HISTÓRIA GERAL – PM 2013 Primeira Guerra Mundial. O nazi-fascismo e a Segunda Guerra Mundial. A Guerra Fria. Globalização e as políticas neoliberais. Primeira Guerra Mundial – Antecedentes. Vários problemas atingiam as principais nações europeias no início do século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra. Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo. Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países, onde um tentava se armar mais do que o outro. Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A França havia perdido, no final do século XIX, a região da AlsáciaLorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana. O revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica região perdida. O pan-germanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os países de origem germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos. O início da Grande Guerra O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mãonegra, contrário a influência da ÁustriaHungria na região dos Balcãs. O império austrohúngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia. Fatores e Fases da 1a. Guerra Vários outros fatores também contribuíram para o advento da guerra: A construção da estrada de ferro Berlin-Bagdá: sua construção colocaria à disposição da Alemanha os lençóis petrolíferos do Golfo Pérsico e os mercados orientais, além de ameaçar as rotas de comunicação entre a Inglaterra e seu Império. Pan-Eslavismo Russo (união de todos os povos eslavos sob a proteção da Rússia): o Pan-Eslavismo servia de justificativa para os interesses imperialistas da Rússia de dominar regiões da Europa Oriental habitadas por outros povos eslavos (poloneses, ucranianos, tchecos, eslovacos, sérvios, búlgaros, croatas…) Nacionalismo da Sérvia. Conflitos originários da decadência do Império Turco A Alemanha e a Itália eram imperialistas, queriam e precisavam de colônias, para isso precisariam tomar as colônias de outros países, já que não havia mais quase locais para serem dominados Crises no Marrocos: alemães, ingleses e franceses disputavam essa área Primeira e segunda Guerra Balcânica A primeira guerra dividiu-se em 3 fases: Guerra de movimento: momentos iniciais do conflito. O jogo de Alianças e as hostilidades arrastaram vários países para o conflito Guerra de Trincheiras: consistia na construção de trincheiras pelos alemães em solo francês. Nesse momento foram introduzidas novas armas como as metralhadoras e os tanques. Ofensivas - O Desenrolar da Guerra. Política de Alianças Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França, Rússia e Reino Unido. O Brasil também participou, enviando para os campos de batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os países da Tríplice Entente. Desenvolvimento. As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas. Cronologia da Guerra Em 1915, Japão e Itália entraram na guerra, porém, o primeiro se retirou do conflito após tomar os territórios alemães na China e algumas colônias. Em 1916, houve duas grandes batalhas envolvendo Franceses, Ingleses e Alemães: Batalha de Somme ( mais de1 milhão de vítimas – entre mortos e feridos) e a Batalha de Verdun (600 mil mortos). Os EUA vendiam alimentos, combustível, produtos industriais e máquinas para a França e a Inglaterra. Tudo pelo sistema de crediário (“compre agora e pague depois da guerra”). Com o passar do tempo, a situação ficava pior (destruição, fome, miséria e matanças) e os EUA começaram a temer que a França e a Inglaterra não pagassem pelas mercadorias compradas dos americanos (os dois países deviam aos americanos quase 2 bilhões de dólares). Com essa mentalidade, os americanos começaram a fazer uma forte campanha a favor da entrada do país na guerra. Em março de 1917, os alemães afundaram alguns navios americanos que iam comerciar com a Inglaterra e no dia 6 de abril o Congresso americano votava favoravelmente a declaração de guerra à Alemanha. Em 1917, várias propostas de paz foram lançadas por países e entidades neutras. O presidente dos EUA (Woodrow Wilson), em 1918, levou essas idéias ao Congresso no chamado “Programa dos 14 Pontos”. Em março do 1918 (após a revolução socialista) o governo russo assinava a paz com a Alemanha e se retirava da guerra. Bulgária, o Império Turco e o Império Austro- Húngaro também seguiam o exemplo russo e se retiraram do conflito. Enquanto os países se retiravam aos poucos do conflito, o povo alemão se rebelava contra a guerra. Em 1918, a Alemanha foi transformada em República e o novo governo aceitou o armistício dando por encerrado o conflito. Em 1919, iniciou-se a Conferência de Paris (no Palácio de Versalhes), onde seriam tomadas as decisões diplomáticas do pósguerra. Os 27 países “vencedores” participaram da conferência. Consequências da 1a. Guerra Durante a Primeira Guerra Mundial morreram, aproximadamente, 9 milhões de pessoas (entre civis e militares). O número de feridos, entre civis e militares, ficou em cerca de 30 milhões. - Desenvolvimento de vários armamentos de guerra como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. - Desintegração dos impérios Otomano e Austro-Húngaro. - Fortalecimento dos Estados Unidos no cenário político e militar mundial. - Criação da Liga das Nações, com o objetivo de garantir a paz mundial. - Assinatura do Tratado de Versalhes que impôs uma série de penalidades a derrotada Alemanha. - Geração de crise econômica na Europa, em função da devastação causada pela Grande Guerra e também dos elevadíssimos gastos militares. - Fortalecimento e desenvolvimento da industrialização brasileira. - Surgimento do sentimento de revanchismo na Alemanha, em função das duras penalidades impostas pelo Tratado de Versalhes. Tratado de Versalhes O que foi o Tratado de Versalhes Assinado em 28 de junho de 1919, o Tratado de Versalhes foi um acordo de paz assinado pelos países europeus, após o final da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Neste Tratado, a Alemanha assumiu a responsabilidade pelo conflito mundial, comprometendo-se a cumprir uma série de exigências políticas, econômicas e militares. Estas exigências foram impostas à Alemanha pelas nações vencedoras da Primeira Guerra, principalmente Inglaterra e França. Em 10 de janeiro de 1920, a recém criada Liga das Nações (futura ONU) ratificou o Tratado de Versalhes. Algumas exigências impostas à Alemanha pelo Tratado de Versalhes: - reconhecimento da independência da Áustria; - devolução dos territórios da Alsácia-Lorena à França; - devolução à Polônia das províncias de Posen e Prússia Ocidental; - as cidades alemãs de Malmedy e Eupen passariam para o controle da Bélgica; - a província do Sarre passaria para o controle da Liga das Nações por 15 anos; - a região da Sonderjutlândia deveria ser devolvida à Dinamarca - pagamento aos países vencedores, principalmente França e Inglaterra, uma indenização pelos prejuízos causados durante a guerra. Este valor foi estabelecido em 269 bilhões de marcos. - proibição de funcionamento da aeronáutica alemã (Luftwaffe) - a Alemanha deveria ter seu exército reduzido para, no máximo, cem mil soldados; - proibição da fabricação de tanques e armamentos pesados; - redução da marinha alemã para 15 mil marinheiros, seis navios de guerra e seis cruzadores; Consequências As fortes imposições do Tratado de Versalhes à Alemanha, fez nascer neste país um sentimento de revanchismo e revolta entre a população. A indenização absurda enterrou de vez a economia alemã, já abalada pela guerra. As décadas de 1920 e 1930 foram marcadas por forte crise moral e econômica na Alemanha (inflação, desemprego, desvalorização do marco). Terreno fértil para o surgimento e crescimento do nazismo que levaria a Alemanha para um outro conflito armado, a Segunda Guerra Mundial. Europa antes e depois da Guerra. Entre-Guerras. O Período Entre Guerras é uma fase da História do século XX que vai de 1918 a 1939 basicamente do final da 1ª Guerra Mundial até o começo da 2ª Guerra Mundial. Neste período podemos destacar acontecimentos históricos como: 1º : Tratado de Versalhes ( 1919 ) Fez sanções que levaram a Alemanha a perder colônias (África), Álsácia Lorena (França), limitar o seu Exército, pagamento de idenização. 