Estudos do Tr abalho Ano I – Númer o 1 - 2007 Revist a da RET Rede de Estudos do Tr abalho www.estudosdotr abalho.or g C ult ur a p r ofission a l e violên cia p olicia l: u m a d iscu ssã o I sa ia s A lves 1 1 I n t r o d u çã o: Fenômeno típ ico de centros urbanos, a violência no Bras il desde a d écada d e 1980 vem apresentand o índices alarmantes. Es se aume nto, respaldado por p esquisas acer ca d o tema rea lizad as em d ivers as capit ais metropo lita nas do p aís, é conseqüência de uma variá vel d e fatores. Não exist e, pois, u ma le itura s imp lista da vio lê nc ia reduzindo-a a um contexto d eterminad o de caract eríst icas. O conce ito de violê ncia, ent ão, é polis sêmico e “abrange uma sér ie de comportamento s socia is cuja s e xplicações se as sentam em d ifere nt es causas ” (COSTA, 2004, p. 124a). Pode-se dizer q ue a violênc ia t em atr ibutos d e co ntinu idade histórica, dotada d e característ ica s acumulad as e pod em ser vis tas por meio de u ma p ersp ectiva histórica de longa dur a çã o (NEDER, 2001). Aliad o a isso , Costa (COS TA, 2004a) a pud Paulo Sérgio P inheiro e Guilhermo O’Donne ll argume nta acerca 1 Mestrando do Pr ogr ama d e Pós - Gr adu açã o em S o ci ol o gi a e Di r ei t o – UF F co m gr adu aç ão e m C i ênci as S o ci ai s pel a UFE S e M est r and o e m S oci ol ogi a e Di r ei t o – P r ogr a ma d e Pó s Gr adu açã o e m S oci ol ogi a e Di r ei t o - PP GS D – UFF . P esqu i sad or ass o ci ad o d o Nú cl eo d e E st u dos Ind i ci ár i o s da Uni ver si d ad e Fed er al d o E spí r i t o S ant o 1 Estudos do Tr abalho Ano I – Númer o 1 - 2007 Revist a da RET Rede de Estudos do Tr abalho www.estudosdotr abalho.or g do fato da vio lênc ia ser inst itucio naliz ada e socialme nt e valorizada como forma de controle socia l, d eno mina ndo tal visão de “autoritarismo socialme nt e imp lantado”. Várias formas de vio lênc ia su rgem com o passar dos ano s princip alme nte em se trata ndo de uma so cied ade contemp orânea de nominada por algu ns d e imagét ica d otada de transformações e st ruturais. A ss im, “no vas e a nt igas formas d e violê ncia passam a compor o cotidia no da cidade”. (COSTA, 2004, p . 125a). Expande-se a partir d e 1980 o tráfico int ernacio nal de drogas qu e tem, segu ndo Costa (COSTA, 2004 a), condições favoráve is para sua e xpansão nas fa velas e re giões urbanas por apresent arem gra nde mobilidade inter na, u m controle das vias de acesso e a ausência do Estado . Nes se contexto de a nomia socia l, embora o Estad o esteja au se nt e em a lguns âmbito s da sociedade co ntempo rânea, controla os principais meios de coerção d e d eterminado s territó rios e detém o mono pólio legít imo do uso d a força (WEBER, 200 4). Encontra- se sob sua responsabilidade a segurança pública, representada, também, p ela inst ituição policia l. O su rgimento das polícias modernas transformou, po is, a maneira de relac ionamento do Estado co m a sociedade. A vio lênc ia urbana co ntra a população civil em geral, é u ma prática social que vem se inte ns ificand o nas últ im as décadas p ós 1 980 no Bra sil, e a inst ituição policia l t em sid o a agência do tada de le git imidade pelo Estad o e e nvo lvida nos co nflitos socia is. É co ns tante a d ivulgação de informações sobre episódios violentos e nvo lvendo a polícia e os c idad ãos comuns, onde a polícia, muita s vezes, procura reso lver d eterminado s conflitos p or meio d a força arbitrár ia, a fim de mant er a “boa ordem”, cu lmina ndo em uma vio lênc ia inst itucio nalizada. 