ÁREA TEMÁTICA: “CLASSES E DESIGUALDADES” “ENTRE AS CORDAS DO CARNAVAL DE SALVADOR: TERRITÓRIO AMBÍGUO DE ANGÚSTIAS E ALEGRIAS” JUNIOR, Flávio Cardoso dos Santos Graduado em Educação Física Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) [email protected] CASTRO JUNIOR, Luis Vitor Doutor em História Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) [email protected] 2 de 8 Resumo O Carnaval de Salvador se organiza a partir dos atores sociais: O folião associado, o folião “pipoca”, e o cordeiro. Em torno disso existe a presença do comércio informal através dos vendedores ambulantes e as instituições de poder representadas pelo Estado, Polícia e demais órgãos. Muitos fazem expectativa em torno do Carnaval não só para se divertir. Dessa maneira, o problema da pesquisa caracteriza-se em saber quais as necessidades e desejos que os cordeiros atribuem a sua prática durante a festa. Sendo assim, o objetivo central do estudo busca compreender os multiplos significados que os cordeiros atribuiem na prática do trabalho. O estudo analisa, também, as relações sócio-culturais que ocorrem no Carnaval soteropolitano, contribuindo para uma melhor compreensão das relações carnavalescas. Pra tal, o trabalho trata-se de uma pesquisa de aproximação etnográfica e lançou mão de entrevistas semi-estruturadas, observações e pesquisa documental. Diante da observação pudemos identificar os aspectos do meio de sobrevivência ser fator preponderante a justificar a presença dos trabalhadores mal remunerados nas ruas baianas, porém o trabalho, ali, pode ser uma estratégia encontrada para se incluir no folguedo. Outro fator, percebido por nós, foi o desejo de se trabalhar nos blocos que têm as grandes marcas musicais, pois ali existe o desejo de auto-afirmação, entre eles há a necessidade de um “status”, uma espécie de disputa em se inserir nas atrações mais famosas e caras. Assim, o Carnaval se revela um espaço onde a iniciativa privada “invade” as ruas e explora o espaço público e ao mesmo tempo manipula “quase que de graça” a força do trabalhador que resiste e desenvolve suas “linhas de fuga” para poder se divertir enquanto é explorado cruelmente. Abstract The Salvador Carnival is organized as social actors: The reveler Associates, reveler "popcorn", and the lamb. Around this there is the presence of informal trade through the vendors and the institutions of power represented by the State Police and other agencies. Many are expected around the Carnival is not just for fun. Thus, the research problem is characterized in knowing what the needs and desires that lambs attach your practice during the party. Thus, the central objective of the study seeks to understand the multiple meanings that lambs assign in work practice. The study also analyzes the sociocultural relationships that occurduring Carnival soteropolitano, contributing to a better understanding of the relationship carnival. To this end, the work it is an ethnographic research approach and made use of semi-structured interviews, observations and documentary research. Before the observation we identify aspects of the means of survival is a major factor to justify the presence of poorly paid workers in the streets of Bahia, but the work, there may be a strategy found to include in the merriment. Another factor, perceived by us, was the desire to work in blocks that have the big names of music, for there exists the desire for self-affirmation, between them there is a need for a "status", a kind of struggle to insert themselves into the most famous attractions and expensive. Thus, the carnival shows an area where private initiative "invade" the streets and explore the public space while handling "almost free" the strength of the worker who resists and develops its "lines of flight" in order to fun while being cruelly exploited. Palavras-chave: Cordas; Carnaval; Alegria. Keywords: Strings; Carnival; Joy. PAP0178 3 de 8 4 de 8 INTRODUÇÃO Atualmente, o carnaval de Salvador se organiza a partir de seus atores sociais: O folião associado, que pagou para desfilar em um bloco, conjunto formado por um grande carro de som chamado trio elétrico, outro carro de apoio e uma grande corda que marca o espaço para as pessoas que pagaram se divertirem, o folião “pipoca”, brinca a festa de forma descompromissada no restante do espaço, e o cordeiro, aquele que delimita o bloco com o auxílio das cordas. Em torno disso existe a presença do comércio informal através dos vendedores ambulantes e as instituições de poder representadas