COLÉGIO NOSSA SENHORA DA PIEDADE
Programa de Recuperação Paralela
2ª Etapa – 2012
Disciplina: Português
Ano: 2012
Professor (a): Cristiane Lopes
Nono ano
Turma:
 Caro aluno, você está recebendo o conteúdo de recuperação.
 Faça a lista de exercícios com atenção, ela norteará os seus estudos.
 Utilize o livro didático adotado pela escola como fonte de estudo.
 Se necessário, procure outras fontes como apoio (livros didáticos, exercícios além dos propostos,
etc.).
 Considere a recuperação como uma nova oportunidade de aprendizado.
 Leve o seu trabalho a sério e com disciplina. Dessa forma, com certeza obterá sucesso.
 Qualquer dúvida procure o professor responsável pela disciplina.
Conteúdo
Leitura e interpretação
Produção textual
Frase, oração e período
Orações coordenadas e subordinadas
Recursos para Estudo / Atividades
Livro da RCE
Gramática
Caderno
Rede de Educação Missionárias Servas do Espírito Santo
Colégio Nossa Senhora da Piedade
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ENSINO FUNDAMENTAL II
Área de Conhecimento:
Disciplina:
Data : ____________/____________/2012
Nome do (a) aluno (a):
Etapa: 1ª
Professora:
Ano: 9º
Turma:
Nº
BLOCO DE ATIVIDADES / EXERCÍCIOS PROPOSTOS
LEIA estes trechos, atentando para os conectivos neles destacados:
TRECHO 1
Ouvimos o ferrolho da porta que dava para o corredor interno; era a mãe que abria Eu, uma vez que
digo tudo, digo aqui que não tive tempo de soltar as mãos da minha amiga...
MACHADO DE ASSIS, J. M. Dom Casmurro. São Paulo: Globo. 1997. p. 67.
TRECHO 2
Fomos jantar com a minha velha. Já lhe podia chamar assim, posto que os seus cabelos brancos não o
fossem todos nem totalmente; e o rosto estivesse comparativamente fresco...
MACHADO DE ASSIS. J. M. Dom Casmurro, São Paulo: Globo, 1997. p.165.
QUESTÂO 1
REESCREVA cada um desses trechos, substituindo o conectivo destacado por outro de igual valor e
fazendo as adaptações necessárias.
RESPOSTA:
Trecho 1: Eu, como (porque, visto que, já que) digo tudo, digo aqui que não tive tempo de soltar as
mãos da minha amiga...
Trecho 2: Já lhe podia chamar assim, embora (ainda que, apesar de que, mesmo que) os seus cabelos
brancos não o fossem todos nem totalmente; e o rosto estivesse comparativamente fresco...
QUESTÃO 2
EXPLICITE o tipo de relação que cada um desses conectivos estabelece entre as orações, nos trechos
em que estão empregados.
RESPOSTA: A locução conjuntiva “uma vez que” expressa circunstância de causa e poderia ser
substituída por termos equivalentes: como, porque, visto que e já que. A locução “posto que” apresenta
noção de concessão da mesma forma que os termos embora, ainda que, apesar de que e mesmo que.
Este texto foi extraído de um conto de Monteiro Lobato, cujo personagem principal enlouquece,
quando vê seu cafezal inteiramente destruído pela geada.
E a geada veio! Não geadinha mansa de todos os anos, mas calamitosa, geada cíclica, trazida
em ondas do Sul.
O sol da tarde, mortiço, dera uma luz sem luminosidade, e raios sem calor nenhum. Sol boreal,
tiritante. E a noite caíra sem preâmbulos.
Deitei-me cedo, batendo o queixo, e na cama, apesar de enleado em dois cobertores, permaneci
entanguido uma boa hora antes que ferrasse no sono. Acordou-me o sino da fazenda, pela madrugada.
Sentindo-me enregelado, com os pés a doerem, ergui-me para um exercício violento. Fui para o
terreiro.
O relento estava de cortar as carnes – mas que maravilhoso espetáculo! Brancuras por toda a
parte. Chão, árvores, gramados e pastos eram, de ponta a ponta, um só atoalhado branco. As árvores
imóveis, inteiriçadas de frio, pareciam emersas dum banho de cal. Rebrilhos de gelo pelo chão. Águas
envidradas. As roupas dos varais, tesas, como endurecidas em goma forte. As palhas do terreiro, os
sabugos de ao pé do cocho, a telha dos muros, o topo dos moirões, a vara das cercas, o rebordo das
tábuas – tudo polvilhado de brancuras, lactescente, como chovido por um suco de farinha. Maravilhoso
quadro! Invariável que é a nossa paisagem, sempre nos mansos tons do ano inteiro, encantava
sobremodo vê-la súbito mudar, vestir-se dum esplendoroso véu de noiva – noiva da morte, ai!...
