FARMÁCIA HOSPITALAR E A DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS DE
DISPENSAÇÃO
Camila de Melo Silva Xavier
Pontifícia Universidade Católica
de Goiás – PUC,
[email protected]
Orientadora: Prof. Ms. Angela
Ferreira Lopes de Teive e Argolo
RESUMO: os sistemas de dispensação de medicamentos dispõem sobre o trajeto destes
desde o setor de farmácia aos pacientes e a forma como os mesmos são separados,
organizados e dispostos. Um sistema de dispensação eficaz garante uma maior qualidade
no atendimento ao paciente, fazendo com que o mesmo receba o medicamento certo na
dose e na hora certa, seguindo o preceito do uso racional de medicamentos. A escolha de
um sistema de dispensação depende de vários fatores como: estrutura física, recursos
humanos, investimento financeiro entre outros, que podem influenciar na eficácia do
mesmo. Seus principais objetivos focam: redução de erros de medicação, planejamento
terapêutico; racionalização de medicamentos, aumento do controle de estoque; redução de
custos e primordialmente o aumento da segurança para os pacientes.
Esse é um estudo descritivo das principais características dos sistemas de dispensação de
medicamentos no contexto da farmácia hospitalar, discutindo suas vantagens e
desvantagens.
Palavras chaves: Sistemas de Medicação; Farmácia Hospitalar; Garantia de qualidade nos
serviços de saúde e Erros de Medicação.
1
INTRODUÇÃO
Os serviços de saúde tem necessitam buscar constantemente a excelência em
suas atividades, pois um erro não resulta apenas em prejuízo, já que pode acarretar na
perda de vidas. Nesse sentido, as organizações de saúde estão cada vez mais se
preocupando com a qualidade em suas estruturas e processos (GUTIERRES, 2008).
2
A missão essencial das instituições hospitalares é atender a seus pacientes da
forma mais adequada. Por isso, todo hospital deve preocupar-se com a melhoria
permanente da qualidade de sua gestão e assistência (BRASIL, 2002).
No Brasil, as iniciativas de melhoria da qualidade têm sido desenvolvidas tais
como o programa de acreditação hospitalar pela Organização Nacional de Acreditação
(ONA) e Joint Comission International (JCI), a certificação pela International Organization
for Standartization (ISO), o sistema integrado de gestão em organizações hospitalares, a
realização de auditorias de prontuário, de contas, de riscos, entre outros (KRISTIANE,
2003 & FELDMAN, 2002).
Em 1999, o Hospital Israelita Albert Einstein foi o primeiro hospital fora dos
Estados Unidos da América (EUA) a receber a acreditação em qualidade na assistência
médico-hospitalar pela Joint Commission International (JCI). Atualmente, 89 (oitenta e
nove) hospitais no Brasil detêm essa certificação, sendo que destes 27 são acreditados com
excelência nível 3 (evidências de políticas institucionais de melhoria contínua em termos
de estrutura, novas tecnologias, atualização técnico-profissional, ações assistenciais e
procedimentos médicos-sanitários), 38 são acreditados pleno nível 2 (evidências de adoção
do planejamento na organização da assistência hospitalar) e 24 são acreditados nível 1
(exigências que contemplam o atendimento aos requisitos básicos da qualidade na
assistência prestada ao paciente com ênfase na segurança) (ONA, 2007).
A instituição hospitalar foi conceituada pela Organização Mundial da Saúde,
como parte integrante de um sistema coordenado de saúde, cuja função é dispensar à
comunidade completa assistência à saúde, tanto curativa quanto preventiva, incluindo
serviços extensivos à família em seu domicilio e, ainda, um centro de formação para os que
trabalham no campo da saúde e para as pesquisas biossociais (CHERUBIN & SANTOS,
2002).
Dentre os serviços que integram a estrutura hospitalar, há o serviço de farmácia
hospitalar que é definido- segundo a Portaria n° 4.283, de 30 de dezembro de 2010, do
Ministro da Saúde,como: é “uma unidade clínico-assistencial, técnica e administrativa,
onde se processam as atividades relacionadas à assistência farmacêutica, dirigida
exclusivamente por farmacêutico, compondo a estrutura organizacional do hospital e
3
integrada funcionalmente com as demais unidades administrativas e de assistência ao
paciente”.
Uma das atividades de maior impacto na farmácia é a dispensação de
medicamentos. Quanto maior for à eficiência e eficácia do sistema de dispensação de
medicamentos e outros produtos de interesse à saúde, maior contribuição será prestada
para garantir o sucesso das terapêuticas e profilaxias instauradas. Os aspectos importantes
para a racionalidade e eficácia do sistema são: controle de estoque, a padronização de
medicamentos e produtos de interesse á saúde na instituição, envolvimento de recursos
humanos capacitados para o exercício das funções e controle da qualidade dos processos
adotados (BISSON & CAVALLINI, 2002).
Haja vista a importância clínico-assistencial e econômico do setor de Farmácia
Hospitalar para a instituição assim como a adoção de um sistema eficiente de dispensação
de medicamentos nas instituições hospitalares, este trabalho descreve as características
destes sistemas e discuti suas as vantagens e desvantagens.
