COMPUTADORES E AS REDES SOCIAIS: UM CONTEXTO HISTÓRICO DO USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS COMO RECURSO DIDÁTICO Divaldo de Stefani – e-mail: [email protected] UNESPAR, Mestrando do curso de Mestrado Acadêmico em Formação Docente Interdisciplinar da Universidade Estadual do Paraná- UNESPAR/Campus Paranavaí, Paranavaí-Paraná Marilene Mieko Yamamoto Pires – e-mail: [email protected] Professora Adjunto D do Colegiado de Ciências Biológicas – UNESPAR\Campus Paranavaí. Orientadora do Mestrado Acadêmico em Formação Docente Interdisciplinar da Universidade Estadual do Paraná- UNESPAR/ Campus Paranavaí. Paranavaí-Paraná Cleber Mena Leão Junior – e-mail: [email protected] UNESPAR, Mestrando do curso de Mestrado Acadêmico em Formação Docente Interdisciplinar da Universidade Estadual do Paraná- UNESPAR/Campus Paranavaí, Paranavaí-Paraná Marcia Regina Royer - e-mail: [email protected] Professora Adjunto A do Colegiado de Ciências Biológicas – UNESPAR\Campus Paranavaí. Orientadora do Mestrado Acadêmico em Formação Docente Interdisciplinar da Universidade Estadual do Paraná- UNESPAR/ Campus Paranavaí. Paranavaí-Paraná. Shalimar Calegari Zanatta - e-mail: [email protected] Professora Adjunto B do Colegiado de Ciências Biológicas – UNESPAR\Campus Paranavaí. Orientadora do Mestrado Acadêmico em Formação Docente Interdisciplinar da Universidade Estadual do Paraná- UNESPAR/ Campus Paranavaí. Paranavaí-Paraná Resumo: O objetivo desse estudo foi analisar o uso dos equipamentos da tecnologia digital em nosso cotidiano, as transformações desde o surgimento dos primeiros computadores, as descobertas das ciências que possibilitaram o desenvolvimento de equipamentos de informática cada vez mais sofisticados permitindo a disseminação das redes sociais e aplicativos de troca de informações e dados dinâmicos, com participação ativa dos indivíduos. A metodologia aplicada é de pesquisa bibliográfica, resgatando o progresso desde os primeiros computadores até a rede de computadores e a popularização da internet em nosso cotidiano, com ênfase no uso didático no aprendizado em sala de aula. Conclui-se com este estudo que a importância das tecnologias digitais é hoje uma realidade e que seu desenvolvimento foi alavancado em paralelo ao desenvolvimento das ciências e o desenvolvimento econômico que proporcionaram um grande avanço nas tecnologias e desenvolvimento de equipamentos capazes de trazer cada vez mais modelos dinâmicos, visuais e interativos no aprendizado, sendo uma ferramenta a ser incorporada à prática educacional. Palavras-Chave: Tecnologia, Educação, Desenvolvimento 1. INTRODUÇÃO O contexto histórico do uso do computador e da tecnologia propiciada pela “rede mundial de computadores” no decorrer dos anos vem seguindo uma tendência a novas descobertas a cada momento, com o uso das tecnologias digitais abrangendo uma amplitude de uso, em quase todas as áreas da indústria, educação, telecomunicação, com a disseminação das informações em tempo real, seguindo a uma globalização da informação. O MEC (1998) em seu programa “Um Salto para o Futuro, TV e informática na Educação” afirma que a tecnologia sempre afetou o homem das primeiras ferramentas, por vezes consideradas como extensão do corpo, à máquina a vapor, que mudou hábitos e instituições, ao computador que trouxe novas e profundas mudanças sociais e culturais, a tecnologia nos ajuda, nos completa, nos amplia. Nessa perspectiva, observa-se que com o decorrer dos anos desde os primeiros computadores até o período contemporâneo acontece uma quebra de paradigmas e de condutas quanto às tecnologias que vão se mostrando como auxiliares e não substitutivas ao homem, cabendo sua adaptação e modernização. Na educação segue os mesmos caminhos, cabendo ao professor adaptar-se e usar a tecnologia a favor do processo ensino-aprendizagem. O uso do computador na educação, principalmente neste início de milênio, trouxe questões que dizem respeito não só a sua utilização, mas principalmente sobre o uso de outras tecnologias. Sendo o termo tecnologia, aqui denominado, segundo o conceito de Levy (1999), apud