pelo Estado como a Polícia e demais órgãos organizadores da festa. Muitas pessoas fazem uma expectativa em torno do Carnaval não só para se divertir, como é o caso dos vendedores ambulantes e cordeiros que encontram ali um emprego temporário e informal. Dessa maneira, o problema da pesquisa caracteriza-se em saber quais as necessidades e os desejos, a realidade do desemprego e a oportunidade de se incluir na festa, que os cordeiros atribuem a sua prática durante os festejos. Sendo assim, o objetivo central do estudo busca compreender os multiplos significados que os cordeiros atribuiem na prática do trabalho. O estudo analisa, também, as relações sócio-culturais que ocorrem no Carnaval soteropolitano, contribuindo para uma melhor compreensão das relações carnavalescas. O exploratório-descritivo, exploratório, pois seguindo os passos de GIL (2002, teriam o objetivo de "[...] proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explicito. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de idéias. (p.41)" e descritivo tomando como base o mesmo autor, pois o mesmo tem como objetivo a "[...]descrição das características de determinada população ou fenômeno"(idém p.41). No que tange os instrumentos utilizamos entrevistas semi-estruturadas, observações e pesquisa documental. A produção de dados se deu durante o carnaval de Salvador de 2009 a 2011, nos quais fomos às ruas buscar, através de gravações, fotos, filmagens e anotações colher material necessário para a elaboração do trabalho. Os participantes da pesquisa foram trinta cordeiros, que de acordo com o documentários "Cordeiros" de Amaranta Cesar e Ana Rosa Marques (filmado no carnaval de Salvador) diz que "[...] são homens e mulheres, na sua maioria negros, moradores dos subúrbios da cidade, que durante o carnaval de Salvador sustentam as cordas que delimitam o espaço a ser ocupado pelos blocos nas ruas." Neste sentido, esta produção pode servir de fonte inspiradora para as novas pesquisas, cuja temática versa sobre a relação da tríade lazer, corpo e festa. Aqui deixamos vestígios, para tais investigações, seja nos corpos “brincam” e “trabalham” no carnaval, em suas formas de expressões, representações e multiplicidades, seja no espaço de fruição que serve para afirmar determinadas identidades. Deste modo, nossas indagações podem servir de aporte para entender como os corpos participam do carnaval baiano, uma das maiores expressões da cultura nacional, ao mesmo tempo em que pode colaborar para que a Educação Física reflita e produza mais estudos abordando a temática: “Festas Populares”. 1. UM BREVE PASSEIO PELA HISTÓRIA... O carnaval surge ainda na era vitoriana, apesar de alguns estudiosos afirmarem que ele teria sua gênese nos ritos agrários das primeiras sociedades de classe, ou no Antigo Egito, ou até mesmo na civilização grecoromana. “O certo é que só existem referências ao termo “carnaval” a partir do século XI, quando a Igreja decide instituir o período da quaresma”. (FERREIRA, 2004 p.15). Em Portugal o carnaval era conhecido como entrudo, que festejava os últimos dias que antecediam a quaresma e tinha um caráter gastronômico, as pessoas se molhavam e se lambuzavam, foi esse entrudo que aportou no Brasil no século XVI. Era essa a permissão da Igreja para que as pessoas se preparassem para o período de penitência da quaresma. Na Bahia a festa se organiza a partir dos “folguedos negros” e dos “bailes de salão”. Os primeiros seriam as batucadas e danças que os afro-descendentes conservaram através dos anos e hoje é conhecido como afoxé, que ganham mais força com a proibição do entrudo em 1859. O poder público, a partir daí, começa a 5 de 8 incentivar o enfeitamento das ruas e a promoção de bailes públicos; surgem, então, as Sociedades Carnavalescas (FILHO, 1997). Finda a proibição entrudistica, o tempo passa, os grupos resistem e surge a grande “máquina” carnavalesca do carnaval baiano, o carro de som amplificado conhecido como trio elétrico. O livro de Ouro do Carnaval Brasileiro, conta que, em 1951, o bloco Pernambucano de frevo Misto Vassourinha fez uma parada e se apresentou em Salvador, ao ir para o Rio de Janeiro. Encantados com a musicalidade dos instrumentos, a dupla baiana Dodô e Osmar Macedo se inspirou e, aproveitando um velho automóvel carinhosamente chamado de Fobica, ligou à bateria dele um sistema de som, que amplificou os instrumentos de corda da dupla. Posteriormente, o automóvel foi substituído por caminhões iluminados e dotados de auto-falantes. A partir daí surge a