Este trabalho foi elaborado a partir de pesquisa bibliográfica de artigos
científicos publicados, em português, espanhol e inglês selecionados nas bases de dados:
Sciello e Biblioteca Virtual em Saúde BVS/BIREME. Na busca, foram utilizados os
descritores: “serviço de farmácia hospitalar/servicio de farmacia en hospital/ pharmacy
service hospital”, “sistemas de medicação/ Medication Systems /Sistemas de Medicación”
e “Qualidade nos serviços de saúde / Los servicios de salud de calidad/ Quality of health
services”.
Foram excluídos artigos que abordaram o tema qualidade nos serviços de saúde
sem foco específico no serviço de farmacia hospitalar e ainda aqueles no formato de relato
de atividades relacionadas ao sistema de medicação.
2
MEDICAMENTO
A partir da década de 60, o medicamento passou a ser visto com um
instrumento problemático, e não apenas como um agente terapêutico. Esta visão permite
entender que a sua utilização, ainda que em condições ideais, não afasta a possibilidade de
efeitos indesejáveis, considerando a possibilidade de erro (CASTRO, 2000).
4
No Brasil, o mercado farmacêutico é composto por mais de 2.500 princípios
ativos e atualmente existem três diferentes grupos de medicamentos: os de referência (de
marca, original), os genéricos e os similares. Os primeiros são geralmente aqueles
descobertos por laboratórios, patenteados e lançados no mercado após realização de testes
em animais e laboratórios. Os genéricos, criados no país pela Lei 9.787 de 10 de fevereiro
de 1.999, reproduzem a fórmula dos de referência, com testes de bioequivalência,
verificando-se a ação do produto no organismo e registrados no Ministério da Saúde como
medicamentos genéricos. Estes são conhecidos pelo nome do princípio ativo. Os similares
podem também reproduzir os de referência, mas tem marca própria, não realizam teste de
bioequivalência e são registrados com nomes comerciais (BRASIL. MS. ANVISA, 2003;
FRANÇA, 2005).
Os medicamentos ocupam um lugar dominante no sistema de saúde e no
tratamento de doenças. A alternativa para a busca da cura é, para muitos, a utilização de
medicamentos. Aproximadamente 88% dos pacientes que procuram o serviço profissional
do médico recebem hoje prescrições de medicamentos (FERNANDES, 1998).
A prática de medicação em uma organização hospitalar pode ser definida como
um sistema complexo, com vários processos interligados, interdependentes e constituído
por profissionais de diferentes áreas do conhecimento (médicos, equipe da farmácia e de
enfermagem) que compartilham de um objetivo comum, que é a prestação da assistência à
saúde dos pacientes com qualidade, eficácia e segurança (NADZAN, 1998).
No entanto, a utilização e a má utilização dos medicamentos é um problema
mundial de saúde pública. Estima-se que a metade de todos os medicamentos receitados,
dispensados e vendidos são realizados de forma inadequada. O uso excessivo, insuficiente
e indevido de medicamentos dá lugar a um desperdício de recursos e a propagação de
perigos para a saúde (WHO, 2004).
2.1
ERROS DE MEDICAÇÃO
Compreender a prática de medicação como um sistema exige, no entanto,
identificação dos vários componentes necessários para realizar o propósito de fornecer
tratamento medicamentoso ao paciente. A Joint Commission on Acreditation of Healthcare
Organizations – JCAHO identificou cinco processos do sistema de medicação, quais
5
sejam: seleção e obtenção do medicamento, prescrição, preparo e dispensação,
administração de medicamentos e monitoramento do paciente em relação aos efeitos do
medicamento, no entanto, o número e o tipo de processos podem variar de um hospital
para o outro (MIASSO et al. 2006a; JCAHO, 2007).
No Brasil existem poucas estatísticas sobre erros de medicação, mas a ausência
de dados não significa que o país esteja isento do problema. O erro pode estar relacionado
à prática profissional, a problemas de comunicação, incluindo prescrição, rótulos,
embalagens, preparação, dispensação, administração, educação, monitoramento, uso de
medicamentos e outros (ROSA, 2003).
Um estudo realizado nos Estados Unidos, relata que 39% dos erros na
medicação ocorrem no processo de prescrição dos medicamentos, 12% na transcrição, 11%
no processo de dispensação e 38% no de administração de medicamentos (LEAPE et al,
1995).
Na literatura atual, os sistemas de dispensação de medicamentos tradicionais
(coletivo e/ou individualizado) são descritos como fontes de erros de medicação
(CASSIANI et al., 2005; MIASSO et al., 2006a; RIBEIRO, 2008).
Em inédito estudo de diagnóstico da farmácia hospitalar no Brasil, no qual
foram pesquisados 250 hospitais, verificaram que ainda existe sistema coletivo de
dispensação de medicamentos em 51,2% das farmácias pesquisadas, e, em apenas 0,4%
delas é utilizada a dose unitária. Vale ainda ressaltar que somente 53% das farmácias do
estudo preencheram os pré-requisitos relativos às boas práticas de dispensação de
medicamentos (OSÒRIO DE CASTRO & CASTILHO, 2004).