Pontes (2012) que a define como o “conjunto ordenado de todos os recursos empregados na produção e comercialização de bens e serviços”; no caso da educação, recursos que podem contribuir para sua eficácia, ou seja, que podem possibilitar maior aprendizagem dos alunos. Ainda segundo o citado autor, a tecnologia é produzida dentro de uma cultura e esta acaba condicionada por aquela, no sentido de que, a partir da existência de uma dada técnica, a sociedade que a possui acaba por não mais viver sem ela, pelas possibilidades que se abrem com essa tecnologia. Portanto se hoje tem, na sociedade, a presença de computadores, uma tecnologia presente em quase todos os âmbitos da nossa vida, essa tecnologia condicionaria a escola a também possuí-la e dominá-la, pois a eletronização já é algo intrínseco à sociedade (PONTES, 2012). Vivemos em uma época em que já está enraizada a cultura digital, ela faz parte de uma sociedade que está dependente desta tecnologia, desde o desenvolvimento de bens e consumos, passando pelo desenvolvimento da indústria e comunicação em massa, neste contexto, no campo educacional cabe ao professor aprofundar-se em seus conhecimentos e não ficar num processo retrógrado no seu tempo, incorporando as tendências tecnológicas no seu cotidiano escolar. Inserir-se na sociedade da informação não quer dizer apenas ter acesso à tecnologia de informação e comunicação (TIC), mas principalmente saber utilizar essa tecnologia para a busca e a seleção de informações que permitam a cada pessoa resolver os problemas do cotidiano, compreender o mundo e atuar na transformação de seu contexto. Assim, o uso da TIC com vistas à criação de uma rede de conhecimentos favorece a democratização do acesso à informação, a troca de informações e experiências, a compreensão crítica da realidade e o desenvolvimento humano, social, cultural e educacional; tudo isso poderá levar à criação de uma sociedade mais justa e igualitária (ALMEIDA, 2013). Martins (2010) afirma em relação à evolução da tecnologia que um mundo onde a evolução tecnológica ocorre em escala exponencial e cada vez mais toma conta do dia-a-dia dos alunos, o aprendizado não é mais linear, já que a informação está disponível de forma rápida e relativamente barata através da internet. Nesse contexto os alunos devem ser colocados em situações que os obriguem a pensar, refletir e entender as várias dimensões de um fenômeno. A contribuição que o uso do computador traz no processo educacional, proporciona que sejam criados ambientes de interação entre o aluno, a tecnologia e o professor, com uma mediação que traz benefícios ao aprendizado. Batista (2010) relata que em nosso período contemporâneo, o interessante não é só ter acesso à tecnologia de informação e comunicação, mas, principalmente, saber utilizá-las na busca e seleção de informações para seu uso e como ferramenta pedagógica na difícil arte de ensinar nestes tempos modernos onde a televisão, o cinema, o vídeo, a internet e outros meios de comunicação áudios-visuais desempenham um papel educacional relevante. Hoje a participação do professor como um agente transformador em sala de aula exige uma postura moderna, uma conduta dinâmica em relação à associação dos conteúdos curriculares de maneira mais abrangente e como mediador da busca de um aprendizado significativo para o aluno e sua relação com a sociedade, a introdução e o uso dos recursos disponibilizados pela informática, softwares e a internet, são em nossa sociedade contemporânea uma realidade que não pode ser omitida na prática pedagógica do professor do século XXI. A aprendizagem já é percebida como a interação entre os conhecimentos que o aluno já tem e os novos e essa interação propiciará a construção de outros conhecimentos, por isso, a participação do aluno em sala de aula durante as atividades apresenta um número maior de frequência quando existe alguma proposta de interação entre o conteúdo e algum ambiente multimídia que leve o aluno a autoria, pois um ambiente virtual que o estimule a construir seu conhecimento tem uma contribuição bem maior no processo de aprendizagem (SILVA, 2013). 