JUNTAS INDUSTRIAIS JOSÉ CARLOS VEIGA 4ª Edição 4ªEdição JOSÉ CARLOS VEIGA JUNTAS INDUSTRIAIS 4 a Edição 1 © José Carlos Veiga, 2003 Reservam-se os direitos desta à José Carlos Carvalho Veiga Av. Martin Luther King Jr., 8939 21530-010 Rio de Janeiro - RJ Impresso no Brasil / Printed in Brazil Obra Registrada sob o número 173.856 Livro 293 Folha 3 Fundação Biblioteca Nacional – Ministério da Cultura Capa Alexandre Sampaio Desenhos Altevir Barbosa Vidal Gráfica Brasilform Chesterman Indústria Gráfica Tiragem desta impressão: 3000 exemplares Edições Anteriores Língua Portuguêsa 1a Edição, 1989 – 3000 exemplares 2 a Edição, 1993 – 3000 exemplares 3 a Edição, 1999 – 1000 exemplares (1 a impressão) 3 a Edição, 1999 – 1000 exemplares (2 a impressão) Língua Inglesa 1a Edição, 1994 – 10000 exemplares 2a Edição, 1999 – 3000 exemplares 3a Edição, 2003 – 3000 exemplares Língua Espanhola 1a Edição, 2003 – 2000 exemplares Veiga, José Carlos Juntas Industriais / José Carlos Veiga – 4a Edição – Rio de Janeiro, RJ : Abril, 2003. Dados bibibliográficos do autor. Bibliografia. Livro publicado com apoio de Teadit Industria e Comércio Ltda. 1. Juntas (Engenharia). 2. Juntas Industriais (Mecânica). I Título 2 Para a minha esposa MARIA ODETE 3 AGRADECIMENTO Agradeço ao Grupo TEADIT cujo apoio tem sido imprescindível para a contínua atualização desta obra. 4 Prefácio A idéia desta publicação surgiu, por acaso, ao final de uma palestra técnica que estávamos ministrando em um cliente, quando um dos participantes nos perguntou porque não organizávamos todas as informações e os exemplos que tínhamos apresentado em um livro, pois não havia conseguido encontrar nenhum material publicado de pesquisa sobre o tema. Decidimos então compilar e ordenar todos os conhecimentos que o nosso corpo técnico detinha, através dos resultados das aplicações dos nossos produtos nos clientes e da analise técnica dos dados de laboratório da nossa Engenharia de Aplicação, estabelecendo assim uma correlação precisa entre a teoria e a prática. Examinamos também a evolução da tecnologia de vedação de fluídos na condição privilegiada de fabricante, presente há mais de 50 anos nesse mercado e de membro efetivo das principais organizações mundiais do setor (FSA - Fluid Sealing Association, ESA - European Sealing Association, ASTM, entre outras), amalgamando desta forma a experiência do passado com os dados e as tendências de hoje. Procuramos transmitir aqui nossa visão técnica comprometida com a busca constante da inovação, pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, em busca das melhores soluções para as necessidades de vedação dos nossos clientes, que, ao longo destes anos, nos brindaram com sua preferência. Os assuntos contidos neste livro foram dispostos de modo a facilitar sua consulta, criando um conjunto de informações que possa ser útil aos técnicos da indústria em geral, dos escritórios e institutos de engenharia, universidades e outros, tentando responder a grande maioria dos quesitos que ocorrem no seu dia-a-dia. Grupo TEADIT 5 6 SUMÁRIO Capítulo 1 – Introdução .................................................................. 11 Capítulo 2 – Projeto ..................................................................... 13 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. Vazamento .................................................................................. 13 Vedação ...................................................................................... 14 Forças em uma União Flangeada ................................................ 14 Código ASME ............................................................................ 15 Simbologia ................................................................................. 20 Cálculo do Torque de Aperto dos Parafusos ................................ 21 Acabamento Superficial.............................................................. 23 Paralelismo da Superfície de Vedação ......................................... 25 Planicidade da Superfície de Vedação ......................................... 27 Tipos de Flanges ......................................................................... 27 As Novas Constantes de Juntas ................................................... 30 Esmagamento Máximo ............................................................... 41 Capítulo 3 – Materiais para Juntas Não-Metálicas .................. 45 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Critérios de Seleção .................................................................... 45 Fator P x T ou Fator de Serviço .................................................. 46 Papelão Hidráulico ..................................................................... 46 Politetrafluoretileno – PTFE ....................................................... 47 Grafite Flexível – Graflex . ....................................................... 47 Elastômeros ................................................................................ 49 Fibra Celulose ............................................................................ 51 Cortiça ........................................................................................ 51 Tecidos e Fitas ............................................................................ 51 7 10. 11. 12. 13. 14. Papelão de Amianto .............................................................. 52 Papelão Isolit HT . ............................................................... 53 Fibra Cerâmica ..................................................................... 53 Beater Addition .................................................................... 53 Papelão Teaplac . ................................................................. 53 Capítulo 4 – Juntas em Papelão Hidráulico ................................ 63 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. Papelões Hidráulicos Teadit ................................................. 63 Composição e Características ............................................... 63 Projeto de Juntas com Papelão Hidráulico ............................ 66 Juntas de Grandes Dimensões ............................................... 69 Espessura ............................................................................. 71 Força de Aperto dos Parafusos .............................................. 71 Acabamento das Juntas ......................................................... 71 Acabamento das Superfícies de Vedação dos Flanges ........... 71 Armazenamento ................................................................... 72 Papelões Hidráulicos Teadit Sem Amianto ............................ 72 Papelões Hidráulicos Teadit Com Amianto ........................... 76 Capítulo 5 – Juntas em PTFE ........................................................ 95 1. 2. 3. 4. 5. Politetrafluoretileno – PTFE ................................................. 95 Tipos de Placas PTFE ........................................................... 95 TELON* - Placas de PTFE Aditivado .................................. 96 Quinflex® - PTFE Expandido ................................................ 103 Juntas Tipo 933 Envelopadas em PTFE ................................ 107 Capítulo 6 – Materiais para Juntas Metálicas ............................ 123 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Considerações Iniciais .......................................................... 123 Aço Carbono ........................................................................ 124 Aço Inoxidável AISI 304 ...................................................... 124 Aço Inoxidável AISI 304L ................................................... 124 Aço Inoxidável AISI 316 ...................................................... 124 Aço Inoxidável AISI 316L ................................................... 124 Aço Inoxidável AISI 321 ...................................................... 124 Aço Inoxidável AISI 347 ...................................................... 125 Monel................................................................................... 125 Níquel 200 ............................................................................ 125 Cobre ................................................................................... 125 8 12 Alumínio ............................................................................... 125 13 Inconel................................................................................... 125 14 Titânio ................................................................................... 125 Capítulo 7 –Juntas Metalflex . .......................................................135 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 O que é uma Junta Metalflex. ............................................... 135 Materiais ................................................................................ 136 Densidade .............................................................................. 138 Dimensionamento .................................................................. 138 Espessura ............................................................................... 139 Limitações Dimensionais e de Espessura ............................... 139 Tolerâncias de Fabricação ...................................................... 140 Acabamento das Superfícies de Vedação ................................ 140 Pressão de Esmagamento ....................................................... 141 Tipos ..................................................................................... 141 Juntas Tipo 911 ...................................................................... 141 Juntas de Acordo com a Norma ASME B16.20 ...................... 144 Juntas Tipo 913 – Apêndice E ASME B.16.5 ........................ 148 Outras Normas ....................................................................... 148 Dimensionamento de Juntas Tipo 913 Especiais .................... 148 Juntas Tipo 912 ...................................................................... 150 Juntas Tipo 914 ...................................................................... 151 Capítulo 8 –Juntas Metalbest . ......................................................169 1 2 3 4 5 6 7 O que é uma Junta Metalbest . .............................................. 169 Metais .................................................................................... 170 Enchimento............................................................................ 170 Dimensionamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ............... 170 Principais Tipos e Aplicações ................................................ 170 Juntas para Trocadores de Calor ............................................. 173 Juntas Tipo 927 para Trocadores de Calor .............................. 179 Capítulo 9 –Juntas Metálicas ..........................................................183 1 2 3 4 5 6 Definição............................................................................... 183 Juntas Metálicas Planas .......................................................... 183 Materiais ................................................................................ 184 Acabamento da Superfície de Vedação ................................... 184 Tipos de Juntas Metálicas Planas ........................................... 184 Ring Joints ............................................................................. 188 9 Capítulo 10 –Juntas Camprofile ................................................... 203 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Introdução ............................................................................. 203 Materiais ............................................................................... 205 Limites de Operação .............................................................. 205 Cálculo do Aperto.................................................................. 206 Exemplo de Aplicação ........................................................... 206 Acabamento Superficial......................................................... 209 Dimensionamento.................................................................. 209 Formatos ............................................................................... 210 Juntas Camprofile para Flanges ASME B16.5........................ 210 Capítulo 11 –Juntas para Isolamento Elétrico .......................... 215 1 2 3 4 Corrosão Eletroquímica ......................................................... 215 Proteção Catódica .................................................................. 217 Sistema de Isolamento de Flanges .......................................... 217 Especificação do Material das Juntas ..................................... 221 Capítulo 12 –Instalação e Emissões Fugitivas ........................... 223 1 2 3 4 5 6 7 Procedimento de Instalação ................................................... 223 Aplicação do Aperto .............................................................. 224 Tensões Admissíveis nos Parafusos ........................................ 224 Causas de Vazamentos ........................................................... 225 Flanges Separados, Inclinados ou Desalinhados ..................... 225 Carga Constante ..................................................................... 226 Emissões Fugitivas ................................................................ 229 Capítulo 13 –Fatores de Conversão ............................................. 235 Bibliografia ........................................................................................ 237 10 CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO Este livro foi preparado para permitir um melhor projeto e aplicação de juntas industriais. O seu sucesso em diversos países e, especialmente, no Brasil, o tornou uma referência para quem está envolvido com Juntas Industriais. Esta Quarta Edição, revista e ampliada, incorpora os muitos avanços na tecnologia de juntas ocorridos desde a publicação da edição anterior.. Ao analisar vazamentos, que, à primeira vista, são causados por deficiência das juntas, verifica-se, após uma análise mais cuidadosa, que pouca atenção foi dada a detalhes como: · Projeto dos flanges e da junta. · Seleção correta dos materiais da junta. · Procedimentos de instalação. Os grandes problemas enfrentados nas indústrias, como explosões, incêndios e poluição ambiental, causados por vazamentos, podem ser evitados com projeto e aplicação correta das juntas. Nos últimos anos os limites toleráveis de emissões fugitivas estão sendo reduzidos obrigando as indústrias a adotar procedimentos de controle cada vez mais rigorosos. O objetivo deste livro é ajudar a prevenir estes acidentes, propiciando um maior conhecimento de juntas industriais, especialmente as juntas em Papelão Hidráulico e as espiraladas Metalflex®, sem dúvida as mais usadas em aplicações industriais. As condições existentes nas indústrias brasileiras foram cuidadosamente consideradas. Materiais e tipos de juntas não disponíveis ou difíceis de encontrar foram preteridos, enfocando-se, principalmente, aqueles mais comuns e de larga aplicação. 11 Este livro está dividido em capítulos que cobrem os seguintes temas: • Projeto e as Novas Constantes de Juntas. • Materiais para Juntas Não-Metálicas. • Juntas em Papelão Hidráulico. • Juntas em PTFE. • Materiais para Juntas Metálicas. • Juntas Metalflex®. • Juntas Metalbest®. • Juntas Metálicas. • Juntas Camprofile • Juntas para Isolamento de Flanges. • Instalação e Emissões Fugitivas. • Fatores de conversão. As principais modificações desta Quarta Edição são: • Ampliação do capítulo sobre juntas em PTFE com informações e teste com juntas de PTFE Aditivado Tealon®. • Adição da Seção 9 no Capítulo 10 sobre as juntas Camprofile para flanges ASME B16.5. • Em todos os capítulos as tabelas foram atualizadas e adicionadas. O autor deseja receber comentários e sugestões que podem ser enviados para Av. Martin Luther King Jr., 8939, 21530-010, Rio de Janeiro - RJ 12 CAPÍTULO 2 PROJETO 1. VAZAMENTO Partindo do princípio da inexistência do “vazamento zero”, se uma junta está ou não vazando depende do método de medição ou do critério usado. Em certas aplicações, o índice de vazamento máximo pode ser, por exemplo, até uma gota de água por segundo. Em outras, pode ser o não aparecimento de bolhas de sabão quando o equipamento estiver submetido a uma determinada pressão. Condições mais rigorosas podem até exigir testes com espectrômetros de massa. No estabelecimento de critério para medir o vazamento máximo admissível deve-se considerar: • Fluido a ser vedado. • Impacto para o meio ambiente, se o fluido escapar para a atmosfera. • Perigo de incêndio ou explosão. • Limites de Emissões Fugitivas. • Outros fatores relevantes em cada situação. Em aplicações industriais, é comum definir como “vazamento zero” um vazamento de hélio entre 10-4 e 10-8 cm3/seg. O Centro Espacial Johnson (NASA), em Houston, Texas, estabelece o valor de 1.4 X 10 -3 cm/seg de N2 a 300 psig e temperatura ambiente. Como referência, podemos estabelecer que uma gota de fluido tem um volume médio de 0.05cm3. Serão, portanto, necessárias 20 gotas para fazer 1cm3. Este é um valor de referência muito útil para estabelecer o vazamento máximo tolerado em aplicações industriais. Com o advento do controle de Emissões Fugitivas estabeleceu-se inicialmente o limite de 500 ppm (partes por milhão) como o valor máximo admissível de vazamento para flanges. Este valor está sendo questionado como muito elevado e algumas organizações de controle do meio ambiente estão limitando a 100 ppm. A taxa de vazamento é um conceito relativo e, em situações críticas, deve ser criteriosamente estabelecida. 13 2. VEDAÇÃO Se fosse econômica e tecnicamente viável a fabricação de flanges com superfícies planas e perfeitamente lapidadas, e se conseguíssemos manter estas superfícies em contato permanente, não necessitaríamos de juntas. Esta impossibilidade econômica e técnica é causada por: • Tamanho do vaso e/ou dos flanges. • Dificuldade em manter estas superfícies extremamente lisas durante o manuseio e/ou montagem do vaso ou tubulação. • Corrosão ou erosão com o tempo das superfícies de vedação. Para contornar esta dificuldade, as juntas são utilizadas como elemento de vedação. Uma junta, ao ser apertada contra as superfícies dos flanges preenche as imperfeições entre elas, proporcionando a vedação. Portanto, para conseguirmos uma vedação satisfatória, quatro fatores devem ser considerados: • • • • Força de esmagamento inicial: devemos prover uma forma adequada de esmagar a junta, de modo que ela preencha as imperfeições dos flanges. A pressão mínima de esmagamento é normalizada pela ASME (American Society of Mechanical Engineers) e será mostrada adiante. Esta força de esmagamento deve ser limitada para não destruir a junta por esmagamento excessivo. Força de vedação: deve haver uma pressão residual sobre a junta, de modo a mantê-la em contato com as superfícies dos flanges, evitando vazamentos. Seleção dos materiais: os materiais da junta devem resistir às pressões às quais a junta vai ser submetida e ao fluido vedado. A correta seleção de materiais será mostrada ao longo deste livro. Acabamento superficial: para cada tipo de junta e/ou material existe um acabamento recomendado para as superfícies de vedação. O desconhecimento destes valores é uma das principais causas de vazamentos. 3. FORÇAS EM UMA UNIÃO FLANGEADA A figura 2.1 mostra as principais forças em uma união flangeada. • • • Força radial: é originada pela pressão interna e tende a expulsar a junta. Força de separação: é também originada pela pressão interna e tende a separar os flanges. Força dos parafusos: é a força total exercida pelo aperto dos parafusos. 14 • Carga do flange: é a força que comprime os flanges contra a junta. Inicialmente é igual à força dos parafusos, após a pressurização do sistema é igual à força dos parafusos menos a força de separação Figura 2.1 A força dos parafusos, aplicada inicialmente sobre a junta, além de esmagá-la, deve: • compensar a força de separação causada pela pressão interna. • ser suficiente para manter uma pressão residual sobre a junta, evitando o vazamento do fluido. Do ponto de vista prático, a pressão residual deve ser “x” vezes a pressão interna, de modo a manter a vedação. Este valor de “x” é conhecido como fator “m” no Código ASME e varia em função do tipo de junta. O valor de “m” é a razão entre a pressão residual (força dos parafusos menos a força de separação) sobre a junta e a pressão interna do sistema. Quanto maior o valor de “m”, maior será a segurança do sistema contra vazamentos. 4. CÓDIGO ASME O Capítulo 8 do Código ASME (American Society of Mechanical Engineers) estabelece os critérios para o projeto de juntas e os valores de “m” (fator da junta) e de “y” (pressão mínima de esmagamento). Estes valores não são obrigatórios, mas se baseiam em resultados de aplicações práticas bem sucedidas. O projetista tem a liberdade de usar valores diferentes, sempre que os dados disponíveis indiquem esta necessidade. 15 O Apêndice II, do mesmo capítulo, requer que o cálculo de uma união flangeada com aperto por parafusos seja feito para duas condições independentes: de operação e de esmagamento. Nota: o procedimento de cálculo a seguir deve ser usado sempre em unidades inglesas de medida. 4.1 CONDIÇÕES OPERACIONAIS Esta condição determina uma força mínima, pela equação: W m 1 = (π G2 P / 4 ) + (2 b π G m P) (eq. 2.1) Esta equação estabelece que a força mínima dos parafusos necessária para as condições operacionais é igual à soma da força de pressão mais uma carga residual sobre a junta vezes um fator e vezes a pressão interna. Ou, interpretando de outra maneira, esta equação estabelece que a força mínima dos parafusos deve ser tal que sempre exista uma pressão residual sobre a junta maior que a pressão interna do fluido. O Código ASME sugere os valores mínimos do fator “m” para os diversos tipos de juntas, como mostrado na Tabela 2.1. 4.2. ESMAGAMENTO A segunda condição determina uma força mínima de esmagamento da junta, sem levar em conta a pressão de trabalho. Esta força é calculada pela fórmula: W m 2 = π b G y (eq. 2.2) onde “b” é definido como a largura efetiva da junta e “y” é o valor da pressão mínima de esmagamento, obtida na Tabela 2.1. O valor de “b” é calculado por: b = b0, quando b0 for igual ou menor 6.4 mm (1/4") ou b = 0.5 ( b0 ) 0.5 quando b0 for maior que 6.4 mm (1/4") O Código ASME também define como calcular b 0 em função da face do flange, como mostrado nas Tabelas 2.1 e 2.2. 4.3. ÁREA DOS PARAFUSOS Em seguida, deve-se calcular a área mínima dos parafusos A m : 16 A m 1 = (W m 1) / Sb (eq. 2.3) A m 2 = (W m 2) / Sa (eq. 2.4) onde S b é a tensão máxima admissível, nos parafusos na temperatura de operação, e Sa é a tensão máxima admissível nos parafusos na temperatura ambiente. O valor de A m deve ser o maior dos valores obtidos nas equações 2.3 e 2.4. 4.4. CÁLCULO DOS PARAFUSOS Os parafusos devem ser dimensionados de modo que a soma de suas áreas seja igual ou maior que A m : A b = (número de parafusos) x (área mínima do parafuso, pol2) A área resistiva dos parafusos A b deve ser maior ou igual a A m . 4.5. PRESSÃO MÁXIMA SOBRE A JUNTA A pressão máxima sobre a junta é calculada pela fórmula: Sg (max) = (W m ) / ((π/4) (de2 - di2) )) (eq. 2.5) ou Sg (max) = (W m ) / ((π/4) ( (de - 0,125)2 - di2)) ) (eq. 2.6) Onde W m é o maior valor de Wm 1 ou Wm2. A equação 2.6 deve ser usada para juntas Metalflex e a equação 2.5 para os demais tipos de juntas. O valor de Sg, calculado pelas equações 2.5 ou 2.6, deve ser menor que a pressão de esmagamento máxima que a junta é capaz de resistir. Se o valor de Sg for maior, escolher outro tipo ou, quando isto não for possível, aumentar a área da junta ou prover o conjunto flange/junta de meios para que a força de esmagamento não ultrapasse o máximo admissível. Os anéis internos e as guias de centralização nas juntas Metalflex são exemplos de meios para evitar o esmagamento excessivo. 17 Tabela 2.1 Fator da junta (m) e pressão mínima de esmagamento (y) Material da junta m Borracha - abaixo de 75 Shore A - acima de 75 Shore A c/reforço tela algodão Papelão Hidráulico 3.2 mm espessura 1.6 mm espessura 0.8 mm espessura Fibra vegetal 0.50 1.00 1.25 2.00 2.75 3.50 1.75 Metalflex aço inox ou Monel e enchimento de Amianto Dupla camisa metálica corrugada Alumínio Cobre ou latão Aço carbono Monel Aços inoxídáveis Corrugada metálica Alumínio Cobre ou latão Aço carbono Monel Aços inoxidáveis Dupla camisa metálica lisa Alumínio Cobre ou latão Aço carbono Monel Aços inoxidáveis Metálica ranhurada Alumínio Cobre ou latão Aço carbono Monel Aços inoxidáveis Metálica sólida Alumínio Cobre ou latão Aço carbono Monel Aços inoxidáveis Ring Joint Aço carbono Monel Aços inoxidáveis y Perfil (psi) ou tipo 0 200 plana 400 1600 3700 plana 6500 1100 plana 3.00 10000 2.50 2.75 3.00 3.25 3.50 2.75 3.00 3.25 3.50 3.75 3.25 3.50 3.75 3.50 3.75 3.25 3.50 3.75 3.75 4.25 4.00 4.75 5.50 6.00 6.50 5.50 6.00 6.50 18 2900 3700 4500 5500 6500 3700 4500 5500 6500 7600 Superfície Coluna b0 de vedação (la) (lb) (1c) II (1d) (4) (5) (la) (lb) (1c) (1d) (4) (5) II (la) (lb) (1c) (1d) (4) (5) II 911, 913 914 (la) (1b) II 926 (la) (1b) II 900 (la) (1b) (1c) (1d) II 5500 (la) (1b) 6500 923 (1c) (1d) (2) 7600 8000 9000 5500 6500 (la) (1b) 7600 941, 942 (1c) (1d) (2) 9000 (3) 10100 8800 13000 (la) (1b) 18000 940 (1c) (1d) (2) 21800 (3) (4) (5) 26000 18000 21800 950, 951 (6) 26000 II II I I 19 Tabela 2.2 (Continuação) Localização da Força de Reação da Junta 5. SIMBOLOGIA A b = área real do parafuso na raiz da rosca ou na seção de menor área sob tensão (pol2 ) A m = área total mínima necessária para os parafusos, tomada como o maior valor entre A m 1 e A m 2 (pol2). A m 1 = área total mínima dos parafusos calculada para as condições operacionais (pol2) A m 2 = área total mínima dos parafusos para esmagar a junta (pol2) b = largura efetiva da junta ou largura de contato da junta com a superfície dos flanges (pol) b0 = largura básica de esmagamento da junta (pol) de = diâmetro externo da junta (pol) di = diâmetro interno da junta (pol) G = diâmetro do ponto de aplicação da resultante das forças de reação da junta, Tabela 2.2 (pol) m = fator da junta, Tabela 2.1 N = largura radial usada para determinar a largura básica da junta, Tabela 2.2 (pol). 20 P = pressão de projeto (1bs/pol2) Sa = tensão máxima admissível nos parafusos na temperatura ambiente (1b/pol2) S b = tensão máxima admissível nos parafusos na temperatura de operação (1b/pol2) S g = pressão sobre a superfície da junta (1b/pol2) Wm = força mínima de instalação da junta (1b) W m1 = força mínima necessária nos parafusos nas condições operacionais (1b) W m2 = força mínima necessária nos parafusos para esmagar a junta (1b) y = pressão mínima de esmagamento, Tabela 2.1 (1b/pol2) 6. CÁLCULO DO TORQUE DE APERTO DOS PARAFUSOS 6.1. FATOR DE ATRITO A força de atrito é a principal responsável pela manutenção da força de aperto de um parafuso. Imaginando um fio de rosca “desenrolado”, podemos representá-lo por um plano inclinado. Ao se aplicar um torque de aperto, o efeito produzido é semelhante ao de empurrar um corpo sobre um plano inclinado, sujeito às forças mostradas na Figura 2.2. Figura 2.2 21 Onde: a = ângulo de inclinação da rosca. d = diâmetro do parafuso. Fp = força de aperto do parafuso. Fa = força de atrito. Fn = força normal à rosca. k = fator de aperto. Np = número de parafusos. r = raio do parafuso. T = torque aplicado ao parafuso. u = coeficiente de atrito. Fazendo o equilíbrio das forças atuantes no sentido paralelo ao plano inclinado, temos: (T/r) cos a = uFn + Fp sen a. (eq. 2.7) no sentido perpendicular ao plano inclinado, temos: Fn = Fp cos a + (T/r) sen a (eq. 2.8) Sendo o ângulo da rosca muito pequeno, para facilidade de cálculo, desprezamos a parcela (T/r) sen a na equação 2.8. Substituindo o valor de Fn n a equação 2.7, temos: (T/r) cos a = uFp cos a + Fp sen a (eq. 2.9) calculando o valor de T, temos: T = Fp r (u + tg a) (eq. 2.10) Como o coeficiente de atrito é constante para uma determinada condição de lubrificação, como tg a também é constante para cada rosca e substituindo r por d, temos: T = kFpd (eq. 2.11) onde k é um fator determinado experimentalmente. Os valores de k para parafusos de aço bem lubrificados com óleo e grafite estão mostrados na Tabela 2.3. Os valores baseiam-se em testes práticos. Parafusos não lubrificados apresentam aproximadamente 50% de diferença. Diferentes lubrificantes podem dar valores diferentes dos mostrados na Tabela 2.3, que devem ser determinados em testes práticos. 22 6.2. TORQUE DE APERTO Para calcular o toque de aperto devemos verificar qual o maior valor da força de aperto necessária, Wm 1 ou W m 2, conforme calculado nas equações 2.1 e 2.2. Substituindo na equação 2.11, temos: T1 = (k Wm 1 d) / Np (eq. 2.12) T2 = (k Wm 2 d) / Np (eq. 2.13) O valor de T deve ser o maior dos valores obtidos nas equações 2.12 e 2.13. Tabela 2.3 PARAFUSOS OU ESTOJOS EM AÇO OU AÇO-LIGA 7. Diâmetro Nominal pol Fios por polegada Fator de Atrito k l/4 5/16 3/8 7/16 l/2 9/16 5/8 3/4 7/8 1 1 1/8 1 1/4 1 3/8 1 1/2 1 5/8 1 3/4 1 7/8 2 20 18 16 14 13 12 11 10 9 8 7 7 6 6 5 1/2 5 5 4 1/2 0.23 0.22 0.18 0.19 0.20 0.21 0.19 0.17 0.17 0.18 0.20 0.19 0.20 0.18 0.19 0.20 0.21 0.19 Área da raiz darosca - mm2 17 29 44 60 81 105 130 195 270 355 447 574 680 834 977 1125 1322 1484 ACABAMENTO SUPERFICIAL Para cada tipo de junta existe um acabamento recomendado para a superfície do flange. Este acabamento não é mandatório, mas baseia-se em resultados de aplicações práticas bem-sucedidas. Como regra geral, é necessário que a superfície seja ranhurada para as juntas não metálicas. Juntas metálicas exigem acabamento liso e as semi-metálicas ligeiramente áspero. A razão para esta diferença é que as juntas não-metálicas precisam ser “mordidas” pela superfície de vedação, evitando, deste modo, uma extrusão ou a expulsão da junta pela força radial. 23 No caso das juntas metálicas sólidas, é necessário uma força muito elevada para “escoar” o material nas imperfeições do flange. Assim, quanto mais lisa a superfície, menores serão as possibilidades de vazamento. As juntas espiraladas Metalflex requerem um pouco de rugosidade superficial para evitar o “deslizamento” sob pressão. O tipo da junta vai, portanto, determinar o acabamento da superfície de vedação, não existindo um acabamento único para atender aos diversos tipos de juntas. O material da junta deve ter dureza sempre menor do que o do flange, de modo que o esmagamento seja sempre na junta, mantendo o acabamento superficial do flange inalterado. 7.1. ACABAMENTOS COMERCIAIS DAS FACES DOS FLANGES As superfícies dos flanges podem variar do acabamento bruto de fundição até o lapidado. Entretanto, o acabamento mais encontrado comercialmente para flanges em aço é o ranhurado concêntrico ou em espiral fonográfica, conforme mostrado na figura 2.3. Ambas são usinadas com ferramentas com, no mínimo, 1.6 mm (1/16") de raio e 45 a 55 ranhuras por polegada. Este acabamento deve ter de 3.2 µm (125 µpol) Ra a 6.3 µm (250 µpol) Ra . Figura 2.3 7.2. ACABAMENTOS RECOMENDADOS A Tabela 2.4 indica o tipo de acabamento para os tipos de juntas industriais mais usados. De acordo com a MSS SP-6 Standard Finishes for Contact of Pipe Flanges and Connecting-End Flanges of Valves and Fittings, o valor Ra (Roughness Average) está expresso em micro-metros (µm) e em micro-polegadas (µpol). Deve ser avaliado por comparação visual com os padrões Ra da Norma ASME B46.1 e não por instrumentos com estilete e amplificação eletrônica. 24 7.3. ACABAMENTO SUPERFICIAL E SELABILIDADE A seguir, estão algumas regras que devem ser observadas ao compatibilizar o acabamento superficial com o tipo de junta: • • • • • • O acabamento superficial tem grande influência na selabilidade. Uma força mínima de esmagamento deve ser atingida para fazer escoar a junta nas irregularidades da superfície do flange. Uma junta macia (cortiça) requer uma força de esmagamento menor que uma mais densa (papelão hidráulico). A força de esmagamento é proporcional à área de contato da junta com o flange. Ela pode ser reduzida diminuindo-se a largura da junta ou sua área de contato do flange. Qualquer que seja o tipo de junta ou de acabamento é importante não haver riscos ou marcas radiais de ferramentas na superfície de vedação. Estes riscos radiais são muitos difíceis de vedar e, quando a junta usada é metálica, isso se torna quase impossível. As ranhuras fonográficas são mais difíceis de vedar que as concêntricas. A junta, ao ser esmagada, deve escoar até o fundo da ranhura, para não permitir um “canal” de vazamento de uma extremidade a outra da espiral. Como os materiais possuem durezas e limites de escoamento diferentes, a escolha do tipo de acabamento da superfície do flange vai depender fundamentalmente do material da junta. 8. PARALELISMO DAS SUPERFÍCIES DE VEDAÇÃO A tolerância para o paralelismo está mostrada na Figura 2.4. A ilustração da direita é menos crítica, pois o aperto dos parafusos tende a corrigir o problema. Total fora de paralelismo: 1+ Figura 2.4 25 2 < = 0.4 mm Tabela 2.4 Acabamento da Superfície de Vedação dos Flanges Descrição da junta Tipo Seção transversal Acabamento Superficial Ra Teadit da junta µm µ pol Plana não-metálica Metálica corrugada Metálica corrugada com revestimento amianto Metalflex (espiro-metálica) Metalbest (dupla camisa metálica ) 810 820 900 905 911 913 914 920 3.2 a 6.3 125 a 250 1.6 63 3.2 125 2.0 a 6.3 80 a 250 1.6 a 2.0 63 a 80 923 926 927 929 Plana metálica 940 1.6 63 Metálica ranhurada 941 1.6 63 Metálica ranhurada com cobertura 942 1.6 a 2.0 63 a 80 1.6 63 950 951 Ring-Joint metálico RX BX 26 9. PLANICIDADE DAS SUPERFÍCIES DE VEDAÇÃO A variação na planicidade das superfícies de vedação (Figura 2.5) depende do tipo de junta: • Juntas em papelão hidráulico ou borracha: 0.8 mm. • Juntas Metalflex: 0.4 mm. • Juntas metálicas sólidas: 0.1 mm. Figura 2.5 10. TIPOS DE FLANGES Embora o projeto de flanges esteja além do objetivo deste livro, nas figuras a seguir estão mostradas as combinações mais usadas das possíveis faces dos flanges. 