u Ga o irom t nh ba nmim a l e tr an x® ai ® ne r™ nº0 JuLho/Agosto 2011 www.revistaoutdoor.pt gl outdoor Revista Torna-te fã Fotografia Outdoor Nos Bastidores da Montanha com Aurélio Faria Viagens SaudÁveis em família com Joel Santos Mergulha com a Elisabete Jacinto MUS A Aventura Urbana Titan Desert O relato de quem lá esteve! Caminhar Vida activa longe do stress Apps Outd grat u oor para itas ot Ipho eu ne Actividades Outdoor Julho e Agosto Disponível para iPad e iPhone Editorial Ficha técnica O nº zero I niciar um projecto editorial na actual conjuntura económica é… uma Aventura! E é esta aventura que nos faz criar um projecto que acreditamos inovador: oferecer aos portugueses uma realidade ainda pouco conhecida e explorada, em formato fora de portas. Aqui está finalmente a Revista Outdoor, fruto de onze anos de trabalho do Portal Aventuras, pensada e idealizada desde 2009, resultado de muito empenho e dedicação de uma equipa fantástica que nunca baixou os braços e sempre acreditou que era possível. Temos como objectivo principal dar a conhecer um Portugal recheado de encantos naturais por descobrir, ideais para a prática de turismo, desporto e aventura. Fomos também saber mais junto dos Portugueses que se destacam neste meio: são desportistas, têm um enorme mérito nos feitos que atingem e são muito pouco reconhecidos (ainda). Queremos ser uma montra para estes aventureiros… e que sirvam de inspiração aos mais de 10 milhões que já somos para uma fuga da rotina, para uma saída em família, para umas férias… As nossas sugestões são diversas e garantimos que vos levam a locais e a actividades realmente interessantes! A aposta no mundo digital, em alternativa ao papel, é uma consequência natural do forte crescimento tecnológico, de um ritmo de vida cada vez mais virtual e de um sentido ecológico cada vez mais necessário. O formato (esperamos nós) é bastante interactivo, com vídeos, imagens e artigos que nos cativa e nos aproxima do conteúdo. u ga o iroM t Nh Ba N iM a l M ex tr aN ® ai ® Ne r™ www.revistaoutdoor.pt gl nº0 JuLho/Agosto 2011 Agradecemos a todos os que estiveram connosco desde o início da criação deste projecto…o nosso muito obrigada. Esta revista também é vossa! Até Setembro e até lá… acompanhem dia a dia as novidades no Portal Aventuras. outdoor RevistA Torna-te fã FotograFia outdoor com Joel Santos Nos Bastidores da MoNtaNha com Aurélio Faria ViageNs saudÁVeis em família titaN desert O relato de quem lá esteve! CaMiNhar Vida activa longe do stress 6 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR WPG – Web Portals Lda NPC: 509630472 Capital Social: 10.000,00 Rua Melvin Jones Nº5 Bc – 2610-297 Alfragide Telefone: 214702971 Fax: 214702973 Site internet: www.revistaoutdoor.pt E-mail: [email protected] Registo ERC n.º 126085 Editor e Director Nuno Neves | [email protected] Marketing, Comunicação e Eventos Isa Helena | [email protected] Sofia Carvalho | [email protected] Revisão Cláudia Caetano Colaboraram neste número: Aurélio Faria, Artur Pegas, Paulo Quintans, Ricardo Mendes, Paulo Nascimento, Elisabete Jacinto, Ana Lima, Rui Calado, Joel Santos, Magali Tarouca, Gonçalo Velez, Pedro Pacheco, Ana Barbosa. Design Editorial Inês Rosado apps outd oor u para itas o teu ipho Ne grat aCtiVidades outdoor Julho e agosto Disponível para iPad e iPhone Edição nº0 Fotografia Joel Santos Mus A Aventura Urbana Equipa Portal Aventuras Mergulha com a Elisabete Jacinto www.portalaventuras.pt Desenvolvimento Ângelo Santos EDITORIAL 06 GRANDE REPORTAGEM Nos bastidores da Alta Montanha Directrizes 08 EM FAMÍLIA VIAGENS SAUDÁVEIS Caminhadas pelos cenários das caixas de bombons 14 AVENTURA — Caminhada Aquática 18 Jardim Zoológico 20 nº0 Julho_Agosto 2011 AVENTURA MUS Portugal 2011 22 MERREL BAREFOOT 28 08 POR TERRA CAMINHADAS O escape para viver uma vida activa longe do stress CAMINHADA NOCTURNA Sintra Fantasmagórica 32 36 EVENTO — MILENIO TITAN DESERT 2011 40 A MINHA AVENTURA — “GR14_Rota do Rio Douro” 48 INDOOR — Preparação para uma caminhada no ginásio 52 ENTREVISTA ELISABETE JACINTO 54 POR ÁGUA EVENTO — Audi MedCup 2011 62 PASSEIO EM KAYAK Pelo Minho em Kayak 68 INDOOR — Preparação para uma aventura em Kayak no ginásio 70 A MINHA AVENTURA — Rio Sabor em Autonomia 72 Descobrir os bastidores da Alta Montanha é a proposta de Aurélio Faria, que nos apresenta um relato impressionante de uma vivência intensa. “ … Muitas vezes a história está também na viagem até ao acampamento base … ” 54 FOTOGRAFIA ENTREVISTA — Joel Santos por Magali Tarouca 80 PORTFOLIO DO MÊS — Índia 91 FOTOGRAFIA DO MÊS — Pescador de Sonhos 94 Aplicações iPhone para fotógrafos — Trip Journal 96 SOS SOBREVIVENCIA — Bear Grylls SOS em BTT 98 100 KIDS Campos de Férias 106 ACTIVIDADES OUTDOOR 112 DESCOBRIR Parque Natural e Parques Nacionais 120 DESAFIO — Coasteering Blue Line 126 Cartão Jovem comemora 25 anos 130 POUSADA DA JUVENTUDE — Pousada de Juventude de Alfeizerão 132 INTRA-RAIL — Vem Descobrir Portugal 134 A MINHA EXPERIENCIA 138 Depois da brilhante vitória no Rally da Tunísia, a equipa da Revista Outdoor esteve com a Elisabete e numa conversa informal de partilha de experiências, descobrimos alguns segredos desconhecidos do grande público… 91 Viajar VIAGEM AVENTURA — Moçambique, África do Sul, Swazilândia 140 MEMÓRIAS POR PEDRO PACHECO Breve Relato de uma aventura no tecto do Mundo em 1994 142 Cuidados de alimentação em Viagem 144 RECEITAS OUTDOOR 146 ESPAÇO APECATE 148 DESPORTO ADAPTADO Jogos de Portugal 154 Atletismo 156 A fechar 158 Os textos e imagens presentes na Revista Outdoor são da responsabilidade dos seus autores. Não é premitido editar, reproduzir, duplicar, copiar, vender ou revender, qualquer informação presente na revista. Com a simplicidade, humildade e carisma que tão bem o caracterizam, o fotógrafo Joel Santos abriu-nos as portas para o mundo captado pela sua câmara. Viaje nas suas palavras e deslumbre-se com as suas imagens! Grande Reportagem Histórias Rarefeitas “Nas encostas dos Himalaias, só existem as encostas dos Himalaias. É à distância, ou na memória, ou na imaginação que os Himalaias assumem toda a sua altitude, e até um pouco mais.”. Pôr-do-sol Everest, vista do Kala Pattar, 5400m Nepal NOS BASTIDORES DA ALTA MONTANHA Nuvem lenticular (Tibete) 8 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Fotos: Aurélio Faria Fernando Pessoa C Era uma personagem singular, a quem chamámos logo carinhosamente O Velho, tal como déramos alcunhas aos participantes nas expedições acampadas no término do glaciar de Khumbu. Quando soubemos o porquê da marcha de uma semana até aos 5400m de altitude, vimos n´O Velho, a história perfeita entre as expedições que tentavam conquistar a face sul da montanha mais alta do mundo. Na noite da chegada, houve uma festa em sua honra. Na tenda messe, cantaram-se canções de marinheiros ingleses e cowboys americanos e trautearam-se melodias tradicionais nepalesas. O Velho a tudo assistiu, com aquele sorriso especial, sentado numa espécie de trono – a cadeira O Velho a giratória usada nas expetudo assistiu, riências dos médicoscom aquele sorriso -alpinistas britânicos. Soubemos que era o especial, sentado numa principal financiador espécie de trono – a cada Expedição Médica deira giratória usada Britânica. Tinha doado o equivalente a 80 mil nas experiências dos Euros porque acreditava médicos-alpinistas que o dinheiro servia uma britânicos. causa nobre. Apesar da filha única ter morrido na montanha. Apesar dos jornais sensacionalistas britânicos lhe terem feito a vida negra, e invadido a privacidade em busca de detalhes mórbidos e pormenores mirabolantes sobre o desaparecimento da sua alpinista mais querida. O Velho recusou naturalmente ser entrevistado. Mesmo assim tentámos, insistindo no facto de sermos portugueses, e nos mover apenas o exemplo dado pela sua presença. Os médicos mediaram as nossas abordagens, polidas de tacto e delicadeza. Acabámos, contrariados por aceitar o Não. Mas encontrámo-nos e falámos várias vezes: na lavagem da roupa, com as mãos geladas, imersas no riacho de água do glaciar; e na madrugada muito fria do último ataque ao Everest. Nós, acordados às 4 da manhã por obrigação profissional, para registar o moral dos alpinistas. Ele, por insónia, por já ter idade para dormir pouco. Na tenda-cozinha, tomámos chá, e falámos de banalidades da vida, do frio e do clima da Escócia, dos ovos estrelados e do sol de Portugal. Viajar Grande Reportagem abelos brancos. Entre os 65 e os 70 anos. Arribou ao Acampamento Base do Everest em finais de Setembro. Chegou às costas de 4 sherpas. Cansado. Ofegante. Mal adaptado à altitude. Mas determinado e com um sorriso de bem com a vida. Caravana de iaques na moreia do glaciar de Solu Khumbu (5000m), Nepal Ice Fall, face sul do Everest OUTDOOR Julho_Agosto 2011 9 Grande Reportagem Monja budista, Nepal Mãe e filho, Lukla (2700m), Nepal Tal como arribou, O Velho partiu sorrateiramente numa manhã de nevoeiro, dias antes de desmontado o arraial do Acampamento Base. Na memória e no coração, guardo ainda o tal Sorriso de bem com a vida, a postura de quem sofreu e sobreviveu, e a serenidade de quem já sabia que faltava pouco para juntar-se à filha no Reino das Neves Eternas. Sem glória nem drama, terminaram dias depois quase dois meses de trabalho em condições-limite. A 5 mil metros de altitude, com metade do oxigénio respirado ao nível do mar, 30 graus durante o dia, 20 negativos à noite, uma comida às vezes intragável, uma cama em cima de um glaciar que ondula e avança um metro por semana com estalos contínuos, e rodeados de conquistadores e sonhadores, loucos e aventureiros, até não houve grandes razões de queixa. Ninguém morreu. Tudo correu, mais ou menos, conforme o planeado, à excepção do final da reportagem do Outono de 1994: «E assim acaba uma aventura portuguesa no Everest. Ventos superiores a 100 quilómetros/hora sopraram para bem longe os sonhos de Pedro Pacheco e mais 18 alpinistas. Apanhados pela pior época de alpinismo dos últimos anos nos Himalaias, vencidos pela montanha que nepaleses e tibetanos chamam Deusa Mãe do Mundo.» Não foi preciso usar o único telefone-satélite existente em todo o vale de Solu Khumbu, numa estação científica italiana, a 2 dias de marcha do acampamento base. O pesado gerador e o rudimentar painel solar para carregar as baterias da câmara vídeo chegaram incólumes ao fim da expedição. A este anti-clímax mediático, juntaram-se alguns sustos, mas sem consequências, como a avalanche que varreu a parte alta do Acampamento Base, verdadeiro abalo sísmico que durou segundos, e fez chover sobre as tendas pó de neve e mil e um bocados de gelo e pedras. Onze anos depois, - na Primavera de 2005-, voltei com os alpinistas João Garcia e António Coelho (Tozé) aos Himalaias, já numa época de informação instantânea e de acesso imediato à Internet. Os telefones-satélite, os painéis solares e o material mais ligeiro mediatizavam já qualquer aventura aos mais altos cumes do planeta, mas criavam também uma pressão perversa para contar quase em directo as emoções, as dificuldades e os obstáculos inesperados que marcam uma expedição himalaiana. No Kangchenjunga, também no leste do Nepal, voltei a perceber que tal como numa guerra, uma reportagem sobre a alta montanha é um desafio aliciante mas que pode revelar o pior e o melhor da condição humana, e quão frágil é a fronteira entre a vida e a morte. 10 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Viajar Grande Reportagem uma reportagem sobre a alta montanha é um desafio aliciante mas que pode revelar o pior e o melhor da condição humana, e quão frágil é a fronteira entre a vida e a morte Nascer do sol, acampamento base do Everest Dezassete anos depois de ter observado pela primeira vez o pôr-do-sol único no Everest, mantenho a certeza de que o alpinismo no arriscado e rarefeito mundo da alta montanha é diferente do futebol. Não deve haver locutores a transmitir regularmente o tempo e o resultado dos alpinistas que sobem a montanha: chegar lá acima é apenas metade do Foto e Sketch: António Coelho Da ida ao terceiro cume mais alto do planeta e na montanha dos Himalaias onde reza a tradição tibetana, os deuses da riqueza guardam ouro, prata, cobre, trigo e os livros sagrados – os 5 Tesouros das Neves Eternas! -, guardei a história de uma conquista portuguesa, mas também de um acto de heroísmo. Aos 6 mil metros de altitude, João Garcia resgatou o companheiro acometido de uma apendicite aguda. Numa corrida contra-relógio de quase 48 horas, acompanhou a descida de Tozé pelas dezenas de quilómetros do escorregadio e pedregoso glaciar de Yalung, até à pastagem de iaques a 4500m, onde aterrou o helicóptero chamado por telefone-satélite. Tozé voltou a Portugal com um jornalista enfermeiro. João regressou à montanha, e alcançou ainda o cume do Kangchenjunga, iniciando o percurso vitorioso, terminado em 2010 da conquista das 14 montanhas de 8 mil metros do planeta. Rota de ascensão do Kanchenjunga OUTDOOR Julho_Agosto 2011 11 Grande Reportagem Acampamento base do Kanchenjunga (5400m), Nepal Da ida ao terceiro cume mais alto do planeta e na montanha dos Himalaias onde reza a tradição tibetana, os deuses da riqueza guardam ouro, prata, cobre, trigo e os livros sagrados APP IPHONE Altímetro Digital O Altímetro Digital mostra a posição em alturas (metros) no ponto onde estamos. http://itunes.apple.com/pt/ app/digital-altimeter-free/ id336650411?mt=8 caminho, e subir é tão perigoso como descer. E muitas vezes a história está também na viagem até ao acampamento base, e nos não alpinistas que rodeiam os que arriscam tudo para conquistar os altos cumes dos Himalaias. ø Aurélio Faria Jornalista SIC 12 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Viena, Feito. Próxima etapa, Londres. Grande Motivação. Grandes Resultados. Novo relógio de ecrã táctil com GPS Forerunner ® 610. “Energia esgotada, pernas e pés doridos e um óptimo sentimento de objectivo superado. Corri os 42 Kms e o meu relógio Forerunner 610 já está focado no meu próximo objectivo. Com as suas características de motivação intermináveis, treinos intensivos e resultados precisos mal posso esperar para voltar a correr.” www.garmin.pt Em família Viagens Saudáveis Áustria Caminhadas pelos cenários das caixas de bombons Em abstracto qualquer viagem pode (e deve) ser saudável. Mas, dizemos nós, há umas mais saudáveis que outras. A actividade física como parte integrante de um programa de férias, seguramente que lhe trará a breve trecho uma melhoria da sua condição física e do seu bem estar geral. Se essas viagens forem feitas com as pessoas de quem mais gosta, pode transformar uma experiência de viagem num acontecimento familiar fantástico. Aquilo que vamos passar a descrever e propor é fazer férias activas, em família. Em suma… Ponha a sua família a andar! O acto de caminhar é inato aos humanos enquanto espécie, por isso, parece-nos normal que esse atributo possa ser parte integrante de um programa de férias. Tão mais importante deve ser quando decidimos viajar com crianças, e mostrar-lhes a elas, que há mais mundo para além dos videojogos, da internet e das mensagens sms. Seleccionamos a região de Salzburgo para oito dias de passeios, descobertas e brincadeiras. Os vales e aldeias da região de Salzburgo co14 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR meçam por surpreender pelo ambiente sereno, limpo e sofisticado. A arquitectura não nega que estamos entre a Baviera e o Tirol, tão pouco as suas gentes ocultam esse facto, fazendo gala no uso dos seus trajes tradicionais. Elas, saias rodadas até aos pés com motivos florais, avental branco imaculado, cabelo apanhado em carrapito ou rabo de cavalo. Eles, calções com peitilho, meias de lã até ao joelho, sapatos de couro com atacadores e chapéu verde, com uma pena colocada sobre a lateral. Para as crianças, as descobertas começam à saída do posto de turismo da aldeia. De mapa Em família Áustria Fotos: Papa-Léguas OUTDOOR OUTDOOR Julho_Agosto Junho_Julho 2011 15 Em família na mão lançamos-lhes o desafio de descobrir o caminho para o hotel. Descemos entre ruas estreitas, de casas floridas e de gente alegre e sorridente. Neste dia de sol ameno, somos tentados a parar na geladaria. O tempo aqui passa mais devagar. Entre duas colheres de gelado, explicamos aos mais pequenos como ler um mapa, como encontrar o Norte, como transformar aquele pedaço de papel num labirinto gigante, por onde vão passar as brincadeiras dos próximos dias. A rede hoteleira desta região é peculiar. Sabe a outros tempos. Os hotéis são pequenos, familiares, decorados com as lembranças de quem os construiu e os foi deixando em herança aos descendentes. Tem uma escala humana, tão importante para que as crianças se possam sentir em casa. É este ambiente de descontracção, hotéis simples mas muito charmosos e uma comida deliciosa que nos prepara para em família fazermos os passeios pedestres que temos planeados. São passeios pequenos, simples e seguros, sempre com um objectivo que nos levam a percorrer vales verdejantes, cascatas impressionantes e desfiladeiros pouco comuns nas nossas latitudes. As crianças não se cansam, apenas tem que ter um objectivo em cada dia. Algo que o torne inesquecível, único. Ao fim do dia, depois de 16 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR jantar, é bom usufruir do charme da nossa “casa na montanha” e ver (ou rever) as peripécias e aventuras que vivemos em família. Esta viagem termina em Salzburgo, cidade mergulhada numa cultura centenária, onde a música exerce um papel de relevo, dando oportunidade aos mais pequenos para escutar outros sons e aprender mais sobre os compositores que criaram algumas das mais belas obras musicais da nossa era. ø Artur Pegas www.papa-leguas.com asics.pt Correr liberta mais do que suor ASICS vem do Latim Anima Sana In Corpore Sano, que significa “Mente sã, num corpo são” Em família Aventura As caminhadas aquáticas são recentes em Portugal. Trata-se de uma caminhada, mas no leito do rio. Tem a comodidade dos participantes terem fatos de neoprene e da caminhada se desenrolar num ambiente espectacular, observar espécies de árvores raras como o azereiro, mas também aves de rio, como a garça real, o melro de água ou o guarda rios. A possibilidade de ver lontras é rara, pois este mamífero é bastante esquivo, mas as marcas da sua presença são muitas. O silêncio e o contacto com a natureza são as principais características desta actividade. É uma experiência única, num rio magnífico. 18 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Foto: Trans Serrano Caminhada Aquática no Rio Ceira – Góis Este sector do rio Ceira é muito bonito, calmo e com grande contacto com a natureza... Testemunho: Helena Moita - 35 anos “Gostei muito desta actividade... tinha medo de fazer um canyoning, mas a forma relaxante como decorreu e o nível muito acessível, fez ficar com vontade de experimentar outras actividades. Este sector do rio Ceira é muito bonito, calmo e com grande contacto com a natureza... Adorei aquele último salto no Açude antes do Ponte Velha da Cabreira! Obrigado Trans Serrano!” Tipo de percurso: Linear. Extensão: 2 km Duração: 4 a 5h. Dificuldade: Médio, dependendo da condição física dos participantes e das condições do rio. Épocas recomendadas: Primavera, Verão e Outono (Maio a Outubro) Descrição: Caminhada aquática pelo leito do rio Ceira. Este rio possui uma galeria ripícola bem preservada. Tem início na Foz da Fonte, um local espectacular do rio, onde no passado os habitantes locais desviaram o leito do rio Ceira, escavando um túnel na montanha. O percurso inicia-se aqui, junto ao túnel, um local que se presta para fotografias inesquecíveis, num local onde mais ninguém vai. O percurso inclui a passagem e transposição de alguns açudes através de saltos. Ao longo deste sector pode-se ver antigos moinhos, lagares de azeite, muros de propriedades agrícolas e pontes, tudo feito em xisto e lousa. A meio encontra-se um açude de uma antiga serração movida a água, com permite diversos tipos de saltos de 2 a 3 metros para um poço muito fundo. Termina na Ponte Velha da Cabreira, um local deslumbrante com o lagar, moinho e tulhas, tudo em pedra da região. Este local tem várias opções de saltos para a água, para terminar a actividade em beleza. Durante o percurso é possível efectuar apneia. O percurso é em certos locais muito escorregadio, pelo que é necessário ter muita a atenção na progressão. Recomendações: Requer alguma destreza e resistência física. O que deve trazer: Deve trazer água e almoço ligeiro: sandes, fruta, barras energéticas, frutos secos etc. É necessária trazer calçado para andar na água (botas de caminhada ou ténis/sapatilhas velhas), meias de neoprene (facultativo), camisola de Lycra (facultativo), mochila pequena para andar na água, protector solar. Quem usar óculos graduados deve aplicar um cordão para estes andarem mais seguros. Preço: 17,5€/pax Inclui: Fato de neoprene e meias, seguros e enquadramento por monitores experientes. Disponibilizamos alguns óculos e tubos de apneia para o grupo. Actividade realizada com o mínimo de 6 participantes. Um Programa: Trans Serrano ø OUTDOOR Julho_Agosto 2011 19 Em família Caminhada Aquática FICHA TÉCNICA Em família 20 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR (Artigo escrito segundo o novo acordo ortográfico) OUTDOOR Julho_Agosto 2011 21 Aventura MUS PORTUGAL 2011 Está de volta a mais divertida prova de aventura urbana! Faro, Beja, Évora, Castelo Branco, Coimbra, Viseu, Aveiro, Porto já receberam as mini-provas. Seguem-se as mini-provas de Braga e Bragança antes da final de Lisboa 22 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Aventura MUS Portugal 2011 LOAD D epois do sucesso da edição de 2010, a Merrell volta a trazer a Portugal a maior e mais divertida prova de aventura urbana: o MUS 2011. Ideal para aqueles que gostam de desafios e de imprevistos, o MUS reúne aventura, desporto, animação, cultura e solidariedade. E tudo isto, enquanto se explora a cidade que a recebe. LOAD Tiago Veloso, Brand Manager da Merrell, destaca que “a abrangência do MUS expressa de forma única os valores da Merrell, pois é uma prova onde a responsabilidade social e ambiental se integram naturalmente com os outros atributos: diversão, desporto e cultura. É com enorme satisfação que nesta segunda edição levamos esta A solidariedade é experiência a outras cidades, de Norte a Sul de Portugal, um dos atributos do permitindo que os fãs de MUS. Como tal, e à semeactividades ao ar livre de lhança do que aconteceu em todo o país embarquem na mais divertida aven2010, o MUS apoia a Assotura urbana”. ciação CAIS, encaminhando para esta instituição os donativos angariados pelas equipas. A edição deste ano tem várias novidades: foi criado um calendário nacional que vai permitir que 10 cidades, de Norte a Sul do país, tenham oportunidade de experimentar esta aventura urbana, há provas de animação destinadas ao público que assiste à competição e vai permitir que a equipa vencedora da prova final participe na Oyster Racing Series, nos Estados Unidos. Faro (7 Maio), Beja (14 Maio), Évora (21 Maio), Castelo Branco (28 Maio), Coimbra (4 Junho), Viseu (11 Junho), Aveiro (18 Junho), Porto (25 Junho), Braga (2 Julho) e Bragança (9 Julho) são as cidades que recebem mini provas antes da grande final de Lisboa, marcada para 16 de Julho, no coração da cidade. O envolvimento do público em actividades inovadoras, através da produção de energia cinética, é a segunda novidade e serve de base a uma série de desafios nos quais os vencedores não vão ficar de mãos a abanar. Watt Challenge: Competição para ver quem gera mais energia pedalando. DJ Contest: Concurso de DJ’s em que o sistema de som é alimentado pela energia produzida por pessoas a pedalar. O vencedor de cada cidade será convidado a actuar na prova de Lisboa. Pedal Milkshake: Batidos de fru- OUTDOOR Julho_Agosto 2011 23 Aventura LOAD LOAD ta feitos na hora com energia cinética. Cada pessoa pedala para confeccionar o seu. Runway Bike: Desfiles de moda em bicicleta que vão ser marcados pela originalidade de cada participante. Outra novidade desta edição é a possibilidade da equipa vencedora da prova final ir à Oyster Racing Series, uma prova urbana que se realizou pela primeira vez na cidade de Denver, nos Estados Unidos, em 2003, e que depressa se estendeu a outras cidades do país. Sobre a MERRELL A MERRELL, que em 2011 comemora 30 anos de existência, é a marca de calçado Outdoor que mais vende no mundo. Trata-se de uma marca norte-americana de calçado que se expandiu mais recentemente para a área do vestuário. Integrou desde 1997 a Wolverine Wold Wide, empresa sediada em Rockford, no Michigan, que inclui no seu portfólio marcas de grande notoriedade como a CAT, Harley–Davidson, Patagonia, Sebago ou Hush Puppies. Actualmente a MERRELL produz mais de oito milhões de pares de sapatos por ano, distribuídos por cerca de 200 países e territórios. 24 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR RESPONSABILIDADE SOCIAL A solidariedade é um dos atributos do MUS. Como tal, e à semelhança do que aconteceu em 2010, o MUS apoia a Associação CAIS, encaminhando para esta instituição os donativos angariados pelas equipas. Nesta edição podem angariar-se fundos através das inscrições (por cada inscrição, a CAIS recebe €5), da página da MUS Portugal no Facebook (por cada “like” a CAIS recebe €0,10), através da linha telefónica MUS de apoio à CAIS – 760 50 16 50 – sendo que a Associação recebe €0,30 por cada chamada efectuada, e pela angariação directa dos participantes junto dos seus familiares, amigos, colegas e restante cadeia de conhecimentos através de um sistema de donativos explicado mais à frente. Para Henrique Pinto, director da Associação CAIS “é com imenso orgulho que a Associação CAIS volta a unir-se ao MUS pela segunda vez consecutiva. A aposta da Merrell, e de todo o público que adere a esta iniciativa, em ajudar a CAIS no seu trabalho é muito importante para o combate à pobreza. É motivador saber que há empresas e projectos que não esquecem o lado solidário e socialmente responsável e o MUS é disso exemplo. Recordo que em 2010 esta parceria permitiu à CAIS angariar Por água Aventura MUS Portugal 2011 LOAD Sobre a Associação CAIS Fundada em 1994, a CAIS é uma Associação de Solidariedade Social sem fins lucrativos. Activa e dinâmica, a CAIS é uma entidade que não só trabalha no terreno como debate as questões sociais em Portugal. A sua missão é contribuir para o melhoramento global das condições de vida de pessoas sem casa/lar, social e economicamente vulneráveis, em situação de privação, exclusão e risco. No terreno, a CAIS actua a dois níveis: inclusão - ajudar as pessoas a integrarem-se no mercado de trabalho ou a encontrar formas de sustentação económica mais estáveis; intervenção – promover a reflexão e o debate das questões que se ligam aos fenómenos da pobreza e exclusão, em Portugal e no mundo. OUTDOOR Julho_Agosto 2011 25 Aventura A PROVA Aos participantes cabe realizar as tarefas que lhes forem designadas no menor tempo possível e, embora correr e andar de bicicleta sejam actividades esperadas, a verdadeira aventura é o secretismo! As equipas podem ser desafiadas a fazer as coisas mais improváveis e é essa, precisamente, uma das principais atracções do MUS: embarcar numa prova cujos detalhes são desconhecidos. LOAD fundos para 704 refeições completas. Nesta edição a missão passa por ajudar a criar emprego através de um novo projecto da CAIS: o Capacitar Hoje”. OS PRÉMIOS Mini Provas: Todos os participantes recebem uma t-shirt oficial do MUS, um saco mochila, uma garrafa de água e uma barra energética. Nas mini provas, as 3 equipas que melhor se classificarem ganham Camelbacks, buffs, e equipamento Merrell no valor de €75, €50 e €25 por participante. São ainda convidadas a disputar gratuitamente a prova de Lisboa, a 16 de Julho. MUS: Todos os participantes recebem uma t-shirt oficial do MUS, um buff, um saco mochila, uma gar- PARTICIPAR O MUS é uma prova aberta a todos os que queiram participar, desde que tenham no mínimo 14 anos e constituam uma equipa com 3 elementos. Os interessados poderão inscrever-se nos balcões e bilheteira online dos CTT a partir de 15 de Abril. O valor da inscrição é de €15 para as mini provas e €25 para a prova de Lisboa. 