2. O CONTEXTO HISTÓRICO DO USO DO COMPUTADOR O surgimento dos computadores e a crescente utilização e modernização das práticas comerciais, industriais e seu uso como tecnologia educacional, foi graças às descobertas no campo das ciências e uma necessidade de modernização em vários campos de seu uso. A matemática e o desenvolvimento do cálculo possibilitaram que os primeiros computadores comerciais fossem criados, com uma interface voltada à lógica dos cálculos matemáticos, associados à melhoria da tecnologia de válvulas e da eletricidade e da transmissão de dados. O desenvolvimento da tecnologia digital passou por um período evolutivo relacionado ao progresso das ciências matemáticas e da física com a utilização das válvulas, o aprimoramento dos cálculos e processamento das informações tendo a capacidade de armazenamento de informações como uma revolução na arquitetura dos computadores da época, onde Filho (2007) descreve sobre este marco histórico: Importantes também nesse primeiro período foram duas grandes revoluções tecnológicas: o emprego de válvulas para tornar o computador mais rápido, confiável e de uso geral, e o conceito de programa armazenado. Esta técnica de usar uma “memória de armazenamento” assim como a “transferência de controle via condição”, que permitiam parar e reiniciar o processamento a qualquer instante, abriram enorme perspectiva para a programação de computadores. O elemento chave dessa arquitetura era a unidade central de processamento, que permitia a coordenação de todas as funções do computador através de uma única fonte. Em 1951, o UNIVAC I (Universal Automatic Calculator), construído pela RemingtonRand, tornou-se o primeiro computador comercialmente disponível que utilizava esses conceitos. Com o início do desenvolvimento da capacidade de armazenamento e a expansão do uso dos cálculos matemáticos e a comercialização dos computadores com capacidade de armazenamento de dados, ocorreram as primeiras experiências e iniciativas do uso dos computadores na educação. Quando a História olhar para trás e estudar os anos do século XX, entre outras coisas, perceberá que, do ponto de vista científico, eles estão caracterizados como tempos em que se produziu uma aceleração tecnológica e um avanço nas comunicações sem precedentes. Não é fácil encontrar situações históricas análogas à expansão tecnológica que se assistiu nestes últimos cinquenta anos do século. Após as revoluções do ferro, da eletricidade, do petróleo, da química, veio a revolução apoiada na eletrônica e no desenvolvimento dos computadores. A partir dos anos setenta iniciou-se a integração em grande escala da televisão, telecomunicação e informática, em um processo que tende a configurar redes informativas integradas, com uma matriz de comunicação baseada na informação digital, com grande capacidade de veicular dados, fotos, gráficos, palavras, sons, imagens, difundidos em vários meios impressos e audiovisuais (FILHO, 2007). O avanço tecnológico no campo foi alavancado por um grande desenvolvimento no campo das ciências, tendo como destaques o desenvolvimento do uso dos metais e o avanço na área da química e da física, possibilitando o melhor aproveitamento dos materiais e a condução elétrica, e os conhecimentos no campo do magnetismo que contribuiu para o desenvolvimento do armazenamento de dados em meios magnéticos, levando a um avanço no campo da eletrônica e telecomunicações. De acordo com Valente (1999), a utilização de computadores na educação é tão remota quanto o advento comercial dos mesmos. Esse tipo de aplicação sempre foi um desafio para os pesquisadores preocupados com a disseminação dos computadores na nossa sociedade. Já em meados da década de 50, quando começaram a serem comercializados os primeiros computadores com capacidade de programação e armazenamento de informação, apareceram as primeiras experiências do seu uso na educação. Com o advento da comercialização do uso dos computadores, iniciaram-se algumas tentativas de seu uso em campos diversos, com certa discrição ainda dentro do campo educacional, seu uso provocou