AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR DOS PACIENTES ADULTOS HIV/AIDS EM USO DE ANTIRRETROVIRAIS CADASTRADOS NO PROGRAMA DE DST/AIDS DO MUNICÍPIO DE TERESÓPOLIS/RJ G. Rodrigues Santos1, P. Rodrigues Costa Alves1, M. Domingues Ribeiro1, A.C. Moreira Jorge Ghazali1, M. Haas1, F. A. Carvalho de Paula1, T. R. Peres Castro de Paula1, L. Lisboa Carramenha2, M. Brandão de Oliveira1, K. Ferreira Pelissari1, L. Brandão1, M. de Fátima Moreira Silva Jorge1, W. de Andrade Martins3 1 2 Curso de Graduação em Medicina, Centro Universitário Serra dos Órgãos, UNIFESO, Teresópolis, Rio de Janeiro, Brazil; Curso de 3 Graduação em Medicina, Universidade Federal do Rio de Janeiro , UFRJ, Macaé, Rio de Janeiro, Brazil; Curso de Pós Graduação em Ciências Cardiológicas, Universidade Federal Fluminense , UFF, Niterói, Rio de Janeiro, Brazil Introduçäo: A AIDS representa um dos maiores problemas de saúde da atualidade. A introdução da terapia antiretroviral (ARV), todavia, causou uma considerável redução da mortalidade associada. Desta forma, a infecção pelo HIV assumiu características semelhantes a outras doenças crônico-degenerativas, permitindo o surgimento de novas características nessa população, como a lipodistrofia/dislipidemia, que, associadas à Hipertensão Arterial Sistêmica, o Diabetes Mellitus, tabagismo e a obesidade, corroboram com um aumento no risco cardiovascular (RC). Objetivo: Aferir o RC dos pacientes HIV/AIDS, em uso de ARV. Metodologia: Pesquisa quantitativa, de intervenção, que se utilizou da Escala de Framinghan para avaliar 63 pacientes adultos, HIV positivo, em uso de ARV por tempo maior que 12 meses, cadastrados no Programa de DST/AIDS – Teresópolis/RJ. Resultados: O tempo médio do uso de ARV é 6,1 anos ±4,2. 36,5% dos pacientes nunca trocaram o esquema de ARV. 24% são hipertensos, destes, 5% são hipertensos e diabéticos. 62% apresentam dislipidemia. 30,1% são tabagistas, com carga tabágica média de 26,1 maços/ano ±13,19. 66% dos pacientes apresentaram RC <10%, enquanto 34% dos pacientes apresentaram RC ≥10%. A maior parte destes pacientes, até a avaliação da pesquisa, não possuíam o diagnóstico de diabetes, dislipidemia e/ou hipertensão. Conclusäo: Existe a necessidade de avaliar o RC deste grupo de pacientes, uma vez que, o uso do ARV contínuo contribui para o surgimento de diversas alterações que predispõem eventos cardiovasculares que podem ser prevenidos com o diagnóstico precoce das doenças associadas, terapêutica adequada destas e estímulo para mudanças de hábitos de vida.