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nº0 JuLho/Agosto 2011
www.revistaoutdoor.pt
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outdoor
Revista
Torna-te fã
Fotografia
Outdoor
Nos Bastidores
da Montanha
com Aurélio Faria
Viagens
SaudÁveis
em família
com Joel Santos
Mergulha
com a Elisabete Jacinto
MUS
A Aventura Urbana
Titan Desert
O relato de quem lá esteve!
Caminhar
Vida activa longe do stress
Apps
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Actividades Outdoor Julho e Agosto
Disponível para iPad e iPhone
Editorial Ficha técnica
O nº zero
I
niciar um projecto editorial na actual conjuntura
económica é… uma Aventura!
E é esta aventura que nos faz criar um projecto que
acreditamos inovador: oferecer aos portugueses
uma realidade ainda pouco conhecida e explorada,
em formato fora de portas.
Aqui está finalmente a Revista Outdoor, fruto de onze anos
de trabalho do Portal Aventuras, pensada e idealizada desde 2009, resultado de muito empenho e dedicação de uma
equipa fantástica que nunca baixou os braços e sempre
acreditou que era possível.
Temos como objectivo principal dar a conhecer um Portugal recheado de encantos naturais por descobrir, ideais
para a prática de turismo, desporto e aventura. Fomos
também saber mais junto dos Portugueses que se destacam neste meio: são desportistas, têm um enorme mérito
nos feitos que atingem e são muito pouco reconhecidos
(ainda). Queremos ser uma montra para estes aventureiros… e que sirvam de inspiração aos mais de 10 milhões
que já somos para uma fuga da rotina, para uma saída em
família, para umas férias… As nossas sugestões são diversas e garantimos que vos levam a locais e a actividades
realmente interessantes!
A aposta no mundo digital, em alternativa ao papel, é uma
consequência natural do forte crescimento tecnológico, de
um ritmo de vida cada vez mais virtual e de um sentido
ecológico cada vez mais necessário. O formato (esperamos
nós) é bastante interactivo, com vídeos, imagens e artigos
que nos cativa e nos aproxima do conteúdo.
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www.revistaoutdoor.pt
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nº0 JuLho/Agosto 2011
Agradecemos a
todos os que estiveram connosco desde o início
da criação deste
projecto…o nosso muito obrigada. Esta revista
também é vossa!
Até Setembro e
até lá… acompanhem dia a dia
as novidades no
Portal Aventuras.
outdoor
RevistA
Torna-te fã
FotograFia
outdoor
com Joel Santos
Nos Bastidores
da MoNtaNha
com Aurélio Faria
ViageNs
saudÁVeis
em família
titaN desert
O relato de quem lá esteve!
CaMiNhar
Vida activa longe do stress
6
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
WPG – Web Portals Lda
NPC: 509630472
Capital Social: 10.000,00
Rua Melvin Jones Nº5 Bc – 2610-297 Alfragide
Telefone: 214702971
Fax: 214702973
Site internet: www.revistaoutdoor.pt
E-mail: [email protected]
Registo ERC n.º 126085
Editor e Director
Nuno Neves | [email protected]
Marketing, Comunicação e Eventos
Isa Helena | [email protected]
Sofia Carvalho | [email protected]
Revisão
Cláudia Caetano
Colaboraram neste número:
Aurélio Faria, Artur Pegas, Paulo Quintans,
Ricardo Mendes, Paulo Nascimento,
Elisabete Jacinto, Ana Lima, Rui Calado,
Joel Santos, Magali Tarouca, Gonçalo
Velez, Pedro Pacheco, Ana Barbosa.
Design Editorial
Inês Rosado
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aCtiVidades outdoor Julho e agosto
Disponível para iPad e iPhone
Edição nº0
Fotografia
Joel Santos
Mus
A Aventura Urbana
Equipa Portal
Aventuras
Mergulha
com a Elisabete Jacinto
www.portalaventuras.pt
Desenvolvimento
Ângelo Santos
EDITORIAL
06
GRANDE REPORTAGEM
Nos bastidores da Alta Montanha
Directrizes
08
EM FAMÍLIA
VIAGENS SAUDÁVEIS
Caminhadas pelos cenários das caixas de bombons
14
AVENTURA — Caminhada Aquática
18
Jardim Zoológico
20
nº0 Julho_Agosto 2011
AVENTURA
MUS Portugal 2011
22
MERREL BAREFOOT
28
08
POR TERRA
CAMINHADAS
O escape para viver uma vida activa longe do stress
CAMINHADA NOCTURNA
Sintra Fantasmagórica
32
36
EVENTO — MILENIO TITAN DESERT 2011
40
A MINHA AVENTURA — “GR14_Rota do Rio Douro”
48
INDOOR — Preparação para uma caminhada no ginásio
52
ENTREVISTA
ELISABETE JACINTO
54
POR ÁGUA
EVENTO — Audi MedCup 2011
62
PASSEIO EM KAYAK
Pelo Minho em Kayak
68
INDOOR — Preparação para uma aventura em Kayak no ginásio
70
A MINHA AVENTURA — Rio Sabor em Autonomia
72
Descobrir os bastidores da Alta Montanha é a proposta de Aurélio Faria, que
nos apresenta um relato impressionante
de uma vivência intensa. “ … Muitas vezes
a história está também na viagem até ao
acampamento base … ”
54
FOTOGRAFIA
ENTREVISTA — Joel Santos por Magali Tarouca
80
PORTFOLIO DO MÊS — Índia
91
FOTOGRAFIA DO MÊS — Pescador de Sonhos
94
Aplicações iPhone para fotógrafos — Trip Journal
96
SOS
SOBREVIVENCIA — Bear Grylls
SOS em BTT
98
100
KIDS
Campos de Férias
106
ACTIVIDADES OUTDOOR
112
DESCOBRIR
Parque Natural e Parques Nacionais
120
DESAFIO — Coasteering Blue Line
126
Cartão Jovem comemora 25 anos
130
POUSADA DA JUVENTUDE — Pousada de Juventude de Alfeizerão
132
INTRA-RAIL — Vem Descobrir Portugal
134
A MINHA EXPERIENCIA
138
Depois da brilhante vitória no Rally da
Tunísia, a equipa da Revista Outdoor
esteve com a Elisabete e numa conversa
informal de partilha de experiências,
descobrimos alguns segredos desconhecidos do grande público…
91
Viajar
VIAGEM AVENTURA — Moçambique, África do Sul, Swazilândia
140
MEMÓRIAS POR PEDRO PACHECO
Breve Relato de uma aventura no tecto do Mundo em 1994
142
Cuidados de alimentação em Viagem
144
RECEITAS OUTDOOR
146
ESPAÇO APECATE
148
DESPORTO ADAPTADO
Jogos de Portugal
154
Atletismo
156
A fechar
158
Os textos e imagens presentes na Revista Outdoor são da responsabilidade dos seus autores.
Não é premitido editar, reproduzir, duplicar, copiar, vender ou revender, qualquer informação presente na revista.
Com a simplicidade, humildade e carisma
que tão bem o caracterizam, o fotógrafo
Joel Santos abriu-nos as portas para o
mundo captado pela sua câmara. Viaje
nas suas palavras e deslumbre-se com as
suas imagens!
Grande Reportagem
 Histórias Rarefeitas
“Nas encostas dos Himalaias, só existem as encostas dos Himalaias. É à
distância, ou na memória, ou na imaginação que os Himalaias assumem
toda a sua altitude, e até um pouco mais.”.
Pôr-do-sol Everest, vista do Kala Pattar, 5400m Nepal
NOS BASTIDORES
DA ALTA MONTANHA
Nuvem lenticular (Tibete)
8
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Fotos: Aurélio Faria
Fernando Pessoa
C
Era uma personagem singular, a quem chamámos logo carinhosamente O Velho, tal como déramos alcunhas aos participantes nas expedições
acampadas no término do glaciar de Khumbu.
Quando soubemos o porquê da marcha de uma
semana até aos 5400m de altitude, vimos n´O Velho, a história perfeita entre as expedições que
tentavam conquistar a face sul da montanha
mais alta do mundo.
Na noite da chegada, houve uma festa em sua
honra. Na tenda messe, cantaram-se canções de
marinheiros ingleses e cowboys americanos e
trautearam-se melodias tradicionais nepalesas. O
Velho a tudo assistiu, com aquele
sorriso especial, sentado numa
espécie de trono – a cadeira
O Velho a
giratória usada nas expetudo assistiu,
riências dos médicoscom aquele sorriso
-alpinistas
britânicos.
Soubemos que era o
especial, sentado numa
principal financiador
espécie de trono – a cada Expedição Médica
deira giratória usada
Britânica. Tinha doado
o equivalente a 80 mil
nas experiências dos
Euros porque acreditava
médicos-alpinistas
que o dinheiro servia uma
britânicos.
causa nobre. Apesar da filha
única ter morrido na montanha. Apesar dos jornais sensacionalistas britânicos lhe terem feito a vida
negra, e invadido a privacidade em busca de detalhes mórbidos e pormenores mirabolantes sobre o
desaparecimento da sua alpinista mais querida.
O Velho recusou naturalmente ser entrevistado. Mesmo assim tentámos, insistindo no facto de sermos portugueses, e nos mover apenas
o exemplo dado pela sua presença. Os médicos
mediaram as nossas abordagens, polidas de tacto
e delicadeza. Acabámos, contrariados por aceitar o Não. Mas encontrámo-nos e falámos várias
vezes: na lavagem da roupa, com as mãos geladas, imersas no riacho de água do glaciar; e na
madrugada muito fria do último ataque ao Everest. Nós, acordados às 4 da manhã por obrigação
profissional, para registar o moral dos alpinistas.
Ele, por insónia, por já ter idade para dormir
pouco. Na tenda-cozinha, tomámos chá, e falámos de banalidades da vida, do frio e do clima da
Escócia, dos ovos estrelados e do sol de Portugal.
Viajar
Grande Reportagem
abelos brancos. Entre os 65 e os 70
anos. Arribou ao Acampamento Base
do Everest em finais de Setembro.
Chegou às costas de 4 sherpas. Cansado. Ofegante. Mal adaptado à altitude. Mas determinado e com um sorriso de bem
com a vida.
Caravana de iaques na moreia do glaciar
de Solu Khumbu (5000m), Nepal
Ice Fall, face sul do Everest
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
9
Grande Reportagem
Monja budista, Nepal
Mãe e filho, Lukla (2700m), Nepal
Tal como arribou, O Velho partiu sorrateiramente
numa manhã de nevoeiro, dias antes de desmontado o arraial do Acampamento Base. Na memória e
no coração, guardo ainda o tal Sorriso de bem com
a vida, a postura de quem sofreu e sobreviveu, e a
serenidade de quem já sabia que faltava pouco para
juntar-se à filha no Reino das Neves Eternas.
Sem glória nem drama, terminaram dias depois
quase dois meses de trabalho em condições-limite.
A 5 mil metros de altitude, com metade do oxigénio respirado ao nível do mar, 30 graus durante o dia, 20 negativos à noite, uma comida às
vezes intragável, uma cama em cima de um glaciar que ondula e avança um metro por semana
com estalos contínuos, e rodeados de conquistadores e sonhadores, loucos e aventureiros, até
não houve grandes razões de queixa.
Ninguém morreu. Tudo correu, mais ou menos,
conforme o planeado, à excepção do final da
reportagem do Outono de 1994: «E assim acaba
uma aventura portuguesa no Everest. Ventos superiores a 100 quilómetros/hora sopraram para
bem longe os sonhos de Pedro Pacheco e mais
18 alpinistas. Apanhados pela pior época de alpinismo dos últimos anos nos Himalaias, vencidos
pela montanha que nepaleses e tibetanos chamam Deusa Mãe do Mundo.»
Não foi preciso usar o único telefone-satélite existente em todo o vale de Solu Khumbu, numa estação científica italiana, a 2 dias de marcha do acampamento base. O pesado gerador e o rudimentar
painel solar para carregar as baterias da câmara
vídeo chegaram incólumes ao fim da expedição.
A este anti-clímax mediático, juntaram-se alguns sustos, mas sem consequências, como a
avalanche que varreu a parte alta do Acampamento Base, verdadeiro abalo sísmico que durou segundos, e fez chover sobre as tendas pó de
neve e mil e um bocados de gelo e pedras.
Onze anos depois, - na Primavera de 2005-, voltei com os alpinistas João Garcia e António Coelho (Tozé) aos Himalaias, já numa época de
informação instantânea e de acesso imediato à
Internet. Os telefones-satélite, os painéis solares
e o material mais ligeiro mediatizavam já qualquer aventura aos mais altos cumes do planeta, mas criavam também uma pressão perversa
para contar quase em directo as emoções, as dificuldades e os obstáculos inesperados que marcam uma expedição himalaiana.
No Kangchenjunga, também no leste do Nepal,
voltei a perceber que tal como numa guerra, uma
reportagem sobre a alta montanha é um desafio aliciante mas que pode revelar o pior e o melhor da
condição humana, e quão frágil é a fronteira entre
a vida e a morte.
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Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Viajar
Grande Reportagem
uma reportagem sobre a
alta montanha é um
desafio aliciante mas
que pode revelar o pior
e o melhor da condição
humana, e quão frágil
é a fronteira entre a
vida e a morte
Nascer do sol, acampamento base do Everest
Dezassete anos depois de ter observado pela primeira vez o pôr-do-sol único no Everest, mantenho
a certeza de que o alpinismo no arriscado e rarefeito mundo da alta montanha é diferente do futebol.
Não deve haver locutores a transmitir regularmente o tempo e o resultado dos alpinistas que sobem
a montanha: chegar lá acima é apenas metade do
Foto e Sketch: António Coelho
Da ida ao terceiro
cume mais alto do planeta e na montanha dos
Himalaias onde reza a tradição
tibetana, os deuses da riqueza guardam ouro,
prata, cobre, trigo e os livros sagrados – os 5 Tesouros das Neves Eternas! -, guardei a história de
uma conquista portuguesa, mas também de um
acto de heroísmo. Aos 6 mil metros de altitude,
João Garcia resgatou o companheiro acometido
de uma apendicite aguda. Numa corrida contra-relógio de quase 48 horas, acompanhou a descida de Tozé pelas dezenas de quilómetros do
escorregadio e pedregoso glaciar de Yalung, até
à pastagem de iaques a 4500m, onde aterrou o
helicóptero chamado por telefone-satélite.
Tozé voltou a Portugal com um jornalista enfermeiro. João regressou à montanha, e alcançou
ainda o cume do Kangchenjunga, iniciando o percurso vitorioso, terminado em 2010 da conquista
das 14 montanhas de 8 mil metros do planeta.
Rota de ascensão do Kanchenjunga
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
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Grande Reportagem
Acampamento base do Kanchenjunga (5400m), Nepal
Da ida ao terceiro cume mais
alto do planeta e na
montanha dos Himalaias
onde reza a tradição tibetana, os deuses da riqueza
guardam ouro, prata,
cobre, trigo e os livros sagrados
APP IPHONE
Altímetro Digital
O Altímetro Digital mostra a
posição em alturas (metros) no
ponto onde estamos.
http://itunes.apple.com/pt/
app/digital-altimeter-free/
id336650411?mt=8
caminho, e subir é tão perigoso como descer.
E muitas vezes a história está também na viagem
até ao acampamento base, e nos não alpinistas
que rodeiam os que arriscam tudo para conquistar os altos cumes dos Himalaias. ø
Aurélio Faria
Jornalista SIC
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Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Viena, Feito.
Próxima etapa, Londres.
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Novo relógio de ecrã táctil com GPS Forerunner ® 610.
“Energia esgotada, pernas e pés doridos e um óptimo sentimento de objectivo superado.
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precisos mal posso esperar para voltar a correr.”
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Em família
 Viagens Saudáveis
Áustria
Caminhadas pelos cenários das caixas de bombons
Em abstracto qualquer viagem pode (e deve) ser saudável. Mas,
dizemos nós, há umas mais saudáveis que outras. A actividade
física como parte integrante de um programa de férias, seguramente que lhe trará a breve trecho uma melhoria da sua condição
física e do seu bem estar geral. Se essas viagens forem feitas
com as pessoas de quem mais gosta, pode transformar uma experiência de viagem num acontecimento familiar fantástico.
Aquilo que vamos passar a descrever e propor é fazer férias activas, em família. Em suma… Ponha a sua família a andar!
O
acto de caminhar é inato aos humanos enquanto espécie, por isso,
parece-nos normal que esse atributo possa ser parte integrante de
um programa de férias. Tão mais
importante deve ser quando decidimos viajar
com crianças, e mostrar-lhes a elas, que há mais
mundo para além dos videojogos, da internet e
das mensagens sms.
Seleccionamos a região de Salzburgo para oito
dias de passeios, descobertas e brincadeiras.
Os vales e aldeias da região de Salzburgo co14
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
meçam por surpreender pelo ambiente sereno,
limpo e sofisticado. A arquitectura não nega que
estamos entre a Baviera e o Tirol, tão pouco as
suas gentes ocultam esse facto, fazendo gala no
uso dos seus trajes tradicionais. Elas, saias rodadas até aos pés com motivos florais, avental
branco imaculado, cabelo apanhado em carrapito ou rabo de cavalo. Eles, calções com peitilho, meias de lã até ao joelho, sapatos de couro
com atacadores e chapéu verde, com uma pena
colocada sobre a lateral.
Para as crianças, as descobertas começam à
saída do posto de turismo da aldeia. De mapa
Em família
Áustria
Fotos: Papa-Léguas
OUTDOOR
OUTDOOR Julho_Agosto
Junho_Julho 2011
15
Em família
na mão lançamos-lhes o desafio de descobrir o
caminho para o hotel. Descemos entre ruas estreitas, de casas floridas e de gente alegre e sorridente. Neste dia de sol ameno, somos tentados
a parar na geladaria.
O tempo aqui passa mais devagar. Entre duas
colheres de gelado, explicamos aos mais pequenos como ler um mapa, como encontrar o Norte,
como transformar aquele pedaço de papel num
labirinto gigante, por onde vão passar as brincadeiras dos próximos dias.
A rede hoteleira desta região é peculiar. Sabe
a outros tempos. Os hotéis são pequenos, familiares, decorados com as lembranças de quem
os construiu e os foi deixando em herança aos
descendentes. Tem uma escala humana, tão importante para que as crianças se possam sentir
em casa.
É este ambiente de descontracção, hotéis simples mas muito charmosos e uma comida deliciosa que nos prepara para em família fazermos
os passeios pedestres que temos planeados.
São passeios pequenos, simples e seguros, sempre com um objectivo que nos levam a percorrer vales verdejantes, cascatas impressionantes
e desfiladeiros pouco comuns nas nossas latitudes. As crianças não se cansam, apenas tem que
ter um objectivo em cada dia. Algo que o torne inesquecível, único. Ao fim do dia, depois de
16
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
jantar, é bom usufruir do charme da nossa “casa
na montanha” e ver (ou rever) as peripécias e
aventuras que vivemos em família.
Esta viagem termina em Salzburgo, cidade mergulhada numa cultura centenária, onde a música exerce um papel de relevo, dando oportunidade aos mais pequenos para escutar outros
sons e aprender mais sobre os compositores que
criaram algumas das mais belas obras musicais
da nossa era. ø
Artur Pegas
www.papa-leguas.com
asics.pt
Correr liberta mais do que suor
ASICS vem do Latim
Anima Sana In Corpore Sano, que significa
“Mente sã, num corpo são”
Em família
 Aventura
As caminhadas aquáticas são recentes em Portugal. Trata-se de uma caminhada, mas no leito do rio. Tem a comodidade dos participantes terem
fatos de neoprene e da caminhada se desenrolar num ambiente espectacular, observar espécies de árvores raras como o azereiro, mas também
aves de rio, como a garça real, o melro de água ou o guarda rios. A possibilidade de ver lontras é rara, pois este mamífero é bastante esquivo, mas
as marcas da sua presença são muitas. O silêncio e o contacto com a natureza são as principais características desta actividade. É uma experiência
única, num rio magnífico.
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Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Foto: Trans Serrano
Caminhada Aquática
no Rio Ceira – Góis
Este
sector do
rio Ceira é muito bonito, calmo e
com grande contacto com a natureza...
Testemunho:
Helena Moita - 35 anos
“Gostei muito desta actividade... tinha medo de
fazer um canyoning, mas a forma relaxante como
decorreu e o nível muito acessível, fez ficar com
vontade de experimentar outras actividades. Este
sector do rio Ceira é muito bonito, calmo e com
grande contacto com a natureza... Adorei aquele último salto no Açude antes do Ponte Velha da
Cabreira! Obrigado Trans Serrano!”
Tipo de percurso: Linear.
Extensão: 2 km
Duração: 4 a 5h.
Dificuldade: Médio, dependendo da condição física
dos participantes e das condições do rio.
Épocas recomendadas: Primavera, Verão e Outono
(Maio a Outubro)
Descrição: Caminhada aquática pelo leito do rio Ceira. Este rio possui uma galeria ripícola bem preservada. Tem início na Foz da Fonte, um local espectacular do rio, onde no passado os habitantes locais
desviaram o leito do rio Ceira, escavando um túnel na
montanha. O percurso inicia-se aqui, junto ao túnel,
um local que se presta para fotografias inesquecíveis,
num local onde mais ninguém vai. O percurso inclui
a passagem e transposição de alguns açudes através
de saltos. Ao longo deste sector pode-se ver antigos
moinhos, lagares de azeite, muros de propriedades
agrícolas e pontes, tudo feito em xisto e lousa. A meio
encontra-se um açude de uma antiga serração movida a água, com permite diversos tipos de saltos de 2 a
3 metros para um poço muito fundo. Termina na Ponte Velha da Cabreira, um local deslumbrante com o
lagar, moinho e tulhas, tudo em pedra da região. Este
local tem várias opções de saltos para a água, para
terminar a actividade em beleza. Durante o percurso
é possível efectuar apneia. O percurso é em certos
locais muito escorregadio, pelo que é necessário ter
muita a atenção na progressão.
Recomendações: Requer alguma destreza e resistência física.
O que deve trazer: Deve trazer água e almoço ligeiro: sandes, fruta, barras energéticas, frutos secos etc.
É necessária trazer calçado para andar na água (botas de caminhada ou ténis/sapatilhas velhas), meias
de neoprene (facultativo), camisola de Lycra (facultativo), mochila pequena para andar na água, protector
solar. Quem usar óculos graduados deve aplicar um
cordão para estes andarem mais seguros.
Preço: 17,5€/pax
Inclui: Fato de neoprene e meias, seguros e enquadramento por monitores experientes. Disponibilizamos alguns óculos e tubos de apneia para o grupo.
Actividade realizada com o mínimo de 6 participantes.
Um Programa: Trans Serrano ø
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Em família
Caminhada Aquática
FICHA TÉCNICA
Em família
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Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
(Artigo escrito segundo o novo acordo ortográfico)
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
21
Aventura
MUS PORTUGAL 2011
Está de volta a mais divertida prova de aventura urbana!
Faro, Beja, Évora, Castelo Branco, Coimbra,
Viseu, Aveiro, Porto já receberam as mini-provas.
Seguem-se as mini-provas de Braga e Bragança
antes da final de Lisboa
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Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Aventura
MUS Portugal 2011
LOAD
D
epois do sucesso
da edição de 2010,
a Merrell volta a
trazer a Portugal
a maior e mais
divertida prova de aventura
urbana: o MUS 2011.
Ideal para aqueles que gostam
de desafios e de imprevistos, o
MUS reúne aventura, desporto,
animação, cultura e solidariedade. E tudo isto, enquanto se
explora a cidade que a recebe.
LOAD
Tiago Veloso, Brand Manager da
Merrell, destaca que “a abrangência do MUS expressa de forma única os valores da Merrell,
pois é uma prova onde a responsabilidade social e ambiental se integram naturalmente
com os outros atributos: diversão, desporto e cultura. É com
enorme satisfação que nesta
segunda edição levamos esta
A solidariedade é
experiência a outras cidades,
de Norte a Sul de Portugal,
um dos atributos do
permitindo que os fãs de
MUS. Como tal, e à semeactividades ao ar livre de
lhança do que aconteceu em
todo o país embarquem
na mais divertida aven2010, o MUS apoia a Assotura urbana”.
ciação CAIS, encaminhando
para esta instituição os
donativos angariados
pelas equipas.
A edição deste ano tem
várias novidades: foi criado
um calendário nacional que
vai permitir que 10 cidades,
de Norte a Sul do país, tenham
oportunidade de experimentar
esta aventura urbana, há provas de animação destinadas ao
público que assiste à competição e vai permitir que a equipa
vencedora da prova final participe na Oyster Racing Series, nos
Estados Unidos.
Faro (7 Maio), Beja (14 Maio),
Évora (21 Maio), Castelo Branco
(28 Maio), Coimbra (4 Junho),
Viseu (11 Junho), Aveiro (18
Junho), Porto (25 Junho), Braga
(2 Julho) e Bragança (9 Julho)
são as cidades que recebem
mini provas antes da grande
final de Lisboa, marcada para 16
de Julho, no coração da cidade.
O envolvimento do público em
actividades inovadoras, através
da produção de energia cinética, é a segunda novidade e serve
de base a uma série de desafios
nos quais os vencedores não vão
ficar de mãos a abanar.
Watt Challenge: Competição
para ver quem gera mais energia pedalando.
DJ Contest: Concurso de DJ’s em
que o sistema de som é alimentado pela energia produzida por
pessoas a pedalar. O vencedor
de cada cidade será convidado a
actuar na prova de Lisboa.
Pedal Milkshake: Batidos de fru-
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
23
Aventura
LOAD
LOAD
ta feitos na hora com energia
cinética. Cada pessoa pedala
para confeccionar o seu.
Runway Bike: Desfiles de moda
em bicicleta que vão ser marcados pela originalidade de cada
participante.
Outra novidade desta edição é a
possibilidade da equipa vencedora da prova final ir à Oyster
Racing Series, uma prova urbana que se realizou pela primeira vez na cidade de Denver, nos
Estados Unidos, em 2003, e que
depressa se estendeu a outras
cidades do país.
Sobre a
MERRELL
A MERRELL, que em 2011 comemora 30 anos de existência, é a marca de
calçado Outdoor que mais vende no mundo. Trata-se de uma marca norte-americana de calçado que se expandiu mais recentemente para a área do
vestuário. Integrou desde 1997 a Wolverine Wold Wide, empresa sediada em
Rockford, no Michigan, que inclui no seu portfólio marcas de grande notoriedade como a CAT, Harley–Davidson, Patagonia, Sebago ou Hush Puppies.
Actualmente a MERRELL produz mais de oito milhões de pares de sapatos
por ano, distribuídos por cerca de 200 países e territórios.
24
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
RESPONSABILIDADE SOCIAL
A solidariedade é um dos atributos do MUS. Como tal, e à semelhança do que aconteceu em
2010, o MUS apoia a Associação
CAIS, encaminhando para esta
instituição os donativos angariados pelas equipas.
Nesta edição podem angariar-se fundos através das inscrições
(por cada inscrição, a CAIS recebe €5), da página da MUS Portugal no Facebook (por cada “like”
a CAIS recebe €0,10), através da
linha telefónica MUS de apoio à
CAIS – 760 50 16 50 – sendo que
a Associação recebe €0,30 por
cada chamada efectuada, e pela
angariação directa dos participantes junto dos seus familiares, amigos, colegas e restante
cadeia de conhecimentos através de um sistema de donativos
explicado mais à frente.
Para Henrique Pinto, director da
Associação CAIS “é com imenso orgulho que a Associação
CAIS volta a unir-se ao MUS
pela segunda vez consecutiva.
A aposta da Merrell, e de todo o
público que adere a esta iniciativa, em ajudar a CAIS no seu trabalho é muito importante para o
combate à pobreza. É motivador
saber que há empresas e projectos que não esquecem o lado
solidário e socialmente responsável e o MUS é disso exemplo.
Recordo que em 2010 esta parceria permitiu à CAIS angariar
Por água
Aventura
MUS Portugal 2011
LOAD
Sobre a
Associação CAIS
Fundada em 1994, a CAIS é uma Associação de Solidariedade Social sem fins lucrativos. Activa e dinâmica,
a CAIS é uma entidade que não só trabalha no terreno como debate as questões sociais em Portugal. A sua
missão é contribuir para o melhoramento global das
condições de vida de pessoas sem casa/lar, social e
economicamente vulneráveis, em situação de privação,
exclusão e risco.
No terreno, a CAIS actua a dois níveis: inclusão - ajudar as pessoas a integrarem-se no mercado de trabalho
ou a encontrar formas de sustentação económica mais
estáveis; intervenção – promover a reflexão e o debate
das questões que se ligam aos fenómenos da pobreza e
exclusão, em Portugal e no mundo.
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
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Aventura
A PROVA
Aos participantes cabe realizar
as tarefas que lhes forem designadas no menor tempo possível
e, embora correr e andar de bicicleta sejam actividades esperadas, a verdadeira aventura é o
secretismo! As equipas podem
ser desafiadas a fazer as coisas
mais improváveis e é essa, precisamente, uma das principais
atracções do MUS: embarcar
numa prova cujos detalhes são
desconhecidos.
LOAD
fundos para 704 refeições completas. Nesta edição a missão
passa por ajudar a criar emprego através de um novo projecto
da CAIS: o Capacitar Hoje”.
OS PRÉMIOS
Mini Provas:
Todos os participantes recebem
uma t-shirt oficial do MUS, um
saco mochila, uma garrafa de
água e uma barra energética.
Nas mini provas, as 3 equipas
que melhor se classificarem
ganham Camelbacks, buffs, e
equipamento Merrell no valor
de €75, €50 e €25 por participante. São ainda convidadas a
disputar gratuitamente a prova
de Lisboa, a 16 de Julho.
MUS:
Todos os participantes recebem
uma t-shirt oficial do MUS, um
buff, um saco mochila, uma gar-
PARTICIPAR
O MUS é uma prova aberta a
todos os que queiram participar,
desde que tenham no mínimo
14 anos e constituam uma equipa com 3 elementos. Os interessados poderão inscrever-se nos
balcões e bilheteira online dos
CTT a partir de 15 de Abril. O
valor da inscrição é de €15 para
as mini provas e €25 para a prova de Lisboa.
26
LOAD
Como a prova é secreta, será
distribuído às equipas um passaporte momentos antes do início, indicando o próximo local
de destino. O objectivo é chegar lá o mais rápido possível,
utilizando o meio de transporte
designado. Depois de cumprido
o desafio as equipas retornam
ao ponto de partida, onde recebem novas instruções.
Como o MUS se inspira no
forte sentido de responsabilidade ambiental da Merrell, a valorização de recursos naturais,
o não desperdício, o culto das
energias renováveis e a preservação ambiental são conceitos
que integram toda a prova – por
exemplo, através da promoção
do uso da bicicleta ou dos transportes públicos no desempenho
das actividades.
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
rafa de água e uma barra energética.