2º : Facismo na Itália sob a liderança de Benito Mussolini; em 1922 ocorre a marcha sobre Roma e o movimento facista assume o poder na Itália. 3º : É assinado o tratado de Latrão na Itália em 1929, neste documento o Papa Pio XI reconhece a Itália como país e Mussolini concede ao Vaticano a soberania como Estado Independente. 4º : Crise de 1929 ( Quebra da Bolsa de Valores de Nova York ) afetando todo o mundo. 5º : O Brasil também sofre com a crise de 1929 ( Desvalorização do Café ). 6º : Nas eleições de 1930 o Partido Nacional Socialista ( Nazista ) torna-se o maior partido da Alemanha; em 1933 Adolf Hitler torna-se Chanceler da Alemanha e implanta o regime nazista. 7º : Em 1933 entra em ação o Plano Econômico conhecido como New Deal ( Presidente Roosevelt ). 8º : Eclode em 1936 a Guerra Civil Espanhola. 9º : A Alemanha anexa a Áustria em 1938. 10º : A Polônia é invadida pela Alemanha e França e Inglaterra declaram Guerra a Alemanha e começa a 2ª Guerra Mundial. Fascismo na Itália. A Itália proclamou-se neutra na primeira guerra mundial, mas depois se uniu aos aliados pelo Tratado de Londres, por interesse em terras do império austro-húngaro. Derrotados em Caporetto em 1917, os italianos resistiram e obtiveram ampla vitória em Vittorio Veneto (1918), mas os resultados foram decepcionantes: a conferência de Paris só concedeu à Itália uma parte dos territórios prometidos (o Trentino-Alto Adige). A intranqüilidade social se instalou, e as eleições de 1919 deram a vitória aos democrata-cristãos. Apesar de majoritários, os socialistas se recusaram a participar do governo e apoiaram uma série de greves, com ocupação de fábricas. Em 1920, a Itália celebrou com a Iugoslávia o Tratado de Rapallo, pelo qual ganhou quase toda a Dalmácia; ainda assim, a opinião pública não se satisfez. A burguesia, preocupada com o avanço do movimento operário, começou a apoiar maciçamente o movimento fascista, cujo líder, Benito Mussolini, encabeçou em 1922 uma marcha contra Roma, com o objetivo de tomar o poder. O rei Vítor Emanuel III, que sucedera ao pai, Humberto I, em 1900, depois de seu assassínio por um anarquista, convidou Mussolini a formar novo ministério. Em 1924, com práticas duvidosas, Mussolini revalidou o poder nas urnas. A oposição questionou os resultados; o deputado socialista Giacomo Matteotti denunciou no Parlamento a violência fascista e pouco depois foi assassinado. Logo no início de 1925, o governo fascista modificou totalmente a estrutura e o funcionamento dos órgãos do estado. Todo o poder ficou concentrado nas mãos de Mussolini, que só nominalmente era responsável perante o rei. A Câmara dos Deputados foi substituída pela Câmara Fascista e de Corporações, com membros nomeados. Certas liberdades foram abolidas, como o direito de greve, expressão e associação. A oposição teve de emigrar ou agir na clandestinidade. Os comunistas pagaram caro por fomentar greves e infiltrar-se nas associações operárias fascistas. O líder do Partido Comunista Italiano (PCI), Antonio Gramsci, preso em 1926, morreu após 11 anos de prisão. Mas a existência ininterrupta do PCI e a luta clandestina criaram as condições para torná-lo um grande partido após a queda do fascismo. A estrutura do partido fascista se sobrepôs à do estado. Em 1929, o Tratado de Latrão restabeleceu a paz entre a Igreja Católica e o estado italiano: Mussolini concedeu ao papa a soberania sobre o estado do Vaticano e privilégios à igreja. A política expansionista que Mussolini levou a efeito na África, a partir da conquista da Etiópia, criou dificuldades com as democracias ocidentais, sobretudo França e Reino Unido. Após a invasão da Albânia, Mussolini se aproximou da Alemanha nacional-socialista durante a guerra civil espanhola. Ao iniciar-se a segunda guerra mundial, Mussolini declarou guerra aos aliados e empreendeu a conquista da Grécia. Quebra da Bolsa de Nova York Causas da crise Com a diminuição das exportações para a Europa, as indústrias norte-americanas começaram a aumentar os estoques de produtos, pois já não conseguiam mais vender como antes. Grande parte destas empresas possuíam ações na Bolsa de Valores de Nova York e milhões de norte-americanos tinham investimentos nestas ações. Efeitos da crise Em outubro de 1929, percebendo a desvalorizando das ações de muitas empresas, houve uma correria de investidores que pretendiam vender suas ações. O efeito foi devastador, pois as ações se desvalorizaram fortemente em poucos dias. Pessoas muito ricas, passaram, da noite para o dia, para a classe pobre. O número de falências de empresas foi enorme e o desemprego atingiu quase 30% dos trabalhadores. A crise, também conhecida como “A Grande Depressão”, foi a maior de toda a história dos Estados Unidos. Como nesta época, diversos países do mundo mantinham relações comerciais com os EUA, a crise acabou se espalhando por quase todos os continentes. Efeitos no Brasil A crise de 1929 afetou também o Brasil. Os Estados Unidos eram o maior comprador do café brasileiro. Com a crise, a importação deste produto diminuiu muito e os preços do café brasileiro caíram. Para que não houvesse uma desvalorização excessiva, o governo brasileiro comprou e queimou toneladas de café. Desta forma, diminuiu a oferta, conseguindo manter o preço do principal produto brasileiro da época. Por outro lado, este fato trouxe algo positivo para a economia brasileira. Com a crise do café, muitos cafeicultores começaram a investir no setor industrial, alavancando a indústria brasileira. Quebra da Bolsa de Nova York New Deal: a solução A solução para a crise surgiu apenas no ano de 1933. No governo de Franklin Delano Roosevelt, foi colocado em prática o plano conhecido como New Deal. De acordo com o plano econômico, o governo norte-americano passou a controlar os preços e a produção das indústrias e das fazendas. Com isto, o governo conseguiu controlar a inflação e evitar a formação de estoques. Fez parte do plano também o grande investimento em obras públicas (estradas, aeroportos, ferrovias, energia elétrica etc), conseguindo diminuir significativamente o desemprego. O programa foi tão bem sucedido que no começo da década de 1940 a economia norteamericana já estava funcionando normalmente. República de Weimar – Alemanha pós Guerra. Com a derrota, a República é proclamada em 1919, na cidade de Weimar. O Tratado de Versalhes proíbe o rearmamento alemão, impõe perdas territoriais e pesadas reparações de guerra. A República de Weimar (1919-1933) vive grave crise econômica e social. A inflação dispara como resultado da emissão de moeda para pagamento das dívidas de guerra. Com esse novo contexto de miséria e fome, surge o nazismo, que em uma escalada de três fases, acaba por dominar políticamente e culturalmente a alemanha. Segue a cronologia do pós guerra alemão. A Primeira fase A queda do II Reich em novembro de 1918 e as discussões políticas sobre a aceitação ou não do Tratado de Versalhes, em 1919, marcaram os primeiros anos da nova República. Formou-se um governo provisório com os líderes do Partido Social Democrata Alemão (SPD) e do Partido Social Democrata Alemão Independente (USPD). Em janeiro de 1919, realizaram-se eleições para a Assembleia Constituinte, reunida em Weimar, que confirmou a hegemonia política do SPD. A constituição foi promulgada em julho de 1919 e transformou a Alemanha em uma República Parlamentarista de cunho liberal, sendo