10.1. FACE PLANA Junta não confinada (Figura 2.6). As superfícies de contato de ambos os flanges são planas. A junta pode ser do tipo RF, indo até os parafusos, ou FF, cobrindo toda a superfície de contato. Normalmente usados em flanges de materiais frágeis. Figura 2.6 27 10.2. FACE RESSALTADA Junta não confinada (Figura 2.7). As superfícies de contato são ressaltadas de 1.6 mm ou 6.4 mm. A junta abrange normalmente até os parafusos. Permite a colocação e retirada da junta sem afastar os flanges, facilitando eventuais trabalhos de manutenção. É o tipo mais usado em tubulações. Figura 2.7 10.3. LINGÜETA E RANHURA Junta totalmente confinada (Figura 2.8). A profundidade da ranhura é igual ou um pouco maior que a altura da lingüeta. A ranhura é cerca de 1.6 mm mais larga que a lingüeta. A junta tem, normalmente, a mesma largura da lingüeta . É necessário afastar os flanges para a colocação da junta. Este tipo de flange produz elevadas pressões sobre a junta, não sendo recomendado para juntas não metálicas. Figura 2.8 28 10.4. MACHO E FÊMEA Junta semi-confinada (Figura 2.9). O tipo mais comum é o da esquerda. A profundidade da fêmea é igual ou menor que a altura do macho, para evitar a possibilidade de contato direto dos flanges quando a junta é comprimida. O diâmetro externo da fêmea é até de 1.6 mm maior que o do macho. Os flanges devem ser afastados para montagem da junta. Nas figuras da direita e esquerda a junta está confinada no diâmetro externo; na figura do centro, no diâmetro interno. Figura 2.9 10.5. FACE PLANA E RANHURA Junta totalmente confinada (Figura 2.10). A face de um dos flanges é plana e a outra possui uma ranhura onde a junta é encaixada. Usadas em aplicações onde a distância entre os flanges deve ser precisa. Quando a junta é esmagada, os flanges encostam. Somente as juntas de grande resiliência podem ser usadas neste tipo de montagem. Juntas espiraladas, O-rings metálicos não sólidos, juntas ativadas pela pressão e de dupla camisa com enchimento metálico são as mais indicadas. Figura 2.10 29 10.6. RING-JOINT Também chamado anel API (Figura 2.11). Ambos os flanges possuem canais com paredes em ângulo de 23 0 . A junta é de metal sólido com perfil oval ou octogonal, que é o mais eficiente. Figura 2.11 11. AS NOVAS CONSTANTES DE JUNTAS Tradicionalmente os cálculos de flanges e juntas de vedação usam as fórmulas e valores indicados pela American Society of Mechanical Engineers (ASME), conforme mostrado no início deste Capítulo. A Seção VIII do Pressure Vessel and Boiler Code, publicado pela ASME, indica os valores da pressão mínima de esmagamento “y” e do fator de manutenção “m” para os diversos tipos de juntas. Estes valores foram determinados a partir de trabalho experimental em 1943. Com a introdução no mercado de juntas fabricadas a partir de novos materiais, como o grafite flexível (Graflex), fibras sintéticas e PTFE, tornou-se necessário a determinação dos valores de “m” e “y” para estes materiais. Em 1974 foi iniciado pelo Pressure Vessel Research Committee (PVRC) um programa experimental para melhor entender o comportamento de uma união flangeada, já que não havia nenhuma teoria analítica que permitisse determinar este comportamento. O trabalho foi patrocinado por mais de trinta instituições, entre elas a ASME, American Petroleum Institute (API), American Society for Testing Materials (ASTM) e Fluid Sealing Association (FSA). A Escola Politécnica da Universidade de Montreal, Canadá, foi contratada para realizar os testes, apresentar resultados e sugestões. No decorrer do trabalho verificou-se não ser possível a determinação de valores de “m” e “y” para os novos materiais. Também foi constatado que os valores para os materiais tradicionais não eram consistentes com os resultados obtidos nas experiências. Os pesquisadores optaram por desenvolver , a partir da base experimental, nova metodologia para o cálculo de juntas que fosse coerente com os resultados 30 práticos então obtidos. Até a edição deste livro a ASME ainda não havia publicado a nova metodologia de cálculo baseada nas constantes 11.1. COMO FORAM REALIZADOS OS ENSAIOS Foram escolhidos para a pesquisa juntas que melhor representassem as aplicações industriais: • Metálicas: planas (940) e ranhuradas (941) em aço carbono, cobre recozido e aço inox. • O’ring metálico. • Papelão hidráulico: elastômero SBR e NBR, fibras de amianto, aramida e vidro. • Grafite flexível em lâmina com e sem inserção metálica. • PTFE em lâmina. • Espirais (913) em aço inoxidável e enchimento em amianto, micagrafite, grafite flexível e PTFE. • Dupla camisa metálica (923) em aço carbono e inoxidável, enchimento em amianto e sem-amianto. As juntas foram testadas em vários aparelhos, um deles está esquematizado na Figura 2.12. Figura 2.12 Foram realizados ensaios em três pressões, 100, 200 e 400 psi com nitrogênio, hélio, querosene e água. Os testes tiveram a seguinte seqüência: • Esmagamento inicial da junta, parte A da curva da Figura 2.13: a junta é apertada até atingir uma compressão Sg e deflexão Dg. 31 Mantendo Sg constante a pressão é elevada até atingir 100 psi. Neste instante o vazamento Lrm é medido. O mesmo procedimento é repetido para 200 e 400 psi. • Em seguida o aperto da junta é reduzido (parte B da curva) mantendo a pressão do fluido constante em 100, 200 e 400 psi, o vazamento é medido em intervalos regulares. O aperto é reduzido até o vazamento exceder a capacidade de leitura do aparelho. A junta é novamente comprimida até atingir valor mais elevado de Sg, repetindo o procedimento até atingir o esmagamento máximo recomendado para a junta em teste. Se a pressão do fluido for colocada em função do vazamento em massa para cada valor da pressão de esmagamento temos o gráfico da Figura 2.14. Em paralelo foram também realizados ensaios para determinar o efeito do acabamento da superfície de vedação. Conclui-se que, embora ele afete a selabilidade, outros fatores, como o do tipo de junta, o esmagamento inicial e a capacidade da junta em resistir as condições operacionais são mais importantes que pequenas variações no acabamento da superfície de vedação. Figura 2.13 32 Figura 2.14 Dos trabalhos experimentais realizados pela Universidade de Montreal foram tiradas várias conclusões entre as quais destacam-se: • As juntas apresentam um comportamento similar não importando o tipo ou material. • A selabilidade é uma função direta do aperto inicial a que a junta é submetida. Quanto maior este aperto melhor a selabilidade. • Foi sugerido a introdução do Parâmetro de Aperto (Tightness Parameter) Tp, adimensional, como a melhor forma de representar o comportamento dos diversos tipos de juntas. Tp = (P/P*) x (Lr m */ (Lrm x Dt)) a onde: 0.5 < a < 1.2 sendo 0.5 para gases e 1.2 para líquidos P = pressão interna do fluido (MPa) P* = pressão atmosférica (0.1013 MPa) Lrm = vazamento em massa por unidade de diâmetro (mg/seg-mm) Lr m * = vazamento em massa de referência, 1 mg/seg-mm. Normalmente tomado para uma junta com 150mm de diâmetro externo. Dt = diâmetro externo da junta (mm) O Parâmetro de Aperto pode ser interpretado como: a pressão necessária para provocar um certo nível de vazamento. Por exemplo, o valor de Tp igual a 100 significa que é necessário uma pressão de 100 atmosferas (1470 psi ou 10.1 MPa) 33 para atingir um vazamento de 1 mg/seg-mm em uma junta com 150mm de diâmetro externo. Colocando em escala log-log os valores experimentais do Parâmetro de Aperto temos o gráfico da Figura 2.15. Figura 2.15 Do gráfico podemos estabelecer as “Constantes da Junta”, que, obtidas experimentalmente, permitem determinar o comportamento da junta. As constantes são: • Gb = ponto de interseção da linha de esmagamento inicial com o eixo y (parte A do teste). • a = inclinação da linha de esmagamento inicial. • Gs = ponto focal das linhas de alívio da pressão de esmagamento inicial (parte B do teste). Na Tabela 2.5 estão algumas constantes para os tipos de juntas mais usados. Está em fase de aprovação pela ASTM método para determinação das constantes de juntas. 34 Tabela 2.5 Constantes de Juntas Gb (MPa) Material da Junta Papelão hidráulico com fibra de amianto 1.6 mm espessura 3.2 mm espessura Papelão hidráulico com 1.6 mm espessura Teadit NA 1002 Teadit NA 1100 Lâmina de PTFE expandido Quimflex SH 1.6 mm espessura Junta de PTFE expandido Quimflex a 17.240 0.150 2.759 0.380 0.938 0.903 Gs (MPa) 0.807 0.690 0.45 0.44 5 E-4 5.4 E-3 2.945 0.313 3 E-4 8.786 0.193 1.8 E-14 Lâmina de PTFE reforçado Teadit TF 1580 Teadit TF 1590 Lâmina de Grafite Expandido (Graflex ) Sem reforço (TJB) Com reforço chapa perfurada aço inoxidável (TJE) Com reforço chapa lisa de aço inoxidável (TJR) Com reforço de filme poliéster (TJP) Junta espirometalica Metalflex em aço inoxidável e Graflex Sem anel interno ( tipo 913 ) Com anel interno ( tipo 913 M ) 15.862 0.237 17.448 0.241 0.090 0.028 Junta espirometalica Metalflex em aço inoxidável e PTFE Sem anel interno ( tipo 913 ) Com anel interno ( tipo 913 M ) 31.034 0.140 15.724 0.190 0.483 0.462 Junta dupla camisa Metalbest em aço carbono e enchimento em Graflex Lisa ( tipo 923 ) Corrugada ( tipo 926 ) 20.000 0.230 58.621 0.134 0.103 1.586 Junta metálica lisa ( tipo 940 ) Alumínio Cobre recozido ou latão 10.517 0.240 34.483 0.133 1.379 1.779 35 0.786 0.447 1.103 E-8 1.793 0.351 0.043 6.690 9.655 5.628 6.690 0.384 0.324 0.377 0.384 3.448 6.897 4.552 3.448 E-4 E-5 E-4 E-4 A figura 2.16 mostra o gráfico de uma junta espiralada tipo 913 com aço inox e Graflex. Figura 2.16 11.2. CLASSE DE APERTO Um dos conceitos mais importantes introduzidos pelos estudos do PVRC é o da Classe de Aperto. Como não é possível termos uma vedação perfeita como sugeria os antigos valores de m e y os pesquisadores sugeriram a introdução de Classes de Aperto que correspondem a três níveis de vazamento máximo aceitável para a aplicação. Tabela 2.6 Classe de Aperto Classe de Aperto Ar, água Standard Apertada Vazamento ( mg / seg-mm ) 0.2 ( 1/5 ) 0.002 ( 1/500 ) 0.000 02 ( 1/ 50 000 ) Constante de Aperto C 0.1 1.0 10.0 É provável que futuramente haja uma classificação dos diferentes fluidos nas classes de vazamento levando-se em consideração os danos ao meio ambiente, riscos de incêndio, explosão etc. As autoridades encarregadas da defesa do meio ambiente de alguns países já estão estabelecendo níveis máximos de vazamentos aceitáveis. 36 Podemos visualizar os valores propostos fazendo um exemplo prático. Se tomarmos uma junta espiral para flange ASME B16.5 de 4 polegadas de diâmetro nominal e classe de pressão 150 psi, padrão ASME B16.20 com aperto na classe de vazamento standard de 0.002 mg/seg.mm temos: Vazamento (Lrm ) = 0.002 x diâmetro externo Lrm = 0.002 x 149.4 = 0.2988 mg/seg = 1.076 g/hora Como vazamentos em massa são de visualização difícil, abaixo estão tabelas práticas para melhor entendimento. Fluido Água Nitrogênio Hélio Tabela 2.7 Equivalência volumétrica Equivalência volumétrica Massa - mg / seg Volume - l / h 1 0.036 1 3.200 1 22.140 Tabela 2.8 Equivalência em bolhas Vazamento -1 10 mg 10 -2 mg 10 -3 mg 10 -4 mg / / / / seg seg seg seg Volume equivalente Equivalente em bolhas 1 1 3 1 Fluxo constante 10 bolhas por segundo 1 bolha por segundo 1 bolha a cada 10 segundos ml ml ml ml a cada 10 segundos a cada 100 segundos por hora a cada 3 horas 11.3. EFICIÊNCIA DE APERTO Estudos mostraram uma grande variação da força exercida por cada parafuso mesmo em situações onde o torque é aplicado de forma controlada. O PVRC sugeriu a introdução de um fator de eficiência de aperto diretamente relacionado com o método usado para aplicar a força de esmagamento. Os valores da eficiência do aperto estão na Tabela 2.9. Tabela 2.9 Eficiência do aperto Método de aperto Eficiência do aperto “Ae” Torquímetro de impacto ou alavanca Torque aplicado com precisão ( ± 3 % ) Tensionamento direto e simultâneo Medição direta da tensão ou elongação 37 0.75 0.85 0.95 1.00 11.4. PROCEDIMENTO DE CÁLCULO MÉTODO PVRC O método proposto pelo PVRC apresenta várias simplificações para facilitar os cálculos. Entretanto, estas simplificações podem provocar grandes variações no cálculo. Estas variações estão apresentadas na publicação “The Exact Method” apresentado 6th Annual Fluid Sealing Association Technical Symposium, Houston, TX, October, 1996 pelo Engenheiro Antônio Carlos Guizzo, Diretor Técnico d a Teadit Indústria e Comércio. O mesmo autor apresentou outro trabalho no Sealing Technical Symposium, Nashville, TN, April 1998, onde mostra o comportamento das juntas comparando os resultados experimentais com valores previstos nos métodos de cálculo propostos. Cópias destas publicações podem ser solicitadas à Teadit no endereço indicado no início deste livro. Nota importante: na época da publicação da Terceira Edição deste livro o método proposto pelo PVRC ainda não estava aprovado pela ASME. O seu uso deve ser cuidadosamente analisado para evitar danos pessoais e materiais provenientes das incertezas que ainda podem existir na sua aplicação. • Determinar na Tabela 2.5, as constantes Gb, a, e Gs para a junta que vai ser usada • Determinar na Tabela 2.6, para a Classe de Aperto, e a Constante de Aperto, C • Determinar na Tabela 2.9, a eficiência de montagem, Ae, de acordo com a ferramenta a ser usada no aperto dos parafusos • Calcular a área de contato da junta com o flange (área de esmagamento), Ag • Determinar a tensão admissível nos parafusos na temperatura ambiente: Sa • Determinar a tensão admissível nos parafusos na temperatura de operação: Sb • Calcular a área efetiva de atuação da pressão do fluido, Ai, de acordo com o Código ASME: A i = ( π /4 ) G2 G = de- 2b b = .5 ( b ) 0.5 ou b = b o se b o menor que 6.4 mm ( 1/4 pol ) bo = N / 2 onde G é o diâmetro efetivo da junta conforme Código ASME ( Tabelas 2.1 e 2.2 ) • Calcular o parâmetro de aperto mínimo, Tpmin; Tpmin = 18.0231 C Pd 38 onde C é a constante de aperto escolhida e Pd é a pressão de projeto. • Calcular o parâmetro de aperto de montagem, Tpa. Este valor de Tpa deve ser atingido durante a montagem da junta para assegurar que o valor de Tp durante a operação da junta seja igual ou maior que Tpmin. Tpa = X Tpmin onde X > = 1.5 ( Sa / Sb) onde Sa é a tensão admissível nos parafusos na temperatura ambiente e S b é a tensão admissível nos parafusos na temperatura de projeto. • Calcular a razão dos parâmetros de aperto: Tr = Log (Tpa) / Log (Tpmin) • Calcular a pressão mínima de aperto para operação da junta. Esta pressão é necessária para resistir à força hidrostática e manter uma pressão na junta tal que o Parâmetro de Aperto seja, no mínimo, igual a Tpmin Sml = Gs [(Gb / Gs) ( Tpa )a ] • (1/Tr) Calcular a pressão mínima de esmagamento da junta: Sy a = (Gb / Ae) ( Tpa )a onde Ae é a Eficiência do Aperto, obtido na Tabela 2.9 • Calcular a pressão de esmagamento de projeto da junta: Sm 2 = [( Sb / Sa )( Sy a / 1.5 )] - Pd (A i / Ag) onde Ag é a área de contato da junta com a superfície de vedação do flange • Calcular a força mínima de esmagamento: W m o = ( Pd A i ) + ( Sm o A g ) onde Sm o é a o maior valor de Sm 1, Sm 2 ou 2 Pd • Calcular a área resistiva mínima dos parafusos: A m = W m o / Sb 39 • Número de parafusos: A área real dos parafusos, A b, deve ser igual ou maior que A m . Para isso é necessário escolher um número de parafusos tal que a soma das suas áreas seja igual ou maior do que A m 11.5. EXEMPLO DE CÁLCULO PELO MÉTODO PVRC Junta espiralada diâmetro nominal 6 polegadas, classe de pressão 300 psi, dimensões conforme Norma ASME B16.20, com espiral em aço inoxidável, enchimento em Graflex e anel externo em aço carbono bicromatizado. Flange com 12 parafusos de diâmetro 1 polegada em ASTM SA193-B7. • • • • • • • • • Pressão de projeto: Pd = 2 MPa (290 psi) Pressão de teste: Pt = 3 MPa (435 psi) Temperatura de projeto: 450o C Parafusos ASTM AS 193-B7, tensões admissíveis: • Temperatura ambiente: Sa = 172 MPa • Temperatura de operação: Sb = 122 MPa • Quantidade: 12 parafusos Da Tabela 2.5 tiramos as constantes da junta: Gb = 15.862 MPa a = 0.237 Gs = 0.090 MPa Classe de aperto: standard, Lrm = .002 mg/seg-mm Constante de aperto: C = 1 Aperto por torquímento: Ae = 0.75 Área de contato da junta, A g: A g = ( π /4 ) [(de - 3.2)2 - di2] = 7271.390 mm2 de = 209.6 mm di = 182.6 mm • Área efetiva de atuação da pressão interna, A i: A i = ( π /4 ) G2 = 29711.878 mm2 G = (de - 3.2) - 2b = 194.50 mm b = b0 = 5.95mm b o = N/2 = ((de - 3.2) - di)/4 = 5.95 mm • Parâmetro de aperto mínimo: Tpmin = 18.0231 C Pd = 36.0462 40 • Parâmetro de aperto de montagem: Tpa = X Tpmin = 1.5 ( 172 / 122 ) 36.0462 = 76.229 • Razão dos parâmetros de aperto: Tr = Log (Tpa) / Log (Tpmin) = 1.209 • Pressão mínima de aperto para operação: Sml = Gs [( Gb / Gs ) ( Tpa )a ] • 1/Tr = 15.171 MPa Pressão mínima de esmagamento: Sy a = [ Gb/Ae ] ( Tpa )a = 59.069 MPa • Calcular a pressão de esmagamento de projeto da junta: Sm 2 = [( Sb / Sa )( Sy a / 1.5 )] - Pd (A i / Ag) = 19.759 MPa • Força mínima de esmagamento: W m o = ( Pd A i ) + ( Sm o A g ) onde Sm o é a o maior valor de Sm 1 = 15.171 Sm 2 = 19.759 2 Pd = 4 W m o = ( Pd A i ) + ( Sm o A g ) = 203 089 N 12. ESMAGAMENTO MÁXIMO Nas Seções 4 e 11 deste Capítulo estão os métodos para calcular a força de esmagamento mínima da junta para assegurar uma vedação adequada. Entretanto, conforme os estudos do PVRC quanto maior o aperto maior a selabilidade, portanto, é interessante saber qual o valor da força de aperto máxima. Fazendo-se a instalação com o aperto próximo do máximo tira-se proveito da possibilidade de uma maior selabilidade. Um problema freqüentemente encontrado são juntas danificadas por excesso de aperto. Para todos os tipos de juntas é possível estabelecer qual a pressão máxima de esmagamento, este valor não deve ser superado na instalação sob pena de danificar a junta. 41 12.1 CÁLCULO DA FORÇA MÁXIMA DE APERTO A seguir está descrito método para calcular o aperto máximo admissível pela junta e pelos parafusos. • Calcular a área de contato da junta com o flange (área de esmagamento), A g. • Calcular a área efetiva de atuação da pressão do fluido, Ai, de acordo com o Código ASME: A i = ( π /4 ) G2 G = de - 2b b = .5 ( b ) 0.5 ou b = b0 se b0 for menor que 6.4 mm b 0 = N/2 onde G é o diâmetro efetivo da junta conforme tabelas do Código ASME • Calcular a força de pressão, H: H = Ai P d • Calcular a força máxima disponível para o esmagamento, Wdisp: W disp = A ml N p S a onde Aml é a área da raiz da rosca dos parafusos ou menor área sob tensão, Np é o número de parafusos e Sa é a tensão máxima admissível nos parafusos na temperatura ambiente. • Calcular a pressão de esmagamento da junta, Sy a: Sy a = Wdisp / A g • Determinar a máxima pressão de esmagamento para a junta de acordo com a recomendação do fabricante, Sy m . • Estabelecer como a pressão de esmagamento máxima, Sys, o menor valor entre Sy a e Sy m . • Calcular a força de esmagamento máxima, Wm a x: W m a x = Sys A g • Calcular a força de aperto mínimo Wm o de acordo com as Seções 4 ou 11 deste Capítulo. 42 • Se o valor de Wm a x for menor do que Wm o a combinação das juntas e parafusos não é adequada para a aplicação. • Se W max for maior do que Wm o a combinação junta e parafusos é satisfatória. • Com o valor da força de aperto máxima conhecido é possível então determinar se todas as demais tensões estão dentro dos limites estabelecidos pelo Código ASME. Esta verificação está além dos objetivos deste livro. 12.2 EXEMPLO DE CÁLCULO DA FORÇA DE APERTO MÁXIMA No exemplo da Seção 11.5 podemos calcular a força de aperto máxima. • Área de contato da junta com o flange: A g = ( π /4 ) [(de - 3.2)2 - di2] = 7271.37 mm2 de = 209.6 mm di = 182.6 mm • Área efetiva de atuação da pressão do fluido: A i = ( π /4 ) G2 = 29711.8 mm2 G = (de - 3.2) - 2b = 194.50 mm b = b0 = 5.95mm b o = N/2 = ((de - 3.2) - di)/4 = 5.95 mm • Calcular a força de pressão, H: H = Ai P d = 29711 x 2 = 59 423 N • Força máxima disponível para o esmagamento: W disp = Ae Aml N p S a = 391 x 12 x 172 = 807 024 N • Calcular a pressão de esmagamento da junta, Sy a: Sy a = Wdisp / Ag = 807 024 / 7271 = 110.992 MPa • Pressão de esmagamento máxima recomendada para a junta: S y m = 210 MPa 43 • Pressão de esmagamento máxima, menor valor entre Sy a e Sy m : Sys = 110 MPa • Calcular a força de esmagamento máxima, Wm a x: W m a x = Sys A g = 110 x 7271 = 799 810 N • Força de aperto mínimo, conforme Seção 11.5: W m o = 203 089 N • Como o valor de Wm a x é maior Wm o a combinação das juntas e parafusos é adequada para a aplicação. • Com os valores das forças máxima e mínima é possível calcular os valores dos torques máximo e mínimo: Tm i n = k Wm o d p / Np = 0.2 x 203 089 x 0.0254 / 12 = 85.97 N-m Tm a x = k Wm a x d p / Np = 0.2 x 799 810 x 0.0254 / 12 = 338.58 N-m 44 CAPÍTULO 3 MATERIAIS PARA JUNTAS NÃO-METÁLICAS 1. CRITÉRIOS DE SELEÇÃO A escolha de um material para junta não metálica é dificultada pela existência, no mercado, de uma grande variedade de materiais com características similares. Além disso, novos produtos ou variações de produtos existentes aparecem freqüentemente. É impraticável listar e descrever todos os materiais. Por esta razão, foram selecionados os materiais mais usados com as suas características básicas. Fazendo-se necessário um aprofundamento maior, recomenda-se consultar o fabricante. As quatro condições básicas que devem ser observadas ao selecionar o material de uma junta são: • Pressão de operação. • Força dos parafusos. • Resistência ao ataque químico do fluido (corrosão). • Temperatura de operação. As duas primeiras foram analisadas no Capítulo 2 deste livro. A resistência à corrosão pode ser influenciada por vários fatores, principalmente: • Concentração do agente corrosivo: nem sempre uma maior concentração torna um fluido mais corrosivo. • Temperatura do agente corrosivo: em geral, temperaturas mais elevadas aceleram a corrosão. 45 • Ponto de condensação: a passagem do fluido com presença de enxofre e água pelo ponto de condensação, comum em gases provenientes de combustão, pode provocar a formação de condensados extremamente corrosivos. Em situações críticas são necessários testes em laboratório para determinar, nas condições de operação, a compatibilidade do material da junta com o fluido. Ao iniciar o projeto de uma junta, uma avaliação total deve ser efetuada, começando pelo tipo de flange, força dos parafusos, força mínima de esmagamento etc. Todas as etapas devem ser seguidas até a definição do tipo e do material da junta. Geralmente, a seleção de uma junta pode ser simplificada usando o Fator de Serviço, conforme mostrado a seguir. 2. FATOR P X T OU FATOR DE SERVIÇO O Fator de Serviço ou fator Pressão x Temperatura ( P x T ) é um bom ponto de partida para selecionar o material de uma junta. Ele é obtido multiplicando-se o valor da pressão em kgf/cm2 pela temperatura em graus centígrados e comparando-se o resultado com os valores da tabela a seguir. Se o valor for maior que 25 000, deve ser escolhida uma junta metálica. Tabela 3.1 Fator de Serviço PXT máximo 530 1150 2700 15000 25000 Temperatura máxima - oC 150 120 250 540 590 Material da Junta Borracha Fibra vegetal PTFE Papelão hidráulico Papelão hidráulico com tela metálica Os limites de temperaturas e os valores de P x T não podem ser tomados como absolutos. As condições de cada caso, tais como variação nos tipos de matéria-prima, projeto de flanges e outras particularidades de cada aplicação podem modificar estes valores. Nota importante: as recomendações deste Capítulo são genéricas, e as condições particulares de cada caso devem ser avaliadas cuidadosamente. 3. PAPELÃO HIDRÁULICO Desde a sua introdução, no final do século passado, o Papelão Hidráulico tem sido o material mais usado para vedação de flanges. Possui características de selabilidade em larga faixa de condições operacionais. Devido à sua importância no campo da vedação industrial, o Capítulo 4 deste livro é inteiramente dedicado às juntas de Papelão Hidráulico. 46 4. POLITETRAFLUOROETILENO ( PTFE ) Desenvolvido pela Du Pont, que o comercializa com a marca Teflon, o PTFE nas suas diferentes formas é um dos materiais mais usados em juntas industriais. Devido à sua crescente importância o Capítulo 5 deste livro cobre várias alternativas de juntas com PTFE. 5. GRAFITE FLEXÍVEL GRAFLEX ® Produzido a partir da expansão e calandragem da grafite natural, possui entre 95% e 99% de pureza. Flocos de grafite são tratados com ácido, neutralizados com água e secados até determinado nível de umidade. Este processo deixa água entre os grãos de grafite. Em seguida, os flocos são submetidos a elevadas temperaturas, e a água, ao vaporizar, “explode” os flocos, que atingem volumes de 200 ou mais vezes o original. Estes flocos expandidos são calandrados, sem nenhum aditivo ou ligante, produzindo folhas de material flexível. A grafite flexível apresenta reduzido creep, definido como uma deformação plástica contínua de um material submetido a pressão. Portanto, a perda da força dos parafusos é reduzida, eliminando reapertos freqüentes. Devido às suas características, a grafite flexível é um dos materiais de vedação mais seguros. Sua capacidade de selabilidade, mesmo nos ambientes mais agressivos e em elevadas temperaturas, tem sido amplamente comprovada. Possui excelente resistência aos ácidos, soluções alcalinas e compostos orgânicos. Entretanto, em atmosferas oxidantes e temperaturas acima de 450 o C , o s e u u s o d e v e s e r cuidadosamente analisado. Quando o carbono é aquecido em presença do oxigênio há formação de dióxido de carbono (CO2). O resultado desta reação é uma redução da massa de material. Limites de temperatura: - 240o C a 3000o C, em atmosfera neutra ou redutora, e de - 240o C a 450o C, em atmosfera oxidante. A compatibilidade química e os limites de temperatura estão no Anexo 3.1. 5.1. PLACAS DE GRAFLEX ® Por ser um material de baixa resistência mecânica, as placas de Graflex® são fornecidas com ou sem reforço de aço inoxidável 316. As dimensões são 1000 x 1000 mm e as espessuras são 0.8 mm, 1.6 mm e 3.2 mm. As recomendações de aplicação estão na Tabela 3.2. Quando usar juntas fabricadas a partir de placas de Graflex® com reforço, é necessário verificar também a compatibilidade do fluido com o reforço. 47 Tabela 3.2 Tipos de Placas de Graflex® Tipo Reforço Aplicação TJR lâmina lisa de aço inoxidável 316L serviços gerais, vapor, hidrocarbonetos TJE lâmina perfurada de aço inoxidável 316L serviços gerais, vapor, fluido térmico, hidrocarbonetos TJB nenhum serviços gerais, flanges frágeis em geral Tabela 3.3 Temperaturas de Trabalho Temperatura oC Máxima Meio Mínima Neutro / redutor Oxidante Vapor TJR TJE TJB -240 -240 870 450 870 450 -240 650 650 3 000 450 Não recomendado Os valores de “m” e “y” e das constantes para cálculo para cada tipo de Placa de Graflex estão na Tabela 3.4. Tabela 3.4 Valores para Cálculo Tipo m y (psi) Gb (MPa) a Gs (MPa) Pressão de esmagamento máxima (MPa) 5.2. TJR 2 1 000 5.628 0.377 4.555x10 - 4 TJE 2 2 800 9.655 0.324 6.897x10-5 165 165 TJB 1.5 900 6.690 0.384 3.448x10-4 165 FITAS DE GRAFLEX ® O Graflex® também é fornecido em fitas com ou sem adesivo, lisa ou corrugada na espessura de 0.4 mm, os tipos e condições de fornecimento estão na Tabela 3.5. 48 Tabela 3.5 Fitas Graflex® Tipo Apresentação Aplicação Rolos com 6. TJI fita lisa com adesivo vedação de conexões roscadas 12.7 x 8 000 ou 25.4 x 15 000 mm TJH fita corrugada com adesivo moldada sobre a superfície de vedação dos flanges 12.7 x 8 000 ou 25.4 x 15 000 mm TJZ fita corrugada sem adesivo enrolada e prensada em hastes de válvulas e anéis pré-moldados 6.4 ou 12.7 x 8 000 e 19.1 ou 25.4 x 15000 ELASTÔMEROS Materiais bastante empregados na fabricação de juntas, em virtude das suas características de selabilidade. Existem no mercado diversos tipos de polímeros e formulações, permitindo uma grande variação na escolha. 6.1. CARACTERÍSTICAS BÁSICAS As principais características que tornam a borracha um bom material para juntas são: • Resiliência: a borracha é um material com elevada resiliência. Sendo bastante elástico, preenche as imperfeições dos flanges, mesmo com pequena força de aperto. • Polímeros: há diversidade de polímeros com diferentes características físicas e químicas. • Combinação de polímeros: a combinação de vários polímeros em uma formulação permite obter diferentes características físicas e químicas, como resistência à tração ou a produtos químicos, dureza etc. • Variedade : chapas ou lençóis com diferentes espessuras, cores, larguras, comprimento e acabamentos superficiais podem ser fabricados para atender às necessidades de cada caso. 6.2. PROCESSO DE SELEÇÃO Em juntas industriais os Elastômeros normalmente são utilizados em baixas pressões e temperatura. Para melhorar a resistência mecânica, reforços com uma ou mais camadas de lona de algodão podem ser empregados. A dureza normal para juntas industriais é de 55 a 80 Shore A e espessura de 0.8 mm (1/32") a 6.4 mm (1/4"). O Anexo 3.2 apresenta a compatibilidade entre os diversos fluidos e os Elastômeros mais utilizados, que estão relacionados a seguir. O código entre parênteses é a designação ASTM. 49 6.3. BORRACHA NATURAL (NR) Possui boa resistência aos sais inorgânicos, amônia, ácidos fracos e álcalis; pouca resistência a óleos, solventes e produtos químicos; apresenta acentuado envelhecimento devido ao ataque pelo ozônio; não recomendada para uso em locais expostos ao sol ou ao oxigênio; tem grande resistência mecânica e ao desgaste por atrito. Níveis de temperatura bastante limitados : de -50o C a 90o C. 6.4. ESTIRENO-BUTADIENO (SBR) A borracha SBR, também chamada de “borracha sintética”, foi desenvolvida como alternativa à borracha natural. Recomendada para uso em água quente e fria, ar, vapor e alguns ácidos fracos; não deve ser usada em ácidos fortes , óleos , graxas e solventes clorados; possui pouca resistência ao ozônio e à maioria dos hidrocarbonetos. Limites de temperatura de -50o C a 120o C. 6.5. CLOROPRENE (CR) Mais conhecida como Neoprene, seu nome comercial. Possui excelente resistência aos óleos, ozônio, luz solar e envelhecimento, e baixa permeabilidade aos gases; recomendada para uso em gasolina e solventes não aromáticos; tem pouca resistência aos agentes oxidantes fortes e hidrocarbonetos aromáticos e clorados. Limites de temperatura de -50oC a 120oC. 6.6. NITRÍLICA (NBR) Também conhecida como Buna-N. Possui boa resistência aos óleos, solventes, hidrocarbonetos aromáticos e alifáticos e gasolina. Pouca resistência aos agentes oxidantes fortes, hidrocarbonetos clorados, cetonas e ésteres. Limites de temperatura de -50oC a 120oC. 6.7. FLUORELASTÔMERO (CFM, FVSI, FPM) Mais conhecido como Viton, seu nome comercial. Possui excelente resistência aos ácidos fortes, óleos, gasolina, solventes clorados e hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos. Não recomendada para uso com aminos, ésteres, cetonas e vapor. Limites de temperatura de -40oC a 204oC. 6.8. SILICONE (SI) A borracha silicone possui excelente resistência ao envelhecimento, não sendo afetada pela luz solar ou ozônio, por isso muito usada em ar quente. Tem pouca resistência mecânica, aos hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos e ao vapor. Possui limites de temperatura mais amplos, de -100oC a 260oC. 6.9. ETILENO-PROPILENO (EPDM) Elastômero com boa resistência ao ozônio, vapor, ácidos fortes e álcalis. Não recomendado para uso com solventes e hidrocarbonetos aromáticos. Limites de temperatura de -50oC a 120oC. 50 6.10. HYPALON Elastômero da família do Neoprene , possui excelente resistência ao ozônio, luz solar, produtos químicos e boa resistência aos óleos. Limites de temperatura de -100 oC a 260 oC. 7. FIBRA CELULOSE A folha de fibra de celulose, muito conhecida pelo nome comercial Velumóide, é fabricada a partir de celulose aglomerada com cola e glicerina. É muito usada na vedação de produtos de petróleo, gases e vários solventes. Disponível em rolos com espessura de 0.5mm a 1.6mm. Limite máximo de temperatura 120oC. 8. CORTIÇA Grãos de cortiça são aglomerados com borracha para obter a compressibilidade da cortiça, com as vantagens da borracha sintética. Usada largamente quando a força de aperto é limitada, como em flanges de chapa fina estampada ou de material frágil como cerâmica e vidro. Recomendada para uso com água, óleos lubrificantes e outros derivados de petróleo em pressões até 3 bar e temperatura até 120oC. Possui pouca resistência ao envelhecimento e não deve ser usada em ácidos inorgânicos, álcalis e soluções oxidantes. 9. TECIDOS E FITAS Tecidos de amianto ou fibra de vidro impregnados com um Elastômero são bastante usados em juntas industriais. O fio do tecido pode, para elevar a sua resistência mecânica, ter reforço de fio metálico, como o latão ou aço inox. As espessuras vão de 0.8mm (l/32") a 3.2mm (1/8"). Espessuras maiores são obtidas dobrando uma camada sobre a outra. Os Elastômeros mais usados na impregnação de tecidos são: borracha estirenobutadieno (SBR), Neoprene, Viton e Silicone. 9.1. TECIDOS DE AMIANTO Os tecidos de amianto impregnados normalmente possuem 75% de amianto e 25% de outras fibras, como o Rayon ou algodão. Esta combinação é feita para melhorar as propriedades mecânicas e facilitar a fabricação, com sensível redução de custo. 9.2. TECIDOS DE FIBRA DE VIDRO Os tecidos de fibra de vidro são fabricados a partir de dois tipos de fios: • Filamento contínuo. • Texturizado. 51 Os tecidos feitos a partir de fio de filamento contínuo possuem espessura reduzida e, conseqüentemente, menor resistência mecânica. Os tecidos com fio Texturizado, processo que eleva o volume do fio, possuem maior resistência mecânica, por isso, mais usado em juntas industriais. 9.3. JUNTAS DE TECIDOS E FITAS Os tecidos e fitas são dobrados e moldados em forma de juntas. Se necessário para atingir a espessura desejada podem ser dobrados e colados em várias camadas. Estas juntas são usadas principalmente nas portas de visitas de caldeiras (manhole e handhole). Elas podem ser circulares, ovais, quadradas ou de outras formas. São também usadas em fornos, fornalhas, autoclaves, portas de acesso e painéis de equipamentos. 