idéia de se cercar o trio e cobrar para que as pessoas o seguisse. Risério (2004) nos adverte que “[...] ao se cercar de cordas, criando um espaço exclusivo para associados, blocos desfilam privatizando a rua, como se fossem salões-de-clube em movimento” (p.568), o que reforça a idéia do espaço público sendo invadido pelo privado. Em sua gênese a presença de cordas nas festas de ruas surgiu com o objetivo de se delimitar o ritual religioso. Há partir da industrialização do carnaval, com a desculpa de oferecer maior segurança aos foliões associados, os blocos de trio fizeram uso deste artifício para poder gerar lucro. Assim é alimentado o chamado “mercado dos carnavais”, uma versão perversa que exclui, desagrega e discrimina as pessoas, o que não impede que o povo desenvolva mecanismos de auto-inclusão no festejo, como é o caso do folião pipoca, que não paga e mesmo assim segue o bloco ou simplesmente o assiste passar. 2. NECESSIDADES E DESEJOS As festas, principalmente as populares e de rua, não são só um local de diversão. Nelas os corpos expressam suas histórias de vida e ao mesmo tempo seus desejos, principalmente os que a sociedade de consumo impõe através do modelo de corpo chamado “perfeito”, que faz do estereotipo de “belo” um ideal que é exposto nas ruas. Para atingir tal padrão as pessoas passam o ano inteiro dentro das salas de musculação e academias de ginástica se preparando para o verão que, coincidentemente, é o período de carnaval. Em contrapartida, nessa mesma “vitrine” que é festa carnavalesca há a exposição de outros corpos, aqueles em que a grande mídia não filma em suas lentes como é o caso do corpo das mulheres trabalhadoras que são “castigados” nessa época, pois as mesmas, muitas vezes gestantes, puxam cordas dos blocos, dormem, na rua, se expõem às intempéries da natureza e se alimentam precariamente. Existe, então, um corpo que se idolatra para se divertir e, ao mesmo tempo, há outro que resiste e luta para sobreviver. Percebe-se, então que a festa abarca uma diversidade de corpos, aquilo que Sant’Anna (2001) chama de corpos “passageiros” e corpos de “passagem”. A folia, cuja participação envolve todos, os que assistem e brincam no desfile e os que trabalham. Enfim, todos assumem atribuições estéticas que lhes permitem vivenciar os espaços-momentos onde acontecem solidariedades, desejos e outros sentimentos coletivos (corpos de passagem) ou individuais (corpos passageiros). Assim, apesar do individualismo permanece uma dimensão qualitativa de viver momentos lúdicos e agnósticos, proporcionados pelo espírito grupal vividos nas ruas. Sobre os corpos passageiros e de passagem, explica Sant’Anna, (2001, p.107): Quando aumenta a sede de encontrar companheiros é preciso insistir: há grande diferença entre um corpo que ressoa unicamente para ele mesmo e um corpo que serve como passagem de forças, sem a preocupação de convergi-las unicamente para si. Há, em suma, uma imensa distância entre corpos que somente passam por todos os lugares e aqueles que, realizando ou não tais viagens, se tornam eles mesmos passagens. Por isso é que na festa acontece o namoro, as brigas e as manifestações de ordem política e afetiva. As pessoas levam seus corpos para a rua com diversos objetivos, independente de se estar dentro ou fora do 6 de 8 modelo corporal imposto, no entanto, insistimos que há um estereótipo colocado como “ideal”. Percebe-se a busca desse no forte apelo da mídia em estabelecer um modelo “imaginado” de corpo, porém, algumas pessoas expressam uma resistência ao sistema ao ir ao carnaval, por exemplo, com a barriga grande de fora. Nem por isso elas deixam de brincar e “trocar” sua energia na chamada “passagem”. Portanto, o Lazer pode achar nas práticas corporais algo vivenciado e ressignificado, fora dos padrões impostos pela mídia, pelo progresso e pela lógica do capital, ou seja, um corpo resistente às pressões do sistema. Reafirma-se achar esses nos espaços de produção cultural como na festa soteropolitana, pois, em campo, pudemos ver tais resistências nos vendedores ambulantes e nos cordeiros. 