26 LOAD Como a prova é secreta, será distribuído às equipas um passaporte momentos antes do início, indicando o próximo local de destino. O objectivo é chegar lá o mais rápido possível, utilizando o meio de transporte designado. Depois de cumprido o desafio as equipas retornam ao ponto de partida, onde recebem novas instruções. Como o MUS se inspira no forte sentido de responsabilidade ambiental da Merrell, a valorização de recursos naturais, o não desperdício, o culto das energias renováveis e a preservação ambiental são conceitos que integram toda a prova – por exemplo, através da promoção do uso da bicicleta ou dos transportes públicos no desempenho das actividades. Julho_Agosto 2011 OUTDOOR rafa de água e uma barra energética. Sendo a Merrell o patrocinador principal da Oyster Racing Series – www.oysterracingseries.com – a equipa vencedora da final de Lisboa ganha a participação nesta prova, com oferta das viagens e estadias numa cidade ainda a designar com base no calendário da Oyster. O segundo e terceiro classificados ganham Camelbacks, buffs e equipamento Merrell no valor de €150 e 100€, respectivamente. Do quarto ao décimo participantes, o prémio é um Camelback. ø OUTDOOR Julho_Agosto 2011 27 LOAD Por água Aventura MUS Portugal 2011 Aventura MERRELL Barefoot 28 Julho_Agosto2011 Junho_Julho 2011 OUTDOOR OUTDOOR A colecção MERRELL Barefoot proporciona um bom equilíbrio entre protecção ao pé, amortecimento e liberdade de movimentos, de forma a ajudar os entusiastas do outdoor a evitar lesões e a fortalecer os seus músculos enquanto fazem o que mais lhes dá prazer na natureza. Os modelos que integram a MERRELL Barefoot juntam o design minimalista que dá liberdade ao pé, à tracção em zonas específicas do calçado para ir ao encontro dos desafios de cada terreno – desde a estrada ao trilho de montanha. Os designs criados proporcionam uma locomoção mais natural, pela movimentação da protecção do calcanhar e pelo amortecimento que a dianteira proporciona ao caminhar, a que se junta um alinhamento ideal. Ao estimular a musculatura, aumenta a força do torso, a agilidade corporal e a capacidade de queimar mais calorias. MERRELL Barefoot Collection: Deixa-te conduzir pelos teus pés Entre as propostas masculinas os ténis TRAIL GLOVE destinam-se a corrida e caminhada e proporcionam uma sensação próxima do terreno. Para praticar montanhismo e alpinismo com grande naturalidade o modelo TRUE GLOVE é o ex-líbris dos desportos mais radicais. Ambos os modelos integram gáspea em pele sintética e em rede, assim como o sistema de laçagem patenteado pela marca, o Merrell Omni-Fit™, que garante um ajuste perfeito dos ténis ao pé. Um suporte no interior oferece estabilidade ao pé e um design ergonómico com grande capacidade de resposta. Ainda entre as propostas masculinas o TOUGH GLOVE é um modelo construído em pele macia com um estilo casual e desportivo, com um design versátil que lhe permite andar pela cidade assim como entrar numa aventura espontânea de última hora. OUTDOOR Julho_Agosto 2011 29 Aventura MERRELL Barefoot A MERRELL®, marca líder na criação de calçado e vestuário outdoor, que já nos habituou a qualidades como conforto e qualidade, e a Vibram®, líder mundial em solas de borracha de alta performance responsável pelo design e produção do conhecido conceito Five Fingers®, empreenderam uma colaboração exclusiva com o objectivo de criar uma sola com um design na vanguarda da adaptabilidade e movimento multi-direccional. O resultado é a MERRELL Barefoot, uma colecção que agora se estreia, de calçado eficiente, versátil, ultra-leve e minimalista. Esta colecção representa o calçado mais futurista que vai ao encontro das várias necessidades dos entusiastas outdoor. Aventura 30 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR A MERREL também inovou com uma linha Barefoot para acrescentar performance e funcionalidade às actividades outdoor femininas. Os três novos modelos aproximam as senhoras aos terrenos nos quais se movimentam. Os ténis PACE GLOVE têm um perfil baixo e foram criados para corrida e caminhada. São construídos em materiais leves como a rede respirável e, uma avançada protecção na palmilha, dá um suave amortecimento onde ele é mais necessário. O sistema de laçagem Merrell Omni-Fit™, proporciona um ajuste personalizado dos ténis ao pé e óptima resposta em terrenos difíceis. Dois estilos multi-desporto são os aliados ideais para as aventuras mais ou menos radicais e para transitar entre o trabalho, uma caminhada pela cidade ou um passeio de bicicleta entre amigos. O modelo POWER GLOVE representa na perfeição a nova geração da MERRELL. É construído em pele macia e tem um design que garante protecção na zona do calcanhar e três fechos em velcro (Easy Z-Rap) que seguram o pé para uma performance simples e leve. PURE GLOVE é uma outra opção ultra-leve de perfil baixo, com materiais como a rede em Lycra e com um sistema de ajuste ao pé ergonómico, que proporcionam uma boa performance. “Uma vez que o calçado minimalista e a corrida com pés descalços (barefoot) continuam a estar no epicentro da reflexão e no coração dos entusiastas, vimos a clara necessidade de alargar o conceito “barefoot” às actividades outdoor, para além da corrida e do fitness”, Aventura MERRELL Barefoot As equipas podem ser desafiadas a fazer as coisas mais improváveis e é essa, precisamente, uma das principais atracções do MUS: embarcar numa prova cujos detalhes são desconhecidos. afirma Clark Matis, antigo fundador e actual designer de produto da MERRELL. “Ao estar com a MERRELL há 26 anos, é entusiasmante testemunhar a evolução de uma marca na indústria outdoor que continua a progredir ao nível do design”, acrescenta Clark Matis. A parceria com a Vibram e a sua especialização no calçado Barefoot destinado a corrida e fitness, permite à MERRELL apresentar uma colecção de ténis com um design ideal para todo o tipo de actividades outdoor. Para a Vibram foi também um desfio interessante. “A MERRELL é um parceiro de longa data e temos orgulho em estender os benefícios do Barefoot a alternativas outdoor”, declara Tony Post, President & CEO da Vibram USA. “Acreditamos que para os pés serem saudáveis é necessário serem estimulados e exercitados, o que irá por sua vez melhorar o equilíbrio e a agilidade do corpo. Com essa premissa colaborámos com a MERRELL com o objectivo de criar uma sola exterior exclusiva que ajuda a aumentar a eficiência e a adaptabilidade a todas as situações outdoor”, explica Tony Post. ø APP IPHONE Programa de Treino do iPhone Transforma Adeptos da Corrida Tradicional em Adeptos do Barefoot em 40 Dias A MERRELL introduz agora a primeira aplicação para iPhone para corrida Barefoot. Esta aplicação, criada em colaboração com a Resource Interactive está directamente ligada à MERRELL’S BAREFORM TRAINING TECHNIQUE que incorpora a postura correcta de corrida, fortalecimento corporal e um treino de flexibilidade para um condicionamento de alto nível. Esta aplicação apresenta também a mistura MERRELL BAREFOOT iTUNES baseada na cadência do ritmo natural de corrida de 180 batidas por minuto. Para fazer o download gratuito da aplicação basta aceder a http://itunes.apple.com/us/app/go-barefoot/ id421390163?mt=8&ls=1 OUTDOOR Julho_Agosto 2011 31 Por terra Caminhadas Caminhar... o escape para viver uma vida activa longe do stress 32 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Podemos destacar alguns factores que influenciam e determinam o grau de dificuldade de um percurso: ■■ O tipo de terreno - Se o percurso segue por estradões largos ou trilhos de pé-posto, se o solo é compacto ou de consistência instável, etc …; ■■ O tipo de vegetação - Se o percurso passa por zonas com vegetação que oferece cobertura dos elementos ou se pelo contrário é um percurso exposto; ■■ As condições meteorológicas – É importante ter informação sobre a temperatura, nebulosidade, direcção e intensidade do vento e precipitação. ■■ E, no final de contas, como te sentes no dia! OUTDOOR Julho_Agosto 2011 33 Por terra Caminhadas A caminhada é uma actividade praticada ao ar livre, onde impera o contacto privilegiado com a natureza, promovendo o bem-estar físico e psicológico dos praticantes. Há várias formas de escolher os itinerários: sugestões de amigos, programas de empresas de Animação Turística licenciadas, conselhos dos postos de turismo, percursos identificados no terreno ou em cartas topográficas, entre outros. O nosso conselho: Se não tens conhecimentos ao nível da orientação, nem tens o hábito de entrar nestas aventuras, procura realizar a tua experiência com um guia ou com alguém já experiente! Se pretendes realizar caminhadas autonomamente, mas necessitas de sugestões e informações sobre percursos, podes recorrer a várias fontes de informação. Existe uma razoável quantidade de percursos criados por entidades públicas, desde o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade a Autarquias ou Regiões de Turismo, que se encontram identificados no terreno e para os quais foi desenvolvido algum tipo de informação de apoio impressa. Investiga, junto das entidades existentes na zona que gostarias de explorar, que informação existe e como aceder a ela. Dando uso à internet, consegue-se também encontrar informação sobre destinos, percursos, cartografia ou até mesmo trilhos GPS. Mas atenção, quando se pretende realizar uma caminhada com base em informação obtida numa fonte externa, independentemente da confiança que depositamos nessa fonte, é preciso ter cautela na sua utilização. Por vezes a informação pode estar incorrecta ou desactualizada, o terreno pode ter sofrido alterações que põem em causa a exequibilidade do percurso, por exemplo. O nível de dificuldade varia, o que significa que é uma actividade acessível a todos. Informa-te sobre a dificuldade de cada percurso e escolhe o que mais se adequa à tua condição física e desfruta de um dia diferente, ao ar livre, com a natureza no seu máximo esplendor. É essencial ter noção de que a dificuldade não depende apenas da extensão e altimetria do percurso (desníveis que encontramos no percurso), depende de alguns outros factores. Por terra As nossas Recomendações ■■ Antes de iniciares um percurso sabe qual a sua extensão, tempo médio de realização, desnível, tipo de terreno e condições climatéricas; ■■ É conveniente teres alguns conhecimentos de Orientação, saber interpretar sinalização existente, saber utilizar uma ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ Bússola e ler Cartas Topográficas; Inicia a caminhada com um ritmo suave, até aqueceres; Faz refeições ligeiras e não te esqueças de levar água suficiente para o percurso; As barras energéticas e os frutos secos são excelentes opções para levar para uma caminhada; Evita fazer demasiadas paragens, pois quebram o ritmo de andamento; Sempre que possível vai acompanhado; Informa alguém para onde vais e que percurso pretendes realizar; Leva o teu telemóvel para poderes contactar em caso de emergência. Um percurso de trilhos estreitos ao longo de uma zona de vegetação rasteira, se efectuado num dia de intenso calor e insolação, assume um grau de dificuldade significativamente acrescido. Se te estás a iniciar nesta actividade, sugerimos um início por pequenos e fáceis percursos, e uma evolução no grau de dificuldade à medida que vais ganhando experiência e/ou condição física. Onde Praticar Existem em Portugal várias entidades que organizam caminhadas, assim como locais específicos com percursos demarcados para a prática desta modalidade. Tudo depende do que tu procuras e pretendes ... Caminhada com um grupo, seguir um percurso pré-concebido, caminhar através de um programa de uma empresa de animação Turística, entre outros. ø Equinócio 34 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Por terra Caminhadas O que levar para entrar nesta aventura em segurança e conforto! Calçado confortável com sola aderente e grossa, sendo o ideal Botas de Montanha ou ténis com sola de borracha rígida e aderente Meias apropriadas para o tipo de actividade Roupa prática, confortável e respirável, adequada ás condições climatéricas do dia Boné Óculos de Sol Água Reforço alimentar Pequeno Kit de Primeiros Socorros Mapa, Bússola ou GPS Mochila APP IPHONE Conta Passos Links úteis: http://portal.icnb.pt http://www.meteo.pt http://www.windguru.cz/pt É um medidor de distâncias que mede todos os passos que damos. Com temporizador automático sintonizado para parar de contar passos no segundo em paramos de andar ou correr. http://itunes.apple.com/pt/ app/digital-thermometer-free/ id373739433?mt=8 OUTDOOR Julho_Agosto 2011 35 Por terra Caminhada Nocturna Sintra Fantasmagórica… Uma noite cheia de surpresas, uma serra cheia de magia! 36 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Por terra Sintra Fantasmagórica Sabia que o medo irracional do número 13 tem nome? Triscaidecafobia! E ao medo específico da sexta-feira 13 dá-se o nome de parascavedecatriafobia! N a realidade, ou por mera sugestão, encontramos uma Serra de Sintra nova e desconhecida. Saíndo dos Capuchos, partimos até à densa mata, onde nos embrenhamos no escuro. Sentimos bem presente o espírito romântico, místico e exótico de Sintra, quer pelo ambiente criado pela luxuriosa mata, quer pela vista que nos é reservada. “Sintra Fantasmagórica” É uma caminhada noturna pela mística Serra de Sintra, organizada pela Equinócio, todas as sextas feiras 13 do ano, entre outras noites 13! Fotos: Equinócio Enquanto passeamos por caminhos esquecidos e quintas abandonadas, a luz da lanterna é-nos de grande utilidade... sem ela o passo torna-se incerto! O guia, ao longo da caminhada, pede várias vezes para desligarmos as lanternas e silenciarmos. Queremos sentir verdadeiramente a Serra... Os sentidos ficam efectivamente mais apurados na imensidão do escuro: o cheio intenso, os sons verdadeiramente assusta- OUTDOOR Julho_Agosto 2011 37 Por terra dores do vento a tocar nas árvores, o uivar dos cães, os grilos, os galhos que pisamos… E ao longo do trilho, o Guia conta-nos as histórias e mitos da serra de Sintra que são um poderoso estímulo à nossa imaginação... e quando nos deparamos com as surpresas comuns nas encruzilhadas da serra, rapidamente compreendemos que ainda nos dias de hoje é um local particularmente dado ao oculto. Finalizamos com uma pequena merenda, há que retemperar o corpo e o espírito... o que vos espera pode ser muito mais do que imaginam. Caso pretenda desafiar-se para superar possíveis superstições, a próxima oportunidade é já no dia dia 13 de Agosto. O encontro é fantasmagórico, a não perder! ø www.equinocio.com 38 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR PROGRAMA 20H30 - Encontro 21H00 - Início da Caminhada 24H00 - Finalização da Caminhada Ponto de Encontro: Parque de Estacionamento dos Conventos dos Capuchos FICHA TÉCNICA Dificuldade: Média/baixa Duração (Tempo de Marcha): 2h30 Duração (Tempo de actividade): 3h00 Distância: 6 km Nível de Dificuldade: 1+ Altitude Máxima: 460 m Idade: Dos 12 anos aos … Tipo de Percurso: Circular Tipo de Terreno: Trilhos de terra. Obviamente não aconselhável a quem sofra de parascavedecatriafobia (medo específico da sexta-feira 13). Por terra Evento MILENIO TITAN O Titan Desert, uma das maratonas de BTT mais duras e mediáticas do mundo e que já vai na sua sexta edição, envolve 500 participantes provenientes de todo o mundo, que percorrem 600km em 6 dias. Em 2011 a prova foi composta por 6 etapas diárias, cada uma com cerca de 100km. Existem 2 tipos de desafios: orientação e distância, a solo ou por equipas. Os atletas estiveram expostos a altas temperaturas, ventos fortes, vastas planícies, dunas e variações de altitude. D e 6 e 14 de Maio, 24 Portugueses entraram nesta Aventura e 8 deles participaram pela MEO Team, equipa constituída por Marco Chagas, Vitor Gamito, Celina Carpinteiro, Nuno Margaça, Paulo Quintans, os bem conhecidos “Anjos”, Nelson e Sérgio Rosado, e por Pedro Duque. Além do óbvio desafio físico e psicológico envolvido na participação no Titan Desert 2011, a equipa esteve ainda mais empenhada e motivada por uma causa especial: os quilómetros percorridos pela Meo Team revertiam a favor da Associação Acreditar, instituição que apoia crianças com cancro e suas famílias. A Equipa da Revista Outdoor esteve com os Aventureiros Titânicos e aqui ficam os relatos na 1ª pessoa de Paulo Quintans ( 1º português a participar no Titan Desert), Nelson Rosado, Sérgio Rosado e Marco Chagas, nesta Aventura no Deserto. Na próxima edição contaremos a experiência de Nuno Margaça, Vitor Gamito, Celina Carpinteiro e Luis Leão Pinto nesta aventura Titânica…Não percam! Paulo Quintans 40 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Fotos: Organização Titan Desert e Tiago Tomás DESERT 2011 OUTDOOR Julho_Agosto 2011 41 Por terra MILENIO TITAN DESERT Por terra Paulo Quintans Quando no final da Titan Desert 2010 comecei a pensar na Titan Desert 2011, em como seria bom juntar um grupo de amigos formar 2 equipas (uma para viver a aventura e outra para competir), aliar a este projecto uma instituição de solidariedade para a qual nós pudéssemos contribuir, e finalmente solicitar o apoio de grandes marcas para realizar este sonho... Nunca imaginei que a resposta dos meus amigos fosse tão rápida, que o empenho e motivação tanto dos atletas como de todos os responsáveis pelas marcas que nos ajudaram, fosse tão intensa e profissional. E muito menos imaginei que o sucesso desta equipa atingisse um patamar tão elevado como o que conseguimos! A Titan Desert 2011 foi uma agradável surpresa, em primeiro lugar pelo grupo de amigos que se juntou, este ano fomos 24 Portugueses, que no meio de 500 participantes não só marcamos presença como deixámos uma imagem fantástica do que são os atletas Portugueses. Em resumo 3º lugar da geral para Luis Leão Pinto, 1º Lugar da categoria feminina para Celina Carpinteiro MEO TEAM, 1º lugar da categoria Master para Vitor Gamito MEO TEAM… entre todos os ilustres Portugueses como os irmãos Rosado, os tão conhecidos Anjos que terminaram a prova com distinção contrariando assim todos aqueles que julgam que eles não cruzariam a meta em Granada. Para mim foi o reviver de varias emoções e sensações, desta vez num grupo diferente e com objectivos distintos, mas com um espírito de coesão e de companheirismo excelentes, no seio da MEO TEAM foi fantástico sentir que a equipa de profissionais Celina Carpinteiro, Marco Chagas e Celina Carpinteiro não perdendo o a concentração e tendo sempre na mira os objectivos pessoais sempre ajudaram e apoiaram (obviamente no acampamento) os restantes companheiros de equipa Pedro Duque, Nuno Margaça, Sergio e Nelson Rosado e eu próprio. Este foi também um ano diferente pois ao contrário de 2009, ano em que pela primeira vez participei nesta prova, tivemos todas as mordomias necessárias, não só para a rápida recuperação do nosso corpo, como para a manutenção das nossas Bikes. É de facto fantástico poder contar com fisioterapeutas de eleição como a Ana e o Ricardo da FISIOTORRES e mais importante ainda poder contar com o apoio e toda a experiencia do grande HILARIO ISIDORO, sem eles com toda a certeza o sucesso da MEO TEAM, não teria sido o que foi! Quanto as características da prova, houve de facto quem não tivesse gostado, efectivamente e na minha modesta opinião como Tritânico, houve algumas falhas das quais destaco a variedade da 42 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR comida, ou seja nunca nos faltou de comer, pequeno-almoço, almoço, lanche, jantar e para alguma ceia, embora e facto o tipo de comida fosse sempre o mesmo durante estes 6 dias, e também a questão da demora na resolução do problema com a bomba de água que levou a que alguns de nós tivéssemos de esperar mais algum tempo para tomarmos o tão desejado banho. Estes são factores que a organização terá de ter em conta nas próximas edições, tudo o resto faz parte da dureza da prova e são estes factores que a tornam tão apetecível e viciante. Para que fiquem como uma ideia do que é viver um dia na Titan Desert, nos acampamentos dormimos em tendas berberes feitas de mantas e cosidas a mão onde inclusive a porta é também ela uma manta, se chover também chove lá dentro e se estiver calor são um forno autentico, mas sabe tão bem depois de uma etapa de deserto duríssima, visualizar o acampamento ao longe e pensar que quando lá chegarmos vamos ter a nossa tenda já montada, o colchão fofinho com lençóis, cobertor e almofada, para podermos descansar tranquilamente. O nosso saco tem sempre de ser transportado por nós assim quando chegamos ao acampamento depois de recebermos a água, entregarmos o road book do dia e recebermos o RB da etapa seguinte, parqueamos a bicicleta e dirigimo-nos para o local dos camiões de logística para recuperarmos o nosso saco no meio dos outros 500 (felizmente que este não tinhas filas de 150 sacos devidamente assinaladas), depois de recuperado o saco, vamos até a tenda abrimos o saco e tomamos o belíssimo Fast Recovery da Gold Nutrition. Depois segue-se a banhoca, é essencial retirar o pó areia e outros elementos que fomos acumulando ao longo dos 100 quilómetros de cada etapa. Banho tomado, vamos até ao restaurante pois o estômago necessita de ser abastecido para poder levar os elementos necessários para que o nosso organismo inicie a recuperação para a etapa seguinte. Terminado o almoço nada melhor que passar pela tenda dos fisios e receber a massagem de recuperação muscular. Breve passagem pela tenda dos mecânicos para mencionar ao mecânico alguma falha ou algum problema que a bicicleta possa ter, para que ele o resolva e no dia seguinte a bicicleta esteja pronta para mais uma etapa. A partir daqui descanso até ao jantar, troca de ideias, comentários sobre a etapa conversa de circunstância, ida a tenda do médico tratar das chagas no rabo, etc… A partir das 19h inicia ao jantar e as 20h entrega de companheirismo excelentes OUTDOOR Julho_Agosto 2011 43 Por terra MILENIO TITAN DESERT da camisola de líder, aplausos para os vencedo- moço, recolha dos 3 litros de água para atestar Camel Back e bidons, verificar se temos tudo em res da etapa e briefing para o dia seguinte. Depois recolhemos as tendas, ainda não vamos condições e esperar pela partida… dormir pois temos de preparar todo o material para Depois de terminada a etapa a rotina será sema etapa seguinte, sais, barritas, gel, Camel Back, pre a mesma… material suplente, verificar se todo o material se E pronto é assim a Titan Desert no que concerne encontra no Camel Back e na bolsa da bicicleta, a rotina. finalmente lavar os dentes (sempre com água en- As etapas, essas sim são uma aventura, 100 kms garrafada) colocar o essencial Halibut e então sim por dia, Montanhas, Dunas, areia, calor intenso, podemos fechar os olhos e descansar até às 5h da apenas abastecimentos líquidos, etapas com cerca manhã do dia seguinte. Se durante a noite tiverem de 1400 mts de altimetria cada, paisagens fantásticas e únicas, a Titan Desert é de facto uma vontade de ir ao WC, sugiro vivamente prova única que vale a pena fazer nem que o façam, se não tiverem vontade que seja uma vez na vida, mas uma levantem-se pelo menos num dos (...) foi o reviver coisa vos garanto o deserto é de dias e apreciem durante 5 minutal forma viciante que quando tos o silêncio e a beleza do céu de varias emoções e lá vamos uma vez, a vontade no deserto serão 5 minutos sensações, desta vez num de voltar é de tal forma intensa sem dúvida fenomenais! grupo diferente e com obque nos obriga a repetir uma, No dia seguinte acordar, leduas, três… quem sabe o que vantar, WC (o melhor é mesjectivos distintos, mas com irá suceder em 2012… mo ao ar livre), pequeno-alum espírito de coesão e Por terra Nelson Rosado ( Anjos ) Confesso que há um ano atrás se me tivessem dito que iria fazer a TitanDesert, não acreditava! E não acreditaria simplesmente porque apesar de gostar de andar de bicicleta, participar numa prova deste tipo significaria um comprometimento absoluto com a modalidade, enfim eis que depois de me terem convencido a ir, estou hoje a dizer em alto e bom som “Sou um Titan”, consegui :). Foi interessante sentir a adrenalina de cada dia, todos eles diferentes, em que o que mais desejava era terminar a etapa o mais rápido possível para que pudesse descansar e estar apto para a etapa do dia seguinte. Não foi nada fácil, o cansaço acumulado das várias etapas, as condições do terreno (areia, pedra, etc..), as condições que encontrámos por parte da organização da prova, que ficaram muito aquém da expectativa, enfim, tudo isto, tenho a confessar, torna a conquista da prova como ainda mais “saborosa”. Vi paisagens deslumbrantes, conheci algumas pessoas fantásticas e acima de tudo deu para, em determinadas partes da prova, meditar e reflectir sobre uma série de questões pessoais importantes no meu crescimento enquanto ser humano. 44 Junho_Julho 2011 OUTDOOR nos acompanharam descobri o que significa espírito Titânico, porque não são só os 600 km em 6 dias, era toda uma “envolvente” de obstáculos, o clima, alimentação com pouca variedade, wc’s com muito pouca higiene, tendas berberes com um perfume característico, etc . Logo na 1ª etapa que percebi que força mental, a camaradagem e a entreajuda seria a chave para o sucesso, e assim foi limitei-me a pensar um dia de cada vez, deparei-me com uma pobreza extrema, muitas crianças na rua felizes naquela que era uma realidade muito diferente da nossa, pediam alguma coisa para comer e até beber... E ainda dizemos que temos problemas? Esta experiência tornou-me uma pessoa melhor, não só pelo facto de ter ajudado as crianças da associação acreditar, mas porque agora dou atenção a todos aqueles pormenores que normalmente nos passam ao lado e que fazem toda a diferença. É extraordinário como o ser humano se consegue adaptar a todas estas adversidades, e para alcançarmos um objectivo na vida existem algumas palavras que têm que estar presentes, o Querer, Acreditar estiverem sempre presentes comigo num Deserto de emoções. OUTDOOR Junho_Julho 2011 45 Por terra MILENIO TITAN DESERT Sérgio Rosado ( Anjos ) Tudo começou num jantar de amigos, onde surgiu um convite inesperado do meu amigo Paulo Quintans ( 1º português a participar no Titan Desert ) a perguntar quem queria participar na prova de 2011, eu como sou uma pessoa que aceito facilmente desafios fui o primeiro a confirmar a presença e só depois quando cheguei a casa é que fui ver na net o que me esperava. Sabia que através o meu entusiasmo iria alastrar pelo resto dos meus companheiros e rapidamente conseguiu-se reunir um fantástico grupo titânico de 8 amigos com destino a uma aventura inesquecível. Foi fantástico poder partilhar o deserto com 2 nomes de referência do ciclismo nacional, nunca pensei estar numa competição lado a lado com o Marco Chagas e Vitor Gamito, pelo menos na partida. O nosso palco habitual não é este, gostamos imenso de desporto e para mim foi um desafio pessoal, meses de intensos treinos de preparação e suplementação com responsabilidade a cargo do nosso mister Vitor Gamito, com algumas lesões pelo caminho, mas o querer e determinação fizeram com que fosse possível estar pronto para a aventura. Juntamente com todos os portugueses inscritos que Por terra Marco Chagas Quando durante o passado ano de 2010, o meu amigo Paulo Quintans me desafiou a estar presente na edição deste ano do Titan Desert, a minha resposta pronta foi sim, se bem que na altura eu tenha achado que tal não viria a acontecer, sobretudo pela dificuldade em conseguir apoios para o nosso grupo. Afinal, não só se concretizou como foi um dos grandes desafios da minha vida. A dureza foi a esperada, as condições encontradas nos acampamentos muito abaixo do mínimo exigido e bem aquém dos anos anteriores (palavras dos repetentes). Ajudaram-nos os Etapa Maratona, 2 dias, 240 kms, sem mecânicos, sem fisioterapeutas,os atletas transportam todo o material necessário para os dois dias, não têm banhos e dormem todos numa tenda que apenas é coberta no tecto e lateral... bons suplementos GoldNutricion para a recuperação. Valeu a camaradagem entre todos os tugas, o bom ambiente na Meo Team e os momentos inesquecíveis que juntos passámos. Para mim que partilhei a «suite» presidencial com o Vitor e a Celina em cada final de etapa, foi a confirmação do quanto se trata de gente boa, qualquer deles! A ajudar na retaguarda, destaque para a equipa Fisiotorres, já tenho saudades das mãos do Ricardo e do miminho da Ana, o apoio do Tiago e, claro, o nosso Mestre Hilário, apesar de “tocado” desde o segundo dia conseguiu cuidar das nossas “javas” e recuperá-las para a etapa seguinte. Objectivo alcançado? Penso que sim, se bem que o balanço final conjunto ainda esteja por fazer. Novos desafios? Direi presente desde que com este grupo e noutras paragens. ø APP IPHONE Entra no mundo Orbea com o app Orbea Backstage iPhone Acede às notícias mais relevantes sobre a marca, informação sobre produtos e sobre os atletas. Para fazer o download gratuito da aplicação basta aceder a http://itunes.apple.com/ pt/app/orbea-backstage/ id357533400?mt=8 46 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Por terra A minha aventura…por Ricardo Mendes “GR14_Rota do Rio Douro” Da nascente à foz… ao sabor da corrente A “Rota dos Vinhos da Europa” ou GR-14 é um percurso transeuropeu que liga Vila Nova de Gaia, em Portugal, a Estrasburgo na Alsácia (região de vinhos de excelência) e segue o curso do rio ao longo das suas margens ligando a região demarcada mais antiga do Mundo e outras regiões vitivinícolas da Europa que também são berço de vinhos famosos. 