Souza Junior PEA, Silveira JCF, Rangel LFGO Introdução O atual aumento dos casos de traumatismo dentário tem elevado bastante a necessidade de tratamento do canal radicular em dentes com rizogênese incompleta e necrose da polpa dentária. Entre as dificuldades encontradas pelo profissional de Endodontia, podemos citar o canal radicular bastante amplo e seu forame, que, mesmo não completamente formado, também apresenta-se com um diâmetro exagerado. Quando a rizogênese incompleta está associada à necrose pulpar dentária, torna-se ainda mais complicada, pois o processo de formação radicular pela deposição de dentina cessa. O trauma dentário com envolvimento pulpar, assim como a cárie dentária, são alguns dos principais fatores etiológicos de necrose¹. Devido a esses traumatismos — que levam muitos dentes à rizogênese incompleta — e à não procura de um tratamento adequado, surge, como resultado, a necrose pulpar, formando um quadro bastante desafiador, tendo em vista as características anatômicas e particularidades presentes, que dificultam o tratamento endodôntico². O tratamento para esses casos tem sido a apexificação, que tem como objetivo induzir uma barreira artificial, que envolve a remoção da polpa necrosada, seguida pelo desbridamento do canal e pela introdução de medicamento antimicrobiano³. O hidróxido de cálcio, puro ou associado a outras substâncias, é o material que apresenta maior suporte científico no tratamento endodôntico para o fechamento do ápice radicular, em dentes com vitalidade pulpar total ou parcial, sendo que o tratamento ocorre por meio do estímulo do fechamento apical. Ainda, outro material de grande sucesso, usado em Endodontia no tratamento de dentes com rizogênese incompleta, é o MTA (agregado trióxido mineral). Ele apresenta atividade antimicrobiana, promove selamento adequado, é biocompatível, não apresenta potencial carcinogênico e estimula a neoformação dentinária, onde é criada uma barreira apical mineralizada, com o objetivo de restabelecer a saúde do elemento dentário e evitar sua perda prematura ¹. O MTA foi desenvolvido por uma equipe liderada por Torabinejad, em 1990, e é utilizado em Endodontia com bastante sucesso. O material apresenta características físicas e químicas com um elevado grau de biocompatibilidade. No entanto, somente em 1999 o cimento foi patenteado e comercializado4,5,6. © 2015 Dental Press Endodontics Para a realização da obturação de dentes com necrose pulpar e rizogênese incompleta, empregamos a manobra do tampão apical com aplicação da técnica imediata. O tampão apical consiste da introdução de um material obturador, que seja compatível com os tecidos periapicais, no segmento apical do canal radicular; o restante do material obturador é usado de forma convencional (cimento endodôntico e cones de guta-percha). Assim, o tampão apical funciona tanto com finalidade mecânica quanto biológica. Mecânica porque atua como um obstáculo ao extravasamento da guta-percha e do cimento obturador, e biológica porque favorece a reparação do tecido mineralizado junto ao ápice¹. O MTA é um material biocompatível, apresenta atividade antibacteriana satisfatória e promove o selamento adequado, previne a microinfiltração, induz a neoformação dentinária e não apresenta potencial carcinogênico. É pouco solúvel e a massa obtida não se dilui quando em presença de líquidos teciduais, sendo essa uma vantagem sobre as pastas e cimentos à base de hidróxido de cálcio¹. Ruiz et al.7 relataram que o MTA é um material biocompatível com capacidade osteoindutora, que promove selamento marginal adequado, prevenindo infiltrações e efeito antimicrobiano. É utilizado em várias situações clínicas, como no selamento de perfurações radiculares, proteção pulpar direta, pulpotomia, tampão apical em rizogênese incompleta, obturação de canais radiculares, reparo de fraturas radiculares e como material restaurador temporário. De Deus e Coutinho Filho8 relataram que usaram o MTA como um tampão apical em um dente com rizogênese incompleta e necrose pulpar. Realizaram acompanhamento clínico