Direito e Dever de Votar
Realizou-se em Fátima, do dia 20 ao dia 23 de Abril, a Assembleia
Plenária da Conferência Episcopal. Dessa assembleia saiu uma Nota Pastoral,
intitulada “Direito e Dever de Votar” acerca das três próximas eleições - para
o Parlamento Europeu, para a Assembleia da República e para as Autarquias
Locais. Um tema oportuno. Dessa nota tiramos duas boas conclusões:
1. Todo o cidadão devidamente inscrito tem o direito e o dever de dar o
seu voto, bem como de o dar em consciência, depois de examinar os
programas eleitorais e de atender aos valores aí defendidos, pois “sem
objectivos claros e leis adequadas e respeitadoras da realidade e do bem
comum, o país não pode progredir”. O momento presente é sério e é convidativo a uma maior atenção para que se possa denunciar quem não serve nem
dá garantias. Precisamos de programas sérios, e de candidatos sérios e
capazes de realizar os programas propostos ao eleitorado.
2. Os critérios para bem votar são os seguintes, tirados dos valores morais
e cristãos da vida social: o respeito incondicional pela vida humana em todas
as suas etapas desde a concepção até à morte natural, a defesa e protecção da
família fundada na complementaridade homem-mulher, o combate a toda a
espécie de corrupção moral económica ou financeira, a defesa das crianças e
dos velhinhos, e o combate a tudo o que possa destruir o indivíduo ou a
família. Só assim é que estaremos a construir uma sociedade verdadeira.
D. António Barroso
Boletim Paroquial de Remelhe
Director - o Pároco / Propriedade - Fábrica I. Paroquial
2ª Série - Nº 88 - Junho de 2009
O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DA IGREJA
O Boletim Paroquial já está em MULTIMÉDIA. Oiça-o em www.remelhe.bcl.pt
Celebramos no domingo passado a solenidade do divino Espírito Santo. A
segunda solenidade, em importância, em toda a vida cristã.
Todavia, o Espírito Santo continua a ser o “divino desconhecido”, também
nos dias de hoje. Não damos valor à existência e à vida do Espírito em nós.
E, no entanto, sem o Espírito Santo, nós nem podemos dizer que Jesus é o
Senhor, como nos afirmou S. Paulo. É por isso que a nossa vida cristã não
tem sentido, não tem testemunho, não tem valor nem valores.
Precisamos urgentemente de fazer renascer o Espírito em nossa vida, para
lhe dar um sentido verdadeiramente cristão. Para isso, saibamos que:
a) O Espírito Santo é a alma da Igreja: sem o Espírito Santo não há fé, não
há caridade, não há sacramentos, não há oração, não há vida interior, não há
comunhão, não há unidade. É necessário ter o Espírito Santo não só na nossa
língua, mas sobretudo na nossa alma, no nosso testemunho e no nosso
compromisso cristão. Nós, cristãos, somos responsáveis pela Igreja.
b) O Espírito Santo é a vida dos Sacramentos: todos são realizados
mediante a presença do Espírito, desde o Baptismo, à Primeira Comunhão, e,
sobretudo, ao Crisma ou Confirmação. Sem o Espírito Santo não há
sacramentos. Baptizados no Espírito e ungidos e consagrados pelo Espírito,
necessitamos de entrar em comunicação com Ele e suplicar que nos ilumine,
fortaleça, santifique, dinamize a graça santificante e dê vida à nossa vida.
c) O Espírito Santo é a porta da santidade: é o Espírito que reza connosco
e em nós, que nos faz crescer na fé e no amor, que connosco renovará a face
de Terra. Por isso cantamos: Mandai, Senhor, o vosso Espírito…
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(D. Joaquim Gonçalves, bispo de Vila Real).
Capela de Santiago
Estamos na posse do projecto de recuperação da Capela de Santiago,
elaborado pelos técnicos da Câmara Municipal. Um projecto completo e um
projecto bem adaptado à realidade histórica que essa Capela representa.
Logo que tenhamos autorização para isso, e que as possibilidades estejam
ao nosso alcance, daremos início a esta obra tão necessária como importante.
Santiago merece ter parte da importância de que desfrutou em épocas e
séculos passados. E nós queremos devolver-lhe essa importância.
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Calendário Litúrgico-Pastoral de Junho
Santo António de Lisboa
- O mês do Sagrado Coração de Jesus -
É o mês das grandes solenidades. Nada menos que cinco: Santíssima
Trindade, Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, Sagrado Coração de Jesus,
Nascimento de S. João Baptista e S. Pedro e S. Paulo. É um mês solene.