formada pelo Reichstag (Parlamento) e pelo Reichsrat (assembleia dos representantes dos estados, de caráter consultivo). Na chefia da República estava o presidente e também o Chanceler (primeiro-ministro). Paralelamente a esse arranjo institucional, ocorreu a Revolução Alemã de 1918-1919. Com o objetivo de formar uma República Socialista baseada em sovietes, como o que havia ocorrido na Rússia pouco antes, os soldados e trabalhadores alemães tentaram tomar o poder em Berlim, organizando-se em conselhos. A Liga Espartaquista, uma dissidência do Partido Comunista Alemão (KPD), liderava as ações, tendo como principais nomes os comunistas Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht. Apesar da força popular, eles não conseguiram conter a reação do Governo Provisório, comandado pelo SPD, que convocou o exército para derrotar a revolução. O esmagamento das forças revolucionárias se deu na Renânia, na Baviera e, principalmente, em Berlim. Vários líderes foram presos e executados, inclusive Luxemburgo e Liebknecht. A ironia neste caso é que os mandantes da execução eram antigos companheiros de partido, quando todos ainda estavam no SPD.A economia alemã neste período caracterizou-se por uma forte inflação e um grande número de desempregados. A inflação beneficiava apenas alguns grupos econômicos, como grandes indústrias, mas afetava diretamente as condições de vida dos assalariados. Ainda no aspecto político, esta primeira fase foi extremamente conturbada, com uma série de tentativas de golpe de Estado pelas forças ligadas ao antigo regime. Algumas delas, como a tentativa do general Kapp, foram contidas pelos trabalhadores, principalmente os organizados em sindicatos próximos ao SPD. Os operários organizaram ainda várias greves entre 1921 e 1922, exigindo a nacionalização das minas e bancos, além de melhorias nas condições de trabalho. Por outro lado, a insatisfação com a situação econômica resultou também no surgimento do Partido Nacional Socialista Alemão, o partido nazista. Baseado em um ideário nacionalista, antiliberal, anticomunista, formando grupos paramilitares, culpando os judeus ligados ao capital financeiro pelos problemas econômicos alemães e liderados por Adolf Hitler, os nazistas tentaram dar um golpe em Munique, na Baviera, em 1923, mas não obtiveram sucesso. Hitler utilizou da crise econômica e social alemã nas décadas de 1920 e 1930 para ascender ao poder. República Weimar. Segunda Fase A partir de 1924, o país vivenciou um período de estabilidade política e econômica. Com a aproximação aos capitalistas estadunidenses, que passaram a investir diretamente na Alemanha, a estabilidade econômica alcançada melhorou os salários dos trabalhadores, além de diminuir as taxas de desemprego. Porém, como estes investimentos atrelavam a economia alemã à bolsa de Nova Iorque, a Crise de 1929 atingiu em cheio a Alemanha. 3ª Fase O resultado foi o grande número de desempregados, que chegou a 5 milhões de trabalhadores. Esta situação levou ao descrédito com os antigos grupos políticos, como os socialdemocratas, abrindo o caminho nas eleições de 1932 para a ascensão dos nazistas. Nas ruas os conflitos entre nazistas e comunistas eram constantes. Com o apoio de capitalistas industriais, que se opunham aos comunistas, os nazistas se aproveitaram da crise política no Reichstag e fizeram de Hitler o Chanceler da Alemanha, em 1933. Neste mesmo ano, com o incêndio do Reichstag sendo apontado como ação dos comunistas, Hitler pôs na ilegalidade o KPD e depois o SPD. Após esse fato, Hitler inaugura o III Reich. III Reich e o Nazismo. A "Revolução Nazista" e a nazificação da cultura Hitler denominou sua ascensão e o processo para remoção dos judeus da sociedade alemã de "revolução", defendendo que tal processo de higiene racial seria o estopim da volta (daí revolução) da Alemanha aos tempos do grandioso Império Alemão. A Bandeira da República de Weimar foi substituída pela bandeira da suástica do partido nazista no dia 15 de setembro de 1935. Em 22 de setembro de 1933 foi criada a Câmara de Cultura do Reich, com a intenção de nazificar a cultura, sob o comando do Dr. Goebbels: "A fim de levar a cabo uma política de cultura alemã, é preciso unir os artistas de todas as esferas numa organização coesa sob a direção do Reich. O Reich deve não somente determinar as linhas do progresso mental e espiritual, mas também orientar e organizar as profissões". Seis subcâmaras foram criadas para orientar e controlar toda a cultura: imprensa, belasartes, literatura, música, cinema e rádio. Todos os profissionais dessas áreas foram obrigados a associar-se às câmaras, que podiam expulsar ou recusar pessoas por "falta de confiança política". Ou seja: como em todo e qualquer regime militar, agora o Reich conduziria o pensamento do povo alemão, e todos os controladores de massa (mídia e cultura) seriam agora controlados pelo Reich. III Reich e o Nazismo. 1933 · Hitler é nomeado Chanceler da Alemanha · Incêndio do Reichstag e início da perseguição aos comunistas · Fim da República de Weimar · INÍCIO DO TERCEIRO REICH com o Machtergreifung (tomada de poder dos Nazistas) · Alemanha retirou-se da Sociedade das Nações (potências reunidas após 1º Guerra Mundial) · Câmara de Cultura do Reich foi criada para transformar a cultura em algo nazista · É decretada a lei de esterilização obrigatória para os judeus e outras raças consideradas inferiores, esterilizando 400.000 pessoas · Lei de Imprensa do Reich - todos os jornalistas deviam ser de nacionalidade alemã, ter ascendência ariana e não possuir qualquer tipo de laços com judeus · É criada a Igreja Nacional do Reich, da fusão das 28 igrejas protestantes luteranas e reformistas · Queima de livros de autores judeus por estudantes · Dachau abre campo de concetração · Boicote a lojas e empresas judaicas é estabelecido · É formada a Gestapo (polícia política) 1934 · Noite das Facas Longas – quando membros do Partido Nazista resolveram matar muitos de seus membros, principalmente da Milícia Paramilitar Nazista, a SA, que teve seus líderes dizimados, uma forma de impor a disciplina. · Lei da Reconstrução foi aprovada no Reichstag, abolindo a autonomia dos estados da Alemanha · Morte do ex-presidente Paul von Hindenburg · Surge o título de Führer e Hitler ocupa esse cargo · Início do rearmamento da Alemanha por parte de investimentos governamentais 1935 · Leis de Nuremberg foram aprovadas, três leis anti-semitas. Os judeus passam a não ser mais considerados alemães, não podiam se casar com arianos nem poderiam usar a bandeira alemã · Bandeira da República de Weimar foi substituída pela Suástica Nazista · Judeus passam a ser impedidos de se unir ao exército alemão · Judeus passam a ser definidos como aqueles que possuem avós judias III Reich e o Nazismo. 