2 Estudos do Tr abalho Ano I – Númer o 1 - 2007 Revist a da RET Rede de Estudos do Tr abalho www.estudosdotr abalho.or g É parte destas aná lis es a produ ção acadêmica q ue enfoca a violência polic ial como “o bjeto” estudo . É preciso, então, realizar u ma inter ligação entr e a const itu ição d e u m campo cientí fico (BOURDIE U, 1989) e a políc ia, comp reendendo os estereótipo s da organização po licial e a s modificações qu e ela vem promovend o na busca de uma linguage m q ue aproxime p olícia e sociedade. É neces sár io fugir do se nso comum acerca dessa inst itu ição, não a trata ndo de forma simplória, po is seu conceito, ainda que p areça, não é óbvio. A cultura policia l será to mad a como questão central para ana lisar a vio lênc ia p raticada pelos age nt es em suas at ivid ades ostens ivas. Podemos dizer, outross im, que o comportamento dess es a gent es a lude sua cu ltura o rganizacio nal, pois a formação do s policia is é dotada de arbitrar iedades, autoritarismos e preconc eitos. A inst itucionalização de valo res colab ora, pois, p ara criar o bstáculo s à efet ivação de muda nças na po lícia. 2 A P O L Í C I A SO B A É G I D E DE SUA C UL T UR A P R O F I SS I O NAL Breta s e P oncio ni (BRETAS e PONCIONI, 1999) citam S kolnick como um autor clás s ico que d esenvolveu as discus sões acerca da e xistê nc ia ou não d e u ma cu ltura policia l, o nde tal au tor analisa os seus principa is traços. Tendo como base os co nce itos de S ko lnic k (presença permane nt e do p erigo e d a autoridade polic ial) os e stu diosos qu e aceitam a idé ia de u ma cultura polic ial b aseiam-se em caract eríst ica s como send o comuns nas at ividad es dos policiais. No ent a nto, apesar dessas caracterí st icas serem vistas em mu itos modelos d e polícia, e defendid as por algu ns teóricos, Re iner (REINE R, 20 04) argume nta que não devem s er tidas co mo monolít icas e s im como tipolo gias. 3 Estudos do Tr abalho Ano I – Númer o 1 - 2007 Revist a da RET Rede de Estudos do Tr abalho www.estudosdotr abalho.or g Breta s e P oncio ni (BRETAS e P ONCION I, 1999) cit ando Buckner apres entam algu ns elementos cons iderad os por estes autores como comuns nas at ividades d a polícia, como a dissimulaç ão, a solidariedade, a desco nfiança, a a stú cia e o cons er vadorismo. Afirmam não serem estes elementos determinante s dos comportamentos dos polic iais, mas pod em ser visí ve is em seu trabalho d iário. As represent ações transc end em ao socia is sistema compartilhadas le gal, p ois pelo s incluem polic iais também as na caserna crença s, os p reconce ito s e os est ereótipos p ro duzid os na organização policia l acerca do seu trabalho, torna-se, dess a forma, um saber compartilhado , não ind ividu al que é próprio do s po liciais (BRETAS e P ONCION I, 1999 ). Novame nte c ita ndo Buckner, Breta s e Po ncioni (BRETAS e PONCIONI, 1999) comentam os eleme ntos da cu ltura polic ial c it ados por esse autor em “Policía y cultura”. O prime iro d eles é a desconfia nça e a dissimulaç ão, pois cons ideram todas as informaçõ es c omo secretas. Nesse sent ido, a d iss imulação é um meca nismo de manutenção do sigilo d essa s informações b em como uma forma de ocultá- las, c ircuns crevê- las, para que não sejam e xpurgadas. A info rmação na caser na é algo muito va lioso aos policia is, pois é s inônimo de pod er, conferindo-lhes sta tus. “Fazer circu lar a informação é p erder uma parte significativa d e seu capital simbólico ” (BRETAS e PONCIONI, 1999, p. 152). No tocante à des co nfiança, pode-se afir mar que o s policia is t êm uma visão p adroniz ad a sobre os civis como pertencente s a um lugar ruim e que, por cons eguint e semp re lhes atrai prejuízos, por isso, os tratam com host ilidad e. Durante o trabalho com os cidadão s e míd ia, os po liciais quando procu rados u tilizam as “estraté gias de apresent ação ” (conceito de Peter Manning e m P o lice wo r k, Cambridge, M IT Press, 1997) onde lidam com ma neiras 4 Estudos do Tr abalho Ano I – Númer o 1 - 2007 Revist a da RET Rede de Estudos do Tr abalho www.estudosdotr abalho.or g d ifere ntes de tratame nto co nforme a clas se so cial a qu e pertence o ind ivíduo, cor, gênero. É ne ss e dese nrolar de acontecime ntos que o polic ial aprende a cont ar co m o colega, a protegê-lo, ainda qu e não abra mão de seu saber. Trabalham em u m “clima ” so lid ár io e dotado de cons er vadorismo ao negar a possib ilidade de “tra ns formação posit iva” (BRETAS e PONCIONI, 1999). Segu ndo Monjardet (MONJ ARDET, 2002 ) o termo “cultura profiss iona l” é u m p rincípio exp licat ivo de co ndutas