Nos anos 60, muitos farmacêuticos hospitalares formaram grupos para
conduzir uma pesquisa e encontrar um método mais seguro para dispensação dos
medicamentos. Em relação aos erros relacionados à medicação que ocorriam entre os
sistemas tradicionais e o sistema de distribuição de medicamentos por dose unitária
(SDMDU), observou-se uma incidência que oscilava entre 5,3 e 14% nos sistemas
tradicionais em contraste com 0,6% o índice de erro no SDMDU (CIPRIANO, 2004).
6
Já em relação à redução de gastos com a implantação do SDMDU, os estudos
de Ribeiro (1993); Carestiato; Ferreira (1996), demonstraram que nos hospitais que
adotaram o sistema de distribuição por dose unitária houve uma importante redução de
gastos com medicamentos variando de 25% a 40%.
Alguns dos possíveis erros que podem ocorrer na administração dos
medicamentos aos pacientes hospitalizados estão intimamente relacionados ao sistema de
dispensação de medicamentos (SDM) escolhido ou praticado pelo hospital. Quanto maior a
eficácia e eficiência do sistema de dispensação de medicamentos praticado, maior será a
qualidade do serviço prestado e o sucesso da terapia será alcançado com maior precisão
(CIPRIANO, 2001).
2.2
HOSPITAL
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o hospital é parte integrante
de uma organização médica e social que tem como principal objetivo prestar assistência à
população em caráter curativo e preventivo, além de funcionar como um centro de
formação e de investigação. Suas ações devem estar centradas no nível terciário e
quaternário de atenção a saúde, devendo manter recursos materiais e humanos suficientes
para atendimentos mais complexos (PAIM, 2003).
Existem diversas maneiras de classificarmos um hospital, sendo as mais
conhecidas: quanto ao regime jurídico (público e privado); quanto ao porte (pequeno,
médio, grande e especial); quanto ao tipo de serviço (geral e especializado); quanto ao
corpo clínico (aberto e fechado); quanto à edificação (pavilhonar, monobloco, multibloco,
horizontal e vertical); e, quanto ao tempo de permanência ou de internação (longa e curta)
(BISSON & CAVALLINI, 2002)
A unidade hospitalar é composta por setores administrativos e técnicos. Dentre
os setores administrativos destacam-se: setor de recursos humanos, setor de informática,
departamento financeiro, setor de faturamento, os serviços de apoio (limpeza, recepção,
segurança, manutenção, engenharia, lavanderia, transporte, dentre outros), o setor de
medicina do trabalho, e o departamento de suprimentos. Os setores técnicos podem ser
divididos em: diretoria clínica, serviço de enfermagem, serviço de nutrição e dietética,
serviço de arquivamento médico e estatístico (SAME), serviço de assistência social,
7
serviços auxiliares de apoio e diagnóstico (SADT), serviço de fonoaudiologia, serviço de
psicologia, serviço de fisioterapia, e serviço de farmácia. Alguns destes serviços, porém,
podem desempenhar funções relativas à área administrativa e à área técnica do hospital
(BISSON & CAVALLINI, 2002).
Dentre as áreas e os correspondentes serviços prestados no ambiente hospitalar
encontra-se a farmácia hospitalar, cuja existência é imprescindível para proporcionar
ambiente adequado para recebimento, armazenamento e dispensação de medicamentos e
correlatos, bem como o completo cumprimento da terapêutica do paciente (MARIN et al.,
2003).
2.3
FARMÁCIA HOSPITALAR
A farmácia hospitalar é entendida como uma unidade de caráter clínico e
assistencial, dotada de capacidade administrativa e gerencial, sendo um dos setores mais
importantes no contexto hospitalar. É responsável pela provisão segura e racional de
medicamentos, e em algumas condições de produtos de saúde, podendo estar “ligada” a
direção clínica e/ou administrativa do hospital (SBRAFH, 2008).
A Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar (SBRAFH) define como
atribuições essenciais na farmácia hospitalar o armazenamento, a distribuição, a
dispensação e o controle de todos os medicamentos e produtos de saúde para os pacientes
internados e ambulatoriais do hospital, bem como, o fracionamento e preparo de
medicamentos (SBRAFH, 2008).
De acordo com as competências da instituição hospitalar, dentre os serviços
técnicos, a farmácia hospitalar representa uma das principais áreas, devido ao seu
comprometimento com a redução dos custos e racionalização da terapia, otimizando o
controle das despesas e contribuindo para a qualidade dos insumos utilizados
(GONÇALVES, 1988).
O processo de distribuição de medicamentos em ambiente hospitalar objetiva
garantir os produtos solicitados na quantidade correta e de acordo com as devidas
especificações. Existem diversos métodos de distribuição que podem ser empregados,
devendo ser considerado: o custo-efetividade e a garantia de qualidade da atividade; a
8
estrutura física e administrativa da unidade hospitalar e do serviço de farmácia; e os
recursos físicos e humanos disponíveis (NETO, 2005).
