A Fisga Era quase meio-dia "A noiva está a chegar" O padre com bonomia Faz sinal à galeria A função vai começar Abri a boca da saca Fechei os olhos ao medo A tua mão não me escapa Não é tarde nem é cedo O meu pai diz que o Sol é que nos faz Minha mãe manda-me ler a lição Mestre-escola, eu sei lá se sou capaz Faz-me falta ouvir outra opinião O povo pôs-se em sentido Nós à frente lado a lado Estava tudo bem vestido Ela de branco e comprido Eu com um fato riscado Refrão: Assim me fiz caçador Sem espingarda nem “Piloto” Para ter o teu amor Para te cair no goto Eu até nem sequer sou mau rapaz Com maneiras até sou bem mandado Mestre-escola diga lá se for capaz Pra que lado é que me viro. Pra que lado? Trago a fisga no bolso de trás E na pasta o caderno dos deveres Mestre-escola, eu sei lá se sou capaz De escolher o melhor dos dois saberes O sermão chegou ao fim Alianças com o nome Quando gastou o latim Dissemos os dois que sim Já estava tudo com fome Fui às sortes e safei-me Fui às sortes e safei-me Direito que nem um fuso Não compreendo aquele uso De fazer tudo aprumado Ele há coisas que eu cá sei Que só se fazem curvado O Caçador da adiça Subi a serra da Adiça E só parei no talefe A Lua grande e roliça Aumentava o tefe-tefe Nos retratos com fogacho À saída da Igreja Os chegados mais em baixo Os outros ficam em cacho Isto tudo salvo-seja Fizeram-me a vistoria Levaram tudo a preceito Até me viram o peito E um pouco mais ao fundo Cada qual na sua vez E tal como veio ao Mundo Levei a saca da estopa Preparado pra caçar Faço dela a minha roupa Se o frio da noite apertar Uns dizem que é fugidio Os outros que é de má-raça Tenho de ter algum brio Para não espantar a caça Está na hora do cortejo Também tem os seus preceitos As mulheres mandam um beijo Os homens lembram desejos Todos atiram confeitos Com ervas que nem eu sei Os comeres são temperados Parece a mesa de um rei E antes que o vinho amarele Canta-se aos recém-casados. No fim, já mais à tardinha Deram um papel timbrado Onde vinha o resultado: Não me davam qualquer uso. Fui às sortes e safei-me Direito que nem um fuso O teu coração parece Uma pedra sem destino Dizem que só amolece Ao canto de um gambozinho Canções populares O dia do nó As coisas que a gente faz A dar vazão ao que sente Já pensava em vir para trás Sai-me um vulto pela frente Trago a fisga no bolso de trás E na pasta o caderno dos deveres Mestre-escola, eu sei lá se sou capaz De escolher o melhor dos dois saberes O Sobrescrito Bateram ao postigo. Era o carteiro Trazia um sobrescrito de Lisboa Pág. 1 Não era engano: o nosso estava inteiro Era dirigido à minha pessoa Lisnave Abri-o logo ali: Era a respeito De um pedido que em tempos eu fiz Para qualquer ofício ganho o jeito Mesmo que seja só como aprendiz Há homens de toda a sorte Com sonhos e desenganos Homens do Sul e do Norte E também há africanos Tantas voltas dá a vida Tantas voltas dá o Mundo E depois volta não volta Muda tudo num segundo Quando acaba o casario Onde não chega o Bugio Vem a Boca-do-Inferno O mar em contestação Se isto é assim no verão O que fará no Inverno Cada qual seus apetrechos Todos de azul são fardados Aprendem os novos eixos Outra raça de soldados Nessa tarde já não saí de casa Sentei-me frente ao lume a matutar Enquanto dava a volta a uma brasa Há dias de perder e de ganhar Meti a tralha toda para um cesto E mesmo ainda assim sobrava fundo O que ficou tinha muito mais texto Não cabe em nenhum verso deste mundo Tantas voltas dá a vida Tantas voltas dá o mundo E depois