Federação Espírita Pernambucana
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ORIENTAÇÕES FEDERATIVAS 06 / SETEMBRO 2012
O EXPOSITOR DA DOUTRINA ESPÍRITA
O EXPOSITOR ESPÍRITA
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É o comunicador da Doutrina Espírita. É o instrumento humano utilizado de forma
consciente para a multiplicação da mensagem espírita-cristã
FINALIDADE DO EXPOSITOR ESPÍRITA
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Divulgar exclusivamente a Doutrina Espírita em seus aspectos científico, filosófico e
religioso, sempre que possível de forma integrada.
Não cabe ao expositor espírita a veiculação de pensamentos próprios ou de correntes
religiosas ou filosóficas que venham a conflitar com os propósitos e orientações do
Espiritismo.
REQUESITOS BÁSICOS DO EXPOSITOR ESPÍRITA.
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Ser espírita.
Ter conhecimento, segurança e convicção doutrinária.
Gostar de estudar e pesquisar
Desejar falar em público.
Apresentar grau de elevação de sentimentos e de conduta apropriados ao padrão da
mensagem espírita cristã.
Primar pela simplicidade, sinceridade, responsabilidade e sobriedade.
Ter senso de autocrítica.
Ter espírito de serviço à causa espírita e a criatura humana.
Ser atencioso com as pessoas que o ouve.
Ter temperamento expansivo.
Possuir sensibilidade apurada para perceber o efeito de suas palavras no espírito dos
ouvintes.
FATORES FAVORÁVEIS AO BOM DESEMPENHO DO EXPOSITOR
- Dinamismo na exposição.
- Variação da sonoridade vocal e a capacidade auditiva do público presente.
- Autenticidade e naturalidade.
- Transmissão de sentimento, vida, fé e entusiasmo natural no decorrer da apresentação.
- Ilustração de situações do cotidiano, história, contos, etc., relacionados com o tema,
quando for conveniente. Jamais relatar casos que envolvam pacientes em atendimento
espiritual.
SINTONIA ENTRE O ORADOR E O PÚBLICO
Para que essa sintonia ocorra se faz necessário que o expositor:
- Capte o ponto médio de compreensão dos ouvintes e trabalhe em cima dele pois, se estiver
muito acima da média não será entendido e, muito abaixo, tornar-se-á desinteressante;
- Adeque sua exposição ao campo de interesse do auditório. Colocar-se na condição do
ouvinte.
- Mantenha a mente em sintonia com Deus, consigo próprio e com aqueles que irão ouvi-lo.
- Monte e siga um roteiro, deixando brechas para as inspirações provenientes dos Benfeitores
Espirituais
COMPORTAMENTOS QUE FAVORECEM UMA BOA SINTONIA ESPIRITUAL.
O expositor da Doutrina Espírita que é um dos responsáveis pela divulgação doutrinária,
precisa assumir alguns comportamentos que favoreçam seu ajuste vibratório com o Alto. Com esse
propósito sugere-se:
a) VIVÊNCIA CRISTÃ.
Adquirida com a prática constante da caridade, da humildade, da paciência, do perdão, da
tolerância, da integridade moral e de outros valores nobres da vida. Neste sentido é sempre salutar
interrogarmos constantemente nossa consciência sobre nossos atos; se não praticamos algum mal,
se fizemos todo o bem que podíamos se aproveitamos as ocasiões de sermos úteis, se não
magoamos ninguém, se fizemos ao próximo o que gostaríamos que nos fizesse.
b) OTIMISMO.
Ter fé num futuro melhor e na supremacia dos valores espirituais sobre os valores
temporais vinculados ao apego à matéria. Ter fé que, todas as dificuldades da vida, todas as dores
e todas as decepções são provas ou expiações que devem ser enfrentadas e combatidas sem
lamentos exacerbados. Nunca alimentar desânimo ou injustiça.
c) RELACIONAMENTO HUMANO INTERPESSOAL SAUDÁVEL.
Algumas atitudes são características dos que primam por um bom relacionamento com seu
próximo, como por exemplo:
- Encontra satisfação no bem que espalha e na consolação aos aflitos.
- É bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção.
- Respeita todas as convicções sinceras e não discrimina os que não pensam como ele.
- Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança. É indulgente com as fraquezas
alheias.
- Não é orgulhoso, arrogante ou vaidoso. Trabalha incessantemente para combater suas
imperfeições.
d) HÁBITO DE BOAS LEITURAS E DE CONVERSAÇÕES EDIFICANTES.
Para fornecerem boas instruções, os benfeitores espirituais, via de regra, se valem dos
recursos existentes no arquivo mental do expositor. Daí a importância de guardarmos neste
mecanismo da mente, informações úteis harmonizadas com a natureza do plano superior da vida.
Tanto a boa leitura como a conversação nobre em muito concorrem para isso.
e) HÁBITO DE NÃO UTILIZAR EXPRESSÕES GROSSEIRAS, GÍRIAS, ANEDOTAS
REPROVÁVEIS OU VOCÁBULOS IMPRÓPRIOS.
Tais hábitos são desaconselháveis por sua inadequação aos propósitos cristãos e também
por plasmarem no éter formas pensamentos impróprias a assistência espiritual que se faz
necessária ao trabalho do expositor espírita.
f) HÁBITO DA PRECE.
A prece é fonte de luz insubstituível em todos os empreendimentos onde se requeira a
assistência espiritual superior.
g) PRESERVAÇÃO DO EQUILÍBRIO EMOCIONAL, ESPIRITUAL E MENTAL.