Sendo a Merrell o patrocinador principal da Oyster Racing
Series – www.oysterracingseries.com – a equipa vencedora
da final de Lisboa ganha a participação nesta prova, com oferta das viagens e estadias numa
cidade ainda a designar com
base no calendário da Oyster.
O segundo e terceiro classificados ganham Camelbacks, buffs
e equipamento Merrell no
valor de €150 e 100€, respectivamente. Do quarto ao décimo
participantes, o prémio é um
Camelback. ø
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
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LOAD
Por água
Aventura
MUS Portugal 2011
Aventura
MERRELL Barefoot
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Julho_Agosto2011
Junho_Julho
2011 OUTDOOR
OUTDOOR
A
colecção MERRELL Barefoot proporciona um bom equilíbrio entre protecção ao
pé, amortecimento e liberdade de movimentos, de forma a ajudar os entusiastas
do outdoor a evitar lesões e a fortalecer
os seus músculos enquanto fazem o que mais lhes dá
prazer na natureza.
Os modelos que integram a MERRELL Barefoot juntam o design minimalista que dá liberdade ao pé, à
tracção em zonas específicas do calçado para ir ao encontro dos desafios de cada terreno – desde a estrada
ao trilho de montanha. Os designs criados proporcionam uma locomoção mais natural, pela movimentação da protecção do calcanhar e pelo amortecimento
que a dianteira proporciona ao caminhar, a que se
junta um alinhamento ideal. Ao estimular a musculatura, aumenta a força do torso, a agilidade corporal e a
capacidade de queimar mais calorias.
MERRELL Barefoot Collection: Deixa-te conduzir pelos teus pés
Entre as propostas masculinas os ténis TRAIL
GLOVE destinam-se a corrida e caminhada e
proporcionam uma sensação próxima do terreno. Para praticar montanhismo e alpinismo com
grande naturalidade o modelo TRUE GLOVE é
o ex-líbris dos desportos mais radicais. Ambos
os modelos integram gáspea em pele sintética
e em rede, assim como o sistema de laçagem
patenteado pela marca, o Merrell Omni-Fit™,
que garante um ajuste perfeito dos ténis ao pé.
Um suporte no interior oferece estabilidade ao
pé e um design ergonómico com grande capacidade de resposta. Ainda entre as propostas
masculinas o TOUGH GLOVE é um modelo
construído em pele macia com um estilo casual
e desportivo, com um design versátil que lhe
permite andar pela cidade assim como entrar
numa aventura espontânea de última hora.
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
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Aventura
MERRELL Barefoot
A MERRELL®, marca líder na criação
de calçado e vestuário outdoor, que já
nos habituou a qualidades como conforto e qualidade, e a Vibram®, líder
mundial em solas de borracha de alta
performance responsável pelo design
e produção do conhecido conceito Five
Fingers®, empreenderam uma colaboração exclusiva com o objectivo de criar
uma sola com um design na vanguarda
da adaptabilidade e movimento multi-direccional. O resultado é a MERRELL
Barefoot, uma colecção que agora se
estreia, de calçado eficiente, versátil,
ultra-leve e minimalista. Esta colecção
representa o calçado mais futurista que
vai ao encontro das várias necessidades
dos entusiastas outdoor.
Aventura
30
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
A MERREL também inovou com uma linha
Barefoot para acrescentar performance e
funcionalidade às actividades outdoor femininas. Os três novos modelos aproximam
as senhoras aos terrenos nos quais se movimentam. Os ténis PACE GLOVE têm um
perfil baixo e foram criados para corrida e
caminhada. São construídos em materiais leves como a rede respirável e, uma avançada
protecção na palmilha, dá um suave amortecimento onde ele é mais necessário. O sistema de laçagem Merrell Omni-Fit™, proporciona um ajuste personalizado dos ténis ao
pé e óptima resposta em terrenos difíceis.
Dois estilos multi-desporto são os aliados
ideais para as aventuras mais ou menos radicais e para transitar entre o trabalho, uma
caminhada pela cidade ou um passeio de
bicicleta entre amigos. O modelo POWER
GLOVE representa na perfeição a nova geração da MERRELL. É construído em pele macia e tem um design que garante protecção
na zona do calcanhar e três fechos em velcro
(Easy Z-Rap) que seguram o pé para uma
performance simples e leve. PURE GLOVE
é uma outra opção ultra-leve de perfil baixo,
com materiais como a rede em Lycra e com
um sistema de ajuste ao pé ergonómico, que
proporcionam uma boa performance.
“Uma vez que o calçado minimalista e a corrida com pés descalços (barefoot) continuam
a estar no epicentro da reflexão e no coração
dos entusiastas, vimos a clara necessidade de
alargar o conceito “barefoot” às actividades
outdoor, para além da corrida e do fitness”,
Aventura
MERRELL Barefoot
As equipas podem
ser desafiadas a
fazer as coisas mais
improváveis e é essa,
precisamente, uma das
principais atracções do
MUS: embarcar numa
prova cujos detalhes
são desconhecidos.
afirma Clark Matis, antigo fundador e actual
designer de produto da MERRELL. “Ao estar
com a MERRELL há 26 anos, é entusiasmante testemunhar a evolução de uma marca na
indústria outdoor que continua a progredir
ao nível do design”, acrescenta Clark Matis.
A parceria com a Vibram e a sua especialização no calçado Barefoot destinado a corrida
e fitness, permite à MERRELL apresentar
uma colecção de ténis com um design ideal
para todo o tipo de actividades outdoor.
Para a Vibram foi também um desfio interessante. “A MERRELL é um parceiro de longa
data e temos orgulho em estender os benefícios do Barefoot a alternativas outdoor”, declara Tony Post, President & CEO da Vibram
USA. “Acreditamos que para os pés serem
saudáveis é necessário serem estimulados e
exercitados, o que irá por sua vez melhorar
o equilíbrio e a agilidade do corpo. Com essa
premissa colaborámos com a MERRELL com
o objectivo de criar uma sola exterior exclusiva que ajuda a aumentar a eficiência e a
adaptabilidade a todas as situações outdoor”,
explica Tony Post. ø
APP IPHONE
Programa de Treino do iPhone
Transforma Adeptos da Corrida Tradicional
em Adeptos do Barefoot em 40 Dias
A MERRELL introduz agora a primeira aplicação para iPhone para corrida
Barefoot.
Esta aplicação, criada em colaboração
com a Resource Interactive está directamente ligada à MERRELL’S BAREFORM TRAINING TECHNIQUE que incorpora a postura correcta de corrida,
fortalecimento corporal e um treino de
flexibilidade para um condicionamento de alto nível.
Esta aplicação apresenta também a mistura MERRELL BAREFOOT iTUNES baseada na cadência do ritmo natural de
corrida de 180 batidas por minuto.
Para fazer o download gratuito da aplicação basta aceder a
http://itunes.apple.com/us/app/go-barefoot/
id421390163?mt=8&ls=1
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Por terra
 Caminhadas
Caminhar...
o escape para viver
uma vida activa
longe do stress
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Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Podemos destacar alguns factores que influenciam e determinam o grau de dificuldade de um percurso:
■■ O tipo de terreno - Se o percurso segue por estradões largos ou trilhos de pé-posto, se o solo é compacto ou de consistência
instável, etc …;
■■ O tipo de vegetação - Se o percurso passa por zonas com vegetação que oferece cobertura dos elementos ou se pelo contrário
é um percurso exposto;
■■ As condições meteorológicas – É importante ter informação sobre a temperatura, nebulosidade, direcção e intensidade do
vento e precipitação.
■■ E, no final de contas, como te sentes no dia!
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Por terra
Caminhadas
A
caminhada é uma actividade praticada ao ar livre, onde impera o contacto
privilegiado com a natureza, promovendo o bem-estar físico e psicológico dos praticantes.
Há várias formas de escolher os itinerários: sugestões de amigos, programas de empresas de
Animação Turística licenciadas, conselhos dos
postos de turismo, percursos identificados no terreno ou em cartas topográficas, entre outros.
O nosso conselho: Se não tens conhecimentos ao
nível da orientação, nem tens o hábito de entrar
nestas aventuras, procura realizar a tua experiência com um guia ou com alguém já experiente!
Se pretendes realizar caminhadas autonomamente, mas necessitas de sugestões e informações sobre percursos, podes recorrer a várias
fontes de informação.
Existe uma razoável quantidade de percursos
criados por entidades públicas, desde o Instituto
de Conservação da Natureza e Biodiversidade a
Autarquias ou Regiões de Turismo, que se encontram identificados no terreno e para os quais foi
desenvolvido algum tipo de informação de apoio
impressa. Investiga, junto das entidades existentes na zona que gostarias de explorar, que informação existe e como aceder a ela.
Dando uso à internet, consegue-se também encontrar informação sobre destinos, percursos,
cartografia ou até mesmo trilhos GPS.
Mas atenção, quando se pretende realizar uma
caminhada com base em informação obtida
numa fonte externa, independentemente da confiança que depositamos nessa fonte, é preciso ter
cautela na sua utilização. Por vezes a informação
pode estar incorrecta ou desactualizada, o terreno pode ter sofrido alterações que põem em causa a exequibilidade do percurso, por exemplo.
O nível de dificuldade varia, o que significa que
é uma actividade acessível a todos. Informa-te
sobre a dificuldade de cada percurso e escolhe
o que mais se adequa à tua condição física e desfruta de um dia diferente, ao ar livre, com a natureza no seu máximo esplendor.
É essencial ter noção de que a dificuldade não
depende apenas da extensão e altimetria do percurso (desníveis que encontramos no percurso),
depende de alguns outros factores.
Por terra
As nossas Recomendações
■■ Antes de iniciares um percurso sabe qual a sua extensão, tempo médio de realização, desnível, tipo de terreno e condições climatéricas;
■■ É conveniente teres alguns conhecimentos de Orientação, saber interpretar sinalização existente, saber utilizar uma
■■
■■
■■
■■
■■
■■
■■
Bússola e ler Cartas Topográficas;
Inicia a caminhada com um ritmo suave, até aqueceres;
Faz refeições ligeiras e não te esqueças de levar água suficiente para o percurso;
As barras energéticas e os frutos secos são excelentes opções para levar para uma caminhada;
Evita fazer demasiadas paragens, pois quebram o ritmo de andamento;
Sempre que possível vai acompanhado;
Informa alguém para onde vais e que percurso pretendes realizar;
Leva o teu telemóvel para poderes contactar em caso de emergência.
Um percurso de trilhos estreitos ao longo de
uma zona de vegetação rasteira, se efectuado num dia de intenso calor e insolação, assume um grau de dificuldade significativamente
acrescido.
Se te estás a iniciar nesta actividade, sugerimos
um início por pequenos e fáceis percursos, e
uma evolução no grau de dificuldade à medida
que vais ganhando experiência e/ou condição
física.
Onde Praticar
Existem em Portugal várias entidades que organizam caminhadas, assim como locais específicos com percursos demarcados para a prática
desta modalidade. Tudo depende do que tu procuras e pretendes ... Caminhada com um grupo,
seguir um percurso pré-concebido, caminhar
através de um programa de uma empresa de
animação Turística, entre outros. ø
Equinócio
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Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Por terra
Caminhadas
O que levar para entrar
nesta aventura em
segurança e conforto!
Calçado confortável com sola aderente e grossa,
sendo o ideal Botas de Montanha ou ténis com sola de
borracha rígida e aderente
Meias apropriadas para o tipo de actividade
Roupa prática, confortável e respirável, adequada
ás condições climatéricas do dia
Boné
Óculos de Sol
Água
Reforço alimentar
Pequeno Kit de Primeiros Socorros
Mapa, Bússola ou GPS
Mochila
APP IPHONE
Conta Passos
Links úteis:
http://portal.icnb.pt
http://www.meteo.pt
http://www.windguru.cz/pt
É um medidor de distâncias
que mede todos os passos que
damos. Com temporizador
automático sintonizado para
parar de contar passos no segundo em paramos de andar
ou correr.
http://itunes.apple.com/pt/
app/digital-thermometer-free/
id373739433?mt=8
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Por terra
 Caminhada Nocturna
Sintra
Fantasmagórica…
Uma noite cheia de surpresas,
uma serra cheia de magia!
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Por terra
Sintra Fantasmagórica
Sabia que o medo irracional
do número 13 tem nome?
Triscaidecafobia! E ao medo específico da
sexta-feira 13 dá-se o nome de parascavedecatriafobia!
N
a realidade, ou
por mera sugestão, encontramos
uma Serra de Sintra nova e desconhecida. Saíndo dos Capuchos,
partimos até à densa mata, onde
nos embrenhamos no escuro.
Sentimos bem presente o espírito romântico, místico e exótico
de Sintra, quer pelo ambiente
criado pela luxuriosa mata, quer
pela vista que nos é reservada.
“Sintra Fantasmagórica” É uma caminhada
noturna pela mística Serra de Sintra, organizada pela Equinócio, todas as sextas feiras
13 do ano, entre outras noites 13!
Fotos: Equinócio
Enquanto passeamos por caminhos esquecidos e quintas
abandonadas, a luz da lanterna
é-nos de grande utilidade... sem
ela o passo torna-se incerto!
O guia, ao longo da caminhada, pede várias vezes para
desligarmos as lanternas e silenciarmos. Queremos sentir
verdadeiramente a Serra... Os
sentidos ficam efectivamente
mais apurados na imensidão
do escuro: o cheio intenso, os
sons verdadeiramente assusta-
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
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Por terra
dores do vento a tocar nas árvores, o uivar dos
cães, os grilos, os galhos que pisamos…
E ao longo do trilho, o Guia conta-nos as histórias e mitos da serra de Sintra que são um poderoso estímulo à nossa imaginação... e quando
nos deparamos com as surpresas comuns nas
encruzilhadas da serra, rapidamente compreendemos que ainda nos dias de hoje é um local
particularmente dado ao oculto.
Finalizamos com uma pequena merenda, há
que retemperar o corpo e o espírito... o que vos
espera pode ser muito mais do que imaginam.
Caso pretenda desafiar-se para superar possíveis superstições, a próxima oportunidade é já
no dia dia 13 de Agosto. O encontro é fantasmagórico, a não perder! ø
www.equinocio.com
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Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
PROGRAMA
20H30 - Encontro
21H00 - Início da Caminhada
24H00 - Finalização da Caminhada
Ponto de Encontro: Parque de Estacionamento dos
Conventos dos Capuchos
FICHA TÉCNICA
Dificuldade: Média/baixa
Duração (Tempo de Marcha): 2h30
Duração (Tempo de actividade): 3h00
Distância: 6 km
Nível de Dificuldade: 1+
Altitude Máxima: 460 m
Idade: Dos 12 anos aos …
Tipo de Percurso: Circular
Tipo de Terreno: Trilhos de terra.
Obviamente não aconselhável a quem sofra de parascavedecatriafobia (medo específico da sexta-feira 13).
Por terra
 Evento
MILENIO
TITAN
O Titan Desert, uma das maratonas de BTT mais
duras e mediáticas do mundo e que já vai na sua
sexta edição, envolve 500 participantes provenientes de todo o mundo, que percorrem 600km
em 6 dias. Em 2011 a prova foi composta por 6
etapas diárias, cada uma com cerca de 100km.
Existem 2 tipos de desafios: orientação e distância, a solo ou por equipas. Os atletas estiveram
expostos a altas temperaturas, ventos fortes,
vastas planícies, dunas e variações de altitude.
D
e 6 e 14 de Maio, 24 Portugueses entraram nesta Aventura e 8 deles participaram pela MEO Team, equipa
constituída por Marco Chagas, Vitor
Gamito, Celina Carpinteiro, Nuno
Margaça, Paulo Quintans, os bem conhecidos “Anjos”, Nelson e Sérgio Rosado, e por Pedro Duque.
Além do óbvio desafio físico e psicológico envolvido na participação no Titan Desert 2011, a equipa
esteve ainda mais empenhada e motivada por uma
causa especial: os quilómetros percorridos pela
Meo Team revertiam a favor da Associação Acreditar, instituição que apoia crianças com cancro e
suas famílias.
A Equipa da Revista Outdoor esteve com os Aventureiros Titânicos e aqui ficam os relatos na 1ª pessoa de Paulo Quintans ( 1º português a participar
no Titan Desert), Nelson Rosado, Sérgio Rosado e
Marco Chagas, nesta Aventura no Deserto.
Na próxima edição contaremos a experiência
de Nuno Margaça, Vitor Gamito, Celina Carpinteiro e Luis Leão Pinto nesta aventura Titânica…Não percam!
Paulo Quintans
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Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Fotos: Organização Titan Desert e Tiago Tomás
DESERT 2011
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
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Por terra
MILENIO TITAN DESERT
Por terra
Paulo Quintans
Quando no final da Titan Desert 2010 comecei a
pensar na Titan Desert 2011, em como seria bom
juntar um grupo de amigos formar 2 equipas
(uma para viver a aventura e outra para competir), aliar a este projecto uma instituição de
solidariedade para a qual nós pudéssemos contribuir, e finalmente solicitar o apoio de grandes
marcas para realizar este sonho... Nunca imaginei que a resposta dos meus amigos fosse tão rápida, que o empenho e motivação tanto dos atletas como de todos os responsáveis pelas marcas
que nos ajudaram, fosse tão intensa e profissional. E muito menos imaginei que o sucesso desta
equipa atingisse um patamar tão elevado como o
que conseguimos!
A Titan Desert 2011 foi uma agradável surpresa,
em primeiro lugar pelo grupo de amigos que se
juntou, este ano fomos 24 Portugueses, que no
meio de 500 participantes não só marcamos presença como deixámos uma imagem fantástica
do que são os atletas Portugueses. Em resumo 3º
lugar da geral para Luis Leão Pinto, 1º Lugar da
categoria feminina para Celina Carpinteiro MEO
TEAM, 1º lugar da categoria Master para Vitor
Gamito MEO TEAM… entre todos os ilustres Portugueses como os irmãos Rosado, os tão conhecidos Anjos que terminaram a prova com distinção
contrariando assim todos aqueles que julgam
que eles não cruzariam a meta em Granada.
Para mim foi o reviver de varias emoções e sensações, desta vez num grupo diferente e com objectivos distintos, mas com um espírito de coesão e de companheirismo excelentes, no seio da
MEO TEAM foi fantástico sentir que a equipa de
profissionais Celina Carpinteiro, Marco Chagas
e Celina Carpinteiro não perdendo o a concentração e tendo sempre na mira os objectivos pessoais sempre ajudaram e apoiaram (obviamente
no acampamento) os restantes companheiros de
equipa Pedro Duque, Nuno Margaça, Sergio e
Nelson Rosado e eu próprio.
Este foi também um ano diferente pois ao contrário de 2009, ano em que pela primeira vez participei nesta prova, tivemos todas as mordomias
necessárias, não só para a rápida recuperação do
nosso corpo, como para a manutenção das nossas
Bikes. É de facto fantástico poder contar com fisioterapeutas de eleição como a Ana e o Ricardo
da FISIOTORRES e mais importante ainda poder
contar com o apoio e toda a experiencia do grande
HILARIO ISIDORO, sem eles com toda a certeza o
sucesso da MEO TEAM, não teria sido o que foi!
Quanto as características da prova, houve de facto quem não tivesse gostado, efectivamente e na
minha modesta opinião como Tritânico, houve
algumas falhas das quais destaco a variedade da
42
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
comida, ou seja nunca nos faltou de comer, pequeno-almoço, almoço, lanche, jantar e para alguma ceia, embora e facto o tipo de comida fosse
sempre o mesmo durante estes 6 dias, e também
a questão da demora na resolução do problema
com a bomba de água que levou a que alguns
de nós tivéssemos de esperar mais algum tempo
para tomarmos o tão desejado banho.
Estes são factores que a organização terá de ter
em conta nas próximas edições, tudo o resto faz
parte da dureza da prova e são estes factores que
a tornam tão apetecível e viciante.
Para que fiquem como uma ideia do que é viver
um dia na Titan Desert, nos acampamentos dormimos em tendas berberes feitas de mantas e cosidas a mão onde inclusive a porta é também ela
uma manta, se chover também chove lá dentro e
se estiver calor são um forno autentico, mas sabe
tão bem depois de uma etapa de deserto duríssima, visualizar o acampamento ao longe e pensar que quando lá chegarmos vamos ter a nossa
tenda já montada, o colchão fofinho com lençóis,
cobertor e almofada, para podermos descansar
tranquilamente.
O nosso saco tem sempre de ser transportado
por nós assim quando chegamos ao acampamento depois de recebermos a água, entregarmos
o road book do dia e recebermos o RB da etapa
seguinte, parqueamos a bicicleta e dirigimo-nos
para o local dos camiões de logística para recuperarmos o nosso saco no meio dos outros 500
(felizmente que este não tinhas filas de 150 sacos
devidamente assinaladas), depois de recuperado
o saco, vamos até a tenda abrimos o saco e tomamos o belíssimo Fast Recovery da Gold Nutrition.
Depois segue-se a banhoca, é essencial retirar o
pó areia e outros elementos que fomos acumulando ao longo dos 100 quilómetros de cada etapa.
Banho tomado, vamos até ao restaurante pois o
estômago necessita de ser abastecido para poder
levar os elementos necessários para que o nosso
organismo inicie a recuperação para a etapa seguinte.
Terminado o almoço nada melhor que passar
pela tenda dos fisios e receber a massagem de
recuperação muscular.
Breve passagem pela tenda dos mecânicos para
mencionar ao mecânico alguma falha ou algum
problema que a bicicleta possa ter, para que ele o
resolva e no dia seguinte a bicicleta esteja pronta
para mais uma etapa.
A partir daqui descanso até ao jantar, troca de
ideias, comentários sobre a etapa conversa de
circunstância, ida a tenda do médico tratar das
chagas no rabo, etc…
A partir das 19h inicia ao jantar e as 20h entrega
de companheirismo
excelentes
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
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Por terra
MILENIO TITAN DESERT
da camisola de líder, aplausos para os vencedo- moço, recolha dos 3 litros de água para atestar
Camel Back e bidons, verificar se temos tudo em
res da etapa e briefing para o dia seguinte.
Depois recolhemos as tendas, ainda não vamos condições e esperar pela partida…
dormir pois temos de preparar todo o material para Depois de terminada a etapa a rotina será sema etapa seguinte, sais, barritas, gel, Camel Back, pre a mesma…
material suplente, verificar se todo o material se E pronto é assim a Titan Desert no que concerne
encontra no Camel Back e na bolsa da bicicleta, a rotina.
finalmente lavar os dentes (sempre com água en- As etapas, essas sim são uma aventura, 100 kms
garrafada) colocar o essencial Halibut e então sim por dia, Montanhas, Dunas, areia, calor intenso,
podemos fechar os olhos e descansar até às 5h da apenas abastecimentos líquidos, etapas com cerca
manhã do dia seguinte. Se durante a noite tiverem de 1400 mts de altimetria cada, paisagens fantásticas e únicas, a Titan Desert é de facto uma
vontade de ir ao WC, sugiro vivamente
prova única que vale a pena fazer nem
que o façam, se não tiverem vontade
que seja uma vez na vida, mas uma
levantem-se pelo menos num dos
(...) foi o reviver
coisa vos garanto o deserto é de
dias e apreciem durante 5 minutal forma viciante que quando
tos o silêncio e a beleza do céu
de varias emoções e
lá vamos uma vez, a vontade
no deserto serão 5 minutos
sensações, desta vez num
de voltar é de tal forma intensa
sem dúvida fenomenais!
grupo diferente e com obque nos obriga a repetir uma,
No dia seguinte acordar, leduas, três… quem sabe o que
vantar, WC (o melhor é mesjectivos distintos, mas com
irá
suceder em 2012…
mo ao ar livre), pequeno-alum espírito de coesão e
Por terra
Nelson Rosado ( Anjos )
Confesso que há um ano atrás se me tivessem dito
que iria fazer a TitanDesert, não acreditava! E não
acreditaria simplesmente porque apesar de gostar
de andar de bicicleta, participar numa prova deste tipo significaria um comprometimento absoluto
com a modalidade, enfim eis que depois de me terem convencido a ir, estou hoje a dizer em alto
e bom som “Sou um Titan”, consegui :). Foi interessante sentir a adrenalina de cada dia, todos eles diferentes, em que o que mais desejava era terminar
a etapa o mais rápido possível para que pudesse
descansar e estar apto para a etapa do dia seguinte.
Não foi nada fácil, o cansaço acumulado das várias
etapas, as condições do terreno (areia, pedra, etc..),
as condições que encontrámos por parte da organização da prova, que ficaram muito aquém da
expectativa, enfim, tudo isto, tenho a confessar, torna a conquista da prova como ainda mais “saborosa”. Vi paisagens deslumbrantes, conheci algumas
pessoas fantásticas e acima de tudo deu para, em
determinadas partes da prova, meditar e reflectir
sobre uma série de questões pessoais importantes
no meu crescimento enquanto ser humano.
44
Junho_Julho 2011 OUTDOOR
nos acompanharam descobri o que significa espírito Titânico, porque não são só os 600 km em 6 dias,
era toda uma “envolvente” de obstáculos, o clima,
alimentação com pouca variedade, wc’s com muito
pouca higiene, tendas berberes com um perfume
característico, etc .
Logo na 1ª etapa que percebi que força mental, a
camaradagem e a entreajuda seria a chave para o
sucesso, e assim foi limitei-me a pensar um dia de
cada vez, deparei-me com uma pobreza extrema,
muitas crianças na rua felizes naquela que era uma
realidade muito diferente da nossa, pediam alguma
coisa para comer e até beber... E ainda dizemos que
temos problemas?
Esta experiência tornou-me uma pessoa melhor,
não só pelo facto de ter ajudado as crianças da associação acreditar, mas porque agora dou atenção
a todos aqueles pormenores que normalmente nos
passam ao lado e que fazem toda a diferença.
É extraordinário como o ser humano se consegue adaptar a todas estas adversidades, e para alcançarmos um objectivo na vida existem algumas
palavras que têm que estar presentes, o Querer,
Acreditar estiverem sempre presentes comigo num
Deserto de emoções.
OUTDOOR Junho_Julho 2011
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Por terra
MILENIO TITAN DESERT
Sérgio Rosado ( Anjos )
Tudo começou num jantar de amigos, onde surgiu
um convite inesperado do meu amigo Paulo Quintans ( 1º português a participar no Titan Desert ) a
perguntar quem queria participar na prova de 2011,
eu como sou uma pessoa que aceito facilmente desafios fui o primeiro a confirmar a presença e só
depois quando cheguei a casa é que fui ver na net o
que me esperava.
Sabia que através o meu entusiasmo iria alastrar
pelo resto dos meus companheiros e rapidamente
conseguiu-se reunir um fantástico grupo titânico
de 8 amigos com destino a uma aventura inesquecível.
Foi fantástico poder partilhar o deserto com 2 nomes de referência do ciclismo nacional, nunca pensei estar numa competição lado a lado com o Marco Chagas e Vitor Gamito, pelo menos na partida.
O nosso palco habitual não é este, gostamos imenso de desporto e para mim foi um desafio pessoal,
meses de intensos treinos de preparação e suplementação com responsabilidade a cargo do nosso
mister Vitor Gamito, com algumas lesões pelo caminho, mas o querer e determinação fizeram com
que fosse possível estar pronto para a aventura.
Juntamente com todos os portugueses inscritos que
Por terra
Marco Chagas
Quando durante o passado ano de 2010, o meu
amigo Paulo Quintans me desafiou a estar presente na edição deste ano do Titan Desert, a minha resposta pronta foi sim, se bem que na altura eu tenha achado que tal não viria a acontecer,
sobretudo pela dificuldade em conseguir apoios
para o nosso grupo.
Afinal, não só se
concretizou como
foi um dos grandes desafios da
minha vida.
A dureza foi a esperada, as condições encontradas
nos acampamentos muito abaixo
do mínimo exigido e bem aquém
dos anos anteriores (palavras
dos repetentes).
Ajudaram-nos os
Etapa Maratona, 2 dias, 240
kms, sem mecânicos, sem
fisioterapeutas,os atletas
transportam todo o material
necessário para os dois dias,
não têm banhos e dormem
todos numa tenda que apenas é coberta no tecto e
lateral...
bons suplementos GoldNutricion para a recuperação.
Valeu a camaradagem entre todos os tugas, o
bom ambiente na Meo Team e os momentos
inesquecíveis que juntos passámos.
Para mim que partilhei a «suite» presidencial
com o Vitor e a Celina em cada final de etapa,
foi a confirmação do quanto se trata de gente
boa, qualquer deles!
A ajudar na retaguarda, destaque para a equipa Fisiotorres, já tenho saudades das mãos do
Ricardo e do miminho da Ana, o apoio do Tiago
e, claro, o nosso Mestre Hilário, apesar de “tocado” desde o segundo dia conseguiu cuidar das
nossas “javas” e recuperá-las para a etapa seguinte.
Objectivo alcançado? Penso que sim, se bem
que o balanço final conjunto ainda esteja por
fazer.
Novos desafios? Direi presente desde que com
este grupo e noutras paragens. ø
APP IPHONE
Entra no mundo
Orbea com o app
Orbea Backstage iPhone
Acede às notícias mais relevantes sobre a marca, informação sobre produtos e
sobre os atletas.
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46
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Por terra
 A minha aventura…por Ricardo Mendes
“GR14_Rota do Rio Douro”
Da nascente
à foz…
ao sabor da
corrente
A “Rota dos Vinhos da Europa” ou GR-14 é um
percurso transeuropeu que liga Vila Nova de
Gaia, em Portugal, a Estrasburgo na Alsácia (região de vinhos de excelência) e segue o curso do
rio ao longo das suas margens ligando a região
demarcada mais antiga do Mundo e outras regiões vitivinícolas da Europa que também são berço de vinhos famosos.
48
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
A
Por terra
“GR14_Rota do Rio Douro”
té 2002, esta Grande Rota Pedestre
internacional chamava-se “Rota do
Rio Douro” porque se iniciava na
nascente do rio Douro e acompanhava-o até à foz. Apesar de manter
a designação de GR-14, o inicio do percurso passou a iniciar-se em Gaia.
Visão e Conceito
O Alto Douro Vinhateiro é o coração da mais
antiga região demarcada do Mundo. Percorrer
um património talhado pela Natureza, trabalhado pelas mãos do Homem e reconhecido pela
Unesco é ir ao encontro do que em duas rodas se
consegue alcançar; é reunir tradições culturais,
formas de vida ancestrais, valores patrimoniais
históricos, paisagens únicas.
Em bicicleta e em auto-suficiência durante a
totalidade das etapas - ao cruzarmos diversas
áreas protegidas e Aldeias históricas de ambos
os países - respeitaremos a nossa consciência e
responsabilidade ambiental…
Primeiro queremos seguir do Douro para Vila
Nova de Gaia e só depois do Douro para a Europa.
Em Agosto partiremos para a primeira parte
desta aventura... ø
Ricardo Mendes
OUTDOOR
OUTDOOR Julho_Agosto
Junho_Julho 2011
49
Por terra
Quem é
o Ricardo Mendes?