1936 · Jogos Olímpicos de Verão acabaram sendo uma abertura da ideologia nazista para o mundo · Renânia (fronteira com a França, região que deveria permanecer desmilitarizada pelo Tratado de Versalhes) foi ocupada por soldados alemães · Médicos judeus são proibidos de exercer a profissão · Campo de concentração de Sachsenhausen é aberto · Hitler e Mussolini formam o eixo Berlim-Roma 1937 · Lei do Funcionalismo Civil - professores deviam defender as idéias nazistas e jurar fidelidade a Adolf Hitler · Campo de concentração de Buchenwald é aberto 1938 · Anschluss – anexação da Áustria e logo os decretos anti-semitas são colocados em prática · Grande fuga de Judeus · Noite dos Cristais – noite de violência contra judeus (há um texto sobre um documentário visto sobre o assunto), que depois é cobrada dos próprios judeus · Acordo de Munique – reunião de líderes das potências européias para discutir o futuro da Tchecoslováquia, que foi proibida de ser invadida, ao contrário da região dos Sudetos · Judeus são obrigados a registrar seus bens · Alemães começam a diferenciar passaportes de judeus e também expulsam aqueles que viviam no país, que então migram para a Polônia, porém são rejeitados · Decreto obriga judeus a transferirem suas empresas para Alemães · Judeus são expulsos de escolas alemã Guerra Civil Espanhola A Guerra Civil Espanhola foi um conflito armado ocorrido na Espanha entre os anos de 1936 e 1939. Grupos que atuaram Para entender a Guerra Civil Espanhola é importante conhecermos as forças politicas que atuavam e disputavam o poder na Espanha momentos antes do conflito e quais eram seus objetivos. - Falangistas: De tendência fascista e comandados pelo general Francisco Franco, tinham como objetivo eliminar o crescente movimento comunista na Espanha. Tiveram o apoio dos setores tradicionais e conservadores da sociedade espanhola (Igreja, Exército e grandes proprietários rurais). Contam também com a ajuda militar da Alemanha nazista e da Itália fascista. Tinham por objetivo a implantação de um governo autoritário. - Frente Popular: De tendência esquerdista, contavam com o apoio dos sindicatos, partidos políticos de esquerda e defensores da democracia. Queriam combater o nazi-fascismo, que estava crescendo na Espanha e outros países da Europa. Defendiam o Governo Republicano e tiveram o apoio externo da União Soviética. Golpe de Estado e início da guerra O clima político e social na Espanha na primeira metade da década de 1930 era tenso e recheado de conflitos entre esquerdistas e nacionalistas. Mas a guerra teve inicio quando em 18 de julho de 1936, o general Francisco Franco comandou o exército espanhol num golpe de estado contra o governo democrático e legal da Segunda República Espanhola. Porém, o golpe não foi bem sucedido e a Espanha ficou dividida entre falangistas e republicanos. A guerra civil provocou milhares de mortos e muita destruição. Perseguições e execuções eram frequentes e patrocinadas por ambos os lados. Guerra Civil Espanhola Intervenção estrangeira Os falangistas conseguiram apoio militar dos regimes fascistas da Alemanha e Itália, que estavam interessados em implantar um regime fascista na Espanha e combater o crescimento do movimento socialista no país. Já os republicanos contaram com o envio de armas e equipamentos bélicos da União Soviética. Bombardeio a Guernica Um dos episódios mais cruéis da guerra civil foi o bombardeio a cidade de Guernica, patrocinado por aviões de guerra da Alemanha e Itália. O bombardeio ocorreu em 26 de abril de 1937 e matou cerca de 125 civis espanhóis. O painel intitulado Guernica, pintado por Pablo Picasso, mostra a crueldade do ataque aéreo sobre os civis da cidade espanhola. Como terminou Após quase três anos de conflito bélico a Guerra Civil Espanhola, considerada uma das mais violentas e cruéis da história, terminou com a vitória dos falangistas que conseguiram derrubar o Governo Republicano do poder. Francisco Franco assumiu o poder em abril de 1939, implantando um regime ditatorial de direita na Espanha. Saldo da Guerra Civil Espanhola: - Cerca de 400 mil mortos; Destruição de prédios, igrejas e casas em várias cidades; Destruição no campo com prejuízos para agricultura e pecuária;Diminuição de cerca de 30% da renda dos espanhóis; Forte crise econômica na Espanha, que perdurou por vários anos. II Guerra Mundial. Introdução: As causas da Segunda Guerra Mundial Um conflito desta magnitude não começa sem importantes causas ou motivos. Podemos dizer que vários fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia. Um dos mais importantes motivos foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes, inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra. Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites. Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas pelos governos fascistas destes países foi a industrialização, principalmente na criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc). Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com planos de conquistas elaborados em comum acordo. Início – Fatos importantes. O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha. De acordo com a política de alianças militares existentes na época, formaram-se dois grupos : Aliados (liderados por Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos) e Eixo (Alemanha, Itália e Japão ). Desenvolvimento e Fatos Históricos Importantes: - O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças armadas da Alemanha, que conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia. - Em 1941 o Japão ataca a base militar norte-americana de Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este fato, considerado uma traição pelos norte-americanos, os estados Unidos entraram no conflito ao lado das forças aliadas. - De 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso inverno russo. Neste período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas frentes de batalhas. - O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália (região de Monte Cassino) os pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira. Os cerca de 25 mil soldados brasileiros conquistam a região, somando uma importante vitória ao lado dos Aliados. Final e Consequências. Este importante e triste conflito terminou somente no ano de 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades. Bomba Atômica explode na cidade japonesa de Hiroshima Os prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas e dívidas incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus. Com o final do conflito, em 1945, foi criada a ONU ( Organização das Nações Unidas ), cujo objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se também um período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados opostos, Estados Unidos e União Soviética. Uma disputa geopolítica entre o capitalismo norte-americano e o socialismo soviético, onde ambos países buscavam ampliar suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados. CRONOLOGIA II GUERRA 18 de setembro de 1931 - O Japão invade a Manchúria. 2 de outubro de 1935 a maio de 1936 - A Itália fascista invade, conquista e anexa a Etiópia. 25 de outubro a 1º de novembro de 1936 - A Alemanha nazista e a Itália fascista assinam um tratado de cooperação em 25 de outubro; e em 1º de novembro, o Eixo RomaBerlim é anunciado. 25 de novembro de 1936 - Alemanha nazista e o Japão imperial assinam o Pacto Anti-Comintern, isto é, Anti-Internacional Comunista, direcionado contra a União Soviética e o movimento comunista internacional. 7 de julho de 1937 - Japão invade a China, dando início à Segunda Guerra Mundial no Pacífico. 11 a 13 de março de 1938 - A Alemanha incorpora a Áustria na assim chamada Anchluss, ou seja, anexação. 29 de setembro de 1938 - A Alemanha, a Itália, a Grã-Bretanha e a França assinam o Acordo de Munique, o qual força a República Tchecoslovaca a ceder à Alemanha nazista a região dos Sudetos, incluindo as importantes posições estratégicas de defesa militar daquele país. 14 a 15 de março de 1939 - Sob pressão alemã, os eslovacos declaram sua independência e formam a República da Eslováquia. Os alemães ocupam as províncias remanescentes da Tchecoslováquia, em violação ao acordo de Munique, formando o Protetorado da Boêmia e Morávia. 31 de março de 1939 - A França e a Grã-Bretanha asseguram a integridade das fronteiras do estado polonês. 7 a 15 de abril de 1939 -A Itália fascista invade e anexa a Albânia. 23 de agosto de 1939 -A Alemanha nazista e a União Soviética assinam um pacto mútuo de não-agressão--o Pacto Ribbentrop-Molotov -- e fazem um aditamento secreto dividindo o leste europeu entre si, em duas esferas de influência. 1º de setembro de 1939 - A Alemanha invade a Polônia, dando início à Segunda Guerra Mundial na Europa. 