9.4. FITA TADPOLE Os tecidos podem ser enrolados em volta de um núcleo, normalmente uma gaxeta de amianto ou fibra de vidro, conforme mostrado na figura 3.2. O tecido pode ter ou não impregnação de Elastômeros. A junta com esta forma é conhecida como “tadpole”. O tecido se estende além do núcleo, formando uma fita plana que pode ter furos de fixação. A seção circular oferece boa vedação em superfícies irregulares sujeitas a aberturas e fechamento freqüentes, como portas de fornos e estufas. Figura 3.2 10. PAPELÃO DE AMIANTO (PI 97-B) Material fabricado a partir de fibras de amianto com ligantes incombustíveis, com elevada resistência à temperatura. Normalmente usado como isolante térmico, é empregado como enchimento de juntas semi-metálicas devido à sua compressibilidade e resistência térmica. Também é recomendado para a fabricação de juntas para dutos de gases quentes e baixas pressões. Temperatura limite de operação contínua 800o C. 52 11. PAPELÃO ISOLIT HT Devido às restrições ao manuseio do amianto, o Isolit HT é a alternativa ao papelão de amianto, com desempenho similar. Composto de fibra cerâmica com até 5% de fibras orgânicas, que aumentam a sua resistência mecânica. Quando exposto a temperaturas acima de 200oC estas substâncias orgânicas carbonizam, resultando em material totalmente inorgânico com resistência até a 800o C. 12. FIBRA CERÂMICA Na forma de mantas é usada para fabricação de juntas para uso em dutos de gases quentes e baixa pressão. Material também empregado como enchimento em juntas semi-metálicas em substituição ao papelão de amianto. Limite de temperatura: 1200o C. 13. BEATER ADDITION O processo beater addition (BA) de fabricação de materiais para juntas é semelhante ao de fabricação de papel. Fibras sintéticas, orgânicas ou minerais são batidas com ligantes em misturadores, que as “abrem”, propiciando uma maior área de contato com os ligantes. Esta maior área de contato aumenta a resistência mecânica do produto final. Várias ligantes podem ser usados, como o látex, borracha SBR, nitrílica etc. Devido à sua limitada resistência à pressão é um material pouco usado em aplicações industriais, exceto como enchimento de juntas semi-metálicas para baixas temperaturas. Os materiais produzidos pelo processo BA são disponíveis em bobinas de até 1200mm de largura, com espessuras de 0.3 mm a 1.5 mm. 14. PAPELÃO TEAPLAC Papelões para isolamento térmico sem Amianto Teaplac 800 e Teaplac 850 são usados na fabricação de juntas para usos em elevadas temperaturas e baixas pressões 53 ANEXO 3.1 COMPATIBILIDADE QUÍMICA DO GRAFLEX ® Fluidos Acetato de Monovinil Acetato Isopropílico Acetona Ácido Acético Ácido Arsênico Ácido Benzilsulfônico Ácido Bórico Ácido Brômico Ácido Carbônico Ácido Cítrico Ácido Clorídrico Ácido Dicloropropiônico Ácido Esteárico Ácido Fluorídrico Ácido Fluorsilício Ácido Fólico Ácido Fórmico Ácido Fosfórico Ácido Graxo Ácido Lático Ácido Monocloroacético Ácido Nítrico Ácido Oléico Ácido Oxálico Ácido Sulfúrico Ácido Sulfúrico Ácido Sulfuroso Ácido Tartárico Água Boronatada Água Deaerada Água Mercaptana Álcool Isopropílico Álcool Amílico Álcool Butílico Álcool Etílico Concentração % Todas 100 0 - 100 Todas Todas 60 Todas Todas Todas Todas Todas 90 – 100 100 Todas 0 a 20 Todas Todas 0 a 85 Todas Todas 100 Todas 100 Todas 0 a 70 Maior que 70 Todas Todas Saturada 0 - 100 100 100 0 - 100 54 Temperatura máxima o C Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Não Recomendado Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Não Recomendado Todas Todas Todas Não Recomendado Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas ANEXO 3.1 (Continuação) COMPATIBILIDADE QUÍMICA DO GRAFLEX ® Fluidos Álcool metílico Anidrido acetico Anilina Ar Benzeno Biflureto de Amônia Bromo Cellosolve Butílico Cellosolve Solvente Cloreto Cúprico Cloreto de Alumímio Clorato de Cálcio Cloreto de Estanho Cloreto de Etila Cloreto de Níquel Cloreto de Sódio Cloreto de Zinco Cloreto Férrico Cloreto Ferroso Clorito de Sódio Cloro seco Cloroetilbenzeno Clorofórmio Dibromo Etileno Dicloro Etileno Dietanolamina Dioxano Dióxido de Enxofre Éter isopropílico Etila Etileno Cloridina Etileno Glicol Fluidos para transferência de calor (todos) Fluidos refrigerantes Concentração % 0 - 100 100 100 100 Todas Todas 0 - 100 Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas 0-4 100 100 100 100 100 Todas 0 - 100 Todas 100 Todas 0-8 Todas - Temperatura máxima o C 650 Todas Todas 450 Todas Todas Não Recomendado Todas Todas Todas Todas Não Recomendado Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Não Recomendado Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas 55 ANEXO 3.1 (Continuação) COMPATIBILIDADE QUÍMICA DO GRAFLEX ® Fluidos Fluor Gasolina Glicerina Hexaclorobenzeno Hidrato de Cloral Hidrocloreto de Anilina Hidróxido de Alumínio Hidróxido de Amônia Hidróxido de Sódio Hipocloreto de Cálcio Hipoclorito de Sódio Iodo Manitol Metil-isobutil-cetona Monocloreto de Enxofre Monoclorobenzeno Monoetanolamina Octanol Paradiclorobenzeno Paraldeído Querosene Sulfato de Amônia Sulfato de Cobre Sulfato de Ferro Sulfato de Manganês Sulfato de Níquel Sulfato de Zinco Tetracloreto de Carbono Tetracloroetano Ticloreto de Arsênio Tiocianato de Amonia Tricloreto de Fósforo Tricloroetileno Vapor Xileno Concentração % Todas 0 - 100 100 0 - 60 Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas 100 100 100 Todas 100 100 100 Todas Todas Todas Todas Todas Todas 100 100 100 0 – 63 100 100 Todas 56 Temperatura máxima o C Não Recomendado Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Não Recomendado Não Recomendado Não Recomendado Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas Todas 650 Todas ANEXO 3.2 RESISTÊNCIA QUÍMICA DE ELASTÔMEROS PARA JUNTAS 1: boa resistência 2: resistência regular 3: sem informação 4: pouca resistência NBR: nitrílica F E : fluorelastômero CR : cloroprene SBR: stireno-butadieno NR : natural SI : silicone Fluido Acetaldeído Acetato de alumínio Acetato de butila Acetado de etila Acetado de potássio Acetileno Acetona Ácido acético 5% Ácido acético glacial Ácido benzóico Ácido bórico Ácido butírico Ácido cítrico Ácido clorídrico (concentrado) Ácido clorídrico (diluído) Ácido crômico Ácido fluorídrico (concentrado) Ácido fluorídrico (diluído) Ácido fosfórico concentrado ácido fosfórico diluído Ácido lático Ácido maleico Ácido nítrico concentrado Ácido nítrico diluído Ácido nítrico fumegante Ácido oléico Ácido oxálico Ácido palmítico Ácido salicílico NBR 3 2 4 4 2 1 4 2 2 4 1 4 1 4 3 4 4 4 4 4 1 4 4 4 4 3 2 1 2 57 FE 4 4 4 4 4 1 4 1 4 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 1 1 1 CR 3 2 4 4 2 2 2 1 2 4 1 4 1 4 1 4 4 1 1 1 1 4 4 2 4 2 2 2 3 SBR 3 4 4 4 4 2 4 2 2 4 1 4 1 4 3 4 4 2 3 2 1 4 4 4 4 4 2 2 2 NR 2 1 4 4 1 2 4 2 2 4 1 3 1 4 3 4 4 4 3 2 1 4 4 4 4 4 2 2 1 SI 2 4 4 2 4 2 4 1 2 4 1 3 1 4 4 3 4 4 3 2 3 3 4 4 4 4 2 4 3 ANEXO 3.2 ( Continuação ) RESISTÊNCIA QUÍMICA DE ELASTÔMEROS PARA JUNTAS Fluido Ácido sulfúrico concentrado Ácido sulfúrico diluído Ácido sulfúrico fumegante Ácido sulfuroso Ácido tânico Ácido tartárico Ácidos graxos Água do mar Água potável Alcatrão Álcool butílico (butanol) Álcool de madeira Álcool isopropílico Álcool propílico Amônia líquida (anidra) Amônia quente (gás) Amônia fria (gás) Anilina Ar até 100’C Ar até 150’C Ar até 200’C Ar até 250’C Benzeno Bicarbonato de sódio Bórax Café Carbonato de amônia Carbonato de cálcio Carbonato de sódio Cerveja Cianeto de potássio Ciclo-hexanol Cloreto de alumínio Cloreto de amônia Cloreto de bário Cloreto de cálcio Cloreto de etila NBR 4 4 4 2 1 1 2 1 1 1 1 1 2 1 2 4 1 4 1 2 4 4 4 1 2 1 4 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 58 FE 1 1 1 1 1 1 1 3 1 1 1 4 1 1 4 4 4 1 1 1 1 3 2 1 1 1 3 1 1 1 1 1 1 3 1 1 1 CR 4 2 4 2 1 1 2 2 1 2 1 1 1 1 1 2 1 4 1 2 4 4 4 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 2 SBR 4 3 4 2 2 2 4 1 1 4 1 1 2 1 4 4 1 4 2 4 4 4 4 1 2 1 3 1 1 1 1 4 1 1 1 1 2 NR 4 3 4 2 1 1 3 1 1 4 1 1 1 1 4 4 1 4 2 4 4 4 4 1 2 1 3 1 1 1 1 4 1 1 1 1 1 SI 4 4 4 4 2 1 3 1 1 4 2 1 1 1 2 1 1 4 1 1 1 2 4 1 2 1 3 1 1 1 1 4 2 3 1 1 4 ANEXO 3.2 ( Continuação ) RESISTÊNCIA QUÍMICA DE ELASTÔMEROS PARA JUNTAS Fluido Cloreto de etileno Cloreto de magnésio Cloreto de metileno Cloreto de potássio Cloreto de sódio Cloro (seco) Cloro (úmido) Clorofórmio Decalin Dibutil ftalato Dióxido de enxofre (seco) Dióxido de enxofre (úmido) Dissulfeto de carbono Dowtherm A Esgoto sanitário Etano Etanol Éter dibutílico Éter etílico Éter metílico Etileno glicol Fenol Fluoreto de alumínio Formaldeído Fosfato de cálcio Freon 12 Freon 22 Gás carbônico Gás liquefeito de petróleo Gás natural Gasolina Glicerina Glicose Heptano Hidrogênio Hidróxido de amônia (concentrado) Hidróxido de cálcio NBR 4 1 4 1 1 4 3 4 4 4 4 4 4 4 1 1 1 4 3 1 1 4 1 4 1 1 4 1 1 1 1 1 1 1 1 4 1 59 FE 1 1 2 1 1 1 1 1 1 2 4 4 1 1 1 1 3 3 4 1 1 1 3 4 1 1 4 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 C R SBR 4 4 1 1 4 4 1 1 1 1 4 2 4 3 4 4 4 4 4 4 1 2 1 4 4 4 2 4 2 1 2 4 1 1 4 4 4 4 1 3 1 1 2 4 1 1 4 4 1 2 1 1 1 1 2 1 2 4 1 2 2 4 1 1 1 1 2 4 2 1 3 1 1 1 NR 4 1 4 1 1 4 3 4 4 4 2 4 4 4 1 4 1 4 4 1 1 4 2 4 1 2 1 2 4 2 4 1 1 4 2 3 1 SI 4 1 4 1 1 4 3 4 4 3 2 2 3 4 1 4 1 4 4 1 1 4 2 4 1 4 4 2 3 1 4 1 1 4 3 1 3 ANEXO 3.2 ( Continuação ) RESISTÊNCIA QUÍMICA DE ELASTÔMEROS PARA JUNTAS Fluido Hidróxido de magnésio Hidróxido de potássio Hidróxido de sódio Hipoclorito de cálcio Hipoclorito de sódio Isso-octano Ieite Mercúrio Metano Metanol Metil butil cetona Metil butil cetona ( MEK ) Metil isobutil cetona ( MIBK ) Metil isopropril cetona Metil salicilato Monóxido de carbono Nafta Neon Nitrato de alumínio Nitrato de potássio Nitrato de prata Nitrogênio Octano Óleo bunker Óleo combustível Óleo combustível ácido Óleo cru Óleo de amendoim Óleo de coco Óleo de linhaça Óleo de madeira Óleo de milho Óleo de oliva Óleo de soja Óleo diesel Óleo hidráulico ( mineral ) Óleo lubrificante NBR 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 4 4 4 4 4 1 2 1 1 1 2 1 2 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 60 FE 1 4 1 1 1 1 1 1 1 2 4 4 4 4 3 1 1 1 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 CR 1 1 1 2 2 1 1 1 2 1 4 4 4 4 4 1 4 1 1 1 1 1 4 4 1 2 4 3 3 1 2 3 2 1 3 2 2 SBR 2 2 2 2 2 4 1 1 4 1 4 4 4 4 3 2 4 1 1 1 1 1 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 NR 2 2 1 2 2 4 1 1 4 1 4 4 4 4 3 2 4 1 1 1 1 1 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 SI 3 3 1 2 2 4 1 3 4 1 4 4 4 4 3 1 4 1 2 1 1 1 4 2 4 1 4 1 1 1 4 1 1 1 4 2 4 ANEXO 3.2 ( Continuação ) RESISTÊNCIA QUÍMICA DE ELASTÔMEROS PARA JUNTAS Fluido Óleo para turbina Óleo silicone Óleo vegetal Óleos minerais Oxigênio Oxigênio ( 100-200’C ) Oxigênio líquido Ozona Pentano Percloroetileno Peróxido de hidrogênio Petróleo Propano Querosene Silicato de cálcio Silicato de sódio Soluções cáusticas Solventes clorados Sulfato de alumínio Sulfato de amônia Sulfato de cobre Sulfato de magnésio Sulfato de sódio Sulfato de zinco Sulfito de magnésio Tetracloreto de carbono Tetracloroetano Thinner Tolueno Tricloroetano Tricloroetileno Uísque Vapor Vinagre Vinho Xileno Xilol NBR F E 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 4 2 2 1 4 1 1 1 2 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 4 1 1 1 1 4 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 4 1 4 2 4 2 4 1 3 1 1 1 1 1 2 1 1 1 4 1 4 1 61 CR 4 1 3 1 1 4 1 3 1 4 2 2 2 2 1 1 2 4 1 1 1 1 1 1 1 4 4 4 4 4 4 1 1 2 1 4 4 SBR N R 4 4 1 1 4 4 4 4 2 4 4 4 1 4 4 4 4 3 4 4 2 2 4 4 4 4 4 4 1 1 1 1 1 2 4 4 1 2 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 1 1 2 2 2 2 1 1 4 4 4 4 SI 4 3 1 2 1 1 2 1 4 4 1 4 4 4 3 3 2 4 1 3 1 1 1 1 1 4 3 4 4 4 4 1 1 1 1 4 4 62 CAPÍTULO 4 JUNTAS EM PAPELÃO HIDRÁULICO 1. PAPELÕES HIDRÁULICOS TEADIT São fabricados a partir da vulcanização sob pressão de Elastômeros com fibras minerais ou sintética. Por serem bastante econômicos em relação ao seu desempenho, são os materiais mais usados na fabricação de juntas industriais, cobrindo ampla faixa de aplicação. Suas principais características são: • • • • 2. Elevada resistência ao esmagamento Baixo relaxamento (creep relaxation ) Resistência a altas temperaturas e pressões Resistência a produtos químicos COMPOSIÇÃO E CARACTERÍSTICAS Na fabricação do papelão hidráulico, fibras de amianto ou sintéticas, como a aramida (Kevlar*), são misturados com Elastômeros e outros materiais, formando uma massa viscosa. Esta massa é calandrada a quente até a formação de uma folha com as características físicas e dimensões desejadas. A fibra, o elastômero ou a combinação de Elastômeros, aditivos, a temperatura e o tempo de processamento são combinados de forma a resultar em um papelão hidráulico com características específicas para cada aplicação. (* Marca registrada da E. I. Du Pont de Nemours, EUA) 63 2.1 FIBRAS As fibras possuem a função estrutural, determinando, principalmente, as características de elevada resistência mecânica dos papelões hidráulicos. Nos papelões à base de amianto, o problema de riscos pessoais aos usuários é bastante reduzido, por estarem as fibras totalmente impregnadas por borracha. Os papelões à base de fibras sintéticas são totalmente “sem-amianto”, dando bastante segurança aos usuários. Importante: recomenda-se o uso correto dos papelões à base de amianto; o lixamento, raspagem ou qualquer processo que provoque poeira, deve ser feito evitando-se sua inalação, usando-se máscaras com filtros descartáveis. As roupas de trabalho devem ser guardadas e lavadas em separadas das demais. Maiores informações para o manuseio e uso correto de produtos de amianto, podem ser obtidas no Anexo 12 da NR 15 da Portaria 3214 de 8/06/1978 do Ministério do Trabalho. 2.2 ELASTÔMEROS Os Elastômeros, vulcanizados sob pressão com as fibras, determinam a resistência química do papelão hidráulico, dando-lhe também as suas características de flexibilidade e elasticidade. Os Elastômeros mais usados são: • Borracha natural ( NR ): produto natural extraído de plantas tropicais, apresenta excelente elasticidade, flexibilidade, baixa resistência química e à temperatura. • Borracha estireno-butadieno ( SBR ): também conhecida como “borracha sintética”, foi desenvolvida como alternativa à borracha natural, possuindo características similares. • Cloropreno ( CR ): mais conhecido pelo seu nome comercial, Neoprene*, possui excelente resistência a óleos, gasolina, solventes de petróleo e ao ozônio. • Borracha nitrílica ( NBR ): superior às borrachas SBR e CR em relação a produtos químicos e temperatura. Tem excelente resistência a óleos, gasolina, solventes de petróleo, hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos, solventes clorados e óleos vegetais e animais. • Hypalon: possui excelente resistência química inclusive aos ácidos e álcalis. 2.3 REFORÇO METÁLICO Para elevar a resistência mecânica, os papelões hidráulicos podem ser reforçados com tela metálica. Estes materiais são recomendados para aplicações onde a junta está sujeita a tensões mecânicas altas. A tela é normalmente de aço carbono, podendo, entretanto, ser usado aço inoxidável, para melhor resistir ao fluido vedado. 64 Juntas de papelão hidráulico com inserção metálica apresentam uma selabilidade menor, pois a inserção da tela possibilita um vazamento através da própria junta. A tela metálica também dificulta o corte da junta e deve ser usada somente quando estritamente necessário. 2.4 ACABAMENTO Os diversos tipos de papelão hidráulico são fabricados com dois acabamentos superficiais, ambos com o carimbo do tipo e marca Teadit: • Natural: permite uma maior aderência ao flange. • Grafitado: evita a aderência ao flange, facilitando a troca da junta, quando esta é feita com freqüência. 2.5 DIMENSÕES DE FORNECIMENTO Os papelões hidráulicos Teadit são normalmente comercializados em folhas de 1500 mm por 1600 mm. Sob encomenda podem ser fornecidos em folhas de 1500 mm por 3200 mm. Alguns materiais também podem ser fabricados em folhas de 3000 mm por 3200 mm. 2.6 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS As associações normalizadoras e os fabricantes, desenvolveram vários testes para permitir a uniformidade de fabricação, determinação das condições, limites de aplicação e comparação entre materiais de diversos fabricantes. 2.6.1 COMPRESSIBILIDADE E RECUPERAÇÃO Medida de acordo, com a Norma ASTM F36A, é a redução de espessura do material, quando submetido a uma carga de 5000 psi ( 34.5 MPa ) expressa como uma porcentagem da espessura original. Recuperação é a retomada da espessura quando a carga sobre o material é retirada, expressa como porcentagem da espessura comprimida. A compressibilidade indica a capacidade do material de se acomodar às imperfeições dos flanges. Quanto maior a compressibilidade, mais facilmente o material preenche as irregularidades. A recuperação indica a capacidade do material em absorver os efeitos das variações de pressão e temperatura. 2.6.2 SELABILIDADE Medida de acordo com a Norma ASTM F37, indica a capacidade de vedar sob condições controladas de laboratório com isoctano, pressão de 1atm e de carga do flange variando de 125 psi (0.86 MPa) a 4000 psi (27.58 MPa). 65 2.6.3 RETENÇÃO DE TORQUE Medida de acordo com a ASTM F38, indica a capacidade do material em manter o aperto ao longo do tempo, expressa como uma percentagem de perda de carga inicial. Um material estável retém o torque após uma perda inicial, ao contrário de um material instável que apresenta uma contínua perda, causando uma degradação da vedação, com o tempo. A pressão inicial de teste é de 21 MPa, temperatura 100o C e tempo 22 horas. Quanto maiores a espessura do material e temperatura de operação, menor a retenção de torque. As Normas DIN 52913 e BS 2815 estabelecem os métodos de medição da Retenção de Torque. 2.6.4 IMERSÃO EM FLUIDO Medida de acordo com a Norma ASTM F146, permite verificar a variação do material, quando imerso em fluidos por tempo e temperatura determinados. Os fluidos de testes de imersão mais comuns são o óleo IRM 903, à base de petróleo e o ASTM Fuel B, composto de 70% isoctano e 30% tolueno e também imersão em ácidos. São verificadas variações de compressibilidade, recuperação, aumento de espessura, redução de resistência à tração e aumento de peso. 2.6.5 RESISTÊNCIA À TRAÇÃO Medida de acordo com a Norma ASTM F152, é um parâmetro de controle de qualidade, e seu valor não está diretamente relacionado com as condições de aplicação do material. 2.6.6 PERDA POR CALCINAÇÃO Medida pela Norma ASTM F495 indica a porcentagem de material perdido ao calcinar o material. 2.6.7 DIAGRAMA PRESSÃO X TEMPERATURA Não havendo teste internacionalmente adotado para estabelecer os limites de operação dos materiais para juntas, a Teadit desenvolveu procedimento específico para determinar a pressão máxima de trabalho, em função da temperatura. O fluido de teste é o Nitrogênio. 3. PROJETO DE JUNTAS COM PAPELÃO HIDRÁULICO 3.1 CONDIÇÕES OPERACIONAIS Ao iniciarmos o projeto de uma junta, devemos, em primeiro lugar, verificar se as condições operacionais são adequadas ao uso de papelão hidráulico. A pressão e temperatura de trabalho, devem ser comparadas com as máximas indicadas pelo fabricante. 66 Para os Papelão Hidráulicos Teadit do tipo NA (Não Amianto), foram determinadas as curvas P x T que representam o comportamento do material, considerando a ação simultânea da pressão e temperatura. As curvas P x T são determinadas com Nitrogênio e junta na espessura de 1.6 mm. Para determinar se uma condição é adequada, dever-se verificar se a pressão e a temperatura de operação estão dentro da faixa recomendada para o material, que é representada pela área sob a curva inferior do gráfico. Se o ponto cair na área entre as duas curvas é necessário consultar a Teadit pois, dependendo de outros fatores tais como tipo de fluido e existência de ciclo térmico, o material pode ou não ser adequado para a aplicação. 3.2 RESISTÊNCIA QUÍMICA Antes de decidirmos pelo uso de um tipo de papelão hidráulico, devemos verificar a sua resistência química ao fluido a ser vedado. O Anexo 4.2, no final deste capítulo, apresenta a compatibilidade entre vários produtos e os diversos tipos de papelão hidráulico Teadit. Importante : as recomendações do Anexo 4.2 são genéricas, portanto as condições particulares de cada caso devem ser analisadas cuidadosamente. 3.3 TIPOS DE JUNTAS 3.3.1. TIPO 810 RF ( RAISED FACE ) O Tipo 810 ou RF ( Figura 4.1 ) é uma junta cujo diâmetro externo tangência os parafusos, fazendo-a auto-centrante ao ser instalada. É o tipo de junta mais usado em flanges industriais por ser o mais econômico, sem perda de performance. • Sempre que possível, deve-se usar o tipo RF, pois é mais econômico e, apresentando menor área de contato com o flange, tem maior facilidade de esmagamento. Figura 4.1 67 3.3.2. TIPO 820 FF ( FULL FACE ) O Tipo 820 ou FF ( Figura 4.2 ) é uma junta que se estende até o diâmetro externo do flange. É normalmente usada em flanges de materiais frágeis ou de baixa resistência. Deve-se tomar bastante cuidado em esmagar adequadamente a junta, devido a sua maior área de contato. Figura 4.2 3.3.3 TIPO 830 PARA TROCADORES DE CALOR É bastante freqüente o uso de juntas em flanges não normalizados, como, por exemplo, nos espelhos de trocadores de calor. Neste caso, as recomendações de projeto do Capítulo 2 deste livro, devem ser observadas cuidadosamente. A pressão máxima de esmagamento não deve ultrapassar os valores indicados para cada tipo de papelão hidráulico. 3.4 DIMENSIONAMENTO PARA FLANGES NORMAS ASME As juntas para uso em flanges ASME, estão dimensionadas na Norma ASME B16.21, Nonmetallic Flat Gaskets for Pipe Flanges. Nesta norma estão as dimensões das juntas para diversos tipos de flanges, usados em tubulações e equipamentos industriais, conforme Anexos 4.3 a 4.10. 3.5 DIMENSIONAMENTO PARA FLANGES NORMA DIN As dimensões da juntas conforme Norma DIN 2690 estão no Anexo 4.11. 3.6 DIMENSIONAMENTO PARA OUTRAS NORMAS Outras associações normalizadoras também especificam as dimensões para juntas. As normas BS e JIS da Inglaterra e Japão, respectivamente, são usadas em equipamentos projetados nestes países. Seu uso é bastante restrito no Brasil. 68 3.7 TOLERÂNCIAS As tolerâncias de fabricação com base na Norma ASME B16.21 estão na Tabela 4.1. Tabela 4.1 Tolerâncias de Fabricação Característica Diâmetro Externo Diâmetro Interno Tolerância - mm Até 300 mm (12") +0 -1.5 Acima de 300 mm (12") +0 -3.0 Até 300 mm (12") ± 1.5 Acima de 300 mm (12") ± 3.0 Círculo de Furação ± 1.5 Centro a centro dos furos dos parafusos ± 0.8 4. JUNTAS DE GRANDES DIMENSÕES Quando as dimensões da junta forem maiores que a folha de papelão hidráulico, ou se, devido a razões econômicas, for necessário a sua fabricação em setores, são usados dois tipos de emendas: cauda-de-andorinha e chanfrada. 4.1 CAUDA-DE-ANDORINHA É a emenda mais usada em aplicações industriais, permitindo a fabricação de juntas em qualquer tamanho e espessura, conforme mostrado na Figura 4.3. Cada emenda macho e fêmea é ajustada de modo que haja um mínimo de folga. Ao montar, deve ser observada a indicação existente, evitando trocas de setores. O dimensionamento da Cauda de Andorinha deve seguir as seguintes recomendações: Juntas com largura ( L ) menor ou igual a 200 mm: A = B = C = (.3 a .4 ) L Juntas com largura L maior que 200 mm: A = (.15 a .2 ) L B = (.15 a .25 ) L C = (.25 a .3 ) L 69 Figura 4.3 4.2 CHANFRADA Quando a força de esmagamento não for suficiente, podem ser feitas emendas chanfradas e coladas ( Figura 4.4 ). Devido à dificuldade de fabricação, só é viável este tipo construtivo para espessuras de, no mínimo, 3.2mm. Não é recomendável o uso deste tipo de emenda com Papelão Hidráulico com Amianto, ao lixar a emenda pode-se gerar poeira, operação sujeita a controles de nível de fibras no meio ambiente. Figura 4.4 70 5. ESPESSURA O Código ASME recomenda três espessuras para aplicações industriais: 1/32" ( 0.8 mm ), 1/16" (1.6 mm ) e 1/8" ( 3.2 mm ). Ao especificar a espessura de uma junta, devemos levar em consideração, principalmente, a superfície de vedação. Como regra geral, recomenda-se que a junta seja de espessura apenas suficiente para preencher as irregularidades dos flanges. Aplicações práticas bem sucedidas recomendam que a espessura seja igual a quatro vezes a profundidade das ranhuras. Espessuras acima de 3,2 mm só devem ser usadas quando estritamente necessário. Em flanges muito desgastados, distorcidos ou de grandes dimensões, podem ser usadas espessuras de até 6.4 mm. Para flanges com superfícies retificadas ou polidas, deve-se usar a menor espessura possível ( até 1.0 mm ). Não havendo ranhuras ou irregularidades para “morder”, a junta pode ser expulsa pela força radial provocada pela pressão interna. 6. FORÇA DE APERTO DOS PARAFUSOS A força de aperto dos parafusos deve ser calculada de acordo com as recomendações do Capítulo 2 deste livro. Esta força não deve provocar uma pressão de esmagamento excessiva extrudando a junta. A pressão máxima de aperto, depende da espessura e da temperatura de trabalho da junta. Na temperatura ambiente a pressão máxima de esmagamento recomendada é de 210 MPa (30 000 psi). 7. ACABAMENTO DAS JUNTAS O acabamento para a maioria das aplicações deve ser o natural. O uso de anti-aderentes como grafite, silicone, óleos ou graxas, diminuem o atrito com os flanges, dificultando a vedação e diminuindo a resistência a altas pressões. O acabamento grafitado só deve ser usado quando for freqüente a desmontagem. Neste caso, recomenda-se a grafitagem em apenas um lado. A grafitagem em ambos os lados só deve ser especificada em juntas para trabalho em temperaturas muito elevadas, pois a grafite eleva a resistência superficial ao calor. Não se recomenda a lubrificação com óleos ou graxas. 8. ACABAMENTO DAS SUPERFÍCIES DE VEDAÇÃO DOS FLANGES O acabamento da superfície do flange em contato com a junta deve ter uma rugosidade suficiente para ‘morder’ a junta. É recomendado o ranhurado concêntrico ou em espiral fonográfica especificado pelas Normas ASME B16.5 e MSS SP-6, normalmente encontrado nos flanges comerciais. Ambos são usinados por ferramenta com, no mínimo, 1.6 µm (1/16") de raio, tendo 45 a 55 ranhuras por polegada. Este acabamento deve ter de 3.2 mm (125 µpol) Ra a 6.3 µm (250 µpol) Ra . Ranhuras concêntricas em ‘V’ de 90o com passo de 0.6 a 1.0mm também são aceitáveis. 71 Flanges com ranhuras em espiral são mais difíceis de vedar. Um esmagamento inadequado pode permitir um ‘canal de vazamento’ através da espiral. Riscos radiais são difíceis de vedar e devem ser evitados. 9. ARMAZENAMENTO O papelão hidráulico em folhas, bem como juntas já cortadas, não deve ser armazenado por longos períodos. O elastômero usado como ligante, provoca o “envelhecimento” do material com o tempo, alterando as suas características físicas. Ao armazenar deve-se escolher um local fresco, seco e sem luz solar direta. Evitar contato com a água, óleos e produtos químicos. As folhas e juntas de papelão hidráulico devem ser mantidas de preferência, deitadas, sem dobras ou vincos. Evitar pendurar ou enrolar, para não provocar deformações permanentes. 10. PAPELÕES HIDRÁULICOS TEADIT SEM AMIANTO Os Papelões Hidráulicos sem Amianto, para aplicações industriais, disponíveis no mercado por ocasião da publicação de livro, estão relacionados a seguir. Por ser um produto em constante evolução, novas formulações são continuamente oferecidas aos usuários. 10.1 Papelão hidráulico NA 1000 Papelão hidráulico universal de fibra aramida e borracha NBR. Indicado para derivados de petróleo, solventes, vapor saturado e produtos químicos em geral. Cor: verde. Classificação ASTM F104: 713100E33M9 10.2. Papelão hidráulico NA 1000M Papelão hidráulico universal de fibra aramida e borracha NBR com inserção de tela metálica. Indicado para derivados de petróleo, solventes, vapor saturado e produtos químicos em geral. Cor: verde. Classificação ASTM F104: 713230E23M6 10.3 . Papelão hidráulico NA 1002 Papelão hidráulico universal de fibra aramida e borracha NBR. Indicado para derivados de petróleo, água, vapor saturado, gases e produtos químicos em geral. Cor: verde. Classificação ASTM 712120E22M5 72 Gráfico P x T para NA 1002 10.4 Papelão hidráulico NA 1020 Papelão hidráulico para uso geral à base de fibra aramida e borracha SBR. Indicado para vapor saturado, gases, ácidos moderados, álcalis e produtos químicos em geral. Cor: branco. Classificação ASTM F104: 712940E44M5 Aprovação KTW para uso com água potável. Gráfico P x T para NA 1020 73 10.5 Papelão hidráulico NA 1040 Papelão hidráulico universal de fibra celulose e borracha NBR. Indicado para derivados de petróleo, água e produtos químicos em geral a baixa temperatura. Cor: vermelho. Classificação ASTM 712990E34M4 Gráfico P x T para NA 1040 10.6 Papelão Hidráulico NA 1100 Papelão hidráulico universal de elevada resistência térmica e isento de amianto. Contém fibra de carbono e grafite, unidos com borracha NBR. Indicado para óleos quentes, solventes, água, vapor e produtos químicos em geral. Cor: preta. Classificação ASTM F104: 712120E23M6 Aprovações: DVGW e KTW. Gráfico P x T para NA 1100 74 10.7 Papelão Hidráulico NA 1060 FDA Papelão hidráulico isento de amianto a base de fibra aramida e borracha SBR. Indicado para trabalhar com alimentos, remédios e outros produtos que não podem sofrer contaminação. Cor: branco. Classificação ASTM F104: 712940E34M9 Atende os requisitos da Food and Drug Administration – USA (FDA) para uso em contato com alimentos e produtos farmacêuticos. 10.8 Papelão hidráulico NA 1085 Papelão hidráulico universal de fibra aramida e borracha Hypalon (CSM). Apresenta excelente resistência química e mecânica. Desenvolvido para trabalhar com ácidos fortes e produtos químicos em geral. Cor: azul cobalto. Classificação ASTM F104: 712000E00M5 Gráfico P x T para NA 1085 75 11. PAPELÕES HIDRÁULICOS COM AMIANTO Os Papelões Hidráulicos com Amianto, para aplicações industriais, disponíveis no mercado por ocasião da publicação deste livro, estão relacionados a seguir. 11.1 . Papelão Hidráulico AC 83 Papelão hidráulico com amianto e liga especial de borracha resistente aos ácidos e bases, fortes e moderados amplamente usado na indústria química. Cor: azul. Classificação ASTM F104: F112000E00-M6. Propriedades físicas após imersão em ácidos: 5 horas a 23o C Propriedade Sulfúrico 25% Nítrico 25% Clorídrico 25% Aumento de peso (%) 12 7 4 Aumento de espessura (%) 13 8 4 11.2. Papelão Hidráulico S 1212 Papelão hidráulico universal com amianto e borracha NBR para uso com óleos quentes, gasolina, combustíveis, solventes e gases. Cor: verde. Classificação ASTM F104: F112200E33-M6. 11.3. Papelão Hidráulico S 1200 Papelão hidráulico universal com amianto, borracha NBR e inserção de tela metálica para uso com óleos quentes, gasolina, combustíveis, solventes e gases. Cor: verde. Classificação ASTM F104: F112230E34-M9. 11.4. Papelão hidráulico U 60 Papelão hidráulico para serviços gerais com amianto e borracha SBR. Recomendado para água, vapor, gases e uma ampla faixa de produtos químicos e compostos orgânicos. Cor: preta. Classificação ASTM F104: F112950E59-M6. 11.5. Papelão hidráulico U 60M Papelão hidráulico para serviços gerais com amianto, borracha SBR e inserção de tela metálica. Recomendado para água, vapor, gases e uma ampla faixa de produtos químicos e compostos orgânicos. Cor: preta. Classificação ASTM F104: F112940E55-M9 76 11.6. Papelão hidráulico U 90 Papelão hidráulico especial com amianto e borracha SBR, para vapor a altas pressões e temperaturas, ácidos e álcalis moderados e produtos químicos em geral. Cor: prata. Normas atendidas: - ASTM F 104: F112940E39-M7. 11.7 Papelão hidráulico V 15 V15 é um papelão hidráulico composto de amianto e borracha SBR fabricado por meio de calandragem sob alta pressão e temperatura e com um rigoroso controle de qualidade. Cor: vermelha. Classificação ASTM F104: F119000E00-M9. 77 Pressão limite – bar Máxima Uso contínuo Máxima Uso contínuo Densidade – g/cm 3 Compressibilidade – ASTM F36A - % Recuperação – ASTM F36A - % Resist. tração transversal ASTM F152 - MPa Perda por calcinação - % máximo Aumento de espessura IRM903 ASTM F 146 - % máximo Fuel B Aumento de peso IRM903 ASTM F 146 - % máximo Fuel B Perda de torque ASTM F 38 - % Retenção de torque DIN 52913 - MPa Selabilidade Isoctano 1000 psi ASTM F38 – ml/h 380 380 200 200 90 100 40 40 1.63 1.9 12 - 23 10 - 20 50 40 13 18.5 36 37 13 20 15 15 20 20 15 26 37 0.80 - NA 1085 Temperatura limite - oC Características Físicas Temperatura limite - oC Pressão limite – bar Máxima Uso contínuo Máxima Uso contínuo Densidade – g/cm 3 Compressibilidade – ASTM F36A - % Recuperação – ASTM F36A - % Resist. tração transversal ASTM F152 - MPa Perda por calcinação - % H 2SO 4 Aumento de espessura HNO3 concentração 25% a 23 o C HCl % máximo H 2SO 4 Aumento de peso concentração HNO3 25% a 23o C % máximo HCl Perda de torque ASTM F 38 - % Selabilidade Isoctano 1000 psi ASTM F38 – ml/h Retenção de torque DIN 52913 - MPa 240 200 68 50 1.7 5 – 15 40 14 37 6 6 5 6 6 5 26 0.2 28 78 400 380 210 450 240 270 200 270 110 70 50 130 50 50 20 70 1.75 1.94 1.8 1.65 7 - 17 7 - 17 5 - 15 5 - 15 45 45 45 50 11.5 13.0 9.7 15 34 28 30 50 12 40 25 15 10 20 20 15 15 30 25 15 15 30 20 15 25 22 26 22 28 38 26 35 0.25 0.25 0.25 0.20 NA 1060FDA NA 1100 NA 1040 NA 1020 NA 1002 Características Físicas NA 1000M NA 1000 Anexo 4.1 Características Físicas - Papelões Não Amianto 380 270 70 50 1.95 7 – 17 45 13.5 29 30 20 30 20 20 39 0.25 S 1212 S 1200 U 60 U 60M U 90 V 15 Temperatura máxima - oC Pressão máxima - bar Densidade – g/cm 3 Compressibilidade – ASTM F36A - % Recuperação – ASTM F36A - % Resist. tração transversal ASTM F152 - MPa Aumento de espessura IRM903 Fuel B ASTM F 146 - % IRM903 Aumento de peso ASTM F 146 - % Fuel B 450 85 1.8 11 57 18 540 140 1.8 12 60 27 9 11 11 11 540 210 2.1 14 52 27 9 13 11 10 540 100 1.8 13 54 18 27 18 24 16 540 140 2.0 13 53 22 30 17 25 13 590 210 2.0 8 55 29 36 21 24 13 200 15 2.0 19 35 7 Nota 1 Características Físicas AC 83 Características Físicas - Papelões Com Amianto Nota 1: na descrição do produto estão o aumento de espessura e de peso com ácidos. 