Descobriu o gosto pela aventura desde que ingressou na carreira
militar há 18 anos atrás no Corpo de Tropas Pára-Quedistas.
Aqui aprendeu e desenvolveu competências que lhe são muito
úteis para enfrentar longos períodos em autonomia.
Amante de todas as modalidades que libertam adrenalina, decidiu concluir uma licenciatura em Desporto para melhor as conhecer e enfrentar. Como atleta corre maratonas e pertence a
uma equipa de corridas de aventura; na área do ciclismo, é treinador federado de equipas de BTT. Colabora com uma empresa
de animação turística e como guia ou em autonomia já percorreu
praticamente todos os Caminhos que levam a Santiago. Por Marrocos, Picos de Europa, Pirenéus ou Jordânia, as viagens em bicicleta são a sua paixão e consomem-lhe todo o tempo disponível.
Para o Ricardo, qualquer viagem de sonho está apenas a duas
rodas de distância. Ele continua a pedalar porque desta forma
chega sempre aonde quer ir.
Locais
a visitar:
Em Espanha: Burgos, Duruelo de la Sierra (nascente Douro), Soria, Tordesilhas, Zamora
Em Portugal: Barca de Alva, V.N Foz Côa, Miradouro S.Salvador
do Mundo, S. João Pesqueira, Peso da Régua, Resende, Cinfães,
Castelo Paiva, V.Nova de Gaia
APP IPHONE
Garmin Tracker
É um programa que
ao ser utilizado em
conjunto com o GPS
permite criar um
histórico de geo-referências e gravar
os locais por onde
passamos.
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50
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Por terra
 Treino Indoor por Cláudio Silva
1
Flexão da coxa em máquina. Ajuda no movimento da caminhada
quando puxamos os calcanhares para cima. Recomendações 3 séries
Preparação
para uma
caminhada
no ginásio
APP IPHONE
Lose It!
Não tem a certeza de quantas
calorias ingeriu na última refeição? Com Lose It!, pode acompanhar as calorias que consome,
assim como as que queima.
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52
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
A
s caminhadas são um excelente
exercício para quem quer manter um corpo saudável, um nível
baixo de risco de lesões e um
contacto mais próximo com o
meio ambiente.
Durante as caminhadas praticamente todos
os músculos são trabalhados. Mas, como
em todos os desportos, é necessário ter em
consideração que a preparação física é fundamental, para que esta modalidade seja
praticada com a máxima segurança e sejam
atingidos elevados níveis de desempenho.
A não esquecer: Um bom par de ténis, a hidratação (antes e depois) e o acompanhamento do seu treino no ginásio por parte dos profissionais da saúde. Estes, por
sua vez permitirão que fique muito bem
preparado(a) para realizar caminhadas de
curta, média e longa duração.
Prepare-se para uma grande aventura no ginásio, com as nossas recomendações. ø
Professor Cláudio Silva
Coordenador do treino personalizado - Aquafitness
Clube Tejo
Por terra
Treino Indoor
2
Trabalho de extensão da coxa.
Absorve o impacto ao contrair-se.
Recomendações 3 séries de
20 repetições 3 vezes por semana.
5
Trabalho em elíptica. Melhora
a resistência cardiovascular em conjunto com o trabalho dos braços.
Recomendações 10 a 15 minutos
2 a 3 x por semana.
8
Treino dos membros inferiores. Trabalho
de lunges no step. Melhora a performance
durante a caminhada.
Recomendações 3 séries de 15 repetições
com cada perna 3 vezes por semana.
3
Trabalho dos Biceps com haltere. Ajuda
no movimento dos braços durante a
caminhada. Recomendações três séries
de 15 repetições, 3 vezes por semana.
4
Trabalho dos gémeos no step.
Recomendações 3 séries de
25 repetições 4 vezes por semana.
6
Trabalho de marcha em passadeira.
Melhora a performance cardiovascular
e prepara toda a musculatura do corpo
para a caminhada.
Recomendações entre 20 minutos a 45
minutos. 2 a 3x por semana.
7
Trabalho abdominal em máquina.
Ajuda a manter o equilíbrio durante a
caminhada. Recomendações entre
3 a 4 séries de 25 repetições.
Mínimo 3 x por semana
9
Extensão da coluna em máquina. Ajuda
a manter o equilíbrio do corpo dando
mais sustentação. Recomendações 2
a 3 séries de 15 repetições entre 2 3
vezes por semana.
10
Trabalho dos ombros (Deltóides) no
puxador. Auxilia os braços ao caminhar
funcionando como um pêndulo.
Recomendações 3 séries de 15
repetições 2 x semana.
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
53
Entrevista
 Elisabete Jacinto
54
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Entrevista
Elisabete Jacinto
A mais radical das aventureiras portuguesas, Elisabete
Jacinto, amante de Todo-o-Terreno, revela-nos mais
uma das suas paixões, o Mergulho! Depois da brilhante
vitória no Rally da Tunísia, a
equipa da Revista
Outdoor esteve com a Elisabete e numa conversa
informal de partilha de experiências, descobrimos alguns
segredos desconhecidos do
grande público…desde o início da aventura no mundo do
TT ao seu fascínio pelo fundo
dos oceanos, uma entrevista
na primeira pessoa que nos
faz despertar a vontade de
partir à Aventura!
por Sofia Carvalho
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
55
Entrevista
Outdoor: Conta-nos como começou essa
paixão pelo todo-o-terreno?
Elisabete Jacinto: Começou por acaso e por
ser apenas um hobby. Um dia, enquanto folheávamos uma revista de motos num quiosque da
cidade de Lisboa, o Jorge comentou: “Isto das
motos é giro, não é? Porque não tiramos a carta?”
E foi assim que tudo começou. Tirámos a carta,
comprámos uma mota para os dois que eu utilizava como meio de transporte na cidade. Um dia,
depois de termos comprado uma segunda moto,
para ficar uma para cada um, decidimos fazer
um passeio de todo-o-terreno. O passeio tinha
cerca de duzentos quilómetros mas só fiz oitenta
porque cai e abriu-se o radiador. O Jorge acabou
por fazer todo o passeio sozinho mas com dificul56
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
dade. Decidimos por isso, comprar duas motos
próprias para o todo-o-terreno e foi assim que o
TT passou a ser uma coisa séria na nossa vida.
Como correu o rally da Tunísia?
Correu bastante bem. Não houve problemas significativos. A única contrariedade residiu no facto de ter batido num tufo de erva (que, no meio
das dunas, são completamente compactos e duros pois estão cheios de areia) e ter partido o lado
direito do camião. Refiro-me ao pára-choques,
guarda-lamas … mas, não foi nada que me impedisse de continuar. Tivemos também um outro
dia muito aborrecido pois houve tempestade de
areia e anularam a etapa. Tivemos de estar todo o
dia a apanhar vento e areia no meio do acampa-
Qual é a situação mais complicada numa
prova de todo-o-terreno?
Para mim a condução nas dunas continua a ser
o mais difícil de tudo. Apesar de toda a experiência que fui adquirindo ainda é o que mais stress
me causa. Temos de ser perfeitos na condução
pois na areia o camião pode virar com muita facilidade. Contudo, o horizonte é muito pequeno e
temos um espaço de tempo muito curto para observar o terreno à nossa volta e decidir por onde
passar. O factor “surpresa” nas dunas, é sempre
muito grande o que torna tudo muito difícil.
Tendo uma profissão com um cariz desgastante como a tua, tens algum hobby
que pratiques como escape à tua rotina?
No princípio o todo-o-terreno era um hobby,
depois passou a ser actividade a tempo inteiro.
Como somos os dois a trabalhar na mesma área
vive-se o todo-o-terreno 24 horas por dia e começou a ser pesado. Vivemos muitos momentos de
stress. A certa altura sentimos que precisávamos
de um escape. O Jorge lembrou-se de aprender a
fazer mergulho autónomo recreativo e arrastou-me com ele.
Uma nova faceta portanto. Há quanto
tempo praticas mergulho?
Fizemos a nossa primeira formação em Julho de
2008 na Ilha Terceira, no Açores, na Escola de
mergulho Anfíbios. É uma actividade recente.
Como nasceu em ti o gosto pelo mergulho?
Acho que só nasceu depois de andar lá por baixo… quando comecei a ver os peixes à minha
volta. Quer dizer, só comecei a mergulhar porque
o Jorge agarrou a ideia e não largou mais. Levou-me com ele mas eu ia muito pouco confiante. A
água não era o meu meio e não me sentia muito
à vontade. Contudo, achei que era um grande desafio e foi, sem dúvida, mais uma oportunidade
para desenvolver a técnica de autocontrolo assim
como outras capacidades. Foi assim que encarei
o mergulho e hoje devo dizer que me realiza bastante. Enquanto se mergulha não se pensa em
mais nada e isso é óptimo.
Qual o tipo de mergulho que costumas
praticar?
Acima de tudo procuramos áreas de mergulho
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
57
Entrevista
Elisabete Jacinto
mento o que foi muito desagradável. A etapa de
areia foi a mais complicada e a mais lenta. Nesse
dia perdi algum tempo pois os pneus da frente
saíram várias vezes das jantes. Para além disso
foi sempre a andar a fundo.
Entrevista
numa perspectiva mais naturalista. Gostamos de
ver peixes e paisagens subaquáticas bonitas. O
Jorge fotografa e eu navego e dou-lhe assistência
(invertemos os papeis debaixo de água). O objectivo é sempre fazer boas fotos e ele tem feito
progressos. Está a fotografar cada vez melhor.
Porque te fascina tanto o contacto
com o fundo do mar?
O mergulho exige técnica e rigor absoluto. Não
se pode facilitar nem cometer erros e isso é um
grande desafio para quem tem consciência de
não ser perfeito. Dentro de água estamos num
mundo diferente, não é o nosso meio. Poder estar
ali ao lado dos peixes a observar a vida marinha,
nem que seja com uma garrafa de ar às costas, é
fantástico.
O mundo aquático é fascinante. Eu não imaginava a variedade de cores e padrões que podia
encontrar assim como diferentes formas de vida.
Foi uma grande surpresa e é um mundo de descoberta.
Quais os locais onde costumas mergulhar?
Aprendi a mergulhar na Ilha Terceira e continuo
a tentar conhecer todas as ilhas dos Açores. É um
sítio magnífico para o mergulho. O verão passado estive na Ilha das Flores, este ano vou a Santa
Maria. O objectivo é ver se conseguimos ver os
Tubarões Baleia e as Mantas que costumam passar naquela zona no fim do Verão. Já mergulhei
58
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
no Mar Vermelho e em Cabo Verde (no Sal e em
S. Vicente). A minha última viagem foi ao arquipélago de Malta.
Qual o local para mergulho que mais te
fascinou?
O Mar Vermelho pela quantidade incrível de peixes, de cores, de padrões, de corais… é de perder
a respiração. Muito bonito!
Costumas mergulhar com frequência?
Duas ou três vezes no ano. Quando podemos, tiramos uma semana de férias, fazemos as malas e
vamos para algum sítio onde se possa mergulhar
todos os dias. Aí fazemos dois ou três mergulhos
por dia e aproveito o resto do tempo para ler (que
é coisa que normalmente não tenho tempo para
fazer) enquanto o Jorge vai trabalhando nas fotos. Acabamos por conhecer sítios diferentes,
descansar, esquecer os problemas do dia-a-dia e
viver um novo hobby. É assim que passamos actualmente as nossas férias.
Nos teus tempos livres costumas colocar o mergulho nas tuas prioridades?
Sim, as nossas férias são decididas e projectadas
para mergulhar. Durante o resto do tempo não
tenho tempo livre pois estou sempre a trabalhar.
É fácil conciliar as duas realidades diferentes em que vives?
É fácil no sentido de que só se faz férias quando é
Entrevista
Elisabete Jacinto
ção (Curso de Open Water Diver).
possível em termos de disponibilidaDentro
Era a primeira aula no mar, num
de de tempo e dinheiro. O trabalho
de água essítio pouco profundo ali à beiestá sempre em primeiro lugar.
ra do Hotel Caracol onde se
É claro que vou muito menos
tamos num mundo
situa o centro de Mergulho
vezes de férias do que gostaria
diferente, não é o nosso
Anfíbios. Vestir o equipamas não me importo porque
meio. Poder estar ali ao
mento foi uma verdadeira
gosto muito do que faço. O
lado dos peixes a observar
todo-o-terreno continua a ser
aflição. Só de lastro levava
uma paixão e um grande deá cintura dez quilos de peso
a vida marinha, nem que
safio.
(não é uma actividade fácil
seja com uma garrafa
para quem não tem uma boa
de ar às costas, é
Conta-nos a tua primeira
constituição física). Cheguei
experiência no mergulho.
junto ao paredão e, cumprinfantástico.
A minha primeira experiência de
do todos os procedimentos, dei o
mergulho inseriu-se na primeira forma“passo de gigante” para cair na água.
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
59
Entrevista
(...) observar
toda aquela vida
marinha que nunca
tinha visto. Sentia-me
num mundo verdadeiramente diferente.
Depois de já lá estar dentro assustei-me e demorei a acalmar-me. Foi preciso pôr a cabeça
debaixo de água e começar a ver os peixes lá
por baixo para sentir uma sensação de paz impressionante e aí sim, senti vontade de descer.
Foi o que fiz e fiquei lá a observar toda aquela
vida marinha que nunca tinha visto. Sentia-me
num mundo verdadeiramente diferente. Nunca
mais esquecerei os meus primeiros Salmonetes,
60
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Castanhetas e Peixe-porco, muito pequeninos
que andavam por ali ignorando completamente
a minha presença.
Existe outro tipo de actividade que gostas de praticar nos teus tempos livres?
Gosto de fotografia mas tenho tudo ainda para
aprender. Estou a começar a dar os primeiros
passos nesta área. ø
Data de nascimento: 8 de Junho 1964
Estado Civil: Casada
Naturalidade: Montijo
Residência: Lisboa
Formação Académica:
• Licenciatura em Geografia pela Universidade de Letras
de Lisboa em 1987.
• Pós graduação em Geografia Via de Ensino.
Profissão:
• Professora de Geografia (não em exercício).
• Piloto de todo-o-terreno.
AUTORA DE MANUAIS ESCOLARES:
• “Guia de Aprendizagem de Geografia” (Volume I e II)
para a disciplina de Ciências Sociais e Formação Cívica do
Ensino Nocturno. Elaborado em co-autoria com Eduarda
Pina (1995). Publicado pela Plátano Editora.
• “Guia de Aprendizagem de Ciências do Ambiente, Unidade 3 – A Terra em Transformação” Ensino Básico Recorrente (1996). Co-autoria com Maria Eduarda Pina. Publicado pela Plátano Editora.
• “Guia de Aprendizagem de Ciências do Ambiente, Unidade 6 – A Terra em Movimento” Ensino Básico Recorrente
(1996). Co-autoria com Maria Eduarda Pina. Publicado
pela Plátano Editora.
• “Guia de Aprendizagem de Ciências do Ambiente, Unidade 8 – Elementos Climáticos e Factores que os Condicionam” Ensino Básico Recorrente (1997). Co-autoria com
Maria Eduarda Pina. Publicado pela Plátano Editora.
• “Guia de Aprendizagem de Ciências do Ambiente, Unidade 9 – O Clima como factor do Ambiente” Ensino Básico
Recorrente (1997). Co-autoria com Maria Eduarda Pina.
Publicado pela Plátano Editora.
• “Ciências Sociais e Formação Cívica – Guia de Aprendizagem” Unidades 5,6,7 e 8. Co-autoria com Margarida
Sequeira, Maria Adelaide Soares e Maria Eduarda Pina
(1998). Publicado pela Plátano Editora.
• “Ciências Sociais e Formação Cívica – Guia de Aprendizagem” Unidades 9,10,11 e 12. Co-autoria com Margarida Sequeira, Maria Adelaide Soares e Maria Eduarda Pina
(1998). Publicado pela Plátano Editora.
AUTORA DE LIVROS DE AVENTURA
• “Os Portugas no Dakar”, Volume 1, co-autoria com Luís
Pinto Coelho, publicado pela Plátano Editora, 2003 (Banda
Desenhada).
• “Os Portugas no Dakar”, Volume 2, co-autoria com Luís
Pinto Coelho, publicado pela Plátano Editora, 2007 (Banda
Desenhada).
• “Irina no Master Rali”, Plátano Editora, 2010
CONGRESSISTA
Apresenta temas relacionados com a sua actividade desportiva em escola, universidades e empresas.
CONDECORAÇÕES
Grau de oficial da Ordem do Mérito (Atribuída por Sua Excia. o Presidente da República)
Diploma de Mérito Desportivo (Federação Nacional de
Motociclismo)
Diploma de Mérito de Barca da Aldegalega (Junta de Freguesia do Montijo)
Diploma de reconhecimento por serviços prestados
(Região de Turismo da Costa Azul)
Prémio “Prestigio” (Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting)
Entrevista
Elisabete Jacinto
Perfil
Elisabete Jacinto
CURRÍCULO DESPORTIVO MOTO
• Piloto de todo-o-terreno em moto desde 1992 e 2002:
• Vencedora do Troféu de Senhoras do Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno entre 1993 e 1998
• 1ª Classificada na Taça do Mundo de Todo-o-Terreno em
1999, 2000 e 2001
• 1ª Classificada na Taça de Senhoras do rali Paris Dakar
em 2000
• 2ª Classificada na Taça de Senhoras do rali Paris Dakar
em 2001
CURRÍCULO DESPORTIVO AUTO
Copa Jimny: Primeira equipa feminina em 2001, 2002
Baja Espanha Aragon: 2ª classificada da Taça das Senhoras
(Toyota Land Cruiser/T2) em 2002
Master Rali: 1ª classificada da Taça das Senhoras no (Toyota Land Cruiser/T2) em 2002
Rali Aïcha des Gazeles: Vencedora da Categoria SUV (Renault Kangoo) em 2003
Rali Aicha dês Gazeles: 2º lugar da Categoria SUV (Renault
Kangoo) em 2004
CURRÍCULO DESPORTIVO CAMIÃO
Piloto de todo-o-terreno em camião desde 2003
Destaque para:
Segundo lugar na classificação geral no rali Aicha des Gazelles em 2008
Primeiro lugar na categoria Camião no rali da Tunísia em
2008, 2010 e 2011
Primeiro lugar na categoria Camião no rali de Marrocos
em 2008, 2010 e 2011
Segundo lugar na categoria Camião no rali Africa Eco Race
em 2011
Vencedora da categoria Camião do troféu NPO em 2010
PASSATEMPOS:
Mergulho Recreativo:
Master Scuba Diver, PADI, 2009
Divemaster, PADI, 2010
Fotografia
EXPERIÊNCIAS:
Curso de Pára-quedismo
Escola de Pára-quedismo Blue Emotion, 2007
Alpinismo
Escalada com sucesso ao Monte Branco integrada numa
acção promovida pelo governo Francês quando da sua tomada de posse no Governo da União Europeia. 2008.
Saiba mais sobre a Elisabete Jacinto em:
www.elisabetejacinto.com
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
61
Por água
 Evento
Audi MedCup 2011
A Audi MedCup tem vindo
a construir uma competiçao de renome, em seis
anos de história. Este ano
os Series 40 juntam-se aos
Series 52 para continuar a
evolução de uma das melhores regatas do mundo.
TP52 Day 5 - Quantum Racing
Cascais Trophy, 22 05 2011
Stefano Gattini_STudio Borlenghi/Audi MedCup
62
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Por água
Audi MedCup 2011
3TP52 Day 5 - QuanTum Racing
Cascais Trophy, 22 05 2011
Stefano Gattini_STudio Borlenghi/Audi MedCup
O
Circuito Audi MedCup tem conhecido um crescimento sólido e gradual ao longo dos seus seis anos
de história. Há dois anos, os GP42
Series juntaram-se aos TP52 Series num claro sinal de evolução deste circuito
de regatas líder mundial.
Esta época, são mais duas, as equipas da
America’s Cup que se juntam à acção, e há muitas novidades que asseguram a qualidade das
regatas, a atmosfera única e uma informação
acessível a nível planetário.
Originalmente, em 2004, os TP52 e, posteriormente, os GP42, cresceram devido à insatisfação
que prevalecia no complexo sistema de ratings
do Mediterrâneo.
A implementação de um simples conjunto de
regras, “cortou” essas complexidades e produziu, imediatamente, uma animada e desafiante
competição, que agradou a armadores, tripulações, organizadores e patrocinadores. As classes
e os circuitos cresceram, ano após ano, e desde
2005 reúnem os melhores velejadores do mundo numa competição emocionante.
As Equipas:
40 Series,
52 Series
Com 52 pés de comprimento (15.85 metros), o TP52 é
um barco de competição, significativamente, mais rápido que muitos outros de maior dimensão. Isto deve-se a
vários factores: a alta estabilidade, o leve peso do casco,
a quilha profunda com um bolbo largo, à potência da
vela grande e à forma hidrodinâmica do casco.
Esta classe, inicialmente desenvolvida nos Estados Unidos, foi pensada para ser rápida durante as popas, nas
Regatas Transpac, disputadas entre a Califórnia e o Havai. Desde então foi adoptada na Europa e desenvolvida
para ter elevadas performances nas regatas costeiras.
Este ano os Séries 52 sofreram algumas modificações,
como redução da equipa e um bolbo mais pesado.
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
63
Por água
Circuito Audi MedCup 2011
Veleiros portugueses no pódio
Após o último dia de regatas os dois veleiros portugueses confirmaram a presença no pódio da Audi
MedCup na classe Soto 40. O Bigamist de Afonso
Domingos, no último dia de competição, entrou
empatado com o XII Portuguese Sailing Team de
Francisco Lobato com 16 pontos. O Bigamist ao
concluir a primeira regata do dia na terceira posição, uma à frente do veleiro compatriota, isolou-se na segunda posição com 19 pontos, contra os
20 do veleiro comandado por Francisco Lobato.
No entanto na última regata da etapa, o skipper
Afonso Domingos foi obrigado a desistir por avaria, enquanto que o XII Portuguese Sailing Team
conquistou o terceiro lugar, o suficiente para consolidar a segunda posição da geral.
S40 Day 3 - XXII PorTuguese Sailing Team
Nico Martinez/Audi MedCup
S40 Day 1 - Fleet
Cascais Trophy, 19 05 2011
Nico Martinez / Audi MedCup
64
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Tp52 Day 1 - Ran
Cascais Trophy, 18 05 2011
Stefano Gattini_STudio Borlenghi/Audi MedCup
Testemunho:
Francisco Lobato, explica:
“O último dia de competição foi muito difícil. As
condições foram muito duras, tivemos vários problemas durante a competição. Estava muito vento,
tivemos dificuldades à popa e alguma dificuldade
em controlar o barco. De um modo geral, a equipa
esteve toda muito bem. Na regata anterior tinha
sido um dia muito importante para nós porque pudemos assegurar o nosso lugar no pódio. É óptimo
conseguirmos o segundo lugar como uma equipa
nova, numa prova como a Audi MedCup. Tivemos
apenas dois dias de treino como equipa no barco
que era novo para todos nós, por isso ficar ao nível do Iberdrola é óptimo. Se pudéssemos voltar a
competir, voltávamos. Foi um prazer enorme para
toda a tripulação. Foi uma aposta nossa e seria
uma óptima recompensa voltar a participar”
Testemunho:
Afonso Domingos ao leme do Bigamist
ocupou a terceira posição
“Na primeira regata tivemos um problema na
primeira bolina e fomos penalizados, tivemos
que fazer uma penalização de 360º. Na última
popa, conseguimos ultrapassar alguns adversários e alcançámos o terceiro lugar. Na segunda
regata, que ainda estava a correr melhor do que
a primeira, fomos sempre em primeiro, na liderança. Depois tivemos um grande azar e ficámos
sem a vela de proa, o que nos prejudicou muito e
não nos deixou acabar a prova. Nós somos muito
bons nestas condições, mas é algo que acontece.
A equipa fez um bom trabalho.”
O Patagonia acabou rapidamente com as poucas
esperanças que ainda tinha num lugar entre o top3 com o quinto lugar na primeira regata do dia.
Mesmo o segundo lugar conquistado no fecho na
etapa não teve qualquer influência na classificação
final, mantendo o quarto lugar.
Uma das grandes surpresas foi o veleiro britânico
Ngoni com a vitória na primeira regata do último
dia de competição, já que desde o início o melhor
que tinha conseguido foi o quarto e um terceiro lugar. Antes disso quedou-se sempre pela quinta posição não chegando a concluir a quarta etapa. No
entanto os festejos não duraram muito com a outra
desistência na regata final.
Na classe TP52, o veleiro Quantum Racing, depois
do terceiro lugar na regata costeira de sábado, dia
21 de Maio , voltou a não dar hipóteses aos seus
adversários com mais dois primeiros lugares nas
duas últimas regatas da etapa. Com o primeiro
Testemunho:
O skipper do veleiro espanhol José Maria Torcida
mostrou a sua satisfação pela participação e
vitória nesta etapa:
“Tivemos uma boa saída na primeira regata, mas
fomos perdendo a liderança ao longo da prova,
ainda ultrapassámos o Bigamist, acabando em
segundo lugar. Na segunda regata estivemos
sempre muito bem, conseguimos atingir uma
distância muito confortável dos nossos adversários e alcançámos o tão esperado primeiro lugar.
As condições em Cascais são geniais, foi óptimo
para nós. Ganhar esta etapa é uma satisfação
tremenda, tivemos em competição com barcos
portugueses, que conheciam estas águas, e com
o Patagonia que é uma equipa muito experiente.
Aprendemos muito aqui, Cascais tem condições
muito boas e cada dia foi mais um avanço.”
TP52 Day 4 Coastal Race - Ran
Nico Martinez/Audi MedCup
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
65
Por água
Audi MedCup 2011
O Iberdrola foi o grande vencedor entre os Soto 40,
confirmando a liderança com um segundo lugar na
primeira regata e a vitória na derradeira etapa.
Por água
Luis Figo
na Audi MedCup em Cascais
Luis Figo foi o convidado do veleiro português
XXII Portuguese Sailing Team, na sexta-feira, 20
de Maio. O conhecido ex-jogador luso esteve na
Marina de Cascais, na Village Audi MedCup com a
tripulação de Francisco Lobato e David Aleixo para
visitar o espaço da competição e conhecer a embarcação Soto 40 lusa.
Uma visita que teve como objectivo conhecer a
embarcação e desejar os melhores resultados à
tripulação português:
“É uma experiência sempre boa: apoiar esta
equipa portuguesa que tem excelentes navegadores e desfrutar de uma viagem no barco em
que eles estão a competir. O importante é dar
uma força à equipa. Para mim foi uma experiência nova neste tipo de barco apesar de ter sido
pouco tempo. Já tinha navegado com o Francisco [Lobato] no barco dele, mas neste tipo de
barco é a primeira vez”, afirmou o ex-internacional português.
Figo ressalva também a importância desta etapa
da Audi MedCup ser em solo lusitano: “São com
estes eventos que Portugal ganha dimensão a
nível de organização.”
Sobre a possibilidade de voltar a repetir a experiência, o ex-bola de ouro deixa a porta aberta: “Se
for novamente convidado, porque não repetir?”
lugar praticamente garantido por parte dos norte-americanos, uma das grandes curiosidades estava na luta pelo segundo lugar entre o Audi Azurra
Sailing Team e o Container, separados apenas por
dois pontos. O veleiro alemão acabou por levar a
melhor com um segundo e um quinto lugar, contra
um sexto e um quarto lugar dos italianos, nas duas
regatas finais. ø
Ana Lima
66
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Former Footballer Luis Figo onboard the XXII Portuguese Sailing Team
Cascais Trophy, 20 05 2011
Guido Trombetta_STudio Borlenghi/Audi MedCup
Calendário
Audi Medcup
2011:
20H30 - Encontro
Cascais - 16 a 22 de Maio
Marselha - 14 a19 Junho
Cagliari - 19 a 24 Julho
Cartagena - 24 a 29 Agosto
Barcelona - 12 a 17 Setembro
TP52 Day 2 - Fleet
Cascais Trophy, 19 05 2011
Guido Trombetta_STudio Borlenghi/Audi MedCup
Por água
Pelo Minho em kayak
O kayak é o melhor modo
de conhecer os rios do Alto Minho.
O facto de ser uma modalidade
fácil de aprender, permite concentrar
toda a atenção na diversão.
Onde Ficar?
Pousada de Juventude, V.N. de Cerveira
Aldeamento Turístico do Camarido, Caminha
Orbitur - Parque de Campismo, Caminha
Hotel Portas do Sol, Caminha
68
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Por água
Pelo Minho em Kayak
Contactos
Apartado 100 4910-909 Caminha Portugal
Telf.: +351 96 20 23 674/675
Email: [email protected]
www.minhaventura.com
C
ontemplar as magnificas fortalezas
erguidas nas margens do rio Minho, parar em pequenas ilhas para
observar aves ou ultrapassar obstáculos no rio Coura, são algumas das
experiências que esperam por si.
O Alto Minho, acolhedor e belo, é um destino de
eleição para os amantes da natureza. De culturas enraizadas destaca-se uma gastronomia de
sabores genuínos, o Alvarinho e o património
construído.
serviços é a MinhAventura. A operar desde 2004,
esta empresa detém uma larga experiência que
permite desenvolver com qualidade e segurança
desde pequenos percursos com grupos de amigos ou famílias, até grandes descidas de empresa. Um factor de diferenciação é a sua capacidade
logística, dispondo de equipamento para realizar
passeios com 200 pessoas em simultâneo. ø
Os rios, como meios de comunicação, foram os
precursores de populações que durante séculos trabalharam e cuidaram das suas margens.
Hoje, navegar no seu leito, é sentir o peso desta
história e compreender a importância que estes
tiveram e têm no desenvolvimento da região.
Para aqueles que desejarem conhecer, existem
percursos organizados que possibilitam de forma fácil e segura desfrutar destas magníficas
paisagens. Uma das empresas que oferece estes
APP IPHONE
Tempo Free
A aplicação que fornece as
condições climáticas actuais e
uma previsão de 5 dias de todas
as estações meteorológicas em
todo o mundo.
http://itunes.apple.com/pt/app/
tempo-free/id404516121?mt=8#
O que visitar
Serra d’Arga
Praia de Moledo
Aquamuseu
Forte da Ínsua
Outras
actividades
■■
■■
■■
■■
challenger aventura
passeios em bicicleta
trilhos pedestres
passeios em kayak
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
69
Por água
 Treino Indoor por Cláudio Silva
A procura de Actividades Outdoor por parte
das pessoas que se querem manter em forma,
tem sofrido um aumento significativo e o Kayak
no Verão é já uma actividade de eleição. Sabe
como te deves preparar no ginásio para entrar
na actividade em Segurança!
