Luís Nuno Coelho Ferraz de Oliveira (n.1935 – Teixoso, Covilhã). Fez os primeiros estudos no Teixoso, na Covilhã e em Castelo Branco. Ingressou depois na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e, em 1961, apresentou na Universidade de Lisboa a tese “Retinopatia Diabética”. Frequentou o Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto e a Associação Portuguesa dos Diabéticos. Foi bolseiro da O.T.A.N., do I.A.C., bem como da Fulbright-Hays e do National Institute of Health. Entre 1963 e 1965, frequentou o Instituto de Oftalmologia da Universidade de Londres, onde fez estudos de Pós-Graduação e apresentou a tese “Form, Function and Pathology of Intramural Pericytes with Special Reference to the Retinal Vessels”, para obtenção do grau de Doctor of Philosophy (PhD), o primeiro médico português a fazer um PhD na Universidade de Londres. Nos Estados Unidos da América, no Departamento de Oftalmologia da New York University - School of Medicine, foi contratado como Teabling Assistant in Ophthalmology. Prestou provas de doutoramento em Medicina, na Universidade Clássica de Lisboa, com a tese “A Origem e o Desenvolvimento dos Vasos da Retina”. Como médico oftalmologista, cumpriu o Serviço Militar em Moçambique, (1970-1971), louvado e condecorado com a medalha de Prata de Serviços Distintos. Em 1975, regressou à actividade académica, regendo Oftalmologia no Hospital de Egas Moniz e, em 1977, viria a ser co-fundador da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, presidindo à Comissão Instaladora e ao Conselho Administrativo e foi seu Director de 1981 a 1986. Como Professor Catedrático, regeu na FCM até 2005 as Cadeiras de Oftalmologia e de História da Medicina. Em 1974, instalou e inaugurou o Serviço de Oftalmologia do Hospital de Egas Moniz, que dirigiu até se jubilar, em 2005. Na década de 1980, com o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian, organizou e dirigiu as Campanhas Oftalmológicas na Guiné-Bissau, Cabo Verde e Moçambique, para tratamento da “cegueira curável”. Foi Director do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, de 1986 a 1994, reforçando as ligações do Instituto com os Países Africanos (PALOP), estimulando a investigação e colaborando com organismos internacionais, nomeadamente a Organização Mundial da Saúde. Em 1987 tomou posse do cargo de Director-Geral dos Hospitais. Tem inúmeras publicações, no país e no estrangeiro, em revistas especializadas, livros e jornais, no âmbito das suas áreas de intervenção profissional. È autor de dois livros de poemas È Presidente Honorário do Museu do Instituto de Higiene e Medicina Tropical.