Sabia Que ... ALC A X A Santo António de Lisboa, nasceu em Lisboa, no dia 15 de Agosto de 1195, com o nome de Fernando de Bulhões. Filho de Martinho de Bulhões e Maria Teresa Taveira, foi baptizado na Sé de Lisboa, uma semana após o seu nascimento. Era de família nobre e rica. O pai, senhor Martinho, ocupava o cargo de Prefeito de Lisboa. A mãe Dona Teresa, pertencia a alta nobreza. O menino cresceu cercado de todos os cuidados: boa instrução moral, científica, religiosa e muito conforto. Aos poucos percebeu que a vida de riqueza não lhe agradava e sentiu o chamado de Deus. É também conhecido como Santo António de Pádua, por ter falecido nessa cidade Italiana em 13 de Junho de 1231 com apenas 36 anos; regra geral, os santos católicos são conhecidos pelo nome da cidade onde falecem e onde permanecem as suas relíquias, pois que na doutrina cristã, a morte mais não é que a passagem para a verdadeira vida, e não daquela que os viu nascer. Assim sucedeu com Fernando de Bulhões, que nas demais línguas europeias é chamado de Pádua, e apenas reverenciado pelos povos de língua Portuguesa como de Lisboa; no Brasil, onde tem milhões de devotos, é também frequentemente reverenciado como Santo António, o Casamenteiro. Nascido e criado em Lisboa, aos quinze anos entrou para um convento de Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, e em 1220, com vinte e cinco anos, impressionado pela pregação de alguns frades que conheceu em Coimbra enquanto estudava, trocou o seu nome por António e ingressou na Ordem dos Franciscanos. Era um pregador culto e apaixonado, conhecido pela sua devoção aos pobres e pela habilidade para converter heréticos. Leccionou ainda teologia em várias universidades europeias, tendo passado os últimos meses da sua vida em Pádua, Itália, onde viria a falecer. Santo António detém o recorde de canonização de Igreja Católica: foi declarado santo na Catedral de Sploleto, pelo Papa Gregório IX, menos de um ano decorrido sobre a sua morte, em 30 de Maio de 1232. É o santo padroeiro das cidades de Pádua e de Lisboa. Em 1934 o Papa Pio XI proclamou-se segundo padroeiro de Portugal, a par de Nossa Senhora da Conceição. A ALCAXA Revista da APA PERIODICIDADE QUADRIMESTRAL Nº 3 – Ano I – Novembro 2005 PROPRIEDADE Associação de Praças da Armada ADMINISTRAÇÃO E REDACÇÃO Zona 2 A da Ameixoeira, Lote 12 – Loja B 1750-403 Lisboa Tel./Fax.: 217 552 939 ENDEREÇO DA APA NA INTERNET htpp://www.apracas.pt E-MAIL DA REVISTA DA APA [email protected] PRODUÇÃO, GRAFISMO, PAGINAÇÃO, FOTOLITO, MONTAGEM E IMPRESSÃO GC-Design Rua Gaspar Barreiros, 7-B – Outurela 2790-212 Carnaxide REGISTO INPI: Nº 55.235 TIRAGEM 1800 Exemplares SANTO ANTÓNIO DE LISBOA TENENTE-CORONEL DE INFANTARIA DOS EXÉRCITOS DE PORTUGAL E DO BRASIL Santo António de Lisboa passou à História, também por sua singular e notável carreira militar póstuma, de Soldado a Coronel. Vários países, em especial Portugal, Espanha e Brasil, conferiram graduações, postos, insígnias e honrarias militares a Santo António. Tudo começou em Portugal, quando, em 1668, D. Pedro II, Regente do Reino, deu ordens para que o Santo fosse recrutado e assentasse praça como soldado raso, no 2º Regimento de Infantaria, em Lagos, sendo promovido, em 1683, a Capitão e, em 1780, a Coronel. O Brasil foi o país que mais galardoou Santo António, por intermédio de promoções e honorificências castrenses. Na Bahia, ele foi Soldado, Alferes, Capitão, Sargento-Mor e Tenente-Coronel de Infantaria, com o respectivo soldo. Em São Paulo, foi Coronel. Em Goiás, Capitão. Na Paraíba e no Espírito Santo, foi Soldado. Capitão de Cavalaria, em Vila Rica-MG. Em Pernambuco, foi Tenente de Artilharia e Capitão; em Igarassu, ainda em Pernambuco, não havendo quartel na cidade, Santo António foi eleito Vereador, com o título de “Protector da Câmara”. No Rio de Janeiro, foi Soldado, Capitão, Sargento-Mor e Tenente-Coronel (“vencendo soldo, de oitenta mil réis mensais”, pago até alguns anos após à proclamação da República). O príncipe D. João, filho de Dona Maria I, ainda no exercício da regência do trono português, por sinal profundo devoto de Santo António, concedeu-lhe, também, o posto de Sargento-Mor, por motivo da feliz transmigração da família real ao Brasil, por decreto de 13 de Setembro de 1810, conforme patente expedida a 4 de Fevereiro do ano seguinte, sendo o mesmo oficial promovido ao posto de tenente-coronel, da mesma arma da artilharia, em 24 de Novembro de 1814, conforme carta-patente expedida a seu favor, em 1816, já com a assinatura de D. João VI. Este título de nomeação foi respeitado durante todo o Império, inclusive na Bahia, onde o soldo de tenente-coronel era levantado pelo guardião do Convento de São Francisco, até o ano de 1907, em plena República, ocasião em que o funcionário do Tesouro Nacional, António de Pádua Mamede, vetou a inclusão dessa verba na folha de pagamento, com fundamento no art. 72, § 7º da Constituição da Republica, em face da separação da Igreja e do Estado, dando ensejo à reclamação dos Franciscanos, só resolvida, no governo do Marechal Hermes da Fonseca (1911), em desfavor do guardião do referido convento. Santo António tornou-se um dos santos de maior devoção de todos os povos e sem dúvida o primeiro português com projecção universal. De Lisboa ou de Pádua, é por excelência o Santo “milagreiro”, “casamenteiro”, do “responso” e do Menino Jesus. Padroeiro dos pobres é invocado também para o encontro de objectos perdidos. Sobre seu túmulo, em Pádua, foi construída a basílica a ele dedicada. NOTA: Os artigos publicados e assinados são responsabilidade dos autores e podem não traduzir as posições da APA. MUSEU MILITAR DO BUÇACO Imagem protectora do Regimento de Infantaria n.º 19, que tinha o seu quartel em Cascais desde meados do século XVII. A imagem do santo acompanhou o regimento de Cascais durante as campanhas da Guerra Peninsular, sendo por isso que ostenta ao peito a medalha da Guerra Peninsular. Santo António tinha o posto de tenente-coronel no regimento, servindo o seu soldo para ajuda aos soldados doentes. ASSO C I A Ç Ã O D E P R A Ç AS DA A R M A DA Zona 2 A da Ameixoeira, Lote 12 – Loja B – 1750-403 LISBOA • Tel./Fax.: 217 552 939 • http://www.apracas.pt – E-mail: [email protected] ÓRGÃOS SOCIAIS [email protected] – [email protected] – [email protected] DEPARTAMENTOS E SECÇÕES [email protected] – [email protected] [email protected] [email protected] – [email protected] 2 A ALCAXA N O V E M B R O 2 0 0 5 COMISSÕES DE TRABALHO PERMANENTES [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected]