hormônios ovarianos, especialmente
da progesterona, estimula a liberação de prostaglandinas, que causam
constrição das arteríolas do útero
Resulta que as células ficam privadas
de O2 e começam a morrer.
Fase Folicular – imediatamente após o período menstrual;
nesta fase ocorre proliferação endometrial, devido influencia
estrogênica.
Fase Lútea – caracterizada pelo aumento da atividade secretora do endométrio, em
resposta a progesterona.
quando a gravidez não ocorre, o endométrio regride juntamente com o
corpo lúteo.
Fase Menstrual – regressão endometrial;
inicia dias antes do sangramento;
nos dias que precedem a menstruação, há regressão do corpo lúteo e
diminuição da circulação do endométrio.
# Ciclo menstrual – intervalo entre início de um período menstrual e o início do
período seguinte.
# Fluxo considerado normal = até 8 dias; mais intenso no segundo dia e reduz
paulatinamente (aos poucos).
FECUNDAÇÃO
1) INSEMINAÇÃO – deposição de seme na vagina.
2) Espermatogênese ocorre em média no prazo de 75 dias = qualquer que seja a
idade do homem, seus espermatozóides terão sempre dois meses e meio.
3) Espermatozóides podem ser encontrados no muco cervical 90 segundos depois
da ejaculação e no local da fecundação, 5 minutos após a inseminação
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# os primeiros espermatozóides a penetrarem na trompa não são capazes de fecundar.
Assim, isto fica a cargo daqueles guardados no muco cervical que são liberados
posteriormente.
# a secreção ácida da vagina é letal para espermatozóides, assim, menos de 200
espermatozóides conseguem chegar as trompas.
# Vitabilidade das células germinativas
espermatozóide = 24-48 horas
óvulo = 12-24 horas
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DESENVOLVIMENTO DO EMBRIÃO E DO FETO
A fertilização numa seqüência de eventos que começam com o contato de um
espermatozóide e um ovócito secundário, terminando com a fusão dos núcleos do
espermatozóide e do óvulo e a conseqüente mistura dos cromossomos maternos e
paternos na metáfase da primeira divisão mitótica do zigoto.
Fases da Fertilização
O espermatozóide passa pela corona radiata formada pelas células foliculares.
A dispersão destas células resulta principalmente da ação de enzimas, em especial a
hialuronidase, liberadas do acrossoma do espermatozóide. O espermatozóide penetra
na zona pelúcida seguindo o caminho formado por outras enzimas liberadas do
acrossoma. A cabeça do espermatozóide entra em contato com a superfície do ovócito
e as membranas plasmáticas de ambas as células se fundem. As membranas rompemse na área de fusão, criando um defeito através do qual o espermatozóide pode
penetrar no ovócito.
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O ovócito reage ao contato com o espermatozóide de duas maneiras:
• a zona pelúcida e a membrana plasmática do ovócito se alteram de modo a impedir a
entrada
a
outros
espermatozóides;
• o ovócito completa a segunda divisão meiótica liberando o segundo corpo polar;
Os pronúcleos masculinos e femininos aproximam-se um do outro, perdem suas
membranas nucleares e se fundem formando uma nova célula diplóide, o zigoto.
Clivagem do zigoto
A clivagem do zigoto consiste em repetidas divisões do zigoto. A divisão mitótica do
zigoto em duas células-filhas chamadas blastômeros, começa poucos dias depois da
fertilização. Por volta do terceiro dia, uma bola sólida de dezesseis ou mais
blastômeros está constituída a mórula. A mórula cai no útero; entre suas células
penetra um líquido proveniente da cavidade uterina. Com o aumento do líquido há a
separação das células em duas partes:
Camada
externa:
Trofoblasto;
Grupo de células centrais: massa celular interna e a camada interna - embrioblasto.
Quarto dia: os espaços repletos de líquidos fundem-se para formar um único e grande
espaço conhecido como cavidade blastocística, o que converte a mórula em um
blastocisto.
Quinto dia: a zona pelúcida degenera e desaparece, o blastocisto prende ao epitélio
do endométrio em torno do sexto dia, geralmente pelo pólo embrionário. Com o
progresso da invasão do trofoblasto este forma duas camadas:
- um citotrofoblasto interno (trofoblasto celular);
- sinciciotrofoblasto externo - produzem substâncias que invadem o tecido materno,
permitindo
que
blastocisto
penetre
no
endométrio.
Ao final da primeira semana: o blastocisto está superficialmente implantado na
camada compacta do endométrio, nutrindo-se do sangue materno e dos tecidos
endometriais
erudidos.
Oitavo dia: células migram do hipoblasto e formam uma fina membrana exoceloma
que envolve a cavidade exocelômica, formando o saco vitelino primário.
Nono dia: espaços isolados ou lacunas aparecem no sinciciotrofoblasto, que logo é
preenchido por uma mistura de sangue dos capilares maternos rompidos e secreções
das glândulas endometriais erodidas. Algumas células, provavelmente provenientes
do hipoblasto, dão origem ao mesoderma extra-embrionário, uma camada de tecido
mesenquimal frouxo em torno do âmnio e do saco vitelínico primário.
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Décimo dia: o blastocisto implanta-se lentamente no endométrio. Por volta do décimo
dia são visíveis espaços isolados no interior do mesoderma extra-embrionário, estes
espaços fundem-se rapidamente para formar grandes cavidades isoladas de celoma
extra-embrionário.
Décimo primeiro dia: as lacunas sinciciotrofoblásticas adjacentes se fundiram para
formar redes lacunares intercomunicantes. Com a formação do celoma extraembrionário, o saco vitelino primitivo diminui de tamanho resultando num saco
vitelino secundário menor.
Décimo segundo dia: o sangue materno infiltra-se nas redes lacunares e logo começa a
fluir através do sistema lacunar, estabelecendo uma circulação útero-placentário
primitiva. Enquanto a cavidade amniótica aumenta, forma-se a partir de amnioblastos
que se diferencia de células citotrofoblásticas, uma membrana fina, o âmnio.
Décimo terceiro dia: a superfície endometrial se degenera e recobre o coágulo. Ocorre
a implantação intersticial. Enquanto a cavidade amniótica vai sendo formada, acontece
na massa celular interna mudanças internas que vão resultar na formação de um disco
embrionário achatado e essencialmente circular, composto por duas camadas: o
epiblasto formado por células colunares altas voltadas para a cavidade amniótica, e
hipoblasto, formado por pequenas células cubóides voltadas para a cavidade
blastocística.
Décimo quarto: dia forma-se o mesoderma somático extra-embrionário e as duas
camadas de trofoblasto que constituem o córion. Forma-se as vilosidades coriônicas
primárias. Surge um espessamento no hipoblasto chamada placa pré-cordal (futura
região cranial do embrião e boca, ou seja, organizador da cabeça).
Bibliografia consultada
HOUILLON, C. (1972) Sexualidade. Trad.: Marcos Guimarães Ferri. 1.ed. São Paulo:
Editora da Universidade de São Paulo.
HAMILTON, W.J., BOYD, J.D., MOSSMAN, H.W. (1968) Embriología Humana. Trad.: Dra.
María Teresa Sabattini; Dr. Aníbal Jorge Sánchez. 3.ed. Buenos Aires-Argentina:
Editorial Inter-médica
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