volta não volta Muda tudo num segundo Foi toda a minha gente à despedida Ao largo donde partiu a carreira Abraços, beijos e até comida Cada um exprime-se à sua maneira E foi assim que a vida deu uma volta A carta e os conselhos de um braseiro O campo por onde eu andava à solta Agora está no fundo de um estaleiro Mandei vir o que pedias Isto um dia não são dias Na esplanada das muralhas Para nós são limonadas O rapaz pediu queijadas - Cuidado com as migalhas Quando toca a campainha Está na hora do avio Comi caril de galinha Dei o caldo de safio Os barcos de todo o mundo Chegam doentes, idosos Depois de uma volta a fundo Partem muito mais vistosos O Sol já se quer deitar Está na hora de abalar Arrepia-me esta aragem Fui onde Deus pôs a mão Volto à minha condição De regresso à outra margem Os nossos representantes Dizem com muito calor Se não somos almirantes Temos o nosso valor Postal dos correios Eu que nunca vi o mar Nunca lhe senti o frio Ando agora a remendar A barriga de um navio Queridamãe,queridopai.Entãoque tal? Nós andamos do jeito que Deus quer Entre os dias que passam menos mal Lá vem um que nos dá mais que fazer Dia de passeio Mas falemos de coisas bem melhores: A Laurinda faz vestidos por medida O rapaz estuda nos computadores Dizem que é um emprego com saída Pinta os lábios de vermelho Passa meia hora ao espelho Mostra-me do que és capaz Hoje é dia de passeio E enquanto eu me barbeio Passa o pente no rapaz Tantas voltas dá a vida Tantas voltas dá o mundo E depois volta não volta Muda tudo num segundo Canções populares A cidade é tão bonita Quando vamos de visita À saída da portagem E mais tarde pela “linha” Bebe-se a brisa marinha E aprecia-se a paisagem Cá chegou direitinha a encomenda Pelo "expresso" que parou Piedade Pão de trigo e linguiça p’ra merenda Sempre dá para enganar a saudade Pág. 2 Espero que não demorem a mandar Novidades na volta do correio A ribeira corre bem ou vai secar? Como estão as oliveiras de "candeio"? Jánãotenhomaisassuntopraescrever Cumprimentos ao nosso pessoal Um abraço deste que tanto vos quer Sou capaz de ir aí pelo Natal Senta-te aí Está na hora de houvires o teu pai Puxa para ti essa cadeira Cada qual é que escolhe onde vai Hora-a-Hora e durante a vida inteira À sombra do mesmo abrigo Temos o mesmo horizonte Põe tua mão na mão do meu Senhor, da Galileia. Põe tua mão na mão do meu Senhor que acalma o mar. Meu Jesus, que cuidas de mim noite e dia sem cessar, Põe tua mão na mão do meu Senhor que acalma o mar. Já passaram tantos anos Desde que me fui embora Somos um pouco ciganos Anda sempre alguém por fora Sempre o mesmo casario Com a sina nas cozinhas: Aceitarodesafiofeitopelasandorinhas Por aquela ribeirinha Houve um homem que partiu Ainda lá está a pedrinha Donde ele se despediu Bom Natal A todos um bom Natal, A todos um bom Natal! Desejo um bom Natal Para todos vós! (2) Já passaram tantos anos Desde que me fui embora Somos um pouco ciganos Anda sempre alguém por fora Podes ter uma luta que é só tua Ou então ir e vir com as marés Se perderes a direcção da Lua Olhaasombraquetenscoladaaospés 1. No Natal pela manhã, “Ó águia que vais tão alto” Vem de longe este cantar O “ponto” e depois o “alto” Tenho aqui no meu lugar Estou cansado. Aceita o testemunho Não tenho o teu caminho p’ra escrever Tensdesertu,comoteuprópriopunho Era isto que te queria dizer Sou uma metade do que era Com mais outro tanto de cidade Vou-meemboraqueocoraçãonãoespera À procura da mais velha metade Ponte do guadiana Parece que estava escrito (Como a vida nos engana) O sonho era mais bonito Para lá do Guadiana ouvem-se os sinos tocar: há uma grande alegria no ar. Quando vejo aquela porta E o menino lá sentado Qualquer coisa me conforta Que não vejo em nenhum lado 2. Nesta manhã de Natal, há em todos os países muitos milhões de crianças felizes. Já passaram tantos anos Desde que me fui embora Somos um pouco ciganos Anda sempre alguém por fora 3. Depois há dança de roda, as crianças dão as mãos: no Natal todos se sentem irmãos. João Gil; Rui Veloso; Tim; Jorge Palma; Vitorino e João Gil Cantem, cantem os anjos a Deus um hino; Cantem, cantem os homens ao Deus menino Cantem, cantem os anjos a Deus um hino; Cantem, cantemos todos ao Deus Menino Temas escritos por João Monge e compostos por João Gil Agora que estou contigo Debaixo da mesma ponte Canções populares Em Belém, à meia noite foi na noite de Natal, nasceu Jesus num presépio Pág. 3 Ponha aqui o seu pezinho maravilha sem igual É Natal, é Natal, salvação e luz, Alegria, cristãos. já nasceu Jesus! (bis) Em Belém à meia noite noite de tanta alegria, nasceu Jesus num presépio, Filho da Virgem Maria. Introdução 1. Paz na terra aos homens, alegria e bem, foi a Boa Nova do anjo em Belém (bis) Coros 2 vezes: 1. O Menino está dormindo 2. A todos os homens de boa vontade anunciou Jesus nova humanidade (bis) Nas palhinhas deitadinho (2) Os Anjos estão cantando: "Por amor tão pobrezinho!" (2) 3. Rasgaram-se as trevas, o sol tem mais luz a estrela em Belém, mostra-nos Jesus 2. O Menino está dormindo nos braços de São José. (2) Os Anjos estão cantando: "Gloria tibi Domine!" (2) NATAL NA PERIFERIA 1. Ó PASTORES, ide anunciar Glória a Deus e paz na Terra, Glória ao Pai que nos quer bem Paz a quem ainda espera E faz a paz que ainda vem. Glória a Deus e paz na Terra Glória ao Pai que nos quer bem Glória a quem ainda sonha Na periferia de Belém! Alegria, irmãos que nasceu Jesus. (2) Proclamai a Paz, Aleluia! Anunciai o Amor, Aleluia! Aleluia! Alegria, irmãos, que nasceu Jesus (2) 2. Jesus Cristo nasceu em Belém: Alegria, irmãos, que nasceu Jesus. Ele é o Salvador, Aleluia, do Povo de Deus, Aleluia! Aleluia! Alegria, irmãos, que nasceu Jesus (2) O que eu sei é que numa periferia, Um casal acreditou no Deus da Luz: Era santa e chamava-se Maria E Seu filho se chamou Jesus. Era santo e tinha o nome de José, Foi provado e precisou ter muita fé Creu em Deus e na pureza de Maria É Natal, é Natal Jingle Bells 1 Eu naisci à sexta feira Com barba e cabeleira Mais parecia um anti cristo Até o siô padre cura Que é homem de sabedura Nunca tal houvera visto 2 Eu fui casar ás capelas Por ser fraco das canelas C úma mulher sem nariz Que esta gente das cajos Já me deu os parabéns P’lo casamento que eu fiz 3 Eu fui à praia da rocha Sapato meia e galocha Ver se o mar estava manso Encontrei lá uma garota Toda embrulhada em roupa A dormir o seu descanso 4 Eu fui de lisboa a sintra A casa da tia jacinta Pra me fazer uns calções Mas a pobre criatura Esqueceu-se da abertura Para as minhas precisões 5 Toda a moça que é bonita' Se ela chora ou se ela grita 1. O que eu sei é que, numa periferia, uma jovem senhora deu à luz: As amigas a chamavam de Maria e o menino se chamou Jesus! Seu marido tinha o nome de José. emigravam da distante Nazaré sem dinheiro p'ra pagar a hospedaria, acamparam na periferia 3. O Menino está dormindo um sono muito profundo. (2) Os Anjos estão cantando: “Viva o Salvador do Mundo!" (2) Canções populares Ponha aqui o seu pesinho Devagar devagarinho Se vai à