Uma norma específica para o setor é a Resolução n.o 492/08 do Conselho
Federal de Farmácia (CFF), que regulamenta o exercício profissional nos serviços de
atendimento pré-hospitalar, na farmácia hospitalar e em outros serviços de saúde, de
natureza privada ou pública. Esta faz uma abordagem sobre as atribuições e competências
do profissional farmacêutico neste setor de atuação. Porém, se trata de uma legislação
informativa, não sendo regulatória, quando consideramos as atividades mínimas que
devem ser desempenhadas pela farmácia hospitalar.
2.4
SISTEMA DE DISPENSAÇÃO DE MEDICAMETOS
No ambiente hospitalar há basicamente dois tipos de dispensação de
medicamentos claramente definidos; a dispensação intra-hospitalar e a dispensação extrahospitalar ou ambulatorial. A dispensação intra-hospitalar é direcionada ao paciente
internado (hospitalizado) e a outra é destinada aos pacientes que são atendidos nos
ambulatórios do hospital (MOLERO &ACOSTA; 2002; OPAS/OMS, 1997c).
A dispensação de medicamentos é o ato farmacêutico associado à entrega e
dispensação dos mesmos, mediante prescrição médica, no qual o profissional farmacêutico
analisa a prescrição, repassa informações necessárias para o bom uso dos medicamentos e
em alguns casos prepara as doses a serem administradas (ORTIZ, 2004).
A dispensação intra-hospitalar difere da dispensação ambulatorial e da
dispensação realizada na farmácia comercial ou pública, pois apesar da prescrição também
ser direcionada ao farmacêutico, o medicamento não é entregue diretamente ao paciente,
mas à equipe de enfermagem, e esta é responsável pela administração ao paciente dos
medicamentos prescritos pelo médico e aviado pelo farmacêutico (LUIZA &
GONÇALVEZ, 2004).
Os sistemas de dispensação dispõem sobre o trajeto do medicamento até o
paciente e sobre a forma como os mesmos são separados, organizados e dispostos para a
administração a estes pacientes. O método de dispensação de medicamentos pela farmácia
é um dos mais importantes pontos dentre as atividades realizadas pela mesma. Dependendo
9
do método de dispensação utilizado, podemos antecipar com alguma margem de segurança
o funcionamento adequado ou não da farmácia e se o paciente está recebendo os seus
medicamentos dentro de critérios que possam assegurar a sua qualidade e segurança
(WILKEN & BERMUDEZ, 1999).
Os sistemas de dispensação de medicamentos são classificados como:
(RIBEIRO, 2008; SILVA et al., 2000).
coletivo;
individualizado;
dose unitária;
misto (quando, no mesmo hospital, adota-se mais de um tipo de sistema)
2.4.1 Sistema de Dispensação Coletivo
O sistema de dispensação coletivo é o mais “atrasado” de todos, pois não leva
em conta a verdadeira função de uma Farmácia Hospitalar. A Farmácia serve, unicamente,
como depósito de medicamentos e materiais e, simplesmente, faz o repasse desses produtos
para as diversas seções do hospital.
O sistema coletivo caracteriza-se, principalmente, pelo fato dos medicamentos
serem distribuídos por unidade de internação e/ou serviço, a partir de uma solicitação da
enfermagem, implicando a formação de vários estoques nas unidades assistenciais.
No sistema de dispensação coletivo, constata-se que a assistência ao paciente
fica prejudicada pela não participação do farmacêutico na revisão e na análise da
prescrição médica. E pelo fato da enfermagem estar mais envolvida com as questões
relacionadas aos medicamentos do que a própria farmácia (GOMES & REIS, 2003).
É considerado um dos métodos de dispensação de medicamentos mais
obsoleto, embora, ainda seja utilizado por mais de 50% das Farmácias Hospitalares
brasileiras. Este sistema denota também falta de planejamento e gerenciamento não apenas
por parte da farmácia, mas de todo o hospital. Os gastos com medicamentos são
10
extremamente altos e também não há a preocupação em se estipular uma padronização
mínima de medicamentos a serem utilizados na instituição hospitalar. Tal sistema faz com
que existam medicamentos “espalhados” por quase todos os setores do hospital e
infelizmente é o mais usado nos hospitais brasileiros (OSÓRIO DE CASTRO &
CASTILHO, 2004).
2.4.2 Sistema de Dispensação Individualizado
O sistema de dispensação individualizado caracteriza-se pelo fato do
medicamento ser dispensado por paciente, geralmente, para um período de 24 horas. Esse
sistema divide-se em indireto e direto (GOMES & REIS,2003).
No sistema de dispensação individualizado indireto, a dispensação é baseada
na transcrição da prescrição médica. A solicitação à farmácia é feita por paciente e não por
unidade assistencial, como no coletivo.
No sistema de dispensação individualizado direto, a dispensação é baseada na
cópia da prescrição médica, eliminando a transcrição. Neste contexto, é possível uma
discreta participação do farmacêutico, na terapêutica medicamentosa, sendo já um grande
avanço para a realidade brasileira (GOMES & REIS,2003).