e radiográfico do paciente durante um ano, revelando-se uma função clínica adequada, ausência de sintomas e nenhum sinal de rarefação óssea periapical. Com esse resultado, os autores concluíram que o MTA é um produto que pode ser utilizado como alternativa satisfatória para a solução de dentes com rizogênese incompleta e necrose pulpar. Tonin9 mostrou que o MTA é o material de escolha para o tratamento de dentes com necrose pulpar e rizogênese incompleta, com a qualidade de permitir a realização do tratamento do canal radicular em uma única sessão, diminuindo a probabilidade de complicações e o tempo de tratamento. Foi realizado um estudo clínico para comparar o MTA com o hidróxido de cálcio, quando empregados como plug apical em dentes com ápice incompletamente formado. Os resultados mostraram que o plug apical 69 Dental Press Endod. 2015 Jan-Apr;5(1):68-72 [ artigo original ] Tratamento endodôntico em dente com rizogênese incompleta: técnica imediata com MTA foi mais efetivo do que o plug com hidróxido de cálcio, não apresentando extravasamento em nenhum caso — sendo que o plug apical de hidróxido de cálcio apresentou rompimento em quatro casos10. No presente caso clínico, foi realizada a apexificação, que é a indução de uma barreira calcificada na região apical em dentes com rizogênese incompleta e necrose pulpar, com a utilização de MTA associado à técnica imediata, na qual cones rolados foram unidos a três cones principais de guta-percha #80 e levados ao conduto para formação de uma barreira apical artificial, sendo obturado com cimento MTA em apenas duas sessões. O objetivo do presente trabalho foi mostrar a eficácia da técnica imediata, em um caso de rizogênese incompleta com necrose pulpar, utilizando cimento reparador MTA e cimento obturador endodôntico à base de MTA, visando fechar o ápice radicular. radicular, moldando-os ao ápice radicular; (2) logo em seguida, manipula-se o MTA (pó e líquido) em uma placa de vidro, com espátula #24, sendo inserido com calcador de Paiva dentro do canal radicular; compacta-se o MTA no ápice usando o próprio cone principal de guta-percha e, após o MTA ter se assentado e sofrido presa no ápice radicular, é radiografado, para se observar sua adaptação (prova do cone); (3) remove-se o cone principal de guta-percha e se realiza radiografia, para observar somente o MTA formando um tampão no ápice radicular, enquanto se espera a presa do cimento; (4) após a radiografia, é inserido, novamente, o cone principal de guta-percha com cimento obturador, e utilizado o espaçador para levar os cones acessórios com cimento obturador à base de MTA para dentro do canal radicular; (5) radiografa-se o dente para observar a adaptação do cone principal e acessórios (penacho); após essa etapa, remove-se o penacho com o calcador de Paiva aquecido em lamparina, faz-se a compactação vertical e se realiza radiografia final, para observação clínica final da obturação. Após o tratamento endodôntico, realizado no paciente por meio da técnica imediata e utilização do MTA, o acompanhamento radiográfico foi realizado de quatro em quatro meses, durante um ano, para verificar a ação do MTA na formação de um tampão apical de tecido mineralizado. Material e Métodos Paciente do sexo masculino, com 16 anos de idade, compareceu à clínica odontológica da Universidade Severino Sombra (USS). Na anamnese, o paciente relatou que, aos 8 anos de idade, sofreu traumatismo dentário do dente #21. Após os exames clínico e radiográfico, constatou-se rizogênese incompleta e necrose pulpar, com presença de lesão apical. Após o diagnóstico, procedeu-se ao início do tratamento endodôntico. Na primeira consulta, foi feita a cirurgia de acesso utilizando isolamento absoluto, esvaziamento do canal com lima tipo K #80 com movimento de limagem, para a neutralização do conteúdo séptico-tóxico com solução de hipoclorito de sódio a 1%. Foi realizada a odontometria com lima tipo K #80, a qual penetrava livremente em todo o comprimento de trabalho, estabelecido em 22mm, tendo como referência o bordo incisodistal. Logo