3 de setembro de 1939 - Honrando sua garantia de segurança às fronteiras da Polônia, a Grã-Bretanha e a França declaram guerra à Alemanha. 17 de setembro de 1939 - A União Soviética invade o leste da Polônia. 27 a 29 de setembro de 1939 - Varsóvia, capital da Polônia, se rende no dia 27 de setembro. Membros dogoverno polonês fogem para o exílio através da Romênia. A Alemanha e a União Soviética dividem a Polônia entre si. 30 de novembro de 1939 a 12 de março de 1940 - A União Soviética invade a Finlândia, iniciando a chamada Guerra de Inverno. Os finlandeses requerem um armistício e são obrigados a ceder para a União Soviética a margem norte do lago Lagoda e a pequena linha costeira finlandesa no mar Ártico. 9 de abril de 1940 a 9 de junho de 1940 - A Alemanha invade a Dinamarca e a Noruega. A Dinamarca se rende no dia do ataque; a Noruega resiste até 9 de junho. 10 de maio de 1940 a 22 de junho de 1940 - A Alemanha ataca a Europa Ocidental – França e os Países Baixos neutros. Luxemburgo é ocupado no dia 10 de maio; a Holanda se rende em 14 de maio, e a Bélgica em 28 do mesmo mês. Em 22 de junho, a França assina um acordo de armistício pelo qual os alemães ocupam a parte norte do país e toda a linha costeira do Atlântico; e no sul da França é estabelecido um regime colaborador dos nazistas com capital em Vichy. CRONOLOGIA II GUERRA 10 de junho de 1940 - A Itália entra na guerra, e invade o sul da França em 21 de junho. 28 de junho de 1940 - A União Soviética força a Romênia a ceder a província oriental da Bessarábia e metade da região norte da Bucovina para a Ucrânia Soviética. 14 de junho de 1940 a 6 de agosto de 1940 - A União Soviética ocupa os países bálticos entre 14 e 18 de junho, articulando golpes de estado comunistas em cada um deles entre 14 e 15 de julho, para em seguida anexá-los como Repúblicas Soviéticas, entre 3 e 6 de agosto 10 de julho de 1940 a 31 de outubro de 1940 - A guerra aérea conhecida como a Batalha da Grã-Bretanha termina em derrota para a Alemanha nazista. 30 de agosto de 1940 - Segunda Decisão de Viena: A Alemanha e a Itália arbitram a divisão da disputada província da Transilvânia entre a Romênia e a Hungria. A perda do norte da Transilvânia força o rei Carlos da Romênia a abdicar em favor de seu filho, Miguel, e traz ao poder uma ditadura sob comando do general Ion Antonescu. 13 de setembro de 1940 - Os italianos invadem o Egito, parte do então Mandato Britânico, através da Líbia sob domínio italiano. 27 de setembro de 1940 - A Alemanha, a Itália e o Japão assinam o Pacto Tripartite. Outubro de 1940 - A Itália invade a Grécia cruzando a Albânia em 28 de outubro. Novembro de 1940 -A Eslováquia (23 de novembro), a Hungria (20 de novembro) e a Romênia (22 de novembro) unem-se ao Eixo. Fevereiro de 1941 - Os alemães enviam o Afrika Korps, destacamento do exército alemão, para reforçar as tropas italianas enfraquecidas. 1º de março de 1941 - Bulgária une-se ao Eixo. 6 de abril de 1941 a junho de 1941 - A Alemanha, a Itália, a Hungria e a Bulgária invadem e dividem a Iugoslávia. A Iugoslávia se rende em 17 de abril. A Alemanha e a Bulgária invadem a Grécia em apoio aos italianos. A resistência na Grécia chega ao fim no início de junho de 1941. 10 de abril de 1941 - Os líderes do movimento terrorista Ustasa proclamam o chamado Estado Independente da Croácia. Reconhecido de imediato pela Alemanha e Itália, o novo estado inclui a província da Bósnia-Herzegovina. A Croácia junta-se às forças do Eixo formalmente em 15 de junho de 1941. 22 de junho de 1941 a novembro de 1941 - A Alemanha nazista e seus parceiros do Eixo (com a exceção da Bulgária) invadem a União Soviética. A Finlândia, procurando reparação de suas perdas territoriais para a União Soviética no armistício que finalizou a Guerra de Inverno, une-se ao Eixo pouco antes da invasão. Os alemães rapidamente invadem os países bálticos e, com ajuda dos finlandeses realizam um cerco a Leningrado (atual São Petersburgo) no mês de setembro. Mais ao centro da União Soviética os alemães conquistam Smolensk no início de agosto e, em outubro, parte rumo a Moscou. Ao sul, as tropas alemãs e romenas conquistam Kiev (Kyiv) em setembro e Rostov, às margens do rio Don, em novembro. 6 de dezembro de 1941 - Uma contra-ofensiva soviética leva os alemães estacionados nos subúrbios de Moscou a uma retirada caótica. 7 de dezembro de 1941 - O Japão bombardeia a base naval norte-americana de Pearl Harbor. 8 de dezembro de 1941 - Os Estados Unidos declaram guerra ao Japão, entrando assim na Segunda Guerra Mundial. As tropas japonesas desembarcam nas Filipinas, na Indochina Francesa (Vietnã, Laos e Camboja), e na colônia britânica de Cingapura. Em abril de 1942, as Filipinas, Indochina e Cingapura caem sob domínio japonês. 11 a 13 de dezembro de 1941 - A Alemanha nazista e seus parceiros do Eixo declaram guerra aos Estados Unidos. 30 de maio de 1942 a maio de 1945 - Os britânicos bombardeiam a cidade de Köln, ou Colônia, trazendo a guerra para dentro do território alemão pela primeira vez. Durante os três anos seguintes bombardeios anglo-americanos reduzem cidades alemãs a escombros. Junho de 1942 - As frotas navais norte-americanas e britânicas conseguem impedir o avanço naval japonês na área central do Oceano Pacífico, no atol de Midway. CRONOLOGIA II GUERRA 28 de junho de 1942 a setembro de 1942 - A Alemanha e seus parceiros do Eixo iniciam uma nova ofensiva na União Soviética. As tropas alemãs abrem seu caminho até Stalingrado, (Volgogrado) no rio Volga, até meados de setembro, penetrando profundamente na região do Cáucaso, após a conquista da Península da Criméia. Agosto a novembro de 1942 - Em Guadalcanal, nas Ilhas Salomão, as tropas norte-americanas conseguem impedir o avanço japonês, que ia abrindo caminho ,conquistando ilha a ilha, em direção à Austrália. 23 a 24 de outubro de 1942 - As tropas britânicas derrotam alemães e italianos em El Alamein, no Egito, fazendo com que as forças militares do Eixo se retirassem de forma caótica através da Líbia até a fronteira leste da Tunísia. 8 de novembro de 1942 - As tropas norte-americanas e britânicas desembarcam em diversos pontos nas praias da Argélia e do Marrocos, no norte da África sob controle francês. O fracasso das tropas colaboracionistas da França de Vichy em se defender contra a invasão, permite que os Aliados se movam rapidamente até a fronteira oeste da Tunísia, o que provoca a ocupação do sul da França pelos alemães, em 11 de novembro. 23 de novembro de 1942 a 2 de fevereiro de 1943 - As tropas soviéticas contra-atacam destruindo as linhas de defesa húngaras e romenas nas regiões a noroeste e a sudoeste de Stalingrado, e imobilizando a Sexta Tropa Alemã estacionada naquela cidade. Proibidos por Hitler de se retirarem ou tentarem escapar do cerco soviético, os sobreviventes da Sexta Tropa se rendem no dia 30 de janeiro e em 2 de fevereiro de 1943. 13 de maio de 1943 - As forças do Eixo na Tunísia se rendem aos Aliados, acabando com a campanha no norte da África. 10 de julho de 1943 - Tropas norte-americanas e britânicas desembarcam na Sicília, Itália. Em meados de agosto os Aliados passam a controlar aquela ilha. 5 de julho de 1943 - Os alemães iniciam uma forte ofensiva com tanques perto de Kursk, na União Soviética. Os soviéticos enfraquecem aquele ataque em uma semana e começam uma ofensiva contra os alemães. 25 de julho de 1943 - O Grande Conselho Fascista depõe Benito Mussolini, permitindo que o marechal italiano Pietro Badoglio institua um novo governo. 8 de setembro de 1943 - O governo de Badoglio rende-se incondicionalmente aos Aliados. Os alemães imediatamente tomam controle de Roma e do norte da Itália, estabelecendo um regime fascista fantoche sob o controle de Mussolini, que foi libertado da prisão por soldados alemães de elite em 12 de setembro. 9 de setembro de 1943 - As tropas Aliadas desembarcam nas praias de Salerno, próximas à Nápoles. 6 de novembro de 1943 - As tropas soviéticas libertam Kiev. CRONOLOGIA II GUERRA 22 de janeiro de 1944 - As tropas Aliadas desembarcam com sucesso perto de Âncio, logo ao sul de Roma. 19 de março de 1944 - Temendo a intenção da Hungria de abandonar sua parceria no Eixo, os alemães ocupam aquele país e forçam seu dirigente, almirante Miklos Horthy, a nomear um ministro presidente pró-alemão. 4 de junho de 1944 - As tropas Aliadas libertam Roma. Seis semanas depois, bombardeios anglo-americanos conseguem, pela primeira vez, atingir alvos na Alemanha oriental nb. 6 de junho de 1944 - As tropas britânicas e norte-americanas desembarcam com sucesso nas praias da Normandia, na França, e abrem a “Segunda Frente” contra os alemães. 22 de junho de 1944 -Os soviéticos iniciam uma forte ofensiva na Bielorrússia oriental (Belarus), destruindo o Grupo Central do exército alemão, e dirigindo-se para oeste até chegar ao rio Vístula através de Varsóvia, no centro da Polônia, em 1º de agosto. 25 de julho de 1944 -As forças anglo-americanas saem da Normandia seguindo rumo ao leste, em direção a Paris. 1º de agosto de 1944 a 5 de outubro de 1944 - O Exército Interno da resistência polonesa não-comunista subleva-se contra os alemães em uma tentativa de libertar Varsóvia antes da chegada das tropas soviéticas. O avanço soviético é contido na margem leste do rio Vístula. Em 5 de outubro, os alemães aceitam a rendição dos remanescentes das forças do Exército Interno que lutavam em Varsóvia. 15 de agosto de 1944 - As forças Aliadas desembarcam no sul da França, perto de Nice, e avançam rapidamente na direção nordeste, rumo ao rio Reno. 20 a 25 de agosto de 1944 - As tropas Aliadas chegam a Paris e, no dia 25 de agosto, as Forças Francesas Livres, com o apoio dos Aliados, entram na capital francesa. Em setembro, os Aliados chegam até a fronteira alemã; em dezembro, quase toda a França, a maior parte da Bélgica, e a parte sul dos Países Baixos são libertadas. 23 de agosto de 1944 - O surgimento de tropas soviéticas no rio Prut induz a oposição romena a causar a queda do regime de Antonescu. O novo governo faz um armistício e, imediatamente, troca de lado na Guerra. A mudança de posição da Romênia obriga a Bulgária a se render em 8 de setembro, e força os alemães a se retirarem da Grécia, Albânia, e sul da Iugoslávia em outubro. 29 de agosto de 1944 a 27 de outubro de 1944 -Sob a liderança do Conselho Nacional da Eslováquia, formado por comunistas e não-comunistas, as unidades da resistência eslovaca levantam-se contra os alemães e o regime eslovaco fascista nativo. Em 27 de outubro, os alemães capturam Banská Bystrica, o centro de operações da revolta, e acabam com a resistência organizada. 12 de setembro de 1944 - A Finlândia conclui um armistício com a União Soviética, abandonando a parceria no Eixo. CRONOLOGIA II GUERRA 20 de outubro de 1944 - As tropas norte-americanas desembarcam nas Filipinas. 15 de outubro de 1944 - Membros do movimento fascista húngaro Cruz da Flecha dá um golpe de estado, com apoio dos alemães, para impedir que o governo húngaro continue as negociações para render-se aos soviéticos. 16 de dezembro de 1944 - Os alemães iniciam a ofensiva final no oeste, conhecida como a Batalha do Bulge, em uma tentativa de reconquistar a Bélgica e dividir as forças Aliadas ao longo de toda a fronteira alemã. Em 1º de janeiro de 1945 os alemães batem em retirada. 12 de janeiro de 1945 - Os soviéticos iniciam uma nova ofensiva em janeiro, libertando Varsóvia e a Cracóvia. Em 13 de fevereiro, após um cerco de dois meses, invadem a cidade de Budapeste, expulsando os alemães e seus colaboradores húngaros da Hungria no início de abril, e em seguida forçam a rendição da Eslováquia com a tomada de Bratislava no dia 4 de abril, e em 13 de abril capturam Viena. 7 de março de 1945 - As tropas norte-americanas cruzam o rio Reno, na Ponte de Remagen, junto à cidadezinha do mesmo nome. 16 de abril de 1945 - Os soviéticos iniciam sua ofensiva final e cercam Berlim. Abril de 1945 - Comandados pelo líder comunista iugoslavo Josip Tito, unidades departisans, guerreiros da resistência contra os alemães, dominam Zagreb e derrubam o regime Ustasa. Os principais líderes daUstasa fogem para a Áustria e a Itália. 30 de abril de 1945 - Hitler comete suicídio. 7 de maio de 1945 - A Alemanha se rende aos Aliados ocidentais. 9 de maio de 1945 - A Alemanha se rende aos soviéticos. Maio de 1945 - As tropas Aliadas conquistam Okinawa, ilha japonesa. 6 de agosto de 1945 - Os Estados Unidos lançam uma bomba atômica sobre a cidade de Hiroshima, no Japão. 8 de agosto de 1945 - A União Soviética declara guerra contra o Japão e invade a Manchúria, província chinesa tomada pelo Japão em 1931. 9 de agosto de 1945 - Os Estados Unidos lançam uma bomba atômica sobre a cidade de Nagasaki, no Japão. 2 de setembro de 1945 - Depois de concordar, em princípio, com uma rendição incondicional no dia 14 de agosto de 1945, em 2 de setembro o Japão se rende oficialmente, pondo fim à Segunda Guerra Mundial. Guerra Fria A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os Estados Unidos e a União Soviética vão disputar a hegemonia política, econômica e militar no mundo. A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos. A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coreia e no Vietnã. Paz Armada e Corrida Espacial. Na verdade, uma expressão explica muito bem este período: a existência da Paz Armada. As duas potências envolveram-se numa corrida armamentista, espalhando exércitos e armamentos em seus territórios e nos países aliados. Enquanto houvesse um equilíbrio bélico entre as duas potências, a paz estaria garantida, pois haveria o medo do ataque inimigo. Nesta época, formaram-se dois blocos militares, cujo objetivo era defender os interesses militares dos países membros. A OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (surgiu em abril de 1949) era liderada pelos Estados Unidos e tinha suas bases nos países membros, principalmente na Europa Ocidental. O Pacto de Varsóvia era comandado pela União Soviética e defendia militarmente os países socialistas. Alguns países membros da OTAN : Estados Unidos, Canadá, Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental, França, Suécia, Espanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Áustria e Grécia. Alguns países membros do Pacto de Varsóvia : URSS, Cuba, China, Coreia do Norte, Romênia, Alemanha Oriental, Albânia, Tchecoslováquia e Polônia. Corrida Espacial EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos avanços espaciais. Ambos corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia uma certa disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar para o mundo qual era o sistema mais avançado. No ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde acompanhar pela televisão a chegada do homem a lua, com a missão espacial norte-americana Caça às Bruxas e Alemanha dividida Caça às Bruxas Os EUA liderou uma forte política de combate ao comunismo em seu território e no mundo. Usando o cinema, a televisão, os jornais, as propagandas e até mesmo as histórias em quadrinhos, divulgou uma campanha valorizando o "american way of life". Vários cidadãos americanos foram presos ou marginalizados por defenderem idéias próximas ao socialismo. O Macartismo, comandado pelo senador republicano Joseph McCarthy, perseguiu muitas pessoas nos EUA. Essa ideologia também chegava aos países aliados dos EUA, como uma forma de identificar o socialismo com tudo que havia de ruim no planeta. Na URSS não foi diferente, já que o Partido Comunista e seus integrantes perseguiam, prendiam e até matavam todos aqueles que não seguiam as regras estabelecidas pelo governo. Sair destes países, por exemplo, era