Preparação
para uma
aventura
em Kayak no
ginásio
E
mbora o Kayak possa ser praticado
durante todo o ano, há fases em que
os praticantes ficam impossibilitados de treinar, quer pelas condições
climatéricas, quer por outros factores. Por este motivo, o ginásio pode ser um
grande aliado na preparação física dos praticantes de Kayak, podendo proporcionar aos
praticantes um método de treino diferenciado
durante todo o ano.
Como todos os exercícios realizados na água, o
Kayak é óptimo para quem necessita de fazer actividades de baixo impacto para as articulações,
pois os exercícios feitos na água oferecem um
maior controlo e estabilidade de movimentos
(dependendo sempre das manobras efectuadas).
70
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Além disso, como a densidade da água é maior do
que a do ar, a intensidade do exercício também
aumenta logo, ajuda no emagrecimento e fortalecimento dos membros superiores.
Simples e divertido é uma óptima modalidade
para quem quer queimar calorias, melhorar a resistência cardiovascular e muscular, podendo ser
praticada em rio, mar e até mesmo em piscina!
O treino de Kayak permite a redução de gordura
corporal, mais força abdominal, mais tonificação
nos membros superiores como os bíceps, tríceps,
deltóides, e dorsais para além de trabalhar um pouco os membros inferiores, pois estes actuam como
estabilizadores dos movimentos durante a remada. ø
Professor Cláudio Silva
Coordenador do treino personalizado - Aquafitness Clube Tejo
Braços:
■■ Executa o movimento de tracção ante lateral para trás e
Tronco:
■■ As remadas são executadas com a elaboração dos
para baixo. Durante a fase de arranque ocorre a flexão
do cotovelo (músculos bíceps), e do punho (músculos
flexores superficiais e profundo dos dedos, flexores ulnar e radial do carpo).
■■ Faz o trabalho de extensão progressiva na propulsão e
são solicitados os músculos do tríceps, e durante a elevação do braço são solicitados os deltóides.
músculos responsáveis pelas musculaturas do tronco
com o movimento de rotação. A estabilização do tronco requer a solicitação dos músculos extensores do
dorso e dos músculos da parede abdominal.
Membros inferiores:
■■ Estes membros são muito menos solicitados, mas não
Movimento de rotação do tronco:
■■ É a combinação de acções cujas fibras musculares se
são menos importantes que os restantes músculos envolvidos uma vez que desempenha a importante função
de fixar o canoísta durante a posição sentada devido ao
auxílio dos flexores da coxa.
dispõem paralelamente como se fosse uma espécie
de “parafuso muscular” girando o tronco de um lado
para o outro.
■■ Os principais músculos envolvidos são os oblíquos
externos e internos, peitoral maior, músculo serrátil,
esternocleidomastóideo, transversos, trapézio, rombóides e dorsais.
Lembra-te que todas as actividades físicas devem ser
acompanhadas por especialistas, quer seja médico ou treinador.
E por se tratar de um desporto náutico, todas as regras de
segurança são essenciais.
Bons treinos!
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
71
Por água
Treino Indoor
Importância dos músculos
durante o movimento de remada:
Por água
 A minha Aventura…
por Rui Calado
Rio Sabor
em autonomia
Nos passados dias 25 a 30 de Abril um grupo de
3 experientes canoístas desceram grande parte
do curso do Rio Sabor em autonomia completa.
D
e Gimonde, Bragança, até à foz no
Douro foram cerca de 100km em
diferentes tipos de planos de água,
dos mais tranquilos a gargantas
profundas com rápidos.
Usando equipamento adequado para canoagem
de águas bravas, equipamento de orientação,
alimentação e material para pernoitar, a equipa
demorou 5 dias para completar a descida.
Durante a aventura foram feitos todos os esforços para não deixarem marcas da sua passagem,
usando para isso espaço reservado para recolha
de todo o lixo e detergentes biodegradáveis.
72
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
73
Por água
Rio Sabor em autonomia
Por água
DIA 1
Acabámos por inciar a descida do rio sabor em Gimonde e não em França como tínhamos previsto,
pois o caudal estava demasiado baixo para as nossas barcaças pesadas...
DIA 2
Acordar cedo com o sol, arrumar o acampamento
e voltar a fazer o puzzle de meter tudo dentro dos
kayaks apertados.
Siga para baixo que ainda falta muito Sabor...
No primeiro dia avançámos bem apesar de começarmos à 1 da tarde, cerca de 25 km. O percurso
ia quase sempre tendo alguma corrente, na maioria das vezes rápidos de Cl II, com margens verdes
forradas de árvores de muitas espécias diferentes...
um caso cada vez mais raro em Portugal...
Está calor e a água bem fria na cara ajuda a acordar. Fazemos novamente pequenos rápidos que
deixam tempo para admirar a beleza das margens
e do vale. Algumas passagens são feitas pelo meio
da vegetação, quase cegas e pelo caminho que nos
parece ter os troncos menos grossos :-)
No rio avistámos lontras, cágados, e muita passarada.
Alternando temos outra vez as encostas que se tornam mais verticais sobre o rio, com mais pedra e
menos verde, soltando blocos no leito e fazendo
passagens um pouco mais exigentes, algumas já
de Classe IV. Por mais de uma vez as coisas ficam
tão estreitas e caóticas que nos obrigam a sair para
reconhecer e algumas vezes portear... o tipo de pedra algo macia e a sobreposição de blocos fazem
muitos sifões e tornam bastante perigosas algumas
passagens, mesmo com relativa pouca água.
Por vezes o rio estreitava ainda mais e fazia pequenas gargantas verticais com pequenos ressaltos e
bloqueios de pedras que nos animavam um pouco a descida ou obrigavam a fazer portagens dos
kayaks com mais de 40kg...
A sensação que se tem é a de estar verdadeiramente isolados, mas um caminho ou uma ponte de vez
em quando lembravam que por trás das encostas
com 300m havia aldeias e alguma civilização.
Pelas 7 da tarde optámos por acampar numa praia
de areia e relva. Fogueira e um belo jantar de massa desidratada :-)
74
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Já a meio da tarde uma garganta mais extensa está
completamente bloqueada por enormes blocos,
obriga-nos a alguma engenharia com cordas e tirolesas para içar os kayaks pela encosta acima para
os voltar a baixar uns 100m mais a jusante já depois
Só para esta portagem foi mais de uma hora e muito esforço. Logo a seguir haveria outra, um pouco
de navegação e mais uma garganta sifonada...
Dia duro este segundo... mas logo em seguida o
vale abre e deixa-nos acampar na margem esquerda num belo “ervado”. Mais um acampamento
aquecido a lenha da região e por uns tintos do vale
do rio Dão e retemperado por um arroz de cogumelos e chouriças caseiras do vale do rio Paivô. Um
belo intercâmbio entre rios...
SABOR DIA 3
Ontem tínhamos percorrido pouca distância pois
as sucessivas gargantas, reconhecimentos e portagens tinham consumido o seu tempo. Uns 12 ou 13
Km apenas.
Olhando para as cartas militares pensávamos estar
numa zona onde já tinham terminado as gargantas
mais estreitas e verticais e portanto o andamento
seria maior. Mas haveríamos de chegar à conclusão de que estávamos errados...
Uma vez mais, há que levantar o belo acampamento com vista para as gargantas dos trabalhos forçados do dia anterior.
Pelas
7 da tarde
optámos por
acampar numa
praia de areia e relva.
Fogueira e um belo
jantar de massa
desidratada :-)
Para começar o dia um rápido cego no meio de árvores... centro ou direita, optamos pela direita que
nos parece mais limpo e adivinha-se o fim da corrente lá ao fundo... ou talvez não...
Vamos deslizando pela corrente acompanhados
pelo som variado dos pássaros nas muitas árvores
das margens e pelo “ploc” dos cágados a saltarem
para dentro de água num intervalo forçado do seu
banho de sol matinal.
Rápidos fáceis, uma ponte antiga, mais umas curtas
gargantas... uma águia que paira lá em cima, um
Bufo Real que se espanta e atravessa o rio a voar.
Não nos cansamos de apreciar a variedade de vegetação e de tons de verde que nos emolduram.
Ao início da tarde encontramos um caminho e um
homem - uma das primeiras pessoas que vimos desde o início. Ficamos a saber que ainda estamos distantes da foz do Rio Maçãs, o objectivo do dia e que
adiante ainda nos espera mais uma garganta que
“tem umas pedras enormes a tapar o rio”... (onde é
que já vimos isto) e que há uns tempos tinham passado 2 ou 3 canoístas para baixo e tiveram de voltar
para cima a pé e deixaram os kayaks e tal e tal...
Obrigado e descemos um pouco para uma paragem
para uma espécie de almoço já com a tal garganta
à vista. Realmente estava bloqueada com algumas
enormes pedras e obrigou a uma nova portagem,
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
75
Por água
Rio Sabor em autonomia
dos obstáculos intransponíveis.
Por água
um passeio no campo comparado com as que tínhamos feito no dia anterior...
Mais um pouco de navegação em rápidos relativamente fáceis neste vale encaixado e verde. Mais
uns blocos e troncos a bloquar o rio. Levamos os
kayaks pela água e por cima das pedras com uma
“trela” a partir da margem para não lhes voltar a
sentir o peso, uma técnica que já tínhamos usado
noutras ocasiões sempre que haviam sifões e a portagem não nos obrigava a afastar muito do rio.
A garganta começa a abrir e as margens a ficar
novamente verdes. Um par de km em rápidos e
acelerações mais abaixo chegamos finalmente à
confluência com o Rio Maçãs. Com este novo Sabor, começam a surgir algumas ondas e rolos, o rio
torna-se muito mais largo, o dobro talvez.
Agora num vale completamente aberto e cheio de
luz, remamos alegremente a furar os rolos, a apreciar a sempre presente beleza das margens.
Optamos por parar relativamente cedo numa gran76
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
de praia de rocha e areia e aproveitar para secar
todo o material que estava a ficar demasiado humido. Refresco, banhoca com gel de banho biodegradável, petisco regado com tinto, montagem do toldo
“hotel”, lenha, fogueira, cozinhar.
O ritual com o qual já vamos estando sintonizados,
uma parte fundamental nesta vida de nómada do
rio e que marca a diferença entre uma simples descida e uma viagem...
SABOR DIA 4
É uma sensação única esta de passar o dia no rio,
deitarmo-nos a ouvi-lo e acordar com a mesma
música... e o som da água em movimento é acompanhado pelo chilrear de muitos pássaros que agora de manhã mudaram de turno com os noitibós.
Ainda nem nos levantámos e já temos a sensação
de que este é um belo dia.
Apesar de pairar uma sombra muito escura sobre
este local... não as que felizmente estão ausentes no
céu, mas a provocada pela ideia de que será mais
ou menos aqui que começará a albufeira da barra-
Por água
Rio Sabor em autonomia
gem do Baixo Sabor.
Em meados de 2013 esta praia onde estamos agora a dormir estará irremediavelmente debaixo de
água...
A lição de colocar tudo dentro dos kayaks está cada
vez mais bem estudada e demora menos por esta
altura, em breve lá estamos nós a navegar em rápidos fáceis levando à letra a frase “ao Sabor da corrente”.
Sabemos que uma ou duas horas mais abaixo estará a Ponte de Remondes, onde começa o percurso
mais clássico para quem já antes desceu este rio
em Kayak.
Com mais um bocadinho de água trazida pelo rio
Azibo, afluente da margem direita, vamos fazendo
uma boas sucessões de rápidos em Cl III com escassas passagens em IV.
Paragem para petisco num velho moinho de água
junto a uma casa recuperada... Também eles irão
ficar submersos... esta sensação de que nos esta-
mos a despedir de alguma coisa é estranha e não
condiz nada com a beleza dos locais.
Depois deste almoço improvisado, temos alguns
rápidos animados em Cl IV, que já nos obrigam a
alguma atenção e que nos divertem bastante.
Depois o rio vai acalmando progressivamante e dá
lugar a longos planos de água calma. Vamos deslizando neste espelho, na margem direita uma raposa, distraída, deixa-se apanhar pela objectiva da
máquina antes de se aperceber da nossa presença
e de se escapar entre penedos a grande velocidade.
Já adiantados na tarde paramos na confluência
com um ribeiro para tirar algo de dentro d e um dos
kayaks. Surge um velhote com o qual conversamos
um pouco e que nos pergunta de onde vimos... de
Perto de Bragança. De onde? Pelo rio? E não têm
medo?...
Sim na verdade temos. Temos pois um pouco mais
abaixo começamos a ver ao longe uma nuvem de
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
77
Por água
poeira que nos indica que vamos finalmente chegar
ao local onde estão as obras da barragem principal.
Medo do destino deste rio, do destino anunciado já
pelas árvores mortas ou moribundas no meio do
rio e nas margens, pela falta de peixe que não pode
subir por causa dos muros da ensecadeira de montante, que poderia ter facilmente um canal para os
peixes subirem. Mas que não tem... bastaria um
minusculo investimento no meio de tanto cimento
para não acabar assim gratuitamente com o ciculo
de vida destes peixes e prolongar uns anos mais a
vida do rio a montante. Incompreensível...
Entrados pelas obras da barragem adentro, de
capacete posto como mandam as normas de segurança, somos finalmente abordados pela segurança que. depois de algumas explicações, acede
a deixar-nos passar, não pelo rio pois ele vai entubado durante 300m por um tubo estreito e cheio de
detritos, mas deram-nos boleia de carrinha até logo
após as obras.
Voltamos a entrar no rio sob o olhar vigilante da
chefe da segurança que se quis certificar que não
voltávamos a entrar na zona das obras... voltamos
a navegar numa garganta mais fechada e com paredes em pedra, esta mesmo de bónus pois não sabíamos da sua existência e não tínhamos a carta
militar desta zona que julgávamos completamente
“flat”. E para flat estava bem animada...
78
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Remámos mesmo até quase cair a noite e o final
da garganta ainda não se adivinhava, optámos por
parar numa praia pequena mas simpática na margem direita para montar o último hotel de 1000 estrelas...
SABOR DIA 5
Pela última vez nesta missão levantamos o acampamento e entramos no rio bem cedinho.
Afinal esta última garganta, da qual só viamos uma
curva a partir do acampamento, terminava logo
após dois ou três rápidos fáceis. Segue-se uma zona
de água calma até uma espécie de açude com um
canal aberto a meio, seguido de mais uns poucos
km tranquilos que também irão ficar submersos
pois está a ser construida uma segunda barragem
para represar água para bombear para montante
se for necessário... esta com 9.6 km de albufeira...
ao todo ficarão cerca de 70 Km de rio alagados.
Felizmente a passagem por esta segunda barragem
é menos complicada pois tem um canal aberto junto à margem esquerda e conseguimos passar depois de uma rápida investigação para não termos
nenhuma surpresa.
Mais calmo, agora o Sabor é um rio largo e com um
plano de água liso e espelhado. Chegamos finalmente à Foz e ao fim desta nossa viagem de mais
de 100 Km pelo rio.
Uma forte chuvada ainda nos faz montar uma vez
mais o toldo, para nos abrigar enquanto esperamos
pelo transporte de regresso a casa :-) ø
Rui Calado nasceu em 1966 em Portalegre e vive actualmente em Aveiro depois de uma longa passagem por
Lisboa.
Neste momento é um dos sócios gerentes da Watertech Kayaks, projecto que engloba uma marca de kayaksurf e waveskis de design e produção nacionais, loja de
equipamentos de canoagem e escola.
Está também à frente da portugalkayak.com, empresa
vocacionada para actividades de canoagem nas mais
diferentes vertentes, entre as quais as expedições.
É licenciado em Comunicação Social, já teve um percurso profissional que passou pela publicidade, televisões e edição de vídeo.
No campo desportivo já teve a
primeira empresa de rafting portuguesa, já trabalhou
no Nepal e Turquia como safety kayaker, já deu palestras sobre canoagem, ministrou inúmeros cursos de
iniciação à canoagem de águas bravas, segurança, navegação e kayaksurf.
Dedica-se agora em full time à sua paixão – a canoagem.
Na sua formação desportiva, alem da prática com
mais de 25 anos, tem o Curso de Iniciador e Monitor de
Canoagem e de arbitragem da Federação Espanhola de
Piraguismo, o Curso de Árbitro auxiliar pela FEP e o
Curso de Árbitro de Freestyle em Kayak pela FEP.
É autor de 2 guias sobre os rios portugueses: Portugal
Kayak, Ed. CCABP e Le Portugal de Rui Calado, Ed. Le
Canotier. É fundador e Ex-Presidente do único clube
português exclusivamente dedicado à canoagem de
águas bravas – Clube de Canoagem e Águas Bravas de
Portugal – que dinamiza uma escola Nacional de Águas
Bravas e organiza encontros anuais.
gónia Chilena;
10 - Travessia Kayak Portugal - Expedição em Kayak de
Mar de toda a costa Portuguesa realizada com sucesso
em Julho de 2010;
11 - Descida do Rio sabor em Autonomia durante 5 dias.
Já desceu em kayak mais de 125 rios diferentes em Países como Portugal, Espanha, França, Itália, Eslovénia,
Marrocos, Turquia, Nepal, Equador e Chile;
Desceu
pela primeira vez de grande parte dos rios de águas
bravas em Portugal.
Já praticou desportos tão variados como o Boxe, Andebol, Voleibol, Judo, Badmington, Natação, Ténis,
Squash e Paraquedismo. Agora dedica-se ao BTT Freeride, Escalada, Canyoning, Rafting, Canoagem de
Águas Bravas, Kayaksurf, Waveski e Travessias.
Expedições de canoagem
Organizadas/ Participadas:
96 - Volta à ilha Terceira, Açores, em kayak de Mar;
95, 96, 97, 98 e 07 - Marrocos – Kayatlas, descida de
vários rios de águas bravas no Atlas Marroquino;
97 - Volta à ilha do Pico, Açores, em kayak de Mar;
99, 00 e 03 - Nepal - Kayak no Tecto do Mundo, descida
de diversos rios nos Himalaias, entre os quais alguns
em autonomia completa durante 12 dias;
01 - Equador – kayak no centro da Terra, descida de
vários rios de águas bravas nos Andes;
06 - Patagónia Chilena - Kayak no Fim do Mundo, descida de vários rios de águas bravas nos Andes e Pata-
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
79
Por água
Rio Sabor em autonomia
CV Rui Calado
Fotografia
 Entrevista
Joel Santos
por Magali Tarouca
S
e é verdade que o sonho comanda a vida,
o fotógrafo Joel Santos é uma das provas
de que é possível mudar o rumo das nossas vidas em busca daquilo que nos faz
sentir realizados. Se nos seus planos estava traçado um futuro ligado à Economia, a paixão
pela fotografia traçou-lhe um rumo totalmente diferente. Com apenas 33 anos de idade, Joel tem já
um percurso invejável sendo considerado um dos
melhores fotógrafos de natureza e de viagens a nível nacional, levando na bagagem vários prémios
nacionais e internacionais, a direcção da revista de
fotografia líder em Portugal durante três anos, dois
livros de fotografia publicados e o orgulho de ter
inspirado e incentivado centenas de pessoas a dar
80
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
asas à paixão pela fotografia durante os workshops
e viagens fotográficas que lidera.
Desde criança que a fotografia faz parte do quotidiano deste jovem fotógrafo. “O meu pai fotografava imenso e eu era o modelo favorito nas
suas sessões fotográficas.” No entanto, esta nem
sempre foi uma paixão muito bem sucedida. “No
final dos anos lectivos os meus pais costumavam
fazer-me uma surpresa por eu ter tido boas notas
e, certa vez, deram-me uma câmara fotográfica.
Pouco depois, fomos passar férias aos Açores, na
ilha Terceira, e, quando estávamos na Piscina
Natural dos Biscoitos, caí dentro de água e a câmara avariou-se”.
Fotografia
Entrevista Joel Santos
Contratempos à parte, ao longo dos anos o bichinho da fotografia continuava adormecido até que
despontou quando já estava a escrever a tese final
de mestrado, da forma mais inesperada. “No final
do mestrado cheguei a um ponto de cansaço extremo. Queria ganhar o prémio atribuído pelo Ban-
co de Portugal ao aluno com melhor média, mas,
como a maioria dos meus colegas eram mais velhos e possuíam outras prioridades, tive que realizar grande parte dos trabalhos de grupo sozinho.
Assim, o que deveria ter sido um mestrado ‘normal’
transformou-se num projeto muito desgastante.”
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
81
Em família
Fotografia
Um dia, para
sua grande surpresa, recebeu um
e-mail do director da revista, José Antunes, a
convidá-lo para escrever
um artigo sobre as
suas fotografias das
gotas de água.
Esgotado, Joel pediu uma licença de seis meses
antes de começar a escrever a tese, altura em que
o seu escape passou a ser a câmara fotográfica.
“Comecei a dedicar-me ao que tinha mais perto de
mim: a água. Como quando ia fotografar para a rua
raramente conseguia atingir os objectivos, comecei
a explorar a câmara dentro de casa com gotas de
água da torneira e com o candeeiro do meu quarto.
Queria perceber como é que a luz funcionava, de
que forma iluminava as coisas, como é que podia
ser medida, como podia ser registada. Aí comecei
a perceber os limites da câmara e a tentar pensar
como ela”, conta o fotógrafo. Foi nesta altura que
a sua paixão pelo tema água o levou a fotografar
a costa portuguesa e lhe proporcionou o primeiro
contacto com o mundo editorial. “Eu e um amigo
82
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
começámos por enviar um conjunto de imagens
para que alguma fosse publicada na revista Foto
Digital. Mais tarde, enviei um conjunto de doze
imagens e, em vez de escolherem uma, acabaram
por publicá-las todas num portefólio. Isso motivou-me imenso e levou-me a fotografar ainda mais e a
enviar mais fotos.”
Um dia, para sua grande surpresa, recebeu um e-mail do director da revista, José Antunes, a convidá-lo para escrever um artigo sobre as suas fotografias das gotas de água. “Fiquei muito contente e
escrevi o artigo. A admiração foi ainda maior quando ele escolheu uma das imagens para capa. Achei
inacreditável”, recorda. Alguns meses depois acaba
por fazer as primeiras fotografias bem sucedidas na
Entretanto, os seis meses de licença do mestrado
estavam a chegar ao fim e tinha de começar a escrever a tese, mas a paixão pela fotografia estava
instalada dentro de Joel. Todo o tempo livre que
tinha era dividido entre fotografar e escrever para
a revista, ao mesmo tempo que a relação de amizade com o director da revista ia aumentando. “O
José tinha uma espécie de missão: ele queria que
eu fotografasse cada vez mais, dizendo que gostaria
muito que um dia eu deixasse de ser economista
para passar a ser um fotógrafo. Isso deu-me imenso
estímulo e a verdade é que a paixão pela fotografia,
que foi totalmente imprevista, cresceu de uma forma inesperada e teve um impacto e consequências
gigantescas. Devo-lhe a aposta altruísta e ficará
para sempre ligado ao meu arranque enquanto fotógrafo e jornalista.”
Após terminar a tese, Joel já tinha decidido que
não queria seguir os empregos normais e, perto do final do mestrado, enviou uma candidatura
para um programa de cooperação entre Portugal e
Timor-Leste, no qual é aceite, indo, em Setembro
de 2004, dar aulas na Universidade de Economia
de Dili. Devido à sua intolerância relativamente à
medicação anti-palúdica, Joel não podia fotografar
o nascer e pôr-do-sol, sendo então nas pessoas que
acaba por se concentrar, descobrindo a terceira
vertente fotográfica (para além das gotas de água
e da fotografia de paisagem), que até hoje mantém:
o retrato espontâneo, sobretudo em viagem. “Num
retrato o que mais me atrai é o olhar, que, para
mim, é como uma porta para a alma dessa pessoa,
a par com a textura da pele, que é como que um
livro escrito pelos anos de vida”.
A estadia em Timor-Leste que deveria ter sido de
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Fotografia
Entrevista Joel Santos
praia da Adraga, em Sintra. “Já tinha ouvido falar
das paisagens daquela praia, mas, quando lá cheguei, percebi que algumas rochas eram as mesmas
que eu já tinha visto em sites de fotografia. Como
aprecio a originalidade, prossegui para a ‘segunda’
parte da praia, mais a norte, onde acabei por descobrir enquadramentos nunca antes feitos e que
hoje servem de inspiração a muitos fotógrafos. Foi
dessa minha tentativa que surgiu um conjunto de
imagens que enviei para a revista Foto Digital, tendo elas sido imediatamente publicadas a par de um
artigo escrito por mim.” Impressionado com o nível
de qualidade de um fotógrafo amador que tinha começado a fotografar há poucos meses e com o rigor
e coerência da sua escrita, o diretor da revista, José
Antunes, decide dar seis páginas por mês a Joel
Santos, para que escrevesse regularmente sobre
um tema à sua escolha.
Fotografia
três meses estendeu-se a três anos, mas Joel nunca parou de fotografar e de escrever para a revista.
Finda a experiência em finais de 2006 e depois de
uma experiência passada de seis meses na revista Foto Digital, surge o convite para ser editor da
revista O Mundo da Fotografia Digital, tendo sido
mais tarde convidado a assumir a direcção da mesma. “Acabei ligado ao mundo do jornalismo, o que
não tinha de forma nenhuma previsto. Mas, olhando retrospectivamente, o meu curso preparou-me
da melhor forma, pois tinha a meu cargo a gestão
de um projecto e isso era algo para o qual eu tinha
sido treinado durante anos. Portanto, foi com bastante naturalidade que encarei este novo desafio,
que aliava fotografia, escrita e gestão”.
Após três anos em que transformou a revista à sua
imagem e onde acumulou o cargo de coordenador
editorial de todas as publicações de tecnologia da
editora, em 2010 acaba por abandonar voluntariamente aqueles projetos editoriais para se dedicar
inteiramente à formação de fotografia e viagens
fotográficas com a agência de viagens de aventura
Papa-Léguas. “A Papa-Léguas surge ainda enquanto estava na revista. Na altura o director da Papa-Léguas, Artur Pegas, foi à editora para uma reunião e a empatia foi mútua, pois também ele é um
apaixonado por fotografia e um grande viajante.
De forma quase natural chegámos ao tema das viagens fotográficas e ambos percebemos que tínhamos vontades em comum, o que me fez equacionar
passar a fazê-lo profissionalmente. De facto, passava dias a fio a trabalhar numa revista que incentivava as pessoas a fotografar, mas eu próprio não o
conseguia fazer, pois a coordenação dos múltiplos
projetos editoriais absorvia todos os meus minutos.
Assim, a primeira experiência surgiu poucos meses depois, onde fizemos uma viagem fotográfica
à Islândia, a qual foi muito bem sucedida. A partir
daí nasceu a vontade de fazer viagens fotográficas
de forma regular e profissional, bem como apostar
fortemente na formação em fotografia ao nível nacional através de cursos e workshops fotográficos”.
Ensinar era outro dos destinos que para Joel estava
completamente fora da equação. No entanto, quando percebe que influenciou alguém a dedicar-se à
fotografia e que desmistificou toda a dificuldade
que está à volta desta actividade, o fotógrafo sente uma felicidade gigantesca. “Olhando para trás,
eu devo muito às pessoas que, com uma palavra
ou com uma conversa, mudaram a minha vida.
Neste sentido, uma das coisas que me apaixonou
pelo ensino foi sentir que eu também poderia influenciar o rumo de uma pessoa e fazer com que
ela se lembrasse de mim, tal como acontece com
um conjunto de pessoas que, mesmo sem saberem,
84
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Fotografia
Entrevista Joel Santos
transformaram-me para melhor. Assim, sinto que
é um privilégio ter alguém que gosta do
meu trabalho, que ouve aquilo que
tenho para dizer”.
vro sobre fotografia. “Basicamente, eu escrevi este
livro como eu gostaria de ter lido um quando comecei a fotografar. Teria poupado as muitas
horas que gastei a fotografar o meu can(...)ao londeeiro”, comenta divertido.
go dos anos o
Joel é um homem de paixões
e, para além de fotografar e
Fotografia em Portugal
bichinho
ensinar, foi na escrita que
Segundo Joel Santos a fotografia
da fotografia continuava
descobriu mais uma das
em Portugal não tem a sua meadormecido até
suas vocações. Dois anos
lhor expressão, pois “esta não é
que despontou quando já
após ter escrito o livro Fouma prioridade enquanto forma
tografia Digital com Adode
expressão cultural e de proestava a escrever a
be Photoshop Lightroom,
dução de conhecimento, espetese final de mestrado,
que esgotou em pouco temcialmente no atual contexto socioda forma mais inespo, Joel lançou-se num desaeconómico. Assim, quer por parte
fio ainda maior: escrever um
das entidades que a poderiam apoiar,
perada
livro de fotografia, com técnica
quer por parte de algumas pessoas que a
e dicas fotográficas para fotógrafos
podem ‘consumir’, a fotografia é tida como
iniciados e avançados. Assim nasceu o liuma forma de arte de segunda linha e, como tal,
vro ‘FOTOGRAFIA – Luz, Exposição, Composição, não é devidamente valorizada. Em determinados
Equipamento’, também pela editora Centro Atlân- aspectos, trata-se de uma situação paradoxal, pois
tico, uma verdadeira bíblia para qualquer fotógrafo nunca a procura e a oferta de fotografia foram tão
que queira ver esclarecidas todas as suas questões elevadas e diversificadas. O problema adensa-se
fotográficas. Escrito de uma forma simples e direc- ainda mais quando a fotografia é vista como algo
ta, o livro já vai na sua terceira edição e tem recebi- fácil de obter, pois ‘basta’ ter uma câmara fotográfido os melhores elogios de norte a sul do país, tendo ca e carregar num botão, esquecendo-se o investijá estado no primeiro lugar do top de vendas na mento físico, financeiro e mental inerentes à ativiFnac, uma posição nunca antes atingida por um li- dade fotográfica, em particular quando se pretende
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Fotografia
De forma
quase natural
chegámos ao tema das
viagens
fotográficas e ambos percebemos que tínhamos
vontades em comum, o que
me fez equacionar passar a fazê-lo profissionalmente.
produzir trabalhos de elevada
qualidade e originalidade, ao nível do que melhor se faz internacionalmente”.
Mas existem mais razões para a
fotografia não gozar do melhor
panorama, como acrescenta o
fotógrafo. “De uma forma pejorativa, é frequente pensar-se
que qualquer fotografia pode ser
‘concebida’ em pós-produção,
o que, no meu caso, está longe
de ser a verdade. Por exemplo,
nas áreas a que mais me dedico
— paisagem natural, retrato espontâneo (sem ser em estúdio) e
reportagem de viagem — é vital
obter o melhor registo possível
no terreno, o que implica grande preparação técnica, abraçar contextos adversos e fazer
sacrifícios que estão longe de
serem digitais, nomeadamente
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Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Fotografia
Entrevista Joel Santos
lidar com condições meteorológicas extremas e situações de
elevado risco pessoal. De facto,
apesar de ser uma ferramenta
muito poderosa e indispensável
na vida de qualquer fotógrafo,
o Photoshop não permite melhorar a nossa capacidade de
interacção com as pessoas num
destino socialmente complicado, nem é capaz de nos ajudar
numa cratera vulcânica cheia
de vapores de enxofre. É certo
que todas as imagens precisam
se der ‘reveladas’, antes numa
câmara escura e hoje às claras
num computador, mas nenhum
programa ou câmara fotográfica
sofisticada substituem o olhar e
o instinto de um fotógrafo”.
Apesar de a fotografia em Portugal não gozar do melhor contexto, Joel parece seguro de
um futuro melhor, isto se todos
cumprirem a sua parte. “Também cabe aos fotógrafos mostrar que o seu trabalho merece
ser valorizado e que trabalham
com a qualidade (e não com a
quantidade) em mente. Todos
nós podemos pintar, cantar ou
escrever, pois são atividades
que estão ao alcance de qualquer pessoa, como a fotografia
passou a estar nos últimos anos,
pelo que é fulcral lutar pela diferenciação e evitar a banalização. Só dessa forma a fotografia
conquistará a merecida posição
de grande relevo, sendo criada
uma conjuntura favorável para
os fotógrafos que desejem viver da fotografia e explorar o
seu potencial de corpo e alma,
para benefício de todos nós e
da fotografia enquanto arte.
Para quem ensina fotografia,
como é o meu caso, também
deve ser exigida uma grande
responsabilidade, pois cabe aos
formadores incutir a paixão, a
dedicação e a valorização que
a fotografia merece, o que só é
possível com uma formação de
qualidade, proximidade e honestidade”, remata Joel.
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Fotografia
Pura aventura
de Komodo, na Indonésia, esteve a foApesar da dedicação, do esforço físico
tografar um conjunto de dragões
e dos sacrifícios que é preciso fazer
de Komodo a apenas dois meNo primeiro merpela fotografia, também há lugar
tros de distância. “O que eu
gulho em que levei
à diversão e Joel Santos recordesconhecia é que aqueles
da com um brilho especial
animais com o ar mais ‘pasuma câmara fotográfica
nos olhos algumas situações
telão’ que eu já tinha visto
numa caixa estanque, encanque a fotografia lhe permitiu
eram capazes de correr
tei-me com um peixinho amaviver. Se lhe perguntarmos
três vezes mais depressa
até onde vai por uma fotodo que eu”. Ainda na Indorelo e fui atrás dele até aos 30
grafia, a sua resposta é muinésia, Joel teve uma nova
metros de profundidade, isto
to rápida, acompanhada de
aventura, mas, desta vez,
apesar de a minha licença
uma gargalhada: “Deixei que
debaixo de água. “Eu tinha
um marroquino me desse dois
imenso medo de mergulhar,
apenas me permitir ir
beijinhos para que eu pudesse
mas esse receio passou quanaté aos 18 metros.
fotografar os camelos dele!”. Para
do percebi que podia levar uma
além disso, o destemido fotógrafo já
câmara fotográfica para debaixo
sobrevoou o Mount Quénia de helicópde água”. Descobriu, dessa forma,
tero, a 5 mil metros de altitude, com as portas
uma nova paixão e, com ela, mais uma históabertas e preso por cordas. “Tive hipóxia [falta de ria para recordar: “No primeiro mergulho em que
oxigénio no cérebro] o que fez com que não sentis- levei uma câmara fotográfica numa caixa estanse algumas dores causadas pelo frio extremo da al- que, encantei-me com um peixinho amarelo e fui
titude e da deslocação de ar provocada pelas pás do atrás dele até aos 30 metros de profundidade, isto
helicóptero. Só quando aterrei é que percebi que apesar de a minha licença apenas me permitir ir
tinha queimado os nós dos dedos”.
até aos 18 metros. Quando me apercebi desse excesso, comecei a subir e sofri um problema que se
O fotógrafo recorda ainda que há uns anos, na ilha chama ‘reverse block’ — o ar expande no interior
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Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Fotografia
Entrevista Joel Santos
do ouvido quando se sobe, mas não se consegue libertar. Pouco depois, o ar libertou-se, equalizando
a pressão no interior e exterior do ouvido, mas senti uma tontura fortíssima durante alguns segundos
numa zona de mergulho de parede. Abaixo de mim
estavam dois quilómetros de abismo marítimo e foi
momentaneamente assustador. Mas valeu a pena,
apesar de a foto do peixinho ter ficado mal!”, remata!
Parecia um encontro entre um pai e um filho que
não se viam há muitos anos. De facto, uma das coisas que me surpreende nas viagens é forma como
elas nos proporcionam encontros inesperados, provando que o nosso planeta tem tanto de vasto como
de pequeno. Este ano, na Índia, no meio de largos
milhões de habitantes, tive outros dois encontros
improváveis e afortunados, e não existem palavras
para descrever o que se sente”.
No entanto, uma das histórias que mais marcou o
jovem fotógrafo é a que está por detrás da sua famosa fotografia do pescador chinês, a que deu o
nome de ‘Pescador de Sonhos’. “Em 2006 passei o
meu primeiro Natal fora de casa. Estava no sul da
China no dia 24 e combinei, por gestos e desenhos,
ir fotografar com um pescador no rio Li Jang no
dia seguinte. Então, na madrugada do dia 25 fui de
mota até ao local combinado no rio. Estava um frio
inacreditável e eu só tinha t-shirts para vestir, pois
vinha de Timor-Leste e da Austrália, onde estava
imenso calor. Foi uma experiência única! Quatro
anos depois, numa das viagens fotográficas da Papa-Léguas, encontrei inesperadamente o mesmo
pescador e mostrei-lhe a fotografia que lhe tinha
feito em 2006. Foi um momento muito emocionante e abraçámo-nos durante um longo momento.
Futuro
Relativamente aos próximos anos, Joel Santos
deixa-nos algumas pistas. “Daqui a 10 ou 20 anos
gostava de ter sido capaz de fazer um percurso à
altura daquilo que são os meus desejos, dando asas
à minha ilimitada paixão por fotografar, satisfazendo a minha curiosidade em relação a vários países,
povos e culturas, e fazendo registos que mereçam
ser partilhados com outras pessoas. O meu prazer
está muito no acto de fotografar mas também no
de partilhar, para que outros se possam emocionar, para que algo no nosso mundo possa melhorar através da mensagem fotográfica e para que
eu tenha vontade de fazer mais e melhor. Espero
conseguir compilar uma visão original do mundo
e que isso agrade de alguma forma às pessoas que
me forem acompanhando ao longo do tempo. Ao
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
89
Fotografia
fim de 20 anos gostava de ter, porque não, 20
livros de grande qualidade publicados internacionalmente! Seria sinal de que tinha trabalhado bem e que a fotografia em Portugal, e
no mundo, tinha evoluído de forma positiva. E
ao fim desses 20 anos… espero que haja, pelo
menos, mais 20 igualmente interessantes, durante os quais eu consiga ir ainda mais longe
como artista visual”.
Enquanto o tempo se encarrega de traçar o
seu futuro, Joel segue a sua vida com o mesmo
objectivo com que tem vivido os últimos anos:
fotografar e fazer com que outros se apaixonem pela fotografia, sempre com muita aventura. Até lá, poderá encontrá-lo de câmara em
punho em qualquer canto do mundo, deslumbrado pela natureza que o envolve, a absorver
novas culturas, a criar laços com novos povos
ou então no seu próprio país que tanto adora,
numa qualquer praia da costa Portuguesa,
num dia de inverno, com água pela cintura
e envolvido por ondas, sempre a fazer o que
mais o apaixona. ø
Trabalhos expostos em:
www.joelsantos.net
Atualidade sobre o fotógrafo:
www.facebook.com/Joel.Santos.Photography
Sobre a Jornalista:
www.facebook.com/Magali.Tarouca.Fotografia
Daqui a 10
ou 20 anos gostava de
ter sido capaz de fazer
um percurso à altura daquilo
que são os meus desejos, dando
asas à minha ilimitada
paixão por fotografar, satisfazendo
a minha curiosidade em relação a
vários países, povos e culturas, e
fazendo registos que mereçam
ser partilhados com outras pessoas.
Conselhos do fotógrafo:
Não existem fórmulas para ser um bom fotógrafo, nem
regras para obter uma boa fotografia senão todas as imagens seriam iguais. A fotografia é inesperada e depende
sobretudo do fotógrafo, da forma como vê e sente o que
o rodeia. Por isso, fotografem sempre o que sentem, fotografem para vocês e tentem criar o vosso próprio estilo.
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 Portfólio do mês — Joel Santos
Fotografia
Portfólio
ÍNDIA
Com a simplicidade, humildade e carisma que tão bem o caracterizam,
o fotógrafo Joel Santos abriu-nos as
portas para o mundo captado pela
sua câmara. Viaje nas suas palavras
e deslumbre-se com as suas imagens!
A
Fotos: Joel Santos
Índia é o trapo e a seda, o mendigo e o bom berço, a
monção e a secura, o picante e o sabor suave, o negrume
e a cor, o velho e o novo, a crueldade e a humanidade, a
besta e o homem, o mau cheiro e o perfume, as rugas e o
sorriso, a luta e a paz, o caos e a harmonia... é a terra dos
contrastes, intensa como caril e aromática como o chá, carregando
a mais forte das lições de vida, modificando-nos para sempre, redesenhando a nossa realidade, fazendo-nos perceber que temos tudo,
mesmo tudo, sem o saber.
Este portefólio, constituído por fotografias realizadas em 2007, 2010
e 2011, é uma pequena amostra de um vasto trabalho, cuja maior
parte permanecerá inédito até ao final de 2011, mostrando parte dos
contrastes acima descritos. Espero que gostem da viagem visual, que
fiquem na espectativa de ver o que ainda está por mostrar e, quem
sabe, de embarcar na viagem fotográfica de 2012 que realizarei em
parceria com a agência de viagens de aventura Papa-Léguas. ø
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Fotografia
92
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Fotografia
Portfólio
www.joelsantos.net
www.facebook.com/
Joel.Santos.Photography
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Fotografia
 FOTO DO MÊS por Joel Santos
‘PESCADOR DE SONHOS’,
GUILIN, YANGSHUO, CHINA.
94
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Tudo começa na noite de 24 de Dezembro, durante uma consoada de
Natal única, passada nas águas do rio Li Jang, onde fiz uma pescaria
noturna com um pescador local, dos poucos que ainda usava os corvos marinhos nesta atividade tradicional. Finda a pescaria, e com todas as barreiras linguísticas concebíveis, arranjei forma de combinar
um encontro para o dia seguinte, ao amanhecer, perto de uma ponte
em Yangshuo, para fotografar o mesmo pescador. Deste modo, no dia
25, acordo bem cedo, cerca de uma hora e meia antes do sol nascer,
vestindo as referidas seis t-shirts, como se fossem camadas de uma
cebola. Desço para o Lobby do Hotel, descobrindo que a minha boleia, combinada no dia anterior, não estava lá — de facto, nem sempre
tudo corre como planeado na China, mas existem sempre soluções.
Assim, como recurso, acordei o recepcionista do hotel, que dormia
escondido atrás do balcão, convencendo-o, depois de algum malabarismo linguístico e gestual, para ele me levar à designada ponte. O
homem acabou por aceder ao meu pedido e conduziu-me até à sua
mota, algo que me deixou bastante feliz, pelo menos até estarmos em
movimento. Importa recordar: estavam temperaturas negativas e a
única proteção era um punhado de t-shirts! É impossível descrever o
frio que senti, as dores fortes nos ossos da cara, que me obrigaram a
tirar o capacete da cabeça e a colocá-lo em frente à face, pois a sensação era simplesmente insuportável. Foi neste momento que pensei
porque razão tinha eu saído da cama, para ir até um local desconhecido e enfrentar um frio intenso, tudo na companhia de um estranho
e com a ténue esperança de que o pescador realmente aparecesse.
Todavia, tudo se transformou em magia pouco depois. Já na base da
ponte, junto às águas calmas e frias do rio Li Jang, começou a surgir
o pescador, furando as brumas com a jangada e com a luz da sua lanterna a óleo. Não podia ser mais perfeito, mais indescritivelmente belo.
Seguiram-se momentos de pura magia da luz, onde em escassos minutos passou esta passou do rosa salmão para o laranja vivo, permitindo-me escrever com luz diversas imagens inesquecíveis. A que escolhi é,
para mim, a mais especial, pois tudo se conjugou: as linhas diagonais,
as formas triangulares implícitas e o ambiente que mais parece ter sido
criado num sonho. Era Natal e este homem pescava sonhos! ø
Joel Santos
Dados
técnicos:
1/15 seg. a f/8 com ISO 800. Dist. Focal: 20.0
mm. Foto realizada com a câmara na mão,
usando um filtro de densidade neutra em
gradiente para equilibrar a luz entre o céu
e a terra, mas sem escurecer o pescador.
www.joelsantos.net
www.facebook.com/Joel.Santos.Photography
OUTRAS INFOrmações:
Joel Santos irá liderar uma Viagem Fotográfica à China entre 19 de Novembro e 1 de Dezembro, sendo esta organizada pela agência de viagens de aventura Papa-Léguas. Mais informações e inscrições em http://
www.papa-leguas.com/index.cfm?sec=0101000000&ViagemID=156 ou
email para: [email protected]
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
95
Fotografia
Foto Mês
E
m 2006 estava no último dos três anos de estadia em Timor-Leste e, como sempre, tinha toda a minha vida metida dentro de uma mala com 25 Kg (roupa, medicamentos
e pouco mais) e uma mochila de 12 Kg (câmaras, objectivas e portátil). Corria o mês de Dezembro, pelo que estava
um intenso calor em Timor-Leste, convidativo para roupas ligeiras,
mas, no sul da China, onde esta imagem foi obtida, registavam-se
temperaturas negativas. Assim, quando aterrei em Guilin, na província chinesa de Guangxi, não possuía mais do que seis t-shirts e, devido à falta de espaço na bagagem, adquirir roupa estava fora de equação, especialmente no momento em que esta história se desenrola.
Fotografia
 Aplicações iPhone para fotógrafos
Trip Journal
Registe e partilhe as suas viagens
APP IPHONE
Uma das missões de qualquer fotógrafo de viagens é encontrar
os melhores locais para fotografar e, depois estarem identificados, georreferenciá-los. Todavia, o simples registo das coordenadas GPS já não basta, pois também importa transformar esses
dados em itinerários, aferir as distâncias percorridas e, claro,
partilhar tudo com o mundo através das redes sociais e das comunidades de fotografia. É neste contexto que a aplicação Trip
Journal, da iQapps, se transforma numa excelente ferramenta.
U
ma forma concreta de perceber a utilidade desta aplicação é através de um
exemplo concreto, como aconteceu
num trabalho que realizei no primeiro trimestre de 2011 para a revista VISÃO. A missão era identificar e fotografar sítios visualmente apelativos em sete dos nossos principais
rios, fazendo o registo de toda a informação relevante. Assim, ainda à porta de casa, abri a aplicação
Trip Journal e criei uma nova viagem (New Trip), à
qual dei o nome ‘Rios e barragens’. Deste modo, o
primeiro ponto foi imediatamente registado, neste
caso a rua onde vivo, sendo possível aceder às suas
coordenadas GPS (Coordinates) e ver uma ima96
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
gem de satélite através do sistema Google Maps
embutido na própria aplicação (Locate on map).
Na altura não desejava tornar o trabalho público,
mas teria sido possível tocar num pequeno ícone e
partilhar via Twitter a minha posição geográfica e
o facto de ir começar uma nova aventura fotográfica (Tweet location). Seguindo para o carro, liguei o
iPhone ao isqueiro do carro e ativei a funcionalidade de seguimento através do ícone que imita uma
pegada de animal, o que permitiu ao Trip Journal
registar os meus movimentos em tempo real e de
forma contínua. A primeira paragem foi no Castelo
de Almourol, posicionado em pleno rio Tejo, pelo
que toquei no ícone com o símbolo de uma ban-
cebe ir até uma determinada ‘secção’ da aplicação
— mas nada que não se ultrapasse depois explorar
a aplicação durante um par de minutos. Adicionalmente, como seria de esperar, algumas funcionalidades requerem o acesso à internet, designadamente o uso da cartografia do Google Maps ou
partilha de informação via facebook/twitter/e-mail.
A interface também está em inglês, o que pode não
ser do agrado de todos, mas, em termos práticos,
não chega a ser um problema.
Em suma, se gosta de viajar e de manter todos
ao nascer e ao pôr-do-sol, uma informação que foi
vital mais tarde para optimizar a segunda visita feita
a este local. Este mesmo processo foi repetido para
as várias dezenas de locais visitados, sendo que, à
medida que a expedição progredia, ia consultando as estatísticas (Statistics) do percurso, ficando a
saber a velocidade média, a distância total percorrida, a altitude máxima/mínima atingida, o tempo
gasto medido em horas/minutos/segundos e a data
de início/fim da viagem. No fim, foi possível exportar toda a informação registada através do e-mail,
mas também um ficheiro no formato KMZ, o qual
é reconhecido pelo Google Earth e pelo serviço My
Places do Google Maps. Se desejasse, também poderia ter partilhado tudo através do facebook, flickr
e Picasa, bem como exportar a informação para o
iTunes ou gravá-la no formato GPX.
os passos registados, para mais tarde recordar ou
por motivos profissionais, a aplicação Trip Journal
é fortemente recomendada. Se possuir um iPad,
pode ainda instalar, gratuitamente, a aplicação Trip
Viewer, especialmente concebida para visualizar
os conteúdos criados pela aplicação Trip Journal.
Agora, resta partir em busca de aventura e fazer excelentes fotos pelo caminho! ø
O exemplo acima descrito mostra de forma cabal a
mais-valia desta aplicação, que goza de um design
apelativo e bem ao estilo do tema viagens. O único
aspecto negativo é que, no início, poderá parecer
pouco intuitiva, pois existe mais do que uma forma
de aceder à mesma função e nem sempre se per-
Joel Santos
www.joelsantos.net
www.facebook.com/Joel.Santos.Photography
Info sobre
a aplicação:
Preço: € 2,39
Disponível para: iPhone e, também, Android, Symbian
e Bada
Site: www.trip-journal.com
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
97
Fotografia
APP iPhone
deira (New Waypoint), criando um novo marco na
minha viagem, registando as coordenadas e altitude, e atribuindo um nome a essa nova posição. Para
existir uma memória visual do sítio e dos melhores
ângulos fotográficos a usar numa próxima visita,
toquei no ícone com uma câmara fotográfica e fiz
um conjunto de imagens, ficando estas anexadas
a este novo ponto criado pelo Trip Journal. Adicionalmente, toquei no ícone com uma caneta e papel (Write note), tirando algumas notas relevantes,
como para que lado deveria futuramente fotografar
S.O.S.
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Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
S.O.S.
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OUTDOOR Julho_Agosto 2011
99
S.O.S.
. . . em BTT
Os acidentes acontecem quando menos se
espera. Ter Conhecimentos de primeiros socorros pode salvar a vida de outro betetista ou
ajudar-te a resolver uma situação complicada.
Aprende estes conceitos Básicos, pois podem
vir a ser-te muito úteis!
PRAZER na prática de qualquer modalida-
Entre os diversos requisitos necessários, parece-nos importante dar especial atenção aos aspectos relacionados com a segurança, quer ela
seja passiva ou activa.
100
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Foto: Tatonka
de está directamente dependente dos conhecimentos que dela se possui. Assim sendo, é
impossível pensarmos numa actividade de BTT
(passeio, maratona, expedição, viagem, etc.)
sem antes possuirmos os requisitos básicos da
modalidade em questão.
1 Folheto SOS
2 Adesivos elásticos 1 Par de Luvas Vinyl
10X6 cm
1 Rolo Adesivo
5 X 1,25 cm
Foto: Tatonka
1 Check List
1 Compressa
ASPECTOS IMPORTANTES
NO ÂMBITO DA SEGURANÇA
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Usa o capacete sempre bem ajustado;
Usa um capacete de tamanho adequado;
Usa óculos com lentes anti-estilhaço e com haste direita;
Verifica antes de cada utilização o funcionamento do conjunto pedais
desencaixe/cleats dos sapatos;
Para a prática do Freeride e Downhill, não esqueças o uso de capacete
“integral” e de protecções para o tronco, joelhos e cotovelos;
Certifica-te da potabilidade da água dos locais de abastecimento;
É aconselhável possuir seguro desportivo ( Info: http://www.fpcub.pt/
pt/index.php);
Em caso de o passeio decorrer em locais desconhecidos, faz um reconhecimento prévio,e prevê locais de acesso e pontos de resgate;
Para além do número nacional de emergência (112), recolhe os números das autoridades locais (bombeiros, GNR, centro de saúde);
Para evitar a desidratação, é recomendável que bebas regularmente durante o esforço, mesmo que não tenhas sede;
Se o trajecto escolhido passa em locais recônditos, informa as autoridades do percurso a realizar;
Em caso de acidente em locais desconhecidos, transmite às autoridades
de socorro a tua localização exacta ou as coordenadas de GPS (Latitude
e Longitude);
Mesmo que o percurso seja curto, leva sempre contigo algum dinheiro
para alguma eventualidade;
Mantém uma condução segura quando pedalas em grupo;
Usa monitor de frequência cardíaca para melhor controlar o esforço;
É aconselhável levares sempre contigo um telemóvel;
Deves possuir conhecimentos/noções básicas de primeiros socorros;
Após um acidente, deves sempre trocar o capacete, mesmo que aparentemente este apenas tenha uns “riscos”;
Não pedales sozinho em percursos que te são desconhecidos;
Leva no teu camelbak uma pequena bolsa básica de primeiros socorros.
5 Pensos 7,2 X 2,5cm
1 Manta de
sobrevivência
NÃO ESQUECER
5 Pensos 7,2 X 2,5cm
2 Adesivos elásticos 10X6 cm
1 Folheto SOS
1 Manta de sobrevivência
1 Par de Luvas Vinyl
1 Check List
1 Rolo Adesivo 5 X 1,25 cm
1 Compressa
... e também
Canivete com Tesoura
1 Pacote de açúcar
Betadine Solução Dérmica
Soro Fisiológico
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S.O.S.
Em BTT
CONSTITUIÇÃO DA BOLSA
DE PRIMEIROS SOCORROS (BÁSICA)
S.O.S.
SEGURANÇA ACTIVA
Reunimos neste espaço, alguns conhecimentos úteis na área dos procedimentos
em primeiros socorros, das situações mais
passíveis de acontecerem na prática de
BTT.
Foto: Paulo Nascimento
Nota que não pretendemos que este conjunto de informação seja entendido como
um curso de socorrismo à distância; não
o é, é apenas uma síntese organizada dos
conceitos mais importantes, baseados no
conhecimento empírico de alguns anos de
experiência. Existem no país entidades e
instituições que ministram formação nesta área às quais deverás recorrer em caso
de interesse.
QUEIMADURAS
As queimaduras mais comuns no BTT manifestam-se de
duas formas: pela exposição prolongada ao sol/frio ou
provocadas por queda. A sua gravidade depende essencialmente da extensão e da profundidade da pele afectada.
Sinais e sintomas:
De acordo com a profundidade da pele afectada, estas
classificam-se em três graus, no entanto abordaremos
apenas as queimaduras de 1º e 2º grau por serem as mais
passíveis de acontecer.
- Queimadura de 1º grau – são as menos graves, afectando apenas a camada externa da pele (epiderme). Apresentam a pele vermelha, existindo sensação de calor e dor.
- Queimadura de 2ºgrau – esta queimadura atinge a
derme, sem destruição dos tecidos, no entanto é bastante dolorosa. Às características da queimadura de 1º grau
junta-se o aparecimento de flictenas (bolhas com líquido).
Modo de actuação:
No caso de uma queimadura simples de 1º grau, deve
arrefecer-se a região queimada com soro fisiológico ou
água fria corrente e aplicar de seguida um creme gordo
próprio para queimaduras. Para as queimaduras de 2º
grau o procedimento é idêntico, mas acrescido de lavagem cuidadosa da zona mais afectada com anti-séptico
(Betadine). Caso as flictenas rebentem, não deves cortar a
pele envolvente, deves tratar como uma ferida e efectuar
um penso. Não apliques na queimadura outros produtos
além dos referidos.
Prevenção:
Utilização de protector solar e baton de cieiro.
102
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
FRACTURAS
É toda a perda de continuidade da superfície de um
osso. Normalmente são provocadas por quedas, sendo
as situações mais comuns as fracturas nos braços, clavícula e fémur.
Sinais e sintomas:
Suspeita de fractura sempre que se manifestem os seguintes sinais e sintomas:
dor intensa localizada num determinado membro, deformação, inchaço e impotência funcional.
Modo de actuação:
Estas situações requerem sempre o transporte da vítima para o hospital, pelo que até ao resgate, a nossa
actuação passa apenas por: expor a zona da lesão, cortando a roupa se necessário, verificar a existência de
ferimentos e na medida do possível tratá-los, e recorrendo a lenços triangulares efectuar a imobilização do
membro afectado sem provocar excessivos apertos que
dificultem a circulação do sangue.
Sinais e Sintomas:
Algumas das seguintes manifestações podem ocorrer
perante uma situação de insolação: dores de cabeça,
tonturas, hemorragia nasal, vómitos, excitação e perda
de sentidos.
Modo de actuação:
Colocar a vítima em local arejado e preferencialmente
à sombra, desapertar-lhe a roupa, elevar-lhe a cabeça,
dar-lhe a beber água fresca (apenas se este tiver consciente), aplicar-lhe compressas frias na cabeça. Colocar
a vítima em Posição Lateral de Segurança, caso esta se
encontre inconsciente. Esta situação
Clínica carece de cuidados hospitalares.
CORPOS ESTRANHOS
A penetração de corpos estranhos (areia e insectos) na
vista, é uma situação muito comum nas nossas incursões de bicicleta. Os sinais e sintomas característicos
são: a dor localizada, lacrimejar e dificuldades em manter as pálpebras abertas.
Nesta situação deves evitar esfregar os olhos com as
mãos ou tentar remover o corpo estranho. Lavar com
água ou soro fisiológico é a melhor solução. Se isso não
for eficaz, cobre o olho afectado com uma compressa e
adesivo e dirigir-se ao hospital.
FERIDAS
Considera-se como ferida qualquer perda de continuidade, mais ou menos profunda, dos tecidos. Apenas faremos abordagem das feridas superficiais, por serem as
mais comuns e de mais fácil apreensão.
Modo de actuação:
Em primeiro lugar deves lavar as mãos e colocar as
luvas. De seguida, lava a ferida com água corrente ou
com soro fisiológico, do centro para a periferia, utilizando apenas compressas, e limpa também a pele em
torno da ferida. Seca a ferida com uma compressa sem
destruir qualquer coágulo de sangue e desinfecta com
Betadine (solução dérmica). Para que possas continuar
a actividade, é importante efectuar a protecção da ferida fazendo um penso com uma compressa estérilizada.
Atenção! Se a ferida for extensa e contiver corpos estranhos, estes, em caso algum devem ser retirados.
PICADAS
As situações mais frequentes são provocadas pelas picadas de abelhas e vespas, mas também o podem ser
por outros insectos.
Sinais e sintomas:
Dor, pele vermelha e inchaço.
Modo de actuação:
Com recurso a uma pequena pinça, tenta retirar o ferrão, e desinfecta com álcool ou Betadine. Se possível
aplica gelo. As pessoas alérgicas, em situações desta
natureza, precisam de cuidados especiais. ø
Foto: Paulo Nascimento
Paulo Nascimento
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
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S.O.S.
Em BTT
INSOLAÇÃO
A insolação é uma situação que resulta da exposição
prolongada ao sol e consequente desidratação do organismo;
T49792
TIDE TEMP COMPASS
T49796
PVR: 229,99€
Sensor digital de altitude: -120 a 7600m; revisão de mínima e máxima altitude;
Calibração fácil; WR100m; Luz nocturna Indiglo
Indicador de marés, bússola com escala para ajuste da declinação;
Sensor de temperatura (Cº e ªF); WR100m; Luz noturna Indiglo
T45581
T45601
PVR: 139,99-159,99€
ALTÍMETRO
WS4 Altímetro (-400 a 9000m ou pés); Barómetro (e previsão metereológica); Temperatura (-10
T49759
T49664
PVR: 199,99€
a 50ºC; Bússola (com ajuste da declinação magnética).
Kids’s
Para os mais novos as tão esperadas
férias de Verão estão a chegar!
Reunimos neste espaço algumas sugestões de
Campos de Férias recheados de animação, desporto
e aventura! Já escolhes-te as tuas férias de sonho?
PROGRAMA
Campo de Férias Sniper 2011
É um Campo de Férias instalado dentro de um excelente
Parque Aventura. O principal tema é os desportos aventura
e desportos radicais, onde aqui, a segurança é o factor mais
importante de todos.
O tema deste ano do Campo de Férias é “As Invasões Napoleónicas e a Defesa das Linhas de Torres”. Com os festejos a
decorrer do bicentenário deste importantíssimo marco histórico e com a recuperação e reabilitação de alguns fortes, sendo dois deles muito próximos das nossas instalações, vamos
ensinar História revivendo as Estórias da época. As crianças
irão participar na reconstituição destas batalhas utilizando armas laser e canhões de balões de água, assim como montar
acampamento dentro dos fortes e pernoitar uma noite. Não
existe melhor forma de ensinar e de aprender.
Os nossos programas de Campo de Férias têm tudo isto e muito mais: alojamento em camarata de madeira, cozinha própria
com refeitório, alimentação completa com 5 refeições diárias,
banhos diários de piscina, todos os alvarás e seguros e uma
excelente equipa de monitores que faz toda a diferença.
Onde: Parque Aventura Sniper em Bucelas, concelho de Loures
Datas: 26 de Junho a 3 de Setembro.
Idade mínima: 6 anos
Duração: Uma ou duas Semanas.
Valor: Uma semana (7 dias): 285,00€
Duas semanas (14 dias): 535,00€
Preços especiais para irmãos.
Realizado por marcação.
Um Programa: Sniper
Contactos
website. www.sniper.pt
e-mail: [email protected]
Telef: 219 694 778
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Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
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A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam.
Kid’s
Campos de Férias
Kids’s
PROGRAMA
PROGRAMA
Campo de Férias
MuitAventura
Campo de Férias
Rota do Fresco
Mais umas merecidas FÉRIAS ESCOLARES. Todos os
que frequentam a Escola anseiam por esta pausa.
É uma altura em que os pais procuram uma solução pedagógica, segura e saudável na ocupação dos tempos livres das crianças / adolescentes. Os Desportos Aventura
são a solução! A Muita Aventura, mais uma vez, organiza
o ATL / Campo de Férias Aberto com um programa enriquecedor, que vai de encontro com as motivações e interesses dos mais novos. Quais as Actividades a Desenvolver? Caça ao Tesouro em Sintra; Conquista ao Castelo;
Challenger com Gps; Praia e Piscina; Arborismo; Challenger na Praia “Tesouro Pirata”; Geocaching; Passeios Pedestres; Jogos de raquetas; Jogos de Dinâmica de grupo;
Jogos Tradicionais; Desportos de Evasão: Paintball, Laser
TAg, Tiro com Arco, Escalada, Slide, Rappel, Gincana de
Btt, Orientação, entre outras muitas actividades.