após esse procedimento, usou-se como medicação intracanal, com o objetivo de fazer sua desinfecção, pasta de hidróxido de cálcio, paramonoclorofenol canforado e glicerina (HPG), levados com auxílio do instrumento lêntulo #40. Logo após, foi utilizado curativo coltosol, como selador temporário. Na segunda consulta, procedeu-se à instrumentação do canal com lima tipo K #80, para a neutralização do conteúdo séptico-tóxico. A obturação do canal com o MTA foi realizada utilizando-se a técnica imediata1: (1) primeiro, confecciona-se um cone rolado, por meio da união de três cones principais de guta-percha #80; os cones, levemente aquecidos, são levados com pinça para dentro do canal © 2015 Dental Press Endodontics Discussão Na literatura endodôntica, são apresentadas diversas técnicas e materiais obturadores para o tratamento da rizogênese incompleta com necrose pulpar, mas os autores afirmam que a melhor opção é estimular o fechamento apical. Assim, no caso clínico apresentado, o material de eleição foi o MTA, em detrimento ao hidróxido de cálcio, haja vista que, atualmente, o cimento de MTA tem sido utilizado com bastante sucesso na Endodontia, por ser um material que estimula a neoformação de dentina, apresenta atividade antimicrobiana, tem baixa citotoxicidade, promove um selamento apical adequado, é biocompatível e não possui potencial carcinogênico. Entretanto, no presente caso, a não utilização do hidróxido de cálcio como indução para formação de barreira apical demonstrou que ele enfraquece a dentina, apresenta risco de extravasamento, e deve ser trocado de forma sucessiva, criando a necessidade de retornos do paciente — diferentemente do MTA, em que a obturação final se deu em apenas duas sessões, permitindo um tratamento mais rápido1,11,12. A escolha da técnica imediata1 se deu pelo fato da obturação final ser feita logo após o uso de um curativo intraca70 Dental Press Endod. 2015 Jan-Apr;5(1):68-72 Souza Junior PEA, Silveira JCF, Rangel LFGO Figura 1. Imagem radiográfica inicial. Figura 2. Odontometria. Figura 3. Canal preenchido com HPG. Figura 4. Confecção do tampão com MTA e adaptação do cone principal. Figura 5. Tampão apical posicionado. Figura 6. Obturação final. nal com HPG, o que reduziu o tempo de trabalho, as consultas e radiografias, além do fato de o paciente necessitar de uma restauração estética urgente, pois se tratava de dente anterior; mas também pelo fato de o atendimento ter sido realizado em uma clínica odontológica escolar, onde o controle dos retornos do paciente é mais difícil. Por essa razão, o tratamento ocorreu em apenas duas sessões. Também podemos ponderar que, para a desinfecção do canal, foi usada pasta HPG (hidróxido de cálcio, paramonoclorofenol canforado e glicerina) como medicação intracanal para tratamento de dentes com rizogênese incompleta e necrose pulpar, sendo que a utilização da glicerina — um veículo hidrossolúvel viscoso, que apresenta uma dissociação mais lenta com hidróxido de © 2015 Dental Press Endodontics cálcio — resulta em um efeito bactericida inicial não tão potente, porém, mais duradouro. O paramonoclorofenol canforado possui atividade bactericida e inativação de enzima; o hidróxido de cálcio apresenta ação anti-inflamatória, ação antimicrobiana, neutralização de endotoxinas e indução de reparo por tecido mineralizado13. É importante salientar que as condições necessárias para que haja formação de barreira apical calcificada em dentes com rizogênese incompleta e necrose pulpar são os procedimentos de esvaziamento e instrumentação dos canais para retirada de resíduos e bactérias3, sendo que a instrumentação deve ser realizada com cuidado, pois o canal radicular encontra-se com grande volume de paredes finas e friáveis, o que pode resultar em fratura da raiz durante o 71 Dental Press Endod. 