Um psiquismo sereno, disciplinado e um emocional equilibrado são requisitos essenciais à
plena assimilação das ideias intuídas pelo Plano Espiritual Superior, daí a necessidade do expositor
espírita esforçar-se por evitar, no seu dia a dia, ceder às tentações do pessimismo, do ódio, da
revolta, do ressentimento e da vingança.
h) HÁBITO DE PLANEJAR SUA EXPOSIÇÃO.
Sabemos que a assistência que os espíritos amigos prestam ao expositor em sua tarefa se
dá, regra geral, por via intuitiva e esporadicamente por via mediúnica. Para tal se valem do
psiquismo do assistido, especificamente do seu arquivo mental, a fim buscarem neste espaço da
mente humana, os elementos necessários à transmissão de suas ideias. Ao planejar sua exposição,
o trabalhador da comunicação espírita enriquece seu arquivo mental com pensamentos,
expressões e vocábulos apropriados, além de educar sua mente ao hábito salutar da ordenação de
ideias. Tudo isso, indubitavelmente, facilita a tarefa dos benfeitores espirituais. Equivoca-se aquele
que, possuindo dons mediúnicos, acredita ser desnecessário esse planejamento por crerem que
sua exposição dar-se-á, naturalmente, por via psicofônica. O fato de podermos contar com a
assistência da espiritualidade não nos desobriga de nossa responsabilidade isto porque, por mais
que estes amigos nos ajudem, a tarefa é nossa e, portanto, a maior carga de responsabilidade nos
pertence. Aos espíritos benfeitores cabe a caridade de nos auxiliar, se assim for necessário, e não
de nos substituir naquilo que nos cabe realizar. Só em situações especiais, segundo determinações
do Plano Maior, é que um amigo espiritual se vale do canal mediúnico para transmitir diretamente
sua mensagem.
ATITUDES DO EXPOSITOR, QUANDO NA TRIBUNA.
FUNDAMENTADO NA OBRA: CURSO DE EXPOSITORES DA
DOUTRINA ESPÍRITA – 2ª Edição publicada pela FEB
a) Expor sua mensagem com naturalidade, sem ironias, pessimismo, trejeitos, caretas,
afetações emocionais e com respeito ao tempo previsto para o seu desenvolvimento.
b) Calar qualquer propósito de destaque, vaidade ou supremacia, silenciando exibições de
conhecimentos.
c) Ajustar-se à Inspiração Superior, comentando as lições sem fugir ao assunto em pauta,
usando simplicidade e tomando cuidado para não promover a dúvida nos ouvintes.
d) Respeitar pessoas e instituições nos comentários e nas referências, sem, no entanto
validar equívocos ou superstições. Nunca estabelecer paralelos ou confrontos capazes de humilhar
ou ferir.
e) Sustentar a dignidade espírita diante das assembleias, abstendo-se de historietas
impróprias, termos chulos, gírias ou anedotas reprováveis. O orador é responsável pelas imagens
mentais que plasme nas mentes que o ouve.
f) Nas palestras, não se reportar abusiva e intempestivamente a fatos e estudos
doutrinários de difícil entendimento, devendo selecionar oportunidades, quanto a pessoas e
ambientes, para tratar de temas delicados.
g) Manter-se inalterado, quando durante a exposição, surgir qualquer situação imprevista.
h) Sempre que possível, substituir o “eu” pelo “nós”, a fim de não se excluir do grupo de
companheiros a quem se dirige o aprendizado.
i) Quando se referir ao passado, que seja para ensinar e quando aludir ao futuro, que seja
para construir e inspirar otimismo.
j) Buscar ajustar, o mais que possível, a abordagem do tema as necessidades dos ouvintes,
com vista a auxiliá-los a encontrar caminhos de pacificação e progresso, principalmente espiritual.
k) Cultivar o hábito da prece nos momentos que antecedem a exposição para que essa
esteja sintonizada com a luz espiritual.
l) Apresentar-se vestido(a) com simplicidade, sobriedade e devidamente asseado(a). A
ostentação de luxo, o exagero de adereços, o desleixo, a falta de higiene pessoal, por exemplo,
responde por inconvenientes e reações desagradáveis junto às pessoas.
m) Não ser agressivo, em hipótese alguma;
n) Não brincar com objeto que estejam sobre a mesa;
o) Movimentar-se sem exagero. Não ficar passeando sem parar ou se balançando;
p) Não dar pancadas na mesa ou segurar, nervosamente, suas bordas;
q) Ser pontual, chegando ao compromisso agendado, sempre com antecedência;
r) Encerrar a exposição sempre na hora prevista;
s) Não ficar constantemente olhando o relógio de parede ou de pulso, que deve ser
colocado sobre a mesa ou tribuna, para não passar para os ouvintes preocupação com o horário;
t) Evitar conversas prolongadas antes da exposição, bem como ingestão de alimentação
pesada.
u) Nas manifestações mediúnicas desequilibradas ou no desequilíbrio emocional de algum
dos presentes ao auditório, manter a calma e continuar a exposição, solicitando das pessoas que
não desviem a atenção dos trabalhos, uma vez que o necessitado já está sendo assistido pelos
trabalhadores da Casa.
FEDERAÇÃO ESPÍRITA PERNAMBUCANA/COORDENAÇÃO GERAL DAS ÁREAS FEDERATIVAS.
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O Expositor da Doutrina Espírita - Federação Espírita Pernambucana