praticamente impossível. Um sistema de investigação e espionagem foi muito usado de ambos os lados. Enquanto a espionagem norte-americana cabia aos integrantes da CIA, os funcionários da KGB faziam os serviços secretos soviéticos. A divisão da Alemanha Após a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em duas áreas de ocupação entre os países vencedores. A República Democrática da Alemanha, com capital em Berlim, ficou sendo zona de influência soviética e, portanto, socialista. A República Federal da Alemanha, com capital em Bonn (parte capitalista), ficou sob a influência dos países capitalistas. A cidade de Berlim foi dividida entre as quatro forças que venceram a guerra: URSS, EUA, França e Inglaterra. Em 1961 foi levantado o Muro de Berlim, para dividir a cidade em duas partes: uma capitalista e outra socialista. Revolução Cubana A Revolução Cubana foi um movimento popular, que derrubou o governo do presidente Fulgêncio Batista, em janeiro de 1959. Com o processo revolucionário foi implantado em Cuba o sistema socialista, que após a saída de Fidel Castro do poder e a entrada de seu irmão Raul Castro, vem sofrendo um processo lento e gradual de abertura de mercado. Cuba antes da revolução: causas da revolução Antes de 1959, Cuba era um país que vivia sob forte influência dos Estados Unidos. As indústrias de açúcar e muitos hotéis eram dominados por grandes empresários norte-americanos. Os Estados Unidos também influenciavam muito na política da ilha, apoiando sempre os presidentes pró-Estados Unidos. Do ponto de vista econômico, Cuba seguia o capitalismo com grande dependência dos Estados Unidos. Era uma ilha com grandes desigualdades sociais, pois grande parte da população vivia na pobreza. Todo este contexto gerava muita insatisfação nas camadas mais pobres da sociedade cubana, que era a maioria. A organização da revolução Fidel Castro era o grande opositor do governo de Fulgêncio Batista. De princípios socialistas, planejava derrubar o governo e acabar com a corrupção e com a influência norte-americana na ilha. Conseguiu organizar um grupo de guerrilheiros enquanto estava exilado no México. Em 1957, Fidel Castro e um grupo de cerca de 80 combatentes instalaram-se nas florestas de Sierra Maestra. Os combates com as forças do governo foram intensos e vários guerrilheiros morreram ou foram presos. Mesmo assim, Fidel Castro e Ernesto Che Guevara não desistiram e mesmo com um grupo pequeno continuaram a luta. Começaram a usar transmissões de rádio para divulgar as idéias revolucionárias e conseguir o apoio da população cubana. O apoio popular Com as mensagens revolucionárias, os guerrilheiros conseguiram o apoio de muitas pessoas. Isto ocorreu, pois havia muitos camponeses e operários desiludidos com o governo de Fulgêncio Batista e com as péssimas condições sociais (salários baixos, desemprego, falta de terras, analfabetismo, doenças). Muitos cubanos das cidades e do campo começaram a entrar na guerrilha, aumentando o número de combatentes e conquistando vitórias em várias cidades. O exército cubano estava registrando muitas baixas e o governo de Batista sentia o fortalecimento da guerrilha. A tomada do poder e a implantação do socialismo No primeiro dia de janeiro de 1959, Fidel Castro e os revolucionários tomaram o poder em Cuba. Fulgêncio Batista e muitos integrantes do governo fugiram da ilha. O governo de Fidel Castro tomou várias medidas em Cuba, como, por exemplo, nacionalização de bancos e empresas, reforma agrária, expropriação de grandes propriedades e reformas nos sistemas de educação e saúde. O Partido Comunista dominou a vida política na ilha, não dando espaço para qualquer partido de oposição. Com estas medidas, Cuba tornou-se um país socialista, ganhando apoio da União Soviética dentro do contexto da Guerra Fria. Até hoje os ideais revolucionários fazem parte de Cuba, que é considerado o único país que mantém o socialismo vivo. Com a piora no estado de saúde de Fidel Castro em 2007, Raul Castro, seu irmão, passou a governar oficialmente Cuba, em fevereiro de 2008. Alemanha dividida Alemanha na Guerra-Fria. Em 1949 são criadas a República Federal da Alemanha (RFA, ou Alemanha Ocidental), capitalista, e a República Democrática Alemã (RDA, ou Alemanha Oriental), socialista. No governo do primeiro-ministro democrata-cristão Konrad Adenauer, de 1949 a 1963, a RFA tem um período de prosperidade, principalmente em função da ajuda econômica norte-americana do Plano Marshall. A Alemanha torna-se o centro do conflito entre EUA e URSS durante a Guerra Fria. Em 1948, os soviéticos ordenam o Bloqueio de Berlim, que é rompido por uma gigantesca ponte aérea dos EUA. Uma revolta de trabalhadores em Berlim Oriental é esmagada pelo Exército soviético em 1953. Em 1955, a Alemanha Ocidental ingressa na Otan, a aliança militar ocidental. A Alemanha Oriental reage e adere, no mesmo ano, ao Pacto de Varsóvia, aliança militar liderada pela URSS. Em 1961, autoridades orientais constróem o Muro de Berlim para deter o fluxo de refugiados para o Ocidente. O processo de aproximação entre as duas Alemanhas inicia-se no final da década de 60, estimulado pelo chanceler ocidental Willy Brandt, do Partido Social-Democrata. Em 1973, RDA e RFA entram na ONU e reconhecem-se mutuamente no ano seguinte. Na Alemanha Ocidental, os democrata-cristãos voltam ao poder em 1982, com a eleição de Helmut Kohl, que substitui o social-democrata Helmut Schmidt. O dirigente alemão-oriental Erich Honecker, no poder desde 1971, resiste à liberalização no bloco comunista, deflagrada em 1985 pelo dirigente soviético Mikhail Gorbatchov. Em 1989, milhares de alemães-orientais passam para a Alemanha Ocidental pelos territórios da Hungria e da Áustria. Em outubro, manifestações pró-democracia levam à substituição do linha-dura Honecker por Egon Krenz. Em novembro, a queda do Muro de Berlim abre o processo de reunificação. São marcadas as primeiras eleições livres da RDA. Em 1990, a Aliança pela Alemanha, pró-unificação, vence as eleições; Lothar de Maizière é nomeado primeiroministro da RDA. Impulsionada por Kohl, realiza-se a unificação monetária (julho) e política (outubro) em 1990. O Exército alemão-oriental é extinto, o Parlamento unificado ratifica o Tratado da União e confirma Kohl no cargo de chanceler. Cortina de Ferro. "Cortina de Ferro" Em 1946, Winston Churchill (primeiro ministro britânico) fez um famoso discurso nos Estados Unidos, usando a expressão "Cortina de Ferro" para se referir à influência da União Soviética sobre os países socialistas do leste europeu. Churchill defendia a ideia de que, após a Segunda Guerra Mundial, a URSS tinha se tornado a grande inimiga dos valores ocidentais (democracia e liberdade, principalmente). Plano Marshall e COMECON As duas potências desenvolveram planos para desenvolver economicamente os países membros. No final da década de 1940, os EUA colocaram em prática o Plano Marshall, oferecendo ajuda econômica, principalmente através de empréstimos, para reconstruir os países capitalistas afetados pela Segunda Guerra Mundial. Já o COMECON foi criado pela URSS em 1949 com o objetivo de garantir auxílio mútuo entre os países socialistas. Mapa – Guerra Fria - 1980 Guerras Indiretas e Fim da Guerra Fria. Envolvimentos Indiretos Guerra da Coreia : Entre os anos de 1951 e 1953 a Coreia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a Revolução Maoista ocorrida na China, a Coreia sofre pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coreia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coreia no paralelo 38. A Coreia do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a Coreia do Sul manteve o sistema capitalista. Guerra do Vietnã: Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos EUA e URSS. Os soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram dificuldades em enfrentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país. Milhares de pessoas, entre civis e militares morreram nos combates. Os EUA saíram derrotados e tiveram que abandonar o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã passou a ser socialista. Fim da Guerra Fria A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas Alemanhas são reunificadas. No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas. Globalização e Neo-Liberalismo. Durante os anos 70 teve início um fenômeno chamado pelos especialistas de Terceira Revolução Industrial. Nesse processo, a informática tornou-se mais popular, além do impulso no que se refere ao desenvolvimento das comunicações e da microeletrônica. Dentro deste panorama, as informações começaram a ser difundidas de forma cada vez mais rápida por meio de redes de computadores, fibra óptica e satélites ao redor do planeta. Não somente o setor da comunicação progrediu, assim como os transportes. Com isso, empresas multinacionais expandiramse por vários lugares. Aproveitando-se das condições econômicas que outros países ofereciam, tais como impostos menores e grande quantidade de mão de obra, essas empresas desenvolveram-se. Desta forma, foi criado o conceito de globalização, que, segundo o iDicionário Aulete, significa “processo que conduz a uma integração cada vez mais estreita das economias e das sociedades, especialmente no que diz respeito à produção e troca de mercadorias e de informação”. Exemplos claros deste fenômenos são as redes de fast-food norteamericanas espalhadas em países subdesenvolvidos da América Latina, a presença de companhias de aviação de vários países ao redor do mundo e a inclusão de palavras estrangeiras em idiomas regionais. Para justificar essa nova fase da economia mundial, que se tornou mais forte nos anos 80 após o colapso da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) e a abertura dos países comunistas, vem à tona o conceito de neoliberalismo, um discurso econômico e político que indica uma economia com liberdade absoluta de mercado e restrições a intervenções do Estado na economia, sendo que este só poderia se manifestar quando fosse imprescindível. Duas personalidades políticas de países desenvolvidos foram essenciais para a expansão do neoliberalismo: Ronald Reagan (EUA) e Margaret Thatcher (Inglaterra). Após um primeiro momento de prática neoliberalista nestes países, seus fundamentos começam a ser transferidos para a América Latina e a região oriental da Europa. Um órgão importante neste processo foi o FMI – Fundo Monetário Internacional -, levando o neoliberalismo a um nível de hegemonia em escala global com suas pressões econômicas. Entre as principais características do neoliberalismo da época, destacam-se a retração do Estado de Bem-Estar Social, readaptação de direitos trabalhistas aos interesses empresariais, privatização de inúmeras empresas geridas pelo Estado e desregulamentação de mercados. Até mesmo governos historicamente reconhecidos por características de esquerda e trabalhista, acabaram optando por receitas de cunho neoliberal. Apesar da redução da inflação e dos gastos sociais, o desemprego e a desigualdade social continuaram a crescer. Com a economia mundial globalizada, a tendência comercial é a formação de blocos econômicos. Estes são criados com a finalidade de facilitar o comércio entre os países membros. Adotam redução ou isenção de impostos ou de tarifas alfandegárias e buscam soluções em comum para problemas comerciais. Em tese, o comércio entre os países constituintes de um bloco econômico aumenta e gera crescimento econômico para os países. Geralmente estes blocos são formados por países vizinhos ou que possuam afinidades culturais ou comerciais. Esta é a nova tendência mundial, pois cada vez mais o comércio entre blocos econômicos cresce. Economistas afirmam que ficar de fora de um bloco econômico é viver isolado do mundo comercial. Veremos abaixo uma relação dos principais blocos econômicos da atualidade e suas características. UNIÃO EUROPEIA A União Europeia ( UE ) foi oficializada no ano de 1992, através do Tratado de Maastricht. Este bloco é formado pelos seguintes países : Alemanha, França, Reino Unido, Irlanda, Holanda(Países Baixos), Bélgica, Dinamarca, Itália, Espanha, Portugal, Luxemburgo, Grécia, Áustria, Finlândia e Suécia. Este bloco possui uma moeda única que é o EURO, um sistema financeiro e bancário comum. Os cidadãos dos países membros são também cidadãos da União Europeia e, portanto, podem circular e estabelecer residência livremente pelos países da União Europeia. A União Europeia também possui políticas trabalhistas, de defesa, de combate ao crime e de imigração em comum. A UE possui os seguintes órgãos : Comissão Europeia, Parlamento Europeu e Conselho de Ministros. NAFTA Fazem parte do NAFTA ( Tratado Norte-Americano de Livre Comércio ) os seguintes países: Estados Unidos, México e Canadá. Começou a funcionar no início de 1994 e oferece aos países membros vantagens no acesso aos mercados dos países. Estabeleceu o fim das barreiras alfandegárias, regras comerciais em comum, proteção comercial e padrões e leis financeiras. Não é uma zona livre de comércio, porém reduziu tarifas de aproximadamente 20 mil produtos. MERCOSUL O Mercosul ( Mercado Comum do Sul ) foi oficialmente estabelecido em março de 1991. É formado pelos seguintes países da América do Sul : Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. Futuramente, estuda-se a entrada de novos membros, como o Chile e a Bolívia. O objetivo principal do Mercosul é eliminar as barreiras comerciais entre os países, aumentando o comércio entre eles. Outro objetivo é estabelecer tarifa zero entre os países e num futuro próximo, uma moeda única. PACTO ANDINO - COMUNIDADE ANDINA DE NAÇÕES Outro bloco econômico da América do Sul é formado por: Bolívia, Colômbia, Equador e Peru. Foi criado no ano de 1969 para integrar economicamente os países membros. As relações comerciais entre os países membros chegam a valores importantes, embora os Estados Unidos sejam o principal parceiro econômico do bloco. APEC A APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico) foi criada em 1993 na Conferência de Seattle (Estados Unidos da América). Integram este bloco econômicos os seguintes países: Estados Unidos da América, Japão, China, Formosa (também conhecida como Taiwan), Coreia do Sul, Hong Kong (região administrativa especial da China), Cingapura, Malásia, Tailândia, Indonésia, Brunei, Filipinas, Austrália, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Canadá, México, Rússia, Peru, Vietnã e Chile. Somadas as produções industriais de todos os países, chega-se a metade de toda produção mundial. Quando estiver em pleno funcionamento (previsão para 2020), será o maior bloco econômico do mundo. ASEAN A ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático) foi criada em 8 de agosto de 1967. É composta por dez países do sudeste asiático (Tailândia, Filipinas, Malásia, Cingapura, Indonésia, Brunei, Vietnã, Mianmar, Laos, Camboja). SADC A SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral) foi criada em 17 de outubro de 1992 e é formada por 15 países da região sul do continente africano. MCCA Criado em 1960, o MCCA (Mercado Comum Centro-Americano) é o bloco econômico da região da América Central, cujo principal objetivo é a integração econômica entre os países-membros (Nicarágua, Guatemala, El Salvador, Honduras e Costa Rica). Aliança do Pacífico - Criado em junho de 2012, este bloco econômico latino-americano é composto por México, Colômbia, Peru e Chile. BENELUX - considerado o embrião da União Europeia, este bloco econômico envolve a Bélgica, Holanda e Luxemburgo. O BENELUX foi criado em 1958 e entrou em operação em 1 de novembro de 1960.