O sistema de dispensação individualizado já é adotado em hospitais brasileiros,
existindo algumas variações, de acordo com as peculiaridades de cada instituição, como:
forma da prescrição médica, o modo de preparo e dispensação das doses e fluxo de rotina
operacional. O sistema de dispensação individualizado pode ser operacionalizado de várias
formas:
a) os medicamentos são dispensados em um único compartimento, podendo ser
um saco plástico identificado com a unidade assistencial, o número do leito, o nome do
paciente, contendo todos os medicamentos de forma desordenada , semelhante ao sistema
de distribuição coletivo e para um período determinado que, geralmente, pode ser 12 horas,
24 horas ou por turno de trabalho.
b) os medicamentos são fornecidos em embalagens, dispostos, segundo o
horário de administração constante na prescrição médica, individualizados e identificados
11
para cada paciente e para, no máximo, de 24 horas. Sua distribuição pode ser feita em
embalagem plástica, com separações obtidas por termossolda ou em escaninhos adaptáveis
a carros de medicamentos, adequados ao sistema de distribuição.
2.4.3 Sistema de Dispensação Combinado ou Misto
No sistema de dispensação combinado ou misto, a farmácia distribui alguns
medicamentos, mediante solicitação, e outros por cópia da prescrição médica (GOMES &
REIS, 2003).
Portanto, parte do sistema é coletivo e parte individualizado. Geralmente, as
unidades de internação, de forma parcial ou integral, são atendidas pelo sistema
individualizado e os serviços (radiologia, endoscopia, ambulatórios, serviços de urgências
e outros) são atendidos pelo sistema coletivo. É indicado que, nesse sistema, as solicitações
encaminhadas pelas unidades assistenciais sejam embasadas em relação de estoque,
previamente estabelecida entre farmácia e enfermagem. Estes estoques deverão ser
controlados e repostos pela farmácia, mediante documento justificando o uso do
medicamento (GOMES & REIS, 2003).
2.4.4 Sistema de Dispensação de Medicamentos por Dose Unitária (SMDU)
O sistema de dispensação por dose unitária foi desenvolvido a partir da década
de 60 por farmacêuticos hospitalares americanos que perceberam a necessidade devido ao
surgimento, no mercado, de novos e mais potentes medicamentos, mas também causadores
de efeitos colaterais importantes (GOMES&REIS, 2003).
No sistema de dispensação de medicamentos por dose unitária, a solicitação de
medicamentos é feita a partir da cópia da prescrição (ou por algum tipo de sistema
informatizado), por paciente e para 24 horas (ASHP, 2002; NAPAL et al., 2002).
A medicação é preparada em dose e concentração determinadas na prescrição
médica, sendo administrada ao paciente diretamente de sua embalagem “unitarizada”, ou
seja, “dose prescrita como dose de tratamento a um paciente em particular, cujo envase
deve permitir administrar o medicamento diretamente ao paciente” (AGUILAR &
D’ALESSIO, 1997).
12
O sistema de dipensação por dose unitária é um método farmacêutico de
dispensação e controle de medicamentos em instituições de saúde. Em sua
operacionalização, a prescrição médica ou cópia é enviada à farmácia, onde farmacêuticos
preparam a folha de dispensação e o perfil farmacoterapêutico do paciente, para a
efetivação do controle de aspectos de farmacovigilância específica da prescrição. Após a
separação dos medicamentos, o farmacêutico procede a conferência da dose unitária, de
acordo com a prescrição médica. Caso seja necessário, no momento do registro do perfil
farmacoterapêutico, as incorreções ou possíveis problemas detectados devem ser relatados
à equipe médica.
Os elementos principais que distinguem o SDMDU dos sistemas tradicionais
são medicamentos contidos em embalagens unitárias, dispostos conforme horário de
administração e prontos para serem administrados, segundo a prescrição médica,
individualizados e identificados para cada paciente. Sua distribuição pode ser em
embalagem plástica, com separações obtidas por solda ou em escaninhos adaptáveis a
carros de medicamentos adequados ao sistema de dispensação.
2.4.5 São três os tipos de sistema distribuição por dose unitária:
Sistema Centralizado:
As doses são preparadas na Farmácia Central e distribuídas para todo o
Hospital. Pelo fato da centralização, o controle de estoque e a supervisão da preparação das
doses, pelo Farmacêutico, ficam mais contundentes.
Sistema Descentralizado:
As doses são preparadas nas Farmácias Satélite (descentralizadas) e ao final de
cada preparação, os quantitativos do consumo são enviados à Farmácia Central.
Sistema Combinado:
Diz-se que o sistema é combinado quando ao mesmo tempo, que as
Farmácias Satélites estão atuando na preparação de doses, a Farmácia Central deixará de
operar e vice-versa. Este esquema facilita a adequação aos horários de administração de
doses e objetiva uma redução nos recursos humanos, aproveitando da melhor forma
13
possível, o horário de trabalho do pessoal existente no quadro de funcionários da Farmácia
(BELTRAN, 1998).