Monteiro Lobato, O drama da geada, in Negrinha. São Paulo: Brasiliense, 1951.
QUESTÂO 3
Em outra passagem do conto, o narrador afirma: “Só então me acudiu que o belo espetáculo que eu até
ali só encarara pelo prisma estético tinha um reverso trágico: a morte do heroico fazendeiro”. O que o
narrador chama de “prisma estético” pode ser identificado no excerto aqui reproduzido? JUSTIFIQUE
sua resposta.
Sim, pois a descrição da paisagem nevada está repleta de expressões que traduzem a subjetividade do
emissor, sensível ao espetáculo inesperado e surpreendente: “mas que maravilhoso espetáculo”, “mas
que maravilhoso espetáculo”, “Maravilhoso quadro!”.
QUESTÂO 4
Tendo em vista as variedades linguísticas da língua portuguesa, justifica-se o emprego, no texto, de
expressões como “geadinha mansa”, “batendo o queixo” e “ferrasse no sono”? EXPLIQUE.
RESPOSTA: Sim, já que se trata de expressões típicas da linguagem popular, reveladoras do contexto a
que pertence o personagem, homem do meio rural que foi surpreendido por um acontecimento invulgar
e de grande beleza.
QUESTÂO 5
As frases nominais podem ser usadas nas descrições esquemáticas. Esse tipo de recurso foi usado no
texto? JUSTIFIQUE sua resposta.
Sim, a descrição é feita também através de frases nominais, ou seja, frases construídas sem verbos
(“Rebrilhos de gelo pelo chão. Águas envidradas. As roupas dos varais, tesas, como endurecidas em
goma forte”).
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS QUESTÕES:
A crise da Europa é hoje o maior risco para a economia mundial, disse o secretário do Tesouro dos
Estados Unidos da América, referindo-se à tensão entre os bancos e os governos endividados. Disse,
ainda, que a China e outros 1países emergentes com superavit nas contas têm espaço 5bastante para
2
estimular o consumo interno, 3aumentar as importações e 4compensar a fraca demanda nas economias
desenvolvidas. Para isso, os governos desses países deveriam deixar suas moedas valorizar-se. Em
outras palavras, o câmbio subvalorizado da China resulta em valorização real das moedas de outros
países emergentes, torna seus produtos mais caros e diminui seu poder de competição no comércio
internacional.
Rolf Kuntz. O Estado de S.Paulo, 25/9/2011.
Com referência às ideias do texto acima, aos temas a ele associados e às estruturas nele empregadas,
JULGUE os itens a seguir, discriminando o que é correto e incorreto.
QUESTÂO 6
No segundo período do texto, as estruturas oracionais com as formas infinitivas “estimular”, (ref. 2)
“aumentar” (ref. 3) e “compensar” (ref. 4) estão associadas à possibilidade de não se realizar
foneticamente o sujeito das respectivas orações, o que assegura, portanto, interpretação ligada à
referência indeterminada do sujeito das orações que têm como núcleo do predicado essas formas
verbais.
RESPOSTA: Incorreto. É incorreto o que se afirma em [A], pois o sujeito não expresso das orações
adverbiais finais reduzidas de infinitivo (passíveis de serem desenvolvidas e substituídas por para que
estimulem, para que aumentem, para que compensem) não é indeterminado e sim, desinencial,
estabelecendo relação anafórica com “China e outros países emergentes”.
QUESTÂO 7
No que se refere a aspectos semânticos e morfossintáticos, “bastante” (ref. 5) equivale ao adjetivo
suficiente e concorda com o substantivo que o antecede, ainda que apenas em número.
RESPOSTA: Correto.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS QUESTÕES:
A resposta de qualquer pai ou mãe, questionado sobre o que deseja para os filhos, está sempre
na ponta da língua: “Só quero que sejam felizes”. A frase não deixa dúvidas de que, numa sociedade
moderna, livre de muitas das restrições morais e culturais do passado, a felicidade é vista como a maior
realização de um indivíduo. Até governos nacionais se viram na obrigação de fazer algo a respeito.
Neste ano, a China e o Reino Unido anunciaram a intenção de medir o grau de felicidade de seus
habitantes. Os governantes, espera-se, querem o melhor para seu país, assim como os pais querem o
melhor para seus filhos. Mas a ambição de sempre colocar um sorriso no rosto pode ter um efeito
contrário. A pressão por ser feliz, condição nada fácil de ser definida, pode acabar reduzindo as
chances de as pessoas viverem bem.