2015 Jan-Apr;5(1):68-72 [ artigo original ] Tratamento endodôntico em dente com rizogênese incompleta: técnica imediata período de trocas. A utilização de solução irrigadora também é importante para a desinfecção do canal, que ocorre por meio de suas propriedades físico-químicas14. Embora a necrose pulpar impeça o desenvolvimento apical radicular, é importante enfatizar que o ápice deve ser entendido como um tecido dinâmico, que tem capacidade de crescer, se desenvolver e se reparar15. Nos estudos sobre rizogênese incompleta, o fechamento do forame apical está relacionado a quatro fatores: estágio de desenvolvimento da raiz dentária, condições da polpa dentária e condições dos tecidos perirradiculares no momento da intervenção, e substância empregada16. No presente caso, a apexificação foi escolhida devido à rizogênese incompleta do dente traumatizado e à necrose da polpa dentária, sendo a condição pulpar um fator preponderante para a escolha adequada do tratamento endodôntico. Quando a polpa se torna necrótica antes que o crescimento radicular esteja completo, a formação de dentina cessa e o desenvolvimento radicular é detido11. Como já mencionado, o MTA foi utilizado para a confecção de um plug apical, com o objetivo de formar uma barreira artificial. Por meio da radiografia final, pode-se observar que um tampão apical com cimento reparador de MTA foi posicionado de forma compactada no ápice radicular, e que o selamento foi alcançado, demonstrando que a técnica imediata foi eficaz. Logo em seguida, foi realizada a obturação, também com cimento obturador endodôntico à base de MTA1. Após a instrumentação do conduto e utilização do cimento obturador MTA, decidiu-se pelo acompanhamento clínico e radiográfico do paciente de quatro em quatro meses, durante um ano, na clínica da Universidade Severino Sombra, com o objetivo de verificar a ação do cimento reparador MTA na indução de um tampão apical de tecido duro no ápice do dente com rizogênese incompleta. Realizadas as etapas endodônticas, logo em seguida o dente foi restaurado, com o objetivo de se obter um selamento biológico e evitar a contaminação do canal. Conclusão Com base na radiografia final do caso clínico apresentado, pode-se concluir que o tratamento de dentes jovens com rizogênese incompleta e polpa necrosada utilizando o cimento MTA como material obturador associado à técnica imediata mostrou-se eficaz. Referências 1. Lopes HP, Siqueira Jr JF, Estrela C, Neves MAS. Tratamento Endodôntico em dentes com rizogênese incompleta. In: Lopes HP, Siqueira Jr JF. Endodontia: biologia e técnica. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2010. p. 877-90. 2. Seibel VM, Soares RG, Limongi O. Histomorfologia do reparo após tratamento endodôntico em dentes com rizogênese incompleta: revisão de literatura. RSBO. 2006;3(2):37-43. 3. Holland GR, Trowbridge HO, Rafter M. Proteção pulpar, preservação do ápice. In: Torabinejad M, Walton RE. Endodontia: princípios e práticas. 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2010. p. 32. 4. Gomes-Filho JE, Costa MMM, Cintra LT, Duarte PC, Takamiya AS, Lodi CS, et al. 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A Análise “in vitro’’ da viabilidade do uso do MTA e do hidróxido de cálcio com plug apical em dentes com rizogênese incompleta. ROBRAC. 2007 [Acesso em: 2014 jul. 10];16(42). Disponível em: http://www.robrac.org.br/ seer/index.php/ROBRAC/article/viewFile/68/61. 11.Torabinejad M, McDonald NJ. Cirurgia perirradicular. In: Torabinejad M, Walton RE. Endodontia: princípios e práticas. 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2010. p. 357-75. 12.Shabahang S, Torabinejad M. Treatment of teeth with open apices using mineral trioxide aggregate. Pract Periodontics Aesthet Dent. 2000;12(3):315-20; quiz 322. 13.Siqueira Jr JF, Rôças IN, Lopes HP. Medicação Intracanal. In: Lopes HP, Siqueira Jr JF. Endodontia: biologia e técnica. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2010. p. 573-611. 14.Marchesan MA, Alfredo E, Sufredini AR, Matoso FB, Vansan LP, Souza Neto MD. Tratamento de dentes traumatizados com rizogênese incompleta: apicificação. RBSO. 2008;5(1):58-62. 15.Moodnick RM. 