nos educadores as primeiras experiências. Na década de 70 as primeiras tentativas voltadas ao uso do computador estavam voltadas a uma tentativa de criar nas crianças um método de comunicação entre as linguagens de programação. As primeiras iniciativas de utilização do computador como recurso de ensino que repercutiram em pesquisas, são devidas a Seymour Papert, que coordenou a criação do Logo. A linguagem de programação Logo foi desenvolvida na década de 1970, no MIT, com o objetivo de criar ambientes nos quais as crianças pudessem aprender a se comunicar com computadores (GIORDAN, 2005). A primeira experiência prática da linguagem Logo ocorreu em 1976 quando a sai do Laboratório e passa a ser utilizado na escola. Isso aconteceu graças ao projeto “An Evaluative Study of Modern Technology in Education” (PAPERT, 1976), iniciado em 1977 na Escola Pública de Brookline usando Logo implementado no microcomputador 3500 (desenvolvido por Marvin Minsky) com 16 alunos da 6a série. Ainda segundo o autor, com o advento dos microcomputadores da Texas Instrument (TI 99) e da Apple e a implementação do Logo nessas máquinas foi possível a disseminação e a introdução do Logo nas escolas e em outros centros de pesquisa (VALENTE, 1995). O uso da linguagem Logo foi um ponto de referência no uso dos computadores em sala de aula, sendo objeto de estudos e pesquisas sobre seu uso e os benefícios como ferramenta educacional, cabendo a postura do professor o direcionamento de seu uso, e a incorporação da tecnologia no seu cotidiano. A perspectiva que o trabalho e a tecnologia são um processo único quando a tecnologia presente em nossos dias nos remete ao pensar que a tecnologia e a inteligência artificial são criadas e comandadas pelo próprio homem em seu processo de trabalho, a sociedade contemporânea exige um homem que busque esta tecnologia como ferramenta de crescimento e conhecimento. Ferretti (2003), citando Saviani, afirma: “As máquinas, como extensão dos braços e agora também do cérebro humano, não são mais do que instrumento através dos quais o homem realiza aquela atividade, ainda que se trate de instrumentos através dos quais o homem realiza aquela atividade, ainda que se trate de instrumentos capazes de pôr em movimento operações complexas, múltiplas, amplas e por tempo prolongado. Portanto, o criador desse processo, aquele que o homem domina plenamente e que o controla em última instância, continua sendo o homem. Continua, pois, sendo um trabalhador. Seu trabalho consiste agora em comandar e controlar todo o complexo das suas próprias criaturas, mantendo-as ajustadas as suas necessidades e desenvolvendo-as na medida das novas necessidades que forem se manifestando...” No campo da educação essa tecnologia e seu domínio também devem ser incorporados e o domínio dessa tecnologia uma quebra de paradigmas na educação, onde o controle e o direcionamento do processo educacional devem seguir a busca de recursos que vão a procura de um trabalhador da educação focado em lidar com a tecnologia presente a sua prática diária e usá-la como uma ferramenta tecnológica eficaz. 3. A REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES E A INTERNET Com o desenvolvimento da internet desde as primeiras comunicações em rede, passando por diversos desafios tecnológicos e técnicos até seu desenvolvimento no Brasil, com grandes dificuldades enfrentadas pela rede de comunicações até seu uso na atualidade, está passando por um processo contínuo de tecnologia que atenda as demandas atuais de uso da “internet” no período atual. Segundo Carvalho (2006) apesar da história da Internet possuir suas especificidades, certamente pode servir como exemplo ou caso de estudo capaz de ajudar no entendimento de outras questões acerca de tecnologias e padrões que cada vez mais passam a fazer parte da vida moderna, tais como, a comunicação e computação móveis, a televisão digital e a convergência de voz e dados. Portanto, aproximar-se da história da Internet no Brasil pode contribuir para divisar opções e alternativas frente a novos desenvolvimentos tecnológicos necessários ao Brasil