79 Anexo 4.2 Tabela de Recomendações Papelões Hidráulicos Teadit Não-Amianto A: recomendado. B: depende das condições de trabalho, recomenda-se consultar o fabricante C: não-recomendado Fluido Acetamida Acetaldeído Acetato de Alumínio Acetato de Amila Acetato de Butila Acetato de Etila Acetato de Potássio Acetileno Acetona Ácido Acético (T 90ºC) Ácido Acético (T 90ºC) Ácido Adípico Ácido Benzóico Ácido Bórico Ácido Cítrico Ácido Clorídrico 10% Ácido Clorídrico 37% Ácido Crômico Ácido Esteárico Ácido Fluorídrico Ácido Fórmico Ácido Fosfórico Ácido Lático 50% Ácido Maléico Ácido Nítrico 50% (T 50ºC) Ácido Nítrico 50% NA1000 NA1100 NA1002 NA1020 NA1040 NA1060 NA1085 NA1000M NA1092 A A B A C A C B B B B B B B A A A B A A A B B B B B B B B C B B C C C C C C C C C C A A B B C A B A A A A A A A C B C C B C B A A A A A A A C C C C A C C A A B A A A B B B B B B C B A A A A A A C C A C C A C C B B A A C C A A A A C C C A B C C C A C A B B A A C C C C C 80 A C C C B A C C A A C C C B C A C A C C C A A A A A A A C B A C C A C B A A A C A C B A A C C Anexo 4.2 (Continuação) Tabela de Recomendações Papelões Hidráulicos Teadit Não-Amianto Fluido NA1100 NA1000 NA1002 NA1020 NA1040 NA1060 NA1085 NA1092 NA1000M Ácido Oléico A A C A C A A Ácido Oxálico B B B C B A B Ácido Palmítico A A B B B A A Ácido Sulfúrico 90% C C C C C A C Ácido Sulfúrico 95% C C C C C B C Ácido Sulfúrico oleum C C C C C C C Ácido Sulfuroso B B B C B A B Ácido Tânico A A A A A A A Ácido Tartárico A A A A A A A Água A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A Aguarrás A A C A C C A Álcool Isopropilico A A A A A A A Amônia – Fria (Gás) A A A A A A A Amônia – Quente (Gás) C C C C C B C Anilina C C B C B C C Ar A A A A A A A Benzeno C C C C C C C Bicarbonato de Sódio A A B A B A A Bissulfito de Sódio A A A A A A A Butadieno C C C C C B C Butano A A C B C A A Butanol A A A A A A A Butanona (MEK) C C C C C C C Carbonato de Amônia C C A C A C C Carbonato de Sódio A A A A A A A Ciclohexano A A C A C C A Ciclohexanol A A C B C B A C C Água de Alimentação de Caldeira Água do Mar Ciclo-hexanona C C C C C Cloreto de Alumínio A A A A A A A Cloreto de Amônia A A A A A A A Cloreto de Bário A A A A A A A 81 Anexo 4.2 (Continuação) Tabela de Recomendações Papelões Hidráulicos Teadit Não-Amianto Fluido NA1100 NA1000 NA1002 NA1020 NA1040 NA1060 NA1085 NA1092 NA1000M Cloreto de Cálcio A A A A A A A Cloreto de Etila B B C C C C B Cloreto de Magnésio A A A A A A A Cloreto de Metila C C C C C C C Cloreto de Potássio A A A A A A A Cloreto de Sódio (T<50ºC) A A A A A A A Cloro (Seco) B B B C B B B Cloro (Úmido) C C C C C C C Clorofórmio C C C C C C C Condensado A A A A A A A Creosato A A C A C C A Cresol B B C C C C B Decano A A C A C C A Dicromato de Potássio A A B A B A A Dimetilformamida C C C C C C C Dióxido de Carbono A A A A A A A Dióxido de Cloro C C C C C C C Dióxido de Enxofre C C B C B B C Dissulfeto de Carbono C C C C C C C Estireno C C C C C C C Etano B B B C B B B Etanol A A A B A A A Éter de Petróleo A A C A C A A Éter Etílico B B C C C B B Etileno A A B B B B A Etileno Glicol A A A A A A A Fenol C C C C C C C Formaldeído A A B B B B A Freon 12 A A A A A A A Freon 22 C C A C A A C Freon 32 A A A A A A A Gás Natural - GLP A A B B C A B 82 Anexo 4.2 (Continuação) Tabela de Recomendações Papelões Hidráulicos Teadit Não-Amianto Fluido Gasolina NA1100 NA1000 NA1002 NA1020 NA1040 NA1060 NA1085 NA1000M NA1092 A A A C A C C Glicerina A A A A A A A Glicol A A A A A A A Graxa A A C A C C A Heptano A A C B C B A Hexano A A C B C A A Hidrogênio A A A A A A A Hidróxido de Amônia 30% (T<50ºC) A A C B C A A Hidróxido de Cálcio (T<50ºC) A A A A A A A Hidróxido de Magnésio (T<50ºC) Hidróxido de Potássio (T<50ºC) B B B C B A B B B B C B A B Hidróxido de Sódio (T<50ºC) B B B C B A B Hidróxido de Sódio (T≥50ºC) C C C C C C C Hipoclorito de Cálcio B B C C C A B A C A A Isooctano A A C Metano A A C B C B A Metanol A A A A A A A Nafta A A C A C B A Nitrato de Potássio A A B B B A A Nitrobenzeno C C C C C C C Nitrogênio A A A A A A A Octano A A C B C B A Óleo Diesel A A C A C B A Óleo de Rícino A A A A A A A Óleo de Silicone A A A A A A A Óleo de Transformador A A C A C B A Óleo Hidráulico – Base Petróleo A A C A C B A Óleo Mineral A A C A C B A Óleo Térmico Dowtherm C C C C C C C C C B C Oxigênio C C C Ozônio C C C C C B C Pentano A A C B C B A 83 Anexo 4.2 (Continuação) Tabela de Recomendações Papelões Hidráulicos Teadit Não-Amianto Fluido NA1100 NA1000 NA1002 NA1020 NA1040 NA1060 NA1085 NA1000M NA1092 Percloroetileno B B C C C C B Permanganato de Potássio Peróxido de Hidrogênio <30% Petróleo A A B A B B A A A B A B B A A A B A B B A Piridina C C C C C C C Propano A A C B C B A Propileno C C C C C C C Querosene A A C A C B A Salmoura A A A A A A A Silicato de Sódio A A A A A A A Sulfato de Alumínio A A B A B A A Sulfato de Cobre (T<50ºC) A A A A A A A Sulfato de Magnésio A A A A A A A Sulfato de Sódio A A A A A A A Sulfeto de Sódio A A A A A A A Tetracloreto de Carbono B B C C C C B Tetracloro-eteno B C C C C B Tolueno C C C C C C Tricloro-trifluor-etano A A C A C C A Trietanolamina – TEA B B B C B A B Vapor de água saturado A A A B A B A Xileno C C C C C C C B C 84 ANEXO 4.3 Dimensões das juntas FF e RF conforme ASME B16.21 para flanges ASME B16.5 Classes 150 e 300 psi - dimensões em polegadas Diametro Furos Diâmetro Junta Diametro Diametro Externo Circulo Furação No de Furos Nominal Tipo Interno 150 psi 300 psi 150 psi 300 psi 150 psi 300 psi 150 psi 300 psi 4 0.62 0.62 FF 3.50 3.75 2.38 2.62 4 1/2 0.84 RF 1.88 2.12 4 0.62 FF 3.88 4.62 2.75 3.25 4 0.75 3/4 1.06 RF 2.62 2.25 4 0.62 FF 4.88 3.12 3.50 4 0.75 4.25 1 1.31 RF 2.88 2.62 0.62 3.50 3.88 4 4 0.75 FF 4.63 5.25 1 1/4 1.66 RF 3.00 3.25 3.88 4.50 4 4 0.62 0.88 FF 5.00 6.12 1 1/2 1.91 RF 3 .38 3.75 4.75 5.00 4 8 0.75 0.75 FF 6.00 6.50 2 2.38 RF 4.12 4.38 5.50 5.88 8 0.75 0.88 FF 7.00 7.50 4 2 1/2 2.88 RF 4.88 5.12 8 0.75 0.88 FF 7.50 8.25 6.00 6.62 4 3 3.50 RF 5.38 5.88 8 0.75 0.88 FF 8.50 9.00 7.00 7.25 8 3 1/2 4.00 RF 6.38 6.50 8 0.75 FF 10.00 7.50 7.88 8 0.88 9.00 4 4.50 RF 7.12 6.88 8 0.88 FF 11.00 8.50 9.25 8 0.88 10.00 5 5.56 RF 7.75 8.50 0.88 9.50 10.62 8 12 0.88 FF 11.00 12.50 6 6.62 RF 8.75 9.88 11.75 13.00 8 12 0.88 0.88 FF 13.50 15.00 8 8.62 RF 11.00 12.12 14.25 15.25 12 16 1.00 1.12 FF 16.00 17.50 10 10.75 RF 13.38 14.25 17.75 16 1.00 1.25 FF 19.00 20.50 17.00 12 12 12.75 RF 16.13 16.62 20 1.12 1.25 FF 21.00 23.00 18.75 20.25 12 14 14.00 RF 17.75 19.12 20 1.12 FF 23.50 25.50 21.25 22.50 16 1.38 16 16.00 RF 21.25 20.25 24 1.25 FF 28.00 22.75 24.75 16 1.38 25.00 18 18.00 RF 23.50 21.62 1.25 25.00 27.00 20 24 1.38 FF 27.50 30.50 20 20.00 RF 23.88 25.75 29.50 32.00 20 24 1.38 1.62 FF 32.00 36.00 24 24.00 RF 28.25 30.50 85 Anexo 4.4 Dimensões das juntas RF conforme ASME B16.21 para flanges ASME B16.5 Classes 400, 600 e 900 psi - dimensões em polegadas Diâmetro Nominal Diâmetro Externo Diâmetro Interno 400 600 900 1 0.84 2.12 2.12 2.50 3 /4 1.06 2.62 2.62 2.75 1 1.31 2.88 2.88 3.12 1 1/4 1.66 3.25 3.25 3.50 1 1/2 1.91 3.75 3.75 3.88 2 2.38 4.38 4.38 5.62 2 1/2 2.88 5.12 5.12 6.50 3 3.50 5.88 5.88 6.62 3 1/2 4.00 6.38 6.38 - 4 4.50 7.00 7.62 8.12 5 5.56 8.38 9.50 9.75 6 6.62 9.75 10.50 11.38 8 8.62 12.00 12.62 14.12 10 10.75 14.12 15.75 17.12 12 12.75 16.50 18.00 19.62 14 14.00 19.00 19.38 20.50 16 16.00 21.12 22.25 22.62 18 18.00 23.38 24.12 25.12 20 20.00 25.50 26.88 27.50 24 24.00 30.25 31.12 33.00 /2 86 Anexo 4.5 Dimensões das juntas FF conforme ASME B16.21 para flanges ASME B16.24 em Liga de Cobre Fundido Classes 150 e 300 psi - dimensões em polegadas Classe 150 Diâmetro Nominal Diam. Int. Classe 300 Diam. Diam. Diam. Número Diam. Circ. Diam. Número Diam. Circ. Ext. Furos Furo Furação Ext. Furos Furo Furação 4 2.62 3.50 4 0.62 2.38 3.75 0.62 1 0.84 3 /4 1.06 3.88 4 0.62 2.75 4.62 4 0.75 3.25 1 1.31 4.25 4 0.62 3.12 4.88 4 0.75 3.50 1 1 /4 1.66 4.62 4 0.62 3.50 5.25 4 0.75 3.88 1 1 /2 1.91 5.00 4 0.62 3.88 6.12 4 0.88 4.50 2 2.38 6.00 4 0.75 4.75 6.50 8 0.75 5.00 1 2 /2 2.88 7.00 4 0.75 5.50 7.50 8 0.88 5.88 3 3.50 7.50 4 0.75 6.00 8.25 8 0.88 6.62 3 1/2 4.00 8.50 8 0.75 7.00 9.00 8 0.88 7.25 4 4.50 9.00 8 0.75 7.50 10.00 8 0.88 7.88 5 5.56 10.00 8 0.88 8.50 11.00 8 0.88 9.25 6 6.62 11.00 8 0.88 9.50 12.50 12 0.88 10.63 8 8.62 13.50 8 0.88 11.75 15.00 12 1.00 13.00 10 10.75 16.00 12 1.00 14.25 - - - - 12 12.75 19.00 12 1.00 17.00 - - - - /2 87 Anexo 4.6 Dimensões das juntas RF conforme ASME B16.21 para flanges ASME B16.47 Série A Classes 150, 300, 400 e 600 psi - dimensões em polegadas Diâmetro Externo Diâmetro Nominal Diâmetro Interno 150 300 400 600 22 22.00 26.00 27.75 27.63 28.88 26 26.00 30.50 32.88 32.75 34.12 28 28.00 32.75 35.38 35.12 36.00 30 30.00 34.75 37.50 37.25 38.25 32 32.00 37.00 39.62 39.50 40.25 34 34.00 39.00 41.62 41.50 42.25 36 36.00 41.25 44.00 44.00 44.50 38 38.00 43.75 41.50 42.26 43.50 40 40.00 45.75 43.88 44.58 45.50 42 42.00 48.00 45.88 46.38 48.00 44 44.00 50.25 48.00 48.50 50.00 46 46.00 52.25 50.12 50.75 52.26 48 48.00 54.50 52.12 53.00 54.75 50 50.00 56.50 54.25 55.25 57.00 52 52.00 58.75 56.25 57.26 59.00 54 54.00 61.00 58.75 59.75 61.25 56 56.00 63.25 60.75 61.75 63.50 58 58.00 65.50 62.75 63.75 65.50 60 60.00 67.50 64.75 66.25 67.75 (1) Nota 1: o flange de 22" está incluído apenas como referência pois não pertence à ASME B16.47. 88 Anexo 4.7 Dimensões das juntas RF conforme ASME B16.21 para flanges ASME B16.47 Série B Classes 75, 150, 300, 400 e 600 psi - dimensões em polegadas Diâmetro Externo Diâmetro Nominal Diâmetro Interno 75 150 300 400 600 26 26.00 27.88 28.56 30.38 29.38 30.12 28 28.00 29.88 30.56 32.50 31.50 32.25 30 30.00 31.88 32.56 34.88 33.75 34.62 32 32.00 33.88 34.69 37.00 35.88 36.75 34 34.00 35.88 36.81 39.12 37.88 39.25 36 36.00 38.31 38.88 41.25 40.25 41.25 38 38.00 40.31 41.12 43.25 - - 40 40.00 42.31 43.12 45.25 - - 47.25 - - 42 42.00 44.31 45.12 44 44.00 46.50 47.12 49.25 - - 46 46.00 48.50 49.44 51.88 - - 48 48.00 50.50 51.44 53.88 - - 50 50.00 52.50 53.44 55.88 - - 52 52.00 54.62 55.44 57.88 - - 54 54.00 56.62 57.62 61.25 - - 56 56.00 58.88 59.62 62.75 - - 58 58.00 60.88 62.19 65.19 - - 60 60.00 62.88 64.19 67.12 - - 89 Anexo 4.8 Dimensões das juntas FF conforme ASME B16.21 para flanges MSS SP-51 Classe 150LW - dimensões em polegadas Diâmetro Nominal Diâmetro Interno Diâmetro Externo Número Furos Diâmetro Furo Diam. Circ. Furação 1 0.56 2.50 4 0.44 1.69 3 0.69 2.50 4 0.44 1.69 1 0.84 3.50 4 0.62 2.38 3 /4 1.06 3.88 4 0.62 2.75 1 1.31 4.25 4 0.62 3.12 1 1/4 1.66 4.62 4 0.62 3.50 1 1 /2 1.91 5.00 4 0.62 3.88 2 2.38 6.00 4 0.75 4.75 1 2 /2 2.88 7.00 4 0.75 5.50 3 3.50 7.50 4 0.75 6.00 4 4.50 9.00 8 0.75 7.50 5 5.56 10.00 8 0.88 8.50 6 6.62 11.00 8 0.88 9.50 8 8.62 13.60 8 0.88 11.75 10 10.75 16.00 12 1.00 14.25 12 12.75 19.00 12 1.00 17.00 14 14.00 21.00 12 1.12 18.75 16 16.00 23.50 16 1.12 21.25 18 18.00 25.00 16 1.25 22.75 20 20.00 27.50 20 1.25 25.00 24 24.00 20 1.38 29.50 /4 /8 /2 32.00 90 Anexo 4.9 Dimensões das juntas conforme ASME B16.21 para flanges ASME B16.1 Classe 25 de Ferro Fundido - dimensões em polegadas Juntas FF Juntas RF Diâmetro Nominal Diâmetro Interno 4 4.50 6.88 9.00 8 0.75 7.50 5 5.56 7.88 10.00 8 0.75 8.50 6 6.62 8.88 11.00 8 0.75 9.50 8 8.62 11.12 13.50 8 0.75 11.75 10 10.75 13.63 16.00 12 0.75 14.25 12 12.75 16.38 19.00 12 0.75 17.00 14 14.00 18.00 21.00 12 0.88 18.75 16 16.00 20.50 23.50 16 0.88 21.25 18 18.00 22.00 25.00 16 0.88 22.75 20 20.00 24.25 27.50 20 0.88 25.00 Diâmetro Diâmetro Número Diâmetro Externo Externo Furos Furo Diam. Circ. Furação 24 24.00 28.75 32.00 20 0.88 29.50 30 30.00 35.12 38.75 28 1.00 36.00 36 36.00 41.88 46.00 32 1.00 42.75 42 42.00 48.50 53.00 36 1.12 49.50 48 48.00 55.00 59.50 44 1.12 56.00 54 54.00 61.75 66.25 44 1.12 62.75 60 60.00 68.12 73.00 52 1.25 69.25 72 72.00 81.38 86.50 60 1.25 82.50 99.75 64 1.38 95.50 113.25 68 1.38 108.50 84 96 84.00 96.00 94.25 107.25 91 Anexo 4.10 Dimensões das juntas conforme ASME B16.21 para flanges ASME B16.1 Classe 125 de Ferro Fundido - dimensões em polegadas Juntas RF Juntas FF Diâmetro Nominal Diâmetro Interno 1 1.31 2.62 4.25 4 0.62 3.12 1¼ 1.66 3.00 4.62 4 0.62 3.50 1½ 1.91 3.38 5.00 4 0.62 3.88 Diâmetro Diâmetro Número Diâmetro Externo Externo Furos Furo Diam. Circ. Furação 2 2.38 4.12 6.00 4 0.75 4.75 2½ 2.88 4.88 7.00 4 0.75 5.50 3 3.50 5.38 7.50 4 0.75 6.00 3½ 4.00 6.38 8.50 8 0.75 7.00 4 4.50 6.88 9.00 8 0.75 7.50 5 5.56 7.75 10.00 8 0.88 8.50 6 6.62 8.75 11.00 8 0.88 9.50 8 8.62 11.00 13.50 8 0.88 11.75 10 10.75 13.38 16.00 12 1.00 14.25 12 12.75 16.12 19.00 12 1.00 17.00 14 14.00 17.75 21.00 12 1.12 18.75 16 16.00 20.25 23.50 16 1.12 21.25 18 18.00 21.62 25.00 16 1.25 22.75 20 20.00 23.88 27.50 20 1.25 25.00 24 24.00 28.25 32.00 20 1.38 29.50 30 30.00 34.75 38.75 28 1.38 36.00 36 36.00 41.25 46.00 32 1.62 42.75 42 42.00 48.00 53.00 36 1.62 49.50 48 48.00 54.50 59.50 44 1.62 56.00 92 Anexo 4.11 Dimensões das juntas RF conforme DIN 2690 – dimensões em mm DN 4 6 8 10 15 20 25 32 40 50 65 80 100 125 150 175 200 250 300 350 400 450 500 600 700 800 900 1000 1200 1400 1600 1800 2000 2200 2400 2600 2800 3000 3200 3400 3600 3800 4000 Diâmetro Interno 6 10 14 18 22 28 35 43 49 61 77 90 115 141 169 195 220 274 325 368 420 470 520 620 720 820 920 1020 1220 1420 1620 1820 2020 2220 2420 2620 2820 3020 3220 3420 3620 3820 4020 1 e 2.5 Usar Classe PN 6 1290 1490 1700 1900 2100 2305 2505 2705 2920 3120 3320 3520 3730 3930 4130 Diâmetro Externo – Classe PN 10 16 25 6 30 28 33 38 43 53 63 Usar Classe PN 40 75 85 95 115 132 152 162 182 Usar 192 Classe 207 218 PN 16 237 248 255 262 273 285 318 328 330 342 373 378 385 402 438 423 445 458 473 490 497 515 528 540 557 565 578 595 618 625 680 695 735 730 810 785 805 830 890 915 910 940 990 1015 1010 1040 1090 1120 1125 1150 1305 1340 1340 1360 1545 1520 1540 1575 1720 1770 1760 1795 1930 1970 1960 2000 2135 2180 2165 2230 2345 2380 2375 2590 2555 2585 2760 2790 2785 2970 3010 3170 3225 3380 3590 3800 93 40 38 43 45 50 60 70 82 92 107 127 142 168 195 225 267 292 353 418 475 547 572 628 745 850 970 1080 1190 1395 1615 1830 - 94 CAPÍTULO 5 JUNTAS EM PTFE 1. POLITETRAFLUOROETILENO - PTFE Polímero desenvolvido pela Du Pont, que é comercializado com o nome Teflon. Em razão da sua excepcional resistência química, é o plástico mais usado para vedações industriais. Os únicos produtos químicos que atacam o PTFE são os metais alcalinos em estado líquido e o flúor livre. O PTFE possui também excelentes propriedades de isolamento elétrico, antiaderência, resistência ao impacto e baixo coeficiente de atrito. Os produtos para vedação são obtidos a partir da sinterização, extrusão ou laminação do PTFE puro ou com aditivos, resultando produtos com características diversas. 2. TIPOS DE PLACAS DE PTFE Diferentes tipos de placas de PTFE são usadas na fabricação de juntas, para aplicações onde é necessária elevada resistência ao ataque químico. Existem placas com propriedades diversas para atender as exigências de cada aplicação. Os tipos de placas mais usados, as suas características, aplicações, vantagens e desvantagens são discutidas nesta seção. 2.1. PLACA DE PTFE MOLDADA E SINTERIZADA As placas de PTFE Moldadas e Sinterizadas foram as primeiras introduzidas no mercado. Elas são fabricadas a partir de resina de PTFE virgem ou reprocessada, sem cargas ou aditivos, em processo de moldagem em prensa e sinterização. Como qualquer outro produto plástico, o PTFE possui uma característica de escoamento quando submetido a uma força de compressão. Esta característica é extremamente 95 prejudicial ao desempenho de uma junta, obrigando reapertos freqüentes para reduzir ou evitar vazamentos. Este escoamento é acentuado com a elevação da temperatura. 2.2. PLACA DE PTFE USINADA Estas placas são fabricadas a partir da usinagem de um tarugo de PTFE virgem ou reprocessado. Este processo foi desenvolvido para superar as dificuldades do processo de moldagem na fabricação de placas de maiores dimensões. Entretanto, estas placas possuem as mesmas deficiências de escoamento que as placas moldadas. 2.3. PLACA DE PTFE USINADA COM CARGA Para reduzir o escoamento são usadas cargas minerais ou fibra de vidro. Em virtude do processo de sinterização e usinagem esta adição não é suficiente para reduzir substancialmente o escoamento em temperaturas elevadas. 2.4. PLACA DE PTFE ADITIVADO – TEALON* Para reduzir o escoamento um novo processo foi desenvolvido para produzir placas de PTFE. Antes da sinterização as placas passam por um processo de laminação criando uma micro-estrutura altamente fibrilada. O escoamento tanto em temperatura ambiente quanto em temperaturas elevadas é substancialmente reduzido. Para atender as diversas necessidades de resistência química, vários aditivos são adicionados durante o processo de fabricação, tais como Barita, Sílica ou microesferas ocas de vidro. Cada aditivo atende uma necessidade específica, mas podem ser empregados na maioria das aplicações comuns. As placas de PTFE aditivado TEALON* são analisadas detalhadamente na seção seguinte. 2.5. PTFE EXPANDIDO - QUIMFLEX Como alternativa para reduzir o escoamento do PTFE foi desenvolvido o processo de expansão antes da sinterização. Neste processo materiais para juntas são expandidos em uma direção (cordões ou fitas) ou em duas direções (placas). Os produtos de PTFE Expandido possuem excelente resistência química e grande compressibilidade. Na Seção 5 deste Capítulo são apresentados os diversos produtos de PTFE Expandido QUIMFLEX. 3. TEALON* – PLACAS DE PTFE ADITIVADO As placas de PTFE Aditivado TEALON* foram desenvolvidas para atender os mais elevados requisitos exigidos na fabricação de juntas de PTFE. O seu processo único de fabricação permite obter uma estrutura altamente fibrilada que, em conjunto com aditivos selecionados, resulta em um produto de excepcional qualidade. As placas Tealon* são aditivadas com Barita, Sílica ou micro-esferas ocas de vidro, conforme descrito a seguir *TEALON é marca registrada da E.I. DuPont de Nemours e usada sob licença pela Teadit. 96 • • • Tealon* TF1570: placa de PTFE com micro-esferas ocas de vidro. Este aditivo produz placas com elevada compressibilidade usadas em flanges frágeis ou revestidos, substituindo com vantagens as juntas tipo envelope. Soluções cáusticas fortes podem atacar o vidro, por isso não é recomendado para estas aplicações. É fornecido na cor azul. Tealon* TF1580: placa de PTFE com Barita. Este material possui excepcional resistência a agentes cáusticos fortes, como a Soda Cáustica. Também atende aos requisitos da Food and Drug Administration (FDA) para serviços com alimentos e remédios. De cor branca é utilizado para aplicações onde existe risco de contaminação do produto. Tealon* TF1590: placa de PTFE com Sílica. Produto indicado para serviços com ácidos fortes. Também pode ser considerado um produto para serviço geral incluindo soluções cáusticas fracas. Fornecido na cor marrom. 3.1. TESTES DE DESEMPENHO As placas de Tealon* foram submetidas a vários testes para comprovar as suas excepcionais qualidades. A seguir estão os resultados destes testes. 3.1.1. COMPRESSÃO À QUENTE Juntas de Tealon* TF1580, TF1590 e de placa de PTFE usinada dimensões ASME B16.21, DN 3/4” – Classe 150 psi foram submetidas a uma força de esmagamento de 10 MPa (1500 psi) por uma hora a 260º C. A Figura 5.1 mostra o resultado do teste, onde pode-se ver claramente o fenômeno do escoamento do PTFE. As juntas de Tealon* mantiveram a sua forma original. Figura 5.1 3.1.2. IMERSÃO EM SODA CÁUSTICA A 110 ºC Para verificar o desempenho em serviços com produtos cáusticos fortes amostras de Tealon* TF1580 e TF1590 foram imersas em solução de soda cáustica concentrada a 33%, 110º C por 24 dias. Durante este período as alterações de massa foram registradas. A Figura 5.2 mostra o resultado do teste. 97 Figura 5.2 Como pode ser observado, o TF1580 mostrou a sua excepcional resistência, não sendo atacado pela soda cáustica. A Sílica do TF1590 foi atacada e, por esta razão, este material não é recomendado para serviço com soda cáustica quente. 3.1.3. IMERSÃO EM ÁCIDO SULFÚRICO A 85 ºC O desempenho do Tealon* TF1580 e TF1590 em serviços com produtos ácidos fortes foi constatado em imersão em solução de ácido sulfúrico concentrado a 20%, 85º C por 8 dias. Durante este período as alterações de massa foram registradas. A Figura 5.3 mostra o resultado do teste. 98 Figura 5.3 3.1.4. VAZAMENTO COM CICLO TÉRMICO Juntas de Tealon* TF1570 e de placa de PTFE sinterizado foram submetidas a teste de Selabilidade para comparar o seu desempenho com ciclo térmico.As juntas foram instaladas em condições silmilares, segundo o procedimento abaixo: • Instalar juntas com esmagamento de 35 MPa (5000 psi). • Aguardar 30 minutos e reaplicar a pressão de esmagamento de 35 MPa (5000 psi). • Elevar a temperatura para 200º C. • Pressurizar o aparelho de teste com 42 bar (600 psi) e fechar a entrada de Nitrogênio até o final do teste. • Manter a temperatura constante de 200º C por 4 horas. • Desligar o sistema de aquecimento e deixar o dispositivo de teste esfriar. • Quando a temperatura atingir 30º C ligar novamente o sistema de aquecimento até a temperatura atingir 200º C e manter por 30 minutos. • Este ciclo é repetido duas vezes. • Registrar a temperatura, pressão do N2 e pressão de esmagamento. O resultado do teste está mostrado nos gráficos das Figuras 5.4 e 5.5. A primeira figura mostra que a queda de pressão do TF1570 é desprezível ao passo que a do PTFE sinterizado é de mais de 50% da pressão inicial. O motivo desta acentuada 99 perda é a redução na pressão de esmagamento provocada pela escoamento do PTFE sinterizado, conforme mostrado na Figura 5.5. Este teste é uma demonstração prática das diferenças entre o PTFE sinterizado e os produtos laminados como o Tealon. A estrutura fibrilada e os aditivos do Tealon reduzem significativamente o seu escoamento, um dos grandes problemas das juntas de PTFE. Figura 5.4 Figura 5.5 100 3.1.5. RESISTÊNCIA À PRESSÃO (HOBT-2 TEST) Juntas de TF1580 e TF1590 foram testadas pelo Tightness Testing and Research Laboratory (TTRL) da Universidade de Montreal para verificar a sua resistência à pressão em temperatura elevada. O procedimento empregado foi o Hot Blow-Out 2 (HOBT-2), cuja descrição sumária é a seguinte: • Flanges ASME B16.5 DN 3” – Classe 150 psi. • Gás de teste: Hélio. • Pressão de teste: 435 psi. • Pressão de esmagamento da junta: 5000 psi. • Procedimento de teste: a junta é instalada e o dispositivo pressurizado. Em seguida a temperatura é elevada até a junta falhar ou atingir a 360º C. Os testes apresentaram os seguintes resultados: • TF1580: resistiu até 313º C. • TF1590: resistiu até o final do teste, atingindo a temperatura máxima (360º C) sem falhar. 3.1.6. SERVIÇO COM GÁS QUENTE (DIN 3535 - DVGW) Juntas de TF1580 e TF1590 foram testadas e aprovadas pelo DVGW – Deutscher Verein des Gasund Wasserfaches e.V. para verificar o atendimento à Norma DIN 3535 que estabelece as condições de teste para serviço com gás quente. 3.1.7. SERVIÇO COM OXIGÊNIO (APROVAÇÃO BAM) O Tealon TF1580 foi testado e aprovado pelo Bundesansalt für Materialforschung und –prüfung (BAM), de Berlim, Alemanha, para serviço com o oxigênio líquido ou gasoso pressão até 83 bar e 250º C. 3.1.8. SERVIÇO EM REFINARIAS E INDÚSTRIS QUÍMICAS (TA-Luft) Juntas de TF1570, TF1580 e TF1590 foram testadas e aprovadas pelo Staatliche Materialprüfungsanstalt – Universität Stuttgart para verificar o atendimento à Norma VDI 2440, que estabelece critérios para aprovação de juntas para uso em refinarias de petróleo e indústrias químicas na Alemanha. O vazamento máximo admitido com Hélio é de 10-4 mbar-l/(s-m). 3.2. PLACAS TEALON* TF1570 O Tealon* TF1570 em virtude da alta compressibilidade proporcionada pela aditivação com micro-esferas ocas de vidro é indicado para trabalhar com flanges frágeis, com revestimento de vidro ou que apresentem empenamentos ou irregularidades. É recomendado para serviços com ácidos fortes, produtos alcalinos, solventes, gases, água, vapor, hidrocarbonetos e produtos químicos em geral. As principais características do Tealon* TF1570 estão na Tabela 5.1. 101 É fornecido na cor azul em placas de 1400 mm x 1500 mm nas espessuras de 0.8 mm a 6.4 mm. 3.3. PLACAS TEALON* TF1580 O Tealon* TF1580 é fabricado com resina de PTFE virgem e Barita. É recomendado para serviços com produtos alcalinos e ácidos fortes, solventes, gases, água, vapor, hidrocarbonetos e produtos químicos em geral. Atende as exigências da Food and Drug Administration (FDA) para serviços com alimentos e remédios. As principais características do Tealon* TF1580 estão na Tabela 5.1. É fornecido na cor branca em placas de 1500 mm x 1500 mm nas espessuras de 0.8 mm a 6.4 mm. 3.4. PLACAS TEALON* TF1590 O Tealon* TF1590 é fabricado com resina de PTFE virgem e Sílica. É recomendado para serviços com ácidos fortes, produtos alcalinos moderados, solventes, gases, água, vapor, hidrocarbonetos e produtos químicos em geral. Entre os diferentes tipos de Tealon* é o que tem o menor custo por placa. As principais características do Tealon* TF1590 estão na Tabela 5.1. É fornecido na cor marrom em placas de 1500 mm x 1500 mm nas espessuras de 0.8 mm a 6.4 mm. Tabela 5.1 Características típicas do Tealon* Características Método de Teste TF1570 TF1580 TF1590 Temperatura minima (ºC) - -210 -210 -210 Temperatura máxima (ºC) - +260 +260 +260 Pressão máxima (bar) - 55 83 83 Faixa de pH - 0 a 14 0 a 14 0 a 14 Fator P x T Espessura 1.5 mm 12 000 12 000 12 000 (bar x ºC) Espessura 3.0 mm 8 600 8 600 8 600 Compressibilidade a 5000 psi (%) ASTM F 36 A 30 - 50 4 - 10 7 - 12 Recuperação a 5000 psi (%) ASTM F 36 A 30 40 40 ASTM 152 14 14 14 ASTM D 792 1.70 2.90 2.10 ASTM F 38 40 11 18 ASTM F 37A 0.12 .04 .20 Tensão de ruptura (MPa) Peso específico (g/cm³) Relaxamento (%) Selabilidade (ml/h a 0.7 bar) DIN 3535 < .015 < .015 < .015 Selabilidade (cm³/min) Testes ASTM são em folhas com espessura 0.80 mm e os testes DIN em folhas com 1.5 mm de espessura 102 3.5. TABELA DE COMPATIBILIDADE QUÍMICA O Anexo 5.1 apresenta a tabela de compatibilidade química dos diversos tipos de Tealon* com produtos químicos mais comuns na indústria. 3.6. FATORES PARA CÁLCULO DE JUNTAS Os fatores para cálculo de aperto e projeto para espessura de 1.5 mm estão na tabela 5.2. Tabela 5.2 Fatores para Cálculo Propriedade m y (psi) Gb (psi) a Gs (psi) 4. TF1570 2 1500 244 0.31 1.28 x 10- 2 TF1580 2 1800 114 0.447 1.6 x 10- 3 TF1590 4.4 2500 260 0.351 6.3 QUIMFLEX ® - PTFE EXPANDIDO Produto obtido a partir da extrusão e expansão do PTFE. Possui todas as suas características de resistência química, mas, em virtude do processo de expansão e orientação das cadeias atômicas, tem o escoamento a frio substancialmente reduzido. O processo de fabricação produz uma micro-estrutura fibrosa que confere ao Quimflex® uma elevada resistência a altas pressões, reduzindo a densidade original do material entre 50% a 70%. O PTFE expandido é altamente flexível, tem excelente maleabilidade, se conformando facilmente às superfícies de vedação irregulares ou danificadas. 4.1. CARACTERÍSTICAS DO QUIMFLEX ® As principais características do Quimflex® estão listadas a seguir: • PTFE puro, sem aditivos ou cargas, para maior resistência aos produtos químicos. Faixa de pH de 0 a 14. 103 • Faixa de temperatura de –240º C a +270º C, em serviço contínuo ou até +310o C em picos (curtos períodos de tempo). • Pressão de trabalho de vácuo a 200 bar. • Baixo relaxamento, dispensando o reaperto freqüente dos parafusos. • Elevada compressibilidade: muito usado em flanges delicados, como vidro, cerâmica e PVC. • Conforma-se facilmente às irregularidades da superfície de vedação, como riscos, marcas de corrosão e ondulações. • Juntas de PTFE expandido podem ser usadas de vácuo a alta pressão com grande eficiência. • Fisiologicamente inerte: não tem cheiro ou sabor, não é tóxico ou contaminante. • Não é atacado por microorganismos ou fungos. • Atende às exigências da FDA (Food and Drug Administration – USA) para uso em contato com produtos alimentícios e medicamentos. • Não possui substâncias lixiviáveis. • Vida ilimitada, o Quimflex® não altera as suas propriedades com o tempo, não envelhece ou deteriora. • Não é atacado por agentes atmosféricos e luz solar (UV). 4.2. TESTES E APROVAÇÕES Diversos testes e aprovações para uso em gás, água potável, alimentos e oxigênio foram realizados pelas seguintes instituições independentes: • BAM Tgb. No. 6228/89 4-2346: para uso em flanges face lisa ou macho e fêmea de aço, cobre e ligas de cobre em oxigênio a pressões de até 100 bar e temperaturas de até 90o C. • DVGW Reg. No. G88e089: para linhas de gás com pressão até 16 bar e temperaturas de –10o C a +50º C. • FMPA Reg. No. V/91 2242 Gör/Gö: para uso em produtos alimentícios. • British Oxygen Corporation (BOC) Reg. No. 1592 4188/92: aprovação inglesa para uso em oxigênio líquido e gasoso. • British Water Research Council (WRC) Reg. No. MVK/9012502: aprovação inglesa para uso em água potável quente e fria. 4.3. JUNTA QUIMFLEX ® Uma das formas mais comuns do Quimflex® para uso em vedações industriais é a de perfil retangular com auto-adesivo em um dos lados. A extrusão e expansão produz fibras com orientação axial de elevada resistência mecânica longitudinal. Durante o processo de esmagamento da junta o material reduz a sua espessura ao mesmo tempo que aumenta a sua largura. A espessura final é bem reduzida diminuindo a força radial e, com isso, a tendência a expulsar a junta (blow-out). 104 Por ser altamente flexível e de fácil aplicação, pode ser usado em flanges com formato irregular com bastante facilidade. A Figura 5.6 mostra uma típica aplicação de Quimflex® . Figura 5.6 Tabela 5.3 Dimensões dos Perfis Dimensão do perfil largura x espessura - mm 3 x 1.5 5 x 2.0 7 x 2.5 10 x 3.0 12 x 4.0 17 x 6.0 20 x 7.0 Diâmetro Nominal do Flange mm até 50 de 50 a 200 de 200 a 600 de 600 a 1500 maior do que 1500 Para flanges padronizados as dimensões recomendadas estão na Tabela 5.3. Para flanges especiais a largura do Quimflex® deve ser de 1/3 a 1/2 da largura disponível para a vedação. Para flanges muito danificados ou irregulares, usar a maior espessura possível. 4.4. PLACAS E FITAS QUIMFLEX ® O processo de estiramento bi-axial permite a fabricação de placas e fitas de PTFE expandido com resistência nas duas direções. O resultado é um material extremamente compressível e que não altera as suas dimensões de largura e comprimento ao ser esmagado. Esta propriedade é obtida através da estrutura balanceada de fibras no comprimento e largura da placa ou fita. A resistência cruzada é ideal para a fabricação de juntas de parede estreitas ou flanges lisos com baixo coeficiente de atrito com a junta. 105 São mantidas as mesmas características de elevada compressibilidade para uso em flanges com superfícies de vedação distorcidas, corrugadas ou curvadas. As fitas podem ser fornecidas com ou sem auto-adesivo em um dos lados para facilitar a instalação da junta. Dimensões de fabricação: • Largura: 25, 50, 100, 150 e 200 mm • Espessura: 0.5, 1.0, 1.5, 2.0, e 3.0 mm As placas são fabricadas com 1500 mm x 1500 mm nas espessuras de 1.5 mm e 3.0 mm. 4.5. FATORES PARA CÁLCULO DE JUNTAS Os fatores para cálculo de juntas de Quimflex® estão na Tabela 5.4. Tabela 5.4 Fatores para Cálculo Característica m y (psi) Gb (MPa) a Gs (MPa) Pressão de esmagamento máxima (MPa) Junta 2 2 800 8.786 0.193 1.8 E -14 150 Placa / Fita 2 2 800 2.945 0.313 3 E -4 150 O gráfico da Figura 5.7 mostra a pressão mínima de esmagamento para atingir o nível de selabilidade de 0.01 mg/s-m com Nitrogênio. Pressões de esmagamento maiores que o valor da curva, produzem um vazamento de Nitrogênio menor que 0.01 miligrama por segundo por metro de comprimento da junta. Figura 5.7 106 5. JUNTAS TIPO 933 ENVELOPADAS EM PTFE Consiste em junta de papelão hidráulico revestido por um envelope contínuo de PTFE. Alia as características de resistência mecânica e resiliência do papelão hidráulico, com a resistência química de PTFE. A espessura do envelope é de 0.5 mm. Em aplicações onde é necessária uma maior conformabilidade da junta, o enchimento pode ser feito com um Elastômero. Suas aplicações principais são os equipamentos e flanges de vidro, cerâmico ou aço com revestimento de vidro. A temperatura máxima admissível no envelope é de 260º C. Entretanto, este valor deve levar em consideração também o limite de cada material do enchimento. 5.1. FORMAS CONSTRUTIVAS Existem dois tipos de envelopes, ambos fabricados a partir de tarugos ou buchas de PTFE, não possuindo, portanto, emendas que permitam o contato do fluido com o enchimento. 