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Resultados: no controle radiográfico pós-operatório, observou-se que o nível de preenchimento do canal radicular, em 12 dos 14 canais, foi de 0 a 2 mm do ápice apical. Conclusão: os resultados do presente estudo sugerem que condutimetria é um método confiável para determinar o comprimento de trabalho, além de reduzir o número de tomadas radiográficas durante o tratamento do canal radicular. Introdução: estabelecer o comprimento de trabalho durante o tratamento do canal radicular é muito importante, uma vez que permite que os procedimentos clínicos sejam realizados respeitando os limites do canal. Objetivo: o objetivo deste artigo é relatar cinco casos nos quais o tratamento do canal radicular foi realizado por meio de um método eletrônico sem radiografia transoperatória. Métodos: três molares superiores e dois molares inferiores foram diagnosticados com pulpite irreversível ou necrose pulpar. Os casos foram tratados na Clínica de Endodontia do Hospital Militar Regional de Guadalajara, México, mediante assinatura de consentimento livre e esclarecido, por parte dos pacientes. O comprimento de trabalho do canal radicular Palavras-chave: Endodontia. Preparo do canal radicular. Obturação do canal radicular. Tratamento do canal radicular. Como citar este artigo: Broon NJ, Cruz A, Palafox-Sánchez CA, Anadaracua-García S, García-Hervert BR, Ayón-García R. Root canal treatment by means of electronic conductometry without radiographic trans-operative verification: a report of five cases. Dental Press Endod. 2015 Jan-Apr;5(1):73-7. DOI: http://dx.doi. org/10.14436/2178-3713.5.1.073-077.oar. 1 Mestre em Ciências, Doutorando em Investigação Clínica – Centro Universitário de Ciências da Saúde (CUCS), Universidade de Guadalajara, México. 2 Mestre em Ciências, Doutor, Professor Titular em Endodontia, Pós-doutorado em Endodontia, Instituto de Investigação em Ciências Biomédicas, CUCS, Universidade de Guadalajara, México. 3 Mestre em Ciências, Doutor, Professor Titular, Instituto de Investigação em Ciências Biomédicas, CUCS, Universidade de Guadalajara, México. 4 Especialista, Professor, Departamento de Endodontia, Universidade de Querétaro, Querétaro, México. 5 Especialista em Endodontia, Escola Militar de Graduados em Saúde, Universidade do Exército e da Força Aérea. 6 Estudante de pós-graduação em Endodontia, CUCS, Universidade de Guadalajara, México. © 2015 Dental Press Endodontics » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo. » O(s) paciente(s) que aparece(m) no presente artigo autorizou(aram) previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais, e/ou radiografias. Recebido: 17/6/2014. Aceito: 19/09/2014. Endereço para correspondência: Alvaro Cruz Av. Francisco Javier Gamboa 230, Col. Arcos Sur, Guadalajara, Jalisco, México C.P.: 44150 — E-mail: [email protected] 73 Dental Press Endod. 2015 Jan-Apr;5(1):73-7 [ artigo original ] Tratamento do canal radicular por meio de condutimetria sem radiografia transoperatória: relato de cinco casos Introdução Uma das dificuldades encontradas durante o tratamento do canal radicular é determinar o comprimento de trabalho que permita que os procedimentos clínicos sejam realizados, mas respeitando os limites anatômicos do canal1-4. O comprimento do canal determina o limite apical do preparo químico-mecânico e o nível de preenchimento; procedimentos de instrumentação e preenchimento inadequados, que ultrapassam ou não atingem todo o forame apical, podem dificultar a cicatrização periapical3,5,6. Tradicionalmente, utiliza-se a técnica radiográfica para se obter o comprimento de trabalho; porém, essa técnica apresenta limitações como: sobreposição das imagens referentes às estruturas anatômicas; obtenção de imagens bidimensionais de objetos tridimensionais; distorção de imagens; dificuldade em se estabelecer a posição do forame apical; além da qualidade do filme ou do sensor, que pode interferir na qualidade da imagem. Além disso, algumas circunstâncias clínicas limitam o seu uso, como os casos de pacientes com macroglossia ou náusea, pacientes crianças ou gestantes1. Vários autores7-10 recomendam o uso combinado de radiografias e localizadores