do Século XXI. Em determinados casos, a tecnologia é vista como um agente de transformação, onde a Rede de Computadores é para o indivíduo contemporâneo como um item acionável para várias utilidades vitais do cotidiano. Uma casa, um escritório, uma loja, uma biblioteca, um laboratório, um espaço na universidade, em suma, quase todos os espaços onde elas acontecem, as atividades diárias de uma sociedade moderadamente hoje industrializado, mostram aparência, especialmente relacionado e a respeito à distribuição de espaços para transmitir nunca antes visto, graças à onipresença dos computadores interligados através de modem; com efeito, um monitor, teclado e CPU (para não mencionar os computadores portáteis. (NARVÁEZ, 2005) A formação de indivíduos críticos/reflexivos capazes de tomadas de decisões e a vivência em um mundo globalizado que exige pessoas preparadas e conectadas as mudanças rápidas do mundo do trabalho, está diretamente associado ao conhecer e saber viver na era das tecnologias digitais. Nas considerações de Ferran (2001) onde se definem que as tecnologias continuam evoluindo e cada vez mais fáceis de serem utilizadas, e adaptadas às necessidades dos usuários, com uma melhor integração dos recursos a partir de diferenças de acessos cada vez mais dependentes dos recursos utilizados. Os profissionais da indústria assumirão cada vez mais atribuições com conhecimento adquirido, ou seja, consultores, conselheiros, revisores, integradores, editores e disseminadores de conhecimentos em organizações. Portanto, eles são responsáveis pelas Informações não só de recursos externos, mas também gerada nas próprias organizações. As possibilidades de trocas de informações e experiências proporcionadas pelo uso dos “Blogs” é uma estratégia de divulgação de informações em tempo real e com uma amplitude de alcance de pessoas em todo mundo, com uma grande possibilidade de usos em quase todas as áreas de atuação e com uma ênfase no uso pedagógico por professores e alunos, em uma rede de trocas de opiniões, informações e conhecimento. De acordo com Barger (1999); Blood (2000); Oliveira (2002); Schittine (2004), apud Cruciani (2011), os primeiros blogs surgiram na década de 1990, depois da criação da World Wide Web (web) e foram se expandindo conforme a própria web foi ganhando mais espaço na vida cotidiana. Blog é a variação de weblog (web+log), este último termo foi cunhado pelo norte-americano Jorn Barger no final de 1997, dois anos antes da criação do software Blogger, então de propriedade da empresa “Pyra Labs5”, que contribuiu para a sua popularização. Nas concepções de Machado (2010), a globalização “da educação” suscita uma série de acontecimentos que transformam a sua estrutura física e a mediação do conhecimento, ao implantar as Universidades Virtuais, os Portais Educativos, Universidades Corporativas no âmbito empresarial e a dualidade de um sistema que pode mesclar o presencial e o virtual, ampliando desse modo as possibilidades de acesso ao sistema educativo, com uma otimização do tempo e redução/isenção da interação física. O ser humano, enquanto ser social, sempre conviveu em um ambiente de comunicação e colaboração, utilizando as tecnologias disponíveis em cada fase histórica para esse contato. Com os avanços dos recursos tecnológicos, em especial das tecnologias da informação e comunicação, o ser humano, passa a utilizá-las em suas atividades profissionais, de lazer, de aprendizado e de contato interpessoal. Rocha (2005) relata que os relacionamentos passam a ocorrer também através da internet e assim surgem as redes sociais digitais. Através das ferramentas tecnológicas disponibilizadas pela internet, as pessoas podem trocar informações, compartilhar experiências, colaborar com projetos, participar no aprendizado coletivo, fortalecer os laços entre seus membros e aumentar o poder de decisão do grupo (SILVA, 2010). Estamos ligados em rede, uma rede de contatos pessoais, profissionais e relacionamentos digitais, onde os indivíduos do século XXI compartilham dados, imagens, vídeos, opiniões e críticas. O Facebook, Twiteer, Instagram, são