e retrata a importância dess a a ná lise nas p esquisas sobre polícia. Para a análise da inst itu ição p olicia l, diferente d e algumas outras profissões, é m ister realizar uma pesquis a na qual ha ja u m mergu lho nos va lores ali permead os, na “cultura”. Mo njardet, como Bretas e P oncio ni, cit a S kolnic k como referê ncia na lit eratura sobre a organização policia l, princ ipalmente na o bra desse ú ltimo “Ju stice wit ho ut trial”. Par a Monjardet J . K. S kolnic k “est abeleceu u m p aradigma” (MONJARDET, 2002, p. 163) e po sterio rmente fo i utilizado por outros autores. Mo njardet, fazendo referê ncia a S kolnick, em seu livro “O que faz a polícia ”, d iz o seguinte: C o mo o s mi l i t ar e s, os p ol i ci ai s en fr ent a m o per i go; c omo os pr o f ess o r es, de ve m const r u i r u ma r el ação de au t or i d ad e c om seu pú bl i co; c omo t od o t r a bal had or , t ê m a pr eo cu pa ç ão c om a efi c áci a d e su a aç ão; mas só el es co mbi n am ess es t r ê s el e men t os em su a si t uaç ão de t r a bal h o. ” ( MONJ AR DE T, 20 02 , p. 16 3) . 5 Estudos do Tr abalho Ano I – Númer o 1 - 2007 Revist a da RET Rede de Estudos do Tr abalho www.estudosdotr abalho.or g De aco rd o co m Mo njardet, dessas preliminares sobressaem como cons eq üênc ias algumas caract erísticas compartilhad as p elos policia is. Desses traços comuns pode-se cit ar a onip rese nça da suspeita em relação aos civis, o isolamento socia l r esult ad o d a relação conflituosa entre po lícia e os outros cidad ãos e que por meio de uma solidariedad e entre o s parceiros d e trabalho te ntará recuperá-la. Além do conser vadorismo intele ctual, político e social, o mac hismo, a generalidade do s preconceitos. No entanto, a “cultura profiss iona l” dos po liciais é suscetível a crít icas. Algu ns teóricos defe ndem a d ivers id ad e, a het ero geneidade no me io p ro fissio nal da polícia e não aceitam a exist ência de uma cu ltura comu m, argume ntam que tal análise b as eia- se em etnoce ntr ismo, have ndo a inte nção d e se universa lizar a problemát ic a da cultura. Mu itos crit icam a co ncepção universalis ta de Skolnic k, como a questão do p erigo nas ações da po líc ia. Os comentár ios de M onjardet vão de e nco ntro à concepção padronizada e sp ecí fica do parad igma skolnickiano, todavia não nega a exist ência de uma cultura profiss iona l polic ial ou a “dissolvê- la na subjetividade das e xpectat ivas ind ivid uais” (MONJARDET, 2 002, p. 165) e d efend e uma nova co ncepção empiricament e me lhor fundament ada e teoricamente ma is sólida. É ne ss e cont exto que Monjardet cita uma pesquisa realiz ada p ela Interfa ce na França no conju nto da co rporação policial d est e país em 1982 com cerca d e 110 mil polic iais, o s estudo s da Int erfa ce “põem em e vidência não os atrib utos co muns a todo s os polic ia is, mas as dime nsões co muns sobre as quais e les s e d ividem” (MONJARDET, 2002, p. 166). De acordo com essa p esquisa, confo rme a formação profis sional desses agent es há a prese nça d e 6 Estudos do Tr abalho Ano I – Númer o 1 - 2007 Revist a da RET Rede de Estudos do Tr abalho www.estudosdotr abalho.or g u m núcleo de estereótipos e de uma co nce pção plural entre a re lação com a lei e com o ou tro. De aco rd o co m Reiner, a cultura policial pode ser utilizada a fim de se a nalisar a vis ão de mud ança social do polic ial e seu p apel ne le. Se gu ndo Re iner, apesar d is so, deve- se fazer uma distinção e ntre a “cultura policia l”, ou seja, as orientaçõe s tidas e exp ressas pelo s polic iais durante o percurso d e seu trabalho , da cham ada “cu ltura ca nt ineira” que são os valores e cre nças d a socializa ção e lo calizadas de modo ext erior ao çumprime nto do dever. Dest aca que a cultu ra po licial não pod e ser simplesme nt e ident ificada co m atitudes da polícia. Re iner c itando o Oxfor d English Dictio na r y e xpõ e o significado “antropológico” de cu ltu ra como : “to do o modo de vid a de uma sociedad e: suas cre nça s e idéia s, suas institu ições e s eu s s ist emas, suas