Técnico de Refrigeração e Climatização Técnico/a de Refrigeração e Climatização Estrutura cristalina dos semicondutores Semicondutores Estrutura cristalina: átomos unem-se numa distribuição e disposição ordenada e organizada para formarem as moléculas de uma substância. O Germânio e o Silício possuem uma estrutura cristalina cúbica. Eletricidade e eletrónica - circuitos de semicondutores e transístores Átomo de silício Semicondutor Formador: António Gamboa 1 Estrutura cristalina dos semicondutores Formador: António Gamboa Na estrutura cristalina, cada átomo une-se a outros quatro átomos vizinhos, por meio de ligações covalentes. Nessa temperatura, todas as ligações covalentes estão completas os átomos têm oito eletrões de valência o que faz com que o átomo tenha estabilidade química e molecular, logo não há eletrões livres e, consequentemente o material comporta-se como um isolante. Cada um dos quatro eletrões de valência de um átomo é compartilhado com um eletrão do átomo vizinho, de modo que dois átomos adjacentes compartilham os dois eletrões. Formador: António Gamboa 4 Centro de Emprego e Formação Profissional de Coimbra 3 Semicondutor intrínseco Ligação covalente A estrutura cristalina é conseguida quando o cristal de silício é submetido à temperatura de zero graus absolutos (ou 273ºC). Formador: António Gamboa 2 Um semicondutor intrínseco é um semicondutor no estado puro. À temperatura de -273ºC comporta-se como um isolante. À temperatura ambiente (20ºC) torna-se um condutor porque o calor fornece a energia térmica necessária para que alguns dos eletrões de valência deixem a ligação covalente (deixando no seu lugar uma lacuna) passando a existir alguns eletrões livres no semicondutor. Formador: António Gamboa 5 Formador: António Gamboa 6 1 Técnico de Refrigeração e Climatização Semicondutor extrínseco Processo de dopagem Formas de se provocar o aparecimento de pares eletrão-lacuna livres no interior de um cristal semicondutor: As impurezas usadas na dopagem de um semicondutor intrínseco podem ser de dois tipos: Energia térmica impurezas ou átomos dadores Feixe de luz impurezas ou átomos aceitadores. Semicondutor do tipo N A introdução do Arsénio num semicondutor puro faz com que apareçam eletrões livres no seu interior. Número de eletrões livres muito superior ao de lacunas Número de lacunas muito superior ao de eletrões livres Tomando-se um cristal semicondutor puro (intrínseco) e adicionando-se a ele (dopagem), uma determinada quantidade de outros tipos de átomos, aos quais chamamos de impurezas. Quando são adicionadas impurezas a um semicondutor puro (intrínseco) este passa a denominar-se por semicondutor extrínseco. Formador: António Gamboa Átomos dadores têm cinco eletrões de valência (são pentavalentes): Arsénio (AS), Fósforo (P) ou Antimónio (Sb). O cristal de Silício ou Germânio, dopado com impurezas dadoras é designado por semicondutor do tipo N. Átomos aceitadores têm três eletrões de valência (são trivalentes): Índio (In), Gálio (Ga), Boro (B) ou Alumínio (Al). 7 Electrão livre do Arsénio Estes átomos doam eletrões ao cristal semicondutor e recebem o nome de impurezas dadoras ou átomos dadores. Necessitamos de um cristal semicondutor em que: Formador: António Gamboa 8 Formador: António Gamboa Portadores maioritários e minoritários Movimento dos eletrões e das lacunas nos semicondutores do tipo N A introdução do Índio num semicondutor puro faz com que apareçam lacunas livres no seu interior. Semicondutor extrínseco do tipo N Semicondutor tipo N o fluxo de eletrões será muito mais intenso (sete larga) que o fluxo de lacunas (sete estreita) porque o número de eletrões livres (portadores maioritários) é muito maior que o número de lacunas (portadores minoritários). Estes átomos aceitam eletrões e são denominados impurezas aceitadoras ou átomos aceitadores. Lacunas em minoria, designam-se por portadores minoritários da corrente elétrica. O cristal puro de Silício ou Germânio, dopado com impurezas aceitadoras é designado por semicondutor do tipo P. Semicondutor extrínseco do tipo P Semicondutor do tipo P Eletrões em maioria, designando-se por portadores maioritários da corrente elétrica. Electrões 9 Electrões Lacunas em maioria designando-se por portadores maioritários da corrente elétrica. Eletrões em minoria e designam-se por portadores minoritários da corrente elétrica. Formador: António Gamboa 10 Centro de Emprego e Formação Profissional de Coimbra Formador: António Gamboa 11 Formador: António Gamboa 12 2 Técnico de Refrigeração e Climatização Movimento dos eletrões e das lacunas nos semicondutores do tipo P Semicondutor tipo P o fluxo de lacunas será muito mais intenso (sete larga) que o fluxo de eletrões (sete estreita) porque o número de lacunas livres (portadores maioritários) é muito maior que o número de eletrões livres (portadores minoritários). Electrões Electrões Formador: António Gamboa 13 Centro de Emprego e Formação Profissional de Coimbra 3