“Quero que meus filhos sejam felizes, mas também que encontrem um propósito e conquistem
seus objetivos”, diz o americano Martin Seligman, considerado o mestre da psicologia positiva. Depois
de estudar a busca da felicidade por mais de 20 anos, ele afirma ser tolice elegê-la como a única
ambição na vida. Ex-presidente da Associação Americana de Psicologia, professor da Universidade da
Pensilvânia, pai de sete filhos e avô pela quarta vez, Seligman reviu suas teorias e concluiu que é
preciso relativizar a importância das emoções positivas. “Perseguir apenas a felicidade é enganoso”, diz
Seligman a ÉPOCA. Segundo ele, a felicidade pode tornar a vida um pouco mais agradável. E só. Em
seu lugar, o ser humano deveria buscar um objetivo mais simples e fácil de ser contemplado: o bemestar.
(Letícia Sorg e Juliana Elias, http://revistaepoca.globo.com, 27.05.2011.)
QUESTÂO 8
REESCREVA o trecho – ... Seligman reviu suas teorias e concluiu que é preciso relativizar a
importância das emoções positivas. – preservando o sentido do texto e fazendo as adaptações
necessárias para substituir a forma verbal concluiu pelo substantivo conclusão.
Seligman reviu suas teorias e chegou à conclusão de que é preciso relativizar a importância das
emoções positivas.
QUESTÂO 9
Que atitude deve ser tomada para se relativizar a importância da felicidade, segundo Martin Seligman?
RESPOSTA: Segundo Seligman, é necessário buscar um objetivo mais simples e concreto como o
bem-estar.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
E dizem que rola um texto na internet com minha assinatura baixando o pau no “Big Brother
Brasil”.
Não fui eu que escrevi.
Não poderia escrever nada sobre o “Big Brother Brasil”, a favor ou contra, porque sou um dos
três ou quatro brasileiros que nunca o acompanharam.
O pouco que vi do programa, de passagem, zapeando entre canais, só me deixou perplexo: o
que, afinal, atraía tanto as pessoas – além do voyeurismo* natural da espécie – numa jaula de gente em
exibição?
Também me dizem que, além de textos meus que nunca escrevi, agora frequento a internet com
um Twitter.
Aviso: não tenho tuiter, não recebo tuiter, não sei o que é tuiter.
E desautorizo qualquer frase de tuiter atribuída a mim a não ser que ela seja absolutamente
genial. Brincadeira, mas já fui obrigado a aceitar a autoria de mais de um texto apócrifo (e agradecer o
elogio) para não causar desgosto, ou até revolta. Como a daquela senhora que reagiu com indignação
quando eu inventei de dizer que um texto que ela lera não era meu:
— É sim.
— Não, eu acho que...
— É sim senhor!
Concordei que era, para não apanhar. O curioso, e o assustador, é que, em textos de outros com
sua assinatura e em tuiters falsos, você passa a ter uma vida paralela dentro das fronteiras infinitas da
internet.
É outro você, um fantasma eletrônico com opiniões próprias, muitas vezes antagônicas, sobre o
qual você não tem nenhum controle,
— Olha, adorei o que você escreveu sobre o “Big Brother”. É isso aí!
— Não fui eu que...
— Foi sim!
(Luiz Fernando Veríssimo, http://oglobo.globo.com, 30.01.2011. Adaptado.)
* voyeurismo: forma de curiosidade mórbida com relação ao que é privativo, privado ou íntimo.
QUESTÂO 10
a) Reescreva os trechos – E dizem que rola um texto na internet com minha assinatura baixando o pau
no “Big Brother Brasil”. Não fui eu que escrevi. – unindo os dois períodos em um único, iniciado pela
conjunção Embora e com as expressões de uso coloquial substituídas por sinônimos adequados à
linguagem formal.
b) Explique o que o advérbio só, no trecho – O pouco que vi do programa, de passagem, zapeando
entre canais, só me deixou perplexo: o que, afinal, atraía tanto as pessoas – além do voyeurismo
natural da espécie – numa jaula de gente em exibição? –, revela sobre a opinião do autor acerca do
programa “Big Brother Brasil”.
RESPOSTA: a) Embora não tenha sido eu que escrevi, dizem que está sendo divulgado um texto na
internet, com minha assinatura, criticando o “Big Brother Brasil”.
b) O advérbio “só” enfatiza o alto grau de perplexidade experimentada por Luís Fernando Veríssimo e
que o impediu de fazer qualquer outra reflexão crítica que não fosse indagar-se sobre a razão de tanta
gente se interessar por esse tipo de espetáculo de exibicionismo puro.
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