5.2. TIPO 933-V É o tipo mais comum, por ser o mais econômico. A Figura 5.8 mostra o corte transversal da junta. Tem espessura total limitada a aproximadamente 3.2mm (1/8"). Devido ao elevado custo do PTFE, o envelope é normalmente fabricado nas dimensões RF (raised face). Quando é necessário que a junta cubra toda a superfície do flange, o enchimento pode ser FF (full face) com o envelope de PTFE indo apenas até os parafusos, reduzindo, desta forma, o custo da junta sem prejudicar a sua performance. Figura 5.8 107 5.3. TIPO 933-U Usada quando é necessária uma junta para absorver maiores irregularidades ou com maior resiliência (Figura 5.9). Possui reforço metálico corrugado entre duas lâminas de enchimento. Figura 5.9 5.4. JUNTAS MAIORES QUE 610 mm ( 24" ) DE DIÂMETRO INTERNO Por não serem comercialmente disponíveis buchas de PTFE nestas dimensões, juntas acima de 610 mm (24" ) são fabricadas a partir de fitas moldadas em volta do enchimento (Figura 5.10). As extremidades da fita são soldadas a quente, para evitar a contaminação do enchimento. Figura 5.10 108 Anexo 5.1 Tabela de Compatibilidade Química dos produtos Tealon* A: adequado B: consultar Teadit Fluido C: não recomendado TF1570 A A A A A A A B A A A A A A A B A A A A A A A A A A A A A A A C C A A Acetaldeído Acetamida Acetato de alila Acetato de amila Acetato de butila Acetato de etila Acetato de potássio Acetato de vinila 2-Acetilaminofluoreno Acetileno Acetofenona Acetona Acetonitrila Ácido abiético Ácido acético (bruto, glacial, puro) Ácido acrílico Ácido benzóico Ácido bórico Ácido bromídrico Ácido butírico Ácido carbólico, fenol Ácido carbônico Ácido cianídrico Ácido cítrico Ácido clorídrico Ácido cloroacético Ácido cloroazótico (Água Régia) Ácido clorossulfônico Ácido crômico Ácido crotônico Ácido esteárico Ácido flúor silícico Ácido fluorídrico, anidro Ácido fórmico Ácido fosfórico , puro, < 45% 109 TF1580 A A A A A A A B A A A A A A A B A A A A A A A A A A A A A A A A C A A TF1590 A A A A A A A B A A A A A A A B A A A A A A A A A A A A A A A C C A A Anexo 5.1 (Continuação) Tabela de Compatibilidade Química dos produtos Tealon* Fluido Ácido fosfórico , puro, > 45%, ≤ 150° F Ácido fosfórico , puro, > 45%, >150° F Ácido fosfórico, bruto Ácido ftálico Ácido lático > 150°F Ácido lático, ≤ 150°F Ácido maleico Ácido metilacrílico Ácido muriático Ácido nítrico < 30% Ácido nítrico > 30% Ácido nítrico, estado natural Ácido nítrico, fumegante Ácido nitrohidroclórico (água régia) Ácido nitromuriático (água régia) Ácido oleico Ácido oxálico Ácido palmítico Ácido perclórico Ácido pícrico, fundido Ácido pícrico, solução aquosa Ácido prússico, ácido hidrociânico 10-75%, ≤ 260°C 75-98%, 65°C a 260°C 75-98%, ≤ 65°C Ácido sulfúrico fumegante 10%, ≤ 65°C 10%, > 65°C Ácido sulfuroso Ácido tânico Ácido tartárico Ácido tolueno sulfônico Ácido tricloroacético Ácidocloronitroso (Água Régia) Acrilamida Acrilato de etila Acrilonitrila Acroleína Água de alimentação de caldeira Água de esgoto 110 TF1570 B B C A A A A A A A A A A A A A B A A B A A A B A B A A A A A A A A B B B B A A TF1580 A A A A A A A A A A A A A A A A A A A B A A A B B C A A A A A A A A B B B B A A TF1590 B C C A A A A A A A A A A A A A A A A B A A A A A A A A A A A A A A B B B B A A Anexo 5.1 (Continuação) Tabela de Compatibilidade Química dos produtos Tealon* Fluido Água régia Água salgada Água, água do mar destilada Água, condensação Água, destilada Água, destilada de torneira Água, mina ácida, com sais não oxidantes Água, mina ácida, com sal oxidante Álcool metílico Álcool amílico Álcool benzílico Álcool butílico, butanol Álcool de cereais Álcool de madeira Álcool etílico Álcool isopropílico Álcool N-octadecílico Alumes Alvejante (hipoclorito de sódio) 4-Aminodifenila Amônia, líquido ou gás Anidrido acético Anidrido acrílico Anidrido crômico Anidrido ftálico Anidrido maleico Anilina, óleo de anilina o-Anisidina Ar Asfalto Baygon Benzaldeído Benzeno, Benzol Benzidina Benzonitrila Beta-Propiolactona Bicarbonato de sódio Bicromato de potássio Bifenila Bifenilas policloradas 111 TF1570 A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A TF1580 A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A TF1590 A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A Anexo 5.1 (Continuação) Tabela de Compatibilidade Química dos produtos Tealon* TF1570 A A A A A A A A A A A B A A A B A A A A A A A A A A A A A A A A A A C A A A A A Fluido Bis(2-cloroetil)éter Bis(2-etilhexil)ftalato Bis(clorometil)éter Bissulfato de sódio, seco Bissulfeto de cálcio Bissulfito de sódio Borax Brometo de etileno Brometo de hidrogênio Brometo de lítio Brometo de metila Brometo de vinila Bromo Bromofórmio Bromometano Butadieno Butano 2-Butanona n-butilamina terc-butilamina Butilamina terciária Calflo AF Calflo FG Calflo HTF Calflo LT Caprolactama Carbamato de etila Carbonato de dietila Carbonato de sódio Catechol Cerveja Cetano (Hexadecano) Cianamida de cálcio Cianeto de potássio Cianeto de sódio Ciclohexano Ciclohexanona Clorato de sódio Cloreto de alila Cloreto de alumínio 112 TF1580 A A A A A A A A A A A B A A A B A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A TF1590 A A A A A A A A A A A B A A A B A A A A A A A A A A A A A A A A A A C A A A A A Anexo 5.1 (Continuação) Tabela de Compatibilidade Química dos produtos Tealon* Fluido Cloreto de amônia Cloreto de bário Cloreto de benzila Cloreto de benzoíla Cloreto de cálcio Cloreto de cobre Cloreto de dimetil carbamoil Cloreto de enxofre Cloreto de estanho Cloreto de etila Cloreto de etilideno Cloreto de magnésio Cloreto de mercúrio Cloreto de metila Cloreto de metileno Cloreto de níquel Cloreto de sódio Cloreto de tionila Cloreto de vinila Cloreto de vinilideno Cloreto de zinco Cloreto férrico Cloro, seco ou úmido 2-Cloroacetofenona Clorobenzeno Clorobenzilato Cloroetano Cloroetileno Clorofórmio Cloro-metil-metil-éter Cloropreno Cola, Base proteína Combustível de aviação (Tipos JP) Corantes de anilina Creosoto Cresóis, Ácido cresílico Cromato de potássio, vermelho Cumeno Diazometano Dibenzofurano TF1570 A A A A A A A A A A A A A A A A A A B B A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A 113 TF1580 A A A A A A A A A A A A A A A A A A B B A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A TF1590 A A A A A A A A A A A A A A A A A A B B A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A Anexo 5.1 (Continuação) Tabela de Compatibilidade Química dos produtos Tealon* Fluido Dibrometo de etileno 1,2-Dibromo-3-cloropropano Dibromoetano Dicloreto de etileno Dicloro propileno 1,4-Diclorobenzeno o-Diclorobenzeno 3,3-Diclorobenzideno Dicloroetano (1,1 ou 1,2) 1,1-Dicloroetileno Dicloro-etil-éter Diclorometano 1,2-Dicloropropano 1,3-Dicloropropeno Dicromato de potássio Dietanolamina N,N Dietilanilina 1,2-Difenilhidrazina N,N-Dimetil anilina Dimetil Hidrazina, assimétrica Dimetilaminoazobenzeno 3,3-Dimetilbenzidina Dimetilformamida 3,3-Dimetoxibenzideno 2,4-Dinitrofenol 4,6-Dinitro-o-Cresol e sais 2,4-Dinitrotolueno Dioxano Dióxido de carbono, seco ou úmido Dióxido de cloro Dióxido de enxofre Dióxido de flúor 2,3,7,8-TCDB-p-Dioxina Diphyl DT Dissulfeto de carbono Dowfrost Dowfrost HD Dowtherm 4000 Dowtherm A Dowtherm E TF1570 A A A A A A A A A B A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A C A A A A A A A A 114 TF1580 A A A A A A A A A B A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A C A A A A A A A A TF1590 A A A A A A A A A B A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A C A A A A A A A A Anexo 5.1 (Continuação) Tabela de Compatibilidade Química dos produtos Tealon* Fluido Dowtherm G Dowtherm HT Dowtherm J Dowtherm Q Dowtherm SR-1 Enxofre, fundido Epicloroidrina 1,2-Epoxibutano Ésteres fosfatados Estireno Etano Éter dibenzílico Éter dimetílico Éter etílico Éter metil terc-butílico (MTBE) Éteres Etil celulose Etilbenzeno Etileno Etileno glicol Etileno tiouréia Etilenoimina p-fenilenodiamina Fenol Fluido de processo UCON WS Fluido de transferência de calor UCON 500 Fluido de transmissão A Flúor, gás Flúor, líquido Fluoreto de alumínio Fluoreto de hidrogênio Formaldeído Fosfato de amônia, dibásico Fosfato de amônia, monobásico Fosfato de amônia, tribásico Fosfato de ferro Fosfato de sódio, dibásico Fosfato de sódio, monobásico Fosfato de sódio, tribásico Fosfato de tricresila 115 TF1570 A A A A A A A A A B A A A A A A A A A A A B A A A A A C C B C A A A A A B A B A TF1580 A A A A A A A A A B A A A A A A A A A A A A A A A A A C C A C A A A A A A A A A TF1590 A A A A A A A A A B A A A A A A A A A A A B A A A A A C C C C A A A A A B A C A Anexo 5.1 (Continuação) Tabela de Compatibilidade Química dos produtos Tealon* Fluido Fosfina Fósforo elementar Fosgênio Ftalato de dibutila Ftalato de dimetila Furfural Gás de forno de coque Gás de gasogênio Gás natural Gasolina de aviação Gasolina, ácida Gasolina, refinada Gelatina Glicerina, glicerol Glicol Glicose Graxa, Base petróleo Heptano Hexaclorobenzeno Hexaclorobutadieno Hexaclorociclopentadieno Hexacloroetano Hexadecano Hexametil fosforamida Hexametileno diisocianato Hexano Hexoato de etila Hexona Hidrazina Hidrogênio Hidroquinona Hidróxido de alumínio (sólido) Hidróxido de amônia Hidróxido de bário Hidróxido de cálcio Hidróxido de magnésio Hidróxido de potássio Hidróxido de sódio Hipoclorito de cálcio Hipoclorito de sódio TF1570 A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A B B A A 116 TF1580 A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A B A A A TF1590 A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A B A C C A A Anexo 5.1 (Continuação) Tabela de Compatibilidade Química dos produtos Tealon* Fluido Iodeto de metila Iodometano Isobutano Isooctano Leite Licor de sulfato preto Licor de sulfato verde Licores de cana-de-açúcar Lindano Lítio, elementar Lixívia, detergente Mercúrio Metacrilato de alila Metacrilato de butila Metacrilato de metila Metacrilato de vinila Metafosfato de sódio Metais alcalinos fundidos Metano Metanol, álcool metílico Metil clorofórmio Metil etil cetona Metil hidrazina Metil isobutyl cetona (MIBK) Metil isocianato N-Metil-2-pirrolidona 2-Metilaziridina 4,4-Metileno bis(2-clororoanilina) 4,4-Metileno dianilina Metileno difenildiisocianato Mobiltherm 600 Mobiltherm 603 Mobiltherm 605 Mobiltherm Light Monometilamina Monóxido de carbono MultiTherm 100 MultiTherm 503 MultiTherm IG-2 MultiTherm PG-1 TF1570 A A A A A B B A A C B A A B B A A C A A A A A A A A B A A A A A A A A A A A A A 117 TF1580 A A A A A A A A A C B A A B B A A C A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A TF1590 A A A A A C C A A C C A A B B A B C A A A A A A A A B A A A A A A A A A A A A A Anexo 5.1 (Continuação) Tabela de Compatibilidade Química dos produtos Tealon* TF1570 A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A B A A A A A A A A A A A A A A A A Fluido Naftaleno Naftas Naftóis Nitrato de alumínio Nitrato de amônia Nitrato de cálcio Nitrato de potássio Nitrato de prata Nitrato de propila Nitrato de sódio 2-Nitro-2-metil propanol Nitrobenzeno 4-Nitrobifenila 2-Nitro-Butanol Nitrocalcita (Nitrato de cálcio) 4-Nitrofenol Nitrogênio Nitrometano 2-Nitropropano N-Nitrosodimetilamina N-Nitrosomorfolina N-Nitroso-N-Metiluréia Octano Oleína Óleo hidráulico, Sintético Óleo bruto Óleo combustível Óleo combustível, ácido Óleo de linhaça Óleo de Madeira da china, de Tungue Óleo de milho Óleo de rícino ou de mamona Óleo de semente de algodão Óleo de soja Óleo de transformador (tipo mineral) Óleo de Tungue Óleo Diesel Óleo hidráulico, Mineral Óleo, petróleo Óleos de petróleo, bruto 118 TF1580 A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A C A A A A A A A A A A A A A A A A TF1590 A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A Anexo 5.1 (Continuação) Tabela de Compatibilidade Química dos produtos Tealon* Fluido Óleos de petróleo, refinado Óleos lubrificantes, ácidos Óleos lubrificantes, refinados Óleos lubrificantes,tipos mineral ou petróleo Óleos minerais Óleos, Animal e vegetal Orto-diclorobenzeno Óxido de estireno Óxido de etileno Óxido de propileno Oxigênio, gás Ozônio Parafina Paratherm HE Paratherm NF Parathion Para-xileno Pentacloreto de fósforo Pentaclorofenol Pentacloronitrobenzeno Pentafluoreto de iodo Pentano Perborato de sódio Percloroetileno Permanganato de potássio Peróxido de hidrogênio, 10-90% Peróxido de sódio Peroxihidrato metaborato de sódio Piche, alcatrão Pineno Piperideno Piridina Poliacrilonitrila Potassa, Carbonato de potássio Potássio elementar Propano Propileno 1,2-Propilenoimina Propionaldeído Querosene 119 TF1570 A A A A A A B A B A A A A A A A A A A A B A A A A A A A A A A A A A C A A B A A TF1580 A A A A A A A A B A A A A A A A A A A A B A A A A A A A A A A A A A C A A A A A TF1590 A A A A A A A A B A A A A A A A A A A A B A A A A A A A A A A A A A C A A B A A Anexo 5.1 (Continuação) Tabela de Compatibilidade Química dos produtos Tealon* TF1580 TF1590 TF1570 A A A A A A Ver condições específicas abaixo A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A Fluido Quinolina Quinona Refrigerantes 143a 152a C316 10 11 112 113 114 114B2 115 12 123 124 125 13 Refrigerantes (continuação) 134a 13B1 141b 142b 21 218 22 23 290 31 32 500 502 503 C318 HP62 HP80 HP81 2,4-D Sais e ésteres Salitre de cal (nitratos de cálcio) Salitre Norge (Nitrato de cálcio) A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A 120 A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A Anexo 5.1 (Continuação) Tabela de Compatibilidade Química dos produtos Tealon* Fluido Salitre norueguês (Nitrato de cálcio) Salitre, nitrato de potássio Salmoura (cloreto de sódio) Sebacato de dibutila Silicato de sódio Sódio elementar Soluções de detergente Soluções de galvanização com cromo Soluções de sabão Solventes clorados, seco ou úmido Solventes para verniz Sulfato de alumínio Sulfato de amônia Sulfato de cobre Sulfato de dietila Sulfato de dimetila Sulfato de ferro Sulfato de magnésio Sulfato de níquel Sulfato de potássio Sulfato de sódio Sulfato de titânio Sulfato de zinco Sulfeto de bário Sulfeto de carbonila Sulfeto de hidrogênio,seco ou úmido Sulfeto de sódio Superóxido de sódio Syltherm 800 Syltherm XLT Terebintina, aguarrás Tetrabromoetano Tetracloreto de carbono Tetracloreto de titânio Tetracloroetano Tetracloroetileno Tetrahidrofurano, THF Tetraóxido de nitrogênio Therminol 44 Therminol 55 TF1570 A A A A B C B B A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A 121 TF1580 A A A A A C A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A TF1590 A A A A B C B B A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A Anexo 5.1 (Continuação) Tabela de Compatibilidade Química dos produtos Tealon* Fluido Therminol 59 Therminol 60 Therminol 66 Therminol 75 Therminol D12 Therminol LT Therminol VP-1 Therminol XP Tiossulfato de sódio, hipo Tolueno 2,4-Toluenodiamina 2,4-Toluenodiisocianato o-Toluidina Triclorobenzeno 1,2,4-Triclorobenzeno 1,1,2-Tricloroetano Tricloroetileno 2,4,5-Triclorofenol 2,4,6-Triclorofenol Trietanolamina Trietilalumínio Trietilamina Trifluoreto de bromo Trifluoreto de cloro 2,2,4-Trimetilpentano Trióxido de cromo Trióxido de enxofre, seco ou úmido Uísques e vinhos Vapor Verniz Vernizes Vinagre Xceltherm 550 Xceltherm 600 Xceltherm MK1 Xceltyherm XT Xileno TF1570 A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A C C A A A A A A A A A A A A A 122 TF1580 A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A C C A A A A A A A A A A A A A TF1590 A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A C C A A A A A A A A A A A A A CAPÍTULO 6 MATERIAIS PARA JUNTAS METÁLICAS 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS Ao especificarmos o material para uma junta metálica ou semi-metálica, devemos analisar as propriedades características dos metais e as suas reações sob tensão e/ou temperatura, na presença do fluido a ser vedado. Especial atenção deve ser dada a: • Corrosão sob tensão: os aços inoxidáveis 18-8 podem apresentar o fenômeno da corrosão sob tensão quando em presença de alguns fluidos. O Anexo 6.1 mostra fluidos que provocam esta corrosão nos metais mais usados em juntas industriais. • Corrosão intergranular: os aços inoxidáveis austeníticos, em temperaturas entre 420 o C e 810 o C, apresentam, na presença de certos produtos químicos, a precipitação de carbonetos entre os grãos, fenômeno conhecido como corrosão intergranular nos aços inoxidáveis austeníticos. O Anexo 6.2 mostra os fluidos que provocam a corrosão intergranular. • Compatibilidade com o fluido: a junta deve resistir à deterioração ou ataque corrosivo pelo fluido e, ao mesmo tempo, não contaminá-lo. O Anexo 6.3 apresenta a recomendação da Fluid Sealing Association, Philadelphia, USA., para os materiais mais usados em juntas metálicas. A seguir, estão relacionadas as ligas mais usadas na fabricação de juntas industriais, suas características principais, limites de temperatura e dureza Brinell aproximada. 123 2 . AÇO CARBONO Material bastante usado na fabricação de juntas dupla camisa e Ring-Joints (Capítulos 8 e 9). Devido a sua baixa resistência à corrosão, não deve ser usado em água, ácidos diluídos ou soluções salinas. Pode ser usado em álcalis e ácidos concentrados. Limite de temperatura : 500o C. Dureza: 90 a 120 HB. 3. AÇO INOXIDÁVEL AISI 304 Liga com 18% Cr e 8% Ni, a mais usada para a fabricação de juntas industriais em virtude da sua excelente resistência à corrosão, preço e disponibilidade no mercado. Sua temperatura máxima de operação é de 760oC; entretanto, devido às corrosões sob tensão e intergranular, sua temperatura para serviço contínuo está limitada a 420 o C. Dureza: 160HB. 4. AÇO INOXIDÁVEL AISI 304L Possui as mesmas características de resistências à corrosão do AISI 304. Como o seu teor de carbono está limitado a 0.03%, apresenta uma menor tendência à precipitação intergranular de carbono e, conseqüentemente , à corrosão intergranular. Seu limite de operação em serviço contínuo é de 760o C. Liga suscetível à corrosão sob tensão. Dureza: 160 HB. 5. AÇO INOXIDÁVEL AISI 316 Esta liga, com 13% Cr e 18% Ni com adição de 2% Mo, tem excelente resistência à corrosão. Pode apresentar a precipitação intergranular de carbonetos em temperaturas entre 460o C e 900o C, quando as condições de corrosão forem severas. A temperatura máxima de operação, em serviço contínuo, recomendada é de 760o C. Tem preço superior ao AISI 304 e é facilmente encontrado no mercado nacional. Dureza: 160 HB. 6. AÇO INOXIDÁVEL AISI 316L Possui a mesma composição do AISI 316, com teor de carbono limitado a 0.03%, o que inibe a precipitação intergranular de carbonetos e conseqüentemente a corrosão intergranular. A faixa de temperatura máxima de operação é 760o C a 815o C. Material de disponibilidade limitada ao mercado nacional. Dureza: 160 HB. 7. AÇO INOXIDÁVEL AISI 321 Liga austenítica com 18% Cr e 10% Ni, estabilizada com Ti, que elimina a precipitação intergranular de carbonetos e, portanto, a corrosão intergranular. Pode ser usada em temperatura de até 815o C. Material disponível no mercado nacional, com preço um pouco superior ao AISI 304. Dureza: 160 HB. 124 8. AÇO INOXIDÁVEL AISI 347 Liga semelhante ao AISI 321 com 18% Cr e 10% de Ni e adição de Nióbio, que elimina a corrosão intergranular, entretanto, pode apresentar corrosão sob tensão. Temperatura de trabalho até 815o C. Dureza: 160 HB 9. MONEL Liga com 67% Ni e 30% Cu, possui excelente resistência à maioria dos ácidos e álcalis, exceto ácidos extremamente oxidantes. Sujeita à corrosão sob tensão em presença de ácido fluor-silício e mercúrio, não devendo ser usado nestes casos. Em combinação com o PTFE é muito usada em juntas Metalflex para condições severas de corrosão. É disponível no mercado nacional com preço bastante elevado. Temperatura máxima de operação: 815o C. Dureza: 95 HB. 10. NÍQUEL 200 Liga com 99% Ni, possui grande resistência à corrosão aos álcalis cáusticos, embora não possua a mesma resistência global do Monel. É também usada em juntas Metalflex para aplicações especiais. É disponível no mercado nacional com preço bastante elevado. Temperatura máxima de operação: 760o C. Dureza: 110 HB. 11. COBRE Material bastante usado em juntas de pequenas dimensões, onde a força máxima de esmagamento é limitada. Temperatura máxima de operação: 260 o C. Dureza: 80 HB. 12. ALUMÍNIO Devido à sua excelente resistência à corrosão e facilidade de trabalho é muito usado na fabricação de juntas de dupla camisa. Temperatura de serviço máxima: 460o C. Dureza: 35 HB. 13. INCONEL Liga à base de Níquel (70%) com 15% Cr e 7% Fe tem excelente resistência à temperaturas criogênicas e elevadas. Limite de temperatura: 1100o C. Dureza: 150 HB. 14. TITÂNIO Metal com excelentes propriedades de resistência à corrosão em temperaturas elevadas, atmosferas oxidantes, ao ácido nítrico e soluções alcalinas. Limite de temperatura: 1100o C. Dureza: 215 HB. 125 Além destes materiais, os mais usados em aplicações industriais são algumas vezes recomendados metais ou ligas especiais como o Hastelloy, dependendo das condições operacionais. Deixamos de analisá-los neste livro em virtude da sua disponibilidade bastante limitada no mercado nacional e de sua aplicação restrita a situações muito especiais. 126 ANEXO 6.1 PRODUTOS QUE INDUZEM A CORROSÃO SOB TENSÃO EM METAIS OU LIGAS A: Alumínio L : Latão C: Aço Carbono M: Monel FLUIDO ácido clorídrico ácido cresílico (vapores) ácido crômico ácido fluorídrico ácido fluorsilícico ácido nítico + cloreto de magnésio ácido nítrico – vapores ácido nítrico diluído ácido sulfúrico + nítrico ácido sulfúrico fumegante água salgada + oxigênio aminos amônia (diluída) amônia (pura) brometo de cálcio butano + dióxido de enxofre cianeto de hidrogênio + água cianogênio cloreto de amônia cloreto de hidrogênio + água cloretos inorgânicos + água cloretos orgânicos + água compostos de enxofre hidróxido de potássio hidróxido de sódio líquor sulfato (branco) líquor sulfeto mercúrio nitrato de amônia nitratos de mercúrio nitratos inorgânicos permanganato de potássio sais silicofluoretos sulfito de hidrogênio + água vapor d’água I : aço inoxidável 18-8 N: níquel C I X L M N X X X A X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X 127 X ANEXO 6.2 PRODUTOS QUE INDUZEM CORROSÃO INTERGRANULAR NOS AÇOS AUSTENÍTICOS FLUIDO ácido acético ácido acético + ácido salícico ácido cianídrico ácido cianídrico + dióxido de enxofre ácido crômico ácido fluorídrico + sulfato de ferro ácido fórmico ácido fosfórico ácido ftálico ácido lático ácido lático + ácido nítrico ácido maléico ácido nítrico ácido nítrico + ácido clorídrico ácido nítrico + ácido fluorídrico ácido oxálico ácido sulfâmico ácido sulfúrico ácido sulfúrico + ácido acético ácido sulfúrico + ácido nítrico ácido sulfúrico + metanol ácido sulfúrico + sulfato de cobre ácido sulfúrico + sulfato de ferro ácido sulfuroso ácidos graxos água + amido + dióxido de enxofre água + sulfato de alumínio água do mar cloreto de cromo cloreto de ferro dióxido de enxofre ( úmido ) dissulfato de cálcio + dióxido de enxofre ( ácido gástrico ) dissulfato de sódio fenol + ácido naftênico hidróxido de sódio + sulfeto de sódio hipoclorito de sódio 128 ANEXO 6.2 (Continuação ) PRODUTOS QUE INDUZEM CORROSÃO INTERGRANULAR NOS AÇOS AUSTENÍTICOS FLUIDO líquor sulfuroso de cozimento nitrato de amônia nitrato de cálcio nitrato de prata + ácido acético óleo cru salt spray soluções de sulfeto suco de beterraba sulfato de amônia sulfato de amônia + ácido sulfúrico sulfato de cobre sulfato de ferro 129 ANEXO 6.3 RESISTÊNCIA QUÍMICA DE METAIS PARA JUNTAS 1: boa resistência 3: sem informação 2: resistência regular 4: pouca resistência A : Alumínio C : Cobre M : Monel N : Níquel 4 : aço inoxidável AISI 304 6 : aço inoxidável AISI 316 A B F B B F F F F F F F F F F B F B R B F F F F FLUIDO ácido bórico ácido brômico ácido carbólico, fenol ácido cianídrico ácido cítrico ácido clorídrico, frio ácido clorídrico, quente ácido cloroacético ácido crômico ácido esteárico ácido fluorídrico, menos de 65% ácido fluorídrico, mais de 65% ácido fluorsilícico ácido fórmico ácido fosfórico, até 45% ácido fosfórico, mais de 45%, frio ácido fosfórico, mais de 45%, quente ácido lático, frio ácido lático, quente ácido nítrico concentrado ácido nítrico diluído ácido oléico ácido oxálico ácido palmítico ácido pícrico ácido sulfúrico até 10%, frio ácido sulfúrico até 10%, quente ácido sulfúrico 10-75%, frio ácido sulfúrico 10-75%, quente ácido sulfúrico 75-95%, frio ácido sulfúrico 75-96%, quente ácido sulfúrico fumegante ácido sulfuroso ácido tânico 130 S : aço carbono C R F B F F F F F R R R R F F F B B F F F F F F F B M N B B B B B B R R B B R F B - R F R B B F F F F F B B R R B F F F F F F F F F B B 4 B B B B F F F B F F F R B B F R B B B B B R F F F B F F R 6 B B B B F F F B B F F F R B B F R R B B B B B R R R F B F R R S F F F F F F F F F F F F F F F B F F F R R B - ANEXO 6.3 ( Continuação ) RESISTÊNCIA QUÍMICA DE METAIS PARA JUNTAS A B B F B B B F B B B F R B B F F F F F F F F F F F F B F B FLUIDO ácido tartárico água destilada água do mar água potável alcatrão álcool butílico, butanol amônia, gás, frio amônia, gás, quente anidrido acético anilina ar asfalto benzeno benzol bicarbonato de sódio bórax bromino butano cerveja cianeto de potássio cloreto de alumínio cloreto de amônia cloreto de bário cloreto de cálcio cloreto de cobre cloreto de enxofre cloreto de etila cloreto de magnésio cloreto de mercúrio cloreto de metileno cloreto de níquel cloreto de potássio cloreto de sódio cloreto de zinco cloreto estânico cloreto férrico cloro (seco) cloro (úmido) cola 131 C F B B B F R F B B B B R F B F R F B F B R F B F B R F F F B F - M B B R B R B B B B B B B B B B B R R R B R F B B B B F F B F B N B B R B B B B R B B R F B F F - 4 B F B B B B B B B B B B F B B F R R F B R F R B B F F B F B 6 B B F B B B R B B B B B B F B B B F R B F B R F R B R F F B B S F F B B F B B B B B B F B B B R B R B R B B B F B F B ANEXO 6.3 ( Continuação ) RESISTÊNCIA QUÍMICA DE METAIS PARA JUNTAS FLUIDO dióxido de carbono, seco dióxido de carbono, úmido dióxido de enxofre, seco trióxido de enxofre, seco dissulfeto de carbono dissulfito de cálcio dowtherm A dowtherm E enxofre esgoto doméstico éter fluoreto de alumínio formaldeído fosfato de amônia fosfato de sódio freon furfural gás de alto forno gás natural gasolina gelatina glicerina, glicerol glicose hidrogênio, gás frio hidrogênio, gás quente hidróxido de amônia hidróxido de bário hidróxido de cálcio hidróxido de magnésio hidróxido de potássio hidróxido de sódio hipoclorito de sódio leite licor de cana-de-açúcar metanol mercúrio nitrato de amônia nitrato de sódio óleo combustível A B R B B B B F B R B F R R B B B B B B B B B R F F F F F B B B F R B 132 C B R B B F F F B F B R R B B F B B R B B B F F F F F B B F F R B M B B B B B F F B R B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B N B F B B B B B B B B B B - 4 B B B B B R R B B B B B B B B B B B B R B R R F B B B B R B 6 B B B B B B R R B B B B B B B B B B B B R B R R F B B B B B B - S B R B B B F B B B R B R F B B B B B B B B B B B B F B B B B B B B ANEXO 6.3 ( Continuação ) RESISTÊNCIA QUÍMICA DE METAIS PARA JUNTAS A B B B B B B B F B B B F F B F F F B F F B B F B B FLUIDO óleo combustível (ácido) óleo de algodão óleo de linhaça óleo lubrificante refinado óleo de milho óleos minerais óleo de soja oxigênio, frio oxigênio, até 260°C oxigênio, 260 a 540°C oxigênio, mais de 540°C peróxido de hidrogênio peróxido de sódio petróleo cru, até 540°C petróleo cru, mais de 540°C propano querosene sabão silicato de sódio solventes clorados, secos solventes clorados, úmidos sulfato de alumínio sulfato de amônia sulfato de cobre sulfato de magnésio sulfato de níquel sulfato de potássio sulfato de sódio sulfato de zinco sulfato férrico sulfeto de sódio sulfito de bário sulfito de hidrogênio, frio sulfito de hidrogênio, quente sulfito de sódio tetracloreto de carbono tolueno tricloroetileno uísque 133 C B B B B B F F F F B B F R R B F B B F F F F F F F - M B B B B B B B B B F R B F B B B B B B R B B B B R B F R B B F R B B B B N B R B F B B B F R B F R - 4 B B B B B B B B B F B B B F B B B B R B B B B R B B R B B B B R 6 B B B B B B B B F B B B F B B B B R B B B B R B B B B B B B S B B B B B B B F F B F B B B B B F F B F B B B F B B F B B F ANEXO 6.3 ( Continuação ) RESISTÊNCIA QUÍMICA DE METAIS PARA JUNTAS vapor, até 200°C vapor, até400°C vapor, mais de 400°C vinagre vinho B F B 134 B F - B F B B B F - B B B R R B B B B B B B F F CAPÍTULO 7 JUNTAS METALFLEX® 1. O QUE É UMA JUNTA METALFLEX ® É uma espiral constituída de uma fita metálica pré-formada e de um enchimento com material macio que, interagindo, proporcionam a vedação. Quando é realizado o esmagamento inicial da junta o enchimento escoa preenchendo as imperfeições do flange. A fita metálica tem a função de dar resistência mecânica. O 135 seu formato em ‘V’ como um anel “chevron” permite à junta reagir como uma mola se acomodando às variações de pressão e temperatura. Pode ser fabricada em diversas combinações de materiais, dimensões e formas. As juntas para flanges ASME e DIN são padronizadas e produzidas em série. As juntas Metalflex são cada vez mais utilizadas cobrindo ampla faixa de aplicação, oferecendo uma vedação eficiente. Capaz de suportar pressões e temperaturas elevadas a custo bastante reduzido. Este capítulo apresenta as principais normas técnicas, valores para projeto e outras informações relacionadas às juntas Metalflex. 2. MATERIAIS 2.1. FITA METÁLICA A fita metálica é padronizada na espessura de 0.20 mm, com a largura variando conforme a espessura final da junta. Os metais normalmente disponíveis no mercado nacional em fitas adequadas à fabricação de Juntas Metalflex são: • Aço inoxidável AISI 304: é o material mais usado devido ao seu preço e características de resistência à corrosão. • Aço inoxidável AISI 316 e 316L. • Aço inoxidável AISI 321. • Monel. • Níquel 200. • Titânio As características principais e recomendações de uso destes materiais estão no Capítulo 6 deste livro. 2.2. ENCHIMENTO O enchimento é responsável pela selabilidade da junta, para isso devem ser usados materiais com elevada capacidade de vedação. O acabamento do enchimento para que a junta tenha uma boa performance deve ficar faceando ou um pouco acima da fita metálica. O enchimento abaixo da fita metálica não entra em contato com a superfície do flange, deixando, portanto, de desempenhar a sua função na junta. Por outro lado, com excesso de enchimento, a junta perde a sua resistência a altas pressões. 2.2.1. PAPELÃO DE AMIANTO Devido ao risco à saúde e menor selabilidade, o papelão de amianto foi substituído na maioria das aplicações. Este material oferece excelente resistência às soluções alcalinas (como o hidróxido de sódio ou soda cáustica), podendo ser usado em água, vapor d’água, soluções salinas e gases, exceto o oxigênio. Possui pouca resistência aos ácidos. Temperatura máxima recomendada 550o C. O amianto perde a 136 sua água de cristalização a 760° C. A partir desta temperatura até o ponto de fusão a 1521° C transforma-se em pó sem resistência mecânica. Entretanto, por estar inteiramente confinado entre espiras metálicas, continua a oferecer uma vedação satisfatória, sendo considerado fire-safe. 2.2.2. GRAFITE FLEXÍVEL - GRAFLEX ® As características de baixa permeabilidade, conformabilidade, estabilidade térmica e resistência química tornaram este material o mais empregado como enchimento de juntas, especialmente as Metalflex. A Grafite Flexível apresenta elevada resistência química, incluindo ácidos e bases orgânicos e inorgânicos, solventes, cera quente e óleos. Não é recomendável para compostos extremamente oxidantes, como ácido nítrico concentrado, soluções de cromo e permanganato, ácido clórico e metais alcalinos líquidos. Em atmosferas neutras ou redutoras, pode trabalhar de -200° C a 3000° C. Temperaturas acima de 450° C em atmosferas oxidantes, incluindo o ar, degradam o material. Neste caso, é necessário confinamento da junta, protegendo a grafite flexível do contato direto com o meio oxidante. A temperatura limite de operação para vapor de água e hidrocarbonetos ricos em hidrogênio é de 650o C. Nesta temperatura, o trabalho com gás de combustão com 20% de oxigênio ou atmosfera redutora ou neutra, com peso molecular do fluido maior que o ar, não é recomendável. A grafite reage com o oxigênio do ar, consumindo da parte externa para o interior da junta. O enchimento de grafite flexível para juntas Metalflex, apresenta resultados superiores ao amianto em termos de selabilidade, capacidade de resistir a cargas provocadas por transientes térmicos ou de pressão e variações no acabamento das superfícies de vedação. Estudos recentes realizados pelas grandes empresas de petróleo, concluíram que somente as juntas metálicas ou de grafite flexível, são aprovadas para serviço em refinarias, em substituição às juntas com enchimento de amianto. Por ter resistência a elevadas temperaturas, a grafite flexível é o único material não metálico que resiste aos testes de incêndio, sendo, por esta razão, considerado fire-safe. As indústrias padronizam as juntas espirais em aço inoxidável AISI 304 L e enchimento em grafite flexível para a maioria das aplicações em refinarias, indústrias químicas e petroquímicas. 2.2.3. PTFE É usado como enchimento quando se requer resistência química elevada, em temperaturas de criogenia a 260 o C. Juntas em PTFE apresentam tendência de flambagem do diâmetro interno, por isso se a junta não for instalada em flange lingüeta e ranhura, é obrigatório o uso de anel interno 137 2.2.4. MICA-GRAFITE Material à base de clorita, grafite e celulose ligados com látex NBR. Por ter o mesmo preço e desempenho bastante similar ao amianto até aproximadamente 232o C teve o seu uso bastante difundido como alternativa. Entretanto, acima desta temperatura, degrada-se rapidamente, não sendo considerado fire-safe. Temperatura de operação máxima: 232o C. 2.3. ANEL DE CENTRALIZAÇÂO Não entrando em contato direto com o fluido, é normalmente fabricado em aço carbono AISI 1010/1020. Os anéis de centralização em aço carbono, recebem acabamento anti-corrosão, que pode ser pintura ou algum tipo de galvanização. Quando os flanges forem em aço inoxidável pode-se usar a guia externa no mesmo material do flange para evitar a sua contaminação pelo aço carbono. Em ambientes extremamente agressivos ou em criogenia também é recomendado o uso da guia externa em aço inoxidável. 3. DENSIDADE No processo de fabricação da espiral, a fita metálica e o enchimento são mantidos sob pressão. Combinando esta pressão de fabricação e a espessura do enchimento, podem ser fabricadas juntas de diferentes densidades. Como regra geral, juntas de maior densidade são usadas em pressões elevadas, pois possuem maior resistência às pressões de aperto. 4. DIMENSIONAMENTO O projeto de juntas para flanges não normalizados deve ser feito de modo que a espiral esteja sempre em contato com as superfícies dos flanges. Se a espiral for menor que o diâmetro interno, ou maior que a face do flange, pode haver a sua quebra, prejudicando a vedação, ou, até mesmo, provocando vazamentos. Se a espiral se projetar para dentro do diâmetro interno do flange, pedaços podem ser carregados pelo fluido, danificando os equipamentos. As recomendações a seguir, devem ser usadas ao dimensionar espirais de juntas não normalizadas. • Juntas confinadas nos diâmetros internos e externos: diâmetro interno da junta = diâmetro interno do canal + 1.6mm. diâmetro externo da junta = diâmetro externo do canal – 1.6mm • Juntas confinadas somente ao diâmetro externo: diâmetro interno da junta = diâmetro interno da face + no mínimo 6.4mm. diâmetro externo da junta = diâmetro externo do ressalto – 1.6mm. 138 • Juntas em flanges lisos ou com ressalto: diâmetro interno da junta = diâmetro interno da face + no mínimo 6.4mm diâmetro externo da junta = diâmetro externo da face – no mínimo 6.4mm. As dimensões dos diâmetros interno e externo, devem ser ajustadas de modo a atender as recomendações da força de esmagamento “y” e do fator “m”, conforme detalhado no Capítulo 2 deste livro. 