eletrônicos, para a obtenção do correto comprimento de trabalho. Em 1918, Custer11 propôs o uso de um dispositivo capaz de registrar a corrente elétrica entre dois eletrodos — um posicionado no canal radicular e o outro na mucosa bucal —, para determinar o limite apical da instrumentação. Os estudos de Suzuki12 e Sunada13 levaram ao desenvolvimento dos primeiros localizadores apicais. Ao longo do tempo, novos instrumentos foram desenvolvidos, com base na impedância de frequências únicas e múltiplas, e foram capazes de superar os problemas apresentados pelos primeiros modelos4,14. Dada a confiabilidade dos dispositivos eletrônicos modernos utilizados para determinar o comprimento de trabalho10,15-18, vale a pena investigar se é possível reduzir o número de radiografias transoperatórias, a fim de minimizar a dose de radiação e o tempo de tratamento. O presente artigo relata cinco casos de tratamento do canal radicular realizados por meio de condutimetria, sem uso de radiografias transoperatórias e com duas tomadas radiográficas para cada caso. entre 20 e 40 anos, em bom estado de saúde, mas necessitando de tratamento de canal radicular. Os pacientes assinaram consentimento livre e esclarecido e o estudo foi aprovado pelo Comitê de Bioética do próprio hospital. Os diagnósticos obtidos foram os seguintes: » Casos 1 e 2: necrose pulpar no primeiro molar inferior direito (#46) e pulpite irreversível no segundo molar inferior direito (#47). » Caso 3: necrose pulpar no primeiro molar superior direito (#16). » Caso 4: pulpite irreversível no primeiro molar superior esquerdo (#26). » Caso 5: pulpite irreversível no segundo molar superior esquerdo (#17). Os pacientes foram submetidos a anestesia local e a procedimentos clínicos com isolamento de lençol de borracha (Nic-tone, MDC, México). O acesso endodôntico foi feito com broca carbide 3 (S.S. White, EUA) em alta rotação. A cavidade pulpar foi irrigada com 5ml de solução de hipoclorito de sódio (NaOCl) a 2,5% (Viarzoni-t-Viarden, México). Todos os procedimentos foram realizados com instrumentos esterilizados. Os canais radiculares foram instrumentados com lima tipo K de calibre 15 (Dentsply-Maillefer, Ballaigues, Suíça). O orifício do canal radicular foi aumentado com brocas Gates-Glidden 4 (Dentsply-Maillefer). A cavidade pulpar foi inundada com solução de NaOCl. O comprimento de trabalho foi determinado com a ajuda de um localizador apical Raypex 6 (VDW, Munique, Alemanha), seguindo as instruções do fabricante. A alça do localizador foi posicionada nos lábios do paciente, e limas tipo K de calibre 10 ou 15 (Dentsply-Maillefer) foram presas ao localizador Raypex 6, até que ele exibisse uma barra vermelha, indicando a posição do forame apical. A posição da lima foi ajustada até que a tela do localizador indicasse que a lima estava no nível da terceira barra verde; a lima foi mantida nessa posição por 30 segundos, para estabilizar a medida. A distância da coroa à ponta da lima foi registrada em milímetros, e essa medida foi considerada o comprimento de trabalho para o preparo químico-mecânico e o procedimento de obturação. Todos os canais radiculares foram preparados por meio do sistema de instrumentação Reciproc (VDW, Alemanha). Os canais mesial e vestibular foram alargados até o comprimento R25, enquanto as dimensões dos canais palatino e distal foram alargadas até o comprimento R40. Apenas um canal palatino com curvatura acentuada teve suas dimensões alargadas até o Casos Clínicos No Hospital Militar Regional de Guadalajara, México, foram tratados quatro pacientes adultos com idades © 2015 Dental Press Endodontics 74 Dental Press Endod. 