ribeira grande Eu tenho uma carta escrita Para ti cara bonita Não tenho por quem a mande Pág. 4 Nunca houvera de nascer É como a maçã madura Da quinta do padre cura Que todos querem comer 6 Eu fui ter a vila franca Encochado numa tranca Á morte duma galinha O que ela tinha no papo Sete cães e um macaco E um soldado da marinha Meu amor anda me ver Que eu não te vou procurar A água procura o rio O rio procura o mar A mulher magra Para mim não me convém Eu não quero andar na rua Com o esqueleto de ninguém -coroAi, ai, ai, ai Eu gosto dessa mulher Quero tê-la ao pé de mim (Bis) Beijá-la quando quiser Refrão - 2 vezes O Burrinho Ó mulher eu compro-te uma blusa Isso não maridinho, isso não Nesta terra não de usa Coro Compra-me um litro de vinho Água fria faz-me mal, isso sim maridinho Coro Ó mulher eu compro-te uma saia Isso não maridinho, isso não Que eu não sou mulher de praia Coro Ó mulher eu compro-te umas meias Isso não maridinho, isso não Que me põem as pernas feias Coro Ó mulher eu compro-te umas chancas Isso não maridinho, isso não Que me põe as pernas mancas Coro Ó mulher eu compro-te um burrinho Isso sim maridinho, isso sim Que dum lado leva o pão Doutro lado leva o vinho E eu também vou no burrinho A minha saia velhinha Introdução - musica Refrão (todos) A minha saia velhinha Toda rotinha de andar a bailar Agora tenho uma nova Feita na moda: Para estriar Ai meu amor fugiu Ai não sei onde ele esta Vou rezar aos santos todos Para que me o traga ca O meu amor diz que vinha Quando a lua viesse A lua já ali vai Meu amor não aparece Ai o meu amor voltou Ai mas não me quer ligar Sou ainda muito nova Outro amor hei-de arranjar A mulher alta Para mim não me convém Eu não quero andar na rua Com o escadote de ninguém A mulher baixa Para mim não me convém Eu não quero andar na rua Com a muleta de ninguém -coroMulher bonita Para mim já me convém Eu só quero andar na rua (Bis) Com a beleza de alguém AUTORES: Tradicional. Apita o comboio Apita o comboio, que coisa tão linda Apita o comboio, perto de Coimbra. (bis) AUTORES: Popular Refrão Apita o comboio, lá vai a apitar Apita o comboio, à beira do mar A beirado mar, mesmo à beirinha Apita o comboio, no centro da linha. Mulher gorda Ai não olhes para mim Ai não olhes por favor Ai não olhes para mim Que eu não sou o teu amor Canções populares Eu não quero andar na rua Com as banhas de ninguém A mulher gorda Para mim não me convém Pág. 5 Apita o comboio. sobre o rio torto Apita o comboio. a chegar ao Porto. (bis) Ó terim tim tim Passear na rua Refrão Apito o comboio, logo de manhã Vai cheio de moças, para a Covilhã. (bis) Ó malhão malhão, Quem te deu as meias Foi o caicheirinho Foi o caicheirinho Das pernas feias Refrão No centro do linha, debaixo do chão Apita o comboio, lá na estação. (bis) Mariazinha é tecedeira Raparigas cantai todas Guardai o que vosso é As que não cantam nem dançam Também lhes escorrega o pé Ó malhão malhão Ó margaridinha Eras do teu pai Ó terim tim tim Mas agora és minha Introdução música (Todas as quadras duas vezes) Mariazinha é tecedeira Mariazinha tem um tear Mariazinha vai p'ro estrangeiro Ganhar dinheiro, para se casar Vai marinheiro vai vai Vai marinheiro vai Vai vai buscar a Laurindinha Vai marinheiro vai vai Que ela tua não é minha Que ela tua não é minha Ela é de quem ela quer Vai marinheiro vai vai Vai buscar tua mulher. Ó Rosa a redonda saia Ó Rosa arredonda a saia Ó Rosa arredonda a bem Ó Rosa arredonda a saia Olha a roda que ela tem Olha a roda que ela tem Olha a roda que ela