5. ESPESSURA As espessuras de fabricação padronizadas para juntas Metalflex são 3.2 mm (1/8"), 4.45 mm (0.175"), 4.76 mm, (3/16") e 6.4 mm (1/4"). Outras espessuras podem ser fabricadas sob encomenda. Após o esmagamento, a espessura final da junta deve ficar de acordo com a Tabela 7.1. A espessura final indicada é a que a experiência mostrou ser a faixa ótima para uma máxima resiliência da junta. Tabela 7.1 Espessura das Juntas Espessura de fabricação - mm ( pol) 3.2 ( 1/8 ) 4.45 ( 0.175 ) 4.76 ( 3/16 ) 6.4 ( ¼ ) 6. Espessura após esmagamento - mm 2.3 a 2.5 3.2 a 3.4 3.2 a 3.4 4.6 a 5.1 LIMITAÇÕES DIMENSIONAIS E DE ESPESSURA As juntas Metalflex podem ser fabricadas em diâmetros de 12 mm (1/2") a 3800 mm (150"). Juntas com dimensões fora do recomendado nesta tabela apresentam grande instabilidade e são de fabricação e manuseio difíceis. Tabela 7.2 Limitações Dimensionais das Juntas Espessura mm 3.2 4.45 4.76 6.4 Diâmetro interno máximo mm 1000 1800 1900 3800 139 Largura máxima mm 19 25 25 32 As juntas com enchimento em PTFE, possuem maior tendência a se “desmancharem” no transporte e manuseio, as suas limitações são mais apertadas, conforme mostrado na Tabela 7.3. Tabela 7.3 Limitações Dimensionais das Juntas com enchimento em PTFE Espessura mm 3.2 4.45 4.76 6.4 7. Diâmetro interno máximo mm 500 1100 1100 3800 Largura máxima - mm 19 25 25 25 TOLERÂNCIAS DE FABRICAÇÃO As tolerâncias de fabricação estão indicadas na Tabela 7.4. Tabela 7.4 Tolerâncias de Fabricação Diâmetro interno - mm até 200 200 a 600 600 a 900 900 a 1500 acima de 1500 Tolerância no diâmetro - mm interno externo ± 0.4 ± 0.8 ± 0.8 + 1.5, - 0.8 ± 1.2 ± 1.6 ± 1.6 ± 2.4 ± 2.4 ± 3.2 A tolerância na espessura da espiral é de ± 0.13 mm medido na fita metálica. Em juntas com enchimento de PTFE ou com diâmetro interno menor que 25 mm ou com parede maior que 25 mm, a tolerância é de + 0.25 mm, - 0.13 mm. 8. ACABAMENTO DAS SUPERFÍCIES DE VEDAÇÃO Conforme já explicado no início deste capítulo, as juntas Metalflex dependem da ação conjunta da fita metálica e do enchimento para uma vedação eficiente. Quando a junta é esmagada, o enchimento “escoa”, preenchendo as imperfeições dos flanges. A resistência mecânica e resiliência são dadas pela fita metálica. Desta forma, quanto mais irregular for a superfície do flange, maior será a dificuldade em fazer escoar o enchimento e obter uma vedação adequada. Embora possam ser usadas com a maioria dos acabamentos encontrados nos flanges comerciais, a experiência indica os seguintes acabamentos como os mais adequados: 140 Tabela 7.5 Acabamento da Superfície de Vedação Aplicação Uso geral Fluidos perigosos ou gases Trabalho em vácuo Acabamento dos flanges - Ra µm µ pol 6.3 250 3.2 125 2.0 80 Importante: as superfícies de vedação dos flanges não podem ter riscos ou marcas radiais, isto é, que se estendam do diâmetro interno ao externo. A existência de irregularidade deste tipo dificulta a vedação para qualquer tipo de junta, e, em especial, para as Metalflex. 9. PRESSÃO DE ESMAGAMENTO A pressão máxima de esmagamento ( Sg ), detalhada no Capítulo 2 é de 210 MPa (30 000 psi) para todos os tipos exceto 913M que é de 300 MPa ( 43 000 psi) , para qualquer material de enchimento. 10. TIPOS As juntas Metalflex são fabricadas em várias formas geométricas, tais como circular, oval, diamante, quadrada, retangular ou outras. Anéis de centralização ou de reforço interno, podem ser incorporados às juntas, para melhor adequá-las às condições específicas de cada equipamento ou tubulação. Os diversos tipos de juntas, suas aplicações típicas e particularidades de fabricação estão detalhados nas páginas seguintes. 11. JUNTAS TIPO 911 É o tipo mais simples, consistindo apenas da espiral circular, sem anel de centralização. As juntas Metalflex 911 são usadas principalmente em flanges Norma ASME B.16.5 tipo lingüeta e ranhura ( Figura 7.2 ) ou macho e fêmea ( Figura 7.3 ). Também são usadas em equipamentos onde existem limitações de espaço e peso. 141 Figura 7.2 Figura 7.3 11.1. DIMENSIONAMENTO As dimensões das juntas para flanges ASME B16.5 estão nos Anexos 7.5 e 7.6, no final deste capítulo. 142 Para outras aplicações, onde for necessário dimensionar a espiral, deve-se assegurar que a junta esteja totalmente sob compressão, entre as faces dos flanges. As indicações do Seção 4 deste capítulo, devem ser cuidadosamente seguidas. 11.2. ESPESSURA A espessura padrão para juntas tipo 911 é 3.2 mm (1/8"). Para maiores diâmetros podem ser fabricadas em espessuras de 4.45 mm , 4.76 mm e 6.4 mm. 11.3. TIPO 911-M É a espiral de vedação com anel interno ( Figura 7.4. ). A finalidade deste anel é preencher o espaço entre os flanges, evitando turbulência no fluxo do fluido e a erosão das faces dos flanges. É usado também como limitador de compressão, quando a pressão de esmagamento é maior que 210 MPa. Juntas com enchimento de PTFE possuem tendência a escoar no sentido do diâmetro interno, para este material, é mandatório o uso de anel interno, quando a junta não for instalada confinada pelo diâmetro interno. Figura 7.4 11.4. TIPO 911-T Divisões de dupla camisa metálica são soldadas à espiral de vedação ( Figura 7.5 ). As travessas são fabricadas com o mesmo material da espiral e fixadas por solda plasma. Para reduzir a força de esmagamento, a espessura das travessas é normalmente um pouco menor que a da espiral. Este tipo de junta oferece uma selabilidade maior do que a junta para trocador de calor convencional, principalmente quando o enchimento da espiral é de Grafite Flexível. Entretanto, o manuseio e instalação exigem maiores cuidados. 143 Figura 7.5 12. JUNTAS DE ACORDO COM A NORMA ASME B16.20 ( API 601 ) Diversos países desenvolveram normas dimensionais para este tipo de junta. A Norma ASME B16.20 tem sido a mais empregada, pois foi dimensionada para os flanges ASME B16.5 e B16.47. Em 30 de março de 1993 a American Society of Mechanical Engineers (ASME), o American Petroleum Institute ( API ) e o American National Standards Institute (ANSI), publicaram nova edição da Norma ASME B16.20. Nesta edição foram incluídas as características construtivas e dimensionais das juntas Metalflex que foram anteriormente especificadas na Norma API 601, que deixou de ser publicada. Usadas mundialmente, as juntas fabricadas obedecendo às recomendações da Norma ASME B16.20 são produzidas em grandes quantidades e facilmente encontradas em estoque. Possuem custo muito reduzido, quando comparado com juntas de desempenho equivalente. Ao especificar uma junta metálica para flanges de tubulações, a Metalflex 913 (Figura 7.6) fabricada de acordo com a Norma ASME B16.20 deve ser a primeira opção de projeto. O uso de outro tipo de junta metálica só deve ser recomendado se as condições específicas da aplicação o exigirem. 12.1. APLICAÇÃO As juntas ASME B16.20 estão dimensionadas para uso em flanges ASME/ANSI B16.5, ASME B16.47, Série A e Série B. Portanto, ao especificar uma junta Metalflex para estes tipos de flanges, não é necessário dimensioná-la. Basta apenas especificar os materiais, que devem ser compatíveis com o fluido a ser vedado 144 e determinar qual a classe de pressão e o diâmetro nominal. Nos Anexos 7.1 e 7.3, no final deste capítulo, estão as dimensões, tolerâncias de fabricação e recomendações de uso. . Figura 7.6 12.2. MATERIAIS Os materiais padronizados são: • Fita metálica: aço inoxidável AISI 304. • Enchimento: grafite flexível Graflex ou PTFE. • Anel de centralização: aço carbono AISI 1010/1020. • Anel interno: AISI 304. Outros materiais também podem ser fornecidos sob encomenda. 12.3. ESPIRAL A espiral deve ter as seguintes características: • Pelo menos três voltas iniciais e três finais de fita metálica sem enchimento. • As voltas iniciais da fita metálica devem ser soldadas a ponto, com espaços aproximadamente iguais separados de, no máximo, 3" (76.2mm), com um mínimo de três pontos de solda. 145 • • Volta final de fita metálica com três pontos de solda e espaçamento de, aproximadamente, 1.50" (38.1mm ). Para assegurar o encaixe com o anel de centralização, podem ser usadas até quatro voltas soltas de fita metálica. Estas voltas soltas não são incluídas ao determinar o diâmetro externo da espiral. 12.4. ANEL INTERNO Para evitar o esmagamento excessivo das juntas de alta pressão, devido à força de aperto dos parafusos, é necessário a colocação de anel interno, conforme mostrado na Figura 7.7. O seu uso também é necessário quando se deseja reduzir a turbulência do fluido na região de transição entre os flanges. É usualmente fabricado no mesmo material da fita metálica e aumenta consideravelmente o preço da junta. Também é de uso obrigatório quando o fluido contém partículas abrasivas. Em processos altamente corrosivos, na presença de ácido fluorídrico ( HF ), é usado anel interno em PTFE para evitar que a junta e a parte interna do flange, entrem em contato direto com o fluido. As juntas com enchimento em PTFE apresentam a tendência de flambagem do diâmetro interno, devido às características de incompressibilidade do PTFE. Para evitar esta flambagem, que pode reduzir consideravelmente a selabilidade da junta, é obrigatório o uso de anel interno em todas as juntas com enchimento em PTFE, independente do diâmetro ou classe de pressão. As juntas com enchimento de Graflex também, em algumas situações, podem apresentar tendência à flambagem do diâmetro interno. Por esta razão está cada vez mais difundido o uso do anel interno, nas juntas com enchimento em Graflex. A espessura do anel interno é a mesma do anel externo. O diâmetro interno pode se projetar para dentro do flange até 1.5mm. Nos Anexos 7.1 a 7.3 estão as dimensões dos anéis internos para flanges ASME B16.5 E ASME B16.47. Figura 7.7 146 12.5. MARCAÇÃO O anel de centralização é marcado com símbolos de, no mínimo, 1/8" (3.2mm) de altura, constando as seguintes indicações: • Identificação do fabricante (nome ou marca). • diâmetro nominal do flange. • classe de pressão. • indicação do material da fita metálica, quando não for AISI 304. • indicação do material do enchimento, quando não for amianto. • indicação dos materiais dos anéis, quando não forem os padronizados: AISI 1010/1020 para o anel de centralização e AISI 304 para o anel interno. • identificação: ASME B16.20. 12.6. CÓDIGOS DE CORES O perfil do anel de centralização deve ser pintado, de modo a facilitar a identificação das juntas no estoque. A identificação do material da fita metálica deve ser pintada continuamente em todo em todo o perfil do anel de centralização. O material do enchimento é identificado com um mínimo de quatro listas igualmente espaçadas ao longo do perfil. As cores obedecem às tabelas 7.7 e 7.8. Tabela 7.7 Código de Cores da Fita Metálica Fita metálica AISI 304 AISI 316 AISI 347 AISI 321 Monel Níquel Aço carbono Inconel Cor Amarelo Verde Azul Turquesa Laranja Vermelho Prata Ouro Tabela 7.8 Código de Cores do Enchimento Enchimento Amianto PTFE Grafite Flexível - Graflex Mica-grafite Cor sem pintura branco cinza rosa 147 13. JUNTAS TIPO 913 – APÊNDICE E DA NORMA ASME B16.5 Sendo uma norma de flanges e não de juntas, a ASME B16.5 não menciona detalhes construtivos ou de materiais. As dimensões indicadas nas tabelas, são apenas orientativas, cabendo ao projetista determinar as dimensões de acordo com as condições específicas da aplicação. No Brasil, é comum o uso das dimensões da Tabela HE1, figuras HE1 e HE2 da Normas ASME B16.5 para fabricação de juntas espirais. Estas juntas apresentam várias deficiências, tais como área de aperto maior, reduzindo a pressão de esmagamento, tendência a se projetar no interior da tubulação, e o anel de centralização não atua como limite de compressão da junta. O anexo 7.7 mostra os diâmetros da junta e do anel de centralização. Conforme já mencionado, por não ser uma norma de juntas, não existem espessuras nem tolerâncias. 14. OUTRAS NORMAS Para a fabricação de junta Metalflex, são também usadas normas de outros países, como Alemanha (DIN), Japão (JIS) e Inglaterra (BS) . A dimensões para Norma DIN estão mostradas no Anexo 7.8. As demais tem pouca aplicação no Brasil, por esta razão não abordadas neste livro. 15. DIMENSIONAMENTO DE JUNTAS TIPO 913 ESPECIAIS A seguir, estão as recomendações que devem ser seguidas ao especificar uma junta tipo 913 especial. Isto é, que não obedeça às indicações de nenhuma norma técnica específica. Figura 7.8 148 15.1 ESPIRAL • • • • Diâmetro interno ( Ie ): igual ao diâmetro interno da face do flange, mais, no mínimo, 6.4mm. Diâmetro externo (Ee ): calculado de modo a atender as recomendações do Capítulo 2 deste livro e de largura máxima conforme Seção 6 deste Capítulo. Espessura ( Te ): podem ser fabricadas nas espessuras de 4. 45 mm (0.175"), 4.76 mm (3/16") e 6.4 mm (¼”). Por ser a espessura da Norma ASME B16.20, recomenda-se 4.45 mm, sempre que possível. As limitações dimensionais para a espessura, estão no Item 6 deste capítulo: Tolerância de fabricação: estão indicadas na Seção 7 deste Capítulo. 15.2. GUIA DE CENTRALIZAÇÃO • • • • • Espessura ( Tg ): 1/8" ( 3.2mm ). Diâmetro interno ( Ig ): igual ao diâmetro externo da espiral, menos aproximadamente 3.2mm ( 1/8" ). Diâmetro externo ( Eg ): igual ao diâmetro do círculo de furação, menos o diâmetro do parafuso. Tolerância de fabricação: no diâmetro externo da guia de centralização é de +_ 0.8mm, para todos os diâmetros nominais. Limitações dimensionais: em virtude de dificuldades de fabricação e da estabilidade do conjunto espiral-guia, existem limitações na largura mínima das guias de centralização, conforme indicado na Tabela 7.9. Tabela 7.9 Guia de Centralização - Limitações Dimensionais Diâmetro interno da guia ( mm ) Até 250 250 a 600 600 a 1500 1500 ou maior Largura mínima ( mm ) 10 12 15 20 15.3. ANEL INTERNO Conforme já mencionado, serve para minimizar a turbulência na região da junta, evitando a corrosão da espiral e diminuindo a perda de carga do sistema. Nas juntas com enchimento de PTFE evita a danificação das voltas internas da espiral, provocada pelo escoamento da junta. 149 15.4. DIVISÕES TIPO DUPLA-CAMISA Semelhante ao tipo 911-T, com divisões de dupla-camisa para uso em trocadores de calor. 15.5. GUIA DE CENTRALIZAÇÃO COM FURAÇÃO Para facilitar o encaixe no equipamento, quando houver dificuldade de acesso, o anel de centralização pode ser fabricado com o mesmo diâmetro externo e furação dos flanges. 16. JUNTAS TIPO 912 Semelhantes ao tipo 913, as juntas 912 são, na realidade, as primeiras juntas deste tipo. O anel de centralização é constituído de duas chapas de 0.5mm de espessura, soldadas e encaixadas na espiral, conforme mostrado na Figura 7.9. Consideradas ultrapassadas, pois o anel não atua como limitador de compressão. Só devem ser usadas em baixas pressões. Figura 7.9 150 17. JUNTAS TIPO 914 São espirais em formas não circulares, tais como: oval, retangular e quadrada de cantos arredondados, diamante, oblonga e pêra, conforme mostrado na Figura 7.10. Figura 7.10 17.1. APLICAÇÃO As juntas Metalflex tipo 914 são usadas principalmente em: janelas e portas de visita de caldeiras (handhole e manhole), castelos de válvulas, cabeçotes e escapamentos de motores. 17.2. DIMENSIONAMENTO Não existe uma norma específica para este tipo de junta, devendo o projetista, ao dimensionar, usar as recomendações do Código ASME. Devido à forma irregular das juntas, é sempre necessário o fornecimento de desenho. Se possível, a mostra de fornecimento anterior, ou, até mesmo, a tampa ou peça onde a junta será aplicada. 17.3. ESPESSURA As espessuras disponíveis para juntas tipo 914 são: 3.2 mm, 4.45 mm, 4.76 mm e 6.4 mm. 151 17.4. JUNTAS PARA PORTAS DE VISITA DE CALDEIRAS A maioria dos fabricantes de caldeiras, utiliza os mesmos tamanhos de manhole e handhole nos seus equipamentos. Desta forma, mesmo não havendo uma padronização, algumas juntas ovais são consideradas padrão industrialmente. As dimensões, em polegadas, destas juntas, estão mostradas no Anexo 7.11. Figura 7.11 152 Anexo 7.1 Dimensões de Juntas Padrão ASME B16.20 Para Flanges ASME B16.5 Diâmetro Nominal 1/2 3/4 1 1 1/4 1 1/2 2 2 1/2 3 4 5 6 8 10 12 14 16 18 20 24 Diâmetro externo da junta por classe de pressão Polegadas 150, 300, 400, 600 900, 1500, 2500 1.25 1.25 1.56 1.56 1.88 1.88 2.38 2.38 2.75 2.75 3.38 3.38 3.88 3.88 4.75 4.75 5.88 5.88 7.00 7.00 8.25 8.25 10.38 10.13 12.50 12.25 14.75 14.50 16.00 15.75 18.25 18.00 20.75 20.50 22.75 22.50 27.00 26.75 153 Anexo 7.1 (Continuação) Dimensões de Juntas Padrão ASME B16.20 Para Flanges ASME B16.5 Diâmetro Nominal 1/2 3/4 1 1 1/4 1 1/2 2 2 1/2 3 4 5 6 8 10 12 14 16 18 20 24 150 0.75 1.00 1.25 1.88 2.13 2.75 3.25 4.00 5.00 6.13 7.19 9.19 11.31 13.38 14.63 16.63 18.69 20.69 24.75 Diâmetro interno da junta por Polegadas 300 400 600 0.75 (1) 0.75 1.00 (1) 1.00 1.25 (1) 1.25 1.88 (1) 1.88 2.13 (1) 2.13 2.75 (1) 2.75 3.25 (1) 3.25 4.00 (1) 4.00 5.00 4.75 4.75 6.13 5.81 5.81 7.19 6.88 6.88 9.19 8.88 8.88 11.31 10.81 10.81 13.38 12.88 12.88 14.63 14.25 14.25 16.63 16.25 16.25 18.69 18.50 18.50 29.69 20.50 20.50 24.75 24.75 24.75 classe de pressão 900 (1) (1) (1) (1) (1) (1) (1) 3.75 4.75 5.81 6.88 8.75 10.88 12.75 14.00 16.25 18.25 20.50 24.75 1500 0.75 1.00 1.25 1.56 1.88 2.31 2.75 3.63 4.63 5.63 6.75 8.50 10.50 12.75 14.25 16.00 18.25 20.25 24.25 2500 0.75 1.00 1.25 1.56 1.88 2.31 2.75 3.63 4.63 5.63 6.75 8.50 10.63 12.50 (1) (1) (1) (1) (1) NOTAS: 1. Não existem juntas classe 400 de ½” a 3" ( use classe 600 ), nem classe 900 de ½” a 2 ½” ( use classe 1500 ) e classe 2500 de 14" ou maior. 2. Anéis internos são requeridos em todas as juntas com enchimento em PTFE e nas juntas de 24", classe 900; 12" a 24", classe 1500; de 4" a 12", classe 2500. 3. Tolerâncias de fabricação em polegadas: • espessura da espiral : ± 0.005" – medido na fita metálica, não incluindo o enchimento que pode se projetar um pouco acima da fita metálica • diâmetro externo da junta: de ½” a 8" : ± 0.03" de 10" a 24" : + 0.06" – 0.03" • diâmetro interno da junta: de ½” a 8" : ± 0.016" de 10" a 24" : ± 0.03" 154 Anexo 7.1 (Continuação) Dimensões de Juntas Padrão ASME B16.20 Para Flanges ASME B16.5 Diâmetro Nominal 1/2 3/4 1 1 1/4 1 1/2 2 2 1/2 3 4 5 6 8 10 12 14 16 18 20 24 Diâmetro externo do anel de centralização por classe de pressão Polegadas 150 300 400 600 900 1500 2500 1.88 2.13 (1) 2.13 (1) 2.50 2.75 2.25 2.63 (1) 2.63 (1) 2.75 3.00 2.63 2.88 (1) 2.88 (1) 3.13 3.38 3.00 3.25 (1) 3.25 (1) 3.50 4.13 3.38 3.75 (1) 3.75 (1) 3.88 4.63 4.13 4.38 (1) 4.38 (1) 5.63 5.75 4.88 5.13 (1) 5.13 (1) 6.50 6.63 5.38 5.88 (1) 5.88 6.63 6.88 7.75 6.88 7.13 7.00 7.63 8.13 8.25 9.25 7.75 8.50 8.38 9.50 9.75 10.00 11.00 8.75 9.88 9.75 10.50 11.38 11.13 12.50 11.00 12.13 12.00 12.63 14.13 13.88 15.25 13.38 14.25 14.13 15.75 17.13 17.13 18.75 16.13 16.63 16.50 18.00 19.63 20.50 21.63 17.75 19.13 19.00 19.38 20.50 22.75 (1) 20.25 21.25 21.13 22.25 22.63 25.25 (1) 21.63 23.50 23.38 24.13 25.13 27.75 (1) 23.88 25.75 25.50 26.88 27.50 29.75 (1) 28.25 30.50 30.25 31.13 33.00 35.50 (1) NOTAS: 1. Não existem juntas classe 400 de ½” a 3" ( use classe 600 ), nem classe 900 de ½” a 2 ½” ( use classe 1500 ) e classe 2500 de 14" ou maior. 2. Tolerância do diâmetro externo do anel de centralização: ± 0.03" 155 Anexo 7.1 (Continuação) Dimensões de Juntas Padrão ASME B16.20 Para Flanges ASME B16.5 Diâmetro Nominal 1/2 3/4 1 1 1/4 1 1/2 2 2 1/2 3 4 5 6 8 10 12 14 16 18 20 24 Diâmetro interno do anel interno Polegadas 150 300 400 600 0.56 0.56 (1) 0.56 0.81 0.81 (1) 0.81 1.06 1.06 (1) 1.06 1.50 1.50 (1) 1.50 1.75 1.75 (1) 1.75 2.19 2.19 (1) 2.19 2.62 2.62 (1) 2.62 3.19 3.19 (1) 3.19 4.19 4.19 4.19 4.19 5.19 5.19 5.19 5.19 6.19 6.19 6.19 6.19 8.50 8.50 8.25 8.25 10.56 10.56 10.25 10.25 12.50 12.50 12.50 12.50 13.75 13.75 13.75 13.75 15.75 15.75 15.75 15.75 17.69 17.69 17.69 17.69 19.69 19.69 19.69 19.69 23.75 23.75 23.75 23.75 por classe de pressão 900 (1) (1) (1) (1) (1) (1) (1) 3.19 4.19 5.19 6.19 7.75 9.69 11.50 12.63 14.75 16.75 19.00 23.25 1500 0.56 0.81 1.06 1.31 1.63 2.06 2.50 3.19 4.19 5.19 6.19 7.75 9.69 11.50 12.63 14.50 16.75 18.75 22.75 2500 0.56 0.81 1.06 1.31 1.63 2.06 2.50 3.19 4.19 5.19 6.19 7.75 9.69 11.50 (1) (1) (1) (1) (1) NOTAS: 1. Não existem juntas 400 de ½” a 3" ( use classe 600 ), nem classe 900 de ½” a 2 1/2" ( use classe 1500 ) e classe 2500 de 14" ou maior. 2. A espessura do anel interno deve ser de 0.117" a 0.131" 3. Tolerâncias no diâmetro interno: de 1 ¼” a 3": ± 0.03" 4" e maiores: ± 0.06" 156 Anexo 7.2 Dimensões de Juntas Padrão ASME B16.20 Para Flanges ASME B16.47 Série A Dimensões das juntas por classe de pressão Polegadas Diâmetro Nominal 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60 DI 26.50 28.50 30.50 32.50 34.50 36.50 38.50 40.50 42.50 44.50 46.50 48.50 50.50 52.50 54.50 56.50 58.50 60.50 150 DE 27.75 29.75 31.75 33.88 35.88 38.13 40.13 42.13 44.25 46.38 48.38 50.38 52.50 54.50 56.50 58.50 60.50 62.50 DA 30.50 32.75 34.75 37.00 39.00 41.25 43.75 45.75 48.00 50.25 52.25 54.50 56.50 58.75 61.00 63.25 65.50 67.50 DI 27.00 29.00 31.25 33.50 35.50 37.63 38.50 40.25 42.25 44.50 46.38 48.63 51.00 53.00 55.25 57.25 59.50 61.50 157 300 DE 29.00 31.00 33.25 35.50 37.50 39.63 40.00 42.13 44.13 46.50 48.38 50.63 53.00 55.00 57.25 59.25 61.50 63.50 DA 32.88 35.38 37.50 39.63 41.63 44.00 41.50 43.88 45.88 48.00 50.13 52.13 54.25 56.25 58.75 60.75 62.75 64.75 DI 27.00 29.00 31.25 33.50 35.50 37.63 38.25 40.38 42.38 44.50 47.00 49.00 51.00 53.00 55.25 57.25 59.25 61.75 400 DE 29.00 31.00 33.25 35.50 37.50 39.63 40.25 42.38 44.38 46.50 49.00 51.00 53.00 55.00 57.25 59.25 61.25 63.75 DA 32.75 35.13 37.25 39.50 41.50 44.00 42.25 44.38 46.38 48.50 50.75 53.00 55.25 57.25 59.75 61.75 63.75 66.25 Anexo 7.2 (Continuação) Dimensões de Juntas Padrão ASME B16.20 Para Flanges ASME B16.47 Série A Dimensões das juntas por classe de pressão Polegadas Diâmetro Nominal 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60 DI 27.00 29.00 31.25 33.50 35.50 37.63 39.00 41.25 43.50 45.75 47.75 50.00 52.00 54.00 56.25 58.25 60.50 62.75 600 DE 29.00 31.00 33.25 35.50 37.50 39.63 41.00 43.25 45.50 47.75 49.75 52.00 54.00 56.00 58.25 60.25 62.50 64.75 DA 34.13 36.00 38.25 40.25 42.25 44.50 43.50 45.50 48.00 50.00 52.25 54.75 57.00 59.00 61.25 63.50 65.50 68.25 DI 27.00 29.00 31.25 33.50 35.50 37.75 40.75 43.25 45.25 47.50 50.00 52.00 900 DE 29.00 31.00 33.25 35.50 37.50 39.75 42.75 45.25 47.25 49.50 52.00 54.00 DA 34.75 37.25 39.75 42.25 44.75 47.25 47.25 49.25 51.25 53.88 56.50 58.50 Não existem flanges classe 900 de 50" e maiores. NOTAS: 1. Anéis internos são requeridos em todas as juntas com enchimento em PTFE e nas juntas classe 900. 2. Tolerância em Polegadas • espessura da espiral : ± 0.005" – medido na fita metálica, não incluindo o enchimento que pode se projetar um pouco acima da fita metálica • diâmetro externo da junta : ± 0.06" • diâmetro interno da junta de 26" a 34" : ± 0.03" • 36" e maiores : ± 0.05" • diâmetro externo do anel de centralização : ± 0.03" 158 Anexo 7.2 (Continuação) Dimensões de Juntas Padrão ASME B16.20 Para Flanges ASME B16.47 Série A Diâmetro Nominal 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60 Diâmetro interno dos anéis internos por classe de pressão Polegadas 150 25.75 27.75 29.75 31.75 33.75 35.75 37.75 39.75 41.75 43.75 45.75 47.75 49.75 51.75 53.50 55.50 57.50 59.50 300 25.75 27.75 29.75 31.75 33.75 35.75 37.50 39.50 41.50 43.50 45.38 47.63 49.00 52.00 53.25 55.25 57.00 60.00 400 26.00 28.00 29.75 32.00 34.00 36.13 37.50 39.38 41.38 43.50 46.00 47.50 49.50 51.50 53.25 55.25 57.25 59.75 600 25.50 27.50 29.75 32.00 34.00 36.13 37.50 39.75 42.00 43.75 45.75 48.00 50.00 52.00 54.25 56.25 58.00 60.25 NOTAS:1. Espessura do anel interno : de 0.117" a 0.131". 2. Tolerância do diâmetro interno do anel interno: ± 0.12". 159 900 26.00 28.00 30.00 32.00 34.00 36.25 39.75 41.75 43.75 45.50 48.00 50.00 Não existem flanges classe 900 de 50" e maiores Anexo 7.3 Dimensões de Juntas Padrão ASME B16.20 Para Flanges ASME B16.47 Série B Dimensões das juntas por classe de pressão Polegadas Diâmetro Nominal 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60 DI 26.50 28.50 30.50 32.50 34.50 36.50 38.37 40.25 42.50 44.25 46.50 48.50 50.50 52.50 54.50 56.88 59.07 61.31 150 DE 27.70 29.50 31.50 33.50 35.75 37.75 39.75 41.88 43.88 45.88 48.19 50.00 52.19 54.19 56.00 58.18 60.19 62.44 DA 28.56 30.56 32.56 34.69 36.81 38.88 41.13 43.13 45.13 47.13 49.44 51.44 53.44 55.44 57.63 59.63 62.19 64.19 DI 26.50 28.50 30.50 32.50 34.50 36.50 39.75 41.75 43.75 45.75 47.88 49.75 51.88 53.88 55.25 58.25 60.44 62.56 160 300 DE 28.00 30.00 32.00 34.00 36.00 38.00 41.25 43.25 45.25 47.25 49.38 51.63 53.38 55.38 57.25 60.00 61.94 64.19 DA 30.38 32.50 34.88 37.00 39.13 41.25 43.25 45.25 47.25 49.25 51.88 53.88 55.88 57.88 60.25 62.75 65.19 67.19 DI 26.25 28.13 30.13 32.00 34.13 36.13 38.25 40.38 42.38 44.50 47.00 49.00 51.00 53.00 55.25 57.25 59.25 61.75 400 DE 27.50 29.50 31.75 33.88 35.88 38.00 40.25 42.38 44.38 46.50 49.00 51.00 53.00 55.00 57.25 59.25 61.25 63.75 DA 29.38 31.50 33.75 35.88 37.88 40.25 42.25 44.38 46.38 48.50 50.75 53.00 55.25 57.25 59.75 61.75 63.75 66.25 Anexo 7.3 (Continuação) Dimensões de Juntas Padrão ASME B16.20 Para Flanges ASME B16.47 Série B Dimensões das juntas por classe de pressão Polegadas Diâmetro Nominal 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60 DI 26.13 27.75 30.63 32.75 35.00 37.00 39.00 41.25 43.50 45.75 47.75 50.00 52.00 54.00 56.25 58.25 60.50 62.75 600 DE 28.13 29.75 32.63 34.75 37.00 39.00 41.00 43.25 45.50 47.75 49.75 52.00 54.00 56.00 58.25 60.25 62.50 64.75 DA 30.13 32.25 34.63 36.75 39.25 41.25 43.50 45.50 48.00 50.00 52.25 54.75 57.00 59.00 61.25 63.50 65.50 68.25 DI 27.25 29.25 31.75 34.00 36.25 37.25 40.75 43.25 45.25 47.50 50.00 52.00 900 DE 29.50 31.50 33.75 36.00 38.25 39.25 42.75 45.25 47.25 49.50 52.00 54.00 DA 33.00 35.50 37.75 40.00 42.25 44.25 47.25 49.25 51.25 53.88 56.50 58.50 Não existem flanges classe 900 de 50" e maiores. NOTAS: 1. Anéis internos são requeridos em todas as juntas com enchimento em PTFE e nas juntas classe 900. 2. Tolerância em Polegadas • espessura da espiral : ± 0.005" – medido na fita metálica, não incluindo o enchimento que pode se projetar um pouco acima da fita metálica • diâmetro externo da junta : ± 0.06" • diâmetro interno da junta de 26" a 34" : ± 0.03" • 36" e maiores : ± 0.05" • diâmetro externo do anel de centralização : ± 0.03" 161 Anexo 7.3 (Continuação) Dimensões de Juntas Padrão ASME B16.20 Para Flanges ASME B16.47 Série B Diâmetro Nominal 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60 Diâmetro interno dos anéis internos por classe de pressão Polegadas 150 25.75 27.75 29.75 31.75 33.75 35.75 37.75 39.75 41.75 43.75 45.75 47.75 49.75 51.75 53.50 55.50 57.50 59.50 300 25.75 27.75 29.75 31.75 33.75 35.75 37.50 39.50 41.50 43.50 45.38 47.63 49.00 52.00 53.25 55.25 57.00 60.00 400 26.00 28.00 29.75 32.00 34.00 36.13 37.50 39.38 41.38 43.50 46.00 47.50 49.50 51.50 53.25 55.25 57.25 59.75 600 25.50 27.50 29.75 32.00 34.00 36.13 37.50 39.75 42.00 43.75 45.75 48.00 50.00 52.00 54.25 56.25 58.00 60.25 NOTAS: 1. Espessura do anel interno : de 0.117" a 0.131". 2. Tolerância do diâmetro interno do anel interno: ± 0.12". 162 900 26.00 28.00 30.25 32.00 34.00 36.25 39.75 41.75 43.75 45.50 48.00 50.00 Não existem flanges classe 900 de 50" e maiores Anexo 7.4 Dimensões para juntas 914 Dimensões internas pol A B 11 14 11 14 11 14 11 15 11 15 11 15 11 15 11 15 11 15 11 ¼ 15 ½ 12 16 12 16 12 16 12 16 12 16 12 16 12 16 12 16 Largura - W - pol Espessura - E - pol 3/4 1 1 ¼ ½ ¾ ¾ 1 1 ¼ 1 ¼ ¾ 5/16 ½ ¾ 7/8 1 1 1 ¼ 1 1/4 3/16 3/16 3/16 3/16 3/16 ¼ 3/16 3/16 ¼ 3/16 3/16 3/16 3/16 3/16 3/16 ¼ 3/16 1/4 163 Anexo 7.5 Juntas Tipo 911 para Flanges Lingüeta e Ranhura Grande e Pequena Diâmetro Nominal ½ ¾ 1 1¼ 1½ 2 2½ 3 3½ 4 5 6 8 10 12 14 16 18 20 24 Dimensões das juntas - polegadas Pequena Grande Ie Ee Ie Ee 1 1 3/8 1 1 3/8 1 5/16 1 11/16 1 5/16 1 11/16 1 ½ 2 1 ½ 1 7/8 7 7 1 /8 2 ½ 1 /8 2 ¼ 2 1/8 2 7/8 2 1/8 2 ½ 2 7/8 3 5/8 2 7/8 3 ¼ 3 3/8 4 1/8 3 3/8 3 ¾ 4 ¼ 5 4 ¼ 4 5/8 4 ¾ 5 ½ 4 ¾ 5 1/8 5 3/16 6 3/16 5 3/16 5 11/16 6 5/16 7 5/16 6 5/16 6 13/16 7 ½ 8 ½ 7 ½ 8 9 3/8 10 5/8 9 3/8 10 11 ¼ 12 ¾ 11 ¼ 12 13 ½ 15 13 ½ 14 ¼ 14 ¾ 16 ¼ 14 ¾ 15 ½ 17 18 ½ 16 ¾ 17 5/8 19 ¼ 21 19 ¼ 20 1/8 21 23 21 22 25 ¼ 27 ¼ 25 ¼ 26 ¼ Espessura padrão: 3.2 mm ( 1/8" ). 164 Anexo 7.6 Juntas Tipo 911 para Flanges ASME B16.5 Tipo Macho e Fêmea Diâmetro Nominal ¼ ½ ¾ 1 1¼ 1½ 2 2½ 3 3½ 4 5 6 8 10 12 14 16 18 20 24 Dimensões das juntas - polegadas Classe 150 a 1500 psi Classe 2500 psi Ee Ie Ee Ie ½ 1 13/ 3/ 1 1 3/8 1 16 8 11/ 1/ 11/ 5 1 1 1 1 /16 16 16 16 1 ½ 2 1 ¼ 2 1 7/8 2 ½ 1 5/8 2 ½ 7 2 /8 1 7/8 2 7/8 2 1/8 2 7/8 3 5/8 2 3/8 3 5/8 3 1 3 /8 4 /8 3 4 1/8 5 3 ¾ 5 4 ¼ 4 ¾ 5 ½ 3 3 5 /16 6 /16 4 ¾ 6 3/16 5 5 7 /16 5 ¾ 7 5/16 6 /16 7 ½ 8 ½ 6 ¾ 8 ½ 9 3/8 10 5/8 8 ¾ 10 5/8 12 ¾ 10 ¾ 12 ¾ 11 ¼ 13 ½ 15 13 15 14 ¾ 16 ¼ 18 ½ 17 19 ¼ 21 21 23 27 ¼ 25 ¼ Espessura padrão: 3.2 mm ( 1/8" ). 165 Anexo 7.7 Juntas Tipo 913 Conforme Apêndice E, Figuras 2 e 3 da Norma ASME B16.5 Diâmetro Nominal 1/2 3/4 1 1 1/4 1 1/2 2 2 1/2 3 3 1/2 4 5 6 8 10 12 14 16 18 20 24 Espiral Ee Ie 35 21 43 27 51 33 64 42 73 48 92 60 105 73 127 89 140 102 157 114 186 141 216 168 270 219 324 273 381 324 413 356 470 406 533 457 584 508 692 610 150 48 57 67 76 86 105 124 137 162 175 197 222 279 340 409 451 514 549 606 718 Dimensões das juntas - mm Anel de Centralização - Eg 300 400 600 900 54 54 54 64 67 67 67 70 73 73 73 79 83 83 83 89 95 95 95 98 111 111 111 143 130 130 130 165 149 149 149 168 165 162 162 181 178 194 206 216 213 241 248 251 248 267 289 308 305 321 359 362 359 400 435 422 419 457 498 486 483 492 521 540 537 565 575 597 594 613 638 654 645 683 698 775 768 790 838 166 1500 64 70 79 89 98 143 165 175 210 254 282 353 435 521 578 641 705 756 901 2500 70 76 86 105 117 146 168 197 235 279 318 387 476 549 - Anexo 7.8 Dimensões de Juntas 913 e 913M Norma DIN 2699 DN D1 D2 D3 – Classe de Pressão -bar 2 a 64 10 15 20 25 32 40 50 65 80 100 125 150 175 200 250 300 350 400 450 500 600 700 800 900 1000 16 24 20 28 28 36 35 43 43 51 50 58 61 73 77 89 90 102 115 127 140 152 167 179 191 203 215 227 267 279 318 330 360 380 410 430 460 480 510 530 610 630 710 730 810 830 910 930 1010 1030 109 122 147 174 201 229 253 307 358 410 462 516 566 666 770 874 974 1078 D4 – Classe de Pressão - bar 100 a 250 36 40 50 57 67 74 91 111 126 151 178 205 235 259 315 366 418 470 628 40 254 284 340 400 457 514 624 731 822 942 1042 1154 167 40 46 51 61 71 82 92 107 127 142 168 194 224 265 290 352 417 474 546 628 63 113 138 148 174 210 247 277 309 364 424 486 543 100 287 391 458 160 56 61 250 67 72 82 83 103 119 144 154 180 217 257 284 324 388 458 109 124 154 170 202 242 284 316 358 442 168 CAPÍTULO 8 JUNTAS METALBEST® 1. O QUE É UMA JUNTA METALBEST® É uma junta fabricada a partir de uma alma de material macio, revestida por uma ou mais camadas metálicas ( Figura 8.1). Existem diversos tipos de construção, que serão descritos a seguir. Figura 8.1 169 2. METAIS O metal normalmente possui a espessura de 0.4 mm a 0.6 mm. Sua escolha deve ser de acordo com as recomendações do Capítulo 6 deste livro. 3. ENCHIMENTO O material padrão de enchimento é o Graflex®. Dependendo das condições operacionais, também podem ser usados como enchimento: um metal, papelão de fibra cerâmica ou PTFE. 4. DIMENSIONAMENTO Os valores a seguir são baseados em aplicações práticas, não sendo, portanto, de uso obrigatório. • Juntas confinadas nos diâmetros interno e externo: • Diâmetro interno junta = diâmetro interno do alojamento + 1.6 mm. • Diâmetro externo junta = diâmetro externo do alojamento – 1.6 mm. • Juntas confinadas no diâmetro externo: • Diâmetro interno junta = diâmetro interno flange + no mínimo 3.2 mm. • Diâmetro externo junta = diâmetro externo do alojamento – 1.6 mm. • Juntas não-confinadas: • Diâmetro interno junta = diâmetro interno flange + no mínimo 3.2 mm. • Diâmetro externo junta = diâmetro círculo de furação – diâmetro dos parafusos. • Largura: seguir as recomendações de projeto do Capítulo 2 deste livro. 5. PRINCIPAIS TIPOS E APLICAÇÕES 5.1. TIPO 920 Constituída de um enchimento macio revestido parcialmente por uma camisa metálica (Figura 8.2). Usada em aplicações onde a pressão de esmagamento e largura máxima, são limitadas. Pode ser fabricada em formato circular ou oval. A largura máxima é de 6.4 mm ( 1/4" ) e a espessura padrão é de 2.4 mm ( 3/32" ). 170 Figura 8.2 5.2. TIPO 923 Constituída de uma dupla-camisa metálica sobre o enchimento macio ( Figura 8.3). Suas aplicações mais típicas são as juntas para Trocador de Calor. Produzidas sob encomenda, não existe praticamente nenhum limite de diâmetro ou forma para a sua fabricação. Na Seção 6 deste Capítulo estão as principais características das juntas para Trocador de Calor. As juntas Tipo 923 também são empregadas em flanges de grandes diâmetros em reatores de indústrias químicas. Outra aplicação são as tubulações de gases de alto-forno das siderúrgicas. As principais caraterísticas destas aplicações são a alta temperatura, baixa pressão e flanges com empenamentos e irregularidades. As juntas são de espessura de 4 mm a 6 mm para compensar estes problemas. Figura 8.3 171 5.3. TIPO 926 Mostrada na Figura 8.4, é similar ao tipo 923 com a camisa metálica corrugada, para atuar como um labirinto, adicionando maior selabilidade. A Norma ASME B16.20 apresenta as dimensões e tolerâncias deste tipo de junta para uso em flanges ASME B16.5. Devido ao seu custo mais elevado, tem uso restrito, sendo normalmente preterido em favor das juntas Metalflex, já descritas no Capítulo 7 deste livro. Figura 8.4 5.4. TIPO 929 Similar ao tipo 926, com enchimento metálico corrugado (Figura 8.5). Este tipo oferece as vantagens da 926 com o limite máximo de temperatura dependendo apenas do metal empregado na sua fabricação. Figura 8.5 172 6. JUNTAS PARA TROCADORES DE CALOR 6.1 TIPOS DE TROCADORES DE CALOR Existem inúmeros tipos de Trocadores de Calor, muitos deles tão incorporados ao nosso dia-a-dia que sequer os apreciamos. Por exemplo, os radiadores dos automóveis ou os aquecedores a gás da residências (boilers). Todos estes são dispositivos que promovem a troca de calor entre um fluido e outro, fazendo o resfriamento (água do radiador) ou aquecimento (água do boiler), conforme a necessidade do processo. Nas indústrias são usados diversos tipos de trocadores de calor, alguns deles possuem nomes específicos como os radiadores, caldeiras, resfriadores (chilers), etc. Quando falamos de forma genérica, Trocador de Calor, podemos estar nos referindo a qualquer destes aparelhos. Entretanto, na maioria das indústrias, se interpreta como uma referência ao Trocador de Calor tipo “Shell and Tube”. Como o próprio nome indica são aparelhos com um casco (shell) e tubos. Um dos fluidos circula entre o casco e o lado externo dos tubos e o outro fluido no lado interno dos tubos. 