Onde: Espaço Muitaventura no Largo da Feira de S. Pedro de Sintra
Datas: Última Semana de Junho e todas as semanas de
Julho.
Idade mínima: 8 anos
Duração: Uma ou duas Semanas.
Valor: Uma semana (7 dias): 75,00€
Duas semanas (14 dias): 140,00€
Preços especiais para irmãos.
Realizado por marcação.
Um Programa: MuitAventura
Contactos
website. www.muitaventura.com
e-mail: [email protected]
Telef: 96 702 12 48
No Campo de Férias Património, pretendemos levar
as crianças a descobrir outra forma de estar - a forma
de estar rural e alentejana em concreto; a relacionarem-se com o património existente; a experimentarem
tradições rurais; a conhecerem as actividades económicas (comércio, agricultura); a participarem em jogos
tradicionais; a interagir com crianças do campo. Tudo
num ambiente saudável, seguro, divertido, instrutivo e
personalizado.
O Campo de Férias Património Verão 2011 destina-se a
crianças entre os 6 e os 12 anos de idade, sem discriminação de nacionalidades desde que entendam uma das
quatro línguas seguintes: português, inglês, francês ou
espanhol. O Campo comporta todas as refeições (pequeno-almoço, bucha a meio da manhã, almoço, lanche, jantar e ceia), dormida em camarata de Domingo
a Sábado, todas as despesas inerentes a todas as actividades mencionadas, deslocações no âmbito do Campo
e seguros de acidentes pessoais. A inscrição de irmãos
obedece a condições especiais.
Temos uma lotação máxima de 40 crianças e disponibilizamos transporte de Lisboa para o Alentejo para os
pais que assim o desejarem por um valor a definir mediante o número de crianças interessadas neste serviço.
Onde: Campo Férias Património – Alvito
Idade mínima: 6 anos
Datas: de 26 de Junho a 3 de Setembro
Duração: Uma semana
Valor: Uma semana (7 dias): 380,00€
Preços especiais para irmãos.
Sujeito a inscrição.
Um Programa: Rota do Fresco
Contactos
website. www.campopatrimonio.com
e-mail: [email protected]
Telef: +351 284 475 413/ + 351 913 417 599
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Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Kid’s
Campos de Férias
PROGRAMA
Campo de Férias Oficina da Natureza
A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam.
EXPLORADORES DA NATUREZA está especialmente vocacionada para participantes com idades
compreendidas entre os 6 e os 12 anos.
Tem como objectivos principais promover descoberta dinâmica do nosso Património Natural, bem
como a realização de trabalhos práticos na área do
ambiente.
No Período da Manhã: A realização de um percurso natural na zona do Mezio (Parque Nacional da
Peneda-Gerês * Arcos de Valdevez). Munidos de um
guião de exploração e, com a ajuda dos professores e de monitores especializados, os participantes
irão, ao longo deste trajecto, explorar a estrutura e
o funcionamento do meio ambiente, através das várias actividades propostas. No Período da Tarde:
A dinamização de uma oficina lúdico-pedagógica,
na qual os mais novos, poderão descobrir, através
da experimentação, diversas curiosidades sobre o
ambiente.
Onde: Parque Nacional da Peneda-Gerês * Arcos de
Valdevez
Idade mínima: 6 anos
Duração: Manhã e tarde
Valor: 25€ uma manhã ou tarde.
Realizado por marcação.
Um Programa: Oficina da Natureza
Contactos
website. www.oficinadanatureza.pt
e-mail: [email protected]
Telef: +351 936 077 462
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Kids’s
PROGRAMA
Campo de Férias Equinócio
Colónia externa lúdico-pedagógica que promove multiactividades na grande área de Lisboa, com partida
entre as 8h30 e as 9h00 de pontos centrais em Lisboa e
regresso entre as 17h30 e as 18h00.
As Manhãs são de Praia com a Iniciação ao Bodyboard.
As Tardes desafiam-te com actividades Lúdico-pedagógicas: Mega Aventura - Circuito de Cordas Altas,
Summer Games - dinâmicas de grupo em Monsanto,
Missão Impossível: Jogo de acção e investigação, uma
Aventura no Pavilhão do Conhecimento e um Zoo Peddy Papper! Almoço, Lanche, Materiais, Entradas e Seguros incluídos.
Onde: Lisboa e arredores
Idade mínima: 6 anos
Datas: de 4 de Julho a 29 de Setembro.
Duração: Uma semana
Valor: Uma semana (7 dias): 340,00€
Duas semanas (14 dias): 624,00€
Preços especiais para irmãos.
Sujeito a inscrição.
Um Programa: Equinócio
Contactos
website. www.equinocio.com
e-mail: [email protected]
Telef: +351 210 155 139 + 351 912 220 204 ø
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Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam.
Uma semana de férias inesquecível, recheada de actividade e de novas amizades para crianças e jovens dos 6
aos 12 anos!
Actividades Outdoor
OUTDOOR
Até 25€
Passeio pedestre Sintra Cascais
GPS Paper em Sintra
Consiste num jogo feito no Parque Natural de Sintra em que
um percurso é feito em autonomia com recurso a Road Book e
GPS com duração aproximada
de duas horas e meia.
Onde: Sintra
Preço: 12€ + Iva
Realizado por marcação.
Um Programa: MuitAventura
Caça ao Tesouro em Sintra
Na mítica Vila, Património Mundial, cenário ideal para actividades outdoor. Os grupos terão
que encontrar o tesouro escondido, pelos mouros, desde a
conquista de Lisboa em 1147.
Duração: aproximadamente 2:30h / 3:00h
Onde: Sintra
Valor: 20€ + Iva
Realizado por marcação.
Um Programa: MuitAventura
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Aula de Surf no Guincho
Primeira experiência na modalidade
de surf na zona de segurança (Areia
e ondas pequenas). Serão transmitidas competências sobre marés e
equipamento da modalidade.
Local: Praia do Guincho (Praia sinalizada)
Duração: 2 horas
Valor: 25€
Realizado por marcação.
Um Programa: Guincho Adventours
Canoagem Arrábida Mar
Canoagem de Mar na costa do Portinho da Arrábida, em pleno coração
do Parque Natural com o mesmo
nome, e da Reserva Marinha Professor Luis Saldanha. Este percurso
leva-nos a conhecer as praias a poente e nascente do Portinho da Arrábida e outras curiosidades do Parque Marinho.
Local: Portinho da Arrábida
Duração: ½ Dia. Realizado por marcação.
Valor: 24€
Um Programa: Vertente Natural
A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas.
As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam.
Experimente uma actividade natural no magnífico Parque
Natural de Sintra-Cascais afastado da cidade e do turismo
de massas. Traga os mais pequenos e introduza-lhes os
prazeres do ambiente natural. Nós iremos orientá-lo através dos mais bonitos e históricos locais na montanha.
Duração: Meio Dia
Nível de dificuldade: Médio
Valor: 25€
Realizado por marcação.
Um Programa: Guincho Adventours
Na Rota dos Veados
Iniciação á escalada em rocha com
introdução de conhecimentos e
técnicas básicas em vias de nível
III, V e VI . Esta actividade tem lugar
na Fenda da Arrábida e leva-nos a
percorrer parte desta. A Fenda da
Arrábida é um dos ambientes naturais mais belos do Parque Natural, fazendo deste sector um local calmo, silencioso, onde a natureza reina e transforma a actividade não só
numa iniciação técnica, mas também numa aproximação
à forma de agir e praticar desporto numa área protegida.
Local: Portinho da Arrábida
Duração: ½ Dia. Realizado por marcação.
Valor: 17€
Nível de dificuldade: Médio
Um Programa: Vertente Natural
Percurso muito acessível, com desníveis suaves, quase
sempre ao longo de caminhos florestais. Na Rota dos Veados é um percurso que se realiza na zona alta da Serra
da Lousã, percorrendo zonas florestais e de extensos matos
de urze e carqueja, habitat preferencial do maior mamífero
desta Serra, o Veado. É possível, ao longo de todo o trajecto,
encontrar vestígios deste cervídeo (marcações nas árvores,
trilhos, dejectos, pegadas, etc.). Com alguma sorte, também
poderemos observar e/ou ouvir algum destes animais.
Local: Serra da Lousã
Duração: 4/5h. Realizado por marcação.
Valor: 12,50€
Um Programa: TransSerrano
Canoagem no Mondego
Descida em canoa do maior rio português, um rio largo
e com uma corrente constante, indicado para a iniciação
à canoagem. Tem uma envolvente natural deslumbrante
com vegetação variada e inúmeras aves.
Local: Penacova/Coimbra
Duração: 1 Dia. Realizado por marcação.
Valor: 20€
Um Programa: TransSerrano
Percurso Pedestre Os encantos do
vale do Ceira II
Percurso linear de 20 Km onde se podem apreciar moinhos, lagares de azeite, conhecer a apicultura, observar a
flora ribeirinha, conhecer a agricultura tradicional e todo o
mundo rural, estar em contacto com a natureza, ao mesmo
tempo que se pratica um desporto saudável. Início junto à
aldeia da Candosa e final na vila de Góis.
Local: Serra da Lousã
Duração: 8h. Realizado por marcação.
Valor: 12,50€
Um Programa: TransSerrano
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Actibidades Outdoor
Workshop Escalada
Actividades Outdoor
OUTDOOR
Até 25€ (cont.)
Paintball
O Paintball é um jogo de acção e estratégia, que desenvolve nas pessoas um espírito de equipa, responsabilidade,
liderança e tomada de decisões sob condições de pressão psicológica. É jogado com equipamento de protecção
e uma arma que dispara bolas de tinta, que rebentam
aquando do seu impacto, marcando a zona atingida.
Local: Parque Aventura Sniper, Bucelas
Duração: 4h
Dificuldade: Fácil / Médio
Valor: 17,50€
Realizado por marcação
Um Programa: Sniper
Canoagem de Rio Moinhos
a Constância
Este é o primeiro percurso no Tejo de lezírias. Só após
Abrantes é que o leito de cheia deste rio se expande por
vastas áreas que o ladeiam. Damos as primeiras remadas num rio de grande caudal, calmo, largo, e muito fácil.
Mais à frente, e numa curva à esquerda do rio, encontramos um pequeno rápido. Nada que assuste. Todos passamos com muita facilidade, este, e os seguintes.
Local: Rio de Moinhos - Constância
Duração: 3h
Valor: 18€
Realizado por marcação.
Um Programa: Aventur
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Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Kayak Aventura
Iniciaremos o percurso em Vilar de Mouros, numa pequena praia fluvial junto do local
onde se realizou o mítico Festival de Vilar de Mouros.
A parte final do percurso é mais relaxada, permitindo desfrutar do património natural que nos oferece o Sapal do
rio Coura, incluído na Rede Natura 2000.
Este percurso convida à diversão.
Local: Vilar de Mouros – Caminha
Duração: 2,5 a 3h
Dificuldade: Fácil / Médio
Valor: 20€
Realizado por marcação
Um Programa: MinhAventura
Rota do Fresco ao Luar
Noites quentes de luar, a Rota do Fresco leva-o a descobrir
tesouros desconhecidos ao luar...e com uma ceia ao som
do cante alentejano como recompensa.
Conheça os frescos escondidos do Alentejo numa experiência única…. Com uma visita à ermida isolada de
S.Neutel em vila nova da baronia, à igreja matriz de alvito
e ao fresco renascentista, ermida de S.Sebastião e frescos
seiscentistas de José de Escobar.
Local: Évora
Duração: 2h
Dificuldade: Fácil
Valor: 15€
Realizado por marcação
Um Programa: Rota do Fresco
A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam.
A acção desenrola-se no
famoso Penedo da Amizade, por baixo do Castelo
dos Mouros. Por trilhos sinuosos alcançamos a base
deste fabuloso penedo, que
nos oferece vistas únicas
dos exóticos palácios de
Sintra e de toda a linha costeira para Norte. Aqui e encontramos uma variedade de vias de Rappel e Escalada
que garantem diversão e desafio para todos, independentemente do seu grau de destreza ou experiência.
Local: Serra de Sintra
Duração: 3h
Dificuldade: Fácil / Médio
Valor: 25,20€
Realizado por marcação
Um Programa: Equinócio
Descida do Rio Zêzere
Rio com rápidos de nível de
dificuldade relativamente baixa até Constância
(quando existe descarga
da Barragem de Castelo
Bode) e totalmente calmo
em pleno Tejo. Descida até Constância com cerca de 8kms
e até Almorol com cerca de 12kms. Local de Concentração
– Barragem Castelo Bode Local de Chegada: Praia de Constância (apoio de restaurante/bar, etc)
Local: Rio Zêzere
Duração: 3h00
Dificuldade: Médio
Valor: 20€
Realizado por marcação.
Um Programa: Geo Aventura
Caminhada Nocturna
Aldeias do Xisto – Lousã
Venha caminhar nas noites de Lua Cheia...
Tipo de Actividade: Passeio Pedestre nas Aldeias Serranas
da Lousã
Programa:
20.00h – Concentração no Castelo da Lousã e deslocação
até ao Terreiro das Bruxas em veículos da organização.
20.30h – Passeio Pedestre nocturno sob o amparo da Lua
Cheia, pelas Aldeias Serranas da Lousã (Percurso de Média dificuldade). Inclui paragem para Bolo regional e licor
na Aldeia Talasnal
Local: Lousã
Duração: 3h30
Dificuldade: Fácil / Médio
Valor: 10€
Realizado por marcação.
Um Programa:
Geo Aventura
Actibidades Outdoor
Escalada e Rappel em Sintra
Aventura 3
Este programa promete umas horas bem passadas e cheias
de emoções fortes com actividades que, não obstante as excepcionais sensações que provocam, são simples de executar. Com a duração de uma manhã ou uma tarde, escolha
as 3 actividades (ex: pontes de cordas, escalada, rappel, slide, matraquilhos humanos, entre outras) que mais gostar e
o seu programa está feito.
Local: Parque Aventura Sniper, Bucelas
Duração: 3h
Dificuldade: Fácil / Médio
Valor: 18,50€
Realizado por marcação
Um Programa: Sniper
Caminhada Sintra Fantasmagórica
Esta caminhada pretende desafiá-lo a superar
possíveis superstições.
O encontro será fantasmagórico!
Na realidade, ou por
mera sugestão, encontramos uma Serra de
Sintra nova e desconhecida. Enquanto passeamos por caminhos
esquecidos e quintas
abandonadas, a luz da
lanterna será de grande utilidade... sem ela o
passo torna-se incerto!
Traga uma pequena merenda, para retemperar o corpo e
o espírito... o que nos espera pode ser muito mais do que
imagina.
Local: Serra de Sintra
Duração: 2,5 a 3h
Dificuldade: Fácil / Médio
Valor: 20,30€
Realizado por marcação
Um Programa: Equinócio
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
115
Actividades Outdoor
OUTDOOR
Até 75€
Rota dos antepassados em Buggy
O desafio é conhecer um pouco da historia dos concelhos de Sintra e Cascais, através do contacto com dois
ancestrais monumentos: As Ruínas Romanas (Casais
Velhos) e o Convento dos Capuchos (Séc XVI), seguindo uma viagem por caminhos históricos e luxuriantes,
em estreito contacto com a Natureza, num perímetro
classificado pela Unesco como Património Mundial.
Onde: Sintra e Cascais
Duração: 3h
Valor: 75€ Inclui entrada e vista ao Convento dos Capuchos
Realizado por marcação.
Um Programa: Guincho Adventours
Canyoning no Rio Arado
Passeio a cavalo por terras do Vez
Para quem experimenta pela
primeira vez ou para quem já
conhece trata-se de um espectáculo sempre diferente. A beleza natural do Parque Nacional
Peneda Gerês, a pureza da água
do Rio Arado, as grutas, a descida das cascatas em rapel, os
saltos para água...
Pelo leito do Rio, caminhando,
nadando, descendo as cascatas em rapel (cascatas com
altura máxima de 50 m)
Local: Rio Arado, Gêres.
Data: Realizado por marcação.
Duração: 4 a 5 horas
Dificuldade: Baixo
Valor: 50€
Realizado por marcação
Um Programa: Javsport,Lda
Para os que gostam de aventura
preparámos uma experiência
sensacional de liberdade e prazer. Um dia a andar de cavalo por
uma vasta rede de caminhos que
nos permite desfrutar de uma
paisagem tipicamente rural.
Duração: Todo-o-dia
Onde: Arcos de Valdevez
Valor: 75€
Realizado por marcação. Mínimo 2 pessoas.
Um Programa: Oficina da Natureza
Coasteering Blue Line
O Costeering Blue
Line é uma actividade nova, principalmente em Portugal.
Trata-se de uma actividade em que se
percorre a linha de
costa, recorrendo a
natação, escalada, saltos para a água e caminhada.
Grau de dificuldade do programa: Médio
Onde: Sesimbra
Valor:30€
Realizado por marcação.
Um Programa: Vertente Natural
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Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Canyoning Ribª Pena
Actividade que envolve a descida a pé da Ribeira da Pena,
com recurso a saltos, descidas em rapel e travessias por
dentro de água. Esta ribeira
percorre um vale encaixado
e abrupto cujo leito, margens
e encostas são formados por
impressionantes fragas que tornam este local quase inacessível. Por esta razão, este vale ainda serve de refúgio a
plantas e animais exclusivos e raros. Esta é a ribeira mais
espectacular da Região Centro, onde se conjugam o cenário inóspito e selvagem (formado por inúmeras cascatas,
lagoas e rochedos imponentes) com a vegetação exuberante e a vida selvagem peculiar, valendo a pena o esforço
dispendido na realização desta actividade.
Duração: 5h
Onde: Góis
Valor: 35€
Realizado por marcação.
Um Programa: TransSerrano
Canyoning no Rio Conho
A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam.
Este Workshop é destinado aos que se pretendem iniciar
na escalada em rocha. O objectivo desta acção é transmitir técnicas e conceitos básicos que permitam aos iniciados actuar com maior segurança, eficiência e respeito
pelo meio envolvente. Este é um Workshop realizado na
Fenda da Arrábida um dos mais belos locais do Parque
Natural da Arrábida.
Duração: 1 dia
Grau de dificuldade do programa: Médio
Onde: Portinho da Arrábida
Valor: 29€
Realizado por marcação.
Um Programa: Vertente Natural
Aventuras no rio Lima
Fazer um passeio de
caiaque entre Ponte da
Barca e Ponte de Lima é
seguramente uma forma
diferente de apreciar as
margens do rio Lima nas
suas cores e formas multifacetadas.
Grau de dificuldade do
programa: Baixo
Onde: Ponte de Lima
Valor: 32€
Realizado por marcação.
Um Programa: Oficina da Natureza
Paintball + Aventura 3
Este programa, com duração de um
dia inteiro, vai proporcionar-lhe um
conjunto de sensações variadas. Inclui uma sessão normal de Paintball
numa metade do dia, sendo que na
outra metade irá fazer 3 actividades
(Pontes de Cordas, Escalada, Rappel,
Tiro com Arco, entre outras) escolhidas por si. A nossa
Sessão de Paintball inclui 6 jogos efectuados nos 5 cenários diferentes que possuímos; o último jogo repetem o
cenário que gostaram mais.
Duração: 1 dia.
Onde: Parque Aventura Sniper
Valor: 34€
Realizado por marcação.
Um Programa: Sniper.
Actibidades Outdoor
Workshop Escalada
Pelo leito do Rio, caminhando, nadando, descendo as cascatas em
rapel. O Rio Conho percorre locais
idílicos de difícil acesso com uma
beleza rude e agreste com enormes cascatas, uma delas com cinquenta metros...
Local: Rio Conho, Gêres.
Data: Realizado por marcação.
Duração: 5 a 7horas
Dificuldade: Médio/alto
Valor: 60€
Realizado por marcação
Um Programa: Javsport,Lda.
Segway off road
Desafiamos-te à diversão num
dos nossos divertidos Segway
todo o terreno. Cenários de
Montanha e Praia, obstáculos à
medida & fotos inesquecíveis.
Onde: Sintra
Duração: 2h
Valor: 50€ por viatura
Realizado por marcação.
Um Programa: Guincho Adventours
Canyoning
Descida do leito de 1 rio/ribeira com Caminhada, Rappel
e Saltos para a água!
As paisagens são fabulosas e pode desfrutar de toda a beleza envolvente e adrenalina que actividade proporciona.
Destinatários: Jovens adultos com alguma condição física. Experiência mínima em Rappel. Gosto pela natureza.
Local: Teixeira; Frades 1 e 2; Paraduça; Lordelo; Vessadas
; Poio (Muito Técnico).
Data: Realizado por marcação.
Duração: 3h
Dificuldade: Médio
Valor: 45€
Realizado por marcação
Um Programa: GeoAventura
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
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Actividades Outdoor
OUTDOOR
+ 75€
Arrábida Bike & Trekking Tour
Este tour oferece-te um dia em grande! De manhã Btt,
almoço e escalada de tarde!
Vive intensas sensações no coração do Parque Natural
de Arrábida.
Fantásticos trilhos, floresta verde com riachos, grutas,
e miradouros sobre praias deslumbrantes e a Península de Tróia.
Onde: Arrábida
Duração: Todo-o-dia. Realizado por marcação.
Valor: 85€
Um Programa: Guincho Adventours
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Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Liberte as emoções e venha fazer um passeio de veleiro entre Viana do Castelo e Vila do
Conde, onde poderá desfrutar
da paisagem e do prazer de velejar. Proporcionamos-lhe uma aventura irresistível.
Onde: Viana do Castelo
Valor: Veleiro: 840 euros
Almoço/pax: 15 euros. Realizado por marcação.
Um Programa: Oficina da Natureza
Formação Intensiva de Bodyboard
A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam.
TREKKING: “Serra de Gredos”
Espanha
Trekking moderado e ascensão ao ponto mais elevado
da Cordilheira Central, o Pico do Almanzor, na Sierra de
Gredos, em Ávila. Esta zona montanhosa irá proporcionar-nos caminhadas espectaculares, com paisagens marcadas por vales e circos glaciares, vegetação e fauna típica
de altitude.
Onde: Serra de gredos
Duração: Dois Dias
Valor: 160€/pax
Realizado por marcação.
Um Programa: TransSerrano
Uma forma activa e divertida de aproveitares as tuas férias
a treinar as técnicas de Bodyboard! Formação Intensiva em
Bodyboard para jovens com mais de 8 anos que pretendem iniciar a modalidade ou que pretendam melhorar a
sua performance. O material está todo incluído.
A Formação é dada por um professor federado, tendo uma
componente teórica e prática. Esta formação é intensiva
com a duração 20h (5 manhãs de 4 horas)
Onde: Praia de Carcavelos,
Cascais.
Duração: 5 manhãs (20h)
Preço: 195€/pax
Realizado por marcação.
Um Programa: Equinócio
Fim-de-semana Paintball
Com entrada no Sábado de manhã,
dormida em cabana de madeira, alimentação incluída, piscina e muitas
actividades, umas atrás das outras, para
preencher o Sábado e o Domingo com
emoções sensacionais. Reúna um grupo
de amigos e venha experimentar.
Onde: Parque Aventura Sniper, Bucelas
Duração: Dois Dias e uma noite
Preço: 85€/pax
Realizado por marcação.
Um Programa: Sniper
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
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Actibidades Outdoor
Passeio de veleiro
Descobrir
 Parque Nacional e Parques Naturais de Portugal
ICNB, I.P.
Conservação da natureza
e da biodiversidade
“Áreas Protegidas”? De que “áreas” estamos
a falar? “Protegidas” de quê ou de quem? Dos
cumes da Peneda-Gerês às ilhas barreiras que
separam a Ria Formosa do Atlântico o continente português alberga inúmeros espaços
que graças à expressão própria que nelas assume o que temos por natural se distinguem
do todo de que fazem parte sendo portanto
objecto de especial protecção.
O carácter destas áreas torna-as pois apetecíveis para a prática de inúmeras actividades
humanas que, caso realizadas de forma desregrada, colidem com a preservação pretendida.
Daí a razão de ser do estatuto de protecção
que lhes foi atribuído e dos cuidados em matéria de uso que do mesmo decorrem.
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Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
O Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, I.P.
No âmbito do Ministério do Ambiente e Ordenamento do
Território (MAOT), o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, I.P. (ICNB, I.P.) tem por missão essencial propor, acompanhar e assegurar a execução das
políticas de conservação da natureza e da biodiversidade.
Ao ICNB, I.P. compete, entre outras atribuições:
- exercer as funções de autoridade nacional para a conservação da natureza e da biodiversidade;
- assegurar a preservação da conservação da natureza e
da biodiversidade e a gestão sustentável de espécies e
habitats naturais da flora e da fauna selvagens;
- propor a criação de áreas classificadas, terrestres e
marinhas, assegurando a gestão das áreas de interesse
nacional.
Contacto ICNB, I.P.
Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, I.P.
Rua de Santa Marta, 55, 1169 – 230 LISBOA
telef.: (351) 213 507 900; fax: (351) 213 507 984; correio
electrónico: [email protected]
portal ICNB: www.icnb.pt
Descobrir
ICNB, I.P.
Contactos
Parque Nacional
1. Peneda-Gerês (parque nacional)
Entre Castro Laboreiro e o planalto da Mourela sucedem-se habitats diversos com presença de espécies
botânicas raras. Áreas agricultadas e pastagens. Fauna variada incluindo o lobo, corço, cabra pirenaica,
aves de presa e numeroso cortejo de passeriformes.
Vestígios pré-históricos, importantes testemunhos da
presença romana, monumentos medievos e curiosos
exemplos de arquitectura popular.
Contacto PNPG
Avenida António Macedo, 4704-538 Braga
telef. 253 203 480; fax 253 613 169; e-mail: pnpg@
icnb.pt
Informação actualizada sobre o PNPG: ver portal
ICNB (www.icnb.pt).
Parques Naturais
Montesinho (parque natural)
Terra Fria trasmontana: paisagem sóbria pautada por relevos suaves com cabeços arredondados
separados por vales de rios encaixados. Cobertura de
matos, carvalhais e castinçais, vegetação ribeirinha,
lameiros e culturas de sequeiro. Principal população
de lobo do território português. Sabor a ruralidade
expresso em aldeias a relembrarem outros tempos e
no conservar de velhas tradições.
Contacto PNM
Bairro Rubicar, Rua Cónego Albano Falcão, Lote 5,
5300-004 Bragança
telef. 273 300 400; fax 273 381 179; e-mail: pnm@
icnb.pt
Informação actualizada sobre o PNM: ver portal ICNB
(www.icnb.pt)
Litoral Norte (parque natural)
Área litoral que se estende da foz do Cavado até ao
Sul da Apúlia; sucessão de praias e dunas muito instáveis contíguas a matas e campos cultivados (nomeadamente maceiras). Outrora, local tradicional de
apanha de sargaço. Forte presença humana na época
estival. No mar, os Cavalos de Fão, duas restingas paralelas de rochedos, contam histórias antigas.
Contacto PNLN
Rua 1º de Dezembro 65, 474 -226 Esposende
telef. 253 965 830; fax 253 965 330; e-mail: pnln@
icnb.pt
Informação actualizada sobre o PNLN: ver portal
ICNB (www.icnb.pt)
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
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Descobrir
Alvão (parque natural)
Montanha vizinha do Marão rasgada por inúmeros afloramentos rochosos. O rio Olo origina a queda de água
das Fisgas do Ermelo. Coberto vegetal com matos, carvalhais, plantações de exóticas e áreas agrícolas. Presença da fauna típica das serranias do norte interior e
solar do boi maronês. Arquitectura rural característica.
Contacto PNAl
Largo dos Freitas, 5000 - 528 Vila Real
telef. 259 302 830; Fax 259 302 831; e-mail: pnal@icnb.
pt
Informação actualizada sobre o PNAl: ver portal ICNB
(www.icnb.pt)
Douro Internacional (parque natural)
Troço fronteiriço do rio Douro. Vale muito profundo,
encaixado e com margens escarpadas a contrastar
com as superfícies planalticas confinantes. Vegetação
dominada pela presença do zimbro e da azinheira.
Grifo, abutre-do-Egipto, cegonha-preta e águia-real
destacam-se na avifauna. Curiosos pombais a pautar a
paisagem. Surpresa ao descobrir o dialecto mirandês.
Contacto PNDI
Rua Santa Marinha 4, 5200-241 Mogadouro
telef. 279 340 030; fax 279 341 596; e-mail: [email protected]
Informação actualizada sobre o PNDI: ver portal ICNB
(www.icnb.pt)
Serra da Estrela (parque natural)
Ponto mais elevado do continente português (Torre:
2000m) albergando inúmeros vestígios da última glaciação. Nascente do Mondego, Zêzere e Alva, verdadeiro castelo de água a dominar as Beiras. Lagoas e pastagens de altitude, turfeiras, carvalhais e castinçais, áreas
de mato e matas de produção. Povoamento periférico
com um ou outro casal isolado. Solar do cão Serra da
Estrela e do queijo com o mesmo nome.
Contacto PNSE
Rua 1º de Maio 2 - Valazedo, 6260-101 Manteigas
telef. 275 980 060; fax 275 980 069; e-mail: [email protected]
Informação actualizada sobre o PNSE: ver portal ICNB
(www.icnb.pt)
Tejo Internacional (parque natural)
Troço fronteiriço do rio Tejo incluindo vales e áreas
aplanadas confinantes. O substrato xistoso suporta interessante conjunto de espécies florísticas. Paisagem
com montados de sobro e azinho, zonas de olival denso,
estepes cerealíferas e esteva nos terrenos menos férteis. Na avifauna, destaque para a cegonha-preta e presença de numerosas aves de presa que nidificam nas
escarpas fluviais.
Contacto PNTI
Rua da Belavista, 6000-458 Castelo Branco
telef. 272 348 140; fax 272 348 143; e-mail: [email protected]
informação actualizada sobre o PNTI: ver portal ICNB
(www.icnb.pt)
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Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Descobrir
ICNB, I.P.
Serras de Aire e Candeeiros (parque natural)
O mais importante repositório das formações cársicas
em Portugal traduzido numa profusão de formas: grutas
e algares, poljes, campos de lapiás, sumidouros… Ausência de linhas de água superficiais originando vasta
rede subterrânea. Na fauna sobressaem várias espécies
de morcegos. Coberto vegetal adaptado à secura do
meio com profusão de matos. Interessante cortejo de
plantas aromáticas e medicinais.