3
CONCLUSÃO
O Serviço de Farmácia Hospitalar tem como uma de suas atribuições essenciais
estabelecer - políticas e procedimentos que visem garantir um sistema de dispensação de
medicamentos racional e seguro por meio de ações integradas com os diversos
profissionais e gestores da saúde.
O farmacêutico deve buscar estabelecer um sistema de dispensação eficiente,
eficaz e seguro para os pacientes ambulatoriais e internados, de acordo com recursos
técnico-financeiro do hospital. A dispensação de medicamentos é um aspecto estratégico
dentro da instituição- seja do ponto de vista da segurança ao paciente, do aspecto
financeiro do hospital.
A implantação de sistemas apropriados de dispensação de medicamentos deve
ser uma das prioridades do setor de farmácia hospitalar da instituição e requer um estudo
cuidadoso, para que possa garantir eficiência, economia e segurança.
Alguns fatores influenciam na escolha de um sistema dispensação de
medicamentos, como a estrutura organizacional e física do hospital, uma vez que pode
limitar as condições do sistema de dispensação de medicamentos. É necessário analisar a
qualificação do corpo funcional, suas competências e as funções que desempenham para
obter uma melhor assistência a saúde, assegurando o uso racional dos medicamentos e
controle farmacoterapêutico dos mesmos.
Segundo a Organização Panamericana de Saúde um sistema adequado de
dispensação de medicamentos deve proporcionar: redução de erros de medicação,
racionalização do uso de medicamentos, redução de custos hospitalares, aumento da
segurança ao paciente e controle adequado da farmacoterapia, e ainda um maior controle
da prescrição médica por parte do farmacêutico frente a análise e validação da prescrição
com intuito de prevenir- possíveis interações medicamentosas, garantir adequada posologia
assim como outros aspectos relacionados á dispensação e ao preparo dos medicamentos
(OPAS,1997c).
14
No Brasil, é muito utilizada a forma mista de dispensação de medicamentos,
que é uma combinação de dois tipos de sistema como, dispensação coletiva e a
dispensação individualizada mediante a prescrição médica. Entretanto no sistema misto
acima descrito uma grande desvantagem é permitir que um percentual de medicamentos e
materiais sejam ainda estocados no setor de enfermagem o que colabora com os problemas
relacionados a medicamentos (PRM) visto que dificulta a correta estocagem,
armazenamento e controle de estoque. Neste modelo, a farmácia hospitalar apenas repassa
medicamentos em suas embalagens originais segundo uma trascrição da prescrição realizada pelo serviço
de enfermagem, ficando assim à assistência ao paciente prejudicada duplamente, pela enfermagem que
não dispõe de tempo suficiente para prestar cuidadoao mesmo e a equipe de farmácia que não realiza uma
dispensação racional de medicamentos.
A implantação do sistema de dispensação de medicamentos por dose unitária,
apesar do alto investimento financeiro inicial, é uma excelente oportunidade para atender,
com mais eficiência, a demanda e peculiaridades das prescrições e necessidade dos
pacientes.
Assim, concluímos que o sistema de dispensação de medicamentos por dose
unitária oferece atualmente as melhores condições para um adequado atendimento da
terapia medicamentosa proposta aos pacientes e oferece maior segurança na assistência,
assim como a correta utilização de recursos humanos relacionados ao setores de farmácia e
enfermagem o que aprimora os cuidados ao paciente.Ainda a racionalização do uso dos
produtos e investimento financeiro efetuado pela instituição.É necessário planejamento no
processo de implantação visto que o mesmo requer altos valores investidos, a necessidade
de profissionais capacitados para este fim e um cronograma gradual de atendimento das
unidades de internação.
4
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGUILAR, N.G.; D’ALESSIO, R. Guia para el desarrollo de servicios farmacêuticos
hospitalarios: sistema de distribución de medicamentos por dosis unitárias. Washington,
DC: 1997. Organización Panamericana de la Salud.
Disponível em <http://www.opas.org.br/medicamentos/docs/hse-05-03.pdf>, acessado em
31/10/2011.
15
American Society of Health-System Pharmacists - ASHP. Best Pratices for Health- System
Pharmacy: positions and guidance documents of ASHP. United States of
America,2001-2002
BRASIL. Lei n°9.787,de 10 de fevereiro de 1.999.Altera a Lei 6.360, de 23 de setembro de
1.976, que dispõe sobre a vigilância sanitária, estabelece o medicamento genérico, dispõe
sobre a utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos e dá outras providências.
Diário Oficial da União, Brasília, 11 de fev. de 2000. Seção I.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Departamento de
Sistemas e Redes Assistenciais. Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar. Brasília:
Ministério da Saúde, 2002.
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Gerência Técnica de
Assistência Farmacêutica. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais. 3ed. Brasília,
DF, 2002.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Apresenta conceitos gerais sobre medicamentos. 2003.