6.2. NORMA TEMA A grande maioria dos trocadores de calor tipo “Shell and Tube” são fabricados de acordo com a Norma “Standards of the Tubular Exchanger Manufactures Association – TEMA”, que estabelece os critérios para o projeto, construção, teste, instalação e manutenção destes aparelhos. São definidas pela Norma TEMA três classes de Trocadores de Calor tipo “Shell and Tube”: • Classe R: para uso em aplicações relacionadas ao processamento de Petróleo, considerado serviço severo. São especificadas juntas dupla camisa (923, 926 ou 927) ou metal sólido (940, 941 ou 942) para os cabeçotes flutuantes internos, para pressões de 300 psi ou maior e para todas as juntas em contato com hidrocarbonetos. • Classe B: para uso na industria química em geral. São especificadas juntas dupla camisa (923, 926 ou 927) ou metal sólido (940, 941 ou 942) para os cabeçotes flutuantes internos e para pressões de 300 psi ou maior. Nas juntas externas é permitido o uso de juntas não metálicas, desde que haja compatibilidade térmica e química com o fluido • Classe C: para serviço considerado moderado na industria em geral. São recomendados os mesmos critérios de seleção do tipo de junta da Classe B. 6.3. JUNTAS TIPO 923 As juntas tipo 923 são as mais usadas nos Trocadores de Calor. Podem ser fabricadas nas mais diversas formas, tamanhos e com divisões para trocadores de várias passagens. A vedação primária é obtida no diâmetro interno, onde existe a superposição dos materiais. Neste ponto, a espessura é maior antes do esmagamento e a junta mais densa após o aperto, ocorrendo o maior escoamento do material e 173 favorecendo a vedação. O lado externo da junta, que também possui espessura maior, atua como vedação secundária. A parte central da junta não participa decisivamente na vedação. A Figura 8.6 mostra como a junta deve ser instalada em flange lingüeta e ranhura. Figura 8.6 Para elevar selabilidade da junta um ressalto de 0.4 mm (1/64" ) de altura por 3.2 mm (1/8") de largura pode ser usinado na face do trocador para atuar como vedação no lado oposto ao da dupla-camisa, onde a espessura da junta é menor. A Figura 8.7 mostra a disposição da junta instalada em flange lingüeta e ranhura com ressalto. Figura 8.7 174 6.4. MATERIAIS As juntas para trocador de calor podem ser fabricadas na maioria dos metais disponíveis em chapas de 0.4 mm a 0.5 mm de espessura. A escolha do material da camisa externa deve levar em consideração, as condições operacionais e o fluido a ser vedado. Consultar o Capítulo 6 deste livro ao especificar os materiais para a camisa metálica. O material de enchimento mais usado é o Grafite Flexível, que estando totalmente encapsulado pelo metal, tem a sua oxidação bastante reduzida, mesmo em elevadas temperaturas. O PTFE sinterizado também pode ser usado como enchimento quando o fluido não for compatível com o Graflex®. Nos projetos mais antigos o enchimento especificado é o Papelão de Amianto PI 97B, que em razão dos problemas ambientais relacionados ao Amianto, tem o seu uso cada vez mais limitado. 6.5. JUNTAS FABRICADAS EM UMA SÓ PEÇA A construção mais tradicional das juntas de dupla camisa para trocador de calor, é a fabricação em uma só peça, conforme mostrado na Figura 8.8. Nesta construção existe um raio de concordância entre as divisões e o anel externo. Os raios de concordância mínimos estão mostrados na Tabela 8.1. Raios menores podem resultar em trincas no material, diminuindo a capacidade de vedação da junta. Figura 8.8 175 6.6. JUNTAS COM DIVISÕES SOLDADAS As juntas com divisões soldadas, eliminam um dos grandes problemas das juntas de uma só peça, que são as trincas na região dos raios de concordância, conforme mostrado na Figura 8.8. Em virtude das tensões decorrentes do repuxo, ocorrem trincas nos raios de concordância, permitindo a passagem do fluido. A vedação primária e secundária, conforme mostrado anteriormente, não existe, ficando a vedação restrita à vedação secundária. Além das trincas, estas juntas possuem área maior na região da concordância, reduzindo a pressão de esmagamento e a selabilidade. Para evitar os pontos fracos causados pelas trincas nos raios de concordância, foi desenvolvida a junta para trocador de calor com divisões soldadas, que assegura a vedação primária e secundária em toda a junta, conforme mostrado na Figura 8.9. A selabilidade da junta é consideravelmente maior, reduzindo riscos de vazamento para o meio ambiente. As divisões devem assegurar a vedação entre as passagens do trocador de calor. No sistema de divisões soldadas, existe um pequeno vazamento que vai reduzir de valor desprezível a eficiência do trocador, não oferecendo riscos ao meio ambiente. A fixação das divisões é feita por dois pontos de solda em cada extremidade. Desta forma, há uma completa fixação da divisão ao anel externo, sem prejudicar a vedação primária e secundária. Estes pontos de solda são executados de maneira a não criar regiões mais resistentes ao esmagamento, tornando o aperto uniforme em todo o perímetro da junta. Figura 8.9 176 6.7. DIMENSIONAMENTO O Anexo 8.1 mostra as formas mais usuais das juntas para Trocador de Calor. As dimensões consideradas normais são: • Largura da junta ( B ): 10, 12 e 13, 16, 20 e 25 mm. • Largura das divisões ( C ): 10, 12 e 13 mm. • Espessura ( E ): 3.2 mm (1/8 pol ). • Raios de concordância: conforme Tabela 8.1. • Folga de montagem: 3.2 mm ( 1/8 pol ) entre a junta e seu alojamento para permitir a montagem e o correto esmagamento. Tabela 8.1 Raios de Concordância Material da junta Alumínio Cobre Aço carbono Aço inoxidável Níquel Raio de concordância mínimo - mm 6 8 10 12 10 6.8. TOLERÂNCIAS DE FABRICAÇÃO As tolerâncias devem obedecer às recomendações mostradas na Tabela 8.2 e Figura 8.10. Tabela 8.2 Tolerâncias de Fabricação Característica Diâmetro externo (A) Ovalização do diâmetro externo Largura (B) Espessura (E) Fechamento (S) Largura das divisões (C) Posicionamento das divisões (F) Tolerância - mm Juntas sem divisões Juntas com divisões Juntas sem divisões Juntas com divisões ± 1.6 (médio) ± 1.6 4.0 1.6 +0.0, -0.8 +0.6, -0.0 Igual ou maior que 3 +0.0, -0.8 ± 0.8 177 Figura 8.10 6.9. SOLDA DAS DIVISÕES A solda das divisões deve ser de tal forma que não se projete além da superfície da junta, conforme mostrado na Figura 8.11. CORRETO Figura 8.11 178 ACEITAVEL INCORRETO 7. JUNTAS TIPO 927 PARA TROCADORES DE CALOR As juntas para Trocador de Calor tipo 927 (Figura 8.11) são constituídas de uma junta 923, com cobertura em ambas as faces de vedação com fita corrugada de Grafite Flexível Graflex® tipo TJH, conforme mostrado na Figura 8.12. O material de enchimento da junta também é o Graflex®. A construção da junta 923 é a mostrada no Seção 6 deste Capítulo, com as divisões soldadas. A cobertura de Graflex® aumenta sensivelmente a selabilidade da junta, principalmente se os flanges não estiverem em perfeito estado, o que é muito comum neste tipo de equipamento. As juntas Metalbest Tipo 927 aliam a melhor selabilidade das juntas com divisões soldadas, e enchimento de Graflex® e a capacidade de tolerar imperfeições proporcionada pela fita TJH, solucionando muitos problemas de vedação até então considerados crônicos. É recomendável usar este tipo de junta sempre que as condições operacionais permitirem. Figure 8.12 179 Anexo 8.1 Formatos de Juntas para Trocador de Calor 180 Anexo 8.1 (Continuação) Formatos de Juntas para Trocador de Calor 181 182 CAPÍTULO 9 JUNTAS METÁLICAS 1. DEFINIÇÃO São juntas metálicas sólidas. Isto é, sem enchimento de materiais macios. Podem ser divididas em duas categorias principais: planas e Ring- Joint. Figura 9.1 2. JUNTAS METÁLICAS PLANAS Definidas como juntas de espessura relativamente pequena, quando comparada com a largura. São normalmente fabricadas a partir de uma chapa metálica, com a superfície de vedação usinada ou não. Como a vedação é obtida por esmagamento, a pressão na superfície da junta, deve ser maior que a tensão de escoamento do seu material. Por esta razão, os materiais e acabamentos dos flanges e da junta devem ser cuidadosamente 183 compatibilizados. A dureza do material da junta deve ser sempre menor que a do material do flange, para não danificá-lo. 3. MATERIAIS Qualquer metal disponível em chapas que possam ser cortadas, usinadas ou estampadas, pode ser usado. O tamanho das juntas é limitado pelas chapas, sendo necessário soldar para se conseguir dimensões maiores. As recomendações do Capítulo 6 deste livro, devem ser observadas ao especificar o material da junta. 4. ACABAMENTO DA SUPERFÍCIE DE VEDAÇÃO Para um melhor desempenho, recomenda-se o uso de flanges com acabamento liso. A rugosidade deve ser de, no máximo, 1.6 µm Ra (63 µpol). Em nenhuma circunstância, o acabamento deve exceder a 3.2 µm Ra (125 µpol). Riscos ou marcas radiais no flange ou na junta são praticamente impossíveis de vedar com juntas metálicas sólidas. 5. TIPOS DE JUNTAS METÁLICAS PLANAS 5.1. TIPO 940 São lisas e podem ser fabricadas em praticamente qualquer formato (Figura 9.2). São usadas quando não é necessária compressibilidade para compensar desalinhamentos, empenamentos ou irregularidades superficiais, e quando existe força nos parafusos suficiente para o seu esmagamento. Suas aplicações típicas são castelos de válvulas, trocadores de calor, prensas hidráulicas e flanges lingüeta e ranhura. Figura 9.2 184 Estas juntas, dependendo da liga ou metal usado na sua fabricação, possuem elevada capacidade de resistência ao esmagamento. Os valores das pressões de esmagamento máxima e mínima em temperatura ambiente para diversos materiais estão mostradas na Tabela 9.1. A largura da superfície de vedação da junta deve ser, pelo menos, 1.5 vezes a sua espessura. Tabela 9.1 Pressão de Esmagamento para Juntas Tipo 940 Material Ferro Doce AISI 1006/1008 AISI 1010/1020 AISI 304/316/321 AISI 309 Níquel Cobre Alumínio Pressão de esmagamento (MPa) Mínima 235 235 265 335 400 190 135 70 Máxima 525 525 600 750 900 510 300 140 5.2. TIPO 941 Junta plana com ranhuras concêntricas (Figura 9.3). Combina as vantagens da junta 940, com uma área de contato reduzida, elevando a pressão de esmagamento. Usada quando é necessário uma junta de metal sólido e a força de esmagamento disponível não é suficiente para vedar com uma junta tipo 940. Espessura mínima de fabricação: 1.2 mm. Figura 9.3 185 5.3. TIPO 943 Se as condições operacionais requerem o uso do tipo 941, mas os flanges precisam ser protegidos, a junta pode ter camisa metálica dupla (Figura 9.4). Figura 9.4 5.4. TIPO 900 São juntas corrugadas metálicas (Figura 9.5). São usadas em aplicações de baixa pressão onde haja limitação de peso e espaço. A espessura da chapa deve ser de 0.2 mm a 1.0 mm, dependendo do metal e passo da corrugação. Em virtude da pequena espessura da chapa e das corrugações, a força para esmagar a junta é bem reduzida, se comparado as juntas tipo 940 e 941. É necessário um mínimo de 3 corrugações para a obtenção de uma vedação satisfatória. Uma pequena parte plana nos diâmetros interno e externo é recomendável para reforçar a junta. O passo das corrugações pode variar entre 1.1 mm a 6.4 mm. A espessura total da junta é de 40% a 50% do passo. O limite de temperatura é determinado pelo metal usado. Pressão máxima: 35 bar (500 psi ). Figura 9.5 186 5.5. TIPO 905 É uma junta tipo 900 com uma lâmina de Grafite Flexível Graflex® colada em ambos os lados das corrugações (Figura 9.6). A espessura do metal é de 0.4 mm a 0.5 mm e o passo das corrugações, 4 mm, 5 mm ou 6 mm. Por ser uma junta que atende as exigências “Fire Safe” tem sido muito empregada em fluidos inflamáveis. Figura 9.6 Pode também ser fabricada com gaxeta de Fibra Cerâmica ou de Amianto (Figura 9.7)para uso em tubulações de grandes diâmetro de gases de combustão ou de Alto Forno, em temperaturas elevadas e baixa pressão. Figura 9.7 187 6. RING-JOINTS São anéis metálicas usinados de acordo com padrões estabelecidos pelo American Petroleum Institute (API) e American Society of Mechanical Engineers (ASME), para aplicações em elevadas pressões e temperaturas. Uma aplicação típica dos Ring-Joints é em “Árvores-de-Natal” (Christmas-Tree) usadas nos campos de produção de petróleo ( Figura 9.8 ). A vedação é obtida em uma linha de contato, por ação de cunha, causando elevadas pressões de esmagamento e, desta forma, forçando o material a escoar nesta região. A pequena área de vedação, com alta pressão de contato, resulta em grande confiabilidade. Entretanto, as superfícies de contato da junta e do flange devem ser cuidadosamente usinadas e acabadas. Alguns tipos são ativados pela pressão, isto é, quanto maior a pressão melhor a selabilidade. Figura 9.8 188 6.1. MATERIAIS Os materiais devem ser forjados ou laminados. Fundidos não devem ser usados. A Tabela 9.2 mostra os materiais padronizados pela Norma ASME B 16.20 e API 6A para Ring-Joints. Tabela 9.2 Dureza Máxima e Temperatura dos Ring-Joints Material Ferro doce Aço carbono AISI 502 AISI 410 AISI 304 AISI 316 AISI 347 Monel Níquel Cobre Dureza Máxima Dureza Máxima Brinell Rockwell B 90 56 120 68 130 72 170 86 160 83 160 83 160 83 125 70 120 68 - Temperatura Máxima ° C 538 538 649 704 nota c nota c nota c nota c nota c nota c Código D S F5 S410 S304 S306 S347 M N CU NOTAS: a) b) c) d) e) f) Dureza Brinell medida com carga de 3 000kg, exceto para o aço doce, medida com 500kg. Dureza Rockwell medida com carga de 100kg e esfera de 1/16" de diâmetro. Temperatura máxima de serviço de acordo com ASME B16.20 para tipos 950 e 951. Para os tipos BX e RX, a temperatura máxima é de 121°C. A temperatura máxima depende das condições operacionais. De acordo com a Norma API 6 A os anéis em ferro doce e aço carbono devem ser cadmiados com uma camada de 0,0002" a 0,0005". O código de cada material é gravado na junta ao lado da referência do seu tamanho, conforme indicado nas Normas API 6A e ASME B16.20. 6.1. ACABAMENTO SUPERFICIAL As superfícies de contato dos flanges e das juntas, devem ter a rugosidade máxima de 1.6 µm Ra (63 µpol Ra ), sem marcas de ferramentas, riscos ou outras irregularidades superficiais. 6.2. DUREZA Recomenda-se que a dureza da junta seja sempre menor que a do flange, para não danificá-lo. Esta diferença deve ser de, pelo menos, 30 HB. Quando os materiais 189 da junta e do flange tiverem dureza similar, é necessário fazer tratamento térmico na junta, para deixá-la com a menor dureza possível. 6.4. DIMENSIONAMENTO E TOLERÂNCIAS DE FABRICAÇÃO Ao especificar a aplicação de Ring-Joints, recomenda-se seguir as indicações das normas abaixo relacionadas, que fornecem as dimensões, tolerâncias e tabelas de aplicação. • ASME B16.5 – Steel Pipe-Line Flanges • ASME B16.20 – Metallic Gaskets for Pipe Flanges • ASME B16.47 – Steel Pipe-Line Flanges • API 6A – Specification for Wellhead Equipment. • API 6B – Specification for Wellhead Equipment. • API 6D – Steel Gate, Plug, Ball and Check Valves for Pipe-Line Service. No final deste capítulo, os Anexos 9.1, 9.2 e 9.3 apresentam as dimensões e tolerâncias dos anéis conforme Norma ASME B16.20. 6.5. TIPOS DE ANÉIS RING-JOINT 6.5.1. TIPO 950 É o tipo que foi padronizado originalmente (Figura 9.9). Desenvolvimentos posteriores resultaram em outras formas. Se o flange for projetado usando as versões mais antigas das normas, com canal oval de alojamento do Ring Joint, então deve ser usado somente o tipo 950. Figura 9.9 190 6.5.2. TIPO 951 Anel de seção octogonal (Figura 9.10). Possui maior eficiência de vedação, seu uso é o mais recomendado nos novos projetos. Os flanges fabricados pela versões mais recentes das normas ASME (ANSI) e API, possuem canal com perfil projetado para receber os tipos 950 e 951. Figura 9.10 6.5.3. TIPO RX Possui forma especialmente projetada para usar a pressão interna como auxílio à vedação (Figura 9.11). A face externa da junta faz o contato inicial com o flange, fazendo o esmagamento e vedação. À medida que a pressão interna da linha ou equipamento, aumenta, o mesmo acontece com a força de contato entre a junta e o flange, elevando, desta forma, a eficiência da vedação. Esta característica de projeto, torna este tipo mais resistente às vibrações que ocorrem durante a perfuração e elevações súbitas de pressão e choque, comuns nos trabalhos em campos de petróleo. O tipo RX é totalmente intercambiável com os tipos 950 e 951, usando o mesmo tipo de canal de alojamento no flange e número de referência. Figura 9.11 191 6.5.4. TIPO BX Possui seção quadrada com cantos chanfrados (Figura 9.12). Projetada para emprego somente em flanges API 6BX, em pressões de 2000 a 20000 psi. O diâmetro médio da junta é ligeiramente maior que o do alojamento no flange. Assim, a junta ao ser montada, fica pré-comprimida pelo diâmetro externo, criando o efeito de elevação da vedação com o aumento da pressão de operação. As conexões que usam juntas tipo BX, possuem pequena interferência. A junta é efetivamente “estampada” pelos alojamentos dos flanges, não podendo ser reutilizada. Figura 9.12 6.5.5. Outros tipos Existem diversos outros tipos de juntas metálicas, de aplicações bastante restritas, como, por exemplo, os tipos lente, delta e Bridgeman, que estão fora do escopo deste livro 192 Anexo 9.1 Dimensões para Ring-Joints Tipo 950 e 951 em polegadas Número do Anel R-11 R-12 R-13 R-14 R-15 R-16 R-17 R-18 R-19 R-20 R-21 R-22 R-23 R-24 R-25 R-26 R-27 R-28 R-29 R-30 R-31 R-32 R-33 R-34 Diâmetro Médio P 1.344 1.563 1.688 1.750 1.875 2.000 2.250 2.375 2.563 2.688 2.844 3.250 3.250 3.750 4.000 4.000 4.250 4.375 4.500 4.625 4.875 5.000 5.188 5.188 Largura A 0.250 0.313 0.313 0.313 0.313 0.313 0.313 0.313 0.313 0.313 0.438 0.313 0.438 0.438 0.313 0.438 0.438 0.500 0.313 0.438 0.438 0.500 0.313 0.438 Altura do Anel Oval Octogonal B H 0.44 0.38 0.56 0.50 0.56 0.50 0.56 0.50 0.56 0.50 0.56 0.50 0.56 0.50 0.56 0.50 0.56 0.50 0.56 0.50 0.69 0.63 0.56 0.50 0.69 0.63 0.69 0.63 0.56 0.50 0.69 0.63 0.69 0.63 0.75 0.69 0.56 0.50 0.69 0.63 0.69 0.63 0.75 0.69 0.56 0.50 0.69 0.63 193 Largura C 0.170 0.206 0.206 0.206 0.206 0.206 0.206 0.206 0.206 0.206 0.305 0.206 0.305 0.305 0.206 0.305 0.305 0.341 0.206 0.305 0.305 0.341 0.206 0.305 Raio do Anel R1 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 Anexo 9.1 (Continuação) Dimensões para Ring-Joints Tipo 950 e 951 em polegadas Número do Anel R-35 R-36 R-37 R-38 R-39 R-40 R-41 R-42 R-43 R-44 R-45 R-46 R-47 R-48 R-49 R-50 R-51 R-52 R-53 R-54 R-55 R-56 R-57 R-58 R-59 R-60 R-61 R-62 R-63 R-64 R-65 R-66 R-67 R-68 R-69 R-70 R-71 R-72 R-73 Diâmetro Médio P 5.375 5.875 5.875 6.188 6.375 6.750 7.125 7.500 7.625 7.625 8.313 8.313 9.000 9.750 10.625 10.625 11.000 12.000 12.750 12.750 13.500 15.000 15.000 15.000 15.625 16.000 16.500 16.500 16.500 17.875 18.500 18.500 18.500 20.375 21.000 21.000 21.000 22.000 23.000 Largura A 0.438 0.313 0.438 0.625 0.438 0.313 0.438 0.750 0.313 0.438 0.438 0.500 0.750 0.313 0.438 0.625 0.875 0.313 0.438 0.625 1.125 0.313 0.438 0.875 0.313 1.250 0.438 0.625 1.000 0.313 0.438 0.625 1.125 0.313 0.438 0.750 1.125 0.313 0.500 Altura do Anel Oval Octogonal B H 0.69 0.63 0.56 0.50 0.69 0.63 0.88 0.81 0.69 0.63 0.56 0.50 0.69 0.63 1.00 0.94 0.56 0.50 0.69 0.63 0.69 0.63 0.75 0.69 1.00 0.94 0.56 0.50 0.69 0.63 0.88 0.81 1.13 1.06 0.56 0.50 0.69 0.63 0.88 0.81 1.44 1.38 0.56 0.50 0.69 0.63 1.13 1.06 0.56 0.50 1.56 1.50 0.69 0.63 0.88 0.81 1.31 1.25 0.56 0.50 0.69 0.63 0.88 0.81 1.44 1.38 0.56 0.50 0.69 0.63 1.00 0.94 1.44 1.38 0.56 0.50 0.75 0.69 194 Largura C 0.305 0.206 0.305 0.413 0.305 0.206 0.305 0.485 0.206 0.305 0.305 0.341 0.485 0.206 0.305 0.413 0.583 0.206 0.305 0.413 0.780 0.206 0.305 0.583 0.206 0.879 0.305 0.413 0.681 0.206 0.305 0.413 0.780 0.206 0.305 0.485 0.780 0.206 0.341 Raio do Anel R1 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.09 0.06 0.06 0.06 0.06 0.09 0.06 0.06 0.09 0.06 0.06 0.06 0.09 0.06 0.06 0.06 0.09 0.06 0.06 Anexo 9.1 (Continuação) Dimensões para Ring-Joints Tipo 950 e 951 em polegadas Número do Anel R-74 R-75 R-76 R-77 R-78 R-79 R-80 R-81 R-82 R-84 R-85 R-86 R-87 R-88 R-89 R-90 R-91 R-92 R-93 R-94 R-95 R-96 R-97 R-98 R-99 R-100 R-101 R-102 R-103 R-104 R-105 Diâmetro Médio P 23.000 23.000 26.500 27.250 27.250 27.250 24.250 25.000 2.250 2.500 3.125 3.563 3.938 4.875 4.500 6.125 10.250 9.000 29.500 31.500 33.750 36.000 38.000 40.250 9.250 29.500 31.500 33.750 36.000 38.000 40.250 Largura A 0.750 1.250 0.313 0.625 1.000 1.375 0.313 0.563 0.438 0.438 0.500 0.625 0.625 0.750 0.750 0.875 1.250 0.438 0.750 0.750 0.750 0.875 0.875 0.875 0.438 1.125 1.250 1.250 1.250 1.375 1.375 Altura do Anel Oval Octogonal B H 1.00 0.94 1.56 1.50 0.56 0.50 0.88 0.81 1.31 1.25 1.75 1.63 0.50 0.75 0.63 0.63 0.69 0.81 0.81 0.94 0.94 1.06 1.50 0.69 0.63 0.94 0.94 0.94 1.06 1.06 1.06 0.63 1.38 1.50 1.50 1.50 1.63 1.63 Largura C 0.485 0.879 0.206 0.413 0.681 0.977 0.206 0.377 0.305 0.305 0.341 0.413 0.413 0.485 0.485 0.583 0.879 0.305 0.485 0.485 0.485 0.583 0.583 0.583 0.305 0.780 0.879 0.879 0.879 0.977 0.977 Raio do Anel R1 0.06 0.09 0.06 0.06 0.09 0.09 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.09 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.09 0.09 0.09 0.09 0.09 0.09 Tolerâncias: • Diâmetro médio P: ±0.007” • Largura A: ±0.007” • Altura B e H: +0.05”,-0.02”. A variação da altura em todo o perímetro do anel não pode exceder de 0.02” • Largura C: ±0.008” • Raio R: ±0.02” • Ângulo de 23o : ± 0.5o. 195 Anexo 9.1 (Continuação) Tabela de Aplicação dos Anéis 950 e 951 Número do Anel R R-11 R-12 R-13 R-14 R-15 R-16 R-17 R-18 R-19 R-20 R-21 R-22 R-23 R-24 R-25 R-26 R-27 R-28 R-29 R-30 R-31 R-32 R-33 R-34 R-35 R-36 R-37 R-38 R-39 R-40 R-41 R-42 R-43 R-44 R-45 R-46 R-47 R-48 R-49 R-50 R-51 R-52 R-53 R-54 R-55 R-56 R-57 R-58 150 Classe de Pressão e Diâmetro Nominal ASME B16.5 ASME B16.47 Série A API 6B 300 720 300 900 1500 2500 2000 3000 5000 150 900 600 960 600 ½ ½ ½ ¾ ½ ¾ ¾ 1 1 1 1 ¾ 1 1 1 1 1¼ 1¼ 1¼ 1 1¼ 1¼ 1¼ 1¼ 1½ 1½ 1½ 1½ 1½ 1½ 1½ 2 2 2 2 2½ 2½ 1¼ 1½ 1¼ 2 2 1½ 2 2 2½ 2½ 2½ 2½ 2 2½ 2½ 2½ 3 3 3 3 3 3 3 3 3½ 3½ 3 3 4 4 4 4 4 4 3½ 4 4 4 5 5 5 5 5 5 6 6 6 5 6 5 6 5 6 6 6 6 8 8 8 8 8 8 8 8 8 10 10 10 10 10 10 10 10 10 12 12 12 12 12 196 12 12 12 12 Número do Anel R R-59 R-60 R-61 R-62 R-63 R-64 R-65 R-66 R-67 R-68 R-69 R-70 R-71 R-72 R-73 R-74 R-75 R-76 R-77 R-78 R-79 R-80 R-81 R-82 R-84 R-85 R-86 R-87 R-88 R-89 R-90 R-91 R-92 R-93 R-94 R-95 R-96 R-97 R-98 R-99 R-100 R-101 R-102 R-103 R-104 R-105 150 Classe de Pressão e Diâmetro Nominal ASME B16.5 API 6B ASME B16.47 Série A 300 720 300 900 1500 2500 2000 3000 5000 150 900 600 960 600 14 12 14 14 14 14 14 14 14 14 16 16 16 16 16 16 16 16 16 18 18 18 18 18 18 18 18 18 20 20 20 20 20 20 20 20 20 24 24 24 24 24 24 22 22 1 1½ 2 2½ 3 4 3½ 5 10 26 28 30 32 34 36 8 8 26 28 30 32 34 36 197 Anexo 9.2 Dimensões para Ring-Joints Tipo RX em polegadas Número Diâmetro do Anel externo OD RX-20 RX-23 RX-24 RX-25 RX-26 RX-27 RX-31 RX-35 RX-37 RX-39 RX-41 RX-44 RX-45 RX-46 RX-47 RX-49 RX-50 RX-53 RX-54 RX-57 RX-63 RX-65 RX-66 3.000 3.672 4.172 4.313 4.406 4.656 5.297 5.797 6.297 6.797 7.547 8.047 8.734 8.750 9.656 11.047 11.156 13.172 13.281 15.422 17.391 18.922 18.031 Largura A Largura C Altura CH Altura H Raio R Furo D 0.344 0.469 0.469 0.344 0.469 0.469 0.469 0.469 0.469 0.469 0.469 0.469 0.469 0.531 0.781 0.469 0.656 0.469 0.656 0.469 1.063 0.469 0.656 0.182 0.254 0.254 0.182 0.254 0.254 0.254 0.254 0.254 0.254 0.254 0.254 0.254 0.263 0.407 0.254 0.335 0.254 0.335 0.254 0.582 0.254 0.335 0.125 0.167 0.167 0.125 0.167 0.167 0.167 0.167 0.167 0.167 0.167 0.167 0.167 0.188 0.271 0.167 0.208 0.167 0.208 0.167 0.333 0.167 0.208 0.750 1.000 1.000 0.750 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 1.125 1.625 1.000 1.250 1.000 1.250 1.000 2.000 1.000 1.250 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.09 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.09 0.06 0.06 - 198 Anexo 9.2 (Continuação) Dimensões para Ring-Joints Tipo RX em polegadas Número Diâmetro externo do Anel OD RX-69 RX-70 RX-73 RX-74 RX-82 RX-84 RX-85 RX-86 RX-87 RX-88 RX-89 RX-90 RX-91 RX-99 RX-201 RX-205 RX-210 RX-215 21.422 21.656 23.469 23.656 2.672 2.922 3.547 4.078 4.453 5.484 5.109 6.875 11.297 9.672 2.026 2.453 3.844 5.547 Largura A Largura C Altura CH Altura H Raio R Furo D 0.469 0.781 0.531 0.781 0.469 0.469 0.531 0.594 0.594 0.688 0.719 0.781 1.188 0.469 0.226 0.219 0.375 0.469 0.254 0.407 0.263 0.407 0.254 0.254 0.263 0.335 0.335 0.407 0.407 0.479 0.780 0.254 0.126 0.120 0.213 0.210 0.167 0.271 0.208 0.271 0.167 0.167 0.167 0.188 0.188 0.208 0.208 0.292 0.297 0.167 0.057 0.072 (2) 0.125 (2) 0.167 (2) 1.000 1.625 1.250 1.625 1.000 1.000 1.000 1.125 1.125 1.250 1.250 1.750 1.781 1.000 0.445 0.437 0.750 1.000 0.06 0.09 0.06 0.09 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.09 0.09 0.06 0.02 (3) 0.02 (3) 0.03 (3) 0.06 (3) 0.06 0.06 0.06 0.09 0.09 0.12 0.12 0.12 0.12 - Notas: 1. Para os anéis de RX-82 a RX-91 é necessário apenas um furo de equalização de pressão, localizado no ponto médio da largura C. 2. A Tolerância destas dimensões é +0, -0.015” 3. A Tolerância destas dimensões é +0.02”, - 0. Tolerâncias: • Diâmetro externo OD: +0.020”, -0. • Largura A: +0.008”, -0. A variação da largura em todo o perímetro do anel não pode exceder de 0.004” • Largura C: +0.006”, -0. • Altura CH: +0, -0.03” • Altura H: +0.008”, -0. A variação da altura em todo o perímetro do anel não pode exceder de 0.004” • Raio R: ± 0.02” • Ângulo de 23o : ± 0.5o. • Furo D: ±0.02” 199 Anexo 9.2 (Continuação ) Tabela de Aplicação dos Anéis RX Número do Anel Classe de Pressão e Diâmetro RX 720 - 960 - 2000 2900 RX-20 1½ RX-23 2 RX-24 RX-25 RX-26 2½ RX-27 RX-31 3 RX-35 RX-37 4 RX-39 RX-41 5 RX-44 RX-45 6 RX-46 RX-47 RX-49 8 RX-50 RX-53 10 RX-54 RX-57 12 RX-63 RX-65 16 RX-66 RX-69 18 RX-70 RX-73 20 RX-74 RX-82 1 RX-84 1½ RX-85 2 RX-86 2½ RX-87 3 RX-88 4 RX-89 3½ RX-90 5 RX-91 10 RX-99 8 RX-201 RX-205 RX-210 RX-215 200 Nominal - API 6B 3000 5000 1½ 1½ 2 2 3 1/8 2½ 3 2½ 3 4 4 5 5 6 6 8 8 8 10 10 12 14 16 18 20 8 1 3/8 1 13/16 2 9/16 4 1/16 Anexo 9.3 Dimensões para Ring-Joints Tipo BX em polegadas Número Diâmetro do Anel externo OD BX-150 1 11/16 BX-151 1 13/16 BX-152 2 1/16 BX-153 2 9/16 BX-154 3 1/16 BX-155 4 1/16 BX-156 7 1/16 BX-157 9 BX-158 11 BX-159 13 5/8 BX-160 13 5/8 BX-161 16 5/8 BX-162 16 5/8 BX-163 18 3/4 BX-164 18 3/4 BX-165 21 1/4 BX-166 21 1/4 BX-167 26 3/4 BX-168 26 3/4 BX-169 5 1/8 BX-170 6 5/8 BX-171 8 9/16 BX-172 11 5/32 BX-303 30 Largura A Largura C Altura CH Altura H Raio R Furo D 2.842 3.008 3.334 3.974 4.600 5.825 9.367 11.593 13.860 16.800 15.850 19.347 18.720 21.896 22.463 24.595 25.198 29.896 30.128 6.831 8.584 10.529 13.113 33.573 0.366 0.379 0.403 0.448 0.488 0.560 0.733 0.826 0.911 1.012 0.938 1.105 0.560 1.185 1.185 1.261 1.261 1.412 1.412 0.624 0.560 0.560 0.560 1.494 0.366 0.379 0.403 0.448 0.488 0.560 0.733 0.826 0.911 1.012 0.541 0.638 0.560 0.684 0.968 0.728 1.029 0.516 0.632 0.509 0.560 0.560 0.560 0.668 2.790 2.954 3.277 3.910 4.531 5.746 9.263 11.476 13.731 16.657 15.717 19.191 18.641 21.728 22.295 24.417 25.020 29.696 29.928 6.743 8.505 10.450 13.034 33.361 0.314 0.325 0.346 0.385 0.419 0.481 0.629 0.709 0.782 0.869 0.408 0.482 0.481 0.516 0.800 0.550 0.851 0.316 0.432 0.421 0.481 0.481 0.481 0.457 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.12 0.12 0.12 0.12 0.12 0.12 0.06 0.12 0.12 0.12 0.12 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 0.06 201 Anexo 9.3 (Continuação) Dimensões para Ring-Joints Tipo BX em polegadas 1. Para todos os anéis é necessário apenas um furo de equalização de pressão, localizado no ponto médio da largura C. Tolerâncias: • Diâmetro externo OD: +0, -0.005” • Altura H: +0.008”, -0. A variação da altura em todo o perímetro do anel não pode exceder de 0.004” • Largura A: +0.008”, -0. A variação da largura em todo o perímetro do anel não pode exceder de 0.004” • Diâmetro ODT: ± 0.002” • Largura C: +0.006”, -0. • Furo D: ±0.02” • Altura CH: +0, -0.03” • Raio R: de 8% a 12% da altura do anel H. • Ângulo de 23o : ± 0.25o. Tabela de Aplicação dos Anéis BX Número do Anel BX BX-150 BX-151 BX-152 BX-153 BX-154 BX-155 BX-156 BX-157 BX-158 BX-159 BX-160 BX-161 BX-162 BX-163 BX-164 BX-165 BX-166 BX-167 BX-168 BX-169 BX-170 BX-171 BX-172 BX-303 2 000 Classe de Pressão e Diâmetro Nominal - API 6BX 3 000 5 000 10 000 15 000 20 000 1 11/16 1 11/16 1 13/16 1 13/16 1 13/16 1 1 2 /16 2 /16 2 1/16 9 9 2 /16 2 /16 2 9/16 1 1 3 /16 3 /16 3 1/16 1 1 4 /16 4 /16 4 1/16 1 1 7 /16 7 /16 7 1/16 9 9 9 11 11 11 13 5/8 13 5/8 13 5/8 5 13 /8 16 ¾ 16 ¾ 16 ¾ 16 ¾ 18 ¾ 18 ¾ 18 ¾ 21 1/4 21 1/4 26 ¾ 26 ¾ 5 1/8 6 5/8 8 9/16 11 5/32 30 30 202 6 5/8 8 9/16 11 5/32 CAPÍTULO 10 JUNTAS CAMPROFILE 1. INTRODUÇÃO Com o avanço tecnológico dos processos, são exigidas juntas para aplicações em condições cada vez mais rigorosas, obrigando o desenvolvimento de novos produtos para atender estas exigências. O tipo de junta considerado clássico para uso em trocadores de calor é a chamada “Dupla Camisa Metálica” (Teadit Tipo 923), que consiste em um enchimento macio revestido por dupla camisa metálica, conforme mostrado na Figura 8.6. Uma das característica das juntas para trocadores de calor é serem fabricadas sob encomenda. Como estes aparelhos são construídos para atender as condições específicas de troca térmica do processo, não existem dimensões e formatos padronizados. Um dos requisitos para que uma junta possa ser usada em pressões elevadas é resistir aos apertos elevados, necessários para se conseguir uma vedação adequada. As juntas “Dupla Camisa Metálica” em razão da sua construção, com um enchimento macio, possuem boa capacidade de acomodação às irregularidades dos flanges. Entretanto, esta característica vem em detrimento de uma maior resistência ao esmagamento, não sendo, portanto, recomendáveis para trabalho com pressões de esmagamento maiores que 250 MPa ( 36 000 psi ). Uma das alternativas para pressões de trabalho elevadas é o uso das juntas metálicas planas (Teadit Tipo 940), mostrada na Figura 9.2. As juntas tipo 940 apresentam diversos problemas para a sua fabricação e instalação. Este tipo de junta é muito sensível a quaisquer danos nos flanges, em especial riscos ou falhas radiais. 203 Fabricadas com um metal ou liga maciço é evidente a dificuldade em escoar o material para preencher as irregularidades normais dos flanges. As dimensões, muitas vezes também obrigam a soldagem da junta, criando pontos de dureza elevada. Estes pontos podem danificar os flanges ou não permitir o esmagamento uniforme da junta. Para contornar os problemas das juntas maciças planas, uma alternativa é o emprego de juntas maciças serrilhadas, Teadit Tipo 941, conforme mostrado na Figura 9.3. As juntas serrilhadas possuem as mesmas características de resistência a elevadas pressões de trabalho. A forma serrilhada permite um melhor esmagamento e cria um efeito de labirinto na superfície de vedação. Ao mesmo tempo que possui uma característica desejável do ponto de vista de vedação, o serrilhado pode provocar riscos nos flanges. Combinando as características das juntas maciças e a excelente selabilidade do Grafite Flexível (Graflex®) e do PTFE Expandido (Quimflex®), foram desenvolvidas as juntas Camprofile, Teadit Tipo 942. Constituídas de um núcleo metálico serrilhado coberto com fina película de Graflex® ou Quimflex, ® conforme mostrado na Figura 10.1 Em virtude dos excelentes resultados obtidos com a juntas Camprofile em aplicações críticas foram desenvolvidas propostas de normalização destas juntas para uso em flanges de tubulação. Na Seção 9 deste Capítulo estão as principais características das juntas Camprofile para flanges ASME B16.5. Figura 10.1 As juntas Teadit Camprofile oferecem as seguintes vantagens: • pressão de trabalho máxima de até 250 bar • temperatura máxima de até 650o C • ampla faixa de aplicação • menos sensível às irregularidades nos flanges 204 O perfil metálico serrilhado permite atingir elevadas pressões de esmagamento com baixos apertos nos parafusos. A fina camada de Graflex® ou Quimflex® preenche as irregularidades e evita que o serrilhado marque a superfície dos flanges. O efeito de labirinto também é acentuado pelo Graflex® ou Quimflex®, criando uma vedação que alia a resistência de uma junta metálica com a selabilidade do Graflex® ou do Quimflex® . 2. MATERIAIS 2.1. NÚCLEO METÁLICO O material do núcleo deve ser especificado de acordo com a compatibilidade química do fluido e com a temperatura de operação. É recomendável que o núcleo seja fabricado com o mesmo material do equipamento para evitar corrosão e problemas de expansão diferencial. Seguir as recomendações dos Capítulos 2 e 6. 2.2. COBERTURA DE VEDAÇÃO O material mais usado na cobertura de vedação é o Grafite Flexível Graflex® Em situações onde o Graflex não é recomendado o núcleo é coberto por uma película de PTFE Expandido Quimflex®. Os limites de operação para os materiais de cobertura estão relacionados na Tabela 10.1. Tabela 10.1 Limites de Pressão e Temperatura Material Graflex® Quimflex® Temperatura oC min max -240 650 -240 270 Pressão de operação bar max 250 100 Para atmosferas oxidantes o limite de temperatura para o Graflex é de 450o C. 3. LIMITES DE OPERAÇÃO A faixa de pressão e temperatura de trabalho da junta depende dos limites de cada material, conforme indicado no Capítulo 6 e na Tabela 10.1. O limite de serviço da junta é o menor valor da combinação do limite para metal e para a cobertura. Por exemplo, uma junta Teadit tipo 942 em aço carbono AISI 1010/1020 e Graflex® tem as seguintes faixas de operação: • • pressão máxima: 250 bar faixa de temperatura (oC): -40 a 500 205 4. CÁLCULO DO APERTO Os valores de “m” e “y” para cálculo pela Norma ASME são mostrados na Tabela 10.2 e os valores para cálculo pela Norma DIN estão na Tabela 10.3. Tabela 10.2. Constantes Para Cálculo ASME Material Alumínio Cobre Latão Aço Carbono Monel Aços Inoxidáveis m 3.25 3.50 3.50 3.75 3.75 4.25 y-psi 5500 6500 6500 7600 9000 10100 Tabela 10.3 Constantes Para Cálculo DIN Material Alumínio Cobre Níquel AISI 1006/1008 AISI 304/316 AISI 321 AISI 309 Fator da junta m 1.1 1.1 1.1 1.1 1.1 1.1 1.1 Pressão de esmagamento instalação MPa Mín. Máx. σVO σVU 140 20 300 20 20 510 500 20 500 20 20 500 600 20 Pressão de esmagamento - operação MPa 100 200 300 120 270 500 500 500 500 570 93 195 490 495 450 450 530 150 480 315 420 420 500 400 500 600 350 400 240 240 390 460 Para maior segurança, recomendamos que o cálculo seja realizado de acordo com as recomendações da Norma ASME, Divisão II, Seção VIII, Apêndice II. Em seguida, deve ser verificado o valor da pressão de esmagamento, que deve ficar na faixa recomendada na Tabela 10.3. 