leis e costumes.” Srou r (SROUR,1998) considera cultura como equivalente à d imensão s imb ólica. A cu ltura é aprend ida, trans mit ida e partilhada, porém não é d eco rrente de uma herança bio ló gica, é um saber compartilhado , constru ído socialme nt e em um grupo socia l, o nde todo o conju nto de no rmas, valores é reconhec id o como “natural” (SROUR, 1998). As p essoas podem criar suas culturas próprias, mas não sob condições qu e ela s mesmas escolham. (MARX a pud REINER, 2004). Cada sociedad e possu i suas m ane iras de agir, pe nsar e se nt ir o que le va a u m estranhamento quando indivídu os de sociedades diferentes e nco ntram- se, culminando no denominad o etno centrismo . 7 Estudos do Tr abalho Ano I – Númer o 1 - 2007 Revist a da RET Rede de Estudos do Tr abalho www.estudosdotr abalho.or g Numa organização a cultura ali pres ent e cime nt a todos os ind ivíduo s de acordo com os valo res, cre nças, no rmas, objet ivo s, mo dos d e agir. A cultura o rganizacio nal rep rese nta, e nt ão , a ident idad e da organizaç ão. É ne sse sentid o, tamb ém, que se pod e falar em cu ltura de políc ia. E ntreta nto, não se pod e atribuir a e la um carát er monolítico, pois exist em subculturas ali p ermeadas qu e no inter ior da “cultura maior” baseia-s e nas espec ificid ades de cada p olicial, su a biografia, história, a p rópria hierarquia e e specia lizações e xiste ntes. Assim, ao co ntrár io do que p ensam S ko lnic k, Re iner acredita qu e o s est ilos organizacio nais e as culturas das forças policia is variam e não são monolít icas, nem universa is e nem imutáveis, são plurais. 3 Con clu sã o Após o último re gime d itato ria l bras ileiro de 196 4, a políc ia foi a única inst ituição nac io na l não reformulada o que reflet e em p rejuízos t anto para a referid a inst itu ição qu anto ao s civis os qu ais sofr em a ação de profiss io nais capacitados para lidarem num outro contexto socia l em que a discr iminação racial, a tortura, a extorsão, a humilhação eram freqüentes, pode-se dizer também que a violênc ia policia l tem sua s orige ns ant eriores a esse período: d esde o Brasil colô nia e nu nca prio rizou a população e sim alme jando assegurar privilégio s às c las se s do mina tes. Podemos dizer, ou tro ss im, que o comportamento dess es a gente s reflete su a cultura organizacio nal, pois a formação dos p oliciais é dotada de arbitrariedades e basta nte c arregada d e autoritarismos e preconceitos. Sabemos qu e estamos inserid os numa sociedade em qu e há u ma cu ltura da violênc ia p ro venie nte, princip alme nt e, dos meios de comunicaç ão o s quais 8 Estudos do Tr abalho Ano I – Númer o 1 - 2007 Revist a da RET Rede de Estudos do Tr abalho www.estudosdotr abalho.or g incent ivam a su a prática. Nesse co nte xto, é muito complexo falar em medidas em curto prazo a fim de am eniz arem ta l quadro gerador de vulnerab ilidades sociais, a mudança pode ser po ssí vel, todavia, ser á u m processo bastant e le nto, trata-se de uma mudança de cultura a qual pode ser iniciada a p artir d a educação. Assim, é prec iso mudar não ape nas a formação , a fo rma de p ensar dos polic iais, mas também a d a popu lação que aceit a a polícia des sa forma ace ita, ainda, a tortura, o s linc ha mentos “o o lho por olho e o d ente por d ente”. Po rtanto, o qu adro de excessos comet ido s por po liciais em suas at ividades ju nto ao Estado é uma questão extremam ent e complexa e requ er uma especial atenç ão das autoridad es comp etent es e dos estu diosos no assunto, a mudanç a é possí vel, ma s não é simp lória, precisa de iniciat ivas. As mud anç as na políc ia são possíve is, mas não fác eis, pois se trat am d e valores inst ituciona liz ado s e transmit ido s por gerações durante anos. É p reciso haver uma maior inte gração e ntre a comunidade, a próp ria polícia e o campo cie ntí fico – as universidades e os centros de p esquisa para u m e xercício e fet ivo de cidadania. R E F E R Ê NC I AS : BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. 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