novinhas em folha: elas podem criar um
zumbido desagradávelsobre a nota, que
diminui gradualmente conforme a corda se
desgasta. Eu incluí uma comparação nos
arquivos de som acompanhantes que ilustra
a diferença entre cordas velhas e novas no
mesmo instrumento.
Teoria das cordas novas
Tome cuidado ao afinar, já que o pitch de uma corda de guitarra costuma variar, ficando um pouco
mais alto quando ela é tocada e se acomodando um pouco mais grave. Talvez você queira afinar de
acordo com a primeira ou a última, dependendo do estilo de execução e/ou track em questão.
várias marcas de cordas, mas bem menos
opções de material, com o mais comum
sendo de longe o aço banhado a níquel.
Existem diferenças sutis na sensação e no
som entre elas. As marcas mais usadas
são D’Addario e Ernie Ball.
O comprimento de escala - a distância
da pestana (o canal ranhurado no qual
as cordas se encaixam, no ponto onde
a escala encontra a cabeça) ao cavalete
- quase sempre é de 64,7cm ou 62,9cm.
O comprimento mais curto tem menos
tensão em qualquer nota e calibre de
corda específicos, e isso pode afetar tanto
a sensação da guitarra ao tocar quantoa
propensão de ela soar mais alta quando
tocada com força. Um músico com uma
Fender Strat ou Telecaster (64,7cm) e uma
Gibson Les Paul (62,9cm) às vezes usa um
calibre um pouco mais pesado na Gibson
para compensar isso. Obviamente, isso não
é algo que podemos mudar com facilidade
em uma sessão, mas, se a corda inferior
estiver notavelmente mais alta no attack
da nota, talvez você constate que tem
mais sorte com uma guitarra que tem um
comprimento de escala de 64,7cm.
Enquanto estamos no assunto de cordas,
eu pedi para o técnico de guitarras Matt
dar alguns conselhos. Ele sugere que,
antes de colocar uma corda na guitarra,
você deve verificar se ela não está dobrada
outorcida. Remova a corda enrolada de
sua embalagem e a deixe desenrolar
delicadamente, tomando cuidado para não
forçá-la. Segure-a pela ponta da ‘bolinha’ e
deixe-a pendurada em direção ao chão. Ela
deve formar uma curva regular e uniforme
sem nenhum nó, nenhum formato de ‘S’
ou espiral. Se isso não acontecer, use uma
corda diferente, já que esta provavelmente
causará problemas de entonação e
zumbido.
Você também precisa pensar em como
as cordas são efetivamente encaixadas
na guitarra. Boa parte dos problemas de
estabilidade de afinação surge quando
a corda não é enrolada adequadamente
nas tarraxas: quaisquer sobreposições
bagunçadas podem causar problemas, já
que os enrolamentos se colidem. Um vídeo
que acompanha esta matéria (veja o box
‘Áudio e vídeo’) demonstra uma boa técnica
básica para o encordoamento.
Depois de encaixada, uma corda nova
estica com o uso, ficando continuamente
mais grave conforme perde tensão.
Para estabilizá-la rapidamente, estique
delicadamente e afine a corda novamente
até ela parar de se mover: simplesmente
erga a corda diretamente para longe da
escala em algum ponto perto da metade da
distância entre a pestana e o cavalete. Não
exagere e a puxe além de seu ponto de
elasticidade, já que isso causa problemas,
e esteja ciente de que a corda continuará
cedendo um pouquinho nas primeiras horas
de execução. Este processo de esticamento
também ajuda a eliminar qualquer frouxidão
no cavalete ou na tarraxa.
Uma das primeiras coisas que um músico
nota ao palhetar uma guitarra é a idade
das cordas. Quando tocava em bandas, eu
preferia que as cordas fossem as mais novas
possíveis e as trocava regularmente, para
evitar que elas arrebentassem e porque eu
gostava da personalidade brilhante. Mas,
no estúdio, existe um problema com cordas
Então o que acontece aqui -e existe
alguma maneira de envelhecer
artificialmente cordas novas para evitar
este problema? Eu pensei bastante
nisso ao longo dos anos e experimentei
várias maneiras de tratar o problema.
Durante muito tempo, eu acreditei
que as cordas só precisavam oxidar um
pouco - perder aquele brilho polido e
fresco - para soarem claras e definidas.
Eu experimentei desembalar as cordas e
deixá-las expostas ao ar durante algumas
semanas antes de colocá-las e esfregálas com as palmas das minhas mãos para
agilizar esse processo de oxidação, mas
nada disso nunca funcionou muito bem.
Eu tenho uma teoria adicional, que é que
a superfície de uma corda se deforma
de maneira crescente conforme ela faz
contato com o traste. Os enrolamentos
gradualmente se achatam, aumentando a
área de contato e efetivamente ‘unindo’
a corda ao traste. É como se uma corda
novinha em folha não se ‘acomodasse’
adequadamente no traste. Examine um
conjunto de cordas usadas e passe-as
entre as pontas dos seus dedos, e você
verá e sentirá que, nas posições dos
trastes, existem seções achatadas de
corda. É comum encontrar baixos com
conjuntos bem antigos de cordas roundwound que soam como se fossem flatwound. E, de certa maneira, elas são!
Eu já experimentei subir e descer
no braço, apertando cordas novas
firmemente no traste em cada posição.
Mas eu não tenho certeza se isso
realmente agiliza as coisas, e, se apertar
com muita força, você corre o risco de
deformar o centro da corda conforme ela
se curva em direção ao braço atrás do
traste. Eu e Matt tentamos até usar um
martelinho e um pedaço de couro para
colocar cordas novas nos trastes e criar
um ponto plano imediatamente, mas
constatamos que só acabamos torcendo
a corda perto do traste. Nenhum de nós
achou que esse tipo de coisa seria bom
para os trastes se fosse feito várias vezes
em longo prazo. Então tome cuidado se
você planeja experimentar maneiras de
agilizar este processo e se certifique de
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Teoria das cordas novas