3. OS SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS AO TRABALHO O carnaval de Salvador movimenta altas cifras e por consequência disso acabam-se passando por cima dos interesses das classes menos favorecidas, pois ressaltamos que a festa acontece em um espaço público que é explorado pelo privado. Trabalhar no carnaval é uma oportunidade temporária de emprego e ao mesmo tempo uma estratégia de quem não tem a possibilidade de pagar para desfilar em um bloco. Aquele que não tem a possibilidade de pagar pela atração é condenado a ficar “espremido” entre os quase dois metros que separam as cordas das frentes das casas e prédios. Assim os blocos levantam uma quantidade muito grande de dinheiro, o bloco Camaleão, por exemplo, leva para a rua mais de 3.000 foliões por dia, o preço médio da diária chega a R$ 840,00, enquanto a diária do trabalhador das cordas custa R$ 26,50, uma diferença gritante. Apesar de tudo isso as “grandes” atrações como as bandas Chiclete com Banana e Asa de Águia seduzem a quase todos, desde o cordeiro ao folião pipoca. Os empresários do carnaval alegam que a diária paga é mais que a do salário mínimo vigente no país e por isso não há exploração, fato esse que denuncia a lógica perversa imposta pelo capital, onde mulheres grávidas e menores de idade colocam a sua mão de obra quase de graça sob condições de trabalho adversas. Porém, tais atrações geram nas pessoas a criação de uma identidade a ponto delas tatuarem em seus corpos a marca e declarações de amor às bandas e aos blocos. Assim, tanto os foliões como os próprios cordeiros do bloco fazem questão de se auto-promoverem em relação aos outros que trabalham e desfilam nos blocos menores e dizem que: “não basta sair no bloco, é preciso se assumir perante ele...”. Um artifício surreal, quem sabe para poder se sentir mais próximo do ídolo. Seja por isso, apesar do fator necessidade, trabalhar acaba sendo uma forma de se aproximar do ídolo, uma paixão semelhante aquela que as pessoas sentem pelos times de futebol. 4. RESULTADOS Diante da observação e das entrevistas realizadas, identificamos tais aspectos: a)Meio de sobrevivência - os entrevistados foram unânimes em afirmar que o trabalho das cordas melhoraria a sua renda familiar, alguns alegaram o desemprego e que tal atividade ajudaria na sua situação econômica. Reclamaram das condições de trabalho e do valor da diária paga. b) Outra característica que eles relataram foi a situação do trabalho ser uma forma de diversão. Para eles, esta atividade é diferente, pois "a gente trabalha, brinca, bebe e chega até paquerar", "quando acaba o bloco, às vezes, rola uma proteção aos foliões que em todo desfile nos dá cerveja e daí a gente ganha um trocado", a partir destas falas podemos identificar as nuanças de troca e prazer encontradas durante os dias de Momo. c) Por fim, outro aspecto, foi o desejo de trabalhar nos blocos que têm as grandes atrações musicais da "axé music". "Puxar as cordas do chiclete é punk véi, rola muito pau, mas é massa", "todo mundo que ir atrás do chicletão". Nestas falas identificamos o desejo de auto-afirmação, pois entre eles existe a necessidade de um "status", uma espécie de disputa, em se inserir nas atrações mais famosas e caras. 7 de 8 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante da observação pudemos identificar os aspectos do meio de sobrevivência ser fator preponderante a justificar a presença dos trabalhadores mal remunerados nas ruas baianas, porém o trabalho, ali, pode ser uma estratégia encontrada para se incluir no folguedo. Nas falas pudemos identificar as nuanças de troca e prazer encontradas durante os dias de exploração na festa. Outro fator, percebido por nós, foi o desejo de se trabalhar nos blocos que têm as grandes marcas musicais, pois ali existe o desejo de auto-afirmação, entre eles há a necessidade de um “status”, uma espécie de disputa em se inserir nas atrações mais famosas e caras. Assim, o Carnaval se revela um espaço onde a iniciativa privada “invade” as ruas e explora o espaço público e ao mesmo tempo manipula “quase que de graça” a força do trabalhador que resiste e desenvolve suas “linhas de fuga” para poder se divertir enquanto é explorado cruelmente. Em se tratando de uma pesquisa exploratória, conclui-se que a necessidade de subsistência é fator preponderante na presença dos cordeiros nos blocos. Percebe-se também que no momento de trabalho dos cordeiros, além da exploração do trabalhador que fica exposto ao sol ou a chuva, sem se hidratar e estarem devidamente equipados e alimentados. Eles expressam também um imaginário que reforça a idéia de prazer-felicidade e sensualidade. 6. REFERÊNCIAS Bhabha, Homi. O local da cultura. Belo Horizonte: UFMG, 1998. Chizzotti, Antônio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 2001. Cordeiros. Produção de Amaranta César e Ana Rosa Marques. Disponível em: http://lists.indymedia.org. 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