Disponível em: < http://www.anvisa.gov.br/hotsite/genericos/profissionais/conceitos.htm >
Acesso em 25 ago. 2011
BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n.o 338, de 06 de maio de 2004. Aprova
a Política Nacional de Assistência Farmacêutica. Conselho Nacional de Saúde. Diário
Oficial da União. 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Assistência Farmacêutica na Atenção Básica: Instruções
Técnicas para sua Organização. 2. ed. Brasília, DF, 2006. 98p. (Série A. Normas e
Manuais Técnicos).
BISSON, M. P.; CAVALLINI, M. E. Farmácia hospitalar: um enfoque em sistemas de
saúde. São Paulo: Manole, 2002. 218 p.
CARESTIANO, J.C.; FERREIRA, L.G. Dose unitária. Relação custo x benefício de sua
implantação nos hospitais públicos brasileiros como política de governo. Revista
Brasileira de Farmácia, 77(3): 103-112, 1996.
CASSIANI, S.H.B; MIASSO A.I.; SILVA A.E.B.C, FAKIN, F.T, OLIVEIRA, R.C.
Aspectos gerais e número de etapas do sistema de medicação de quatro hospitais
brasileiros. Rev Latino-am Enfermagem. v.12, n.5, p:781-9, 2004.
CASSIANI, S. H. B.; TEIXEIRA, T. C. A.; OPITZ, S. P.; LINHARES, J. C. O sistema de
medicação nos hospitais e sua avaliação por um grupo de profissionais. Rev. Esc. Enferm.
USP, São Paulo, v.39, n.3, p.280-287, 2005.
CASTRO,C.G.S.O. (Coord). Estudos de utilização de medicamentos: noções básicas.
Rio de Janeiro: Fiocruz, 92p, 2000.
16
CIPRIANO, S. L. et al. Sistema de Distribuição de Medicamentos por Dose Unitária.
2001. Disponível em: <http://www.lanco.ind.br>. Acesso em: 14 jun.2005
CIPRIANO, S. Sistema de dispensação de medicamentos em dose unitária. In: CASSIANI,
S.H.B; UETA, J. A Segurança dos Pacientes na Utilização da Medicação. São Paulo:
Artes Médicas, 1º Ed, p:73-83, 2004.
CHERUBIN, N.A.; SANTOS, N.A. Administração Hospitalar: Fundamentos. 3. ed.
São Paulo: Loyola, 414 p, 2002.
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução n.o 492, de 26 de Novembro de
2008. Regulamenta o exercício profissional nos serviços de atendimento pré- hospitalar, na
farmácia hospitalar e outros serviços de saúde, de natureza pública ou privada. Brasil: 2008
FERNANDES, M.E.P. A utilização de medicamentos na atenção à saúde, em nível
domiciliar no município de Fortaleza [dissertação]. Fortaleza (CE): Faculdade de
Medicina da Universidade Federal do Ceará; 1998.
FRANÇA, R. Uma questão de segurança. Rev.Veja, São Paulo, ano 38,n.5,p.76-7, fev.
2005.
GOMES, M.J.V.M.;REIS,A.M.M. Farmácia hospitalar: histórico, objetivos e funções. In:
Gomes MJVM, Reis AMM, organizadores. Ciências farmacêuticas: uma abordagem em
farmácia hospitalar. São Paulo: Ed. Atheneu; 2000. p. 275-362.
GONÇALVES,E.L.-Estrutura Organizacional do Hospital Moderno.
Administração de Empresas. São Paulo, v. 38, n. 1, p. 80-90, 1988.
Revista da
GUTIERRES, N. A qualidade nos Serviços de Saúde. Banas digital, São Paulo, n.193,
jun. 2008. Disponível em: http://www.revistabanas\_ Portal Web Banas Qualidade 2008.
htm. Acesso em: 18 set. 2008.
KRISTIANE, R.S. Sistema integrado de gestão em organizações hospitalares: u m
enfoque dirigido à acreditação, NBR ISSO 9001, NBR ISO 1400S E BS 8800.
[dissertação]. Florianópolis (SC): Universidade Federal de Santa Catarina; 2003.
LEAPE, L.L. et al. Systems analysis of adverse drugs events. JAMA, v. 274, n. 1, p.3543, 1995.
LUIZA,V.L.;GONÇALVES,C.B.C. A prescrição medicamentosa. In: FUCHS, F.D.;
WANNMACHER, L.; FERREIRA, M. B. C. F. Farmacologia clínica:fundamentos da
terapêutica racional. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2004. cap. 8, p.102-112.
MAIA NETO, J. F. O Hospital. In: MAIA NETO, J. F. (org). Farmácia Hospitalar e suas
interfaces com a saúde. 1. ed. São Paulo:RX, cap. 1, p. 25-46, 2005.
MARIN, N.; LUIZA, V.L.;OSORIO-DE-CASTRO, C.G.S.; MACHADO, S.
(organizadores). Assistência farmacêutica para gerentes municipais. Rio de Janeiro:
OPAS/OMS, 334 p 2003.
17
MIASSO, A. I.; GROU, C. R.; CASSIANI, S. H. B.; SILVA, A. E. B. C.; FAKIH, F. T.