alguns dos meios digitais destes compartilhamentos pela internet. As finalidades de seu uso podem e devem ser direcionadas para o aproveitamento destas ferramentas para fins educacionais e interação entre a escola, professores e alunos, aproveitando os benefícios oferecidos por esta tecnologia. De acordo com o relato de Fernandes (2011) apud Juliani (2012), o Facebook pode ser explorado como ferramenta pedagógica importante, principalmente na promoção da colaboração no processo educativo, e ainda, permite a construção crítica e reflexiva de informação e conhecimento. As novas formas de interação e comunicação em redes, oferecidas pelas mídias digitais, possibilitam a realização de trocas de informações e cooperações em uma escala inimaginável. Permitem o desenvolvimento de projetos colaborativos complexos e associações inesperadas. Wikipedia, Second Life, Craigslist, MySpace, Bebo, Facebook, Flickr são exemplos de espaços virtuais e informais de encontro na internet que permitem a construção coletiva aberta. Todos os que acessam são potencialmente produtores de informações e podem “colaborar”, inserindo suas contribuições e opiniões em qualquer tipo de texto a que tenham acesso nesses ambientes ( KENSKI, 2010). Várias possibilidades de aprendizagem são oferecidas pela rede de computadores, o uso de aplicativos como o Google earth trazem uma interface gráfica com fotos de satélites, mapas e opções de interação e visualizações de espaços geográficos com o recurso street view, o que antes poderia ser trabalhado em sala de aula com materiais impressos, hoje se tem recursos dinâmicos e mais atrativos ao processo educacional. 4. CONCLUSÃO Desde o surgimento dos primeiros computadores e a expansão de sua comercialização com o advento dos computadores pessoais, começaram várias iniciativas de uso, tendo uma grande variedade de utilização na indústria, comércio e as primeiras iniciativas no campo educacional. O desenvolvimento dos computadores na atualidade são constantes e inúmeras suas contribuições ao progresso econômico, com o advento da melhoria de acesso a rede de computadores ligados pela internet, com um mundo hoje globalizado e interligado pela rede de comunicação, onde o desenvolvimento das fibras óticas possibilitaram um salto nas tecnologias das “redes e internet”. A educação possui iniciativas ainda discretas, apesar das grandes possibilidades de uso e dos recursos das mídias, audiovisuais, imagens e interfaces gráficas oferecidas pelas tecnologias digitais, onde os educadores precisam incorporar essa ferramenta em suas práticas diárias. As “redes sociais” e os aplicativos de trocas de informações em tempo quase real de acesso servem como uma grande possibilidade de trocas de experiências e atualizações científicas e culturais, quando utilizados com finalidades educacionais direcionadas ao aproveitamento das variedades e inúmeros recursos oferecidos pelas tecnologias digitais. 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Abstract: The aim of this study was to analyze the use of equipment of digital technology in our daily lives, the transformations since the advent of the first computers, the discoveries of science that made possible the development of computer equipment increasingly sophisticated allowing the spread of social networks and applications information exchange and dynamic data, with active participation of individuals. The methodology applied is the search literature, rescuing progress since the first computers to the computer network and the popularization of the Internet in our daily lives, with emphasis on the didactic use in learning in the classroom. It is concluded from this study that the importance of digital technologies is a reality and that its development was leveraged in parallel to the development of science and economic development that provided a breakthrough in the increasingly developing technologies and models of equipment capable of bringing dynamic, visual and interactive learning, as a tool to be incorporated into educational practice. Key-words: Technology, Education, Digital Development