Horizontes e dispositivos nas artes dos países do Rio de la Plata (século XX)
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Chamada de artigos Artelogie N° 6
Horizontes e dispositivos nas
artes dos países do Rio de la
Plata (século XX)
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Date de mise en ligne : jeudi 20 juin 2013
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Horizontes e dispositivos nas artes dos países do Rio de la Plata (século XX)
Afim de evitar problemáticas "argentino " ou "uruguaiocentristas", o objetivo deste número não é o de discutir sobre
as produções artísticas dos países rio-platenses no século XX - aliás, ele diz respeito somente as artes plásticas - .
Este número visa sobretudo refletir sobre as conexões, articulações e interações que estes países tiveram com
correntes e meios artísticos de outros lugares. Ou seja, ele visa a projeção da arte argentina ou uruguaia "fora de si
mesma".
Enfim, daremos um lugar significativo aos questionamentos de natureza social e política, em sua dupla dimensão
crítica e engajada, pois observamos que certas proposições artísticas fazem eco e respondem aos projetos e
situações políticas e globais que as suscitam, as provocam ou as coagem, em razão das transformações sociais que
estas duas sociedades nacionais conheceram ao longo do século passado e dos conflitos políticos (sobretudo os
mais violentos) que ocorreram em cada um dos países em questão.
Por isto, nós propomos um estudo sobre os horizontes teóricos, temáticos e sobre os dispositivos práticos com os
quais trabalham os artistas. Entendemos por "horizonte" as perspectivas seguintes :
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- Nacional, seja a questão da "arte nacional", com os termos nos quais esta problemática foi formulada no
Uruguai e na Argentina ;
- Americana, no sentido hemisférico do termo, incluindo então neste horizonte a América do Norte. Isto é, as
proposições que se situam nesta escala frente a Europa ;
- Regional - e não regionalista - ou seja, integrando a Argentina, o Brasil e o Uruguai em um conjunto mais
amplo (por exemplo, o "espaço andino", o "cone-sul" etc) ;
- Latino-americana, que se afirma em oposição aos Estados-Unidos, afirmando uma solidariedade e uma
dimensão latinoamericana, mesmo se o Brasil é frequentemente deixado fora desta perspectiva ;
- Internacional ( especialmente durante os anos 1960), cosmopolita ( no sentido que teve este termo na
primeira metade do século) ou global ( a partir do fim do século XX), na medida que surge uma preocupação em
criar uma especificidade ou uma identidade argentina, uruguaia ou latino-americana.
Para além do que os trabalhos de sociologia da arte colocaram em evidência (o papel dos colecionadores, dos
salões e galerias, da institucionalização do mercado de arte), entendemos por dispositivo a importante
influência de outros fenômenos, como a bilocalização dos artistas, as bienais, os exílios e expatriações e o
papel das fundações.
Nesta perspectiva, nós seremos sensíveis às cartografias que estes dispositivos induzem, ou seja, aos laços que
estabeleceram os artistas no momento de suas formações e ao longo de suas carreiras profissionais. Se a
importância da "viagem a Europa" é hoje em dia bem conhecida em relação ao período modernista, não
esqueceremos das relações com os países andinos ou o Brasil (São Paulo e Rio de Janeiro). Também propomos a
discussão, especialmente para o período posterior à 1945, sobre os vínculos destes artistas com centros
importantes como Paris, Nova Iorque e Havana. Os artigos deverão ter como objeto artistas e correntes artísticas da
Argentina ou do Uruguai, afim de testar os questionamentos propostos e ilustrar os seus diversos aspectos.
Data de entrega do trabalho : janeiro de 2014 Idioma : francês, espanhol, português, inglês Número de caracteres :
no máximo 50 000 Referências bibliográficas : cf. <http://cral.in2p3.fr/artelogie/spip.php?article7>
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