2015 Jan-Apr;5(1):73-7 Broon NJ, Cruz A, Palafox-Sánchez CA, Anadaracua-García S, García-Hervert BR, Ayón-García R comprimento 25. Os canais foram irrigados com 3ml de solução de NaOCl a cada troca de instrumentos e com agulha para irrigação (27G) (Bayer, México). Após o preparo químico-mecânico, os canais foram irrigados com 5ml de soro fisiológico (KabiPac, México). Os canais foram, então, inundados com 1ml de solução EDTA (MD-Cleanser, Meta Biomed, Coreia), mantida por 5 minutos, e enxaguados com 5ml de solução fisiológica. Os canais dos dois molares com diagnóstico de necrose pulpar foram secos com pontas de papel absorvente R25 e R40 (VDW, Alemanha) e preenchidos com pasta de hidróxido de cálcio (Viarden, México) e água destilada. O procedimento foi realizado com broca Lentulo 30 (Dentsply-Maillefer) a 20.000rpm. As paredes da cavidade pulpar foram limpas e seladas provisoriamente com Cavit G (3M-ESPE, Alemanha). O paciente compareceu à consulta seguinte depois de 8 dias. Nessa ocasião, foi submetido a anestesia local e isolamento absoluto, para a remoção do selamento coronário com broca calibre 3. A pasta de hidróxido de cálcio foi manualmente removida com a última lima utilizada, e o canal foi irrigado com 10ml de solução de NaOCl. Em seguida, o canal foi irrigado com EDTA e soro fisiológico por 5 minutos. Os canais radiculares foram secos com pontas de papel absorvente R25 ou R40, e preenchidos com cones de guta-percha (VDW, Alemanha), de tamanho equivalente ao preparo apical (25 ou 40), e cimento MTA Fill-Apex (Angelus, Londrina, Brasil). A técnica de condensação lateral foi realizada com espaçadores digitais 30 (Dentsply-Maillefer) e dois cones acessórios (Hygenic-Coltene, EUA). Uma lima rotatória de calibre 40 (Miltex, EUA) foi inserida a 20.000rpm, para plastificação e condensação do guta-percha. O excesso de guta-percha foi retirado com instrumento Glick. O acesso endodôntico foi selado provisoriamente com Cavit G (3M-ESPE, México) e, em seguida, o lençol de borracha foi removido e a radiografia final realizada (Kodak, México). Dos 14 canais radiculares tratados, 10 apresentaram obturação de 1 a 2 mm abaixo do ápice radicular (Fig. 1A), enquanto 2 apresentaram extravasamento do material obturador; 2 canais tiveram sobreobturação de cimento (Fig. 1B). Um segundo molar inferior tinha apenas dois canais (mesial e distal); em um primeiro molar superior, dois canais estavam localizados na raiz mesiovestibular (MV), com o canal MV2 unido ao terço médio do canal MV — nessa raiz, considerou-se apenas um canal, já que havia somente um terço apical (Fig. 1C). © 2015 Dental Press Endodontics A B C Figura 1. A) Primeiro molar inferior direito, onde observa-se uma curvatura em formato de "S" no canal mesial. No segundo molar, o preenchimento é observado dentro do canal. B) Segundo molar superior esquerdo, com preenchimento do canal vestibular localizado 1 a 2mm antes do ápice radiográfico, enquanto o canal palatino mostra uma leve sobreobturação. C) Primeiro molar superior direito, em cujos canais mesiovestibular e palatino observa-se curvatura para distal. O preenchimento dos três canais apresentou nível aceitável. 75 Dental Press Endod. 2015 Jan-Apr;5(1):73-7 [ artigo original ] Tratamento do canal radicular por meio de condutimetria sem radiografia transoperatória: relato de cinco casos necessidade de exames radiográficos adicionais10,26,27. Com esse protocolo, se elimina ou se reduz a necessidade de utilizar radiografias transoperatórias; assim, minimiza-se a dose e o tempo de exposição à radiação, o manuseio de substâncias químicas e os custos do tratamento endodôntico. Porém, o uso de localizadores não elimina a margem de erro28 causada pela presença de restaurações metálicas, cáries, instrumentos no canal secundário ou contaminação por saliva7. Nesse estudo, foram incluídos casos de necrose pulpar tratados em duas sessões, e casos de pulpite irreversível tratados em uma sessão. Nas duas situações, foram obtidos resultados semelhantes para o limite apical. Esses dados corroboram os achados de Piasecki et al.17 ao relatarem que a confiabilidade do localizador apical não depende da presença ou ausência de periodontite apical. Devido ao número limitado de casos apresentados no presente trabalho, estudos futuros in vivo e ex vivo, que determinem o comprimento do canal radicular sem radiografias transoperatórias, se fazem necessários; porém, os resultados obtidos no presente estudo indicam que o método eletrônico