Contacto PNSAC
Rua Dr. Augusto César Silva Ferreira - Bairro do Matão,
2490-215 Rio Maior
telef. 243 999 480; fax 243 999 488; e-mail: [email protected]
Informação actualizada sobre o PNSAC: ver portal ICNB
(www.icnb.pt)
Serra de São Mamede (parque natural)
Maciço montanhoso emergindo da planície alentejana, fronteira vegetal entre o norte e o sul: carvalhais e
castinçais, paredes meias com sobreiros e azinheiras,
conferem-lhe um cunho peculiar. Fauna variada; presença de importante colónia de morcegos. Região de
paisagem diversificada com múltiplos testemunhos materiais do passado.
Contacto PNSSM
Quinta dos Olhos de Água, 7330-318 Portalegre
telef. 245 909 160; fax 245 909 169; e-mail: [email protected]
Informação actualizada sobre o PNSSM: ver portal ICNB
(www.icnb.pt)
Sintra-Cascais (parque natural)
Postada diante do Oceano a serra distribui a humidade
de acordo com o jogo das exposições e em certos trechos da paisagem a árvore, associada a um emaranhado
de liames, assume o ar de floresta densa. Falésias, arribas baixas, praias, dunas e o focinho da Roca pautam a
orla marítima. Parques da Pena e Monserrate, Castelo
dos Mouros, quintas e interessantes exemplos de arquitectura popular completam o conjunto.
Contacto PNSC
Rua Gago Coutinho 1, 2710-566 Sintra
telef. 219 247 200; fax 219 247 227; e-mail: [email protected]
Informação actualizada o PNSC: ver portal ICNB
(www.icnb.pt).
Arrábida (parque natural)
Maciço calcário com falésias a cair a pique sobre o mar.
Associações florísticas mediterrânica - maquis e garrigue
- constituem conjuntos botânicos de grande valor. Numerosa flora marinha - mais de sete dezenas de espécies de
algas - e fauna marinha. Vestígios pré-históricos, conventos, assentos de lavoura e conjuntos de arquitectura popular. Quadro paisagístico de feição mediterrânica.
Contacto PNAR
Praça da República, 2900-587 Setúbal
telef. 265 541 140; fax 265 541 155; e-mail: [email protected]
Informação actualizada sobre o PNAr: ver portal ICNB
(www.icnb.pt)
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
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Descobrir
Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (parque natural)
Área costeira com praias, falésias, ilhotas e rochedos
isolados. Destaque para a “ilha” do Pessegueiro. Matos,
charnecas, culturas de regadio e de sequeiro bem como
matas de produção. Espécies botânicas raras. Zona de
passagem e invernada para a avifauna. Interessante população de lontra com hábitos marinhos. A majestade
de São Vicente e as lendas do promontório Sacro completam o quadro.
Contacto PNSACV
Rua Serpa Pinto 32, 7630-174 Odemira
telef. 283 322 735; fax 283 322 830 ; e-mail: pnsacv@
icnb.pt
Informação actualizada sobre o PNSACV: ver portal
ICNB (www.icnb.pt)
Vale do Guadiana (parque natural)
Planície ondulada na zona do vale médio do rio Guadiana em que se destacam os vales encaixados do próprio rio e seus afluentes. Variada fauna piscícola - 24
espécies - e numerosa avifauna incluindo aves de presa
e passeriformes. As torres e muralhas de Mértola, no
alto do esporão rochoso que assinala o termo de navegabilidade do Guadiana, dominam parte da envolvente
e contam parte importante da história.
Contacto PNVG
Rua D. Sancho II 54, 7750-350 Mértola
telef. 286 611 090; fax 286 610 099; e-mail: [email protected]
Informação actualizada sobre o PNVG: ver portal ICNB
(www.icnb.pt)
Ria Formosa (parque natural)
Zona lagunar situada entre as penínsulas arenosas do
Ancão e da manta Rota separada do mar por um cordão
de ilhas-barreira. Dunas, sapais e vasas, áreas e pinhal
manso e zonas agrícolas. Local de nidificação, passagem e invernada de para a avifauna. Grande variedade de moluscos, crustáceos e peixes. Intensa presença
humana - nomeadamente na época estival - e actividades variadas com destaque para a apanha de bivalves.
Contacto PNRF
Quelfes, 8700-194 Olhão
telef. 289 700 210; fax 289 700 219; e-mail: [email protected]
Informação actualizada sobre o PNRF: ver portal ICNB
(www.icnb.pt).
Rede Nacional de Áreas Protegidas
(áreas sob gestão do ICNB, I.P.)
A Rede Nacional de Áreas Protegidas (RNAP) conta actualmente com 32 áreas de interesse nacional
classificadas de acordo com as categorias de parque nacional, parque natural, paisagem protegida
e monumento natural. Estas Áreas Protegidas são geridas directamente pelo ICNB, I.P. constituindo
um repositório de interessantes geologias, floras e faunas, cenários atraentes e modos de estar e
fazer característicos.
Apresentamos neste número o Parque Nacional e os Parques Naturais de Portugal
124
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Descobrir
ICNB, I.P.
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
125
Descobrir
Coasteering
Blue Line
É uma modalidade
desportiva relativamente recente, que
consiste em progredir
ao longo da zona entre-marés de uma costa rochosa, recorrendo
à natação, escalada,
rappel, saltos para a
água e caminhada.
Esta actividade permite-lhe descobrir
cenários e recantos
que de outra forma
são impossíveis de
deslumbrar. Venha e
emocione-se!
126
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Fotos: Vertente Natural
 Desafio
História
Coasteering
Internacional
√√ Inicialmente actividade praticada para
acesso a grutas, pesca, …
√√ O termo coasteering surge em 1973
(“Sea Cliff Climbing” John Cleare & Robin
Collomb)
√√ Em 1990, surge como uma actividade recreativa na costa de Pembrokeshire (País de
Gales - GB) e grande expansão pós 2000.
Nacional
√√ Associação Desnível - Cabo Roca e Arrábida – desde 2004, secção de canyoning (exploração e percursos mistos desde 1987).
√√ ESHTE / Mestrado Natureza e Estágios –
desde 2006
√√ Animação turística – Vertente Natural / Arrábida –desde 2009, Aventour / Açores - 2011
√√ Experiências – Smartbox / Aventour Açores
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
127
Descobrir
Coasteering
O
Coasteering é uma actividade re- mento de descida como o “oito”, cordas e kit de
cente em Portugal e Sesimbra salvamento em caso de emergência.
é um dos melhores locais para
a prática do desporto, pois
A actividade tem sido um êxito em Se­
combina a envolvênsimbra e a empresa de Turismo
A
cia do Parque Marinho Professor
Activo “Vertente Natural” foi
Dr. Luiz Saldanha com um mar
pioneira e responsável pela
actividade
azul esverdeado de águas
montagem de um percurso
tem sido um êxito
translúcidas e escarpas roao longo da costa sesimem Sesimbra e a empresa
chosas magníficas que se
brense, incluindo a sua
precipitam sobre as baías
manutenção e realização
de Turismo Activo “Vertente
e enseadas características
de actividades regulares,
Natural” foi pioneira e responda paisagem.
nomeadamente duransável pela montagem de um
te a Primavera/Verão
Para a actividade são nequando o público adepto
percurso ao longo da costa
cessárias uma série de
de actividades de ar livre
sesimbrense, incluindo a sua
medidas de segurança e
procura o fresco e a calma
manutenção e realização
para isso deverá ser assistida
proporcionada por paisade actividades regue acompanhada por profissiogens de perder a respiração.
nais experientes. Como mateMas ainda assim a actividade
lares
rial de segurança é indispensável
pode ser realizada em qualquer
o uso de capacete e colete flutuador e
altura do ano, dependendo do grau
é aconselhável o uso de fato térmico e ténis.
de dificuldade e de adrenalina procurados.
Alguns percursos admitem ainda rappel, logo é
imprescindível o uso de arnês e todo o equipaVisite www.coasteering.pt
Descobrir
Coasteering
Equipamento
Fato neoprene integral (3 a 5 mm, dependendo da
temp. da água e tempo de exposição)
Capacete
Calçado tipo de canyoning ou ténis
Luvas e meias neoprene;
Colete para flutuação ou mochila com bidão estanque;
Equipamento de segurança colectivo: corda resgate, telemóvel, rádio VHF, bóia de resgate,
prancha, barco de apoio, etc.;
Mochila de grupo com farmácia, bidão, água e alimentos;
Outros: Apito, equipamento auxiliar de natação
(palmas, barbatanas…), máscara de natação, …
1º Testemunho:
“ ....adorei fazer a actividade, foi bastante refrescante e os saltos para a água são simplesmente
fantásticos de adrenalina... e passamos por sítios
maravilhosos que nunca ninguém passou! O contacto com o mar na sua plenitude foi muito revigorante.”
2º Testemunho:
“... foi simplesmente maravilhoso todo o contacto
com a natureza mais pura...e com muita adrenalina à mistura completou o quadro perfeito de uma
actividade de ar livre! A receita perfeita, natação,
saltos para a água, rappel, escalada e ainda uma
praia paradisíaca á nossa espera...Fantástico!
3º Testemunho:
“ ... fiquei fã desta actividade, o conjunto perfeito
de adrenalina e contacto com a natureza, muito
revigorante e refrescante depois de uma semana
de trabalho! Adorei!” ø
Tombstoning
Coasteering
Tombstoning – Termo utilizado para saltos para a água em busca de
aventura e adrenalina.
A diferença fundamental entre coasteering e tombstoning é a natureza
informal do 2º.
Lesões e mortes causados por tombstoning são um problema crescente no Reino Unido.
Entre 2004 e 2008 foram registados 139 acidentes com necessidade de
resgate, dos quais resultaram 12 mortes
Considerando os 41 dos casos mais graves :
- 85% homens, maioria jovens
- Comum sinistrados estarem alcoolizados
- Dos incidentes não-fatais, é comum lesões da coluna e dos membros
128
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Descobrir
Cartão Jovem
comemora 25 anos
D
urante 2011, o Cartão Jovem irá
promover uma série de iniciativas
dedicadas à celebração dos seus
25 anos de existência.
Actualmente, com 160.000 portadores, disponibiliza aproximadamente 8.000
vantagens nos mais variados sectores e áreas de
actividade, como sejam os transportes, cinema,
festivais de Verão, eventos desportivos e culturais, Pousadas de Juventude, entre outros, contribuindo para fomentar a mobilidade juvenil e
o intercâmbio cultural.
Como parte integrante do projecto de comunicação do aniversário do Cartão, para além dos
vários passatempos e eventos mais tradicionais
a que o produto está normalmente ligado, o
130
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
ano de 2011 vai ter novos momentos de activação da marca junto do seu potencial mercado.
Viagem à Neve para portadores de Cartão
Jovem, Intra_Rail 25 Anos Cartão Jovem, Regata
Cartão Jovem, são alguns exemplos das iniciativas já realizadas para assinalarmos esta efeméride. Mas não ficamos por aqui, até ao final
deste ano haverão mais iniciativas e surpresas
para celebrar da melhor forma este aniversário.
Em Portugal, esta iniciativa de âmbito europeu,
gerida pela Movijovem, com representatividade
em 40 países e mais de 4,6 milhões de portadores, dá adicionalmente acesso a mais de 70.000
vantagens, através da reciprocidade de utilização entre os membros da Associação Europeia
do Cartão Jovem.
No Pack Cartão Jovem poderão encontrar também uma arquitectura de informação para as
áreas e tipos de vantagens disponíveis aos portadores.
Por exemplo, nas vantagens principais, encontrarão em Mobilidade | Transportes o desconto
nos comboios da CP.
Nas vantagens promocionais, que incluem os
vouchers promocionais, encontrarão óptimas
ofertas de valor em bilhetes de cinema, museus
e monumentos, Pousadas de Juventude, cursos
de línguas e informática, parques temáticos e
outras ofertas que poderão ser consultadas no
Pack. ø
Descobrir
Cartão Jovem
No que diz respeito às denominações das marcas Cartão Jovem, temos o Cartão Jovem Clássico e as sub-marcas que reflectem as diferentes
ofertas de produto.
O Mega Cartão Jovem, versão bancária, tem
a função de cartão multibanco com vantagens
em serviços bancários em parceria com a Caixa
Geral de Depósitos, e as vantagens inerentes à
versão clássica.
O Cartão Jovem Municipal conjuga as vantagens da versão clássica com as vantagens dos
municípios aderentes. Esta iniciativa Cartão
Jovem Municipal, conta com o apoio da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).
A título de exemplo, num Cartão Jovem Municipal poderão encontrar descontos concedidos
pelo município em subsídios escolares para alunos carenciados, contratos para abastecimento
de água, utilização de infra-estruturas desportivas, taxas de licenciamento na aquisição de
terreno para 1ª habitação, taxas de emissão em
licenças para início de actividade empresarial,
e descontos no comércio tradicional, ajudando,
de igual modo, a fortalecer este sector de activi­
dade económica.
Assim, neste caso, e seguindo uma política uniformizada de marca num modelo co-branded
com os municípios, o Cartão Jovem Municipal
tem um valor local, nacional e europeu.
O Cartão Jovem Académico é a versão clássica
com as vantagens das Associações de Estudantes de Coimbra e Lisboa.
O Pack Cartão Jovem é outra sub-marca do
universo Cartão Jovem. Trata-se de um guia
de descontos com a informação das vantagens
principais e promocionais do Cartão Jovem, em
que as vantagens promocionais estão dispostas
em formato de voucher destacável. Este Pack é
grátis com aquisição do Cartão Jovem.
Nas
vantagens
promocionais, que
incluem os vouchers
promocionais, encontrarão
óptimas ofertas de valor em
bilhetes de cinema, museus e
monumentos, Pousadas de
Juventude, cursos de línguas e
informática, parques temáticos
e outras ofertas que poderão
ser consultadas no
Pack.
Como podemos verificar um sem número de
descontos e vantagens que permitem fazer
mais a quem é portador do Cartão Jovem, que
agora é até aos 30 anos!
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
131
Descobrir
Pousada de
Juventude
de Alfeizerão
A Pousada de Juventude de Alfeizerão oferece um ambiente único e muito familiar, ideal
para desfrutar de uns dias tranquilos explorando a Costa de Prata!
A
Pousada de Juventude de Alfeizerão
pertence ao segmento das Pousadas
de Praia. A pousada disponibiliza
um total de 62 camas distribuídas
por: 6 quartos duplos c/ WC (um
adaptado a pessoas com mobilidade condicionada); 2 quartos múltiplos com 4 camas; 5 quartos
múltiplos com 6 camas; 1 quarto múltiplo com 8
camas e 1 quarto familiar para 4 pessoas.
As áreas sociais e de apoio englobam refeitório,
sala de convívio com bar, cozinha e lavandaria
para alberguistas e um campo polidesportivo.
A poucos quilómetros da pousada, temos a vila e
a praia de São Martinho do Porto, que se estende
ao longo de uma baía com condições para a prática de desportos náuticos como o windsurf, a vela
e a canoagem. Nesta zona é habitual observar espécies de aves pouco comuns como o andorinhão
real, melro azul, peneireiro, rabirruivo, corvo,
assim como várias espécies de gaivotas.
Não deixe de provar uma bela fatia do tradicional Pão-de-Ló de Alfeizerão e as Trouxas-de-Ovos, toda a doçaria da zona foi muito influenciada pelos mosteiros e conventos da Ordem de
Cister existentes na região.
132
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Preços
Época Baixa (de 02/01/11 a 28/02/11 e de
01/10/11 a 29/12/11)
Quarto Múltiplo (p/ pessoa) - 11,00 €
Quarto Duplo c/ WC (p/ quarto) - 28,00 €
Quarto Familiar c/ WC (p/ quarto) - 40,00 €
Época Média (de 01/03/11 a 14/04/11;
01/05/11 a 09/06/11; 01/09/11 a 30/09/11)
Quarto Múltiplo (p/ pessoa) - 13,00 €
Quarto Duplo c/ WC (p/ quarto) - 32,00 €
Quarto Familiar c/ WC (p/ quarto) - 54,00 €
Época Alta (de 15/04/11 a 30/04/11;
10/06/11 a 31/08/11; 30/12/11 a 31/12/11 e 3
01/01/2011)
Quarto Múltiplo (p/ pessoa) – 13,00 €
Quarto Duplo c/ WC (p/ quarto) – 36,00 €
Quarto Familiar c/ WC (p/ quarto) - 60,00 €
Com o Cartão Jovem tens um desconto até 15%
de desconto nas Pousadas de Juventude em
Portugal Continental. Mas, se quiseres dormir
numa pousada, e não tiveres este cartão, tens de
possuir o Cartão de Alberguista, que te dá acesso às Pousadas de Juventude em todo o mundo
e é válido por um ano. Podes obter o Cartão de
Alberguista numa Pousada de Juventude ou nas
lojas Ponto JA (Delegações Regionais do Instituto Português da Juventude).
Como efectuar a reserva
Podes reservar alojamento em qualquer Pousada de Juventude, ou através da Internet em
www.pousadasjuventude.pt. Para tal, basta
escolheres a Pousada, indicar o número de
pessoas, o tipo de quarto, datas de entrada e
saída… depois é só pagar. Se preferires, telefona para o 707 20 30 30 ou envia um e-mail
para [email protected]. Também podes
efectuar a tua reserva nas lojas Ponto JA ou
directamente na Pousada que escolheres.
Contactos
Pousada de Juventude de Alfeizerão
Estrada Nacional 8
2460-191 Alfeizerão
Tel. +351 262 990 392 / Fax. +351 262 990 393
E-mail [email protected]
www.pousadasjuventude.pt
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
133
Descobrir
Pousadas
Para sul, em direcção a Óbidos, local de
Nas proximidades há imensos locais de
visita obrigatória, sugerimos uma
interesse a visitar. Rumando a norpassagem pelas Caldas da Raite, temos a cidade de Alcobaça,
A poucos
nha, com especial enfoque no
conhecida pelo seu Mosteiro,
quilómetros da
Parque das Termas, no Muuma das nossas obras-primas
pousada, temos a vila
seu Rafael Bordalo Pinheiro,
medievais, classificada pela
com divertidas caricaturas
UNESCO como Património
e a praia de São Martinho
em cerâmica e no Museu
Mundial da Humanidade,
do Porto, que se estende ao
dedicado ao pintor portuque alberga os túmulos de
longo de uma baía com conguês José Malhoa. Já em
D. Pedro e Inês, protagoÓbidos, onde as muralhas
nistas da maior história de
dições para a prática de
protegem as ruas estreitas
amor portuguesa. Um poudesportos náuticos como
de traça medieval, aproveico mais acima, na orla marío windsurf, a vela e a
te para passear entre as casas
tima, encontramos a Nazaré,
brancas, visitar o castelo e envila piscatória famosa, não só
canoagem
trar nas igrejas para descobrir as
pelas “sete saias” das suas varinas, assim como pelo altíssimo esposuas maravilhas. Para terminar o dia
em grande, nada como provar a tão afamada
rão rochoso “Sítio”, de onde se avista uma
Ginjinha! ø
panorâmica da praia da Nazaré.
Intra_Rail
VEM DESCOBRIR PORTUGAL
SEM LEVAR A CAMA ÀS COSTAS
Desafia os teus amigos para uma escapadela de
3 ou 10 dias e partam numa aventura pelo território nacional. Esta pode ser uma experiência
única na tua vida, não percas.
134
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
0
MAIS DE 3
MBÉM PARA
TA
,
AGORA
ANOS!
A TUA POUSADA.
O TEU LUGAR EM MUITOS LUGARES
Quer vás para aventuras a Norte, quer partas à
descoberta do Sul, podes ter a certeza que há uma
Pousada de Juventude preparada para te receber.
Só tens de fazer a reserva de quarto antecipadamente, seja para 2 ou 9 noites (sujeita à confirmação de disponibilidade). Tens incluídos a estadia
em quarto múltiplo, e o pequeno-almoço. Se preferires, podes reservar um quarto duplo, mediante
pagamento da diferença de preço.
Contacta a Linha de Juventude 707 20 30 30 ou o
e-mail [email protected] e faz a reserva, indicando o número do teu cartão INTRA_RAIL
NÃO ESQUECER
O INTRA_RAIL, após activação com inscrição de
nome, data e zona da viagem, torna-se pessoal e intransmissível;
A compra do INTRA_RAIL com desconto do Cartão
Jovem, obriga a que o Cartão Jovem esteja válido nos
actos de compra e de utilização e que o portador seja o
mesmo titular do Cartão Jovem e do INTRA_RAIL;
O INTRA_RAIL não é reembolsável nem revalidável, excepto por motivos de alteração da data do início
da viagem, conforme condições de utilização no verso;
As condições (descontos) do INTRA_RAIL não são
acumuláveis com outras em vigor;
Caso não esteja cumprido algum dos requisitos
enunciados (o INTRA_RAIL não estar carimbado, não
estares na zona ou data constantes do carimbo, não seres titular do cartão, não teres bilhete de comboio válido) serás considerado passageiro sem bilhete, incorrendo nas penalizações associadas;
DE COMBOIO TU MUDAS DE RUMO
Com o INTRA_RAIL vais poder viajar livremente
em todos os comboios Intercidades (2ª classe], Regionais, Interregionais e Urbanos. Antes de entrares
Se tiveres uma versão do INTRA_RAIL com validade
no comboio tens sempre que solicitar na bilheteira
de
2007,
os serviços descritos no pack continuam válidos.
a emissão do teu bilhete, podendo fazê-lo com antecedência até 30 dias. Para isso, terás que apresenINTRA_RAIL XCAPE
tar o teu INTRA_RAIL, o Bilhete de Identidade ou o
Cartão de Cidadão e o Cartão Jovem, caso tenhas
É válido durante 3 dias para
adquirido o INTRA_RAIL ao abrigo deste cartão.
uma das 4 zonas pré-definidas
Para chegares às zonas que escolheste, tame inclui as viagens nos comTens
boios Intercidades (2ª Classe),
bém tens 20% de desconto nos Intercidades
Regionais, Interregionais e Urincluídos a
[2ª classe], Regionais e Interregionais.
estadia em quarto
ATRAVESSA O TEJO COM DESCONTO
múltiplo, e o pequenoTens ainda 50% de desconto na utili- almoço. Se preferires, pozação dos serviços ferroviários Fertades reservar um quarto
gus nos dias abrangidos pelo teu carduplo, mediante pagatão INTRA_RAIL. Basta apresentares o
mento da diferenteu cartão no momento da compra do
ça de preço
bilhete.
UM PRESENTE DIFERENTE
Sempre que te perguntarem o que queres de presente de aniversário ou de Natal, ou se algum tio ou
avô mais generoso te quiser dar uma “ajudinha”, só
tens de lhes sugerir o INTRA_RAIL que tu queres.
Facilitas a vida aos teus familiares e a tua também.
COMPRA E ACTIVA O TEU INTRA_RAIL
O teu INTRA_RAIL é vendido em todo o país, em
vários pontos de venda ao teu dispor. Mas antes de
iniciares a tua aventura, não te esqueças de activá-lo. Para isso, só tens que te dirigir a um ponto
de activação, para que inscrevam no cartão o teu
nome, os dias e as zonas da tua viagem. ø
banos e 2 noites de estadia nas
Pousadas de Juventude.
E com Cartão Jovem ainda pagas menos.
+30
€69,00
Sem cartão
jovem
€59,00
Com cartão
jovem
€53,00
INTRA_RAIL XPLORE
É válido durante 10 dias em 2
zonas obrigatoriamente adjacentes (AB -BC -CD] e inclui
as viagens nos comboios Intercidades (2ª Classe), Regionais,
Interregionais e Urbanos e 9
noites de estadia nas Pousadas
de Juventude.
E com Cartão Jovem ainda pagas menos.
+30
€239,00
Sem cartão
jovem
€199,00
Com cartão
jovem
€173,00
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
135
Intra_Rail
Portugal
O
INTRA_RAIL , dá-te liberdade para
viajares pelo país, nos comboios da
CP e ter alojamento nas Pousadas de
Juventude (a partir dos 12 anos). Escolhe uma aventura de 3 ou 10 dias,
dentro de 4 zonas pré-definidas, e faz boa viagem!
Intra_Rail
C
D
43
41
42
LISBOA E VALE DO TEJO
E ALTO ALENTEJO
Todas as estações entre o norte de
Alcácer do Sal/Casa Branca/Évora
(inclusive), e o sul de Louriçal/Pombal/Víla Velha de Ródão (inclusive).
45
34
22
20
BEIRAS
Todas as estações entre o norte
de Louriçal/Pombal/Víla Velha de
Ródão (exclusive) e o sul de Espinho
(inclusive).
44
3
19
37
17
PORTO E NORTE
Todas as estações a norte de Espinho (exclusive).
32
PONTOS DE VENDA E ACTIVAÇÃO:
ESTAÇÕES DE VENDA CP
Albufeira
Aveiro
Beja
Braga
Cais do Sodré
Castelo Branco
Coimbra
Coimbra B
Covilhã
Entrecampos
Entroncamento
Espinho
Faro
Figueira da Foz
General Torres
Guarda
Guimarães
Lagos
Lisboa - Oriente
Lisboa - Sta. Apolónia
Lisboa - Sete Rios
Nelas
Oeiras
Paredes
Pinhal Novo
Pombal
Portimão
Porto - Campanhã
Porto - São Bento
Régua
Rossio
Santarém
Tavira
Viana do Castelo
V. Nova de Gaia
13
12
Consulte eventuais alterações à circulação em cp.pt
B
29
ALGARVE E ALENTEJO
ATÉ ÉVORA
Todas as estações a sul de Alcácer do
Sal/Casa Branca/Évora (inclusive).
38
10
21
46
31
33
1 Abrantes
16
2 Alcoutim
30
3 Alijó
4 Almada
28
5 Alfeizerão - S. Martinho doPorto
23
6 Aljezur - Arrifana
7 Almograve
8 Alvados - Porto de Mós
14
25
9 Areia Branca
10 Aveiro
11 Beja
5
9
12 Braga
8
13 Bragança
Riachos/T.Nova/Golegã
14 Castelo Branco
1
15 Catalazete - Oeiras
16 Coimbra
35
17 Espinho
18 Faro
19 Foz Côa
20 Foz do Cávado
15
4
21 Guarda
27
26
22 Guimarães
Consulte eventuais alterações à circulação em cp.pt
A
23 Idanha-a-nova
24 Lagos
25 Leiria
26 Lisboa
27 Lisboa- Parque das Naçõe
s
39
28 Lousã
29 Melgaço
PONTOS DE VENDA:
LOJAS PONTO JA
Aveiro
Beja
Braga
Bragança
Castelo Branco
Coimbra
Faro
Guarda
Leiria
Lisboa - Av. da Liberdade
Portalegre
Porto
Santarém
Setúbal
Viana do Castelo
Vila Real
Viseu
136
30 Mina – Fundão
31 Mira
32 Ovar
11
33 Penhas da Saúde
34 Ponte de Lima
35 Portalegre
36 Portimão
7
37 Porto
38 São Pedro do Sul
39 Setúbal
2
6
40 Tavira
41 Viana do Castelo
42 Viana doCastelo- Navio Gil Eanne
s
24
36
18
40
43 Vila Nova de Cervelra
44 Vila Real
45 Vilarinho das Furnas
46 Viseu
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Descobrir
 A minha experiência
Liliana Henriques, 24 anos
Existem momentos na vida que nos marcam,
o Inter Rail foi um deles.
Uma experiência inesquecível, enriquecedora e uma grande aventura que me trazem
muitas recordações e saudades.
O bilhete de Inter Rail permite conhecer um
conjunto de países europeus através de viagens ferroviárias a um valor que considero acessível. Existem algumas modalidades
disponíveis nos 30 países que fazem parte
do passe. A minha escolha recaiu na opção
de viajar 22 dias seguidos, o que me permitiu
uma maior flexibilidade.
Surgiu a possibilidade de fazer um Inter Rail
na altura de transição entre a vida de estudante para a de trabalhador. Foram 25 dias de
viagem, 12 países e 15 cidades com cerca de
20 quilos de bagagem, que por vezes se mostraram excessivos.
A fase de planeamento foi bastante importante, traçar o percurso, escolher os locais a
visitar, onde dormir, verificar os horários de
138
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
comboios mas o melhor é o incerto e todos os
ajustes que se fazem ao longo da viagem.
Conheci locais com uma beleza extraordinária,
com culturas bastante presentes e pessoas cativantes. Fiquei impressionada com algumas cidades como foi o caso de Paris, Bruges, Berlim e
Zagreb, que mostraram um encanto especial.
Países: Espanha; França; Luxemburgo; Bélgica;
Holanda; Alemanha; Polónia; República Checa
- Eslováquia; Hungria; Croácia; Itália.
O Inter Rail possibilitou-me uma experiência
única com um valor incalculável.
Ficou o gosto pela aventura, pelo desconhecido e
é um desejo da próxima viagem.
Aconselho a todos viverem esta experiência que
enche a vida.
Sites que recomendo:
■■ Comboios de Portugal
■■ Hi Hostel
■■ Travel Guide da American Express
Escolhi uma zona de Portugal, o Norte e optei por
fazer um IntraRail. Baseia-se no mesmo princípio
do Inter Rail, a diferença é que percorremos apenas
o nosso país de comboio.
De modo a desfrutar ao máximo esta oportunidade,
antes da viagem, planeei calmamente o percurso e
as cidades a visitar. Deste modo, aproveitei o tempo
da melhor maneira, conseguindo visitar um maior
número de locais. Todas as vilas e apeadeiros por
onde passei farão parte da minha memória para
sempre. Cada local novo onde chegava, independentemente da quantidade de sítios já visitados, era
sempre um cheiro novo, uma vista diferente e um
sentimento especial. Durante os 10 dias, visitei vilas e cidades como Foz Côa, Vila Real, Guimarães,
Braga, Viana do Castelo, Ponte de Lima, Vila Nova
de Cerveira e Porto.
APP IPHONE
Para mim, uma das coisas que mais me fascinou foi
poder apreciar a belíssima vista que dispomos nas
linhas de comboio que possuímos no nosso país.
Dou como exemplo, a linha do Tua, que por si apresenta um valor incalculável e difícil de exprimir em
palavras. A paisagem verdejante, a fauna, a flora e
os imensos lugares paradisíacos que por lá encontrei. É sem dúvida alguma, uma viagem a não perder. Cada vez mais o automóvel é utilizado como
meio de transporte, quer pela disponibilidade, quer
pela facilidade em sair e chegar aos locais à hora
pretendida. Actualmente estamos habituados a viajar e a conhecer novos locais com o carro, pensando que desta forma vemos tudo o que há para ver.
Mas na verdade, estas viagens de comboio, os percursos a pé e o convívio com a população local enriquecem imensurávelmente a nossa viagem. Tendo
tido a experiência de visitar os mesmos locais de
ambas as formas reforço a ideia de que o comboio
me mostrou belíssimos recantos do Norte do país,
(inacessíveis de carro), além de me permitir desfrutar de toda a viagem, não tendo que estar com
atenção à condução.
Com este Intra Rail, fiquei a conhecer muito melhor
uma zona de Portugal que só por si apresenta lugares fantásticos. O facto de ver que o nosso país
tem uma cultura imensa, fez com que este Intra Rail
tivesse ainda mais valor. O cansaço sentido no final
do dia era claramente compensado pela
riqueza extraordinária dos locais visitados e das experiências vividas. Foi, sem
dúvida alguma, uma
experiência única e a
repetir por outras zonas de Portugal. ø
TripIt - Travel Organizer
A forma mais fácil de organizar
viagens.
http://itunes.apple.com/us/
app/tripit-travel-organizer/
id311035142?mt=8
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
139
Descobrir
A minha experiência
Sofia Carvalho – 23 anos
Quando terminei o primeiro ano da faculdade queria arranjar forma de fazer umas férias diferentes.
Sempre adorei conhecer novos locais, novas culturas e novas formas de viver e estar. Na altura tinha
várias ideias de locais, mas o meu principal objectivo era primeiramente conhecer o meu país. Sempre me agradou imenso pegar na mochila e partir a
aventura, e assim foi!
Viajar
Esplêndida travessia para a descoberta de
regiões que se mantêm muito selvagens e que
são dotadas de uma paisagem deslumbrante, de
fauna e de flora diversas, e onde iremos apreciar
a sua imensa tranquilidade.
APP IPHONE
My Language Free
Translator
MyLanguage, Inc. é a primeira comunidade de tradução e aprendizagem de
idiomas. O myLanguage Translator está
disponível em duas versões: a versão
básica e a versão Pro. Ambas suportam a
tradução em 59 idiomas, mas a versão Pro
também inclui suporte para transliteração
(para representar ou escrever com caracteres num outro alfabeto) e capacidade de
converter texto em linguagem oral.
http://itunes.apple.com/pt/app/mylanguage-free-translator/
id306752957?mt=8
140
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
Fotos: Gonçalo Velez, Rotas do Vento
Moçambique,
África do Sul,
Swazilândia:
do Grande
Limpopo
a Bazaruto
Rotas do vento
PROGRAMA
Pontos
de Interesse
■■ Grandes safaris no Parque Nacional Kruger;
■■ Parque Transfronteiriço do Grande Limpopo;
■■ Reserva de Elefantes de Maputo ou Parque
Nacional Swazi;
■■ Reserva Natural de Hluhluwe;
■■ Savanas a perder de vista em busca dos “Big
Five”;
■■ Praias desertas e paradisíacas no Índico,
■■ O exotismo das cidades de Maputo e
Inhambane;
■■ Infindáveis territórios selvagens quase
inexplorados;
■■ Campismo selvagem em savanas remotas;
■■ Passeio de dhow no Indico até ao Arquipélago
de Bazaruto;
■■ A cultura de Moçambique.
D1 e D2: Voos Lisboa-Joanesburgo, transporte para o hotel.
D3: Joanesburgo – Bush Camp.
D4: Bush Camp – Parque Nacional Kruger.
D5: Safari no Parque Nacional Kruger.
D6 e D7: Safaris no Parque Transfronteiriço do Grande
Limpopo - Moçambique.
D8 e D9: Banhine/Zinave, Parque Natural de Zinave.
D10 e D11: Vilanculos. Passeio de dhow ao Arquipélago
de Bazaruto, actividades marítimas, praia.
D12 a D14: Inhambane, passeio de dhow, praia.
D15: Maputo.
D16: Safari na Reserva de Elefantes/ Swazilândia.
D17 e D18: Zululand, safari na Reserva Natural de
Hluhluwe.
D19: Joanesburgo.
D20-D21: Voos Joanesburgo – Lisboa.
Preço: desde Eur 3040 por pessoa (voos incluídos).
Um programa: Rotas do vento
www.rotasdovento.com
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
141
Viajar
Moçambique, África do Sul, Swazilândia
À
partida da África do
Actualmente um país pacífico, com uma econoSul, com travessia
mia em rápido crescimento, recentemente
da Swazilândia,
reaberto ao turismo, Moçambique ofereAtravessairemos avence ao viajante uma riqueza de tesouros
remos o interior
turar-nos
na forma de áreas selvagens quase
moçambicano através
numa encruzilhada de
virgens, beleza natural, praias desercivilizações, culturas
tas e uma herança cultural única.
de pistas muito irregulae paisagens, influenEsta expedição combina as famores e faremos campismo
ciadas desde cedo por
sas atracções dos parques nacioselvagem numa savana
tribos nómadas, conais Kruger e Hluhluwe, com a sua
imensa diversidade de vida animal,
merciantes árabes, colongínqua, intocada,
o Parque Transfronteiriço do Grande
lonizadores portugueses
mas incrivelmente
Limpopo, a zona desértica de Banhine/
e marinheiros britânicos.
cénica.
Zinave, a Reserva de Elefantes de Maputo ou os Parques Swazi. O Parque Transfronteiriço engloba o Kruger Park na África do
Sul bem como vastas regiões adjacentes de Moçambique e do Zimbabwe.
Atravessaremos o interior moçambicano através
de pistas muito irregulares e faremos campismo
selvagem numa savana longínqua, intocada, mas
incrivelmente cénica.
Iremos visitar atracções naturais e culturais e desfrutar das praias desertas e paradisíacas do Oceano
Índico, incluindo o Arquipélago de Bazaruto. Passaremos em Maputo, a capital, onde iremos apreciar a influência da cultura latina e desfrutar desta
cidade colorida e cheia de vida. ø
Viajar
 Memórias por Pedro Pacheco
Breve Relato
de uma aventura no tecto
do Mundo em 1994!
Em Agosto de 1994, e acompanhado por uma equipa de
reportagem da SIC, Pedro Pacheco saiu de Lisboa rumo
ao Nepal e aos Himalaias .
Durante 55 dias, o alpinista do Porto, responsável de
uma das primeiras empresas de turismo aventura portuguesas (Trilhos.pt) tentou atingir os 8848 metros do
cume que os nepaleses conhecem como Sagarmatha, a
Deusa Mãe dos Ventos e dos Céus.
Durante o tempo que permaneceu acima dos 5 mil metros, Pedro pôs à prova os limites humanos: respirou
entre 50 a 30% do oxigénio respirado ao nível do mar,
sofreu temperaturas entre os 30 graus positivos e os
30 negativos, sentiu rajadas de vento superiores a 100
quilómetros hora, e correu o risco de avalanchas e de
edemas pulmonares e cerebrais.
142
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
S
egundo dia encurralado a 8000 metros
de altitude, esperando a melhoria do
tempo. O vento fustiga a tenda sem cessar. É tenso o estado de espírito de todos
os membros da expedição.
Aqui dentro, o chão é disforme e as paredes um
autêntico muro gelado. Não há espaço para estender as pernas. Mas, nem para satisfazer certas
necessidades elementares abandono este abrigo
desconfortável: um pacote vazio de comida liofilizada serve perfeitamente….
Apesar do vento tempestuoso e do frio próximo dos
25º negativos o Sol brilha. Encontro-me na aresta
fronteiriça entre o Nepal e o Tibete e o cume parece ao alcance da mão, mas com as varetas da tenda partidas e a tela rasgada é necessário saber renunciar. Caso contrário, a mais alta montanha da
Terra seria implacável como foi com um grupo de
Indianos que tempos atrás foram arrastados com
tendas e tudo e nunca mais nenhum foi visto… Só
agora acredito, de facto, nesta história.
Com grande dificuldade ainda consigo captar algumas imagens vídeo do que estou a vivenciar.
Pessoalmente não concebo a montanha como um
local de sofrimento, menos ainda como antecâmara da morte. Vejo-a como um terreno de jogo e de
aventura, onde a liberdade é absoluta e o único motor somos nós próprios. Certos termos vulgarmente associados ao alpinismo (por exemplo: assalto,
conquista, vitória) dão-lhe uma conotação algo
rígida quando afinal se trata, essencialmente, de
uma experiência existencial estética e desportiva.
Após mês e meio de expedição, três tentativas terminais sem sucesso devido à inexistência de previsões
meteorológicas fiáveis, intervaladas por descidas ao
campo base com quase uma dezena de passagens
pelo temível “Ice Fall” (Imponente encosta de gelo,
que se movimenta cerca de 2 metros por dia na sua
parte central provocando enormes brechas, as quais
apenas podem ser transpostas com pontes precariamente improvisadas com escadas de alumínio),
desço. Restavam-me relativamente poucos metros
para o cume. Fecha-se o círculo.
No campo-base reencontro o Jornalista Aurélio Faria e o Camaraman Filipe Ferreira da SIC que depois
efectuaram uma reportagem profissional. A sua permanência ali foi muito importante, para mim.
O facto de poder, via rádio, falar com eles a nossa língua constituiu um óptimo apoio moral nos
acampamentos de altitude, em que uma acentuada
letargia domina o nosso estado de espírito.
Nos dias que se seguiram, caminhando calmamente de regresso a Kathmandu, já só pensava nas novas aventuras que ainda me faltam concretizar no
nosso pequeno mas ainda selvagem Portugal: vias
de escalada clássica que pretendo abrir, novas descidas de canyoning e Hidrospeed , etc… ø
Pedro Pacheco
APP IPHONE
Termómetro Digital
O Termómetro Digital indica
a temperatura actual no local
onde estamos. A temperatura
pode ser visualizada em Graus
ou Fahrenheit
http://itunes.apple.com/pt/
app/digital-thermometer-free/
id373739433?mt=8
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
143
Viajar
Memórias por Pedro Pacheco
Vejo-a como
um terreno de
jogo e de aventura,
onde a liberdade é
absoluta e o único
motor somos nós
próprios.
Viajar
Cuidados de Alimentação
em Viagem
A conservação de uma boa saúde em viagem é
essencial. Quando viajamos em países menos desenvolvidos do que o nosso (do ponto de vista da
higiene) é vital dedicarmos uma enorme atenção à
evolução do nosso estado físico pois qualquer descuido pode trazer-nos graves dissabores.
Em paralelo, é igualmente essencial não deixarmos
enfraquecer o organismo por ingestão de nutrientes e de líquidos deficientes, tanto em quantidade
como em qualidade. Um organismo depauperado
torna-se propenso à doença.
Tenha sempre presente de que melhor do que
qualquer vacina é a atitude de vigilância constante
ao que comemos e bebemos.
Escusado será dizer que partir de boa saúde é a
primeira prioridade.
144
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
APP IPHONE
Medicamentos de A a Z
Com esta aplicação pode consultar a informação de preço de mercado, nomes comerciais,
genéricos, informações de prescrição, entre
outras informações de mais de 500 medicamentos. Pode também filtrar e pesquisar por nome,
enviar informações por e-mail e adicionar notas
pessoais.
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Fotos: Gonçalo Velez, Rotas do Vento
Alimentação:
Numa viagem com predominância de esforço físico é vital repor as calorias gastas em cada etapa.
Note que não é necessário comer muito, desde que
se coma o que é correcto. É generalizada a ideia de
que a carne é que dá força.
Nos programas que organizamos, em que o tipo de
esforço é de intensidade moderada mas de relativa longa duração, essa ideia é muito errada. As
suas refeições devem ser sempre muito ricas em
hidratos de carbono (arroz, massas, batata, cereais, feijão, biscoitos, etc) para repor as reservas de
energia que gastou durante o dia. O seu suprimento far-se-á sobretudo ao jantar pois a refeição de
meio do dia deve ser frugal, tipo pic nic, para que
não prossiga a etapa com uma digestão pesada.
É curioso de notar como as diversas regiões possuem os seus alimentos de esforço característicos:
o arroz e a massa na Ásia, a batata e o feijão na
Europa (originários do Brasil), o cous cous e a lentilha no Magrebe, a mandioca no resto de África, a
quinoa e o milho nos Andes, etc, não mencionando
os diversos tipos de cereal que se generalizaram
nos vários continentes, cada um adaptado às condições climáticas locais.
Não coma alimentos crus excepto se conhecer a
sua proveniência ou no caso de fruta envolta em
casca (lave-a muito bem antes de descascá-la).
A gastronomia é um aspecto cultural muito importante em cada viagem e recomendamos que procure conhecer o mais possível das suas variadas
facetas. Os locais privilegiados para ter essa experiência, e seguramente os mais genuínos, são onde
come o povo nativo.
Procure estabelecimentos simples e movimentados, e misture-se com os locais. Nos países que gozam de bom clima pode-se comer uma refeição na
rua, servida a partir de bancas.
É uma experiência muito interessante, não sem
envolver algum risco para a saúde, mas que consideramos imprescindível. ø
Gonçalo Velez
Rotas do Vento — www.rotasdovento.com
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145
Viajar
Cuidados de Alimentação em Viagem
Hidratação:
Na montanha ou no deserto, o ar é mais seco, o
que, associado ao esforço físico diário gera uma
maior perda de vapor de água pela respiração.
Podemos não notá-lo mas respiramos mais rápida
e profundamente. Por via desse esforço também
transpiramos mais.
Mas não só: a nossa exposição prolongada ao sol e
ao vento também contribui para esse efeito.
Por isso recomendamos-lhe que beba regularmente durante o esforço, mesmo que não tenha sede.
Três ou quatro golos em cada quarenta minutos
são suficientes. Use um cantil ou uma garrafa de
água com uma capacidade de 1.5 litros.
A hidratação no final do esforço é a mais importante, pois durante o dia não conseguirá beber tanto
quanto necessário. Prefira água morna ou quente
(chá, sopa), pois o organismo absorve-a melhor, e
concentre-se em conseguir absorver o mais possível. Tente conseguir duas urinas abundantes entre
o final da etapa e o deitar. Uma urina transparente significa que o organismo está bem hidratado.
Mantendo sempre uma boa hidratação do organismo possibilita uma recuperação mais rápida da fadiga muscular durante a noite. Caso ache necessário, durma com o cantil à cabeceira e beba de cada
vez que despertar.
Há quem decida beber pouco ao serão para evitar
passar pelo desconforto (e às vezes pelo frio) de ter
de levantar-se durante a noite. Isso é muito errado,
e você tem de assumir que esse é um custo necessário para manter-se na melhor forma possível.
O pequeno almoço é outra ocasião que deverá
aproveitar para beber bastante.
Por precaução, trate toda a água que não for fervida
ou engarrafada. Leve um produto de desinfecção de
água ou um filtro apropriado para desinfectar toda
a água que não foi tratada. Rotas do Vento fornece
comprimidos Aquatabs para purificação de água,
leia aqui.
Desconfie do gelo que lhe servem nas bebidas por
que pode provir de água da torneira!
Em Portugal é muito difícil encontrar produtos
para purificação de água. O caso é fácil de resolver: compre um frasco conta-gotas numa farmácia
e encha-o de lixívia. Deite 3 gotas por litro de água
a tratar e espere 30 minutos.
Nos climas quentes e húmidos em que a sudação
pode ser abundante convém abusar um pouco do
sal de cozinha.
Viajar
 Receitas Outdoor
Uma rubrica destinada à partilha de receitas
e sugestões de Cozinha Outdoor.
Partilha as tuas receitas Outdoor preferidas!
Envia-nos um email para [email protected] e poderás
ver a tua receita na próxima edição da Revista Outdoor e no
Portal Aventuras.
Convidámos Ricardo Mendes, um explorador e aventureiro Português a descrever uma das suas experiências alimentares numa expedição ao deserto da
Jordânia. O Ricardo aceitou o desafio e deixa-nos uma
receita simples e muito saborosa que aprendeu com
um habitante local enquanto ia a Caminho de Aqaba.
Nós experimentámos e adorámos!
Gallaya
Ingredientes:
■■ Tomate
■■ Alho ou cebola
■■ Cuscus
■■ Azeite, sal e especiarias
Para fazer este prato é tão simples como o seguinte:
Cortar o alho ou cebola em pedaços pequenos e o tomate em pedaços maiores que a cebola.
Colocar o azeite no tacho e adicionar o alho/cebola e alourar.
De seguida adicionar o tomate, misturar e cobrir o tacho por 5 minutos.
Mexer novamente e deixar ferver mais 5 minutos, por fim adiciona-se o sal e as especiarias e
deixa-se ao lume mais 5minutos.
Adicionar um pouco de água e cuscus para tornar esta refeição rica em hidratos de carbono.
146
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Espaço APECATE
Combater
Transserrano
a economia
paralela
na Animação
Turística
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Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
APECATE
Esta grande alteração resulta de três vectores
fundamentais: a aplicação da Directiva europeia
para os Serviços, que tem como um dos objectivos fundamentais o combate às asfixias corporativas e cuja leitura vivamente recomendamos;
a vontade política, manifestada pelo Gabinete
do Secretário de Estado Bernardo Trindade, de
aplicação ao sector do programa de simplificação administrativa denominado SIMPLEX e que
se traduziu, entre outros aspectos, pelo fim dos
duplos e triplos licenciamentos; e, “the last not
the least”, a perseverança e o trabalho da PACTA
/ APECATE que iniciou este processo de diálogo
com a Administração Central em 1997 e foi uma
parceira realmente escutada na feitura desta
nova legislação.
Mais recentemente, a publicação do novo regime
jurídico das agências de viagens e turismo, ele
também fruto da aplicação da mesma Directiva
europeia, ao alterar substancialmente as exigências de acesso à actividade, vem, pela primeira vez
na nossa história, abrir portas a que os agentes de
Animação Turística, sem deixarem de ser quem
A APECATE - Associação Portuguesa de Empresas de
Congressos, Animação Turística e Eventos, constituída
por escritura pública em 17 de Janeiro de 2007, é uma
associação empresarial que resulta da fusão de três associações: a APOPC - Associação Portuguesa de Organizadores Profissionais de Congressos, a PACTA - Associação Portuguesa de Empresas de Animação Cultural e de
Turismo de Natureza e Aventura, e a AOPE - Associação
de Organizadores Profissionais de Eventos.
As razões que motivaram esta fusão decorrem da natural complementaridade e progressiva interpenetração
existente entre os três sectores, mas, também, da profunda identidade de pontos de vista entre as três associações sobre os principais problemas dos sectores que
representam e cujos produtos consubstanciam o que de
mais inovador existe no Turismo em Portugal.
A APECATE herda, pois, o trabalho, os projectos e o prestígio das três associações fundadoras e assume, agora com
mais força, melhores meios e novos recursos, a representação destes sectores e a responsabilidade de apoiar as
suas necessidades e de servir os seus interesses.
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149
Espaço APECATE
Animação Turística
E
m Setembro do ano 2000 foi reconhe- são, acumulem o RNAAT e o RNAVT e possam, por
cido um novo subsector da activida- esta via, vender livremente os seus produtos em
de turística em Portugal: a animação regime de pacote com tudo incluído.
turística. O decreto-lei que o
regulou, o 204/2000 de
Neste quadro, será legítimo afirmar
1 de Setembro, foi alterado dois
que, apesar da crise e das dificulda(...)a ecoanos depois pelo 108/2002 de
des pelas quais todos iremos pas16 de Abril.
sar, está aberta uma nova páginomia paralela
Apesar de este reconhena para este sector.
que grassa no sector e
cimento ter sido um moHá problemas administrativos
coloca quem cumpre em
mento muito importante
e jurídicos ainda por resolver?
permanente situação de obpara os empresários – a
Claro que sim. A eficiência toperspectiva inicial da Adtal não se consegue de um dia
jecto de concorrência desleministração Central era
para o outro e, muito menos,
al, a qual, o que é lamentáobrigá-los ao licenciamena mudança de mentalidades
vel, vem muitas vezes de
to como agências de viaque esta lufada de ar fresco legens e turismo -, o conteúdo
gislativa requer. Mas com pacionde nunca deveria
dos diplomas referidos estava
ência, compreensão e espírito de
vir.
longe de satisfazer as suas necolaboração, tudo o que ainda está
cessidades e aspirações.
emperrado há-de atingir a velocidade
Nove anos mais tarde, que se tradude cruzeiro. É uma questão de tempo.
ziram no licenciamento de várias centenas de
empresas e consequente melhor percepção dos O problema que, volvidos todos estes anos, conticontornos do novo subsector, surge uma nova le- nua a ser mesmo um grande problema, é outro: a
gislação que, corrigindo os erros e insuficiências economia paralela que grassa no sector e coloca
da anterior, responde e corresponde de forma quem cumpre em permanente situação de objecto
bastante satisfatória às exigências desta nova actividade económica: o decreto-lei nº 108/2009 de
15 de Maio, complementado, no que respeita ao
Turismo de Natureza, pela Portaria nº 651/2009
de 12 de Junho, conhecida como a “portaria das
boas práticas”.
Espaço APECATE
de concorrência desleal, a qual, o que é lamentável, vem muitas vezes de onde nunca deveria vir.
É o caso de algumas Entidades Regionais de Turismo que têm como obrigação apoiar o nosso
esforço e continuam a promover iniciativas ilegítimas; de algumas câmaras municipais que, a
pretexto da promoção dos seus concelhos e, apesar de a legislação ser tão clara a este respeito,
insistem em organizar e vender programas de
animação turística que não podem nem devem
nem lhes compete organizar e vender; de algumas entidades associativas sem fins lucrativos
que, em vez de assumirem claramente a sua função social e de cumprirem o estipulado para as
actividades de animação turística, a saber, que
apenas as podem organizar, publicitar e vender
para os seus associados, se comportam como
empresas encapotadas; e, finalmente, de “indivíduos” que, com uma inacreditável desfaçatez e
total impunidade, propõem ao mercado actividades que exigem, muitas das vezes, o duplo registo como empresas de animação turística e como
agências de viagens e turismo.
150
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
A responsabilidade em pôr um ponto final nesta praga compete apenas à ASAE?
Defendemos que não. Os serviços de fiscalização têm uma função insubstituível nesta matéria. Mas não exclusiva.
A perspectiva que tem pautado a actuação da
APECATE – primeiro, informar e esclarecer os
transgressores e, apenas depois, solicitar a intervenção da fiscalização – tem dado alguns frutos e não temos dúvidas de que, a cada dia que
passa, temos novos aliados para a moralização
do sector nas ERTs, nas autarquias e nas associações.
Por mais estranho que possa parecer, passados
onze anos sobre o primeiro diploma e dois sobre
o último, ainda há muita gente que desconhece
a lei e não sabe que, quando se fala de animação turística, se fala de passeios, experiências
e actividades de ar livre, experiências e actividades de descoberta cultural, exploração de
parques temáticos, de parques de aventura, em
suma, usando os termos da lei, da organização
e venda de actividades desportivas, recreativas
Espaço APECATE
Animação Turística
Teresa Vilas Boas
Este espaço é seu
Envie-nos as suas dúvidas e questões
sobre temáticas de Animação Turística, Congressos e Eventos e a APECATE
responderá.
[email protected]
e culturais, em meio natural ou em instalações
fixas destinadas ao efeito, de natureza lúdica e
com interesse turístico para a região onde se desenvolvem.
Teresa Vilas Boas
Sendo esta a realidade, é urgente continuar e
aprofundar o esclarecimento e a pedagogia junto
das entidades que prevaricam por ignorância.
Mas, porque o outro lado também existe – o dos
prevaricadores por profissão, que não têm qualquer problema ético em conviver com o facto de
que os impostos que eles não pagam ou pagam a
menos são os que todos nós andamos a pagar a
mais –, não podemos ignorar a nossa responsabilidade como empresários.
Temos que cerrar fileiras, criar uma forte censura social e, sobretudo, agir no único sítio onde
podemos ser eficazes: junto dos consumidores.
É no esclarecimento dos consumidores que reside a solução mais duradoura deste problema.
Estes é que, na maior parte dos casos, não fazem
mesmo a menor das ideias de que estão a colaborar com transgressores e que isso, quando menos
esperarem, lhes pode sair muito caro. Não sabem
que as entidades autorizadas a exercer esta actividade económica para o público em geral têm
que ter uma licença com um número de registo
que dá pela sigla RNAAT – Registo Nacional de
Agentes de Animação Turística, disponível para
consulta no website do Turismo de Portugal, e
que devem pedir esse número e confirmá-lo an-
tes de começarem a falar em propostas.
É aqui que temos que fazer campanha e é aqui
que vamos vencer.
Todos os agentes de animação turística podem
continuar a contar com o esforço e o trabalho da
APECATE, também nesta matéria.
Mas, para termos sucesso, precisamos de poder
contar com o contributo dos empresários e de
todos aqueles que já são clientes das nossas empresas.
Por esta razão, faz para nós todo o sentido, neste
número que inaugura mais um projecto do Portal Aventuras, que tanto tem feito pela promoção
da Animação Turística, lançar a todos o apelo
para que se juntem a nós nesta campanha de esclarecimento.
Se estão de acordo connosco, passem palavra.
Sistematicamente. Sem tréguas. Sem contemplações. Em público e em privado. Nas redes sociais.
Nas conversas com os clientes. Quando pedem
ou enviam propostas. Sempre.
A crise verdadeira, dizem os entendidos, ainda
não chegou. Para a podermos enfrentar com êxito, não nos podemos dar ao luxo de pactuar com
quem não merece. ø
Ana Barbosa
Presidente da Secção de Animação Turística da APECATE
www.apecate.pt
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
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Desporto Adaptado
 Evento
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Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
A
Federação Portuguesa de Desporto
para Pessoas com Deficiência organizou, nos dias 10 e 11 de Junho de
2011, os Jogos de Portugal Coimbra
2011.
Os “Jogos de Portugal Coimbra 2011” são um
evento multidesportivo, que reuniram cerca de
1000 atletas e técnicos, de 15 modalidades de
desporto, para pessoas com deficiência.
Na cerimónia de abertura, dia 10 de Junho,
para além dos discursos oficiais, ficou marcada
por um desfile dos participantes e pela formação do logótipo dos Jogos por partes dos participantes no evento, pela actuação de um coro
infantil e fadista Kátia Guerreiro que entoou o
hino nacional. Para encerrar, contámos com o
concerto solidário do cantor Mickael Carreira.
Em relação aos resultados dos nossos atletas,
foram bastante positivos, em todas as modalidades envolvidas.
No atletismo, destacamos, os atletas surdos
Messias Dias nos 10000 metros, Dina Oliveira e
Catarina Marques nos 5000 metros, ao conseguirem obter os mínimos A para os Surdolímpicos Atenas 2013 e para o Campeonato da Europa, em Kayser, na Turquia.
A nível paralímpico, foram vários os que conseguiram a confirmação de mínimos prolongando assim a permanência no Projecto de Preparação Londres 2012, destacando-se o resultado
do atleta Hugo Cavaco, deficiência visual, que
lhe permitiu a entrada neste mesmo Projecto.
A jornada desportiva contou, ainda, com o
Grande Prémio de Ciclismo, final da Taça de
Basquetebol e Futsal da deficiência intelectual,
Futebol 7, torneio de Futsal da deficiência auditiva, Campeonato Nacional e Open de Ténis
de Mesa.
A natação viu 8 recordes nacionais a serem
batidos e no basquetebol em cadeira de rodas
a APD Leiria sagrou-se vencedora da Taça de
Portugal.
O escalão juvenil esteve representado no Torneio do Goalball, tendo estes atletas recebido
a visita em campo dos guarda-redes e do presidente da Associação Académica de Coimbra,
que experimentaram e fizeram uma pequena
demonstração em campo.
O Boccia foi a modalidade com o calendário
mais preenchido. A prestação dos atletas desta
modalidade conduziu ao anúncio dos que integram a selecção que vai representar Portugal
em
Cheshire, Inglaterra, no Meeting Internacional, no mês de Julho.
O Remo Indoor, a Tricicleta, o Andebol em cadeira de rodas e a Orientação foram as modalidades de demonstração, que pelo seu carácter
inovador prometem a captação de mais praticantes. ø
FPDD
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
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Desporto Adaptado
Jogos de Portugal
Jogos de Portugal
Desporto Adaptado
 Modalidade
Atletismo
O
atletismo, para deficientes em
cadeira de rodas, surgiu pela primeira vez em 1960, no Hospital
de Stoke Mandeville, onde se utilizava a pista de aterragem de helicópteros do hospital, que possuía 60 metros de
comprimento, para as respectivas actividades.
Assim, até aos Primeiros Jogos Paralímpicos,
esta era a distância padrão.
Com o evoluir dos tempos e dos quadros competitivos, as provas de atletismo passaram a ser
disputadas por atletas com deficiências motora,
intelectual, visual, paralisia cerebral e auditiva,
em masculinos e femininos, divididos por classes de acordo com o seu grau de deficiência,
competindo em provas de pista, campo, pentatlo
e maratona.
O atletismo é uma modalidade que fortalece o
desenvolvimento dos nossos atletas, tanto a nível físico como emocional, pois permite uma
melhoria das condições do organismo a nível
funcional (aparelho circulatório, respiratório,
digestivo, entre outros), como também a sua
coordenação muscular, sem falar no desenvolvimento de auto-estima e de auto-valorização.
156
Julho_Agosto 2011 OUTDOOR
O atletismo é
uma modalidade
que fortalece o
desenvolvimento dos nossos
atletas, tanto a nível físico
como emocional, pois
permite uma melhoria das
condições do organismo
a nível funcional
Luís Gonçalves, da deficiência visual, é um dos
atletas de elite desta modalidade, consagrou-se
com apenas 23 anos Vice-Campeão Paralímpico em Pequim 2008, continuando as suas vitórias no Campeonato do Mundo de Atletismo IPC
2011 e nos Jogos Mundiais da IBSA 2011, entre
muitas outras, que o tornam um grande símbolo
para o desporto adaptado português. ø
FPDD
A fechar
Portugal Dakar Challenge
RevistaObistiundicim eos aut ipsapitias as doloriA edição de 2011/2012 da
expedição
Portugal
Dakarberum
Chalbus
verum eritaventura
ipsapici blatur,
odita quaero
eumquiam,
nit, soluptur
sequis cus, e
ideliquibus
ped
lenge, com partida programada
para
30 de Dezembro
com a etapa
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nonsedit
e
final a 13 de Janeiro em Dakar, conta comute
um
total itatia
de 50
equipas
distribuídas pelas categorias 4x4 de Automóveis e Camiões e ainda
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Vive a Aventura de 30/12 a 13/01!
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Composto por 3 dias, 16,17 e 18 de Setembro com a base da prova
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reperferspel mi, sim quiae et esipid que doErfero comnimus di
equaectiis quae ligendia core siluptaquas reriasp
Officaepuda
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tassi nctatius volo deliquo blaut
APLICAÇÃO OPTIMUS
elisinis con rearibus
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cidebis nonnihiciaQuiexerect oratquo et ipid que do-http://appsportugal.com/app/praiar-by-optimus-iphone/632
occae maximolore cuptaquides
asi consequo dellupiluptaquas reriasp elisinis con
dolupti soloratur? Quiatatur?
eniet etIl earumet
rehenis quo earibus cidebis nonOptatiu ressequo int abo. Inctur
sequam quam nihicia estions ecsequi od est qui temquam veriore
repero
tium recaepe niet ulluptaturem
pererchit fugia dolupture, simagqui cusam, inctur sapel is exerum
ni hillorest eum aliat.
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
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