Erros de medicação: tipos, fatores causais e providências tomadas em quatro hospitais
brasileiros. Rev. Esc. Enferm. USP, São Paulo, v.40, n.4, p.524-532,2006.
MIASSO, A.I; SILVA, A.E.B.C.; CASSIANI, Silvia, H.B.; GROU,; OLIVEIRA, R.C.;
FAKIH, F.T. O processo de preparo e administração de medicamentos: identificação de
problemas para propor melhorias e prevenir erros de medicação. Revista LatinoAmericana de Enfermagem. Volume 14, Nº 3, Ribeirão Preto: Maio/Junho 2006.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 4.283, de 30 de dezembro de 2010. Diário Oficial
da União, Brasília, DF, 31 dez. Seção 1, p. 94-95, 2010.
MOLERO, R.; ACOSTA, M.- Planificación y organización de um Servício de Farmácia.
In: BONAL, F. J. et al (Eds). Farmacia Hospitalaria. 3. ed. Madrid: SCM,S.L. (Doyma),
Tomo1, cap.1, p.3-28, 2002. Disponível em: <http://sefh.interguias.com/libros>. Acesso
em: 14 novembro. 2011.
NADZAN, D.M. A System Approach to Medication Use. In: Cousins DM. Medication
Use: A System Approach To Reducing Errors. Oakbrook Terrace (IL): Joint Commission;
p.5-18, 1998.
NAPAL,V.; GONZALÉZ, M.; FERRÁNDIZ, J.R. Dispensación com intervención previa
Del Farmacêutico: dosis unitárias. In: FALGAS BJ, DOMINGUEZ A, HURLÉ G,
PLANTAS MCG, LECUMBERRI VN, MOLINA EV. Farmacia Hospitalaria. Spaña:
SEFH. p. 389-414, 2002.
Disponível em <http://www.sefh.es/>, acessado em 31/10/2011.
Organização Nacional de Acreditação. Serviços Acreditados. Brasília, 2007. Disponível
em: <http://www.ona.org.br>. Acesso em: 20 maio 07.
ORGANIZAÇÃO NACIONAL De ACREDITAÇÃO. A saúde no Brasil - agora tem um
processo permanente de avaliação e certificação da qualidade. Brasília: ONA; 2000.
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE / ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA
SAÚDE (OPAS/OMS). Guia para el Desarrollo de Servicios Farmacêuticos
Hospitalarios: Logística del Suministro de Medicamentos. Logística Del Suministro de
Medicamentos. Washington: OPAS, 36 p. (Série 5.2). 1997b.
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE / ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA
SAÚDE (OPAS/OMS). Guia para el Desarollo de Serviços Farmacêuticos
Hospitalarios: Sistema de Distribuición de Medicamentos por Dosis
Unitárias.Washington: OPAS, 25 p. (Série 5.3),1997c.
ORTIZ, R.L. Gestión de um Servicio de Farmácia Hospitalaria. 1. ed. Buenos Aires: elibro.net, 53p., 2004.
OSORIO-DE-CASTRO, C.; CASTILHO, S. R. (Org.). Diagnóstico da farmácia
hospitalar no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 150p, 2004.
18
Paim, J.S. Modelos de atenção e vigilância sanitária. In: Rouquayrol & Almeida Filho.
Epidemiologia e saúde. Rio de Janeiro: MEDSI, p. 567-586, 2003.
RIBEIRO, E. Sistemas de distribuição de medicamentos para pacientes internados. In:
STORPIRTIS, S.; MORI, A. L. P. M.; YOCHIY, A.; RIBEIRO, E.; PORTA, V. Farmácia
clínica e atenção farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p.161-170,2008.
ROSA, M.B. Erros de medicação de as atitudes do farmacêutico.
Disponível
em
<http://www.crfmg.org.br/jornal/RevistaMai06/erromedicacao.htm>
Acesso em Ago. 2011.
SILVA, M. D. G.; SILVA, C. R.; REIS, V. L. S. Sistema de distribuição de medicamentos
em farmácia hospitalar. In: GOMES, M. J. V. M.; REIS, A. M. M.Ciências
farmacêuticas: uma abordagem em farmácia hospitalar. São Paulo: Atheneu, p.347363, 2000.
SOCIEDADA BRASILEIRA DE FARMÁCIA HOSPITALAR. Padrões Mínimos para
Unidades de Farmácia Hospitalar. Belo Horizonte; 1997.
SOCIEDADA BRASILEIRA DE FARMÁCIA HOSPITALAR - SBRAFH. Padrões
mínimos em farmácia hospitalar. São Paulo: SBRAFH. 2a. ed.; 2008.
WILKEN, P.R.C;BERMUDEZ, .JA.Z. A Farmácia no hospital: como avaliar? Rio de
Janeiro: Editora Ágora da Ilha.1999.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Estratégia farmacéutica de la OMS: lo esencial
son los países, 2004-2007.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO).The world health report 2003: shaping
the future. Geneva: WHO, 2003.
Disponível em: http://www.who.int/whr/2003/en/whr03_en.pdf Acesso em: 23 ago. 2011
Download

farmácia hospitalar e a descrição dos sistemas de dispensação