é confiável. Compreender a etiologia das patologias periapicais, o uso prudente das radiografias e a tecnologia dos localizadores apicais eletrônicos pode ajudar o clínico a obter bons resultados na determinação precisa do comprimento do canal radicular9,10,15,16. Prescreveu-se Ibuprofeno 600mg a cada 8 horas em casos de sensibilidade pós-operatória. Os pacientes voltaram ao consultório 10 dias depois, para controle clínico e radiográfico. Todos os casos apresentavam-se assintomáticos e foram encaminhados para reabilitação protética. Discussão Sugere-se que a junção cemento-dentina é a região anatômica limite para o preparo e preenchimento do canal radicular1,3,19; porém, essa região não pode ser facilmente determinada por exames radiográficos4. A quarta geração de localizadores apicais possibilita que essa região anatômica seja localizada com níveis de precisão acima de 90%7, apesar de algumas limitações, como casos de raízes fraturadas ou de reabsorção17. O presente relato de cinco casos demonstra que, sob condições apropriadas, é possível tratar canais radiculares por meio de condutimetria sem usar radiografias transoperatórias. Em comparação aos métodos radiográficos utilizados para determinar o comprimento de trabalho, os localizadores apicais eletrônicos produzem resultados semelhantes10,20,21 ou mais exatos e precisos8,22-26, para a condutimetria, do que as radiografias. Um dos motivos pelos quais o comprimento de trabalho estabelecido por raios X pode ser impreciso baseia-se na interpretação da imagem bidimensional de um objeto tridimensional, na qual o ápice radicular determinado pelo exame radiográfico é considerado o limite, ao passo que no método eletrônico, o ponto de referência é o forame apical, radiograficamente imperceptível26. Embora o comprimento de trabalho seja obtido eletronicamente, as radiografias ainda são utilizadas nas fases de testes clínicos para os cones de guta-percha ou de condensação10. No presente artigo, os cinco casos foram tratados com o uso exclusivo de condutimetria sem radiografias transoperatórias, com apenas duas tomadas radiográficas periapicais (inicial e final). Em 12 dos 14 canais, a obturação endodôntica avaliada na radiografia final estava localizada de 0 a 2mm aquém do ápice apical. Sjögren et al.5 afirmam que maiores níveis de cicatrização periapical são obtidos a essa extensão de obturação. O uso de localizadores apicais eletrônicos pode minimizar o risco de sobreinstrumentação e de preenchimento inadequado, ultrapassando ou não atingindo todo o canal radicular7,24,25. Além disso, pode reduzir a © 2015 Dental Press Endodontics Conclusão O uso do localizador apical Raypex 6 é um método confiável para estabelecer o comprimento de trabalho, o qual determina os limites do tratamento de canal radicular, sem tomadas radiográficas. Além disso, esse método minimiza a dose de radiação durante o tratamento de canal radicular. 76 Dental Press Endod. 2015 Jan-Apr;5(1):73-7 Broon NJ, Cruz A, Palafox-Sánchez CA, Anadaracua-García S, García-Hervert BR, Ayón-García R Referências 1. Dummer PHM, McGinn JH, Ress DG. The position and topography of the apical canal constriction and apical foramen. Int Endod J. 1984;17:192-8. 2. Ricucci D. Apical limit of root canal instrumentation and obturation, part 1. Literature review. Int Endod J. 1998;31:384-93. 3. Ricucci D, Langeland K. 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Página de título —deve conter título em português e em inglês, resumo e abstract, palavras-chave e keywords. —não devem ser incluídas informações relativas à identificação dos autores (por exemplo: nomes completos dos autores, títulos acadêmicos, afiliações institucionais e/ou cargos administrativos). Elas deverão ser incluídas apenas nos campos específicos no site de submissão de artigos. Assim, essas informações não estarão disponíveis para os revisores. —O Dental Press Endodontics utiliza o Sistema de Gestão de Publicação, um sistema on-line de submissão e avaliação de trabalhos. 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