tinha Ó Rosa arredonda a saia Põe a tua igual a minha Mariazinha é tecedeira Mariazinha vai-se casar Mariazinha já leva o dote Já leva a cama, para se deitar Mariazinha tem um tear Mariazinha tem uma baeta Mariazinha vai p'ro estrangeiro Ganhar dinheiro, para uma chupeta Malhão de Braga Introdução musica Ó malhão, malhão Que vida é a tua Comer e beber Nesta terra não a rosas Já secaram as roseiras As rosas desta terra São as raparigas solteiras Ó malhão malhão Quem te deu as botas Foi o caicheirinho Foi o caicheirinho Das pernas tortas Refrão Canções populares Gosto de quem canta bem Tem uma prenda bonita Não empobrece ninguém Assim como não enrica Vai buscar a Lauridinha Não a deixes afogar Nos teus braços marinheiro É que ela quer navegar Refrão Eu gosto muito de ouvir Cantar a quem aprendeu Se houvesse quem me ensinasse Quem aprendia era eu Quando a Laurindinha vê No meio do mar um vapor Corre logo sobre a areia P’ra beijar o seu amor Minha mãe case-me cedo Enquanto sou rapariga O milho sachado tarde Não dá palha nem espiga Refrão Logo diz o marinheiro Não chores ó Laurindinha Há tantas mulheres no mundo Pág. 6 Só tu é que hás-de ser minha. Mulher de costas p’ró chão Não tem galinhas ao lado Os galinhos de Barcelos Refrão Galos de Barcelos A roupa do marinheiro Não é lavada no rio É lavada no mar alto A sombrinha do navio A sombrinha do navio A sombrinha do vapor, Vai marinheiro vai vai Vai buscar o teu amor Olha os galos, olha os galos Feitos de barro pintado Brancos, pretos, amarelos Não tem galinhas ao lado. Não têm galinhas ao lado Os galos de Barcelos Feitos de barro pintado Brancos, pretos, amarelos, Refrão A vida do marinheiro O galo que te quis dar Comprei-o na romaria Se quisesses aceitar Outro galo cantaria. Mama eu quero Mama eu quero - mama eu quero Mama eu quero mamar Dá-me a chupeta - dá-me a chupeta Dá-me a chupeta - dá-me a chupeta P’ro bé bé que está a chorar Outro galo cantaria Se quisesses aceitar Comprei-o na romaria O galo que te quis dar. Dizem que a cachaça é água Cachaça não é água não Cachaça sai do alambique A água sai do ribeirão Dou-te um galo, dou-te dois Dou-te quantos tu quiseres Em troca dos beijos teus Diz lá que outro galo queres. Dizem que a minhoca é cobra Minhoca não é cobra não. Minhoca faz um boraquinho A cobra faz um boracão Em troca dos beijos teus Diz lá quantos galos queres Dou-te um galo, dou-te dois Dou-te quantos tu quiseres. Dizem que o eléctrico é burro O eléctrico não é burro não O eléctrico tem o pau p’ra cima O burro tem o pau p’ro chão Brancos, pretos, amarelos Não tem galinhas ao lado Olha os galos de Barcelos Feitos de barro pintado. Dizem que a mulher é homem Mulher não é homem não Homem de costas p’ra cima Canções populares Feitos de barro pintado Brancos, pretos, amarelos Pág. 7 Canções populares 02/05/05 Pág. 8 Jesus Cristo. Jesus Cristo ... Eu estou aqui. (2) Olho pró céu e vejo uma nuvem branca que vai passando Olho na terra e veio uma multidão que vai caminhando Como essa nuvem branca essa gente não sabe aonde vai Quem poderá dizer o caminho certo é você meu Pai. Toda essa multidão tem no peito amor e procura a paz E apesar de tudo a esperança não se desfaz Olhando a flor que nasce no chão daquele que tem amor Olho pro céu e sinto crescer a fé no meu Salvador. Em cada esquina eu vejo o olhar perdido de um irmão Em busca do mesmo bem nessa direcção caminhando bem É meu desejo ver aumentando sempre essa procissão para que todos cantem na mesma voz essa oração. Canções populares 02/05/05 Pág. 9