54º Congressso Nacional de Botânica - 13 a 18 de julho de 2003 - Belém - Pará - Brasil EFEITO DA PROFUNDIDADE NO CRESCIMENTO DA ALGA VERMELHA Gracilaria birdiae. Carneiro, M.A.A.1; Cabral, T.M.2; Aldatz, J.P.3; Marinho-Soriano, E.4. 1Bolsista CNPq/PIBIC; 2Bolsista PPPg/UFRN; 3Aluno de Graduação em Ciências BiológicasUFRN; 4Professora e Pesquisadora do Depto. de Oceanografia e Limnologia-UFRN/Laboratório de Macroalgas ([email protected]) As algas marinhas são recursos naturais renováveis que participam de maneira significativa na economia de muitos países sendo empregados principalmente na alimentação ou para extração de ficocolóides. O conhecimento dos fatores responsáveis pelo desenvolvimento das macroalgas em seu ambiente natural é de grande importância para a viabilização do cultivo de espécies com alto valor comercial. Sendo a Gracilaria um dos principais gêneros cultivados e utilizados como matéria prima para a produção de ágar, foi elaborado este estudo visando obter conhecimentos sobre os aspectos fisiológicos (crescimento, biomassa) e as exigências físico-químicas (salinidade, temperatura e transparência) desta espécie, servindo de suporte para a implantação do cultivo a nível comercial no estado. Este experimento foi realizado durante o período de fevereiro a maio de 2002 e a espécie escolhida foi a Rhodophyta Gracilaria birdiae. A estrutura consistia em uma corda horizontal (5 metros) a qual foram acrescentadas cordas secundárias de aproximadamente 1 m, dispostas verticalmente a intervalos de 1,0 metro. O sistema de flutuação consistia em bóias de isopor e a ancoragem era feita através de blocos de concreto. As mudas (40g) foram fixadas por presilhas plásticas com um espaçamento de 20 centímetros, sendo obtida mensalmente a biomassa em diferentes profundidades. Durante o período de estudo os fatores ambientais salinidade, temperatura e transparência mantiveram-se relativamente constantes com uma média de 35,5 ± 1,21‰, 28 ± 2,37ºC e 24,3 ± 5,89cm, respectivamente. Os resultados de biomassa obtidos neste estudo mostrou que a média das cordas horizontais (327,5 ± 146,7g) foi superior a das cordas verticais (193,1 ± 103,2g) demonstrando que a biomassa diminuía com o aumento da profundidade e conseqüente diminuição da luminosidade. Estes resultados foram comprovados após a realização da Análise de Variância (ANOVA), na qual demostrou uma variação significativa (F=4,70; p=0,04) para a corda vertical, em comparação com a horizontal (F=1,43; p=0,28).