48 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR A Por terra “GR14_Rota do Rio Douro” té 2002, esta Grande Rota Pedestre internacional chamava-se “Rota do Rio Douro” porque se iniciava na nascente do rio Douro e acompanhava-o até à foz. Apesar de manter a designação de GR-14, o inicio do percurso passou a iniciar-se em Gaia. Visão e Conceito O Alto Douro Vinhateiro é o coração da mais antiga região demarcada do Mundo. Percorrer um património talhado pela Natureza, trabalhado pelas mãos do Homem e reconhecido pela Unesco é ir ao encontro do que em duas rodas se consegue alcançar; é reunir tradições culturais, formas de vida ancestrais, valores patrimoniais históricos, paisagens únicas. Em bicicleta e em auto-suficiência durante a totalidade das etapas - ao cruzarmos diversas áreas protegidas e Aldeias históricas de ambos os países - respeitaremos a nossa consciência e responsabilidade ambiental… Primeiro queremos seguir do Douro para Vila Nova de Gaia e só depois do Douro para a Europa. Em Agosto partiremos para a primeira parte desta aventura... ø Ricardo Mendes OUTDOOR OUTDOOR Julho_Agosto Junho_Julho 2011 49 Por terra Quem é o Ricardo Mendes? Descobriu o gosto pela aventura desde que ingressou na carreira militar há 18 anos atrás no Corpo de Tropas Pára-Quedistas. Aqui aprendeu e desenvolveu competências que lhe são muito úteis para enfrentar longos períodos em autonomia. Amante de todas as modalidades que libertam adrenalina, decidiu concluir uma licenciatura em Desporto para melhor as conhecer e enfrentar. Como atleta corre maratonas e pertence a uma equipa de corridas de aventura; na área do ciclismo, é treinador federado de equipas de BTT. Colabora com uma empresa de animação turística e como guia ou em autonomia já percorreu praticamente todos os Caminhos que levam a Santiago. Por Marrocos, Picos de Europa, Pirenéus ou Jordânia, as viagens em bicicleta são a sua paixão e consomem-lhe todo o tempo disponível. Para o Ricardo, qualquer viagem de sonho está apenas a duas rodas de distância. Ele continua a pedalar porque desta forma chega sempre aonde quer ir. Locais a visitar: Em Espanha: Burgos, Duruelo de la Sierra (nascente Douro), Soria, Tordesilhas, Zamora Em Portugal: Barca de Alva, V.N Foz Côa, Miradouro S.Salvador do Mundo, S. João Pesqueira, Peso da Régua, Resende, Cinfães, Castelo Paiva, V.Nova de Gaia APP IPHONE Garmin Tracker É um programa que ao ser utilizado em conjunto com o GPS permite criar um histórico de geo-referências e gravar os locais por onde passamos. http://itunes. apple.com/pt/app/garmin-tracker/ id416616873?mt=8# 50 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Por terra Treino Indoor por Cláudio Silva 1 Flexão da coxa em máquina. Ajuda no movimento da caminhada quando puxamos os calcanhares para cima. Recomendações 3 séries Preparação para uma caminhada no ginásio APP IPHONE Lose It! Não tem a certeza de quantas calorias ingeriu na última refeição? Com Lose It!, pode acompanhar as calorias que consome, assim como as que queima. http://itunes.apple.com/us/app/ lose-it/id297368629?mt=8 52 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR A s caminhadas são um excelente exercício para quem quer manter um corpo saudável, um nível baixo de risco de lesões e um contacto mais próximo com o meio ambiente. Durante as caminhadas praticamente todos os músculos são trabalhados. Mas, como em todos os desportos, é necessário ter em consideração que a preparação física é fundamental, para que esta modalidade seja praticada com a máxima segurança e sejam atingidos elevados níveis de desempenho. A não esquecer: Um bom par de ténis, a hidratação (antes e depois) e o acompanhamento do seu treino no ginásio por parte dos profissionais da saúde. Estes, por sua vez permitirão que fique muito bem preparado(a) para realizar caminhadas de curta, média e longa duração. Prepare-se para uma grande aventura no ginásio, com as nossas recomendações. ø Professor Cláudio Silva Coordenador do treino personalizado - Aquafitness Clube Tejo Por terra Treino Indoor 2 Trabalho de extensão da coxa. Absorve o impacto ao contrair-se. Recomendações 3 séries de 20 repetições 3 vezes por semana. 5 Trabalho em elíptica. Melhora a resistência cardiovascular em conjunto com o trabalho dos braços. Recomendações 10 a 15 minutos 2 a 3 x por semana. 8 Treino dos membros inferiores. Trabalho de lunges no step. Melhora a performance durante a caminhada. Recomendações 3 séries de 15 repetições com cada perna 3 vezes por semana. 3 Trabalho dos Biceps com haltere. Ajuda no movimento dos braços durante a caminhada. Recomendações três séries de 15 repetições, 3 vezes por semana. 4 Trabalho dos gémeos no step. Recomendações 3 séries de 25 repetições 4 vezes por semana. 6 Trabalho de marcha em passadeira. Melhora a performance cardiovascular e prepara toda a musculatura do corpo para a caminhada. Recomendações entre 20 minutos a 45 minutos. 2 a 3x por semana. 7 Trabalho abdominal em máquina. Ajuda a manter o equilíbrio durante a caminhada. Recomendações entre 3 a 4 séries de 25 repetições. Mínimo 3 x por semana 9 Extensão da coluna em máquina. Ajuda a manter o equilíbrio do corpo dando mais sustentação. Recomendações 2 a 3 séries de 15 repetições entre 2 3 vezes por semana. 10 Trabalho dos ombros (Deltóides) no puxador. Auxilia os braços ao caminhar funcionando como um pêndulo. Recomendações 3 séries de 15 repetições 2 x semana. OUTDOOR Julho_Agosto 2011 53 Entrevista Elisabete Jacinto 54 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Entrevista Elisabete Jacinto A mais radical das aventureiras portuguesas, Elisabete Jacinto, amante de Todo-o-Terreno, revela-nos mais uma das suas paixões, o Mergulho! Depois da brilhante vitória no Rally da Tunísia, a equipa da Revista Outdoor esteve com a Elisabete e numa conversa informal de partilha de experiências, descobrimos alguns segredos desconhecidos do grande público…desde o início da aventura no mundo do TT ao seu fascínio pelo fundo dos oceanos, uma entrevista na primeira pessoa que nos faz despertar a vontade de partir à Aventura! por Sofia Carvalho OUTDOOR Julho_Agosto 2011 55 Entrevista Outdoor: Conta-nos como começou essa paixão pelo todo-o-terreno? Elisabete Jacinto: Começou por acaso e por ser apenas um hobby. Um dia, enquanto folheávamos uma revista de motos num quiosque da cidade de Lisboa, o Jorge comentou: “Isto das motos é giro, não é? Porque não tiramos a carta?” E foi assim que tudo começou. Tirámos a carta, comprámos uma mota para os dois que eu utilizava como meio de transporte na cidade. Um dia, depois de termos comprado uma segunda moto, para ficar uma para cada um, decidimos fazer um passeio de todo-o-terreno. O passeio tinha cerca de duzentos quilómetros mas só fiz oitenta porque cai e abriu-se o radiador. O Jorge acabou por fazer todo o passeio sozinho mas com dificul56 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR dade. Decidimos por isso, comprar duas motos próprias para o todo-o-terreno e foi assim que o TT passou a ser uma coisa séria na nossa vida. Como correu o rally da Tunísia? Correu bastante bem. Não houve problemas significativos. A única contrariedade residiu no facto de ter batido num tufo de erva (que, no meio das dunas, são completamente compactos e duros pois estão cheios de areia) e ter partido o lado direito do camião. Refiro-me ao pára-choques, guarda-lamas … mas, não foi nada que me impedisse de continuar. Tivemos também um outro dia muito aborrecido pois houve tempestade de areia e anularam a etapa. Tivemos de estar todo o dia a apanhar vento e areia no meio do acampa- Qual é a situação mais complicada numa prova de todo-o-terreno? Para mim a condução nas dunas continua a ser o mais difícil de tudo. Apesar de toda a experiência que fui adquirindo ainda é o que mais stress me causa. Temos de ser perfeitos na condução pois na areia o camião pode virar com muita facilidade. Contudo, o horizonte é muito pequeno e temos um espaço de tempo muito curto para observar o terreno à nossa volta e decidir por onde passar. O factor “surpresa” nas dunas, é sempre muito grande o que torna tudo muito difícil. Tendo uma profissão com um cariz desgastante como a tua, tens algum hobby que pratiques como escape à tua rotina? No princípio o todo-o-terreno era um hobby, depois passou a ser actividade a tempo inteiro. Como somos os dois a trabalhar na mesma área vive-se o todo-o-terreno 24 horas por dia e começou a ser pesado. Vivemos muitos momentos de stress. A certa altura sentimos que precisávamos de um escape. O Jorge lembrou-se de aprender a fazer mergulho autónomo recreativo e arrastou-me com ele. Uma nova faceta portanto. Há quanto tempo praticas mergulho? Fizemos a nossa primeira formação em Julho de 2008 na Ilha Terceira, no Açores, na Escola de mergulho Anfíbios. É uma actividade recente. Como nasceu em ti o gosto pelo mergulho? Acho que só nasceu depois de andar lá por baixo… quando comecei a ver os peixes à minha volta. Quer dizer, só comecei a mergulhar porque o Jorge agarrou a ideia e não largou mais. Levou-me com ele mas eu ia muito pouco confiante. A água não era o meu meio e não me sentia muito à vontade. Contudo, achei que era um grande desafio e foi, sem dúvida, mais uma oportunidade para desenvolver a técnica de autocontrolo assim como outras capacidades. Foi assim que encarei o mergulho e hoje devo dizer que me realiza bastante. Enquanto se mergulha não se pensa em mais nada e isso é óptimo. Qual o tipo de mergulho que costumas praticar? Acima de tudo procuramos áreas de mergulho OUTDOOR Julho_Agosto 2011 57 Entrevista Elisabete Jacinto mento o que foi muito desagradável. A etapa de areia foi a mais complicada e a mais lenta. Nesse dia perdi algum tempo pois os pneus da frente saíram várias vezes das jantes. Para além disso foi sempre a andar a fundo. Entrevista numa perspectiva mais naturalista. Gostamos de ver peixes e paisagens subaquáticas bonitas. O Jorge fotografa e eu navego e dou-lhe assistência (invertemos os papeis debaixo de água). O objectivo é sempre fazer boas fotos e ele tem feito progressos. Está a fotografar cada vez melhor. Porque te fascina tanto o contacto com o fundo do mar? O mergulho exige técnica e rigor absoluto. Não se pode facilitar nem cometer erros e isso é um grande desafio para quem tem consciência de não ser perfeito. Dentro de água estamos num mundo diferente, não é o nosso meio. Poder estar ali ao lado dos peixes a observar a vida marinha, nem que seja com uma garrafa de ar às costas, é fantástico. O mundo aquático é fascinante. Eu não imaginava a variedade de cores e padrões que podia encontrar assim como diferentes formas de vida. Foi uma grande surpresa e é um mundo de descoberta. Quais os locais onde costumas mergulhar? Aprendi a mergulhar na Ilha Terceira e continuo a tentar conhecer todas as ilhas dos Açores. É um sítio magnífico para o mergulho. O verão passado estive na Ilha das Flores, este ano vou a Santa Maria. O objectivo é ver se conseguimos ver os Tubarões Baleia e as Mantas que costumam passar naquela zona no fim do Verão. Já mergulhei 58 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR no Mar Vermelho e em Cabo Verde (no Sal e em S. Vicente). A minha última viagem foi ao arquipélago de Malta. Qual o local para mergulho que mais te fascinou? O Mar Vermelho pela quantidade incrível de peixes, de cores, de padrões, de corais… é de perder a respiração. Muito bonito! Costumas mergulhar com frequência? Duas ou três vezes no ano. Quando podemos, tiramos uma semana de férias, fazemos as malas e vamos para algum sítio onde se possa mergulhar todos os dias. Aí fazemos dois ou três mergulhos por dia e aproveito o resto do tempo para ler (que é coisa que normalmente não tenho tempo para fazer) enquanto o Jorge vai trabalhando nas fotos. Acabamos por conhecer sítios diferentes, descansar, esquecer os problemas do dia-a-dia e viver um novo hobby. É assim que passamos actualmente as nossas férias. Nos teus tempos livres costumas colocar o mergulho nas tuas prioridades? Sim, as nossas férias são decididas e projectadas para mergulhar. Durante o resto do tempo não tenho tempo livre pois estou sempre a trabalhar. É fácil conciliar as duas realidades diferentes em que vives? É fácil no sentido de que só se faz férias quando é Entrevista Elisabete Jacinto ção (Curso de Open Water Diver). possível em termos de disponibilidaDentro Era a primeira aula no mar, num de de tempo e dinheiro. O trabalho de água essítio pouco profundo ali à beiestá sempre em primeiro lugar. ra do Hotel Caracol onde se É claro que vou muito menos tamos num mundo situa o centro de Mergulho vezes de férias do que gostaria diferente, não é o nosso Anfíbios. Vestir o equipamas não me importo porque meio. Poder estar ali ao mento foi uma verdadeira gosto muito do que faço. O lado dos peixes a observar todo-o-terreno continua a ser aflição. Só de lastro levava uma paixão e um grande deá cintura dez quilos de peso a vida marinha, nem que safio. (não é uma actividade fácil seja com uma garrafa para quem não tem uma boa de ar às costas, é Conta-nos a tua primeira constituição física). Cheguei experiência no mergulho. junto ao paredão e, cumprinfantástico. A minha primeira experiência de do todos os procedimentos, dei o mergulho inseriu-se na primeira forma“passo de gigante” para cair na água. OUTDOOR Julho_Agosto 2011 59 Entrevista (...) observar toda aquela vida marinha que nunca tinha visto. Sentia-me num mundo verdadeiramente diferente. Depois de já lá estar dentro assustei-me e demorei a acalmar-me. Foi preciso pôr a cabeça debaixo de água e começar a ver os peixes lá por baixo para sentir uma sensação de paz impressionante e aí sim, senti vontade de descer. Foi o que fiz e fiquei lá a observar toda aquela vida marinha que nunca tinha visto. Sentia-me num mundo verdadeiramente diferente. Nunca mais esquecerei os meus primeiros Salmonetes, 60 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Castanhetas e Peixe-porco, muito pequeninos que andavam por ali ignorando completamente a minha presença. Existe outro tipo de actividade que gostas de praticar nos teus tempos livres? Gosto de fotografia mas tenho tudo ainda para aprender. Estou a começar a dar os primeiros passos nesta área. ø Data de nascimento: 8 de Junho 1964 Estado Civil: Casada Naturalidade: Montijo Residência: Lisboa Formação Académica: • Licenciatura em Geografia pela Universidade de Letras de Lisboa em 1987. • Pós graduação em Geografia Via de Ensino. Profissão: • Professora de Geografia (não em exercício). • Piloto de todo-o-terreno. AUTORA DE MANUAIS ESCOLARES: • “Guia de Aprendizagem de Geografia” (Volume I e II) para a disciplina de Ciências Sociais e Formação Cívica do Ensino Nocturno. Elaborado em co-autoria com Eduarda Pina (1995). Publicado pela Plátano Editora. • “Guia de Aprendizagem de Ciências do Ambiente, Unidade 3 – A Terra em Transformação” Ensino Básico Recorrente (1996). Co-autoria com Maria Eduarda Pina. Publicado pela Plátano Editora. • “Guia de Aprendizagem de Ciências do Ambiente, Unidade 6 – A Terra em Movimento” Ensino Básico Recorrente (1996). Co-autoria com Maria Eduarda Pina. Publicado pela Plátano Editora. • “Guia de Aprendizagem de Ciências do Ambiente, Unidade 8 – Elementos Climáticos e Factores que os Condicionam” Ensino Básico Recorrente (1997). Co-autoria com Maria Eduarda Pina. Publicado pela Plátano Editora. • “Guia de Aprendizagem de Ciências do Ambiente, Unidade 9 – O Clima como factor do Ambiente” Ensino Básico Recorrente (1997). Co-autoria com Maria Eduarda Pina. Publicado pela Plátano Editora. • “Ciências Sociais e Formação Cívica – Guia de Aprendizagem” Unidades 5,6,7 e 8. Co-autoria com Margarida Sequeira, Maria Adelaide Soares e Maria Eduarda Pina (1998). Publicado pela Plátano Editora. • “Ciências Sociais e Formação Cívica – Guia de Aprendizagem” Unidades 9,10,11 e 12. Co-autoria com Margarida Sequeira, Maria Adelaide Soares e Maria Eduarda Pina (1998). Publicado pela Plátano Editora. AUTORA DE LIVROS DE AVENTURA • “Os Portugas no Dakar”, Volume 1, co-autoria com Luís Pinto Coelho, publicado pela Plátano Editora, 2003 (Banda Desenhada). • “Os Portugas no Dakar”, Volume 2, co-autoria com Luís Pinto Coelho, publicado pela Plátano Editora, 2007 (Banda Desenhada). • “Irina no Master Rali”, Plátano Editora, 2010 CONGRESSISTA Apresenta temas relacionados com a sua actividade desportiva em escola, universidades e empresas. CONDECORAÇÕES Grau de oficial da Ordem do Mérito (Atribuída por Sua Excia. o Presidente da República) Diploma de Mérito Desportivo (Federação Nacional de Motociclismo) Diploma de Mérito de Barca da Aldegalega (Junta de Freguesia do Montijo) Diploma de reconhecimento por serviços prestados (Região de Turismo da Costa Azul) Prémio “Prestigio” (Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting) Entrevista Elisabete Jacinto Perfil Elisabete Jacinto CURRÍCULO DESPORTIVO MOTO • Piloto de todo-o-terreno em moto desde 1992 e 2002: • Vencedora do Troféu de Senhoras do Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno entre 1993 e 1998 • 1ª Classificada na Taça do Mundo de Todo-o-Terreno em 1999, 2000 e 2001 • 1ª Classificada na Taça de Senhoras do rali Paris Dakar em 2000 • 2ª Classificada na Taça de Senhoras do rali Paris Dakar em 2001 CURRÍCULO DESPORTIVO AUTO Copa Jimny: Primeira equipa feminina em 2001, 2002 Baja Espanha Aragon: 2ª classificada da Taça das Senhoras (Toyota Land Cruiser/T2) em 2002 Master Rali: 1ª classificada da Taça das Senhoras no (Toyota Land Cruiser/T2) em 2002 Rali Aïcha des Gazeles: Vencedora da Categoria SUV (Renault Kangoo) em 2003 Rali Aicha dês Gazeles: 2º lugar da Categoria SUV (Renault Kangoo) em 2004 CURRÍCULO DESPORTIVO CAMIÃO Piloto de todo-o-terreno em camião desde 2003 Destaque para: Segundo lugar na classificação geral no rali Aicha des Gazelles em 2008 Primeiro lugar na categoria Camião no rali da Tunísia em 2008, 2010 e 2011 Primeiro lugar na categoria Camião no rali de Marrocos em 2008, 2010 e 2011 Segundo lugar na categoria Camião no rali Africa Eco Race em 2011 Vencedora da categoria Camião do troféu NPO em 2010 PASSATEMPOS: Mergulho Recreativo: Master Scuba Diver, PADI, 2009 Divemaster, PADI, 2010 Fotografia EXPERIÊNCIAS: Curso de Pára-quedismo Escola de Pára-quedismo Blue Emotion, 2007 Alpinismo Escalada com sucesso ao Monte Branco integrada numa acção promovida pelo governo Francês quando da sua tomada de posse no Governo da União Europeia. 2008. Saiba mais sobre a Elisabete Jacinto em: www.elisabetejacinto.com OUTDOOR Julho_Agosto 2011 61 Por água Evento Audi MedCup 2011 A Audi MedCup tem vindo a construir uma competiçao de renome, em seis anos de história. Este ano os Series 40 juntam-se aos Series 52 para continuar a evolução de uma das melhores regatas do mundo. TP52 Day 5 - Quantum Racing Cascais Trophy, 22 05 2011 Stefano Gattini_STudio Borlenghi/Audi MedCup 62 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Por água Audi MedCup 2011 3TP52 Day 5 - QuanTum Racing Cascais Trophy, 22 05 2011 Stefano Gattini_STudio Borlenghi/Audi MedCup O Circuito Audi MedCup tem conhecido um crescimento sólido e gradual ao longo dos seus seis anos de história. Há dois anos, os GP42 Series juntaram-se aos TP52 Series num claro sinal de evolução deste circuito de regatas líder mundial. Esta época, são mais duas, as equipas da America’s Cup que se juntam à acção, e há muitas novidades que asseguram a qualidade das regatas, a atmosfera única e uma informação acessível a nível planetário. Originalmente, em 2004, os TP52 e, posteriormente, os GP42, cresceram devido à insatisfação que prevalecia no complexo sistema de ratings do Mediterrâneo. A implementação de um simples conjunto de regras, “cortou” essas complexidades e produziu, imediatamente, uma animada e desafiante competição, que agradou a armadores, tripulações, organizadores e patrocinadores. As classes e os circuitos cresceram, ano após ano, e desde 2005 reúnem os melhores velejadores do mundo numa competição emocionante. As Equipas: 40 Series, 52 Series Com 52 pés de comprimento (15.85 metros), o TP52 é um barco de competição, significativamente, mais rápido que muitos outros de maior dimensão. Isto deve-se a vários factores: a alta estabilidade, o leve peso do casco, a quilha profunda com um bolbo largo, à potência da vela grande e à forma hidrodinâmica do casco. Esta classe, inicialmente desenvolvida nos Estados Unidos, foi pensada para ser rápida durante as popas, nas Regatas Transpac, disputadas entre a Califórnia e o Havai. Desde então foi adoptada na Europa e desenvolvida para ter elevadas performances nas regatas costeiras. Este ano os Séries 52 sofreram algumas modificações, como redução da equipa e um bolbo mais pesado. OUTDOOR Julho_Agosto 2011 63 Por água Circuito Audi MedCup 2011 Veleiros portugueses no pódio Após o último dia de regatas os dois veleiros portugueses confirmaram a presença no pódio da Audi MedCup na classe Soto 40. O Bigamist de Afonso Domingos, no último dia de competição, entrou empatado com o XII Portuguese Sailing Team de Francisco Lobato com 16 pontos. O Bigamist ao concluir a primeira regata do dia na terceira posição, uma à frente do veleiro compatriota, isolou-se na segunda posição com 19 pontos, contra os 20 do veleiro comandado por Francisco Lobato. No entanto na última regata da etapa, o skipper Afonso Domingos foi obrigado a desistir por avaria, enquanto que o XII Portuguese Sailing Team conquistou o terceiro lugar, o suficiente para consolidar a segunda posição da geral. S40 Day 3 - XXII PorTuguese Sailing Team Nico Martinez/Audi MedCup S40 Day 1 - Fleet Cascais Trophy, 19 05 2011 Nico Martinez / Audi MedCup 64 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Tp52 Day 1 - Ran Cascais Trophy, 18 05 2011 Stefano Gattini_STudio Borlenghi/Audi MedCup Testemunho: Francisco Lobato, explica: “O último dia de competição foi muito difícil. As condições foram muito duras, tivemos vários problemas durante a competição. Estava muito vento, tivemos dificuldades à popa e alguma dificuldade em controlar o barco. De um modo geral, a equipa esteve toda muito bem. Na regata anterior tinha sido um dia muito importante para nós porque pudemos assegurar o nosso lugar no pódio. É óptimo conseguirmos o segundo lugar como uma equipa nova, numa prova como a Audi MedCup. Tivemos apenas dois dias de treino como equipa no barco que era novo para todos nós, por isso ficar ao nível do Iberdrola é óptimo. Se pudéssemos voltar a competir, voltávamos. Foi um prazer enorme para toda a tripulação. Foi uma aposta nossa e seria uma óptima recompensa voltar a participar” Testemunho: Afonso Domingos ao leme do Bigamist ocupou a terceira posição “Na primeira regata tivemos um problema na primeira bolina e fomos penalizados, tivemos que fazer uma penalização de 360º. Na última popa, conseguimos ultrapassar alguns adversários e alcançámos o terceiro lugar. Na segunda regata, que ainda estava a correr melhor do que a primeira, fomos sempre em primeiro, na liderança. Depois tivemos um grande azar e ficámos sem a vela de proa, o que nos prejudicou muito e não nos deixou acabar a prova. Nós somos muito bons nestas condições, mas é algo que acontece. A equipa fez um bom trabalho.” O Patagonia acabou rapidamente com as poucas esperanças que ainda tinha num lugar entre o top3 com o quinto lugar na primeira regata do dia. Mesmo o segundo lugar conquistado no fecho na etapa não teve qualquer influência na classificação final, mantendo o quarto lugar. Uma das grandes surpresas foi o veleiro britânico Ngoni com a vitória na primeira regata do último dia de competição, já que desde o início o melhor que tinha conseguido foi o quarto e um terceiro lugar. Antes disso quedou-se sempre pela quinta posição não chegando a concluir a quarta etapa. No entanto os festejos não duraram muito com a outra desistência na regata final. Na classe TP52, o veleiro Quantum Racing, depois do terceiro lugar na regata costeira de sábado, dia 21 de Maio , voltou a não dar hipóteses aos seus adversários com mais dois primeiros lugares nas duas últimas regatas da etapa. Com o primeiro Testemunho: O skipper do veleiro espanhol José Maria Torcida mostrou a sua satisfação pela participação e vitória nesta etapa: “Tivemos uma boa saída na primeira regata, mas fomos perdendo a liderança ao longo da prova, ainda ultrapassámos o Bigamist, acabando em segundo lugar. Na segunda regata estivemos sempre muito bem, conseguimos atingir uma distância muito confortável dos nossos adversários e alcançámos o tão esperado primeiro lugar. As condições em Cascais são geniais, foi óptimo para nós. Ganhar esta etapa é uma satisfação tremenda, tivemos em competição com barcos portugueses, que conheciam estas águas, e com o Patagonia que é uma equipa muito experiente. Aprendemos muito aqui, Cascais tem condições muito boas e cada dia foi mais um avanço.” TP52 Day 4 Coastal Race - Ran Nico Martinez/Audi MedCup OUTDOOR Julho_Agosto 2011 65 Por água Audi MedCup 2011 O Iberdrola foi o grande vencedor entre os Soto 40, confirmando a liderança com um segundo lugar na primeira regata e a vitória na derradeira etapa. Por água Luis Figo na Audi MedCup em Cascais Luis Figo foi o convidado do veleiro português XXII Portuguese Sailing Team, na sexta-feira, 20 de Maio. O conhecido ex-jogador luso esteve na Marina de Cascais, na Village Audi MedCup com a tripulação de Francisco Lobato e David Aleixo para visitar o espaço da competição e conhecer a embarcação Soto 40 lusa. Uma visita que teve como objectivo conhecer a embarcação e desejar os melhores resultados à tripulação português: “É uma experiência sempre boa: apoiar esta equipa portuguesa que tem excelentes navegadores e desfrutar de uma viagem no barco em que eles estão a competir. O importante é dar uma força à equipa. Para mim foi uma experiência nova neste tipo de barco apesar de ter sido pouco tempo. Já tinha navegado com o Francisco [Lobato] no barco dele, mas neste tipo de barco é a primeira vez”, afirmou o ex-internacional português. Figo ressalva também a importância desta etapa da Audi MedCup ser em solo lusitano: “São com estes eventos que Portugal ganha dimensão a nível de organização.” Sobre a possibilidade de voltar a repetir a experiência, o ex-bola de ouro deixa a porta aberta: “Se for novamente convidado, porque não repetir?” lugar praticamente garantido por parte dos norte-americanos, uma das grandes curiosidades estava na luta pelo segundo lugar entre o Audi Azurra Sailing Team e o Container, separados apenas por dois pontos. O veleiro alemão acabou por levar a melhor com um segundo e um quinto lugar, contra um sexto e um quarto lugar dos italianos, nas duas regatas finais. ø Ana Lima 66 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Former Footballer Luis Figo onboard the XXII Portuguese Sailing Team Cascais Trophy, 20 05 2011 Guido Trombetta_STudio Borlenghi/Audi MedCup Calendário Audi Medcup 2011: 20H30 - Encontro Cascais - 16 a 22 de Maio Marselha - 14 a19 Junho Cagliari - 19 a 24 Julho Cartagena - 24 a 29 Agosto Barcelona - 12 a 17 Setembro TP52 Day 2 - Fleet Cascais Trophy, 19 05 2011 Guido Trombetta_STudio Borlenghi/Audi MedCup Por água Pelo Minho em kayak O kayak é o melhor modo de conhecer os rios do Alto Minho. O facto de ser uma modalidade fácil de aprender, permite concentrar toda a atenção na diversão. Onde Ficar? Pousada de Juventude, V.N. de Cerveira Aldeamento Turístico do Camarido, Caminha Orbitur - Parque de Campismo, Caminha Hotel Portas do Sol, Caminha 68 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Por água Pelo Minho em Kayak Contactos Apartado 100 4910-909 Caminha Portugal Telf.: +351 96 20 23 674/675 Email: [email protected] www.minhaventura.com C ontemplar as magnificas fortalezas erguidas nas margens do rio Minho, parar em pequenas ilhas para observar aves ou ultrapassar obstáculos no rio Coura, são algumas das experiências que esperam por si. O Alto Minho, acolhedor e belo, é um destino de eleição para os amantes da natureza. De culturas enraizadas destaca-se uma gastronomia de sabores genuínos, o Alvarinho e o património construído. serviços é a MinhAventura. A operar desde 2004, esta empresa detém uma larga experiência que permite desenvolver com qualidade e segurança desde pequenos percursos com grupos de amigos ou famílias, até grandes descidas de empresa. Um factor de diferenciação é a sua capacidade logística, dispondo de equipamento para realizar passeios com 200 pessoas em simultâneo. ø Os rios, como meios de comunicação, foram os precursores de populações que durante séculos trabalharam e cuidaram das suas margens. Hoje, navegar no seu leito, é sentir o peso desta história e compreender a importância que estes tiveram e têm no desenvolvimento da região. Para aqueles que desejarem conhecer, existem percursos organizados que possibilitam de forma fácil e segura desfrutar destas magníficas paisagens. Uma das empresas que oferece estes APP IPHONE Tempo Free A aplicação que fornece as condições climáticas actuais e uma previsão de 5 dias de todas as estações meteorológicas em todo o mundo. http://itunes.apple.com/pt/app/ tempo-free/id404516121?mt=8# O que visitar Serra d’Arga Praia de Moledo Aquamuseu Forte da Ínsua Outras actividades ■■ ■■ ■■ ■■ challenger aventura passeios em bicicleta trilhos pedestres passeios em kayak OUTDOOR Julho_Agosto 2011 69 Por água Treino Indoor por Cláudio Silva A procura de Actividades Outdoor por parte das pessoas que se querem manter em forma, tem sofrido um aumento significativo e o Kayak no Verão é já uma actividade de eleição. Sabe como te deves preparar no ginásio para entrar na actividade em Segurança! Preparação para uma aventura em Kayak no ginásio E mbora o Kayak possa ser praticado durante todo o ano, há fases em que os praticantes ficam impossibilitados de treinar, quer pelas condições climatéricas, quer por outros factores. Por este motivo, o ginásio pode ser um grande aliado na preparação física dos praticantes de Kayak, podendo proporcionar aos praticantes um método de treino diferenciado durante todo o ano. Como todos os exercícios realizados na água, o Kayak é óptimo para quem necessita de fazer actividades de baixo impacto para as articulações, pois os exercícios feitos na água oferecem um maior controlo e estabilidade de movimentos (dependendo sempre das manobras efectuadas). 70 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Além disso, como a densidade da água é maior do que a do ar, a intensidade do exercício também aumenta logo, ajuda no emagrecimento e fortalecimento dos membros superiores. Simples e divertido é uma óptima modalidade para quem quer queimar calorias, melhorar a resistência cardiovascular e muscular, podendo ser praticada em rio, mar e até mesmo em piscina! O treino de Kayak permite a redução de gordura corporal, mais força abdominal, mais tonificação nos membros superiores como os bíceps, tríceps, deltóides, e dorsais para além de trabalhar um pouco os membros inferiores, pois estes actuam como estabilizadores dos movimentos durante a remada. ø Professor Cláudio Silva Coordenador do treino personalizado - Aquafitness Clube Tejo Braços: ■■ Executa o movimento de tracção ante lateral para trás e Tronco: ■■ As remadas são executadas com a elaboração dos para baixo. Durante a fase de arranque ocorre a flexão do cotovelo (músculos bíceps), e do punho (músculos flexores superficiais e profundo dos dedos, flexores ulnar e radial do carpo). ■■ Faz o trabalho de extensão progressiva na propulsão e são solicitados os músculos do tríceps, e durante a elevação do braço são solicitados os deltóides. músculos responsáveis pelas musculaturas do tronco com o movimento de rotação. A estabilização do tronco requer a solicitação dos músculos extensores do dorso e dos músculos da parede abdominal. Membros inferiores: ■■ Estes membros são muito menos solicitados, mas não Movimento de rotação do tronco: ■■ É a combinação de acções cujas fibras musculares se são menos importantes que os restantes músculos envolvidos uma vez que desempenha a importante função de fixar o canoísta durante a posição sentada devido ao auxílio dos flexores da coxa. dispõem paralelamente como se fosse uma espécie de “parafuso muscular” girando o tronco de um lado para o outro. ■■ Os principais músculos envolvidos são os oblíquos externos e internos, peitoral maior, músculo serrátil, esternocleidomastóideo, transversos, trapézio, rombóides e dorsais. Lembra-te que todas as actividades físicas devem ser acompanhadas por especialistas, quer seja médico ou treinador. E por se tratar de um desporto náutico, todas as regras de segurança são essenciais. Bons treinos! OUTDOOR Julho_Agosto 2011 71 Por água Treino Indoor Importância dos músculos durante o movimento de remada: Por água A minha Aventura… por Rui Calado Rio Sabor em autonomia Nos passados dias 25 a 30 de Abril um grupo de 3 experientes canoístas desceram grande parte do curso do Rio Sabor em autonomia completa. D e Gimonde, Bragança, até à foz no Douro foram cerca de 100km em diferentes tipos de planos de água, dos mais tranquilos a gargantas profundas com rápidos. Usando equipamento adequado para canoagem de águas bravas, equipamento de orientação, alimentação e material para pernoitar, a equipa demorou 5 dias para completar a descida. Durante a aventura foram feitos todos os esforços para não deixarem marcas da sua passagem, usando para isso espaço reservado para recolha de todo o lixo e detergentes biodegradáveis. 72 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR OUTDOOR Julho_Agosto 2011 73 Por água Rio Sabor em autonomia Por água DIA 1 Acabámos por inciar a descida do rio sabor em Gimonde e não em França como tínhamos previsto, pois o caudal estava demasiado baixo para as nossas barcaças pesadas... DIA 2 Acordar cedo com o sol, arrumar o acampamento e voltar a fazer o puzzle de meter tudo dentro dos kayaks apertados. Siga para baixo que ainda falta muito Sabor... No primeiro dia avançámos bem apesar de começarmos à 1 da tarde, cerca de 25 km. O percurso ia quase sempre tendo alguma corrente, na maioria das vezes rápidos de Cl II, com margens verdes forradas de árvores de muitas espécias diferentes... um caso cada vez mais raro em Portugal... Está calor e a água bem fria na cara ajuda a acordar. Fazemos novamente pequenos rápidos que deixam tempo para admirar a beleza das margens e do vale. Algumas passagens são feitas pelo meio da vegetação, quase cegas e pelo caminho que nos parece ter os troncos menos grossos :-) No rio avistámos lontras, cágados, e muita passarada. Alternando temos outra vez as encostas que se tornam mais verticais sobre o rio, com mais pedra e menos verde, soltando blocos no leito e fazendo passagens um pouco mais exigentes, algumas já de Classe IV. Por mais de uma vez as coisas ficam tão estreitas e caóticas que nos obrigam a sair para reconhecer e algumas vezes portear... o tipo de pedra algo macia e a sobreposição de blocos fazem muitos sifões e tornam bastante perigosas algumas passagens, mesmo com relativa pouca água. Por vezes o rio estreitava ainda mais e fazia pequenas gargantas verticais com pequenos ressaltos e bloqueios de pedras que nos animavam um pouco a descida ou obrigavam a fazer portagens dos kayaks com mais de 40kg... A sensação que se tem é a de estar verdadeiramente isolados, mas um caminho ou uma ponte de vez em quando lembravam que por trás das encostas com 300m havia aldeias e alguma civilização. Pelas 7 da tarde optámos por acampar numa praia de areia e relva. Fogueira e um belo jantar de massa desidratada :-) 74 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Já a meio da tarde uma garganta mais extensa está completamente bloqueada por enormes blocos, obriga-nos a alguma engenharia com cordas e tirolesas para içar os kayaks pela encosta acima para os voltar a baixar uns 100m mais a jusante já depois Só para esta portagem foi mais de uma hora e muito esforço. Logo a seguir haveria outra, um pouco de navegação e mais uma garganta sifonada... Dia duro este segundo... mas logo em seguida o vale abre e deixa-nos acampar na margem esquerda num belo “ervado”. Mais um acampamento aquecido a lenha da região e por uns tintos do vale do rio Dão e retemperado por um arroz de cogumelos e chouriças caseiras do vale do rio Paivô. Um belo intercâmbio entre rios... SABOR DIA 3 Ontem tínhamos percorrido pouca distância pois as sucessivas gargantas, reconhecimentos e portagens tinham consumido o seu tempo. Uns 12 ou 13 Km apenas. Olhando para as cartas militares pensávamos estar numa zona onde já tinham terminado as gargantas mais estreitas e verticais e portanto o andamento seria maior. Mas haveríamos de chegar à conclusão de que estávamos errados... Uma vez mais, há que levantar o belo acampamento com vista para as gargantas dos trabalhos forçados do dia anterior. Pelas 7 da tarde optámos por acampar numa praia de areia e relva. Fogueira e um belo jantar de massa desidratada :-) Para começar o dia um rápido cego no meio de árvores... centro ou direita, optamos pela direita que nos parece mais limpo e adivinha-se o fim da corrente lá ao fundo... ou talvez não... Vamos deslizando pela corrente acompanhados pelo som variado dos pássaros nas muitas árvores das margens e pelo “ploc” dos cágados a saltarem para dentro de água num intervalo forçado do seu banho de sol matinal. Rápidos fáceis, uma ponte antiga, mais umas curtas gargantas... uma águia que paira lá em cima, um Bufo Real que se espanta e atravessa o rio a voar. Não nos cansamos de apreciar a variedade de vegetação e de tons de verde que nos emolduram. Ao início da tarde encontramos um caminho e um homem - uma das primeiras pessoas que vimos desde o início. Ficamos a saber que ainda estamos distantes da foz do Rio Maçãs, o objectivo do dia e que adiante ainda nos espera mais uma garganta que “tem umas pedras enormes a tapar o rio”... (onde é que já vimos isto) e que há uns tempos tinham passado 2 ou 3 canoístas para baixo e tiveram de voltar para cima a pé e deixaram os kayaks e tal e tal... Obrigado e descemos um pouco para uma paragem para uma espécie de almoço já com a tal garganta à vista. Realmente estava bloqueada com algumas enormes pedras e obrigou a uma nova portagem, OUTDOOR Julho_Agosto 2011 75 Por água Rio Sabor em autonomia dos obstáculos intransponíveis. Por água um passeio no campo comparado com as que tínhamos feito no dia anterior... Mais um pouco de navegação em rápidos relativamente fáceis neste vale encaixado e verde. Mais uns blocos e troncos a bloquar o rio. Levamos os kayaks pela água e por cima das pedras com uma “trela” a partir da margem para não lhes voltar a sentir o peso, uma técnica que já tínhamos usado noutras ocasiões sempre que haviam sifões e a portagem não nos obrigava a afastar muito do rio. A garganta começa a abrir e as margens a ficar novamente verdes. Um par de km em rápidos e acelerações mais abaixo chegamos finalmente à confluência com o Rio Maçãs. Com este novo Sabor, começam a surgir algumas ondas e rolos, o rio torna-se muito mais largo, o dobro talvez. Agora num vale completamente aberto e cheio de luz, remamos alegremente a furar os rolos, a apreciar a sempre presente beleza das margens. Optamos por parar relativamente cedo numa gran76 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR de praia de rocha e areia e aproveitar para secar todo o material que estava a ficar demasiado humido. Refresco, banhoca com gel de banho biodegradável, petisco regado com tinto, montagem do toldo “hotel”, lenha, fogueira, cozinhar. O ritual com o qual já vamos estando sintonizados, uma parte fundamental nesta vida de nómada do rio e que marca a diferença entre uma simples descida e uma viagem... SABOR DIA 4 É uma sensação única esta de passar o dia no rio, deitarmo-nos a ouvi-lo e acordar com a mesma música... e o som da água em movimento é acompanhado pelo chilrear de muitos pássaros que agora de manhã mudaram de turno com os noitibós. Ainda nem nos levantámos e já temos a sensação de que este é um belo dia. Apesar de pairar uma sombra muito escura sobre este local... não as que felizmente estão ausentes no céu, mas a provocada pela ideia de que será mais ou menos aqui que começará a albufeira da barra- Por água Rio Sabor em autonomia gem do Baixo Sabor. Em meados de 2013 esta praia onde estamos agora a dormir estará irremediavelmente debaixo de água... A lição de colocar tudo dentro dos kayaks está cada vez mais bem estudada e demora menos por esta altura, em breve lá estamos nós a navegar em rápidos fáceis levando à letra a frase “ao Sabor da corrente”. Sabemos que uma ou duas horas mais abaixo estará a Ponte de Remondes, onde começa o percurso mais clássico para quem já antes desceu este rio em Kayak. Com mais um bocadinho de água trazida pelo rio Azibo, afluente da margem direita, vamos fazendo uma boas sucessões de rápidos em Cl III com escassas passagens em IV. Paragem para petisco num velho moinho de água junto a uma casa recuperada... Também eles irão ficar submersos... esta sensação de que nos esta- mos a despedir de alguma coisa é estranha e não condiz nada com a beleza dos locais. Depois deste almoço improvisado, temos alguns rápidos animados em Cl IV, que já nos obrigam a alguma atenção e que nos divertem bastante. Depois o rio vai acalmando progressivamante e dá lugar a longos planos de água calma. Vamos deslizando neste espelho, na margem direita uma raposa, distraída, deixa-se apanhar pela objectiva da máquina antes de se aperceber da nossa presença e de se escapar entre penedos a grande velocidade. Já adiantados na tarde paramos na confluência com um ribeiro para tirar algo de dentro d e um dos kayaks. Surge um velhote com o qual conversamos um pouco e que nos pergunta de onde vimos... de Perto de Bragança. De onde? Pelo rio? E não têm medo?... Sim na verdade temos. Temos pois um pouco mais abaixo começamos a ver ao longe uma nuvem de OUTDOOR Julho_Agosto 2011 77 Por água poeira que nos indica que vamos finalmente chegar ao local onde estão as obras da barragem principal. Medo do destino deste rio, do destino anunciado já pelas árvores mortas ou moribundas no meio do rio e nas margens, pela falta de peixe que não pode subir por causa dos muros da ensecadeira de montante, que poderia ter facilmente um canal para os peixes subirem. Mas que não tem... bastaria um minusculo investimento no meio de tanto cimento para não acabar assim gratuitamente com o ciculo de vida destes peixes e prolongar uns anos mais a vida do rio a montante. Incompreensível... Entrados pelas obras da barragem adentro, de capacete posto como mandam as normas de segurança, somos finalmente abordados pela segurança que. depois de algumas explicações, acede a deixar-nos passar, não pelo rio pois ele vai entubado durante 300m por um tubo estreito e cheio de detritos, mas deram-nos boleia de carrinha até logo após as obras. Voltamos a entrar no rio sob o olhar vigilante da chefe da segurança que se quis certificar que não voltávamos a entrar na zona das obras... voltamos a navegar numa garganta mais fechada e com paredes em pedra, esta mesmo de bónus pois não sabíamos da sua existência e não tínhamos a carta militar desta zona que julgávamos completamente “flat”. E para flat estava bem animada... 78 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Remámos mesmo até quase cair a noite e o final da garganta ainda não se adivinhava, optámos por parar numa praia pequena mas simpática na margem direita para montar o último hotel de 1000 estrelas... SABOR DIA 5 Pela última vez nesta missão levantamos o acampamento e entramos no rio bem cedinho. Afinal esta última garganta, da qual só viamos uma curva a partir do acampamento, terminava logo após dois ou três rápidos fáceis. Segue-se uma zona de água calma até uma espécie de açude com um canal aberto a meio, seguido de mais uns poucos km tranquilos que também irão ficar submersos pois está a ser construida uma segunda barragem para represar água para bombear para montante se for necessário... esta com 9.6 km de albufeira... ao todo ficarão cerca de 70 Km de rio alagados. Felizmente a passagem por esta segunda barragem é menos complicada pois tem um canal aberto junto à margem esquerda e conseguimos passar depois de uma rápida investigação para não termos nenhuma surpresa. Mais calmo, agora o Sabor é um rio largo e com um plano de água liso e espelhado. Chegamos finalmente à Foz e ao fim desta nossa viagem de mais de 100 Km pelo rio. Uma forte chuvada ainda nos faz montar uma vez mais o toldo, para nos abrigar enquanto esperamos pelo transporte de regresso a casa :-) ø Rui Calado nasceu em 1966 em Portalegre e vive actualmente em Aveiro depois de uma longa passagem por Lisboa. Neste momento é um dos sócios gerentes da Watertech Kayaks, projecto que engloba uma marca de kayaksurf e waveskis de design e produção nacionais, loja de equipamentos de canoagem e escola. Está também à frente da portugalkayak.com, empresa vocacionada para actividades de canoagem nas mais diferentes vertentes, entre as quais as expedições. É licenciado em Comunicação Social, já teve um percurso profissional que passou pela publicidade, televisões e edição de vídeo. No campo desportivo já teve a primeira empresa de rafting portuguesa, já trabalhou no Nepal e Turquia como safety kayaker, já deu palestras sobre canoagem, ministrou inúmeros cursos de iniciação à canoagem de águas bravas, segurança, navegação e kayaksurf. Dedica-se agora em full time à sua paixão – a canoagem. Na sua formação desportiva, alem da prática com mais de 25 anos, tem o Curso de Iniciador e Monitor de Canoagem e de arbitragem da Federação Espanhola de Piraguismo, o Curso de Árbitro auxiliar pela FEP e o Curso de Árbitro de Freestyle em Kayak pela FEP. É autor de 2 guias sobre os rios portugueses: Portugal Kayak, Ed. CCABP e Le Portugal de Rui Calado, Ed. Le Canotier. É fundador e Ex-Presidente do único clube português exclusivamente dedicado à canoagem de águas bravas – Clube de Canoagem e Águas Bravas de Portugal – que dinamiza uma escola Nacional de Águas Bravas e organiza encontros anuais. gónia Chilena; 10 - Travessia Kayak Portugal - Expedição em Kayak de Mar de toda a costa Portuguesa realizada com sucesso em Julho de 2010; 11 - Descida do Rio sabor em Autonomia durante 5 dias. Já desceu em kayak mais de 125 rios diferentes em Países como Portugal, Espanha, França, Itália, Eslovénia, Marrocos, Turquia, Nepal, Equador e Chile; Desceu pela primeira vez de grande parte dos rios de águas bravas em Portugal. Já praticou desportos tão variados como o Boxe, Andebol, Voleibol, Judo, Badmington, Natação, Ténis, Squash e Paraquedismo. Agora dedica-se ao BTT Freeride, Escalada, Canyoning, Rafting, Canoagem de Águas Bravas, Kayaksurf, Waveski e Travessias. Expedições de canoagem Organizadas/ Participadas: 96 - Volta à ilha Terceira, Açores, em kayak de Mar; 95, 96, 97, 98 e 07 - Marrocos – Kayatlas, descida de vários rios de águas bravas no Atlas Marroquino; 97 - Volta à ilha do Pico, Açores, em kayak de Mar; 99, 00 e 03 - Nepal - Kayak no Tecto do Mundo, descida de diversos rios nos Himalaias, entre os quais alguns em autonomia completa durante 12 dias; 01 - Equador – kayak no centro da Terra, descida de vários rios de águas bravas nos Andes; 06 - Patagónia Chilena - Kayak no Fim do Mundo, descida de vários rios de águas bravas nos Andes e Pata- OUTDOOR Julho_Agosto 2011 79 Por água Rio Sabor em autonomia CV Rui Calado Fotografia Entrevista Joel Santos por Magali Tarouca S e é verdade que o sonho comanda a vida, o fotógrafo Joel Santos é uma das provas de que é possível mudar o rumo das nossas vidas em busca daquilo que nos faz sentir realizados. Se nos seus planos estava traçado um futuro ligado à Economia, a paixão pela fotografia traçou-lhe um rumo totalmente diferente. Com apenas 33 anos de idade, Joel tem já um percurso invejável sendo considerado um dos melhores fotógrafos de natureza e de viagens a nível nacional, levando na bagagem vários prémios nacionais e internacionais, a direcção da revista de fotografia líder em Portugal durante três anos, dois livros de fotografia publicados e o orgulho de ter inspirado e incentivado centenas de pessoas a dar 80 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR asas à paixão pela fotografia durante os workshops e viagens fotográficas que lidera. Desde criança que a fotografia faz parte do quotidiano deste jovem fotógrafo. “O meu pai fotografava imenso e eu era o modelo favorito nas suas sessões fotográficas.” No entanto, esta nem sempre foi uma paixão muito bem sucedida. “No final dos anos lectivos os meus pais costumavam fazer-me uma surpresa por eu ter tido boas notas e, certa vez, deram-me uma câmara fotográfica. Pouco depois, fomos passar férias aos Açores, na ilha Terceira, e, quando estávamos na Piscina Natural dos Biscoitos, caí dentro de água e a câmara avariou-se”. Fotografia Entrevista Joel Santos Contratempos à parte, ao longo dos anos o bichinho da fotografia continuava adormecido até que despontou quando já estava a escrever a tese final de mestrado, da forma mais inesperada. “No final do mestrado cheguei a um ponto de cansaço extremo. Queria ganhar o prémio atribuído pelo Ban- co de Portugal ao aluno com melhor média, mas, como a maioria dos meus colegas eram mais velhos e possuíam outras prioridades, tive que realizar grande parte dos trabalhos de grupo sozinho. Assim, o que deveria ter sido um mestrado ‘normal’ transformou-se num projeto muito desgastante.” OUTDOOR Julho_Agosto 2011 81 Em família Fotografia Um dia, para sua grande surpresa, recebeu um e-mail do director da revista, José Antunes, a convidá-lo para escrever um artigo sobre as suas fotografias das gotas de água. Esgotado, Joel pediu uma licença de seis meses antes de começar a escrever a tese, altura em que o seu escape passou a ser a câmara fotográfica. “Comecei a dedicar-me ao que tinha mais perto de mim: a água. Como quando ia fotografar para a rua raramente conseguia atingir os objectivos, comecei a explorar a câmara dentro de casa com gotas de água da torneira e com o candeeiro do meu quarto. Queria perceber como é que a luz funcionava, de que forma iluminava as coisas, como é que podia ser medida, como podia ser registada. Aí comecei a perceber os limites da câmara e a tentar pensar como ela”, conta o fotógrafo. Foi nesta altura que a sua paixão pelo tema água o levou a fotografar a costa portuguesa e lhe proporcionou o primeiro contacto com o mundo editorial. “Eu e um amigo 82 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR começámos por enviar um conjunto de imagens para que alguma fosse publicada na revista Foto Digital. Mais tarde, enviei um conjunto de doze imagens e, em vez de escolherem uma, acabaram por publicá-las todas num portefólio. Isso motivou-me imenso e levou-me a fotografar ainda mais e a enviar mais fotos.” Um dia, para sua grande surpresa, recebeu um e-mail do director da revista, José Antunes, a convidá-lo para escrever um artigo sobre as suas fotografias das gotas de água. “Fiquei muito contente e escrevi o artigo. A admiração foi ainda maior quando ele escolheu uma das imagens para capa. Achei inacreditável”, recorda. Alguns meses depois acaba por fazer as primeiras fotografias bem sucedidas na Entretanto, os seis meses de licença do mestrado estavam a chegar ao fim e tinha de começar a escrever a tese, mas a paixão pela fotografia estava instalada dentro de Joel. Todo o tempo livre que tinha era dividido entre fotografar e escrever para a revista, ao mesmo tempo que a relação de amizade com o director da revista ia aumentando. “O José tinha uma espécie de missão: ele queria que eu fotografasse cada vez mais, dizendo que gostaria muito que um dia eu deixasse de ser economista para passar a ser um fotógrafo. Isso deu-me imenso estímulo e a verdade é que a paixão pela fotografia, que foi totalmente imprevista, cresceu de uma forma inesperada e teve um impacto e consequências gigantescas. Devo-lhe a aposta altruísta e ficará para sempre ligado ao meu arranque enquanto fotógrafo e jornalista.” Após terminar a tese, Joel já tinha decidido que não queria seguir os empregos normais e, perto do final do mestrado, enviou uma candidatura para um programa de cooperação entre Portugal e Timor-Leste, no qual é aceite, indo, em Setembro de 2004, dar aulas na Universidade de Economia de Dili. Devido à sua intolerância relativamente à medicação anti-palúdica, Joel não podia fotografar o nascer e pôr-do-sol, sendo então nas pessoas que acaba por se concentrar, descobrindo a terceira vertente fotográfica (para além das gotas de água e da fotografia de paisagem), que até hoje mantém: o retrato espontâneo, sobretudo em viagem. “Num retrato o que mais me atrai é o olhar, que, para mim, é como uma porta para a alma dessa pessoa, a par com a textura da pele, que é como que um livro escrito pelos anos de vida”. A estadia em Timor-Leste que deveria ter sido de OUTDOOR Julho_Agosto 2011 83 Fotografia Entrevista Joel Santos praia da Adraga, em Sintra. “Já tinha ouvido falar das paisagens daquela praia, mas, quando lá cheguei, percebi que algumas rochas eram as mesmas que eu já tinha visto em sites de fotografia. Como aprecio a originalidade, prossegui para a ‘segunda’ parte da praia, mais a norte, onde acabei por descobrir enquadramentos nunca antes feitos e que hoje servem de inspiração a muitos fotógrafos. Foi dessa minha tentativa que surgiu um conjunto de imagens que enviei para a revista Foto Digital, tendo elas sido imediatamente publicadas a par de um artigo escrito por mim.” Impressionado com o nível de qualidade de um fotógrafo amador que tinha começado a fotografar há poucos meses e com o rigor e coerência da sua escrita, o diretor da revista, José Antunes, decide dar seis páginas por mês a Joel Santos, para que escrevesse regularmente sobre um tema à sua escolha. Fotografia três meses estendeu-se a três anos, mas Joel nunca parou de fotografar e de escrever para a revista. Finda a experiência em finais de 2006 e depois de uma experiência passada de seis meses na revista Foto Digital, surge o convite para ser editor da revista O Mundo da Fotografia Digital, tendo sido mais tarde convidado a assumir a direcção da mesma. “Acabei ligado ao mundo do jornalismo, o que não tinha de forma nenhuma previsto. Mas, olhando retrospectivamente, o meu curso preparou-me da melhor forma, pois tinha a meu cargo a gestão de um projecto e isso era algo para o qual eu tinha sido treinado durante anos. Portanto, foi com bastante naturalidade que encarei este novo desafio, que aliava fotografia, escrita e gestão”. Após três anos em que transformou a revista à sua imagem e onde acumulou o cargo de coordenador editorial de todas as publicações de tecnologia da editora, em 2010 acaba por abandonar voluntariamente aqueles projetos editoriais para se dedicar inteiramente à formação de fotografia e viagens fotográficas com a agência de viagens de aventura Papa-Léguas. “A Papa-Léguas surge ainda enquanto estava na revista. Na altura o director da Papa-Léguas, Artur Pegas, foi à editora para uma reunião e a empatia foi mútua, pois também ele é um apaixonado por fotografia e um grande viajante. De forma quase natural chegámos ao tema das viagens fotográficas e ambos percebemos que tínhamos vontades em comum, o que me fez equacionar passar a fazê-lo profissionalmente. De facto, passava dias a fio a trabalhar numa revista que incentivava as pessoas a fotografar, mas eu próprio não o conseguia fazer, pois a coordenação dos múltiplos projetos editoriais absorvia todos os meus minutos. Assim, a primeira experiência surgiu poucos meses depois, onde fizemos uma viagem fotográfica à Islândia, a qual foi muito bem sucedida. A partir daí nasceu a vontade de fazer viagens fotográficas de forma regular e profissional, bem como apostar fortemente na formação em fotografia ao nível nacional através de cursos e workshops fotográficos”. Ensinar era outro dos destinos que para Joel estava completamente fora da equação. No entanto, quando percebe que influenciou alguém a dedicar-se à fotografia e que desmistificou toda a dificuldade que está à volta desta actividade, o fotógrafo sente uma felicidade gigantesca. “Olhando para trás, eu devo muito às pessoas que, com uma palavra ou com uma conversa, mudaram a minha vida. Neste sentido, uma das coisas que me apaixonou pelo ensino foi sentir que eu também poderia influenciar o rumo de uma pessoa e fazer com que ela se lembrasse de mim, tal como acontece com um conjunto de pessoas que, mesmo sem saberem, 84 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Fotografia Entrevista Joel Santos transformaram-me para melhor. Assim, sinto que é um privilégio ter alguém que gosta do meu trabalho, que ouve aquilo que tenho para dizer”. vro sobre fotografia. “Basicamente, eu escrevi este livro como eu gostaria de ter lido um quando comecei a fotografar. Teria poupado as muitas horas que gastei a fotografar o meu can(...)ao londeeiro”, comenta divertido. go dos anos o Joel é um homem de paixões e, para além de fotografar e Fotografia em Portugal bichinho ensinar, foi na escrita que Segundo Joel Santos a fotografia da fotografia continuava descobriu mais uma das em Portugal não tem a sua meadormecido até suas vocações. Dois anos lhor expressão, pois “esta não é que despontou quando já após ter escrito o livro Fouma prioridade enquanto forma tografia Digital com Adode expressão cultural e de proestava a escrever a be Photoshop Lightroom, dução de conhecimento, espetese final de mestrado, que esgotou em pouco temcialmente no atual contexto socioda forma mais inespo, Joel lançou-se num desaeconómico. Assim, quer por parte fio ainda maior: escrever um das entidades que a poderiam apoiar, perada livro de fotografia, com técnica quer por parte de algumas pessoas que a e dicas fotográficas para fotógrafos podem ‘consumir’, a fotografia é tida como iniciados e avançados. Assim nasceu o liuma forma de arte de segunda linha e, como tal, vro ‘FOTOGRAFIA – Luz, Exposição, Composição, não é devidamente valorizada. Em determinados Equipamento’, também pela editora Centro Atlân- aspectos, trata-se de uma situação paradoxal, pois tico, uma verdadeira bíblia para qualquer fotógrafo nunca a procura e a oferta de fotografia foram tão que queira ver esclarecidas todas as suas questões elevadas e diversificadas. O problema adensa-se fotográficas. Escrito de uma forma simples e direc- ainda mais quando a fotografia é vista como algo ta, o livro já vai na sua terceira edição e tem recebi- fácil de obter, pois ‘basta’ ter uma câmara fotográfido os melhores elogios de norte a sul do país, tendo ca e carregar num botão, esquecendo-se o investijá estado no primeiro lugar do top de vendas na mento físico, financeiro e mental inerentes à ativiFnac, uma posição nunca antes atingida por um li- dade fotográfica, em particular quando se pretende OUTDOOR Julho_Agosto 2011 85 Fotografia De forma quase natural chegámos ao tema das viagens fotográficas e ambos percebemos que tínhamos vontades em comum, o que me fez equacionar passar a fazê-lo profissionalmente. produzir trabalhos de elevada qualidade e originalidade, ao nível do que melhor se faz internacionalmente”. Mas existem mais razões para a fotografia não gozar do melhor panorama, como acrescenta o fotógrafo. “De uma forma pejorativa, é frequente pensar-se que qualquer fotografia pode ser ‘concebida’ em pós-produção, o que, no meu caso, está longe de ser a verdade. Por exemplo, nas áreas a que mais me dedico — paisagem natural, retrato espontâneo (sem ser em estúdio) e reportagem de viagem — é vital obter o melhor registo possível no terreno, o que implica grande preparação técnica, abraçar contextos adversos e fazer sacrifícios que estão longe de serem digitais, nomeadamente 86 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Fotografia Entrevista Joel Santos lidar com condições meteorológicas extremas e situações de elevado risco pessoal. De facto, apesar de ser uma ferramenta muito poderosa e indispensável na vida de qualquer fotógrafo, o Photoshop não permite melhorar a nossa capacidade de interacção com as pessoas num destino socialmente complicado, nem é capaz de nos ajudar numa cratera vulcânica cheia de vapores de enxofre. É certo que todas as imagens precisam se der ‘reveladas’, antes numa câmara escura e hoje às claras num computador, mas nenhum programa ou câmara fotográfica sofisticada substituem o olhar e o instinto de um fotógrafo”. Apesar de a fotografia em Portugal não gozar do melhor contexto, Joel parece seguro de um futuro melhor, isto se todos cumprirem a sua parte. “Também cabe aos fotógrafos mostrar que o seu trabalho merece ser valorizado e que trabalham com a qualidade (e não com a quantidade) em mente. Todos nós podemos pintar, cantar ou escrever, pois são atividades que estão ao alcance de qualquer pessoa, como a fotografia passou a estar nos últimos anos, pelo que é fulcral lutar pela diferenciação e evitar a banalização. Só dessa forma a fotografia conquistará a merecida posição de grande relevo, sendo criada uma conjuntura favorável para os fotógrafos que desejem viver da fotografia e explorar o seu potencial de corpo e alma, para benefício de todos nós e da fotografia enquanto arte. Para quem ensina fotografia, como é o meu caso, também deve ser exigida uma grande responsabilidade, pois cabe aos formadores incutir a paixão, a dedicação e a valorização que a fotografia merece, o que só é possível com uma formação de qualidade, proximidade e honestidade”, remata Joel. OUTDOOR Julho_Agosto 2011 87 Fotografia Pura aventura de Komodo, na Indonésia, esteve a foApesar da dedicação, do esforço físico tografar um conjunto de dragões e dos sacrifícios que é preciso fazer de Komodo a apenas dois meNo primeiro merpela fotografia, também há lugar tros de distância. “O que eu gulho em que levei à diversão e Joel Santos recordesconhecia é que aqueles da com um brilho especial animais com o ar mais ‘pasuma câmara fotográfica nos olhos algumas situações telão’ que eu já tinha visto numa caixa estanque, encanque a fotografia lhe permitiu eram capazes de correr tei-me com um peixinho amaviver. Se lhe perguntarmos três vezes mais depressa até onde vai por uma fotodo que eu”. Ainda na Indorelo e fui atrás dele até aos 30 grafia, a sua resposta é muinésia, Joel teve uma nova metros de profundidade, isto to rápida, acompanhada de aventura, mas, desta vez, apesar de a minha licença uma gargalhada: “Deixei que debaixo de água. “Eu tinha um marroquino me desse dois imenso medo de mergulhar, apenas me permitir ir beijinhos para que eu pudesse mas esse receio passou quanaté aos 18 metros. fotografar os camelos dele!”. Para do percebi que podia levar uma além disso, o destemido fotógrafo já câmara fotográfica para debaixo sobrevoou o Mount Quénia de helicópde água”. Descobriu, dessa forma, tero, a 5 mil metros de altitude, com as portas uma nova paixão e, com ela, mais uma históabertas e preso por cordas. “Tive hipóxia [falta de ria para recordar: “No primeiro mergulho em que oxigénio no cérebro] o que fez com que não sentis- levei uma câmara fotográfica numa caixa estanse algumas dores causadas pelo frio extremo da al- que, encantei-me com um peixinho amarelo e fui titude e da deslocação de ar provocada pelas pás do atrás dele até aos 30 metros de profundidade, isto helicóptero. Só quando aterrei é que percebi que apesar de a minha licença apenas me permitir ir tinha queimado os nós dos dedos”. até aos 18 metros. Quando me apercebi desse excesso, comecei a subir e sofri um problema que se O fotógrafo recorda ainda que há uns anos, na ilha chama ‘reverse block’ — o ar expande no interior 88 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Fotografia Entrevista Joel Santos do ouvido quando se sobe, mas não se consegue libertar. Pouco depois, o ar libertou-se, equalizando a pressão no interior e exterior do ouvido, mas senti uma tontura fortíssima durante alguns segundos numa zona de mergulho de parede. Abaixo de mim estavam dois quilómetros de abismo marítimo e foi momentaneamente assustador. Mas valeu a pena, apesar de a foto do peixinho ter ficado mal!”, remata! Parecia um encontro entre um pai e um filho que não se viam há muitos anos. De facto, uma das coisas que me surpreende nas viagens é forma como elas nos proporcionam encontros inesperados, provando que o nosso planeta tem tanto de vasto como de pequeno. Este ano, na Índia, no meio de largos milhões de habitantes, tive outros dois encontros improváveis e afortunados, e não existem palavras para descrever o que se sente”. No entanto, uma das histórias que mais marcou o jovem fotógrafo é a que está por detrás da sua famosa fotografia do pescador chinês, a que deu o nome de ‘Pescador de Sonhos’. “Em 2006 passei o meu primeiro Natal fora de casa. Estava no sul da China no dia 24 e combinei, por gestos e desenhos, ir fotografar com um pescador no rio Li Jang no dia seguinte. Então, na madrugada do dia 25 fui de mota até ao local combinado no rio. Estava um frio inacreditável e eu só tinha t-shirts para vestir, pois vinha de Timor-Leste e da Austrália, onde estava imenso calor. Foi uma experiência única! Quatro anos depois, numa das viagens fotográficas da Papa-Léguas, encontrei inesperadamente o mesmo pescador e mostrei-lhe a fotografia que lhe tinha feito em 2006. Foi um momento muito emocionante e abraçámo-nos durante um longo momento. Futuro Relativamente aos próximos anos, Joel Santos deixa-nos algumas pistas. “Daqui a 10 ou 20 anos gostava de ter sido capaz de fazer um percurso à altura daquilo que são os meus desejos, dando asas à minha ilimitada paixão por fotografar, satisfazendo a minha curiosidade em relação a vários países, povos e culturas, e fazendo registos que mereçam ser partilhados com outras pessoas. O meu prazer está muito no acto de fotografar mas também no de partilhar, para que outros se possam emocionar, para que algo no nosso mundo possa melhorar através da mensagem fotográfica e para que eu tenha vontade de fazer mais e melhor. Espero conseguir compilar uma visão original do mundo e que isso agrade de alguma forma às pessoas que me forem acompanhando ao longo do tempo. Ao OUTDOOR Julho_Agosto 2011 89 Fotografia fim de 20 anos gostava de ter, porque não, 20 livros de grande qualidade publicados internacionalmente! Seria sinal de que tinha trabalhado bem e que a fotografia em Portugal, e no mundo, tinha evoluído de forma positiva. E ao fim desses 20 anos… espero que haja, pelo menos, mais 20 igualmente interessantes, durante os quais eu consiga ir ainda mais longe como artista visual”. Enquanto o tempo se encarrega de traçar o seu futuro, Joel segue a sua vida com o mesmo objectivo com que tem vivido os últimos anos: fotografar e fazer com que outros se apaixonem pela fotografia, sempre com muita aventura. Até lá, poderá encontrá-lo de câmara em punho em qualquer canto do mundo, deslumbrado pela natureza que o envolve, a absorver novas culturas, a criar laços com novos povos ou então no seu próprio país que tanto adora, numa qualquer praia da costa Portuguesa, num dia de inverno, com água pela cintura e envolvido por ondas, sempre a fazer o que mais o apaixona. ø Trabalhos expostos em: www.joelsantos.net Atualidade sobre o fotógrafo: www.facebook.com/Joel.Santos.Photography Sobre a Jornalista: www.facebook.com/Magali.Tarouca.Fotografia Daqui a 10 ou 20 anos gostava de ter sido capaz de fazer um percurso à altura daquilo que são os meus desejos, dando asas à minha ilimitada paixão por fotografar, satisfazendo a minha curiosidade em relação a vários países, povos e culturas, e fazendo registos que mereçam ser partilhados com outras pessoas. Conselhos do fotógrafo: Não existem fórmulas para ser um bom fotógrafo, nem regras para obter uma boa fotografia senão todas as imagens seriam iguais. A fotografia é inesperada e depende sobretudo do fotógrafo, da forma como vê e sente o que o rodeia. Por isso, fotografem sempre o que sentem, fotografem para vocês e tentem criar o vosso próprio estilo. 90 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Portfólio do mês — Joel Santos Fotografia Portfólio ÍNDIA Com a simplicidade, humildade e carisma que tão bem o caracterizam, o fotógrafo Joel Santos abriu-nos as portas para o mundo captado pela sua câmara. Viaje nas suas palavras e deslumbre-se com as suas imagens! A Fotos: Joel Santos Índia é o trapo e a seda, o mendigo e o bom berço, a monção e a secura, o picante e o sabor suave, o negrume e a cor, o velho e o novo, a crueldade e a humanidade, a besta e o homem, o mau cheiro e o perfume, as rugas e o sorriso, a luta e a paz, o caos e a harmonia... é a terra dos contrastes, intensa como caril e aromática como o chá, carregando a mais forte das lições de vida, modificando-nos para sempre, redesenhando a nossa realidade, fazendo-nos perceber que temos tudo, mesmo tudo, sem o saber. Este portefólio, constituído por fotografias realizadas em 2007, 2010 e 2011, é uma pequena amostra de um vasto trabalho, cuja maior parte permanecerá inédito até ao final de 2011, mostrando parte dos contrastes acima descritos. Espero que gostem da viagem visual, que fiquem na espectativa de ver o que ainda está por mostrar e, quem sabe, de embarcar na viagem fotográfica de 2012 que realizarei em parceria com a agência de viagens de aventura Papa-Léguas. ø OUTDOOR Julho_Agosto 2011 91 Fotografia 92 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Fotografia Portfólio www.joelsantos.net www.facebook.com/ Joel.Santos.Photography OUTDOOR Julho_Agosto 2011 93 Fotografia FOTO DO MÊS por Joel Santos ‘PESCADOR DE SONHOS’, GUILIN, YANGSHUO, CHINA. 94 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Tudo começa na noite de 24 de Dezembro, durante uma consoada de Natal única, passada nas águas do rio Li Jang, onde fiz uma pescaria noturna com um pescador local, dos poucos que ainda usava os corvos marinhos nesta atividade tradicional. Finda a pescaria, e com todas as barreiras linguísticas concebíveis, arranjei forma de combinar um encontro para o dia seguinte, ao amanhecer, perto de uma ponte em Yangshuo, para fotografar o mesmo pescador. Deste modo, no dia 25, acordo bem cedo, cerca de uma hora e meia antes do sol nascer, vestindo as referidas seis t-shirts, como se fossem camadas de uma cebola. Desço para o Lobby do Hotel, descobrindo que a minha boleia, combinada no dia anterior, não estava lá — de facto, nem sempre tudo corre como planeado na China, mas existem sempre soluções. Assim, como recurso, acordei o recepcionista do hotel, que dormia escondido atrás do balcão, convencendo-o, depois de algum malabarismo linguístico e gestual, para ele me levar à designada ponte. O homem acabou por aceder ao meu pedido e conduziu-me até à sua mota, algo que me deixou bastante feliz, pelo menos até estarmos em movimento. Importa recordar: estavam temperaturas negativas e a única proteção era um punhado de t-shirts! É impossível descrever o frio que senti, as dores fortes nos ossos da cara, que me obrigaram a tirar o capacete da cabeça e a colocá-lo em frente à face, pois a sensação era simplesmente insuportável. Foi neste momento que pensei porque razão tinha eu saído da cama, para ir até um local desconhecido e enfrentar um frio intenso, tudo na companhia de um estranho e com a ténue esperança de que o pescador realmente aparecesse. Todavia, tudo se transformou em magia pouco depois. Já na base da ponte, junto às águas calmas e frias do rio Li Jang, começou a surgir o pescador, furando as brumas com a jangada e com a luz da sua lanterna a óleo. Não podia ser mais perfeito, mais indescritivelmente belo. Seguiram-se momentos de pura magia da luz, onde em escassos minutos passou esta passou do rosa salmão para o laranja vivo, permitindo-me escrever com luz diversas imagens inesquecíveis. A que escolhi é, para mim, a mais especial, pois tudo se conjugou: as linhas diagonais, as formas triangulares implícitas e o ambiente que mais parece ter sido criado num sonho. Era Natal e este homem pescava sonhos! ø Joel Santos Dados técnicos: 1/15 seg. a f/8 com ISO 800. Dist. Focal: 20.0 mm. Foto realizada com a câmara na mão, usando um filtro de densidade neutra em gradiente para equilibrar a luz entre o céu e a terra, mas sem escurecer o pescador. www.joelsantos.net www.facebook.com/Joel.Santos.Photography OUTRAS INFOrmações: Joel Santos irá liderar uma Viagem Fotográfica à China entre 19 de Novembro e 1 de Dezembro, sendo esta organizada pela agência de viagens de aventura Papa-Léguas. Mais informações e inscrições em http:// www.papa-leguas.com/index.cfm?sec=0101000000&ViagemID=156 ou email para: [email protected] OUTDOOR Julho_Agosto 2011 95 Fotografia Foto Mês E m 2006 estava no último dos três anos de estadia em Timor-Leste e, como sempre, tinha toda a minha vida metida dentro de uma mala com 25 Kg (roupa, medicamentos e pouco mais) e uma mochila de 12 Kg (câmaras, objectivas e portátil). Corria o mês de Dezembro, pelo que estava um intenso calor em Timor-Leste, convidativo para roupas ligeiras, mas, no sul da China, onde esta imagem foi obtida, registavam-se temperaturas negativas. Assim, quando aterrei em Guilin, na província chinesa de Guangxi, não possuía mais do que seis t-shirts e, devido à falta de espaço na bagagem, adquirir roupa estava fora de equação, especialmente no momento em que esta história se desenrola. Fotografia Aplicações iPhone para fotógrafos Trip Journal Registe e partilhe as suas viagens APP IPHONE Uma das missões de qualquer fotógrafo de viagens é encontrar os melhores locais para fotografar e, depois estarem identificados, georreferenciá-los. Todavia, o simples registo das coordenadas GPS já não basta, pois também importa transformar esses dados em itinerários, aferir as distâncias percorridas e, claro, partilhar tudo com o mundo através das redes sociais e das comunidades de fotografia. É neste contexto que a aplicação Trip Journal, da iQapps, se transforma numa excelente ferramenta. U ma forma concreta de perceber a utilidade desta aplicação é através de um exemplo concreto, como aconteceu num trabalho que realizei no primeiro trimestre de 2011 para a revista VISÃO. A missão era identificar e fotografar sítios visualmente apelativos em sete dos nossos principais rios, fazendo o registo de toda a informação relevante. Assim, ainda à porta de casa, abri a aplicação Trip Journal e criei uma nova viagem (New Trip), à qual dei o nome ‘Rios e barragens’. Deste modo, o primeiro ponto foi imediatamente registado, neste caso a rua onde vivo, sendo possível aceder às suas coordenadas GPS (Coordinates) e ver uma ima96 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR gem de satélite através do sistema Google Maps embutido na própria aplicação (Locate on map). Na altura não desejava tornar o trabalho público, mas teria sido possível tocar num pequeno ícone e partilhar via Twitter a minha posição geográfica e o facto de ir começar uma nova aventura fotográfica (Tweet location). Seguindo para o carro, liguei o iPhone ao isqueiro do carro e ativei a funcionalidade de seguimento através do ícone que imita uma pegada de animal, o que permitiu ao Trip Journal registar os meus movimentos em tempo real e de forma contínua. A primeira paragem foi no Castelo de Almourol, posicionado em pleno rio Tejo, pelo que toquei no ícone com o símbolo de uma ban- cebe ir até uma determinada ‘secção’ da aplicação — mas nada que não se ultrapasse depois explorar a aplicação durante um par de minutos. Adicionalmente, como seria de esperar, algumas funcionalidades requerem o acesso à internet, designadamente o uso da cartografia do Google Maps ou partilha de informação via facebook/twitter/e-mail. A interface também está em inglês, o que pode não ser do agrado de todos, mas, em termos práticos, não chega a ser um problema. Em suma, se gosta de viajar e de manter todos ao nascer e ao pôr-do-sol, uma informação que foi vital mais tarde para optimizar a segunda visita feita a este local. Este mesmo processo foi repetido para as várias dezenas de locais visitados, sendo que, à medida que a expedição progredia, ia consultando as estatísticas (Statistics) do percurso, ficando a saber a velocidade média, a distância total percorrida, a altitude máxima/mínima atingida, o tempo gasto medido em horas/minutos/segundos e a data de início/fim da viagem. No fim, foi possível exportar toda a informação registada através do e-mail, mas também um ficheiro no formato KMZ, o qual é reconhecido pelo Google Earth e pelo serviço My Places do Google Maps. Se desejasse, também poderia ter partilhado tudo através do facebook, flickr e Picasa, bem como exportar a informação para o iTunes ou gravá-la no formato GPX. os passos registados, para mais tarde recordar ou por motivos profissionais, a aplicação Trip Journal é fortemente recomendada. Se possuir um iPad, pode ainda instalar, gratuitamente, a aplicação Trip Viewer, especialmente concebida para visualizar os conteúdos criados pela aplicação Trip Journal. Agora, resta partir em busca de aventura e fazer excelentes fotos pelo caminho! ø O exemplo acima descrito mostra de forma cabal a mais-valia desta aplicação, que goza de um design apelativo e bem ao estilo do tema viagens. O único aspecto negativo é que, no início, poderá parecer pouco intuitiva, pois existe mais do que uma forma de aceder à mesma função e nem sempre se per- Joel Santos www.joelsantos.net www.facebook.com/Joel.Santos.Photography Info sobre a aplicação: Preço: € 2,39 Disponível para: iPhone e, também, Android, Symbian e Bada Site: www.trip-journal.com OUTDOOR Julho_Agosto 2011 97 Fotografia APP iPhone deira (New Waypoint), criando um novo marco na minha viagem, registando as coordenadas e altitude, e atribuindo um nome a essa nova posição. Para existir uma memória visual do sítio e dos melhores ângulos fotográficos a usar numa próxima visita, toquei no ícone com uma câmara fotográfica e fiz um conjunto de imagens, ficando estas anexadas a este novo ponto criado pelo Trip Journal. Adicionalmente, toquei no ícone com uma caneta e papel (Write note), tirando algumas notas relevantes, como para que lado deveria futuramente fotografar S.O.S. Artigo Sobrevivência BEAR GRYLLS & GERBER criam a gama “Survival Series” em parceria Equipamentos de sobrevivência para situações extremas. A Gerber tem o prazer de anunciar a nova série de equipamentos de sobrevivência Bear Grylls. Esta parceria conjuga mais de 70 anos de experiência da Gerber na produção deste tipo de equipamentos, com a intensa experiência de aventura e sobrevivência do Bear Grylls para criar uma gama única de facas, ferramentas e outros equipamentos. Desde os seus tempos como militar nas forças especiais Britânicas, passando pela escalada do monte Evareste, até ao seu programa de televisão sobre sobrevivência o Bear sabe exactamente o que é necessário para ser um sobrevivente em situações extremas. Cada produto da gama “Survival Series” é meticulosamente desenhado pela Gerber e pelo Bear de forma a oferecer múltiplas possibilidades de utilização em qualquer tipo de ambiente. ULTIMATE KNIFE A faca “Ultimate” é o produto estrela desta gama, com pormenores cuidadosamente pensados tais como: ■■ Punho de aço inoxidável para servir de martelo, ■■ Uma ferramenta para fazer fogo ■■ Um afiador para a faca Um apito de emergência Todo este equipamento vem integrado na bolsa de cintura. www.dualbrand.net 98 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR S.O.S. Sobrevivência No próximo nÚmero saiba mais sobre: ULTIMATE MULTI-TOOL COMPACT MULTI-TOOL ULTIMATE KIT BASIC KIT FIRE STARTER FOLDING SHEATH KNIFE SCOUT COMPACT SCOUT PARANG APP IPHONE Bear Grylls – Bear Essentials Uma aplicação que pode salvar vidas! Conselhos, manual de instruções interactivo, mini-jogos, e muito mais! Valor: $2.99 ø http://itunes.apple. com/us/app/beargrylls-bear-essentials/ id405049865?mt=8 OUTDOOR Julho_Agosto 2011 99 S.O.S. . . . em BTT Os acidentes acontecem quando menos se espera. Ter Conhecimentos de primeiros socorros pode salvar a vida de outro betetista ou ajudar-te a resolver uma situação complicada. Aprende estes conceitos Básicos, pois podem vir a ser-te muito úteis! PRAZER na prática de qualquer modalida- Entre os diversos requisitos necessários, parece-nos importante dar especial atenção aos aspectos relacionados com a segurança, quer ela seja passiva ou activa. 100 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Foto: Tatonka de está directamente dependente dos conhecimentos que dela se possui. Assim sendo, é impossível pensarmos numa actividade de BTT (passeio, maratona, expedição, viagem, etc.) sem antes possuirmos os requisitos básicos da modalidade em questão. 1 Folheto SOS 2 Adesivos elásticos 1 Par de Luvas Vinyl 10X6 cm 1 Rolo Adesivo 5 X 1,25 cm Foto: Tatonka 1 Check List 1 Compressa ASPECTOS IMPORTANTES NO ÂMBITO DA SEGURANÇA ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ Usa o capacete sempre bem ajustado; Usa um capacete de tamanho adequado; Usa óculos com lentes anti-estilhaço e com haste direita; Verifica antes de cada utilização o funcionamento do conjunto pedais desencaixe/cleats dos sapatos; Para a prática do Freeride e Downhill, não esqueças o uso de capacete “integral” e de protecções para o tronco, joelhos e cotovelos; Certifica-te da potabilidade da água dos locais de abastecimento; É aconselhável possuir seguro desportivo ( Info: http://www.fpcub.pt/ pt/index.php); Em caso de o passeio decorrer em locais desconhecidos, faz um reconhecimento prévio,e prevê locais de acesso e pontos de resgate; Para além do número nacional de emergência (112), recolhe os números das autoridades locais (bombeiros, GNR, centro de saúde); Para evitar a desidratação, é recomendável que bebas regularmente durante o esforço, mesmo que não tenhas sede; Se o trajecto escolhido passa em locais recônditos, informa as autoridades do percurso a realizar; Em caso de acidente em locais desconhecidos, transmite às autoridades de socorro a tua localização exacta ou as coordenadas de GPS (Latitude e Longitude); Mesmo que o percurso seja curto, leva sempre contigo algum dinheiro para alguma eventualidade; Mantém uma condução segura quando pedalas em grupo; Usa monitor de frequência cardíaca para melhor controlar o esforço; É aconselhável levares sempre contigo um telemóvel; Deves possuir conhecimentos/noções básicas de primeiros socorros; Após um acidente, deves sempre trocar o capacete, mesmo que aparentemente este apenas tenha uns “riscos”; Não pedales sozinho em percursos que te são desconhecidos; Leva no teu camelbak uma pequena bolsa básica de primeiros socorros. 5 Pensos 7,2 X 2,5cm 1 Manta de sobrevivência NÃO ESQUECER 5 Pensos 7,2 X 2,5cm 2 Adesivos elásticos 10X6 cm 1 Folheto SOS 1 Manta de sobrevivência 1 Par de Luvas Vinyl 1 Check List 1 Rolo Adesivo 5 X 1,25 cm 1 Compressa ... e também Canivete com Tesoura 1 Pacote de açúcar Betadine Solução Dérmica Soro Fisiológico OUTDOOR Julho_Agosto 2011 101 S.O.S. Em BTT CONSTITUIÇÃO DA BOLSA DE PRIMEIROS SOCORROS (BÁSICA) S.O.S. SEGURANÇA ACTIVA Reunimos neste espaço, alguns conhecimentos úteis na área dos procedimentos em primeiros socorros, das situações mais passíveis de acontecerem na prática de BTT. Foto: Paulo Nascimento Nota que não pretendemos que este conjunto de informação seja entendido como um curso de socorrismo à distância; não o é, é apenas uma síntese organizada dos conceitos mais importantes, baseados no conhecimento empírico de alguns anos de experiência. Existem no país entidades e instituições que ministram formação nesta área às quais deverás recorrer em caso de interesse. QUEIMADURAS As queimaduras mais comuns no BTT manifestam-se de duas formas: pela exposição prolongada ao sol/frio ou provocadas por queda. A sua gravidade depende essencialmente da extensão e da profundidade da pele afectada. Sinais e sintomas: De acordo com a profundidade da pele afectada, estas classificam-se em três graus, no entanto abordaremos apenas as queimaduras de 1º e 2º grau por serem as mais passíveis de acontecer. - Queimadura de 1º grau – são as menos graves, afectando apenas a camada externa da pele (epiderme). Apresentam a pele vermelha, existindo sensação de calor e dor. - Queimadura de 2ºgrau – esta queimadura atinge a derme, sem destruição dos tecidos, no entanto é bastante dolorosa. Às características da queimadura de 1º grau junta-se o aparecimento de flictenas (bolhas com líquido). Modo de actuação: No caso de uma queimadura simples de 1º grau, deve arrefecer-se a região queimada com soro fisiológico ou água fria corrente e aplicar de seguida um creme gordo próprio para queimaduras. Para as queimaduras de 2º grau o procedimento é idêntico, mas acrescido de lavagem cuidadosa da zona mais afectada com anti-séptico (Betadine). Caso as flictenas rebentem, não deves cortar a pele envolvente, deves tratar como uma ferida e efectuar um penso. Não apliques na queimadura outros produtos além dos referidos. Prevenção: Utilização de protector solar e baton de cieiro. 102 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR FRACTURAS É toda a perda de continuidade da superfície de um osso. Normalmente são provocadas por quedas, sendo as situações mais comuns as fracturas nos braços, clavícula e fémur. Sinais e sintomas: Suspeita de fractura sempre que se manifestem os seguintes sinais e sintomas: dor intensa localizada num determinado membro, deformação, inchaço e impotência funcional. Modo de actuação: Estas situações requerem sempre o transporte da vítima para o hospital, pelo que até ao resgate, a nossa actuação passa apenas por: expor a zona da lesão, cortando a roupa se necessário, verificar a existência de ferimentos e na medida do possível tratá-los, e recorrendo a lenços triangulares efectuar a imobilização do membro afectado sem provocar excessivos apertos que dificultem a circulação do sangue. Sinais e Sintomas: Algumas das seguintes manifestações podem ocorrer perante uma situação de insolação: dores de cabeça, tonturas, hemorragia nasal, vómitos, excitação e perda de sentidos. Modo de actuação: Colocar a vítima em local arejado e preferencialmente à sombra, desapertar-lhe a roupa, elevar-lhe a cabeça, dar-lhe a beber água fresca (apenas se este tiver consciente), aplicar-lhe compressas frias na cabeça. Colocar a vítima em Posição Lateral de Segurança, caso esta se encontre inconsciente. Esta situação Clínica carece de cuidados hospitalares. CORPOS ESTRANHOS A penetração de corpos estranhos (areia e insectos) na vista, é uma situação muito comum nas nossas incursões de bicicleta. Os sinais e sintomas característicos são: a dor localizada, lacrimejar e dificuldades em manter as pálpebras abertas. Nesta situação deves evitar esfregar os olhos com as mãos ou tentar remover o corpo estranho. Lavar com água ou soro fisiológico é a melhor solução. Se isso não for eficaz, cobre o olho afectado com uma compressa e adesivo e dirigir-se ao hospital. FERIDAS Considera-se como ferida qualquer perda de continuidade, mais ou menos profunda, dos tecidos. Apenas faremos abordagem das feridas superficiais, por serem as mais comuns e de mais fácil apreensão. Modo de actuação: Em primeiro lugar deves lavar as mãos e colocar as luvas. De seguida, lava a ferida com água corrente ou com soro fisiológico, do centro para a periferia, utilizando apenas compressas, e limpa também a pele em torno da ferida. Seca a ferida com uma compressa sem destruir qualquer coágulo de sangue e desinfecta com Betadine (solução dérmica). Para que possas continuar a actividade, é importante efectuar a protecção da ferida fazendo um penso com uma compressa estérilizada. Atenção! Se a ferida for extensa e contiver corpos estranhos, estes, em caso algum devem ser retirados. PICADAS As situações mais frequentes são provocadas pelas picadas de abelhas e vespas, mas também o podem ser por outros insectos. Sinais e sintomas: Dor, pele vermelha e inchaço. Modo de actuação: Com recurso a uma pequena pinça, tenta retirar o ferrão, e desinfecta com álcool ou Betadine. Se possível aplica gelo. As pessoas alérgicas, em situações desta natureza, precisam de cuidados especiais. ø Foto: Paulo Nascimento Paulo Nascimento OUTDOOR Julho_Agosto 2011 103 S.O.S. Em BTT INSOLAÇÃO A insolação é uma situação que resulta da exposição prolongada ao sol e consequente desidratação do organismo; T49792 TIDE TEMP COMPASS T49796 PVR: 229,99€ Sensor digital de altitude: -120 a 7600m; revisão de mínima e máxima altitude; Calibração fácil; WR100m; Luz nocturna Indiglo Indicador de marés, bússola com escala para ajuste da declinação; Sensor de temperatura (Cº e ªF); WR100m; Luz noturna Indiglo T45581 T45601 PVR: 139,99-159,99€ ALTÍMETRO WS4 Altímetro (-400 a 9000m ou pés); Barómetro (e previsão metereológica); Temperatura (-10 T49759 T49664 PVR: 199,99€ a 50ºC; Bússola (com ajuste da declinação magnética). Kids’s Para os mais novos as tão esperadas férias de Verão estão a chegar! Reunimos neste espaço algumas sugestões de Campos de Férias recheados de animação, desporto e aventura! Já escolhes-te as tuas férias de sonho? PROGRAMA Campo de Férias Sniper 2011 É um Campo de Férias instalado dentro de um excelente Parque Aventura. O principal tema é os desportos aventura e desportos radicais, onde aqui, a segurança é o factor mais importante de todos. O tema deste ano do Campo de Férias é “As Invasões Napoleónicas e a Defesa das Linhas de Torres”. Com os festejos a decorrer do bicentenário deste importantíssimo marco histórico e com a recuperação e reabilitação de alguns fortes, sendo dois deles muito próximos das nossas instalações, vamos ensinar História revivendo as Estórias da época. As crianças irão participar na reconstituição destas batalhas utilizando armas laser e canhões de balões de água, assim como montar acampamento dentro dos fortes e pernoitar uma noite. Não existe melhor forma de ensinar e de aprender. Os nossos programas de Campo de Férias têm tudo isto e muito mais: alojamento em camarata de madeira, cozinha própria com refeitório, alimentação completa com 5 refeições diárias, banhos diários de piscina, todos os alvarás e seguros e uma excelente equipa de monitores que faz toda a diferença. Onde: Parque Aventura Sniper em Bucelas, concelho de Loures Datas: 26 de Junho a 3 de Setembro. Idade mínima: 6 anos Duração: Uma ou duas Semanas. Valor: Uma semana (7 dias): 285,00€ Duas semanas (14 dias): 535,00€ Preços especiais para irmãos. Realizado por marcação. Um Programa: Sniper Contactos website. www.sniper.pt e-mail: [email protected] Telef: 219 694 778 106 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR OUTDOOR Julho_Agosto 2011 107 A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam. Kid’s Campos de Férias Kids’s PROGRAMA PROGRAMA Campo de Férias MuitAventura Campo de Férias Rota do Fresco Mais umas merecidas FÉRIAS ESCOLARES. Todos os que frequentam a Escola anseiam por esta pausa. É uma altura em que os pais procuram uma solução pedagógica, segura e saudável na ocupação dos tempos livres das crianças / adolescentes. Os Desportos Aventura são a solução! A Muita Aventura, mais uma vez, organiza o ATL / Campo de Férias Aberto com um programa enriquecedor, que vai de encontro com as motivações e interesses dos mais novos. Quais as Actividades a Desenvolver? Caça ao Tesouro em Sintra; Conquista ao Castelo; Challenger com Gps; Praia e Piscina; Arborismo; Challenger na Praia “Tesouro Pirata”; Geocaching; Passeios Pedestres; Jogos de raquetas; Jogos de Dinâmica de grupo; Jogos Tradicionais; Desportos de Evasão: Paintball, Laser TAg, Tiro com Arco, Escalada, Slide, Rappel, Gincana de Btt, Orientação, entre outras muitas actividades. Onde: Espaço Muitaventura no Largo da Feira de S. Pedro de Sintra Datas: Última Semana de Junho e todas as semanas de Julho. Idade mínima: 8 anos Duração: Uma ou duas Semanas. Valor: Uma semana (7 dias): 75,00€ Duas semanas (14 dias): 140,00€ Preços especiais para irmãos. Realizado por marcação. Um Programa: MuitAventura Contactos website. www.muitaventura.com e-mail: [email protected] Telef: 96 702 12 48 No Campo de Férias Património, pretendemos levar as crianças a descobrir outra forma de estar - a forma de estar rural e alentejana em concreto; a relacionarem-se com o património existente; a experimentarem tradições rurais; a conhecerem as actividades económicas (comércio, agricultura); a participarem em jogos tradicionais; a interagir com crianças do campo. Tudo num ambiente saudável, seguro, divertido, instrutivo e personalizado. O Campo de Férias Património Verão 2011 destina-se a crianças entre os 6 e os 12 anos de idade, sem discriminação de nacionalidades desde que entendam uma das quatro línguas seguintes: português, inglês, francês ou espanhol. O Campo comporta todas as refeições (pequeno-almoço, bucha a meio da manhã, almoço, lanche, jantar e ceia), dormida em camarata de Domingo a Sábado, todas as despesas inerentes a todas as actividades mencionadas, deslocações no âmbito do Campo e seguros de acidentes pessoais. A inscrição de irmãos obedece a condições especiais. Temos uma lotação máxima de 40 crianças e disponibilizamos transporte de Lisboa para o Alentejo para os pais que assim o desejarem por um valor a definir mediante o número de crianças interessadas neste serviço. Onde: Campo Férias Património – Alvito Idade mínima: 6 anos Datas: de 26 de Junho a 3 de Setembro Duração: Uma semana Valor: Uma semana (7 dias): 380,00€ Preços especiais para irmãos. Sujeito a inscrição. Um Programa: Rota do Fresco Contactos website. www.campopatrimonio.com e-mail: [email protected] Telef: +351 284 475 413/ + 351 913 417 599 108 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Kid’s Campos de Férias PROGRAMA Campo de Férias Oficina da Natureza A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam. EXPLORADORES DA NATUREZA está especialmente vocacionada para participantes com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos. Tem como objectivos principais promover descoberta dinâmica do nosso Património Natural, bem como a realização de trabalhos práticos na área do ambiente. No Período da Manhã: A realização de um percurso natural na zona do Mezio (Parque Nacional da Peneda-Gerês * Arcos de Valdevez). Munidos de um guião de exploração e, com a ajuda dos professores e de monitores especializados, os participantes irão, ao longo deste trajecto, explorar a estrutura e o funcionamento do meio ambiente, através das várias actividades propostas. No Período da Tarde: A dinamização de uma oficina lúdico-pedagógica, na qual os mais novos, poderão descobrir, através da experimentação, diversas curiosidades sobre o ambiente. Onde: Parque Nacional da Peneda-Gerês * Arcos de Valdevez Idade mínima: 6 anos Duração: Manhã e tarde Valor: 25€ uma manhã ou tarde. Realizado por marcação. Um Programa: Oficina da Natureza Contactos website. www.oficinadanatureza.pt e-mail: [email protected] Telef: +351 936 077 462 OUTDOOR Julho_Agosto 2011 109 Kids’s PROGRAMA Campo de Férias Equinócio Colónia externa lúdico-pedagógica que promove multiactividades na grande área de Lisboa, com partida entre as 8h30 e as 9h00 de pontos centrais em Lisboa e regresso entre as 17h30 e as 18h00. As Manhãs são de Praia com a Iniciação ao Bodyboard. As Tardes desafiam-te com actividades Lúdico-pedagógicas: Mega Aventura - Circuito de Cordas Altas, Summer Games - dinâmicas de grupo em Monsanto, Missão Impossível: Jogo de acção e investigação, uma Aventura no Pavilhão do Conhecimento e um Zoo Peddy Papper! Almoço, Lanche, Materiais, Entradas e Seguros incluídos. Onde: Lisboa e arredores Idade mínima: 6 anos Datas: de 4 de Julho a 29 de Setembro. Duração: Uma semana Valor: Uma semana (7 dias): 340,00€ Duas semanas (14 dias): 624,00€ Preços especiais para irmãos. Sujeito a inscrição. Um Programa: Equinócio Contactos website. www.equinocio.com e-mail: [email protected] Telef: +351 210 155 139 + 351 912 220 204 ø 110 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam. Uma semana de férias inesquecível, recheada de actividade e de novas amizades para crianças e jovens dos 6 aos 12 anos! Actividades Outdoor OUTDOOR Até 25€ Passeio pedestre Sintra Cascais GPS Paper em Sintra Consiste num jogo feito no Parque Natural de Sintra em que um percurso é feito em autonomia com recurso a Road Book e GPS com duração aproximada de duas horas e meia. Onde: Sintra Preço: 12€ + Iva Realizado por marcação. Um Programa: MuitAventura Caça ao Tesouro em Sintra Na mítica Vila, Património Mundial, cenário ideal para actividades outdoor. Os grupos terão que encontrar o tesouro escondido, pelos mouros, desde a conquista de Lisboa em 1147. Duração: aproximadamente 2:30h / 3:00h Onde: Sintra Valor: 20€ + Iva Realizado por marcação. Um Programa: MuitAventura 112 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Aula de Surf no Guincho Primeira experiência na modalidade de surf na zona de segurança (Areia e ondas pequenas). Serão transmitidas competências sobre marés e equipamento da modalidade. Local: Praia do Guincho (Praia sinalizada) Duração: 2 horas Valor: 25€ Realizado por marcação. Um Programa: Guincho Adventours Canoagem Arrábida Mar Canoagem de Mar na costa do Portinho da Arrábida, em pleno coração do Parque Natural com o mesmo nome, e da Reserva Marinha Professor Luis Saldanha. Este percurso leva-nos a conhecer as praias a poente e nascente do Portinho da Arrábida e outras curiosidades do Parque Marinho. Local: Portinho da Arrábida Duração: ½ Dia. Realizado por marcação. Valor: 24€ Um Programa: Vertente Natural A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam. Experimente uma actividade natural no magnífico Parque Natural de Sintra-Cascais afastado da cidade e do turismo de massas. Traga os mais pequenos e introduza-lhes os prazeres do ambiente natural. Nós iremos orientá-lo através dos mais bonitos e históricos locais na montanha. Duração: Meio Dia Nível de dificuldade: Médio Valor: 25€ Realizado por marcação. Um Programa: Guincho Adventours Na Rota dos Veados Iniciação á escalada em rocha com introdução de conhecimentos e técnicas básicas em vias de nível III, V e VI . Esta actividade tem lugar na Fenda da Arrábida e leva-nos a percorrer parte desta. A Fenda da Arrábida é um dos ambientes naturais mais belos do Parque Natural, fazendo deste sector um local calmo, silencioso, onde a natureza reina e transforma a actividade não só numa iniciação técnica, mas também numa aproximação à forma de agir e praticar desporto numa área protegida. Local: Portinho da Arrábida Duração: ½ Dia. Realizado por marcação. Valor: 17€ Nível de dificuldade: Médio Um Programa: Vertente Natural Percurso muito acessível, com desníveis suaves, quase sempre ao longo de caminhos florestais. Na Rota dos Veados é um percurso que se realiza na zona alta da Serra da Lousã, percorrendo zonas florestais e de extensos matos de urze e carqueja, habitat preferencial do maior mamífero desta Serra, o Veado. É possível, ao longo de todo o trajecto, encontrar vestígios deste cervídeo (marcações nas árvores, trilhos, dejectos, pegadas, etc.). Com alguma sorte, também poderemos observar e/ou ouvir algum destes animais. Local: Serra da Lousã Duração: 4/5h. Realizado por marcação. Valor: 12,50€ Um Programa: TransSerrano Canoagem no Mondego Descida em canoa do maior rio português, um rio largo e com uma corrente constante, indicado para a iniciação à canoagem. Tem uma envolvente natural deslumbrante com vegetação variada e inúmeras aves. Local: Penacova/Coimbra Duração: 1 Dia. Realizado por marcação. Valor: 20€ Um Programa: TransSerrano Percurso Pedestre Os encantos do vale do Ceira II Percurso linear de 20 Km onde se podem apreciar moinhos, lagares de azeite, conhecer a apicultura, observar a flora ribeirinha, conhecer a agricultura tradicional e todo o mundo rural, estar em contacto com a natureza, ao mesmo tempo que se pratica um desporto saudável. Início junto à aldeia da Candosa e final na vila de Góis. Local: Serra da Lousã Duração: 8h. Realizado por marcação. Valor: 12,50€ Um Programa: TransSerrano OUTDOOR Julho_Agosto 2011 113 Actibidades Outdoor Workshop Escalada Actividades Outdoor OUTDOOR Até 25€ (cont.) Paintball O Paintball é um jogo de acção e estratégia, que desenvolve nas pessoas um espírito de equipa, responsabilidade, liderança e tomada de decisões sob condições de pressão psicológica. É jogado com equipamento de protecção e uma arma que dispara bolas de tinta, que rebentam aquando do seu impacto, marcando a zona atingida. Local: Parque Aventura Sniper, Bucelas Duração: 4h Dificuldade: Fácil / Médio Valor: 17,50€ Realizado por marcação Um Programa: Sniper Canoagem de Rio Moinhos a Constância Este é o primeiro percurso no Tejo de lezírias. Só após Abrantes é que o leito de cheia deste rio se expande por vastas áreas que o ladeiam. Damos as primeiras remadas num rio de grande caudal, calmo, largo, e muito fácil. Mais à frente, e numa curva à esquerda do rio, encontramos um pequeno rápido. Nada que assuste. Todos passamos com muita facilidade, este, e os seguintes. Local: Rio de Moinhos - Constância Duração: 3h Valor: 18€ Realizado por marcação. Um Programa: Aventur 114 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Kayak Aventura Iniciaremos o percurso em Vilar de Mouros, numa pequena praia fluvial junto do local onde se realizou o mítico Festival de Vilar de Mouros. A parte final do percurso é mais relaxada, permitindo desfrutar do património natural que nos oferece o Sapal do rio Coura, incluído na Rede Natura 2000. Este percurso convida à diversão. Local: Vilar de Mouros – Caminha Duração: 2,5 a 3h Dificuldade: Fácil / Médio Valor: 20€ Realizado por marcação Um Programa: MinhAventura Rota do Fresco ao Luar Noites quentes de luar, a Rota do Fresco leva-o a descobrir tesouros desconhecidos ao luar...e com uma ceia ao som do cante alentejano como recompensa. Conheça os frescos escondidos do Alentejo numa experiência única…. Com uma visita à ermida isolada de S.Neutel em vila nova da baronia, à igreja matriz de alvito e ao fresco renascentista, ermida de S.Sebastião e frescos seiscentistas de José de Escobar. Local: Évora Duração: 2h Dificuldade: Fácil Valor: 15€ Realizado por marcação Um Programa: Rota do Fresco A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam. A acção desenrola-se no famoso Penedo da Amizade, por baixo do Castelo dos Mouros. Por trilhos sinuosos alcançamos a base deste fabuloso penedo, que nos oferece vistas únicas dos exóticos palácios de Sintra e de toda a linha costeira para Norte. Aqui e encontramos uma variedade de vias de Rappel e Escalada que garantem diversão e desafio para todos, independentemente do seu grau de destreza ou experiência. Local: Serra de Sintra Duração: 3h Dificuldade: Fácil / Médio Valor: 25,20€ Realizado por marcação Um Programa: Equinócio Descida do Rio Zêzere Rio com rápidos de nível de dificuldade relativamente baixa até Constância (quando existe descarga da Barragem de Castelo Bode) e totalmente calmo em pleno Tejo. Descida até Constância com cerca de 8kms e até Almorol com cerca de 12kms. Local de Concentração – Barragem Castelo Bode Local de Chegada: Praia de Constância (apoio de restaurante/bar, etc) Local: Rio Zêzere Duração: 3h00 Dificuldade: Médio Valor: 20€ Realizado por marcação. Um Programa: Geo Aventura Caminhada Nocturna Aldeias do Xisto – Lousã Venha caminhar nas noites de Lua Cheia... Tipo de Actividade: Passeio Pedestre nas Aldeias Serranas da Lousã Programa: 20.00h – Concentração no Castelo da Lousã e deslocação até ao Terreiro das Bruxas em veículos da organização. 20.30h – Passeio Pedestre nocturno sob o amparo da Lua Cheia, pelas Aldeias Serranas da Lousã (Percurso de Média dificuldade). Inclui paragem para Bolo regional e licor na Aldeia Talasnal Local: Lousã Duração: 3h30 Dificuldade: Fácil / Médio Valor: 10€ Realizado por marcação. Um Programa: Geo Aventura Actibidades Outdoor Escalada e Rappel em Sintra Aventura 3 Este programa promete umas horas bem passadas e cheias de emoções fortes com actividades que, não obstante as excepcionais sensações que provocam, são simples de executar. Com a duração de uma manhã ou uma tarde, escolha as 3 actividades (ex: pontes de cordas, escalada, rappel, slide, matraquilhos humanos, entre outras) que mais gostar e o seu programa está feito. Local: Parque Aventura Sniper, Bucelas Duração: 3h Dificuldade: Fácil / Médio Valor: 18,50€ Realizado por marcação Um Programa: Sniper Caminhada Sintra Fantasmagórica Esta caminhada pretende desafiá-lo a superar possíveis superstições. O encontro será fantasmagórico! Na realidade, ou por mera sugestão, encontramos uma Serra de Sintra nova e desconhecida. Enquanto passeamos por caminhos esquecidos e quintas abandonadas, a luz da lanterna será de grande utilidade... sem ela o passo torna-se incerto! Traga uma pequena merenda, para retemperar o corpo e o espírito... o que nos espera pode ser muito mais do que imagina. Local: Serra de Sintra Duração: 2,5 a 3h Dificuldade: Fácil / Médio Valor: 20,30€ Realizado por marcação Um Programa: Equinócio OUTDOOR Julho_Agosto 2011 115 Actividades Outdoor OUTDOOR Até 75€ Rota dos antepassados em Buggy O desafio é conhecer um pouco da historia dos concelhos de Sintra e Cascais, através do contacto com dois ancestrais monumentos: As Ruínas Romanas (Casais Velhos) e o Convento dos Capuchos (Séc XVI), seguindo uma viagem por caminhos históricos e luxuriantes, em estreito contacto com a Natureza, num perímetro classificado pela Unesco como Património Mundial. Onde: Sintra e Cascais Duração: 3h Valor: 75€ Inclui entrada e vista ao Convento dos Capuchos Realizado por marcação. Um Programa: Guincho Adventours Canyoning no Rio Arado Passeio a cavalo por terras do Vez Para quem experimenta pela primeira vez ou para quem já conhece trata-se de um espectáculo sempre diferente. A beleza natural do Parque Nacional Peneda Gerês, a pureza da água do Rio Arado, as grutas, a descida das cascatas em rapel, os saltos para água... Pelo leito do Rio, caminhando, nadando, descendo as cascatas em rapel (cascatas com altura máxima de 50 m) Local: Rio Arado, Gêres. Data: Realizado por marcação. Duração: 4 a 5 horas Dificuldade: Baixo Valor: 50€ Realizado por marcação Um Programa: Javsport,Lda Para os que gostam de aventura preparámos uma experiência sensacional de liberdade e prazer. Um dia a andar de cavalo por uma vasta rede de caminhos que nos permite desfrutar de uma paisagem tipicamente rural. Duração: Todo-o-dia Onde: Arcos de Valdevez Valor: 75€ Realizado por marcação. Mínimo 2 pessoas. Um Programa: Oficina da Natureza Coasteering Blue Line O Costeering Blue Line é uma actividade nova, principalmente em Portugal. Trata-se de uma actividade em que se percorre a linha de costa, recorrendo a natação, escalada, saltos para a água e caminhada. Grau de dificuldade do programa: Médio Onde: Sesimbra Valor:30€ Realizado por marcação. Um Programa: Vertente Natural 116 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Canyoning Ribª Pena Actividade que envolve a descida a pé da Ribeira da Pena, com recurso a saltos, descidas em rapel e travessias por dentro de água. Esta ribeira percorre um vale encaixado e abrupto cujo leito, margens e encostas são formados por impressionantes fragas que tornam este local quase inacessível. Por esta razão, este vale ainda serve de refúgio a plantas e animais exclusivos e raros. Esta é a ribeira mais espectacular da Região Centro, onde se conjugam o cenário inóspito e selvagem (formado por inúmeras cascatas, lagoas e rochedos imponentes) com a vegetação exuberante e a vida selvagem peculiar, valendo a pena o esforço dispendido na realização desta actividade. Duração: 5h Onde: Góis Valor: 35€ Realizado por marcação. Um Programa: TransSerrano Canyoning no Rio Conho A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam. Este Workshop é destinado aos que se pretendem iniciar na escalada em rocha. O objectivo desta acção é transmitir técnicas e conceitos básicos que permitam aos iniciados actuar com maior segurança, eficiência e respeito pelo meio envolvente. Este é um Workshop realizado na Fenda da Arrábida um dos mais belos locais do Parque Natural da Arrábida. Duração: 1 dia Grau de dificuldade do programa: Médio Onde: Portinho da Arrábida Valor: 29€ Realizado por marcação. Um Programa: Vertente Natural Aventuras no rio Lima Fazer um passeio de caiaque entre Ponte da Barca e Ponte de Lima é seguramente uma forma diferente de apreciar as margens do rio Lima nas suas cores e formas multifacetadas. Grau de dificuldade do programa: Baixo Onde: Ponte de Lima Valor: 32€ Realizado por marcação. Um Programa: Oficina da Natureza Paintball + Aventura 3 Este programa, com duração de um dia inteiro, vai proporcionar-lhe um conjunto de sensações variadas. Inclui uma sessão normal de Paintball numa metade do dia, sendo que na outra metade irá fazer 3 actividades (Pontes de Cordas, Escalada, Rappel, Tiro com Arco, entre outras) escolhidas por si. A nossa Sessão de Paintball inclui 6 jogos efectuados nos 5 cenários diferentes que possuímos; o último jogo repetem o cenário que gostaram mais. Duração: 1 dia. Onde: Parque Aventura Sniper Valor: 34€ Realizado por marcação. Um Programa: Sniper. Actibidades Outdoor Workshop Escalada Pelo leito do Rio, caminhando, nadando, descendo as cascatas em rapel. O Rio Conho percorre locais idílicos de difícil acesso com uma beleza rude e agreste com enormes cascatas, uma delas com cinquenta metros... Local: Rio Conho, Gêres. Data: Realizado por marcação. Duração: 5 a 7horas Dificuldade: Médio/alto Valor: 60€ Realizado por marcação Um Programa: Javsport,Lda. Segway off road Desafiamos-te à diversão num dos nossos divertidos Segway todo o terreno. Cenários de Montanha e Praia, obstáculos à medida & fotos inesquecíveis. Onde: Sintra Duração: 2h Valor: 50€ por viatura Realizado por marcação. Um Programa: Guincho Adventours Canyoning Descida do leito de 1 rio/ribeira com Caminhada, Rappel e Saltos para a água! As paisagens são fabulosas e pode desfrutar de toda a beleza envolvente e adrenalina que actividade proporciona. Destinatários: Jovens adultos com alguma condição física. Experiência mínima em Rappel. Gosto pela natureza. Local: Teixeira; Frades 1 e 2; Paraduça; Lordelo; Vessadas ; Poio (Muito Técnico). Data: Realizado por marcação. Duração: 3h Dificuldade: Médio Valor: 45€ Realizado por marcação Um Programa: GeoAventura OUTDOOR Julho_Agosto 2011 117 Actividades Outdoor OUTDOOR + 75€ Arrábida Bike & Trekking Tour Este tour oferece-te um dia em grande! De manhã Btt, almoço e escalada de tarde! Vive intensas sensações no coração do Parque Natural de Arrábida. Fantásticos trilhos, floresta verde com riachos, grutas, e miradouros sobre praias deslumbrantes e a Península de Tróia. Onde: Arrábida Duração: Todo-o-dia. Realizado por marcação. Valor: 85€ Um Programa: Guincho Adventours 118 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Liberte as emoções e venha fazer um passeio de veleiro entre Viana do Castelo e Vila do Conde, onde poderá desfrutar da paisagem e do prazer de velejar. Proporcionamos-lhe uma aventura irresistível. Onde: Viana do Castelo Valor: Veleiro: 840 euros Almoço/pax: 15 euros. Realizado por marcação. Um Programa: Oficina da Natureza Formação Intensiva de Bodyboard A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam. TREKKING: “Serra de Gredos” Espanha Trekking moderado e ascensão ao ponto mais elevado da Cordilheira Central, o Pico do Almanzor, na Sierra de Gredos, em Ávila. Esta zona montanhosa irá proporcionar-nos caminhadas espectaculares, com paisagens marcadas por vales e circos glaciares, vegetação e fauna típica de altitude. Onde: Serra de gredos Duração: Dois Dias Valor: 160€/pax Realizado por marcação. Um Programa: TransSerrano Uma forma activa e divertida de aproveitares as tuas férias a treinar as técnicas de Bodyboard! Formação Intensiva em Bodyboard para jovens com mais de 8 anos que pretendem iniciar a modalidade ou que pretendam melhorar a sua performance. O material está todo incluído. A Formação é dada por um professor federado, tendo uma componente teórica e prática. Esta formação é intensiva com a duração 20h (5 manhãs de 4 horas) Onde: Praia de Carcavelos, Cascais. Duração: 5 manhãs (20h) Preço: 195€/pax Realizado por marcação. Um Programa: Equinócio Fim-de-semana Paintball Com entrada no Sábado de manhã, dormida em cabana de madeira, alimentação incluída, piscina e muitas actividades, umas atrás das outras, para preencher o Sábado e o Domingo com emoções sensacionais. Reúna um grupo de amigos e venha experimentar. Onde: Parque Aventura Sniper, Bucelas Duração: Dois Dias e uma noite Preço: 85€/pax Realizado por marcação. Um Programa: Sniper OUTDOOR Julho_Agosto 2011 119 Actibidades Outdoor Passeio de veleiro Descobrir Parque Nacional e Parques Naturais de Portugal ICNB, I.P. Conservação da natureza e da biodiversidade “Áreas Protegidas”? De que “áreas” estamos a falar? “Protegidas” de quê ou de quem? Dos cumes da Peneda-Gerês às ilhas barreiras que separam a Ria Formosa do Atlântico o continente português alberga inúmeros espaços que graças à expressão própria que nelas assume o que temos por natural se distinguem do todo de que fazem parte sendo portanto objecto de especial protecção. O carácter destas áreas torna-as pois apetecíveis para a prática de inúmeras actividades humanas que, caso realizadas de forma desregrada, colidem com a preservação pretendida. Daí a razão de ser do estatuto de protecção que lhes foi atribuído e dos cuidados em matéria de uso que do mesmo decorrem. 120 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR O Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, I.P. No âmbito do Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território (MAOT), o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, I.P. (ICNB, I.P.) tem por missão essencial propor, acompanhar e assegurar a execução das políticas de conservação da natureza e da biodiversidade. Ao ICNB, I.P. compete, entre outras atribuições: - exercer as funções de autoridade nacional para a conservação da natureza e da biodiversidade; - assegurar a preservação da conservação da natureza e da biodiversidade e a gestão sustentável de espécies e habitats naturais da flora e da fauna selvagens; - propor a criação de áreas classificadas, terrestres e marinhas, assegurando a gestão das áreas de interesse nacional. Contacto ICNB, I.P. Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, I.P. Rua de Santa Marta, 55, 1169 – 230 LISBOA telef.: (351) 213 507 900; fax: (351) 213 507 984; correio electrónico: [email protected] portal ICNB: www.icnb.pt Descobrir ICNB, I.P. Contactos Parque Nacional 1. Peneda-Gerês (parque nacional) Entre Castro Laboreiro e o planalto da Mourela sucedem-se habitats diversos com presença de espécies botânicas raras. Áreas agricultadas e pastagens. Fauna variada incluindo o lobo, corço, cabra pirenaica, aves de presa e numeroso cortejo de passeriformes. Vestígios pré-históricos, importantes testemunhos da presença romana, monumentos medievos e curiosos exemplos de arquitectura popular. Contacto PNPG Avenida António Macedo, 4704-538 Braga telef. 253 203 480; fax 253 613 169; e-mail: pnpg@ icnb.pt Informação actualizada sobre o PNPG: ver portal ICNB (www.icnb.pt). Parques Naturais Montesinho (parque natural) Terra Fria trasmontana: paisagem sóbria pautada por relevos suaves com cabeços arredondados separados por vales de rios encaixados. Cobertura de matos, carvalhais e castinçais, vegetação ribeirinha, lameiros e culturas de sequeiro. Principal população de lobo do território português. Sabor a ruralidade expresso em aldeias a relembrarem outros tempos e no conservar de velhas tradições. Contacto PNM Bairro Rubicar, Rua Cónego Albano Falcão, Lote 5, 5300-004 Bragança telef. 273 300 400; fax 273 381 179; e-mail: pnm@ icnb.pt Informação actualizada sobre o PNM: ver portal ICNB (www.icnb.pt) Litoral Norte (parque natural) Área litoral que se estende da foz do Cavado até ao Sul da Apúlia; sucessão de praias e dunas muito instáveis contíguas a matas e campos cultivados (nomeadamente maceiras). Outrora, local tradicional de apanha de sargaço. Forte presença humana na época estival. No mar, os Cavalos de Fão, duas restingas paralelas de rochedos, contam histórias antigas. Contacto PNLN Rua 1º de Dezembro 65, 474 -226 Esposende telef. 253 965 830; fax 253 965 330; e-mail: pnln@ icnb.pt Informação actualizada sobre o PNLN: ver portal ICNB (www.icnb.pt) OUTDOOR Julho_Agosto 2011 121 Descobrir Alvão (parque natural) Montanha vizinha do Marão rasgada por inúmeros afloramentos rochosos. O rio Olo origina a queda de água das Fisgas do Ermelo. Coberto vegetal com matos, carvalhais, plantações de exóticas e áreas agrícolas. Presença da fauna típica das serranias do norte interior e solar do boi maronês. Arquitectura rural característica. Contacto PNAl Largo dos Freitas, 5000 - 528 Vila Real telef. 259 302 830; Fax 259 302 831; e-mail: pnal@icnb. pt Informação actualizada sobre o PNAl: ver portal ICNB (www.icnb.pt) Douro Internacional (parque natural) Troço fronteiriço do rio Douro. Vale muito profundo, encaixado e com margens escarpadas a contrastar com as superfícies planalticas confinantes. Vegetação dominada pela presença do zimbro e da azinheira. Grifo, abutre-do-Egipto, cegonha-preta e águia-real destacam-se na avifauna. Curiosos pombais a pautar a paisagem. Surpresa ao descobrir o dialecto mirandês. Contacto PNDI Rua Santa Marinha 4, 5200-241 Mogadouro telef. 279 340 030; fax 279 341 596; e-mail: [email protected] Informação actualizada sobre o PNDI: ver portal ICNB (www.icnb.pt) Serra da Estrela (parque natural) Ponto mais elevado do continente português (Torre: 2000m) albergando inúmeros vestígios da última glaciação. Nascente do Mondego, Zêzere e Alva, verdadeiro castelo de água a dominar as Beiras. Lagoas e pastagens de altitude, turfeiras, carvalhais e castinçais, áreas de mato e matas de produção. Povoamento periférico com um ou outro casal isolado. Solar do cão Serra da Estrela e do queijo com o mesmo nome. Contacto PNSE Rua 1º de Maio 2 - Valazedo, 6260-101 Manteigas telef. 275 980 060; fax 275 980 069; e-mail: [email protected] Informação actualizada sobre o PNSE: ver portal ICNB (www.icnb.pt) Tejo Internacional (parque natural) Troço fronteiriço do rio Tejo incluindo vales e áreas aplanadas confinantes. O substrato xistoso suporta interessante conjunto de espécies florísticas. Paisagem com montados de sobro e azinho, zonas de olival denso, estepes cerealíferas e esteva nos terrenos menos férteis. Na avifauna, destaque para a cegonha-preta e presença de numerosas aves de presa que nidificam nas escarpas fluviais. Contacto PNTI Rua da Belavista, 6000-458 Castelo Branco telef. 272 348 140; fax 272 348 143; e-mail: [email protected] informação actualizada sobre o PNTI: ver portal ICNB (www.icnb.pt) 122 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Descobrir ICNB, I.P. Serras de Aire e Candeeiros (parque natural) O mais importante repositório das formações cársicas em Portugal traduzido numa profusão de formas: grutas e algares, poljes, campos de lapiás, sumidouros… Ausência de linhas de água superficiais originando vasta rede subterrânea. Na fauna sobressaem várias espécies de morcegos. Coberto vegetal adaptado à secura do meio com profusão de matos. Interessante cortejo de plantas aromáticas e medicinais. Contacto PNSAC Rua Dr. Augusto César Silva Ferreira - Bairro do Matão, 2490-215 Rio Maior telef. 243 999 480; fax 243 999 488; e-mail: [email protected] Informação actualizada sobre o PNSAC: ver portal ICNB (www.icnb.pt) Serra de São Mamede (parque natural) Maciço montanhoso emergindo da planície alentejana, fronteira vegetal entre o norte e o sul: carvalhais e castinçais, paredes meias com sobreiros e azinheiras, conferem-lhe um cunho peculiar. Fauna variada; presença de importante colónia de morcegos. Região de paisagem diversificada com múltiplos testemunhos materiais do passado. Contacto PNSSM Quinta dos Olhos de Água, 7330-318 Portalegre telef. 245 909 160; fax 245 909 169; e-mail: [email protected] Informação actualizada sobre o PNSSM: ver portal ICNB (www.icnb.pt) Sintra-Cascais (parque natural) Postada diante do Oceano a serra distribui a humidade de acordo com o jogo das exposições e em certos trechos da paisagem a árvore, associada a um emaranhado de liames, assume o ar de floresta densa. Falésias, arribas baixas, praias, dunas e o focinho da Roca pautam a orla marítima. Parques da Pena e Monserrate, Castelo dos Mouros, quintas e interessantes exemplos de arquitectura popular completam o conjunto. Contacto PNSC Rua Gago Coutinho 1, 2710-566 Sintra telef. 219 247 200; fax 219 247 227; e-mail: [email protected] Informação actualizada o PNSC: ver portal ICNB (www.icnb.pt). Arrábida (parque natural) Maciço calcário com falésias a cair a pique sobre o mar. Associações florísticas mediterrânica - maquis e garrigue - constituem conjuntos botânicos de grande valor. Numerosa flora marinha - mais de sete dezenas de espécies de algas - e fauna marinha. Vestígios pré-históricos, conventos, assentos de lavoura e conjuntos de arquitectura popular. Quadro paisagístico de feição mediterrânica. Contacto PNAR Praça da República, 2900-587 Setúbal telef. 