5. EXEMPLO DE APLICAÇÃO O exemplo a seguir mostra o estudo para troca de uma junta maciça tipo Teadit 940 de aço inoxidável 304 por uma junta Camprofile com o mesmo aço e cobertura de Graflex: 206 5.1. Dados do Trocador de Calor: • • • • • • • • pressão de projeto: 160 bar temperatura de projeto: 280o C dados da junta: tipo: Camprofile Teadit 942 materiais: Inox 304 e Graflex diâmetro interno: di = 488 mm = 19.213 pol diâmetro externo: de = 520 mm = 20.472 pol estojos: • material: ASTM A 193 B7 • diâmetro: dp = 2 pol • quantidade: np = 16 • tensão admissível nos parafusos: • na instalação : σp = 172 MPa • na operação : σp = 162 MPa • área na raiz da rosca: A = 1 787 mm2 5.2. Cálculo da força de aperto de acordo com o Código ASME 5.2.1. Esmagamento mínimo, Wm 2 : • y: 10100 psi - esmagamento mínimo, tabela ASME • N = 16 mm • b 0 = N / 2 = 16 / 2 = 8 mm = 0.315 pol • b = 0.5 b0 0.5 = 0.5 x 0.3150.5 = 0.281 pol - largura efetiva da junta • G = de - 2b = 20.472 - 2 x 0.281 = 19.910 pol • W m 2 = π b G y = p x 0.281 x 19.910 x 10100 = 177 520 lb • W m 2 = 789 648 N 5.2.2. Condições operacionais, Wm 1: • p = 160 bar = 2352 psi • m = 4.25 - fator da junta, tabela ASME • W m 1 = ((π G2 p) / 4) + 2 b p G m p • W m 1 = ((π x 18.6512 x 2352) / 4) + (2 x 0.281 x p x 18.651 x 4.25 x 2352) • W m 1 = 642 586 + 329 166 = 971 752 lb • W m 1 = 4 324 296 N 5.2.3. Força de vedação, Wm : Considerando os cálculos 5.2.1 e 5.2.2, a força de vedação mínima de acordo com o Código ASME é o maior valor de Wm 1 e Wm 2, portanto, W m = 4 324 296 N. O valor da força por parafuso é: • Fpmin = 4 324 296 / np = 270 268 N 207 5.2.4. Força máxima nos parafusos, Fp m a x: • A e = 1 787 mm2 - área resistiva dos parafusos • σa = 172 MPa - tensão admissível nos parafusos • Fp m a x = Ae σa • Fp m a x= 1 787 x 172 = 307 364 N 5.2.5. Verificação da tensão admissível na temperatura de operação: • σb = 162 MPa • σb > W m 1 / (A e n p) = 4 324 296 / (1787 x 16) = 151 MPa • Considerando-se que a tensão admissível na temperatura de operação é de 162 MPa o valor encontrado está abaixo deste limite. 5.2.6. Considerando os itens 5.2.3 e 5.2.4, a força total exercida pelos parafusos para assegurar uma vedação adequada, ao mesmo tempo que a tensão nos parafusos não ultrapasse a máxima admissível, deve estar entre 270 268 N e 307 364 N. 5.2.7. Torque mínimo, Tmin : • k = 0.2 - fator de rosca e atrito • Tm i n = k dp F pmin • Tm i n = 0.2 x (50.8 / 1000) x 270 268 = 2 745 N-m 5.2.8. Torque máximo, Tmax : • Tm a x = k dp F pmax • Tm a x = 0.2 x (50.8 / 1000 ) x 307 364 = 3 123 N-m 5.3.Cálculo da força de aperto de acordo com a Norma DIN 2505: 5.3.1. Força de esmagamento mínima: • Femin = π b D b D σVU • d D = ( 488 + 520 ) / 2 = 504 - diâmetro médio • σVU = 20 MPa - tabela DIN 2505 • b D = (520 - 488 ) / 2 = 16 mm • FEmin = π x 488 x 16 x 20 = 490 591 N 5.3.2. Força de vedação mínima: • FVmin = FOmin + Fi • FOmin = π d D b D n p SD • n = 1.1 - fator da junta tabela DIN 2505 • SD = 1.2 - coeficiente de segurança - DIN 2505, valor mínimo • p = 160 bar = 16 MPa • FOmin = π x 504 x 16 x 1.1 x 16 x 1.2 = 535 050 N • Fi = p (π / 4 ) dD2 = 16 x (π / 4 ) x 5042 = 3 192 059 N • FVmin = 535 050 + 3 192 059 = 3 727 109 N 208 5.3.3. Força de esmagamento máxima: 5.3.3.1. Na • • • instalação: FEimax = π d D b D σVO σVO = 500 MPa - tabela DIN 2505 FEmax = π x 504 x 16 x 500 = 12 666 901 N 5.3.3.2. Na • • • • • operação: FOimax = FOmax + Fi FOmax = π d D b D σBO σBO = 414 MPa - interpolado na tabela DIN 2505 para 280 oC FOmax = π x 504 x 16 x 414 = 10 488 195 N FOimax = 10 488 195 + 3 192 059 = 13 680 254 N 5.3.4. Força máxima dos parafusos, Fptmax: • A e = 1 787 mm2 - área resistiva dos parafusos • σp = 172 MPa - tensão admissível nos parafusos • Fptmax = np A e σp = 16 x 1 787 x 172 = 4 917 824 N 5.3.5. Considerando os itens 5.3.1 a 5.3.4, a força total exercida pelos parafusos para a ssegurar uma vedação adequada, ao mesmo tempo que a tensão nos parafusos não ultrapasse a máxima admissível, deve estar entre 3 727 109 N e 4 917 824 N. 5.3.6. Torque mínimo: • Tmin = k dp 3 727 109 / np • Tmin = 0.2 x (50.8 / 1000) x 3 727 109 / 16 = 2 367 N-m 5.3.7.Torque máximo: • Tmax = k d p Fpmax / n p • Tmax = 0.2 x (50.8 / 1000 ) x 4 917 824 / 16 = 3 122 N-m 6. ACABAMENTO SUPERFICIAL O acabamento recomendado para superfície de vedação dos flanges é de 1.6 µm a 2.0 µm Ra (63 µpol a 80 µpol Ra ). Esta faixa é conhecida como “acabamento liso”. 7. DIMENSIONAMENTO Ao dimensionar uma junta Camprofile, utilize as folgas e tolerâncias indicadas nas Tabelas 10.4 e 10.5. 209 Tabela 10.4 Folga entre a Junta e o Flange Diâmetro da junta Tipo de confinamento da junta Interno diam. interno da ranhura + 1.6mm diam. interno da flange + 3.2 mm diam. interno do flange + 1.6 mm Flanges lingüeta e ranhura Juntas confinadas pelo diâmetro externo Juntas confinadas pelo diâmetro interno Externo diam. externo da ranhura - 1.6mm diam. externo flange - 1.6 mm diam. externo do flange - 3.2 mm Tabela 10.5 Tolerâncias de Fabricação Diâmetro interno da junta até 500 mm de 500 a 1500 mm maior que 1500 mm 8. Tolerâncias (mm) interno +0.8 -0.0 +1.6 -0.0 +2.5 -0.0 externo +0.0 -0.8 +0.0 -1.6 +0.0 -2.5 FORMATOS O Anexo 8.1 mostra os formatos mais comuns de juntas para trocadores de calor. As divisões são soldadas no anel externo da junta. As larguras padrão da junta, dimensão “B”, são 10, 13, 16 e 20 mm. Outras larguras podem ser produzidas sob consulta. A espessura padrão, dimensão “E” é de 4 ±0.2 mm, sendo 3.2 mm para o núcleo metálico e 0.4mm para cada uma das duas camadas de cobertura. Outras espessuras de núcleo podem ser fabricadas sob consulta. 9. JUNTAS CAMPROFILE PARA FLANGES ASME B16.5 Por ocasião da edição deste livro ainda não existia uma norma para este tipo de juntas publicada pela ASME. Entretanto, existem várias propostas e estudos. A Figura 10.2 mostra a forma construtiva mais comum, com uma área de vedação serrilhada com cobertura de Grafite Flexível (Graflex) ou PTFE e anel de centralização. 210 Figura 10.2 9.1 DIMENSÕES E TOLERÂNCIAS Os diâmetros das juntas para flanges ASME B16.5 estão mostradas no Anexo 10.1. As demais dimensões estão na Tabela 10.6. Tabela 10.6 Dimensões de Fabricação Dimensões (polegadas) Característica Mínimo 0.115 0.024 0.015 0.03 Espessura do Anel de Vedação Espessura do Anel de Centralização Espessura da Cobertura Passo das Ranhuras 9.2 Máximo 0.131 0.035 0.030 0.06 MARCAÇÃO O anel de centralização é marcado com símbolos de, no mínimo, 0.100 pol de altura, constando as seguintes indicações: • Identificação do fabricante (nome ou marca). • Diâmetro nominal do flange. • Classe de pressão. • Código do material do anel de vedação. • Código do material da cobertura. • Código do material do anel de centralização. A tabela com os códigos dos matérias está no Anexo 10.2 211 Anexo 10.1 Dimensões de Juntas Camprofile para flanges ASME B16.5 Anel de Vedação Diâmetro externo do Anel de Centralização (polegadas) DN (pol) Diametro Interno (pol) Diametro Externo (pol) 150 300 400 600 900 1500 2500 1/2 0.91 1.31 1.88 2.13 2.13 2.13 2.50 2.50 2.75 3/4 1.13 1.56 2.25 2.63 2.63 2.63 2.75 2.75 3.00 1 1.44 1.87 2.63 2.88 2.88 2.88 3.13 3.13 3.38 1 1/4 1.75 2.37 3.00 3.25 3.25 3.25 3.50 3.50 4.13 1 1/2 2.06 2.75 3.38 3.75 3.75 3.75 3.88 3.88 4.63 2 2.75 3.50 4.13 4.38 4.38 4.38 5.63 5.63 5.75 2 1/2 3.25 4.00 4.88 5.13 5.13 5.13 6.50 6.50 6.63 3 3.87 4.88 5.38 5.88 5.88 5.88 6.63 6.88 7.75 4 4.87 6.06 6.88 7.13 7.00 7.63 8.13 8.25 9.25 5 5.94 7.19 7.75 8.50 8.38 9.50 9.75 10.00 11.00 6 7.00 8.37 8.75 9.88 9.75 10.50 11.38 11.13 12.50 8 9.00 10.50 11.00 12.13 12.00 12.63 14.13 13.88 15.25 10 11.13 12.63 13.38 14.25 14.13 15.75 17.13 17.13 18.75 12 13.37 14.87 16.13 16.63 16.50 18.00 19.63 20.50 21.63 14 14.63 16.13 17.75 19.13 19.00 19.38 20.50 22.75 - 16 16.63 18.38 20.25 21.25 21.13 22.25 22.63 25.25 - 18 18.87 20.87 21.63 23.50 23.38 24.13 25.13 27.75 - 20 20.87 22.87 23.88 25.75 25.50 26.88 27.50 29.75 - 24 24.88 26.87 28.25 30.50 30.25 31.13 33.00 35.50 - Tolerâncias: • Diâmetro interno do anel de vedação: o DN ½” a DN 8": ± 0.03 pol o DN 10" a DN 24": ± 0.06 pol • Diâmetro externo do anel de vedação: o DN ½” a DN 8": ± 0.03 pol o DN 10" a DN 24": ± 0.06 pol • Diâmetro externo do anel de centralização: ± 0.03 pol 212 Anexo 10.2 Códigos dos materiais para Juntas Camprofile para flanges ASME B16.5 Material Código Anéis de Vedação e Centralização Aço Carbono CRS Aço Inox 304 304 Aço Inox 304 L 304 L Aço Inox 309 309 Aço Inox 310 310 Aço Inox 316 316 L Aço Inox 317 L 317 L Aço Inox 347 347 Aço Inox 321 321 Aço Inox 430 430 Monel 400 MON Niquel 200 NI Titanio TI Hastelloy B HAST B Hastelloy C HAST C Inconel 600 INC 600 Inconel 625 INC 625 Inconel X-750 INX Incoloy 800 IN 800 Incoloy 825 IN 825 Zirconio ZIRC Cobertura Graflex FG PTFE PTFE 213 214 CAPÍTULO 11 JUNTAS PARA ISOLAMENTO ELÉTRICO 1. CORROSÃO ELETROQUÍMICA Este é o tipo de corrosão mais freqüentemente encontrado. Ocorre em temperatura ambiente. É o resultado da reação de um metal com água ou solução aquosa, na presença de sais, ácidos ou bases. A Figura 11.1 ilustra uma corrosão Eletroquímica. Como pode ser observado, existem duas reações, uma no anodo e outra no catodo. As reações anódicas são sempre oxidações e, portanto, tendem a dissolver o metal do ânodo, ou a combiná-lo em forma de óxido. Os elétrons produzidos na região anódica participam da reação catódica. Estes elétrons fluem através do metal, formando uma corrente elétrica. As reações catódicas são sempre de redução, e normalmente não afetam o metal do catodo, pois a maioria dos metais não pode mais ser reduzida. A base da corrosão Eletroquímica é a existência de uma reação anódica onde o metal do anodo perde elétrons. A medida da tendência de um metal em perder elétrons, serve como critério básico para determinar a sua corrosividade. Esta medida, expressa em volts, em relação a uma célula de hidrogênio gasoso, é encontrada nos manuais de corrosão. Para o ferro, o valor é de 0.44 V, e para o zinco é de 0.76 V. Possuindo o zinco, potencial mais elevado, haverá uma corrente do zinco para o ferro ( do potencial mais elevado para o mais baixo ). O zinco, sendo anodo, é corroído. Se, por exemplo, em lugar de zinco, na Figura 11.1 tivermos cobre, de potencial 0.34 V, haverá corrosão do ferro, que tem maior potencial. 215 Figura 11.1 Deste modo, a relação entre os potenciais eletroquímicos dos metais em contato, é que vai determinar qual deles será corroído. O princípio é extensamente usado, e a “zincagem” de chapas de aço carbono é um dos exemplos mais comuns do uso controlado da corrosão Eletroquímica. A Tabela 11.1 mostra a relação entre alguns metais e ligas. Tabela 11.1 Série eletrolítica em água salgada Anodo (base) Magnésio Zinco Ferro fundido Aço Carbono Aço inox 304 Cobre Aço inox 316 Inconel Titânio Monel Ouro Platina Catodo (nobre) 216 2. PROTEÇÃO CATÓDICA A proteção catódica consiste em usar controladamente o princípio da corrosão Eletroquímica, descrito anteriormente, para proteção de tubulações, tanques e outros equipamentos submersos. O trecho da tubulação ou tanque a ser protegido, deve ser isolado eletricamente do restante do sistema. Assim, evita-se a passagem das correntes galvânicas para pontos não protegidos. São também colocados anodos de zinco em quantidade suficiente para absorver a corrente galvânica. Estes anodos são consumidos no processo, e, periodicamente devem ser substituídos. A Figura 11.2 ilustra uma tubulação submersa protegida por eletrodos de zinco, e isolada do restante do sistema. Figura 11.2 3. SISTEMA DE ISOLAMENTO DE FLANGES Conforme mostrado, para evitar que as correntes elétricas existentes no processo, provoquem corrosão em outras áreas, o trecho da tubulação protegido, deve ser eletricamente isolado do restante do sistema. A Figura 11.3 mostra uma junta de isolamento de flanges tipo E instalada. O lado isolado não pode ter nenhuma parte metálica em contato com outras partes, formando, portanto, um sistema semelhante ao da Figura 11.1. Os componentes de um sistema de isolamento de flanges são: • Juntas de material isolante. • Buchas isolantes. • Arruelas isolantes. 217 Todos os componentes do sistema estão dimensionados para uso em flanges ASME B16.5. Materiais da junta: • Resina fenólica reforçada com 3.2 mm de espessura ou resina fenólica reforçada com 2 mm de espessura, revestida, em ambas as faces de vedação, com Neoprene de 0.5 mm de espessura. • Papelão Hidráulico de acordo com as recomendações do Capítulo 4 deste livro. 3.1. JUNTAS PLANAS TIPO E Possuem o mesmo diâmetro externo dos flanges, proporcionando proteção completa, impedindo que materiais estranhos penetrem entre os flanges, estabelecendo contato elétrico. Possuem furos para passagem dos parafusos de acordo com recomendações da Norma ASME B16.5. A Figura 11.3 mostra um sistema típico de junta tipo E. Figura 11.3 218 3.2. JUNTAS PLANAS TIPO F São projetadas de modo que o seu diâmetro externo seja um pouco menor que o diâmetro do círculo de furação dos flanges, tocando, portanto, nas buchas de proteção dos parafusos. São mais econômicas que o tipo E. Sempre que houver perigo de material estranho penetrar entre os flanges, é necessário protegê-los adequadamente. A Figura 11.4 mostra um sistema típico de junta F. Figura 11.4 3.3. JUNTAS TIPO ANEL RJD 950 E 951 São juntas de isolamento fabricadas para uso em flanges com canal para RingJoints. O tipo RJD 950 tem forma oval e o RJD 951 octogonal. Sempre que houver perigo de materiais estranhos penetrarem entre os flanges, estabelecendo contato 219 elétrico, é necessário protegê-los adequadamente. A Figura 11.5 mostra um sistema típico de juntas RJD. Material da junta: resina fenólica reforçada. Dimensões: conforme norma ASME B16.20, mostrada no Capítulo 9. Figura 11.5 3.4. LUVAS DE ISOLAMENTO As luvas de isolamento podem ser fabricadas em resina fenólica ou em polietileno. As propriedades físicas do material das luvas de resina fenólica, são as mesmas das juntas. As luvas de polietileno são altamente flexíveis e adequadas para uso em locais com muita umidade, pois possuem elevada impermeabilidade e baixa absorção de umidade. São fabricadas na espessura de 0.8 mm. 220 3.5. ARRUELAS DE ISOLAMENTO Fabricadas em resina fenólica reforçada com tecido de algodão, com as mesmas características físicas das luvas de resina fenólica ou em polietileno. Espessura padrão 3.2 mm. 3.6. ARRUELAS DE PROTEÇÃO Colocadas entre a porca ou cabeça do parafuso e as arruelas isolantes, para evitar que estas sejam danificadas no aperto. O diâmetro externo está projetado para se adaptar aos flanges ASME B16.5. Fabricadas em aço carbono galvanizado na espessura de 3.2 mm. 4. ESPECIFICAÇÕES DO MATERIAL DAS JUNTAS Tipo: resina fenólica reforçada em tecido de algodão. Características: • rigidez dielétrica......................... paralela: 5KV/mm perpendicular: 3KV/mm • resistência à compressão............ 1800 kgf/cm2 • resistência à flexão .................... 1000 kgf/cm2 • resistência à tração..................... 900 kgf/cm2 • absorção de água........................ 2,40% • peso específico .......................... 1,30 g/cm3 • dureza Rockwell M .................... 103 • temperatura máxima de trabalho 130 0 C 221 222 CAPÍTULO 12 INSTALAÇÃO E EMISSÕES FUGITIVAS 1. PROCEDIMENTO DE INSTALAÇÃO Para se conseguir uma vedação satisfatória, é necessário que certos procedimentos básicos sejam seguidos na instalação. Para qualquer tipo de junta ou de material usado na sua fabricação, estes procedimentos são de fundamental importância para que a montagem, teste e operação, sejam realizados com sucesso. a ) Inspecione as superfícies de assentamento da junta. Verifique a existência de marcas de ferramentas, trincas, riscos ou pontos de corrosão. Marcas radiais de ferramentas na superfície de vedação, são praticamente impossíveis de vedar com qualquer tipo de junta. Assegure que o acabamento é adequado ao tipo de junta a ser usado. b) Inspecione a junta. Verifique se o material é o especificado para a aplicação, ou se existem defeitos ou danos de transporte e armazenamento. c ) Inspecione e limpe os parafusos, portas, arruelas e a superfície dos flanges. d) Lubrifique as roscas e faces de contato das porcas. A montagem não deverá ser iniciada sem esta lubrificação. Para temperaturas de operação elevadas, o lubrificante não deve provocar o travamento posterior dos parafusos, facilitando uma futura desmontagem. Quanto melhor o lubrificante, mais precisa será a força de aperto dos parafusos. e ) Em flanges com face ressaltada ou plana, instalados verticalmente, coloque inicialmente os parafusos da parte inferior. Coloque e centre a junta, instalando em seguida os demais parafusos. f) Em flanges tipo macho e fêmea, ou com canais, a junta deve ser instalada centrada no alojamento. Se a instalação for na vertical, pode ser necessário o 223 uso de adesivo, ou um pouco de graxa para mantê-la na posição correta até o aperto. È necessário certificar-se que o adesivo ou graxa não vai atacar o material da junta. g) Instale os parafusos e aperte com a mão até encostar na seqüência mostrada no Anexo 12.1, para os diversos tipos de flanges. Numere os parafusos para facilitar o acompanhamento da ordem de aperto. h) Aperte os parafusos até aproximadamente 30% do torque final, sempre seguindo a ordem de aperto. Se a seqüência de aperto não for seguida, os flanges podem ficar desalinhados, ficando impossível obter o necessário paralelismo ao bom desempenho da junta. i) Repita o passo h, elevando o torque para 60% do valor final. j) Continue apertando na seqüência recomendada até atingir o valor final. k) Continue apertando em sentido horário até que todas as porcas estejam com o mesmo torque. Normalmente, várias passagens são necessárias, pois ao apertar um parafuso, os adjacentes aliviam, obrigando a novo reaperto. l) Todos os tipos de junta apresentam relaxamento após a sua instalação. É recomendável o reaperto especialmente em aplicações com ciclo térmico, temperaturas ou pressões elevadas. m) Não é recomendavel o reaperto a quente de Juntas de Papelão Hidráulico sem amianto. Consulte a Teadit se tiver dúvidas sobre o procedimento de reaperto. 2. APLICAÇÃO DO APERTO O método mais correto de obter-se a tensão nos parafusos, é medindo o seu alongamento. Na prática, entretanto, este procedimento é oneroso e de difícil execução. A tendência atual é usar chaves de torque, dispositivos de tensionamento, ou ferramentas hidráulicas. O aperto usando ferramentas manuais, sem controle do torque aplicado, só deve ser usado em casos de pouca responsabilidade. O torque ou esforço para apertar um parafuso, depende de vários fatores, conforme mostrado no Capítulo 2. 3. TENSÕES ADMISSÍVEIS NOS PARAFUSOS O Apêndice S do Capítulo 8 do Código ASME, trata especificamente da tensão inicial nos parafusos. Por exemplo, o projetista do flange, deve determinar qual a necessidade de aperto, para a pressão e temperatura nas condições operacionais, de acordo com a tensão admissível na temperatura de operação. Esta tensão admissível é determinada pelo material e pela temperatura de operação. O teste hidrostático, que na maioria dos casos é necessário para verificar o sistema, é realizado com vez e meia a pressão de operação. Conseqüentemente, uma união flangeada projetada estritamente de acordo com o Código ASME, que deva passar o teste hidrostático, com pressão superior ao projetado, deve ter um torque de aperto nos parafusos maior do que para as condições de operação. O Apêndice S do Capítulo 8 do Código ASME, trata destas condições, e estabelece que, para passar no teste hidrostático, os parafusos devem ser apertados até o valor necessário para isso. Se, neste caso, a tensão for maior que a admissível, parafusos com material de maior tensão de escoamento, devem ser usados, observando-se o seguinte procedimento 224 • • • • 4. Usar parafusos com tensão de escoamento, compatível com a necessária para passar no teste hidrostático, seguindo os procedimentos normais de instalação da junta. Após a execução do teste hidrostático, aliviar os parafusos até aproximadamente 50% da tensão inicial. Substituir os parafusos usados no teste, pelos parafusos de projeto, um de cada vez, apertando até o torque dos demais. Após a substituição, apertar até o torque de projeto, seguindo a seqüência recomendada. CAUSAS DE VAZAMENTOS Uma das formas mais eficientes de determinação das causas de um vazamento, é uma cuidadosa análise da junta usada, quando ele ocorreu. A seguir, estão relacionadas diversas situações e suas possíveis soluções: • • • • • • • • 5. Junta muito corroída: selecionar um material com melhor resistência à corrosão. Junta extrudada excessivamente: selecionar um material com melhor resistência ao escoamento a frio (cold flow), ou com maior resistência ao esmagamento. Junta amassada excessivamente: selecionar junta com maior resistência ao esmagamento; usar anel limitador de compressão, ou reprojetar os flanges. Junta com superfície de vedação danificada: verificar as dimensões da junta e dos flanges. A junta pode estar com o diâmetro interno menor, ou com o diâmetro externo maior que os diâmetros dos flanges. Junta sem sinais de esmagamento: selecione uma junta mais macia, ou reduza a área de contato da junta com o flange. Junta mais fina no diâmetro externo: indicação de “rotação”, ou deflexão do flange. Alterar as dimensões da junta, de modo que ela fique mais próxima dos parafusos, reduzindo o momento de rotação. Selecionar uma junta mais macia, que requeira uma menor pressão de esmagamento. Reduzir a área da junta. Reforçar o flange para aumentar a sua rigidez. Junta esmagada irregularmente: procedimento incorreto de aperto dos parafusos. Assegurar-se de que a seqüência de aperto dos parafusos seja seguida corretamente. Junta com espessura variando regularmente: indicação de flanges com espaçamento excessivo entre os parafusos, ou sem rigidez suficiente. Reforçar os flanges, diminuir o espaçamento entre os parafusos, ou selecionar uma junta mais macia. FLANGES MUITO SEPARADOS, INCLINADOS OU DESALINHADOS Quando os flanges estiverem muito separados, não tentar aproximá-los, apertando os parafusos. Tensões excessivas podem ser criadas, e a junta pode ser apertada incorretamente. A linha deve ser corrigida, ou, quando isto não for possível, usar espaçadores conforme mostrado na Figura 12.1. 225 Desalinhamentos devem ser sempre corrigidos antes de instalar a junta. Figura 12.1 6. CARGA CONSTANTE Imediatamente após a instalação de uma junta se inicia o chamado relaxamento da união flangeada, que é caracterizado pela perda de parte da força de aperto aplicada na sua montagem. Este relaxamento é um fenômeno natural causado por diversos fatores: • Relaxamento da junta: as juntas são projetadas para, escoando, preencher as irregularidades da superfície de vedação. À medida que esta deformação plástica ocorre os flange se aproximam, reduzindo a tensão nos parafusos. O valor desta redução de tensão depende do tipo de material da junta e da temperatura de operação. • Relaxamento na rosca: quando os parafusos e porcas são apertados há um contato entre as suas partes. Analisando microscopicamente, verificamos que o contato entre as superfícies ocorre em alguns pontos. Como estes pontos ficam com elevadas tensões, com o tempo, ocorre um escoamento do material, reduzindo a 226 • • • • • • tensão. Estudos mostram que, quando o sistema estabiliza, há uma redução de 5% a 10% da tensão inicial. Relaxamento por temperatura: parafusos usados em elevada temperatura tendem a relaxar com o tempo. O valor deste relaxamento depende do material, temperatura e tempo de exposição. Vibração: sob vibração severa os parafusos tendem a relaxar podendo ocorrer até mesmo o perda total do aperto. Aperto não simultâneo: normalmente os parafusos são apertados em etapas usando seqüência cruzada. Desta forma, quando um parafuso é apertado o seus vizinhos perdem um pouco da tensão. Se o aperto for simultâneo este fenômeno é minimizado. Expansão térmica: com a mudança da temperatura ambiente para a de operação ocorrem dilatações no conjunto. Como a junta e o flange estão em contato com o fluido e os parafusos estão mais distantes ocorrem gradientes de temperatura e de dilatação. O mesmo acontece quando sistema é desligado. Estas expansões e contrações térmicas provocam o relaxamento do conjunto. Ciclo térmico: quando o sistema opera com variações de temperatura, ou é desligado com freqüência, o relaxamento provocado pelas dilatações e contrações térmicas é aumentado. Para compensar a perda de aperto por relaxamento deve-se aumentar a elasticidade do sistema. Pode-se fazer este aumento com a instalação de parafusos de maior comprimento ou pela instalação de conjuntos do molas-prato. Estes métodos estão mostrados na Figura 12.2. O uso de parafusos e luvas é de uso bastante restrito pois necessita de muito espaço para que seus efeitos sejam efetivos. O sistema mais empregado é o de molas-prato, que é conhecido como Carga Constante ou Carga Viva (Live Loading). Figura 12.2 227 6.1 SITEMA TEADIT LIVE LOADING Para compensar os efeitos do relaxamento a Teadit desenvolveu o Sistema de Manutenção de Aperto Teadit (LIVE LOADING), que é composto de molas-prato especialmente projetadas para uso em flanges, mostrado na Figura 12.3. Figura 12.3 Antes de decidir pelo uso do LIVE LOADING é necessário estudar a aplicação e verificar se existe a sua necessidade. Encarecendo o custo da instalação, não deve ser empregado de forma indiscriminada. O LIVE LOADING não corrige problemas de vedação mas, por outro lado, mantendo o valor da força de aperto, reduz significativamente os problemas de vazamento em situações críticas. O LIVE LOADING é recomendado nas seguintes situações: • Fluidos cujo vazamento podem causar sérios danos ao meio ambiente ou risco de vida. • Linhas com grande flutuação de temperatura ou ciclo térmico. • Quando a razão entre o comprimento e o diâmetro do parafuso é menor do que três. • Junta sujeita a vibrações. • Quando o material da junta ou dos parafusos apresenta relaxamento elevado. • Quando existe um histórico de vazamentos no flange. O LIVE LOADING para flanges padrão é disponível em três valores de tensão nos parafusos, conforme mostrado na tabela do Anexo 12.2. Quando o sistema é apertado 228 com o valor de torque tabelado o parafuso fica com 414 MPa (60 000 psi), 310 MPa (45 000 psi) ou 207 MPa (30 000 psi), dependendo do sistema escolhido. O valor da força exercida pelo conjunto parafuso/mola ao atingir o torque também está indicada na tabela do Anexo 12.2. As molas do sistema LIVE LOADING padrão são fabricadas em aço ASTM A681 tipo H13, acabamento: levemente oleado, indicado para usos com parafusos de aço carbono. A faixa de temperatura de operação é de ambiente a 590o C. Para aplicações em ambientes corrosivos podem ser fornecidas também em aço inoxidável ASTM A693 tipo 17-P7 para temperaturas de –240 o C a 290 o C. Também podem ser fabricadas em Inconel 718 (ASTM B637) para temperaturas de – 240o C a 590o C. Estes materiais são disponíveis sob consulta. A montagem nos flanges deve ser a indicada na Figura 12.3, com uma mola de cada lado do flange. Ao montar observar rigorosamente a posição da mola, a sua superfície mais elevada deve ficar para o lado da porca ou da cabeça do parafuso. Se a montagem não for como mostrado, o valor da força exercida pela mola não será o indicado. Ao atingir o torque recomendado a mola deve estar plana. Importante: os valores de torque são válidos para parafusos novos e bem lubrificados. Para flanges de equipamentos, tais como trocadores de calor, que trabalham com ciclo térmico, temperaturas elevadas e fluidos muito perigosos, pode ser necessário a instalação de mais de duas molas por parafuso. Neste caso, a Teadit deve ser consultada, para calcular o número de molas, que vai depender das condições específicas de cada caso. 7. EMISSÕES FUGITIVAS Para assegurar a vida das próximas gerações, é necessário reduzir os poluentes liberados para o meio ambiente. Isso vem se tornando uma preocupação na maioria dos países do mundo. Além desta necessidade ambiental, estas perdas de produtos causam um custo elevado para as indústrias. A grande maioria dos agentes poluentes, óxidos de Carbono, Nitrogênio e Enxofre, são provenientes da queima de combustíveis ou da evaporação de hidrocarbonetos. Estas emissões são parte do processo industrial e sujeitas a controles específicos. Entretanto, existem perdas indesejáveis através de eixos de bombas, hastes de válvulas e flanges e que, em condições normais, não deveriam ocorrer. Estas perdas são conhecidas como Emissões Fugitivas (Fugitive Emissions). Estima-se que somente nos EUA a perda de produtos através de Emissões Fugitivas atinja mais de 300 000 toneladas ano, correspondente a um terço do total de emissões das indústrias químicas. Emissões Fugitivas nem sempre podem ser detectadas por meio de inspeções visuais, exigindo equipamentos especiais. 229 O controle da Emissões Fugitivas desempenha também um importante fator na prevenção de acidentes. Os vazamentos não detectados são grande parte das causas dos incêndios e explosões nas indústrias. Os EUA foram o primeiro país a estabelecer um controle efetivo sobre as Emissões Fugitivas através do Clean Air Act Amendments (CAA), estabelecido 1990 pela Evironmental Protection Agency (EPA) em conjunto com as indústrias. O CAA estabeleceu a relação dos Poluentes Voláteis Nocivos do Ar (Volatile Hazardous Air Poluents), conhecidos pela sigla VHAP. É necessário também controlar qualquer outro produto que tenha mais de 5% de um VHAP em sua composição. Para monitorar as Emissões Fugitivas a EPA estabeleceu o Método 21 (EPA Reference Method 21) que usa um analisador de gases conhecido como OVA (Organic Vapour Analyzer). Este aparelho, calibrado para Metano, mede a concentração de um VHAP em volume de partes por milhão (ppm). O OVA, por meio de uma pequena bomba, faz passar o ar através de um sensor determinando a concentração do VHAP. Devem ser monitorados hastes de válvulas, bombas, flanges, eixos de agitadores, dispositivos de controle e qualquer outro equipamento que possa apresentar vazamento. A concentração máxima admissível para flanges é de 500 ppm. Algumas organizações de meio ambiente consideram este valor muito elevado e estão exigindo 100 ppm como limite para flanges. Deve ser feita uma medição inicial a 1 metro do equipamento, na direção contrária ao vento e em seguida a 1 cm do equipamento. Para flanges, deve-se medir em toda a sua volta. O valor a ser considerado é a diferença entre o maior valor medido e o valor da medida inicial, a 1 m de distância. Se o valor da diferença for maior do que 500 ppm, o flange é considerado como vazando e deve ser reparado. O Método 21 permite obter uma medida do tipo “passa não-passa”, determinando se o flange está ou não vazando. Entretanto, não permite obter uma medição quantitativa de quanto está vazando em uma unidade de tempo. Para isso seria necessário enclausurar o flange ou equipamento, operação onerosa e nem sem sempre possível. A EPA desenvolveu vários estudos para estabelecer uma correlação entre o valor em ppm e o fluxo em massa. A Chemical Manufacturers Association (CMA) e a Society of Tribologists and Lubrication Engineers também realizaram estudos e chegaram a resultados similares. O vazamento em gramas por hora pode ser estabelecido como: Vazamento = 0.02784 (SV 0.733 ) g / hora Onde SV é o valor medido em partes por milhão (ppm). O valor do vazamento obtido nesta equação é apenas orientativo, permitindo calcular a quantidade aproximada de produto perdida para a atmosfera. Por exemplo, se tivermos um flange com um vazamento de 5 000 ppm temos: Vazamento = 0.02784 (SV 0.733 ) = 0.02784 (50000.733) = 14.322 g / hora 230 Anexo 12.1 Seqüência de Aperto 231 232 Anexo 12.2 Sistema LIVE LOADING para Flanges Diâmetro parafuso polegadas 1/2 5/8 3/4 7/8 1 1 1/8 1 1/4 1 3/8 1 1/2 1 5/8 1 3/4 1 7/8 2 2 1/4 2 1/2 2 3/4 3 A - mm Código Teadit Livre ACX00008060 ACX00008045 ACX00008030 ACX00010060 ACX00010045 ACX00010030 ACX00012060 ACX00012045 ACX00012030 ACX00014060 ACX00014045 ACX00014030 ACX00016060 ACX00016045 ACX00016030 ACX00018060 ACX00018045 ACX00018030 ACX00020060 ACX00020045 ACX00020030 ACX00022060 ACX00022045 ACX00022030 ACX00024060 ACX00024045 ACX00024030 ACX00026060 ACX00026045 ACX00026030 ACX00028060 ACX00028045 ACX00028060 ACX00030060 ACX00030045 ACX00030030 ACX00032060 ACX00032045 ACX00032030 ACX00036060 ACX00036045 ACX00036060 ACX00040060 ACX00040045 ACX00040030 ACX00044060 ACX00044045 ACX00044030 ACX00048060 ACX00048045 ACX00048030 6.7 3.9 3.4 5.4 4.7 4.0 6.5 5.7 4.8 7.6 6.7 5.7 8.7 7.7 6.5 9.9 8.7 7.4 11.3 10.2 8.4 12.4 10.9 9.2 13.5 11.9 10.1 14.9 13.1 11.0 16.1 14.1 11.9 15.6 15.2 12.8 16.7 16.3 13.7 18.8 18.4 15.5 21.0 20.5 17.3 18.7 22.7 19.1 25.5 24.8 20.9 233 Apertado 4.1 3.6 3.0 5.1 4.4 3.6 6.2 5.4 4.4 7.2 6.3 5.2 8.3 7.2 5.9 9.4 8.2 6.8 10.7 9.6 7.6 11.8 10.3 8.4 13.0 11.3 9.2 14.2 12.4 10.2 15.4 13.4 11.0 14.8 14.4 11.8 15.8 15.4 12.6 17.9 17.4 14.3 20.0 19.5 16.0 17.5 21.5 17.7 24.2 23.5 19.3 Torque Força N-m N 80 60 40 160 120 80 270 200 140 430 330 220 660 500 330 960 720 480 1360 1020 680 1840 1380 920 2170 1630 1080 2980 2240 1490 4070 3050 2030 5420 4070 2710 5970 4470 2980 8620 6470 4310 11930 8950 5970 16060 11930 8030 20940 15700 10470 37830 28390 18960 60360 45300 30230 89160 66900 44630 123300 92500 61700 161700 121300 80900 210760 158100 105430 266760 200100 133430 328900 246700 164500 397960 298500 199030 474760 356100 237430 554760 416100 277430 508870 482100 321430 584870 554100 371210 751650 712100 474760 937430 88100 592100 1146430 1086100 724100 1374430 1302100 868100 234 CAPÍTULO 13 FATORES DE CONVERSÃO Multiplicar galão grau C hp jarda kgf / cm2 kgf-m kgf-m kg/m3 libra megapascal (MPa) megapascal (MPa) milha newton newton pé pé quadrado pé cúbico polegadas polegada cúbica polegada quadrada Por 3.785 1.8° C + 32 745,7 0.9144 14.223 9.807 7.238 6.243 x 10- 2 0.454 145 10 1,609 0.225 0.102 0.305 0,09290 0.028 25.4 1,639 x 10- 5 645.16 235 Para Obter litros grau F watts metros lbf/pol.2 newton-metro (N-m) lbf-ft lb/ft 3 kg lbf/pol.2 bar km lbf kgf metro m2 m3 milímetros metro cúbico milímetros quadrados 236 BIBLIOGRAFIA Andrade, José G. 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