Além destas solenidades, que celebraremos com um espírito de fé,
teremos ainda mais duas, a que dedicaremos especial atenção: a Primeira
Comunhão dos mais pequenos e o Crisma dos mais crescidos.
A Primeira Comunhão é um acontecimento importantíssimo para toda a
comunidade paroquial. Acompanhados por Pais e Padrinhos, as crianças do
3º ano da catequese irão fazer a sua Primeira Comunhão, isto é, a sua
primeira união corporal e substancial com Jesus Cristo. Será no dia sempre
solene e sempre inesquecível do Corpo e Sangue de Jesus Cristo.
O Sacramento do Crisma é nosso compromisso solene e adulto com
Jesus Cristo através do Espírito Santo. É o sacramento do nosso compromisso cristão com Jesus Cristo, com o Espírito Santo e com a Santa Igreja. Será
administrado por D. António Couto, na Igreja de Macieira, na tarde do dia 27
de Junho. Sacramento de compromisso e sacramento de alegria.
Padroeiro secundário de Portugal, Santo António de Lisboa tem uma vida
exemplar que nos enche de alegria. Vale a pena conhecê-la.
Nasceu em Lisboa, junto da Sé, por volta do ano de 1195, e recebeu no
baptismo o nome de Fernando. Tornou-se padre na ordem dos Agostinianos,
em Coimbra. Ali conheceu os primeiros cinco franciscanos que foram como
missionários para Marrocos e lá morreram mártires. Este facto foi decisivo
para se tornar franciscano e tomar o nome de António.
Desejou ir a Marrocos, mas uma doença obrigou-o a voltar. Todavia, uma
tempestade levou o navio até à Sicília, na Itália. De lá foi para Assis, onde
em 1221 participou no Capítulo Geral dos Franciscanos e conheceu pessoalmente S. Francisco. O seu grande dom de pregador ficou conhecido, por
acaso, quando na catedral de Forli se reuniram franciscanos e dominicanos
para uma ordenação sacerdotal. António foi o convidado de última hora.
Todos ficaram boquiabertos com o seu grande conhecimento bíblico, a sua
inteligência, sabedoria e beleza da sua pregação. O Papa Gregório IX,
conhecendo o seu amor pelas Sagradas Escrituras, denominou-o “Arca do
Testamento”, como testemunho da sua sabedoria bíblica.
Foi missionário no sul da França, onde combateu doutrinas heréticas que
confundiam o povo de Deus. A eficácia da sua missão catequética foi tão
grande que o apelidaram de “Martelo dos hereges”. Outra virtude marcante
nas pregações do Santo foi a sua veemente defesa dos pobres, dos explorados
e dos injustiçados. Era o santo dos pobres e dos desprotegidos.
A sua caridade para com os necessitados está simbolizada até hoje pelo
“Pão de Santo António”, que é o pão dos pobres. Foi um grande devoto de
Nossa Senhora. Foi sempre um entusiasmado defensor da família, o que fez
desabrochar no povo a devoção ao santo casamenteiro. Mas, sobretudo, António foi um homem de muita oração e um apaixonado pela Palavra de Deus.
A iconografia apresenta o Santo ora com um livro, que representa o seu
conhecimento sólido da Bíblia, ora com o Menino Jesus nos braços, que
lembra a sua intimidade com Deus, a sua pureza e seus frequentes êxtases.
Foi canonizado em 1232, logo após a sua morte, pelo Papa Gregório IX,
e é conhecido como o grande santo do mundo cristão.
A sua imagem irá presidir às nossas orações durante o mês de Junho. Os
Antónios da paróquia vão celebrar a sua festa no dia 13, com convívio.
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7 - domingo X do Tempo Comum - solenidade da Santíssima Trindade.
10 - quarta-feira - santo Anjo de Portugal: os anjos são mensageiros de Deus.
11 - quinta-feira - solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo.
13 - sábado - festa de S. António de Lisboa, padroeiro secundário de Portugal
14 - domingo XI do Tempo Comum - a acção do Espírito Santo em nós.
19 - sexta-feira - solenidade do Sagrado Coração de Jesus: o amor de Deus.
20 - sábado - memória do Imaculado Coração da Virgem Santa Maria.
21 - domingo XII do Tempo Comum - a exigência e a urgência do amor.
24 - quarta-feira - solenidade do Nascimento de S. João Baptista: a voz…
28 - domingo XIII do Tempo Comum - um Deus que ama a vida.
29 - segunda-feira - solenidade de S. Pedro e S. Paulo - a nova Igreja.
Seguir-se-á o mês de Julho
O mês de Junho
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Junho 2009