265 541 140; fax 265 541 155; e-mail: [email protected] Informação actualizada sobre o PNAr: ver portal ICNB (www.icnb.pt) OUTDOOR Julho_Agosto 2011 123 Descobrir Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (parque natural) Área costeira com praias, falésias, ilhotas e rochedos isolados. Destaque para a “ilha” do Pessegueiro. Matos, charnecas, culturas de regadio e de sequeiro bem como matas de produção. Espécies botânicas raras. Zona de passagem e invernada para a avifauna. Interessante população de lontra com hábitos marinhos. A majestade de São Vicente e as lendas do promontório Sacro completam o quadro. Contacto PNSACV Rua Serpa Pinto 32, 7630-174 Odemira telef. 283 322 735; fax 283 322 830 ; e-mail: pnsacv@ icnb.pt Informação actualizada sobre o PNSACV: ver portal ICNB (www.icnb.pt) Vale do Guadiana (parque natural) Planície ondulada na zona do vale médio do rio Guadiana em que se destacam os vales encaixados do próprio rio e seus afluentes. Variada fauna piscícola - 24 espécies - e numerosa avifauna incluindo aves de presa e passeriformes. As torres e muralhas de Mértola, no alto do esporão rochoso que assinala o termo de navegabilidade do Guadiana, dominam parte da envolvente e contam parte importante da história. Contacto PNVG Rua D. Sancho II 54, 7750-350 Mértola telef. 286 611 090; fax 286 610 099; e-mail: [email protected] Informação actualizada sobre o PNVG: ver portal ICNB (www.icnb.pt) Ria Formosa (parque natural) Zona lagunar situada entre as penínsulas arenosas do Ancão e da manta Rota separada do mar por um cordão de ilhas-barreira. Dunas, sapais e vasas, áreas e pinhal manso e zonas agrícolas. Local de nidificação, passagem e invernada de para a avifauna. Grande variedade de moluscos, crustáceos e peixes. Intensa presença humana - nomeadamente na época estival - e actividades variadas com destaque para a apanha de bivalves. Contacto PNRF Quelfes, 8700-194 Olhão telef. 289 700 210; fax 289 700 219; e-mail: [email protected] Informação actualizada sobre o PNRF: ver portal ICNB (www.icnb.pt). Rede Nacional de Áreas Protegidas (áreas sob gestão do ICNB, I.P.) A Rede Nacional de Áreas Protegidas (RNAP) conta actualmente com 32 áreas de interesse nacional classificadas de acordo com as categorias de parque nacional, parque natural, paisagem protegida e monumento natural. Estas Áreas Protegidas são geridas directamente pelo ICNB, I.P. constituindo um repositório de interessantes geologias, floras e faunas, cenários atraentes e modos de estar e fazer característicos. Apresentamos neste número o Parque Nacional e os Parques Naturais de Portugal 124 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Descobrir ICNB, I.P. OUTDOOR Julho_Agosto 2011 125 Descobrir Coasteering Blue Line É uma modalidade desportiva relativamente recente, que consiste em progredir ao longo da zona entre-marés de uma costa rochosa, recorrendo à natação, escalada, rappel, saltos para a água e caminhada. Esta actividade permite-lhe descobrir cenários e recantos que de outra forma são impossíveis de deslumbrar. Venha e emocione-se! 126 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Fotos: Vertente Natural Desafio História Coasteering Internacional √√ Inicialmente actividade praticada para acesso a grutas, pesca, … √√ O termo coasteering surge em 1973 (“Sea Cliff Climbing” John Cleare & Robin Collomb) √√ Em 1990, surge como uma actividade recreativa na costa de Pembrokeshire (País de Gales - GB) e grande expansão pós 2000. Nacional √√ Associação Desnível - Cabo Roca e Arrábida – desde 2004, secção de canyoning (exploração e percursos mistos desde 1987). √√ ESHTE / Mestrado Natureza e Estágios – desde 2006 √√ Animação turística – Vertente Natural / Arrábida –desde 2009, Aventour / Açores - 2011 √√ Experiências – Smartbox / Aventour Açores OUTDOOR Julho_Agosto 2011 127 Descobrir Coasteering O Coasteering é uma actividade re- mento de descida como o “oito”, cordas e kit de cente em Portugal e Sesimbra salvamento em caso de emergência. é um dos melhores locais para a prática do desporto, pois A actividade tem sido um êxito em Se combina a envolvênsimbra e a empresa de Turismo A cia do Parque Marinho Professor Activo “Vertente Natural” foi Dr. Luiz Saldanha com um mar pioneira e responsável pela actividade azul esverdeado de águas montagem de um percurso tem sido um êxito translúcidas e escarpas roao longo da costa sesimem Sesimbra e a empresa chosas magníficas que se brense, incluindo a sua precipitam sobre as baías manutenção e realização de Turismo Activo “Vertente e enseadas características de actividades regulares, Natural” foi pioneira e responda paisagem. nomeadamente duransável pela montagem de um te a Primavera/Verão Para a actividade são nequando o público adepto percurso ao longo da costa cessárias uma série de de actividades de ar livre sesimbrense, incluindo a sua medidas de segurança e procura o fresco e a calma manutenção e realização para isso deverá ser assistida proporcionada por paisade actividades regue acompanhada por profissiogens de perder a respiração. nais experientes. Como mateMas ainda assim a actividade lares rial de segurança é indispensável pode ser realizada em qualquer o uso de capacete e colete flutuador e altura do ano, dependendo do grau é aconselhável o uso de fato térmico e ténis. de dificuldade e de adrenalina procurados. Alguns percursos admitem ainda rappel, logo é imprescindível o uso de arnês e todo o equipaVisite www.coasteering.pt Descobrir Coasteering Equipamento Fato neoprene integral (3 a 5 mm, dependendo da temp. da água e tempo de exposição) Capacete Calçado tipo de canyoning ou ténis Luvas e meias neoprene; Colete para flutuação ou mochila com bidão estanque; Equipamento de segurança colectivo: corda resgate, telemóvel, rádio VHF, bóia de resgate, prancha, barco de apoio, etc.; Mochila de grupo com farmácia, bidão, água e alimentos; Outros: Apito, equipamento auxiliar de natação (palmas, barbatanas…), máscara de natação, … 1º Testemunho: “ ....adorei fazer a actividade, foi bastante refrescante e os saltos para a água são simplesmente fantásticos de adrenalina... e passamos por sítios maravilhosos que nunca ninguém passou! O contacto com o mar na sua plenitude foi muito revigorante.” 2º Testemunho: “... foi simplesmente maravilhoso todo o contacto com a natureza mais pura...e com muita adrenalina à mistura completou o quadro perfeito de uma actividade de ar livre! A receita perfeita, natação, saltos para a água, rappel, escalada e ainda uma praia paradisíaca á nossa espera...Fantástico! 3º Testemunho: “ ... fiquei fã desta actividade, o conjunto perfeito de adrenalina e contacto com a natureza, muito revigorante e refrescante depois de uma semana de trabalho! Adorei!” ø Tombstoning Coasteering Tombstoning – Termo utilizado para saltos para a água em busca de aventura e adrenalina. A diferença fundamental entre coasteering e tombstoning é a natureza informal do 2º. Lesões e mortes causados por tombstoning são um problema crescente no Reino Unido. Entre 2004 e 2008 foram registados 139 acidentes com necessidade de resgate, dos quais resultaram 12 mortes Considerando os 41 dos casos mais graves : - 85% homens, maioria jovens - Comum sinistrados estarem alcoolizados - Dos incidentes não-fatais, é comum lesões da coluna e dos membros 128 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Descobrir Cartão Jovem comemora 25 anos D urante 2011, o Cartão Jovem irá promover uma série de iniciativas dedicadas à celebração dos seus 25 anos de existência. Actualmente, com 160.000 portadores, disponibiliza aproximadamente 8.000 vantagens nos mais variados sectores e áreas de actividade, como sejam os transportes, cinema, festivais de Verão, eventos desportivos e culturais, Pousadas de Juventude, entre outros, contribuindo para fomentar a mobilidade juvenil e o intercâmbio cultural. Como parte integrante do projecto de comunicação do aniversário do Cartão, para além dos vários passatempos e eventos mais tradicionais a que o produto está normalmente ligado, o 130 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR ano de 2011 vai ter novos momentos de activação da marca junto do seu potencial mercado. Viagem à Neve para portadores de Cartão Jovem, Intra_Rail 25 Anos Cartão Jovem, Regata Cartão Jovem, são alguns exemplos das iniciativas já realizadas para assinalarmos esta efeméride. Mas não ficamos por aqui, até ao final deste ano haverão mais iniciativas e surpresas para celebrar da melhor forma este aniversário. Em Portugal, esta iniciativa de âmbito europeu, gerida pela Movijovem, com representatividade em 40 países e mais de 4,6 milhões de portadores, dá adicionalmente acesso a mais de 70.000 vantagens, através da reciprocidade de utilização entre os membros da Associação Europeia do Cartão Jovem. No Pack Cartão Jovem poderão encontrar também uma arquitectura de informação para as áreas e tipos de vantagens disponíveis aos portadores. Por exemplo, nas vantagens principais, encontrarão em Mobilidade | Transportes o desconto nos comboios da CP. Nas vantagens promocionais, que incluem os vouchers promocionais, encontrarão óptimas ofertas de valor em bilhetes de cinema, museus e monumentos, Pousadas de Juventude, cursos de línguas e informática, parques temáticos e outras ofertas que poderão ser consultadas no Pack. ø Descobrir Cartão Jovem No que diz respeito às denominações das marcas Cartão Jovem, temos o Cartão Jovem Clássico e as sub-marcas que reflectem as diferentes ofertas de produto. O Mega Cartão Jovem, versão bancária, tem a função de cartão multibanco com vantagens em serviços bancários em parceria com a Caixa Geral de Depósitos, e as vantagens inerentes à versão clássica. O Cartão Jovem Municipal conjuga as vantagens da versão clássica com as vantagens dos municípios aderentes. Esta iniciativa Cartão Jovem Municipal, conta com o apoio da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP). A título de exemplo, num Cartão Jovem Municipal poderão encontrar descontos concedidos pelo município em subsídios escolares para alunos carenciados, contratos para abastecimento de água, utilização de infra-estruturas desportivas, taxas de licenciamento na aquisição de terreno para 1ª habitação, taxas de emissão em licenças para início de actividade empresarial, e descontos no comércio tradicional, ajudando, de igual modo, a fortalecer este sector de activi dade económica. Assim, neste caso, e seguindo uma política uniformizada de marca num modelo co-branded com os municípios, o Cartão Jovem Municipal tem um valor local, nacional e europeu. O Cartão Jovem Académico é a versão clássica com as vantagens das Associações de Estudantes de Coimbra e Lisboa. O Pack Cartão Jovem é outra sub-marca do universo Cartão Jovem. Trata-se de um guia de descontos com a informação das vantagens principais e promocionais do Cartão Jovem, em que as vantagens promocionais estão dispostas em formato de voucher destacável. Este Pack é grátis com aquisição do Cartão Jovem. Nas vantagens promocionais, que incluem os vouchers promocionais, encontrarão óptimas ofertas de valor em bilhetes de cinema, museus e monumentos, Pousadas de Juventude, cursos de línguas e informática, parques temáticos e outras ofertas que poderão ser consultadas no Pack. Como podemos verificar um sem número de descontos e vantagens que permitem fazer mais a quem é portador do Cartão Jovem, que agora é até aos 30 anos! OUTDOOR Julho_Agosto 2011 131 Descobrir Pousada de Juventude de Alfeizerão A Pousada de Juventude de Alfeizerão oferece um ambiente único e muito familiar, ideal para desfrutar de uns dias tranquilos explorando a Costa de Prata! A Pousada de Juventude de Alfeizerão pertence ao segmento das Pousadas de Praia. A pousada disponibiliza um total de 62 camas distribuídas por: 6 quartos duplos c/ WC (um adaptado a pessoas com mobilidade condicionada); 2 quartos múltiplos com 4 camas; 5 quartos múltiplos com 6 camas; 1 quarto múltiplo com 8 camas e 1 quarto familiar para 4 pessoas. As áreas sociais e de apoio englobam refeitório, sala de convívio com bar, cozinha e lavandaria para alberguistas e um campo polidesportivo. A poucos quilómetros da pousada, temos a vila e a praia de São Martinho do Porto, que se estende ao longo de uma baía com condições para a prática de desportos náuticos como o windsurf, a vela e a canoagem. Nesta zona é habitual observar espécies de aves pouco comuns como o andorinhão real, melro azul, peneireiro, rabirruivo, corvo, assim como várias espécies de gaivotas. Não deixe de provar uma bela fatia do tradicional Pão-de-Ló de Alfeizerão e as Trouxas-de-Ovos, toda a doçaria da zona foi muito influenciada pelos mosteiros e conventos da Ordem de Cister existentes na região. 132 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Preços Época Baixa (de 02/01/11 a 28/02/11 e de 01/10/11 a 29/12/11) Quarto Múltiplo (p/ pessoa) - 11,00 € Quarto Duplo c/ WC (p/ quarto) - 28,00 € Quarto Familiar c/ WC (p/ quarto) - 40,00 € Época Média (de 01/03/11 a 14/04/11; 01/05/11 a 09/06/11; 01/09/11 a 30/09/11) Quarto Múltiplo (p/ pessoa) - 13,00 € Quarto Duplo c/ WC (p/ quarto) - 32,00 € Quarto Familiar c/ WC (p/ quarto) - 54,00 € Época Alta (de 15/04/11 a 30/04/11; 10/06/11 a 31/08/11; 30/12/11 a 31/12/11 e 3 01/01/2011) Quarto Múltiplo (p/ pessoa) – 13,00 € Quarto Duplo c/ WC (p/ quarto) – 36,00 € Quarto Familiar c/ WC (p/ quarto) - 60,00 € Com o Cartão Jovem tens um desconto até 15% de desconto nas Pousadas de Juventude em Portugal Continental. Mas, se quiseres dormir numa pousada, e não tiveres este cartão, tens de possuir o Cartão de Alberguista, que te dá acesso às Pousadas de Juventude em todo o mundo e é válido por um ano. Podes obter o Cartão de Alberguista numa Pousada de Juventude ou nas lojas Ponto JA (Delegações Regionais do Instituto Português da Juventude). Como efectuar a reserva Podes reservar alojamento em qualquer Pousada de Juventude, ou através da Internet em www.pousadasjuventude.pt. Para tal, basta escolheres a Pousada, indicar o número de pessoas, o tipo de quarto, datas de entrada e saída… depois é só pagar. Se preferires, telefona para o 707 20 30 30 ou envia um e-mail para [email protected]. Também podes efectuar a tua reserva nas lojas Ponto JA ou directamente na Pousada que escolheres. Contactos Pousada de Juventude de Alfeizerão Estrada Nacional 8 2460-191 Alfeizerão Tel. +351 262 990 392 / Fax. +351 262 990 393 E-mail [email protected] www.pousadasjuventude.pt OUTDOOR Julho_Agosto 2011 133 Descobrir Pousadas Para sul, em direcção a Óbidos, local de Nas proximidades há imensos locais de visita obrigatória, sugerimos uma interesse a visitar. Rumando a norpassagem pelas Caldas da Raite, temos a cidade de Alcobaça, A poucos nha, com especial enfoque no conhecida pelo seu Mosteiro, quilómetros da Parque das Termas, no Muuma das nossas obras-primas pousada, temos a vila seu Rafael Bordalo Pinheiro, medievais, classificada pela com divertidas caricaturas UNESCO como Património e a praia de São Martinho em cerâmica e no Museu Mundial da Humanidade, do Porto, que se estende ao dedicado ao pintor portuque alberga os túmulos de longo de uma baía com conguês José Malhoa. Já em D. Pedro e Inês, protagoÓbidos, onde as muralhas nistas da maior história de dições para a prática de protegem as ruas estreitas amor portuguesa. Um poudesportos náuticos como de traça medieval, aproveico mais acima, na orla marío windsurf, a vela e a te para passear entre as casas tima, encontramos a Nazaré, brancas, visitar o castelo e envila piscatória famosa, não só canoagem trar nas igrejas para descobrir as pelas “sete saias” das suas varinas, assim como pelo altíssimo esposuas maravilhas. Para terminar o dia em grande, nada como provar a tão afamada rão rochoso “Sítio”, de onde se avista uma Ginjinha! ø panorâmica da praia da Nazaré. Intra_Rail VEM DESCOBRIR PORTUGAL SEM LEVAR A CAMA ÀS COSTAS Desafia os teus amigos para uma escapadela de 3 ou 10 dias e partam numa aventura pelo território nacional. Esta pode ser uma experiência única na tua vida, não percas. 134 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR 0 MAIS DE 3 MBÉM PARA TA , AGORA ANOS! A TUA POUSADA. O TEU LUGAR EM MUITOS LUGARES Quer vás para aventuras a Norte, quer partas à descoberta do Sul, podes ter a certeza que há uma Pousada de Juventude preparada para te receber. Só tens de fazer a reserva de quarto antecipadamente, seja para 2 ou 9 noites (sujeita à confirmação de disponibilidade). Tens incluídos a estadia em quarto múltiplo, e o pequeno-almoço. Se preferires, podes reservar um quarto duplo, mediante pagamento da diferença de preço. Contacta a Linha de Juventude 707 20 30 30 ou o e-mail [email protected] e faz a reserva, indicando o número do teu cartão INTRA_RAIL NÃO ESQUECER O INTRA_RAIL, após activação com inscrição de nome, data e zona da viagem, torna-se pessoal e intransmissível; A compra do INTRA_RAIL com desconto do Cartão Jovem, obriga a que o Cartão Jovem esteja válido nos actos de compra e de utilização e que o portador seja o mesmo titular do Cartão Jovem e do INTRA_RAIL; O INTRA_RAIL não é reembolsável nem revalidável, excepto por motivos de alteração da data do início da viagem, conforme condições de utilização no verso; As condições (descontos) do INTRA_RAIL não são acumuláveis com outras em vigor; Caso não esteja cumprido algum dos requisitos enunciados (o INTRA_RAIL não estar carimbado, não estares na zona ou data constantes do carimbo, não seres titular do cartão, não teres bilhete de comboio válido) serás considerado passageiro sem bilhete, incorrendo nas penalizações associadas; DE COMBOIO TU MUDAS DE RUMO Com o INTRA_RAIL vais poder viajar livremente em todos os comboios Intercidades (2ª classe], Regionais, Interregionais e Urbanos. Antes de entrares Se tiveres uma versão do INTRA_RAIL com validade no comboio tens sempre que solicitar na bilheteira de 2007, os serviços descritos no pack continuam válidos. a emissão do teu bilhete, podendo fazê-lo com antecedência até 30 dias. Para isso, terás que apresenINTRA_RAIL XCAPE tar o teu INTRA_RAIL, o Bilhete de Identidade ou o Cartão de Cidadão e o Cartão Jovem, caso tenhas É válido durante 3 dias para adquirido o INTRA_RAIL ao abrigo deste cartão. uma das 4 zonas pré-definidas Para chegares às zonas que escolheste, tame inclui as viagens nos comTens boios Intercidades (2ª Classe), bém tens 20% de desconto nos Intercidades Regionais, Interregionais e Urincluídos a [2ª classe], Regionais e Interregionais. estadia em quarto ATRAVESSA O TEJO COM DESCONTO múltiplo, e o pequenoTens ainda 50% de desconto na utili- almoço. Se preferires, pozação dos serviços ferroviários Fertades reservar um quarto gus nos dias abrangidos pelo teu carduplo, mediante pagatão INTRA_RAIL. Basta apresentares o mento da diferenteu cartão no momento da compra do ça de preço bilhete. UM PRESENTE DIFERENTE Sempre que te perguntarem o que queres de presente de aniversário ou de Natal, ou se algum tio ou avô mais generoso te quiser dar uma “ajudinha”, só tens de lhes sugerir o INTRA_RAIL que tu queres. Facilitas a vida aos teus familiares e a tua também. COMPRA E ACTIVA O TEU INTRA_RAIL O teu INTRA_RAIL é vendido em todo o país, em vários pontos de venda ao teu dispor. Mas antes de iniciares a tua aventura, não te esqueças de activá-lo. Para isso, só tens que te dirigir a um ponto de activação, para que inscrevam no cartão o teu nome, os dias e as zonas da tua viagem. ø banos e 2 noites de estadia nas Pousadas de Juventude. E com Cartão Jovem ainda pagas menos. +30 €69,00 Sem cartão jovem €59,00 Com cartão jovem €53,00 INTRA_RAIL XPLORE É válido durante 10 dias em 2 zonas obrigatoriamente adjacentes (AB -BC -CD] e inclui as viagens nos comboios Intercidades (2ª Classe), Regionais, Interregionais e Urbanos e 9 noites de estadia nas Pousadas de Juventude. E com Cartão Jovem ainda pagas menos. +30 €239,00 Sem cartão jovem €199,00 Com cartão jovem €173,00 OUTDOOR Julho_Agosto 2011 135 Intra_Rail Portugal O INTRA_RAIL , dá-te liberdade para viajares pelo país, nos comboios da CP e ter alojamento nas Pousadas de Juventude (a partir dos 12 anos). Escolhe uma aventura de 3 ou 10 dias, dentro de 4 zonas pré-definidas, e faz boa viagem! Intra_Rail C D 43 41 42 LISBOA E VALE DO TEJO E ALTO ALENTEJO Todas as estações entre o norte de Alcácer do Sal/Casa Branca/Évora (inclusive), e o sul de Louriçal/Pombal/Víla Velha de Ródão (inclusive). 45 34 22 20 BEIRAS Todas as estações entre o norte de Louriçal/Pombal/Víla Velha de Ródão (exclusive) e o sul de Espinho (inclusive). 44 3 19 37 17 PORTO E NORTE Todas as estações a norte de Espinho (exclusive). 32 PONTOS DE VENDA E ACTIVAÇÃO: ESTAÇÕES DE VENDA CP Albufeira Aveiro Beja Braga Cais do Sodré Castelo Branco Coimbra Coimbra B Covilhã Entrecampos Entroncamento Espinho Faro Figueira da Foz General Torres Guarda Guimarães Lagos Lisboa - Oriente Lisboa - Sta. Apolónia Lisboa - Sete Rios Nelas Oeiras Paredes Pinhal Novo Pombal Portimão Porto - Campanhã Porto - São Bento Régua Rossio Santarém Tavira Viana do Castelo V. Nova de Gaia 13 12 Consulte eventuais alterações à circulação em cp.pt B 29 ALGARVE E ALENTEJO ATÉ ÉVORA Todas as estações a sul de Alcácer do Sal/Casa Branca/Évora (inclusive). 38 10 21 46 31 33 1 Abrantes 16 2 Alcoutim 30 3 Alijó 4 Almada 28 5 Alfeizerão - S. Martinho doPorto 23 6 Aljezur - Arrifana 7 Almograve 8 Alvados - Porto de Mós 14 25 9 Areia Branca 10 Aveiro 11 Beja 5 9 12 Braga 8 13 Bragança Riachos/T.Nova/Golegã 14 Castelo Branco 1 15 Catalazete - Oeiras 16 Coimbra 35 17 Espinho 18 Faro 19 Foz Côa 20 Foz do Cávado 15 4 21 Guarda 27 26 22 Guimarães Consulte eventuais alterações à circulação em cp.pt A 23 Idanha-a-nova 24 Lagos 25 Leiria 26 Lisboa 27 Lisboa- Parque das Naçõe s 39 28 Lousã 29 Melgaço PONTOS DE VENDA: LOJAS PONTO JA Aveiro Beja Braga Bragança Castelo Branco Coimbra Faro Guarda Leiria Lisboa - Av. da Liberdade Portalegre Porto Santarém Setúbal Viana do Castelo Vila Real Viseu 136 30 Mina – Fundão 31 Mira 32 Ovar 11 33 Penhas da Saúde 34 Ponte de Lima 35 Portalegre 36 Portimão 7 37 Porto 38 São Pedro do Sul 39 Setúbal 2 6 40 Tavira 41 Viana do Castelo 42 Viana doCastelo- Navio Gil Eanne s 24 36 18 40 43 Vila Nova de Cervelra 44 Vila Real 45 Vilarinho das Furnas 46 Viseu Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Descobrir A minha experiência Liliana Henriques, 24 anos Existem momentos na vida que nos marcam, o Inter Rail foi um deles. Uma experiência inesquecível, enriquecedora e uma grande aventura que me trazem muitas recordações e saudades. O bilhete de Inter Rail permite conhecer um conjunto de países europeus através de viagens ferroviárias a um valor que considero acessível. Existem algumas modalidades disponíveis nos 30 países que fazem parte do passe. A minha escolha recaiu na opção de viajar 22 dias seguidos, o que me permitiu uma maior flexibilidade. Surgiu a possibilidade de fazer um Inter Rail na altura de transição entre a vida de estudante para a de trabalhador. Foram 25 dias de viagem, 12 países e 15 cidades com cerca de 20 quilos de bagagem, que por vezes se mostraram excessivos. A fase de planeamento foi bastante importante, traçar o percurso, escolher os locais a visitar, onde dormir, verificar os horários de 138 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR comboios mas o melhor é o incerto e todos os ajustes que se fazem ao longo da viagem. Conheci locais com uma beleza extraordinária, com culturas bastante presentes e pessoas cativantes. Fiquei impressionada com algumas cidades como foi o caso de Paris, Bruges, Berlim e Zagreb, que mostraram um encanto especial. Países: Espanha; França; Luxemburgo; Bélgica; Holanda; Alemanha; Polónia; República Checa - Eslováquia; Hungria; Croácia; Itália. O Inter Rail possibilitou-me uma experiência única com um valor incalculável. Ficou o gosto pela aventura, pelo desconhecido e é um desejo da próxima viagem. Aconselho a todos viverem esta experiência que enche a vida. Sites que recomendo: ■■ Comboios de Portugal ■■ Hi Hostel ■■ Travel Guide da American Express Escolhi uma zona de Portugal, o Norte e optei por fazer um IntraRail. Baseia-se no mesmo princípio do Inter Rail, a diferença é que percorremos apenas o nosso país de comboio. De modo a desfrutar ao máximo esta oportunidade, antes da viagem, planeei calmamente o percurso e as cidades a visitar. Deste modo, aproveitei o tempo da melhor maneira, conseguindo visitar um maior número de locais. Todas as vilas e apeadeiros por onde passei farão parte da minha memória para sempre. Cada local novo onde chegava, independentemente da quantidade de sítios já visitados, era sempre um cheiro novo, uma vista diferente e um sentimento especial. Durante os 10 dias, visitei vilas e cidades como Foz Côa, Vila Real, Guimarães, Braga, Viana do Castelo, Ponte de Lima, Vila Nova de Cerveira e Porto. APP IPHONE Para mim, uma das coisas que mais me fascinou foi poder apreciar a belíssima vista que dispomos nas linhas de comboio que possuímos no nosso país. Dou como exemplo, a linha do Tua, que por si apresenta um valor incalculável e difícil de exprimir em palavras. A paisagem verdejante, a fauna, a flora e os imensos lugares paradisíacos que por lá encontrei. É sem dúvida alguma, uma viagem a não perder. Cada vez mais o automóvel é utilizado como meio de transporte, quer pela disponibilidade, quer pela facilidade em sair e chegar aos locais à hora pretendida. Actualmente estamos habituados a viajar e a conhecer novos locais com o carro, pensando que desta forma vemos tudo o que há para ver. Mas na verdade, estas viagens de comboio, os percursos a pé e o convívio com a população local enriquecem imensurávelmente a nossa viagem. Tendo tido a experiência de visitar os mesmos locais de ambas as formas reforço a ideia de que o comboio me mostrou belíssimos recantos do Norte do país, (inacessíveis de carro), além de me permitir desfrutar de toda a viagem, não tendo que estar com atenção à condução. Com este Intra Rail, fiquei a conhecer muito melhor uma zona de Portugal que só por si apresenta lugares fantásticos. O facto de ver que o nosso país tem uma cultura imensa, fez com que este Intra Rail tivesse ainda mais valor. O cansaço sentido no final do dia era claramente compensado pela riqueza extraordinária dos locais visitados e das experiências vividas. Foi, sem dúvida alguma, uma experiência única e a repetir por outras zonas de Portugal. ø TripIt - Travel Organizer A forma mais fácil de organizar viagens. http://itunes.apple.com/us/ app/tripit-travel-organizer/ id311035142?mt=8 OUTDOOR Julho_Agosto 2011 139 Descobrir A minha experiência Sofia Carvalho – 23 anos Quando terminei o primeiro ano da faculdade queria arranjar forma de fazer umas férias diferentes. Sempre adorei conhecer novos locais, novas culturas e novas formas de viver e estar. Na altura tinha várias ideias de locais, mas o meu principal objectivo era primeiramente conhecer o meu país. Sempre me agradou imenso pegar na mochila e partir a aventura, e assim foi! Viajar Esplêndida travessia para a descoberta de regiões que se mantêm muito selvagens e que são dotadas de uma paisagem deslumbrante, de fauna e de flora diversas, e onde iremos apreciar a sua imensa tranquilidade. APP IPHONE My Language Free Translator MyLanguage, Inc. é a primeira comunidade de tradução e aprendizagem de idiomas. O myLanguage Translator está disponível em duas versões: a versão básica e a versão Pro. Ambas suportam a tradução em 59 idiomas, mas a versão Pro também inclui suporte para transliteração (para representar ou escrever com caracteres num outro alfabeto) e capacidade de converter texto em linguagem oral. http://itunes.apple.com/pt/app/mylanguage-free-translator/ id306752957?mt=8 140 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR Fotos: Gonçalo Velez, Rotas do Vento Moçambique, África do Sul, Swazilândia: do Grande Limpopo a Bazaruto Rotas do vento PROGRAMA Pontos de Interesse ■■ Grandes safaris no Parque Nacional Kruger; ■■ Parque Transfronteiriço do Grande Limpopo; ■■ Reserva de Elefantes de Maputo ou Parque Nacional Swazi; ■■ Reserva Natural de Hluhluwe; ■■ Savanas a perder de vista em busca dos “Big Five”; ■■ Praias desertas e paradisíacas no Índico, ■■ O exotismo das cidades de Maputo e Inhambane; ■■ Infindáveis territórios selvagens quase inexplorados; ■■ Campismo selvagem em savanas remotas; ■■ Passeio de dhow no Indico até ao Arquipélago de Bazaruto; ■■ A cultura de Moçambique. D1 e D2: Voos Lisboa-Joanesburgo, transporte para o hotel. D3: Joanesburgo – Bush Camp. D4: Bush Camp – Parque Nacional Kruger. D5: Safari no Parque Nacional Kruger. D6 e D7: Safaris no Parque Transfronteiriço do Grande Limpopo - Moçambique. D8 e D9: Banhine/Zinave, Parque Natural de Zinave. D10 e D11: Vilanculos. Passeio de dhow ao Arquipélago de Bazaruto, actividades marítimas, praia. D12 a D14: Inhambane, passeio de dhow, praia. D15: Maputo. D16: Safari na Reserva de Elefantes/ Swazilândia. D17 e D18: Zululand, safari na Reserva Natural de Hluhluwe. D19: Joanesburgo. D20-D21: Voos Joanesburgo – Lisboa. Preço: desde Eur 3040 por pessoa (voos incluídos). Um programa: Rotas do vento www.rotasdovento.com OUTDOOR Julho_Agosto 2011 141 Viajar Moçambique, África do Sul, Swazilândia À partida da África do Actualmente um país pacífico, com uma econoSul, com travessia mia em rápido crescimento, recentemente da Swazilândia, reaberto ao turismo, Moçambique ofereAtravessairemos avence ao viajante uma riqueza de tesouros remos o interior turar-nos na forma de áreas selvagens quase moçambicano através numa encruzilhada de virgens, beleza natural, praias desercivilizações, culturas tas e uma herança cultural única. de pistas muito irregulae paisagens, influenEsta expedição combina as famores e faremos campismo ciadas desde cedo por sas atracções dos parques nacioselvagem numa savana tribos nómadas, conais Kruger e Hluhluwe, com a sua imensa diversidade de vida animal, merciantes árabes, colongínqua, intocada, o Parque Transfronteiriço do Grande lonizadores portugueses mas incrivelmente Limpopo, a zona desértica de Banhine/ e marinheiros britânicos. cénica. Zinave, a Reserva de Elefantes de Maputo ou os Parques Swazi. O Parque Transfronteiriço engloba o Kruger Park na África do Sul bem como vastas regiões adjacentes de Moçambique e do Zimbabwe. Atravessaremos o interior moçambicano através de pistas muito irregulares e faremos campismo selvagem numa savana longínqua, intocada, mas incrivelmente cénica. Iremos visitar atracções naturais e culturais e desfrutar das praias desertas e paradisíacas do Oceano Índico, incluindo o Arquipélago de Bazaruto. Passaremos em Maputo, a capital, onde iremos apreciar a influência da cultura latina e desfrutar desta cidade colorida e cheia de vida. ø Viajar Memórias por Pedro Pacheco Breve Relato de uma aventura no tecto do Mundo em 1994! Em Agosto de 1994, e acompanhado por uma equipa de reportagem da SIC, Pedro Pacheco saiu de Lisboa rumo ao Nepal e aos Himalaias . Durante 55 dias, o alpinista do Porto, responsável de uma das primeiras empresas de turismo aventura portuguesas (Trilhos.pt) tentou atingir os 8848 metros do cume que os nepaleses conhecem como Sagarmatha, a Deusa Mãe dos Ventos e dos Céus. Durante o tempo que permaneceu acima dos 5 mil metros, Pedro pôs à prova os limites humanos: respirou entre 50 a 30% do oxigénio respirado ao nível do mar, sofreu temperaturas entre os 30 graus positivos e os 30 negativos, sentiu rajadas de vento superiores a 100 quilómetros hora, e correu o risco de avalanchas e de edemas pulmonares e cerebrais. 142 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR S egundo dia encurralado a 8000 metros de altitude, esperando a melhoria do tempo. O vento fustiga a tenda sem cessar. É tenso o estado de espírito de todos os membros da expedição. Aqui dentro, o chão é disforme e as paredes um autêntico muro gelado. Não há espaço para estender as pernas. Mas, nem para satisfazer certas necessidades elementares abandono este abrigo desconfortável: um pacote vazio de comida liofilizada serve perfeitamente…. Apesar do vento tempestuoso e do frio próximo dos 25º negativos o Sol brilha. Encontro-me na aresta fronteiriça entre o Nepal e o Tibete e o cume parece ao alcance da mão, mas com as varetas da tenda partidas e a tela rasgada é necessário saber renunciar. Caso contrário, a mais alta montanha da Terra seria implacável como foi com um grupo de Indianos que tempos atrás foram arrastados com tendas e tudo e nunca mais nenhum foi visto… Só agora acredito, de facto, nesta história. Com grande dificuldade ainda consigo captar algumas imagens vídeo do que estou a vivenciar. Pessoalmente não concebo a montanha como um local de sofrimento, menos ainda como antecâmara da morte. Vejo-a como um terreno de jogo e de aventura, onde a liberdade é absoluta e o único motor somos nós próprios. Certos termos vulgarmente associados ao alpinismo (por exemplo: assalto, conquista, vitória) dão-lhe uma conotação algo rígida quando afinal se trata, essencialmente, de uma experiência existencial estética e desportiva. Após mês e meio de expedição, três tentativas terminais sem sucesso devido à inexistência de previsões meteorológicas fiáveis, intervaladas por descidas ao campo base com quase uma dezena de passagens pelo temível “Ice Fall” (Imponente encosta de gelo, que se movimenta cerca de 2 metros por dia na sua parte central provocando enormes brechas, as quais apenas podem ser transpostas com pontes precariamente improvisadas com escadas de alumínio), desço. Restavam-me relativamente poucos metros para o cume. Fecha-se o círculo. No campo-base reencontro o Jornalista Aurélio Faria e o Camaraman Filipe Ferreira da SIC que depois efectuaram uma reportagem profissional. A sua permanência ali foi muito importante, para mim. O facto de poder, via rádio, falar com eles a nossa língua constituiu um óptimo apoio moral nos acampamentos de altitude, em que uma acentuada letargia domina o nosso estado de espírito. Nos dias que se seguiram, caminhando calmamente de regresso a Kathmandu, já só pensava nas novas aventuras que ainda me faltam concretizar no nosso pequeno mas ainda selvagem Portugal: vias de escalada clássica que pretendo abrir, novas descidas de canyoning e Hidrospeed , etc… ø Pedro Pacheco APP IPHONE Termómetro Digital O Termómetro Digital indica a temperatura actual no local onde estamos. A temperatura pode ser visualizada em Graus ou Fahrenheit http://itunes.apple.com/pt/ app/digital-thermometer-free/ id373739433?mt=8 OUTDOOR Julho_Agosto 2011 143 Viajar Memórias por Pedro Pacheco Vejo-a como um terreno de jogo e de aventura, onde a liberdade é absoluta e o único motor somos nós próprios. Viajar Cuidados de Alimentação em Viagem A conservação de uma boa saúde em viagem é essencial. Quando viajamos em países menos desenvolvidos do que o nosso (do ponto de vista da higiene) é vital dedicarmos uma enorme atenção à evolução do nosso estado físico pois qualquer descuido pode trazer-nos graves dissabores. Em paralelo, é igualmente essencial não deixarmos enfraquecer o organismo por ingestão de nutrientes e de líquidos deficientes, tanto em quantidade como em qualidade. Um organismo depauperado torna-se propenso à doença. Tenha sempre presente de que melhor do que qualquer vacina é a atitude de vigilância constante ao que comemos e bebemos. Escusado será dizer que partir de boa saúde é a primeira prioridade. 144 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR APP IPHONE Medicamentos de A a Z Com esta aplicação pode consultar a informação de preço de mercado, nomes comerciais, genéricos, informações de prescrição, entre outras informações de mais de 500 medicamentos. Pode também filtrar e pesquisar por nome, enviar informações por e-mail e adicionar notas pessoais. http://itunes.apple.com/pt/app/medicamentosde-a-a-z-free/id386721293?mt=8# Fotos: Gonçalo Velez, Rotas do Vento Alimentação: Numa viagem com predominância de esforço físico é vital repor as calorias gastas em cada etapa. Note que não é necessário comer muito, desde que se coma o que é correcto. É generalizada a ideia de que a carne é que dá força. Nos programas que organizamos, em que o tipo de esforço é de intensidade moderada mas de relativa longa duração, essa ideia é muito errada. As suas refeições devem ser sempre muito ricas em hidratos de carbono (arroz, massas, batata, cereais, feijão, biscoitos, etc) para repor as reservas de energia que gastou durante o dia. O seu suprimento far-se-á sobretudo ao jantar pois a refeição de meio do dia deve ser frugal, tipo pic nic, para que não prossiga a etapa com uma digestão pesada. É curioso de notar como as diversas regiões possuem os seus alimentos de esforço característicos: o arroz e a massa na Ásia, a batata e o feijão na Europa (originários do Brasil), o cous cous e a lentilha no Magrebe, a mandioca no resto de África, a quinoa e o milho nos Andes, etc, não mencionando os diversos tipos de cereal que se generalizaram nos vários continentes, cada um adaptado às condições climáticas locais. Não coma alimentos crus excepto se conhecer a sua proveniência ou no caso de fruta envolta em casca (lave-a muito bem antes de descascá-la). A gastronomia é um aspecto cultural muito importante em cada viagem e recomendamos que procure conhecer o mais possível das suas variadas facetas. Os locais privilegiados para ter essa experiência, e seguramente os mais genuínos, são onde come o povo nativo. Procure estabelecimentos simples e movimentados, e misture-se com os locais. Nos países que gozam de bom clima pode-se comer uma refeição na rua, servida a partir de bancas. É uma experiência muito interessante, não sem envolver algum risco para a saúde, mas que consideramos imprescindível. ø Gonçalo Velez Rotas do Vento — www.rotasdovento.com OUTDOOR Julho_Agosto 2011 145 Viajar Cuidados de Alimentação em Viagem Hidratação: Na montanha ou no deserto, o ar é mais seco, o que, associado ao esforço físico diário gera uma maior perda de vapor de água pela respiração. Podemos não notá-lo mas respiramos mais rápida e profundamente. Por via desse esforço também transpiramos mais. Mas não só: a nossa exposição prolongada ao sol e ao vento também contribui para esse efeito. Por isso recomendamos-lhe que beba regularmente durante o esforço, mesmo que não tenha sede. Três ou quatro golos em cada quarenta minutos são suficientes. Use um cantil ou uma garrafa de água com uma capacidade de 1.5 litros. A hidratação no final do esforço é a mais importante, pois durante o dia não conseguirá beber tanto quanto necessário. Prefira água morna ou quente (chá, sopa), pois o organismo absorve-a melhor, e concentre-se em conseguir absorver o mais possível. Tente conseguir duas urinas abundantes entre o final da etapa e o deitar. Uma urina transparente significa que o organismo está bem hidratado. Mantendo sempre uma boa hidratação do organismo possibilita uma recuperação mais rápida da fadiga muscular durante a noite. Caso ache necessário, durma com o cantil à cabeceira e beba de cada vez que despertar. Há quem decida beber pouco ao serão para evitar passar pelo desconforto (e às vezes pelo frio) de ter de levantar-se durante a noite. Isso é muito errado, e você tem de assumir que esse é um custo necessário para manter-se na melhor forma possível. O pequeno almoço é outra ocasião que deverá aproveitar para beber bastante. Por precaução, trate toda a água que não for fervida ou engarrafada. Leve um produto de desinfecção de água ou um filtro apropriado para desinfectar toda a água que não foi tratada. Rotas do Vento fornece comprimidos Aquatabs para purificação de água, leia aqui. Desconfie do gelo que lhe servem nas bebidas por que pode provir de água da torneira! Em Portugal é muito difícil encontrar produtos para purificação de água. O caso é fácil de resolver: compre um frasco conta-gotas numa farmácia e encha-o de lixívia. Deite 3 gotas por litro de água a tratar e espere 30 minutos. Nos climas quentes e húmidos em que a sudação pode ser abundante convém abusar um pouco do sal de cozinha. Viajar Receitas Outdoor Uma rubrica destinada à partilha de receitas e sugestões de Cozinha Outdoor. Partilha as tuas receitas Outdoor preferidas! Envia-nos um email para [email protected] e poderás ver a tua receita na próxima edição da Revista Outdoor e no Portal Aventuras. Convidámos Ricardo Mendes, um explorador e aventureiro Português a descrever uma das suas experiências alimentares numa expedição ao deserto da Jordânia. O Ricardo aceitou o desafio e deixa-nos uma receita simples e muito saborosa que aprendeu com um habitante local enquanto ia a Caminho de Aqaba. Nós experimentámos e adorámos! Gallaya Ingredientes: ■■ Tomate ■■ Alho ou cebola ■■ Cuscus ■■ Azeite, sal e especiarias Para fazer este prato é tão simples como o seguinte: Cortar o alho ou cebola em pedaços pequenos e o tomate em pedaços maiores que a cebola. Colocar o azeite no tacho e adicionar o alho/cebola e alourar. De seguida adicionar o tomate, misturar e cobrir o tacho por 5 minutos. Mexer novamente e deixar ferver mais 5 minutos, por fim adiciona-se o sal e as especiarias e deixa-se ao lume mais 5minutos. Adicionar um pouco de água e cuscus para tornar esta refeição rica em hidratos de carbono. 146 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR 999 noves fo r a nada nho u J e 0 d Lisboa 3 é t s a t desde a v r e Res s Orbes na de Julho a Voo c i n mi 26 ca Do 7, 19, 24 to i l b u Rep 10, 12, 1 de Agos 3, 5, 3, 28, 30 21, 2 Julho e d 3, 25 to 2 o , c i 8 x 1 Mé 11, 16, de Agos 2, 4, 2, 27, 29 20, 2 ica ulho Jama0, 27 de J to 13, 2 1 de Agos 24, 3 Alvará 960/99 Viaje em Para Jam Ju a Por apen ica , Rivieira M lho e Agosto a as 999€ por pess ia ou República oa, uma D semana ominicana , tudo in cluido Espaço APECATE Combater Transserrano a economia paralela na Animação Turística 148 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR APECATE Esta grande alteração resulta de três vectores fundamentais: a aplicação da Directiva europeia para os Serviços, que tem como um dos objectivos fundamentais o combate às asfixias corporativas e cuja leitura vivamente recomendamos; a vontade política, manifestada pelo Gabinete do Secretário de Estado Bernardo Trindade, de aplicação ao sector do programa de simplificação administrativa denominado SIMPLEX e que se traduziu, entre outros aspectos, pelo fim dos duplos e triplos licenciamentos; e, “the last not the least”, a perseverança e o trabalho da PACTA / APECATE que iniciou este processo de diálogo com a Administração Central em 1997 e foi uma parceira realmente escutada na feitura desta nova legislação. Mais recentemente, a publicação do novo regime jurídico das agências de viagens e turismo, ele também fruto da aplicação da mesma Directiva europeia, ao alterar substancialmente as exigências de acesso à actividade, vem, pela primeira vez na nossa história, abrir portas a que os agentes de Animação Turística, sem deixarem de ser quem A APECATE - Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos, constituída por escritura pública em 17 de Janeiro de 2007, é uma associação empresarial que resulta da fusão de três associações: a APOPC - Associação Portuguesa de Organizadores Profissionais de Congressos, a PACTA - Associação Portuguesa de Empresas de Animação Cultural e de Turismo de Natureza e Aventura, e a AOPE - Associação de Organizadores Profissionais de Eventos. As razões que motivaram esta fusão decorrem da natural complementaridade e progressiva interpenetração existente entre os três sectores, mas, também, da profunda identidade de pontos de vista entre as três associações sobre os principais problemas dos sectores que representam e cujos produtos consubstanciam o que de mais inovador existe no Turismo em Portugal. A APECATE herda, pois, o trabalho, os projectos e o prestígio das três associações fundadoras e assume, agora com mais força, melhores meios e novos recursos, a representação destes sectores e a responsabilidade de apoiar as suas necessidades e de servir os seus interesses. OUTDOOR Julho_Agosto 2011 149 Espaço APECATE Animação Turística E m Setembro do ano 2000 foi reconhe- são, acumulem o RNAAT e o RNAVT e possam, por cido um novo subsector da activida- esta via, vender livremente os seus produtos em de turística em Portugal: a animação regime de pacote com tudo incluído. turística. O decreto-lei que o regulou, o 204/2000 de Neste quadro, será legítimo afirmar 1 de Setembro, foi alterado dois que, apesar da crise e das dificulda(...)a ecoanos depois pelo 108/2002 de des pelas quais todos iremos pas16 de Abril. sar, está aberta uma nova páginomia paralela Apesar de este reconhena para este sector. que grassa no sector e cimento ter sido um moHá problemas administrativos coloca quem cumpre em mento muito importante e jurídicos ainda por resolver? permanente situação de obpara os empresários – a Claro que sim. A eficiência toperspectiva inicial da Adtal não se consegue de um dia jecto de concorrência desleministração Central era para o outro e, muito menos, al, a qual, o que é lamentáobrigá-los ao licenciamena mudança de mentalidades vel, vem muitas vezes de to como agências de viaque esta lufada de ar fresco legens e turismo -, o conteúdo gislativa requer. Mas com pacionde nunca deveria dos diplomas referidos estava ência, compreensão e espírito de vir. longe de satisfazer as suas necolaboração, tudo o que ainda está cessidades e aspirações. emperrado há-de atingir a velocidade Nove anos mais tarde, que se tradude cruzeiro. É uma questão de tempo. ziram no licenciamento de várias centenas de empresas e consequente melhor percepção dos O problema que, volvidos todos estes anos, conticontornos do novo subsector, surge uma nova le- nua a ser mesmo um grande problema, é outro: a gislação que, corrigindo os erros e insuficiências economia paralela que grassa no sector e coloca da anterior, responde e corresponde de forma quem cumpre em permanente situação de objecto bastante satisfatória às exigências desta nova actividade económica: o decreto-lei nº 108/2009 de 15 de Maio, complementado, no que respeita ao Turismo de Natureza, pela Portaria nº 651/2009 de 12 de Junho, conhecida como a “portaria das boas práticas”. Espaço APECATE de concorrência desleal, a qual, o que é lamentável, vem muitas vezes de onde nunca deveria vir. É o caso de algumas Entidades Regionais de Turismo que têm como obrigação apoiar o nosso esforço e continuam a promover iniciativas ilegítimas; de algumas câmaras municipais que, a pretexto da promoção dos seus concelhos e, apesar de a legislação ser tão clara a este respeito, insistem em organizar e vender programas de animação turística que não podem nem devem nem lhes compete organizar e vender; de algumas entidades associativas sem fins lucrativos que, em vez de assumirem claramente a sua função social e de cumprirem o estipulado para as actividades de animação turística, a saber, que apenas as podem organizar, publicitar e vender para os seus associados, se comportam como empresas encapotadas; e, finalmente, de “indivíduos” que, com uma inacreditável desfaçatez e total impunidade, propõem ao mercado actividades que exigem, muitas das vezes, o duplo registo como empresas de animação turística e como agências de viagens e turismo. 150 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR A responsabilidade em pôr um ponto final nesta praga compete apenas à ASAE? Defendemos que não. Os serviços de fiscalização têm uma função insubstituível nesta matéria. Mas não exclusiva. A perspectiva que tem pautado a actuação da APECATE – primeiro, informar e esclarecer os transgressores e, apenas depois, solicitar a intervenção da fiscalização – tem dado alguns frutos e não temos dúvidas de que, a cada dia que passa, temos novos aliados para a moralização do sector nas ERTs, nas autarquias e nas associações. Por mais estranho que possa parecer, passados onze anos sobre o primeiro diploma e dois sobre o último, ainda há muita gente que desconhece a lei e não sabe que, quando se fala de animação turística, se fala de passeios, experiências e actividades de ar livre, experiências e actividades de descoberta cultural, exploração de parques temáticos, de parques de aventura, em suma, usando os termos da lei, da organização e venda de actividades desportivas, recreativas Espaço APECATE Animação Turística Teresa Vilas Boas Este espaço é seu Envie-nos as suas dúvidas e questões sobre temáticas de Animação Turística, Congressos e Eventos e a APECATE responderá. [email protected] e culturais, em meio natural ou em instalações fixas destinadas ao efeito, de natureza lúdica e com interesse turístico para a região onde se desenvolvem. Teresa Vilas Boas Sendo esta a realidade, é urgente continuar e aprofundar o esclarecimento e a pedagogia junto das entidades que prevaricam por ignorância. Mas, porque o outro lado também existe – o dos prevaricadores por profissão, que não têm qualquer problema ético em conviver com o facto de que os impostos que eles não pagam ou pagam a menos são os que todos nós andamos a pagar a mais –, não podemos ignorar a nossa responsabilidade como empresários. Temos que cerrar fileiras, criar uma forte censura social e, sobretudo, agir no único sítio onde podemos ser eficazes: junto dos consumidores. É no esclarecimento dos consumidores que reside a solução mais duradoura deste problema. Estes é que, na maior parte dos casos, não fazem mesmo a menor das ideias de que estão a colaborar com transgressores e que isso, quando menos esperarem, lhes pode sair muito caro. Não sabem que as entidades autorizadas a exercer esta actividade económica para o público em geral têm que ter uma licença com um número de registo que dá pela sigla RNAAT – Registo Nacional de Agentes de Animação Turística, disponível para consulta no website do Turismo de Portugal, e que devem pedir esse número e confirmá-lo an- tes de começarem a falar em propostas. É aqui que temos que fazer campanha e é aqui que vamos vencer. Todos os agentes de animação turística podem continuar a contar com o esforço e o trabalho da APECATE, também nesta matéria. Mas, para termos sucesso, precisamos de poder contar com o contributo dos empresários e de todos aqueles que já são clientes das nossas empresas. Por esta razão, faz para nós todo o sentido, neste número que inaugura mais um projecto do Portal Aventuras, que tanto tem feito pela promoção da Animação Turística, lançar a todos o apelo para que se juntem a nós nesta campanha de esclarecimento. Se estão de acordo connosco, passem palavra. Sistematicamente. Sem tréguas. Sem contemplações. Em público e em privado. Nas redes sociais. Nas conversas com os clientes. Quando pedem ou enviam propostas. Sempre. A crise verdadeira, dizem os entendidos, ainda não chegou. Para a podermos enfrentar com êxito, não nos podemos dar ao luxo de pactuar com quem não merece. ø Ana Barbosa Presidente da Secção de Animação Turística da APECATE www.apecate.pt OUTDOOR Julho_Agosto 2011 151 PASSATEMPO OUTDOOR GANHA UM TIMEX® IRONMAN® GLOBAL TRAINER™ Para seres tu o vencedor só precisas de ter a melhor fotografia Outdoor Parte à Aventura Prepara as objectivas E Click! Envia-nos a tua melhor fotografia Outdoor com a descrição da experiência! Participa no Passatempo a decorrer em www.portalaventuras.pt GLOBAL TRAINER BODYLINK SYSTEM com tecnologia GPS - GPS (SiRFstarIII) mede ritmo, distância, velocidade e mais, em tempo real - GPS (SiRFstarIII) não necessita de calibração - Memoriza até 100 pontos de localização para criar rotas - Mostrador costumizável – até 4 janelas de informação - 6 modos: Modo performance; multi-desporto; modo navegação; modo revisão etc - Modo performance regista múltiplas variáveis durante o treino, incluindo velocidade, distância, tempo decorrido, ritmo e calorias queimadas - Modo eventos multi-desporto grava actividades e transições em sequência - Memória 20 treinos e até 1000 voltas/laps - Cronógrafo com intervalos e cronógrafo regressivo - Opção mãos livres inicia e para automaticamente captação de dados - Monitor de batimento cardíaco - Cálculo de calorias queimadas - Bateria recarregável de longa duração - Trabalha com sensores ANT+ (Monitor de Ritmo Cardíaco e acessório para Bicicletas) - GPS (SiRFstarIII) - Software de gestão de treinos online powered by TRAININGPEAKS - Compatível com Windows XP ou mais recente e Mac OS X 10.6 (Snow Leopard) ou mais recente. - WR 50 m (GPS não funciona debaixo de água) - Luz nocturna INDIGLO com Night-Mode O PRIMEIRO RELÓGIO COM GPS, DIGNO DO NOME TIMEX® IRONMAN® Com tecnologia GPS SiRFstarIII™ integrada, mede ritmo, velocidade, distância e mais, em tempo real; permitindo medir, rever e maximizar a sua performance. Tudo isto alimentado por uma bateria recarregável de longa duração. Com mostrador costumizável até 4 janelas de informação, e software avançado de treino online (TRAININGPEAKS™) que analisa os dados em múltiplas dimensões – tudo isto prova, finalmente um relógio com GPS, digno do nome TIMEX® IRONMAN®. PVP: 369,99€ Desporto Adaptado Evento 154 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR A Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência organizou, nos dias 10 e 11 de Junho de 2011, os Jogos de Portugal Coimbra 2011. Os “Jogos de Portugal Coimbra 2011” são um evento multidesportivo, que reuniram cerca de 1000 atletas e técnicos, de 15 modalidades de desporto, para pessoas com deficiência. Na cerimónia de abertura, dia 10 de Junho, para além dos discursos oficiais, ficou marcada por um desfile dos participantes e pela formação do logótipo dos Jogos por partes dos participantes no evento, pela actuação de um coro infantil e fadista Kátia Guerreiro que entoou o hino nacional. Para encerrar, contámos com o concerto solidário do cantor Mickael Carreira. Em relação aos resultados dos nossos atletas, foram bastante positivos, em todas as modalidades envolvidas. No atletismo, destacamos, os atletas surdos Messias Dias nos 10000 metros, Dina Oliveira e Catarina Marques nos 5000 metros, ao conseguirem obter os mínimos A para os Surdolímpicos Atenas 2013 e para o Campeonato da Europa, em Kayser, na Turquia. A nível paralímpico, foram vários os que conseguiram a confirmação de mínimos prolongando assim a permanência no Projecto de Preparação Londres 2012, destacando-se o resultado do atleta Hugo Cavaco, deficiência visual, que lhe permitiu a entrada neste mesmo Projecto. A jornada desportiva contou, ainda, com o Grande Prémio de Ciclismo, final da Taça de Basquetebol e Futsal da deficiência intelectual, Futebol 7, torneio de Futsal da deficiência auditiva, Campeonato Nacional e Open de Ténis de Mesa. A natação viu 8 recordes nacionais a serem batidos e no basquetebol em cadeira de rodas a APD Leiria sagrou-se vencedora da Taça de Portugal. O escalão juvenil esteve representado no Torneio do Goalball, tendo estes atletas recebido a visita em campo dos guarda-redes e do presidente da Associação Académica de Coimbra, que experimentaram e fizeram uma pequena demonstração em campo. O Boccia foi a modalidade com o calendário mais preenchido. A prestação dos atletas desta modalidade conduziu ao anúncio dos que integram a selecção que vai representar Portugal em Cheshire, Inglaterra, no Meeting Internacional, no mês de Julho. O Remo Indoor, a Tricicleta, o Andebol em cadeira de rodas e a Orientação foram as modalidades de demonstração, que pelo seu carácter inovador prometem a captação de mais praticantes. ø FPDD OUTDOOR Julho_Agosto 2011 155 Desporto Adaptado Jogos de Portugal Jogos de Portugal Desporto Adaptado Modalidade Atletismo O atletismo, para deficientes em cadeira de rodas, surgiu pela primeira vez em 1960, no Hospital de Stoke Mandeville, onde se utilizava a pista de aterragem de helicópteros do hospital, que possuía 60 metros de comprimento, para as respectivas actividades. Assim, até aos Primeiros Jogos Paralímpicos, esta era a distância padrão. Com o evoluir dos tempos e dos quadros competitivos, as provas de atletismo passaram a ser disputadas por atletas com deficiências motora, intelectual, visual, paralisia cerebral e auditiva, em masculinos e femininos, divididos por classes de acordo com o seu grau de deficiência, competindo em provas de pista, campo, pentatlo e maratona. O atletismo é uma modalidade que fortalece o desenvolvimento dos nossos atletas, tanto a nível físico como emocional, pois permite uma melhoria das condições do organismo a nível funcional (aparelho circulatório, respiratório, digestivo, entre outros), como também a sua coordenação muscular, sem falar no desenvolvimento de auto-estima e de auto-valorização. 156 Julho_Agosto 2011 OUTDOOR O atletismo é uma modalidade que fortalece o desenvolvimento dos nossos atletas, tanto a nível físico como emocional, pois permite uma melhoria das condições do organismo a nível funcional Luís Gonçalves, da deficiência visual, é um dos atletas de elite desta modalidade, consagrou-se com apenas 23 anos Vice-Campeão Paralímpico em Pequim 2008, continuando as suas vitórias no Campeonato do Mundo de Atletismo IPC 2011 e nos Jogos Mundiais da IBSA 2011, entre muitas outras, que o tornam um grande símbolo para o desporto adaptado português. ø FPDD A fechar Portugal Dakar Challenge RevistaObistiundicim eos aut ipsapitias as doloriA edição de 2011/2012 da expedição Portugal Dakarberum Chalbus verum eritaventura ipsapici blatur, odita quaero eumquiam, nit, soluptur sequis cus, e ideliquibus ped lenge, com partida programada para 30 de Dezembro com a etapa volorer nonsedit e final a 13 de Janeiro em Dakar, conta comute um total itatia de 50 equipas distribuídas pelas categorias 4x4 de Automóveis e Camiões e ainda com Motos, ATV e UTV. Vive a Aventura de 30/12 a 13/01! Mais Informações: http://www.portalaventuras.pt/informacoes/eventos/4148-Portugal_Dakar_Challenge.html Douro Bike Race A Douro Bike Race (DBR) é o maior evento de BTT por etapas jamais realizado em Portugal. Composto por 3 dias, 16,17 e 18 de Setembro com a base da prova sempre em Amarante no complexo Casa do Rio. Douro Bike Race…are you ready? Mais Informações http://www.portalaventuras.pt/informacoes/eventos/3941-Douro%20Bike%20Race.html João Rodrigues entra no Guiness João Rodrigues fez história ao tornar-se na primeira pessoa a fazer a travessia entre a ilha da Madeira, de onde é natural, e as ilhas Desertas, o ponto mais a Sul de Portugal. Mais Informações http://www.portalaventuras.pt/informacoes/noticias/4123-j_rodrigues_entra_guiness.html Meia Maratona Sport Zone Com um percurso que acompanha parte do Rio Douro e atravessa a histórica zona ribeirinha da Cidade do Porto, classificada como Património Mundial da Humanidade pela Unesco, a edição de 2011 da Meia Maratona Sport Zone e Mini Maratona Santander Totta, promete ser uma experiência única. Inscreve-te já! http://www.portalaventuras.pt/informacoes/eventos/3927-inscri_ es_meia_maratona_sport_zone.html Grande Prémio Red Bull oditatatem et ariaeElisim quatur, sitatist, sus et platur? O Grande Prémio Red Bull – A Corrida Mais Louca do Mundo regressa agora a Portugal. Chegou a tua vez de mostrar o que vales! Prepara-te porque a Red Bull vai mesmo dar-te rooooodas! Mais Informações quiberc hillit apisciati sinulles http://www.redbull.pt/cs/Satellite/pt_PT/Music-Entertainment/ o et veliquis rest, aut explaboreium Creativity/Red-Bull-Soapbox/001242962150045 reperferspel mi, sim quiae et esipid que doErfero comnimus di equaectiis quae ligendia core siluptaquas reriasp Officaepuda sam faccab in cor tassi nctatius volo deliquo blaut APLICAÇÃO OPTIMUS elisinis con rearibus accum quia voluptatis et plab inPRAIAR lab incium et est a sit experum et cidebis nonnihiciaQuiexerect oratquo et ipid que do-http://appsportugal.com/app/praiar-by-optimus-iphone/632 occae maximolore cuptaquides asi consequo dellupiluptaquas reriasp elisinis con dolupti soloratur? Quiatatur? eniet etIl earumet rehenis quo earibus cidebis nonOptatiu ressequo int abo. Inctur sequam quam nihicia estions ecsequi od est qui temquam veriore repero tium recaepe niet ulluptaturem pererchit fugia dolupture, simagqui cusam, inctur sapel is exerum ni hillorest eum aliat. OUTDOOR Julho_Agosto 2011 157