Publicação da Contraf-CUT para os funcionários do BB * 18/04/2013 * Nº 20
BB faz pouco caso da inteligência
dos bancários nos boletins internos
A direção do Banco do Brasil divulgou nesta terça-feira, 16, novo informativo interno, no qual faz pouco caso da
inteligência do funcionalismo ao tentar convencê-lo das "maravilhas" do novo plano de funções implantado
unilateralmente em 28 de janeiro.
O boletim esconde que o novo plano, além de ser imposto de forma unilateral, reduziu os Valores de Referência
das funções gratificadas de 6 horas em 16,25%. A maioria não aderiu ao novo plano por conta desta redução
salarial. Além disso, o Banco reduz drasticamente o valor da Adicional de Função Gratificada (AFG), que
transformou em míseros 10% do VR, remunerando muito menos agora a responsabilidade do cargo do que pagava
antes.
O banco esquece também de dizer que, nas Funções de Confiança, o novo valor do Adicional de Função de
Confiança (AFC) também foi reduzido em muitos casos, fazendo com que o valor do VR, que era o piso da
remuneração, agora se transforme em teto. Os novos AFC, que correspondem a 20% no VR de cada cargo, foram
calculados de tal maneira que, mesmo incorporando ao longo da carreira as promoções por antiguidade e por
mérito o comissionado nunca atinja nem ultrapasse o valor do VR de cada cargo.
O Banco quer tungar as conquistas de anos de luta com uma canetada.
Além disso, o Banco não garantiu em nenhum documento que as verbas agora criadas – AFC, AFG, Complemento
de Função, Ajuste de Plano de Funções – serão corrigidas no futuro. Na prática, ameaça não aplicar, sobre estas
verbas, os futuros reajustes que os funcionários conquistarem nas campanhas salariais.
Os sindicatos protestaram, reproduzindo o sentimento dos funcionários, mas o Banco se nega a discutir os
problemas e negociar mudanças no plano de funções. “Em vez de dialogar com os representantes dos
trabalhadores, o banco prefere enganar os funcionários com boletins que falseiam a verdade", critica William
Mendes, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
Mobilização e greve no dia 30 para barrar prejuízos
Os sindicatos já organizaram protestos desde meados de março, com ampla adesão dos bancários. Mesmo assim, o
Banco não abriu canal de diálogo. A única alternativa é lutar e fazer o governo federal e a direção do banco
voltarem atrás na tentativa de atacar os direitos dos bancários, conquistados com muita luta, para desta maneira
reduzir as despesas do Banco.
A Contraf-CUT e os sindicatos estão organizando greve de 24 horas dos funcionários do BB no dia 30 de abril, para
exigir respeito da direção do Banco e a reversão dos prejuízos impostos pelo novo plano de funções.
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