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DEFICIÊNCIA NO SISTEMA DE
SANEAMENTO BÁSICO SINALIZA
POTENCIAL DE EXPANSÃO DAS
TUBULAÇÕES POLIOLEFÍNICAS
Renata Pachione
FGS Brasil fabrica
peças de PEAD de até
1.600 mm de diâmetro
e inserções de tubos por MND”, argumenta Claudia. A técnica permite a execução de furo direcional abaixo da superfície, com inserção do segmento do
tubo a ser implantado, puxado pelo próprio equipamento que executa a perfuração. A saber, esse tipo de tubulação é
flexível e fornecido em bobinas de 100
mm, de acordo com o diâmetro.
Se no passado, a falta de normas específicas ao setor de tubos poliolefínicos foi um empecilho para sua melhor
aceitação, hoje não é mais. Em 2007
foi criada a Comissão Especial de Estudos para discutir normas pertinentes
aos sistemas de distribuição e adução
de água e transporte de esgoto sanitário
sob pressão. “Destaca-se entre as normas disponíveis a NBR 15.561:2007,
PLÁSTICO MODERNO - fevereiro, 2013
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que especifica os requisitos, exames e
métodos de ensaio para a fabricação e o
recebimento de tubos de PE, projetados
para uma vida útil de cinquenta anos,
com diâmetros externos de 63 mm até
1.600 mm”, comenta Claudia.
Mesmo no caso dos sistemas maleáveis, como o de polietileno reticulado (PE-X) monocamada, utilizado para
água quente e fria, e o de PE-X multicamada, para o gás combustível, cujas
demandas ainda não deslancharam no
país, a normalização esteve na pauta da
Abpe. Para o tipo monocamada, existe a ABNT NBR 15.939 desde 2011; e
no caso da tubulação multicamada, a
norma brasileira está em fase final de
elaboração.
PE-X – As apostas do grupo Tigre no
avanço das tubulações PE-X são de longa data. Para Carlo Teruel, gerente de
produtos da Tigre, o material vem galgando um espaço de destaque no mercado, mas ainda tem campo a ser explorado. Aliás, foi visando a esse potencial que a companhia resolveu investir na área. “Nossa linha receberá um
novo complemento voltado para a condução de gás”, avisa, sem revelar mais
detalhes. Flexível, o produto é de fácil
instalação ponto a ponto, o que reduz o
uso de conexões.
Esse tipo de sistema não é uma solução inédita. O PE-X multicamada para
o gás, aliás, vem sendo utilizado nas
tubulações da Europa há cerca de trinta anos. Ok, a realidade nacional difere muito da europeia, mas mesmo por
aqui não se trata de uma novidade. O
problema é que a demanda revela-se in-
cipiente, apesar de o material ser considerado uma solução técnica das mais
modernas. Para alguns especialistas da
área, esse tipo de tubulação ainda é caro
no Brasil.
“No país, o mercado da construção
civil é muito conservador”, diagnostica Bárbara Tobar, especialista de desenvolvimento de produtos da Mexichem Brasil. Teruel, da Tigre, lembra
que, para complicar um pouco mais a
situação, as normas ainda estão em fase
de elaboração, no caso do gás. De qualquer maneira, interesse em sanar essas
questões existe. A fim de garantir a segurança do produto, a Tigre, por exemplo, propõe a utilização de válvulas capazes de bloquear o fluxo do gás, sem
a intervenção humana, quando ocorre
uma perfuração na tubulação e, até mesmo, face à presença de uma temperatura demasiadamente elevada.
Responsável pela introdução do policloreto de vinila (PVC) nas instalações hidráulicas no Brasil, a Tigre tem
essa resina no seu DNA. Mas nem por
isso se restringe ao material. Hoje a
companhia possui uma vasta gama de
tubulações de polietileno de alta densidade (PEAD) para adução de água
e saneamento, e para o segmento predial, justamente com o PE-X. “Jamais
a Tigre fechará os olhos para soluções
que utilizem outras matérias-primas”,
diz Teruel.
Para este ano, os planos de expansão do grupo incluem a construção de
três novas unidades no país. Um dos
projetos tem a ver com a joint venture
Tigre-ADS, criada em 2009. Essa empresa norte-americana fabrica tubos de
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deficiência no sistema de saneamento básico